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UNIVERSIDADE LÚRIO

FACULDADE DE ENGENHARIA

Texto de Apoio de Física Geral 1° Ano

C E N T R O D E M A S SA E M O M E N TO L I N E A R

O Centro de Massa

O centro de massa (CM) de um sistema de partículas é o ponto que se move como se toda a
massa do sistema estivesse concentrada nesse ponto e todas as forças externas estivessem
aplicadas nesse ponto.
Exemplo:
Uma pessoa,etc.

Considere diversas partículas cujas massas são 𝑚1 `,𝑚2 e assim por diante. Suponha que as
coordenadas de 𝑚1 sejam (𝑥1 `,𝑦1 ), as de 𝑚2 sejam (𝑥2 , 𝑦2 ), e assim por diante.

Definimos o centro de massa do sistema como o ponto cujas coordenadas (𝑥𝑐𝑚 , 𝑦𝑐𝑚 ) são dadas
por:
𝒏
𝒎𝟏 𝒙𝟏 + 𝒎𝟐 𝒙𝟐 + 𝒎𝟑 𝒙𝟑 + ⋯ 𝒎𝒏 𝒙𝒏 𝟏
𝒙𝑪𝑴 = = ∑ 𝒎𝒊 𝒙𝒊
𝑴 𝑴
𝒊=𝟏
𝒏
𝒎𝟏 𝒚 𝟏 + 𝒎𝟐 𝒚 𝟐 + 𝒎𝟑 𝒚 𝟑 + ⋯ 𝒎𝒏 𝒚 𝒏 𝟏
𝒚𝑪𝑴 = = ∑ 𝒎𝒊 𝒚𝒊
𝑴 𝑴
𝒊=𝟏

Onde:
M é a massa total do sistema.
𝑴 = 𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 + 𝒎𝟑 … . +𝒎𝒏
⃗ 𝒄𝒎 :
Podemos expressar a posição do centro de massa como um vector 𝒓
𝒏
⃗ 𝟏 + 𝒎𝟐 𝒓
𝒎𝟏 𝒓 ⃗ 𝟐 + 𝒎𝟑 𝒓
⃗ 𝟑 + ⋯ 𝒎𝒏 𝒓
⃗𝒏 𝟏
⃗𝒓𝑪𝑴 = = ∑ 𝒎𝒊 ⃗𝒓𝒊
𝑴 𝑴
𝒊=𝟏

Se as partículas estão distribuídas em três dimensões, a posição do centro de massa deve ser
especificada por três coordenadas.
𝒏
𝟏
𝒙𝑪𝑴 = ∑ 𝒎𝒊 𝒙𝒊
𝑴
𝒊=𝟏
𝒏
𝟏
𝒚𝑪𝑴 = ∑ 𝒎𝒊 𝒚 𝒊
𝑴
𝒊=𝟏
𝒏
𝟏
𝒛𝑪𝑴 = ∑ 𝒎 𝒊 𝒛𝒊
𝑴
𝒊=𝟏

Já sabemos que a posição de uma partícula de coordenadas 𝒙𝒊 , 𝒚𝒊 e 𝒛𝒊 é dada por um vector


posição:

̂
⃗𝒓𝒊 = 𝒙𝒊 𝒊 + 𝒚𝒊 𝒋̂ + 𝒛𝒊 𝒌

Onde o índice identifica a partícula e i, j e k são vectores unitários que apontam,


respectivamente, no sentido positivo dos eixos x, y e z. Analogamente, a localização do centro de
massa de um sistema de partículas é dada por um vector posição:

̂
⃗ 𝑪𝑴 = 𝒙𝑪𝑴 𝒊 + 𝒚𝑪𝑴 𝒋̂ + 𝒛𝑪𝑴 𝒌
𝒓

As três equações escalares da Equação podem ser substituídas, portanto, por uma única equação
vectorial.

𝒏
𝟏
⃗ 𝑪𝑴
𝒓 ⃗𝒊
= ∑ 𝒎𝒊 𝒓
𝑴
𝒊=𝟏

Exercícios
Um sistema consiste em três partículas localizadas como mostra a Figura. Encontre o centro de
massa do sistema. As massas das partículas são 𝑚1 = 𝑚1 = 1,0 kg e 𝑚2 = 2,0 kg.
a) Determine as coordenadas do centro de massa.
b) Escreva a equação do vector posição do centro de massa:

Corpos Maciços
Um objecto comum, como um bastão de beisebol, contém tantas partículas (átomos) que
podemos aproximá-lo por uma distribuição contínua de massa. As "partículas" nesse caso se
tomam elementos infinitesimais de massa dm, os somatórios das equações em três dimensões, do
centro de massa se tomam integrais e as coordenadas do centro de massa são definidas através
das equações:

𝟏 𝟏 𝟏
𝒙𝑪𝑴 = 𝑴 ∫ 𝒙𝒅𝒎 ; 𝒚𝑪𝑴 = 𝑴 ∫ 𝒚𝒅𝒎 ; 𝒛𝑪𝑴 = 𝑴 ∫ 𝒛𝒅𝒎

Onde M agora é a massa do objecto .


Neste caso vamos considerar apenas objectos homogéneos, ou seja, objectos cuja massa
específica (massa por unidade de volume), é a mesma para todos os elementos infinitesimais
do objecto e, portanto, para o objecto como um todo,temos:

1.Massa específica ou volumétrica: (massa por unidade de volume).


𝒅𝒎 𝑴
𝝆 = 𝒅𝑽 = 𝑽 (𝑑𝑚 = 𝜌𝑑𝑉 )

Onde:
dV é o volume ocupado por um elemento de massa dm
V é o volume total do objecto.

2. Densidade de massa linear:


𝒅𝒎 𝑴
𝝀= = (𝑑𝑚 = 𝜆𝑑𝑙)
𝒅𝒍 𝑳

3. Densidade de massa superficial:

𝒅𝒎 𝑴
𝝈= = (𝑑𝑚 = 𝜎𝑑𝐴)
𝒅𝑨 𝑨

Substituindo 𝒅𝒎 nas equações de coordenadas de centro de massa por seu valor obtido a partir
𝒅𝒎 𝑴 𝑴
da equação 𝒅𝑽 = 𝑽 ⇒ 𝒅𝒎 = 𝑽 𝒅𝑽 , obtemos:

1 1 𝑀 1 𝑀 𝟏
𝑥𝐶𝑀 = 𝑀 ∫ 𝑥𝑑𝑚 ⇒ 𝑥𝐶𝑀 = 𝑀 ∫ 𝑥 𝑉 𝑑𝑉 ⇒ 𝑥𝐶𝑀 = 𝑀 . 𝑉 ∫ 𝑥 𝑑𝑉 ⇒ 𝒙𝑪𝑴 = 𝑽
∫ 𝒙 𝒅𝑽

𝟏 𝟏
𝒚𝑪𝑴 = 𝑽
∫ 𝒚 𝒅𝑽 𝒛𝑪𝑴 = 𝑽
∫ 𝒛 𝒅𝑽

Exemplo
1.a) Mostre que o centro de massa de uma haste de massa M e comprimento L fica a meio
caminho entre suas extremidades, considerando que ela tem massa uniforme por unidade de
comprimento.
b) Suponha que uma haste seja não uniforme, tal que sua massa por unidade de comprimento
varie linearmente com x de acordo com a expressão 𝜆 = 𝛼𝑥, em que 𝛼 é uma constante.
Encontre a coordenada x do centro de massa como uma fracção de L.
2. Uma haste de 30,0 cm de comprimento tem densidade linear (massa por comprimento)
definida por:
λ= 𝟓𝟎, 𝟎 + 𝟐𝟎, 𝟎𝒙
em que x é a distância a partir de uma extremidade, medida em metros, e λ expressa
gramas/metro.
a) Qual é a massa da haste?
b) A que distância da extremidade x = 0 está seu centro de massa?

Movimento do centro de massa


Para visualizarmos o significado do centro de massa de uma colecção de partículas, devemos
perguntar o que ocorre com o centro de massa quando as partículas se movem. Os componentes
𝑥 e 𝑦 das coordenadas da velocidade do centro de massa, 𝑣𝑐𝑚𝑥 e 𝑣𝑐𝑚𝑦 , são dados pela derivada
em relação ao tempo de 𝑥𝑐𝑚 e 𝑦𝑐𝑚 .
𝑑𝑥1
Também, e o componente x da velocidade da partícula 1 e assim por diante. Logo,
𝑑𝑡
𝑑𝑥1
= 𝑣1𝑥 e assim por diante.
𝑑𝑡

Essas equações são equivalentes a uma única equação vectorial que pode ser obtida tomando-se a
derivada em relação ao tempo.

Já sabemos que 𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 + 𝒎𝟑 … 𝑴

A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partículas


Para um sistema de n partículas, temos:
𝑀𝑟𝑐𝑚 = 𝑚𝑟1 + 𝑚𝑟2 + 𝑚𝑟3 … … … . . 𝑚𝑛 𝑟𝑛
Derivando com relação ao tempo:
𝑀𝑣𝑐𝑚 = 𝑚𝑣1 + 𝑚𝑣2 + 𝑚𝑣3 … … … . . 𝑚𝑛 𝑣𝑛
𝑑𝑟
Onde: 𝑣 =
𝑑𝑡

Derivando novamente com relação ao tempo:


𝑀𝑎𝑐𝑚 = 𝑚𝑎1 + 𝑚𝑎2 + 𝑚𝑎3 … … … . . 𝑚𝑛 𝑎𝑛
𝑑𝑣

Onde: 𝑎 = 𝑑𝑡

Assim, de acordo com a 2ª lei de Newton:


𝑀𝑎𝑐𝑚 = 𝐹1 + 𝐹2 + 𝐹3 … … … . . 𝐹𝑛
 Entre as forças que contribuem para 𝐹1 + 𝐹2 + 𝐹3 … … … . . 𝐹𝑛 estão as forças externas e as
forças internas (interacções entre as partículas).
 Porem, pela 3ª lei de Newton, as forças internas formam pares acção -reacção e se cancelam
mutuamente.
 Assim, a sobra é a soma vectorial de todas as forças externas:
⃗𝑭𝒓𝒆𝒔 = 𝑴𝒂
⃗ 𝒄𝒎

Esta é a equação vectorial que descreve o movimento do centro de massa de um sistema de


partículas.

Onde:
 𝐅𝐫𝐞𝐬 é a força resultante de todas as forças externas que agem sobre o sistema.
 M é a massa total do sistema. O sistema é fechado (nenhuma partícula entra ou sai).
 𝒂
⃗ 𝒄𝒎 é a aceleração do centro de massa do sistema.

⃗ 𝒓𝒆𝒔 = 𝑴𝒂
A equação 𝑭 ⃗ 𝒄𝒎 é equivalente a:

⃗ 𝒄𝒎 , 𝒙
𝑭𝒓𝒆𝒔,𝒙 = 𝑴𝒂 ⃗ 𝒄𝒎 , 𝒚
𝑭𝒓𝒆𝒔,𝒚 = 𝑴𝒂 ⃗ 𝒄𝒎 , 𝒛
𝑭𝒓𝒆𝒔,𝒛 = 𝑴𝒂

Exercícios
1.Três partículas A, B e C, de massas respectivamente iguais a 1,0g, 1,0g e 2,0g, estão em
movimento, sendo os vectores posição, em relação à origem de um referencial, no instante t:

𝑟𝐴 = (2,0𝑡. 𝑖̂ + 3,0𝑗̂ +2,0𝑡𝑘̂) 𝑚 , 𝑟𝐵 = (1,0𝑡 2 . 𝑖̂ + 3,0𝑡𝑗̂ +2,0𝑡𝑘̂)𝑚

𝑟𝐶 = [2,0𝑡. 𝑖̂ + 1,0𝑡 2 𝑗̂ +(2,0𝑡 + 2,0𝑘̂)]𝑚

a) Determine a velocidade do centro de massa do sistema das três partículas, no instante 𝑡 =


2,0𝑠.
b) Indique, justificando, se é isolado o sistema destas partículas.

2. As três partículas da figura estão inicialmente em repouso. Cada uma sofre a acção de uma
força externa produzida por corpos fora do sistema das três partículas. As orientações das forças
estão indicadas e os módulos são:
𝐹1 = 6,0𝑁 , 𝐹1 = 12,0𝑁 𝐹3 = 14,0𝑁

Qual é a aceleração do centro de massa do sistema e em que direcção se move?

Momento Linear

O momento linear de uma partícula é uma grandeza vectorial ⃗𝒑 definida por meio da equação:
⃗ = 𝒎𝒗
𝒑 ⃗

A unidade de momento no SI é o quilograma - metro por segundo (kg.m/s)


Se a partícula se move numa direcção arbitrária, o momento linear terá três projecções.
⃗ 𝒙 = 𝑚𝒗
𝒑 ⃗𝒙
⃗ 𝒚 = 𝑚𝒗
Assim, 𝑝 = 𝑚𝑣 ⇒{𝒑 ⃗𝒚
⃗ 𝒛 = 𝑚𝒗
𝒑 ⃗𝒛

Newton expressou sua segunda lei originalmente em termos do momento:


A taxa de variação com o tempo do momento de uma partícula é igual à força resultante
que actua sobre a partícula e tem a mesma orientação que a força resultante.

𝒅𝒑
⃗⃗ 𝒓𝒆𝒔 =
𝑭
𝒅𝒕

⃗ 𝒓𝒆𝒔 = 𝒅𝒑⃗ =
⃗𝑭 𝒅 𝒅𝒗

⃗ )= 𝒎 ) = 𝒎𝒂
(𝒎𝒗 ⃗
𝒅𝒕 𝒅𝒕 𝒅𝒕
⃗⃗ 𝒓𝒆𝒔 = 𝒅𝒑⃗ e 𝑭
Assim, as relações 𝑭 ⃗ 𝒓𝒆𝒔 = 𝒎𝒂
⃗ são expressões equivalentes da segunda lei de
𝒅𝒕

Newton para uma partícula.

O Momento Linear de um Sistema de Partículas


Considere um sistema de n partículas, cada uma com a sua massa, velocidade e o momento
⃗ , que é definido como a soma
linear. O sistema como um todo possui um momento linear total 𝒑
vectorial dos momentos lineares das partículas.

⃗𝒑 = ⃗𝒑𝟏 + ⃗𝒑𝟐 + ⃗𝒑𝟑 + ⋯ . . +𝒑


⃗𝒏

⃗ = 𝑚𝒗
𝒑 ⃗ 𝟏 + 𝒎𝒗
⃗ 𝟐 + 𝒎𝒗
⃗ 𝟑 + ⋯ . . +𝒎𝒗
⃗ 𝒏 ⇒𝒑
⃗ = 𝑴𝒗
⃗ 𝒄𝒎

⃗ = 𝑴𝒗
𝒑 ⃗ 𝒄𝒎

O momento linear de um sistema de partículas é igual ao produto da massa total do sistema


pela velocidade do centro de massa.
Derivando a equação em relação ao tempo, obtemos:

𝑑𝑝 𝑑𝑣⃗𝑐𝑚
=𝑀 = 𝑀𝑎𝑐𝑚
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Comparando a equação, vemos que é possível escrever a segunda lei de Newton para um sistema
de partículas.

⃗ 𝒓𝒆𝒔 = 𝒅𝒑⃗
𝑭
𝒅𝒕

⃗ 𝒓𝒆𝒔 é a forca externa que resultante que age sobre o sistema.


Onde: 𝑭

Esta equação é generalizada para um sistema de muitas partículas, valida para uma partícula
isolada.

N.B: Se o sistema de partícula for isolado, ∑𝒏𝒊=𝟏 𝑭𝒆𝒙𝒕 = 𝟎 .

Exercicios
1.Considere o sistema de duas partculas no plano xy: 𝑚1 = 2𝑘𝑔, está na posicao dada por r1 =
(𝑖̂ + 2,0𝑗̂)𝑚 e tem a velocidade dada por 𝑣
⃗⃗⃗ = (3,0𝑖̂ + 0,05𝑗̂)𝑚/𝑠 ; 𝑚2 = 3𝑘𝑔 , que está na
posicao dada por r2 = (−4,0𝑖̂ − 3,0𝑗̂)𝑚 e a velocidade dada por ⃗⃗⃗ = (3,0𝑖̂ − 2,0𝑗̂)𝑚/𝑠
𝑣
.Determine:
a) A posicao do centro de Massa do sistema.
b) A velocidade do centro de Massa.
c) O Momento linear total do sistema.

Impulso

⃗⃗ que actua sobre uma partícula durante um intervalo de tempo dt. A


Considera uma força 𝑭
variação instantânea do momento linear da partícula, de acordo com a segunda lei de Newton, é
dada por:

𝑑𝑝
𝐹= ⇒ 𝑑𝑝 = 𝐹 𝑑𝑡 ⇒ 𝑑𝑝 = ∫ 𝐹 𝑑𝑡
𝑑𝑡

Se a forca actua durante o intervalo de tempo ∆𝑡 = 𝑡 − 𝑡0 , a variação total do momento


linear é:

𝑡 𝑑𝑝 𝑝 𝒕
⃗ 𝟎 = ∫𝒕 ⃗𝑭𝒅𝒕
⃗ −𝒑
𝑑𝑝 = ∫ 𝐹 𝑑𝑡 = ∫𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 = ∫𝑝 𝑑𝑝 = 𝑝 − 𝑝0 ⇒ 𝒑
0 0 𝟎

Chama-se de impulso de uma força ( 𝐼 ) a integral dessa força sobre um dado intervalo de
tempo:

𝒕
𝑰 = ∫ ⃗𝑭𝒅𝒕
𝒕𝟎

Das duas equações acima, temos que:

⃗ −𝒑
𝑰=𝒑 ⃗ 𝟎 = ∆𝒑

A variação do momento linear da partícula é igual ao impulso da força que causa esta
variação.

Não sabemos como é que a forca vária com o tempo, mas conhecemos o módulo da força média
𝐹𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 e a duração ∆𝑡 = 𝑡 − 𝑡0 , logo:

𝑰 = 𝑭𝒎𝒆𝒅 . ∆𝒕

Exercícios
1.Em um teste de colisão, um carro de massa 1500 kg colide contra o muro. As velocidades
inicial e final do carro são 𝑣𝑖 = −15𝑖̂ 𝑚/𝑠 e 𝑣𝑓 = 15𝑖̂ 𝑚/𝑠 , respectivamente. Se a colisão
dura 0,150 s, encontre o impulso causado pela colisão e a força resultante média exercida sobre o
carro.
2. A massa de uma bola de futebol e igual a 0,40 kg. Inicialmente, ela se desloca da direita para a
esquerda a 20 m/s e a seguir e chutada, deslocando-se 45° para cima e para a direita, com
velocidade igual a 30 m/s (Figura). Calcule o impulso da força resultante e a força resultante
média, supondo um tempo de colisão 𝑡 = 0,010𝑠.
Conservação do Momento Linear
⃗ 𝒓𝒆𝒔 (e o impulso 𝑰) que age sobre um sistema de
Suponha que a força externa resultante 𝑭
partículas é zero (ou seja, que o sistema é isolado) e que nenhuma partícula entra ou sai do
sistema (ou seja, que o sistema é fechado).

𝒅𝒑
⃗⃗ 𝒓𝒆𝒔 = 𝟎 ⇒
𝑭 =𝟎
𝒅𝒕
Portanto:
⃗ = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 (𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂 𝒇𝒆𝒄𝒉𝒂𝒅𝒐 𝒆 𝒊𝒔𝒐𝒍𝒂𝒅𝒐)
𝒑

Se um sistema de partículas não está submetido a uma força externa, o momento linear total 𝒑
do sistema não pode variar.

Este resultado, conhecido como lei de conservação do momento linear, também pode ser
escrito na forma:

⃗𝟎=𝒑
𝒑 ⃗ ⇒𝒑
⃗ 𝟏𝟎 + 𝒑
⃗ 𝟐𝟎 = 𝒑
⃗ 𝟏 +𝒑
⃗𝟐

Exercícios
1.Um navio em repouso explode, partindo-se em três pedaços. Dois deles, que têm a mesma
massa voam em direcções perpendiculares entre si, com a mesma velocidade de 30 m/s. O 3°
pedaço tem massa três vezes maior que um dos outros. Qual é a sua velocidade, em modulo e
direcção, mediamente após a explosão?

2. Um arqueiro de 60 kg está em pé, em repouso, sobre gelo sem atrito e atira uma flecha de 0,50
kg horizontalmente a 50 m/s . Com que velocidade o arqueiro se move pelo gelo depois de lançar
a flecha?
Colisões em uma dimensão
Uma colisão é uma interacção de curta duração entre dois objectos.

As forças envolvidas nas colisões chamam-se forcas impulsivas. Estas possuem intensidades
muito maiores do que as de qualquer forca externa.

Durante a colisão a energia cinética total do sistema de partículas pode ou não ser conservada,
dependendo do tipo de colisão.

Classificação das colisões

As colisões são classificadas como inelásticas ou elásticas, dependendo se a energia cinética é


ou não conservada.

Colisões perfeitamente inelásticas

Uma colisão inelástica é aquela em que a energia cinética total do sistema não é a mesma antes e
depois do evento (mesmo que o momento do sistema seja conservado).
 Quando dois corpos ficam juntos depois da colisão, a colisão é chamada de perfeitamente
inelástica.
⃗𝟏e𝒗
Considere duas partículas de massas 𝑚1 e 𝑚2 , movendo-se com velocidades iniciais 𝒗 ⃗ 𝟐 ao
longo da mesma linha recta, como mostra a figura abaixo. As duas partículas colidem de frente,
ficam juntas, e depois se movem com uma velocidade aproximadamente comum ⃗𝒖 após a
colisão. Portanto a lei de conservação do momento linear será expressa na forma:
Como o momento de um sistema isolado é conservado em qualquer colisão, podemos dizer que
o momento total antes da colisão é igual ao momento total do sistema composto após a colisão:
⃗ 𝟏 ∙ 𝒎𝟐 𝒗
𝒎𝟏 𝒗 ⃗ 𝟐 = (𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 )𝒖

Se a colisão for unidimensional e ao longo de ox, temos:

𝑚1 𝑣1 ∙ 𝑚2 𝑣2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗ ⇒ 𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒙 ∙ 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒙 = (𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 )𝒖𝒙

Se a colisão for bidimensional no plano xy, temos:


𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒙 ∙ 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒙 = (𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 )𝒖𝒙
𝑚1 𝑣1 ∙ 𝑚2 𝑣2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗ ⇒{
𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒚 ∙ 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒚 = (𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 )𝒖𝒚

Colisões elásticas
Uma colisão elástica entre dois corpos é aquela na qual a energia cinética total (e o momento
total) do sistema é a mesma antes e depois da colisão.

⃗𝟏e𝒗
Considere duas partículas de massas 𝒎𝟏 e 𝒎𝟐 , movendo-se com velocidades iniciais 𝒗 ⃗ 𝟐 ao
longo da mesma linha recta, como mostra a figura abaixo. As duas partículas colidem
⃗ 𝟏 e𝒖
frontalmente e depois deixam o local de colisão com velocidades diferentes, 𝒖 ⃗𝟐.
A lei de conservação do momento linear terá a seguinte expressão:
⃗ 𝟏 + 𝒎𝟐 𝒗
𝒎𝟏 𝒗 ⃗ 𝟐 = 𝒎𝟏 𝒖
⃗ 𝟏 + 𝒎𝟐 𝒖
⃗⃗ 𝟐
Para uma colisão unidimensional e ao longo de ox, temos:
𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = 𝑚1 𝑢
⃗ 1 + 𝑚2 𝑢
⃗ 2 ⇒ 𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒙 + 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒙 = 𝒎𝟏 𝒖𝟏𝒙 + 𝒎𝟐 𝒖𝟐𝒙
Para uma colisão bidimensional no plano xy, temos:

𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒙 + 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒙 = 𝒎𝟏 𝒖𝟏𝒙 + 𝒎𝟐 𝒖𝟐𝒙


𝑚1 𝑣1 + 𝑚2 𝑣2 = 𝑚1 𝑢
⃗ 1 + 𝑚2 𝑢
⃗ 2 ⇒{𝒎 𝒗 + 𝒎 𝒗 = 𝒎 𝒖 + 𝒎 𝒖
𝟏 𝟏𝒚 𝟐 𝟐𝒚 𝟏 𝟏𝒚 𝟐 𝟐𝒚

As colisões classificam-se em função da conservação ou não da energia cinética do sistema.


Neste tipo de colisão são validas as seguintes equações:

𝒎𝟏 𝒗⃗ 𝟏 + 𝒎𝟐 𝒗
⃗ 𝟐 = 𝒎𝟏 𝒖
⃗ 𝟏 + 𝒎𝟐 𝒖
⃗𝟐
{𝟏 𝟐 𝟏 𝟐 𝟏 𝟐 𝟏 𝟐
⃗ + 𝒎𝟐 𝒗
𝒎 𝒗 ⃗ 𝟐 = 𝒎𝟏 𝒖 ⃗ 𝟏 + 𝒎𝟏 𝒖⃗𝟐
𝟐 𝟏 𝟏 𝟐 𝟐 𝟐

Se a energia cinética de sistema variou, a colisão diz-se inelástica.

Exercícios

1. Um carro de 1.800 kg parado em um semáforo é atingido na parte de trás por outro de 900
kg. Os dois ficam presos, movendo-se ao longo do mesmo caminho que o carro que se movia
inicialmente. Se o carro menor estivesse se movendo a 20,0 m/s antes da colisão, qual é a
velocidade dos carros emaranhados após a colisão?

2. Um bloco de massa 𝑚1 = 1,60 kg movendo-se inicialmente para a direita com uma


velocidade escalar de 4,00 m/s em um trilho horizontal sem atrito colide com uma mola leve
presa a um segundo bloco de massa 𝑚1 = 2,10 kg movendo - se inicialmente para a
esquerda com uma velocidade escalar de 2,50 m/s, como mostra a figura. A constante da
mola é 600 N/m.

a) Encontre as velocidades dos dois blocos após a colisão.

b) Determine a velocidade do bloco 2 durante a colisão no instante em que o bloco 1 está se


movendo para a direita com velocidade 3,00 m/s, como na figura b.
c) Determine a distância quando a mola é comprimida nesse instante.

Colisões em duas dimensões


Na Sessão anterior, mostramos que o momento de um sistema de duas partículas é conservado
quando o sistema é isolado. Para qualquer colisão de duas partículas, este resultado implica que
o momento em cada uma das direcções 𝒙, 𝒚 e 𝒛 conservado.
Para tais colisões bidimensionais, obtemos duas equações de componentes para a conservação do
momento:
𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒙 + 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒙 = 𝒎𝟏 𝒖𝟏𝒙 + 𝒎𝟐 𝒖𝟐𝒙
𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒚 + 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒚 = 𝒎𝟏 𝒖𝟏𝒚 + 𝒎𝟐 𝒖𝟐𝒚

Vamos considerar um problema bidimensional específico no qual a partícula 1 de massa 𝒎𝟏


colide com a partícula 2 de massa 𝒎𝟐 inicialmente em repouso, como na( figura a).
Após a colisão (figura b), a partícula 1 move-se a um ângulo 𝜽 em relação à horizontal, e a
partícula 2, a um ângulo 𝜱 em relação à horizontal.

Este caso é chamado de colisão oblíqua. Aplicando a lei da conservação do momento na forma
de componente 𝑥 e 𝑦 , observando que a componente y inicial do momento do sistema de duas
partículas é zero, temos:
⃗ 𝟏 = 𝒎𝟏 𝒖𝟏 𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝒎𝟐 𝒖𝟐 𝒄𝒐𝒔𝜱
𝒎𝟏 𝒗
𝟎 = 𝒎𝟏 𝒖𝟏 𝒔𝒆𝒏𝜽 − 𝒎𝟐 𝒖𝟐 𝒔𝒆𝒏𝜱

Onde o sinal negativo na equação é incluído porque, após a colisão, a partícula 2 tem uma
componente y da velocidade para baixo .
Se a colisão for elástica, podemos utilizar também a equação (conservação da energia cinética)
⃗𝟐=𝟎:
com 𝒗
𝟏 𝟐 𝟏 𝟐 𝟏 𝟐
⃗ 𝟏 = 𝒎𝟏 𝒖
𝒎𝟏 𝒗 ⃗⃗ 𝟏 + 𝒎𝟏 𝒖
⃗𝟐
𝟐 𝟐 𝟐
Exercícios
1. A figura mostra dois robôs em combate que deslizam sobre uma superfície sem atrito. O robô
A, com massa de 20 kg, move-se com velocidade de 2,0 m/s paralelamente ao eixo ox. Ele
colide com o robô B, com massa de 12 kg, que esta inicialmente em repouso. Depois da
colisão, verifica-se que a velocidade do robô A e de 1,0 m/s, com uma direcção que faz um
ângulo a𝛼 = 30° com a direcção inicial. Qual e a velocidade final do robô B?

2.Um carro de 1.500 kg viajando para o leste com velocidade escalar de 25,0 m/s colide em um
cruzamento com um caminhão de 2.500 kg deslocando-se para o norte com uma velocidade
escalar de 20,0 m/s, como mostrado na figura. Encontre a direcção e o módulo da velocidade dos
destroços após a colisão, considerando que os veículos ficaram unidos depois da batida .

Fim
Compilado por Docente Macuba

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