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Eugénio Silvano Mausse

Hidráulica geral II

Licenciatura em Engenharia de Construção Civil

UNISAVE
Maxixe
2020
Eugénio Silvano Mausse

Hidráulica Geral II

Licenciatura em Engenharia de Construção Civil

Trabalho individual de carácter avaliativo a ser


apresentado, da cadeira de Hidráulica Geral II.

Docente: Edson Comar

UNISAVE
Maxixe
2020
Índice
1.Introdução ............................................................................................................................. 5

2.Escoamentos em meios porosos ........................................................................................... 6

3.Água no solo ......................................................................................................................... 8

3.1.Lençol freático ................................................................................................................... 8

3.2.Fluxo de água nos solos ..................................................................................................... 8

4.Aquíferos .............................................................................................................................. 9

5.Classificação de Aquíferos ................................................................................................. 10

5.1.Aquíferos livres ou freáticos............................................................................................ 10

5.2.Aquíferos confinados ou artesianos ................................................................................. 10

5.3.Aquíferos Porosos............................................................................................................ 10

5.4.Aquíferos Fracturados ou Fissurados .............................................................................. 11

5.5.Aquíferos Cársticos ......................................................................................................... 11

6.Princípios Básicos dos Sistemas Aquíferos ........................................................................ 12

7.Coeficiente de armazenamento ........................................................................................... 13

8.Armazenamento específico................................................................................................. 13

9.Lei de Darcy ....................................................................................................................... 13

10.Aplicação do estudo de permeabilidade ........................................................................... 14

10.1.Coeficiente de permeabilidade ...................................................................................... 14

10.2.Factores que influenciam a permeabilidade do solo ...................................................... 14

11.Condutividade Hidráulica ................................................................................................. 17

12.Transmissividade (T) ......................................................... Erro! Marcador não definido.

13.Condutos livres ou canais .................................................. Erro! Marcador não definido.

13.1.Forma Geométrica dos canais......................................... Erro! Marcador não definido.

13.2.Borda Livre do canal ...................................................... Erro! Marcador não definido.


13.3.Declividade recomendadas para taludes de Canais ........ Erro! Marcador não definido.

13.4.Velocidade da água nos canais ....................................... Erro! Marcador não definido.

13.5.Movimento Uniforme nos canais ................................... Erro! Marcador não definido.

13.6.Dimensionamento de condutos livres (canais) ............... Erro! Marcador não definido.

14.Exercício resolvido ( canais) ............................................. Erro! Marcador não definido.

15.Conclusão ......................................................................................................................... 25

16.Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 26


1. Introdução
A complexidade envolvida no estudo do escoamento de fluidos em meios porosos é um dos
grandes desafios da engenharia, principalmente ao se buscar cada vez mais um melhor factor de
recuperação no tempo de concessão do campo, o que acaba por se tornar a principal razão da
maioria dos estudos relacionados a este tema. Um dos principais objectivos do estudo de
escoamentos em meios porosos é poder simular o escoamento de óleo e água em reservatórios,
para que se possa assim, estimar e optimizar a produção de óleo e gás. Para que se possa definir
de forma realística o comportamento do escoamento em meios porosos, é necessário que se tenha
conhecimento das principais propriedades inerentes ao escoamento em meios porosos.
Neste trabalho falará-se de escoamento de fluidos em meios porosos.
6

2. Escoamentos em meios porosos


Meios porosos são materiais sintéticos ou naturais que possuem um conjunto de poros, vazios
entre os elementos sólidos de sua composição, por onde pode passar um volume expressivo de
fluido. Como por exemplo podemos citar as areias, certas formações rochosas, algumas
cerâmicas, fígado humano e outros.

Ao atravessar um meio poroso o fluido o faz através dos vazios existentes entre as partículas. As
dimensões dos espaços vazios, ou poros, seguidos pelos fluidos em escoamentos dependem de
factores variáveis entre os quais: tamanho da partícula, sua esfericidade ou forma geométrica e
da rugosidade de sua superfície (FRANCIS, 1980).

A velocidade linear do fluido através dos vazios é muito difícil de ser directamente determinada.
Porém pode ser expressa em função da velocidade linear superficial do trecho percorrido, como a
de um fluido através de uma seção transversal total não obstruída, imaginando o corpo como se
constituído por diversas seções de espessura infinitamente pequenas e paralelas, como se fossem
fatias e pelos factores variáveis acima mencionados, do mesmo modo que a distância percorrida.

Essa dificuldade se prende ao fato de a grande maioria dos meios porosos serem formados por
arranjos aleatórios das partículas e ainda dependerem dos já citados factores

Figura 1: Arranjos físicos de partículas consideradas esféricas e uniformes (FRANCIS, 1980).

Será considerado o arranjo cúbico de canal livre (Figura 02 a), em decorrência do factor
esfericidade e do tamanho da partícula de argila ser muito pequena (diâmetro médio inferior a
0,005 mm), fazendo com que os valores de porosidade quando considerados como espaço de
vazios em uma seção recta do meio poroso, por onde o fluido escoa, sejam praticamente um o
dobro do outro.
7

O Coeficiente de Permeabilidade (K), que exprime a capacidade de percolação do meio, que é


determinado, medindo-se a vazão , volume de água que atravessa um meio poroso e dividindo-a
pela seção transversal do meio . O coeficiente de permeabilidade também é função da perda de
carga, da espessura da camada de meio poroso a atravessar e da temperatura do meio. Para
Darcy, o valor da permeabilidade para uma dada temperatura pode ser determinado pela
expressão:
ou

Sendo:

Onde:
Q = vazão;
A = seção transversal;
=espessura do meio;
=perda de carga.

Dentre outras, Allen Hazen sugere outra fórmula que condiciona o meio e a temperatura. Nela, a
granulometria do meio é representada pelo diâmetro das partículas que correspondem a
determinada percentagem do todo. Essa dimensão característica é representada pelo diâmetro das
partículas que são maiores que aquelas que constituem 10% do peso do material. A fórmula de
Hazen é a seguinte:

( )[ ]

Onde;
= coeficiente que depende do meio, variando desde 700 a 1 000 para a areia limpa e uniforme,
a 400 para a areia suja, o talhe efetivo (que caracteriza a granulometria) em e a
temperatura em .
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3. Água no solo
A água subterrânea é originada predominantemente da infiltração das águas das chuvas, sendo
este processo de infiltração de grande importância na recarga da água no subsolo. A recarga
depende do tipo de rocha, tipos de solos, cobertura vegetal, topografia, precipitação e da
ocupação do solo. A utilização desta água pode ser feita através de poços caseiros e profundos,
conforme a profundidade alcançada.

3.1.Lençol freático
Pode ser definido como sendo reservatório subterrâneo de água doce, onde a chuva que se infiltra
no solo fica armazenada a uma profundidade relativamente pequena, até se deparar com um
maciço rochoso ou com um solo praticamente impermeável. Dependendo da forma e a
proximidade com a superfície, o lençol freático pode chegar a formar uma nascente.

Problemas relativos às águas subterrâneas são encontrados em um grande número de obras de


Engenharia. A acção e a influência dessas águas têm causado numerosos imprevistos e acidentes,
sendo os casos mais comuns verificados em cortes de estradas, escavações de valas e canais,
fundações para barragens, pontes, edifícios, etc. Para as obras que necessitam de escavações
abaixo do lençol freático, como por exemplo, a construção de edifícios, barragens, túneis, etc;
pode ser executado um tipo de drenagem ou rebaixamento do lençol freático. A água existente no
subsolo pode ser eliminada por vários métodos.

3.2.Fluxo de água nos solos


A fundamentação teórica para resolução dos problemas de fluxo de água em solos foi
desenvolvida por FORCHHEIMER e difundida por CASAGRANDE (1937). O estudo de fluxo
de água nos solos é de vital importância para o engenheiro, pois a água ao se mover no interior
de um maciço de solo exerce em suas partículas sólidas forças que influenciam o estado de
tensão do maciço.

O estudo dos fenómenos de fluxo de água em solos se apoia em três pilares:


 Conservação da energia (Bernoulli);
 Permeabilidade dos solos (Lei de DARCY) e;
9

 Conservação da massa (Marangon,2018).

4. Aquífero
Um aquífero é toda formação geológica subterrânea capaz de armazenar água e que possua
permeabilidade suficiente para permitir que esta se movimente. São verdadeiros reservatórios
subterrâneos de água formados por rochas com características porosas e permeáveis que retém a
água das chuvas, que se infiltra pelo solo, e a transmitem, sob a acção de um diferencial de
pressão hidrostática, para que, aos poucos, abasteça rios e poços artesianos.

São através dos aquíferos que os cursos de águas superficiais (rios, lagos, nascentes, fontes,
pântanos e afins) são mantidos estáveis e o excesso de água é evitado através da absorção da
água da chuva.

Um dos parâmetros que influenciam o fluxo da água subterrânea é a permeabilidade, que é a


propriedade que representa uma maior ou menor dificuldade com que
a percolação da água ocorre através dos poros do solo. É de grande importância na determinação
das características de fluxo dos hidrocarbonetos em reservatórios de petróleo , gás e da água
nos aquíferos.

A permeabilidade do solo é representada pelo coeficiente de permeabilidade K, que pode ser


obtido em laboratório através de dois tipos de ensaios. Para materiais granulares de alta
permeabilidade é utilizado do ensaio de permeabilidade de carga constante e para os materiais de
baixa permeabilidade é realizado o ensaio de carga variável.

Já a porosidade é a propriedade que determina a quantidade de água que pode ser armazenada em
uma rocha. A porosidade é determinada pelo volume de poros vazios em relação ao volume total
da rocha.
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Figura 2: Exemplo de Aquíferos (FRANCIS, 1980).

5. Classificação de Aquíferos
Aquíferos podem ser classificados de várias formas. De acordo com o armazenamento da água,
podem ser:

5.1.Aquíferos livres ou freáticos


São reservatórios formados por rochas permeáveis, parcialmente saturados de água, cuja base é
formada por uma camada impermeável (por exemplo, argila) ou semipermeável. O topo é
limitado por uma superfície livre de água (superfície freática) que se encontra sob pressão
atmosférica. O nível da água é determinado pelo regime de chuvas. É o tipo de aquífero mais
comum e mais explorado e, portanto, o mais susceptível à contaminação.

5.2.Aquíferos confinados ou artesianos


Nestes reservatórios, o teto e a base são formados extractos rochosos impermeáveis. Além disso,
ele está completamente saturado de água. A água subterrânea está confinada sob uma pressão
maior que a pressão atmosférica.

Outra classificação é aquela baseada no tipo de rocha armazenadora:

5.3.Aquíferos Porosos
Esses tipos de aquíferos apresentam poros por onde a água circula. São comummente formados
por rochas sedimentares consolidadas (os detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é
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o caso das brechas) ou não consolidadas (os detritos não estão ligados entre si, como no caso das
dunas) e solos arenosos. Representam os tipos de aquíferos mais importantes, pelo grande
volume de água que armazenam, e por sua ocorrência em grandes áreas.

5.4.Aquíferos Fracturados ou Fissurados


Os aquíferos fracturados estão associados à rochas ígneas e metamórficas. A capacidade destas
rochas em acumular água está relacionada à quantidade de fracturas, suas aberturas e
intercomunicação.

5.5.Aquíferos Cársticos
São formados em rochas carbónicas, como o calcário. Constituem um tipo peculiar de aquífero
fracturado, onde as fracturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem atingir
aberturas muito grandes, criando, verdadeiros rios subterrâneos.

Os aquíferos podem ser isotrópicos ou anisotrópicos. Quando o fluxo de água dentro do aquífero
( ) ocorre de modo homogéneo em todas as direcções, temos um aquífero isotrópico.
O fluxo de água dentro de um aquífero tem duas componentes: horizontal ( ) e vertical ( )
Aquíferos semiconfinados geralmente são anisotrópicos com valores muito diferenciados de
e .
A quantidade de água de um aquífero pode ser expressa através de três variáveis distintas:
capacidade de estocagem ( ), capacidade específica de estocagem ( ) e produção específica
( )
Em um aquífero confinado, temos a seguinte igualdade:

Onde:

Em um aquífero não confinado, temos a igualdade


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6. Princípios Básicos dos Sistemas Aquíferos


De entre os parâmetros mais importantes para caracterizar os aquíferos, há dois que têm
primordial importância. A porosidade e a permeabilidade. A porosidade, , pode ser definida
como a percentagem de espaços vazios num determinado volume, isto é, define-se com o
quociente entre o volume de vazios e o volume total.

Em que: é o volume de vazios;

Sendo assim, a porosidade serve para avaliar as capacidades do aquífero no armazenamento de


água. No entanto não é suficiente, pois não fornece qualquer informação quanto à sua capacidade
de ceder ou transmitir água.

Em termos de armazenamento, normalmente usam-se os conceitos de cedência específica e


retenção específica para aquíferos freáticos e coeficiente de armazenamento e armazenamento
específico para aquíferos confinados.

Em aquíferos freáticos, quando ocorre uma descida do nível de água, os espaços preenchidos
pela água passam a ser preenchidos por ar. No entanto, devido aos fenómenos de adesão, entre as
paredes dos vazios e as moléculas de água, e de coesão, atracção entre as moléculas de água,
parte dessa água permanece nos vazios. Assim, a relação entre o volume de água retido nos poros
e o volume total designa-se de retenção específica ( ). Por sua vez, a cedência específica ( )
corresponde à relação entre o volume de água cedida durante a drenagem por unidade de área
horizontal do aquífero e unidade de descida do nível freático.

Onde:

É o volume de água cedida do armazenamento;


= É a área horizontal do aquífero;
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= É o abaixamento do nível freático na área A.


Em termos de armazenamento, normalmente usam-se os conceitos de cedência específica e
retenção específica para aquíferos freáticos e coeficiente de armazenamento e armazenamento
específico para aquíferos confinados.

7. Coeficiente de armazenamento
O volume de água liberado por um aquífero, que se caracteriza pela sua produção específica, é
avaliado através do seu coeficiente de armazenamento, , que é a parcela de água libertada por
um prisma vertical de base unitária e com a mesma altura do aquífero, quando a altura
piezométrica é reduzida de um comprimento unitário. O coeficiente de armazenamento é
adimensional.

O coeficiente de armazenamento expressa a capacidade de armazenamento útil de um aquífero,


por unidade de área horizontal. Nos lençóis freáticos, S aproxima-se do valor da produção
específica (ou porosidade efectiva). Valores médios típicos deste parâmetro em aquíferos
freáticos estão compreendidos na faixa enquanto em aquíferos artesianos
.

8. Armazenamento específico
O armazenamento específico, , representa o volume de água que pode ser liberada da unidade
de volume do aquífero, correspondente ao rebaixamento unitário da altura piezométrica. Tem
como dimensão , e pode ser relacionado ao coeficiente de armazenamento segundo
as expressões:
 Para aquíferos freáticos: ;
 Para aquíferos artesianos: .
Sendo a espessura do aquífero.

9. Lei de Darcy
Na dinâmica dos fluidos e hidrologia, a lei de Darcy é uma equação
constitutiva fenomenológica derivada que descreve o fluxo de um fluido através de um meio
poroso. A lei foi formulada por Henry Darcy com base nos resultados de experimentos,
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publicado em 1856 sobre o fluxo de água através de leitos de areia. Constitui também a base
científica da permeabilidade de fluidos utilizados em ciências da terra.

10. Aplicação do estudo de permeabilidade


A lei de Darcy é amplamente difundida nos estudos (projectos geotécnicos)
de barragens, hidroelétricas, filtros drenantes, fundações, fossas sépticas, construções que
envolvem movimentação do solo e estabilidade.

10.1. Coeficiente de permeabilidade


O coeficiente de permeabilidade, K, é um índice empregado para estabelecer parâmetros de
permeabilidade dos solos. Resumidamente, é um valor que representa a velocidade com que
a água atravessa uma amostra. Como este índice é bastante pequeno numericamente, foi
convencionado expressar seu resultado em forma de potenciação, exemplo:
ou .

Como a temperatura influencia no valor final de , foi convencionado que ele deve ser
convertido para uma temperatura final de , corrigindo-se a viscosidade da água à
temperatura do ensaio:

Onde: M20º = Viscosidade da água a 20 °C e = Coeficiente da temperatura do ensaio.

10.2. Factores que influenciam a permeabilidade do solo


O coeficiente de permeabilidade pode sofrer alterações consideráveis em função do índice de
vazios do material e da temperatura da água no momento do ensaio. Um mesmo solo poderá
apresentar, conforme sua situação, coeficiente de permeabilidade diferente:

 O índice de vazios (e) da amostra é directamente proporcional ao coeficiente de


permeabilidade, ou seja, quanto maior for o índice de vazios, maior será o valor do
coeficiente de permeabilidade;
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 A temperatura da água é outro factor que alterará o resultado final do valor do


coeficiente de permeabilidade, caso haja aumento de temperatura da água, haverá a
redução da sua viscosidade e, com isso, a água fluirá mais facilmente pelos vazios da
amostra, reduzindo o tempo gasto para atravessá-la. Assim, o coeficiente aumentará,
ou seja, solos ensaiados a temperaturas mais elevadas apresentam coeficientes de
permeabilidade maiores;

 Solos granulares, como pedregulhos e areais, apresentam maior coeficiente de


permeabilidade. Solos finos, siltes e argilas apresentam menor coeficiente de
permeabilidade. (VASCONCELLOS,2008).

Quando combinadas essas conclusões, origina-se a conhecida lei de Darcy para o escoamento da
água em um solo saturado que pode, então, ser escrita como:
( )

Onde:
= Vazão constante que passa pelo cilindro
= Carga hidráulica no piezómetro 1 [
= carga hidráulica no piezómetro2 [
= Área de secção transversal
= Espessura da camada de solo
= Coeficiente de proporcionalidade, chamado de condutividade hidráulica
= viscosidade do fluido
(VASCONCELLOS,2008).

Em mecânica dos fluidos, com base na equação de Bernoulli, a carga hidráulica total ( ) para
fluidos incompressíveis é definida como a soma da carga de elevação ( ) da carga de pressão
(( ) e da carga cinética ( ),

Com isso, o termo da carga cinética é desconsiderado em presença das outras parcelas; logo, a
carga hidráulica torna-se:
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A velocidade de Darcy ( ) também chamada de velocidade aparente ou descarga específica, tem


seu módulo definido como a vazão ( ) por unidade de área ( )

Entretanto, esse parâmetro não representa a velocidade real do escoamento, já que a área
considerada representa a área total, ou seja, a área correspondente aos vazios e a área
correspondente à parte sólida. A área da seção transversal do escoamento pelos poros,
denominada área efectiva ( ) pode ser obtida multiplicando-se a área total pela porosidade
efectiva, equação (2.2), e pelo grau de saturação do solo ou saturação efetiva (0 < Se≤ 1). Então,

Portanto, a velocidade linear média ( ) ou seja, a velocidade real do escoamento pelos poros é
dada por:

A equação pode ser estendida para um escoamento tridimensional, que, escrita na forma
diferencial e usando a notação vectorial, torna-se:

̃ ⃗
onde o sinal negativo indica que o escoamento da água ocorre no sentido contrário ao gradiente
da carga hidráulica, ̃ representa o tensor de 2ª ordem da condutividade hidráulica e ⃗ éo
operador gradiente.

A lei de Darcy é válida apenas para escoamentos laminares. Nesse tipo de escoamento, as
velocidades são relativamente pequenas e a água percola lentamente pelos poros do aquífero. O
escoamento é dominado pelas forças viscosas do líquido e a perda de carga varia linearmente
com a velocidade (VASCONCELLOS,2008).

Para velocidades maiores, o escoamento passa a ser dominado pelas forças de inércia, deixa de
ser laminar e transforma-se em turbulento. Ocorre a formação de turbulências, as moléculas de
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água movem-se de maneira irregular, a perda de carga não mais varia linearmente com a
velocidade e a lei de Darcy não pode ser aplicada. O número de Reynolds ( ) é um parâmetro
adimensional definido pela relação das forças de inércia com as forças viscosas. Segundo Bear
(1972), define-se para meios porosos como:

Onde:
é um comprimento característico representando o diâmetro médio dos canais elementares do
meio poroso. Geralmente, usa-se, para esse parâmetro, o valor de , diâmetro das partículas
que, na curva granulométrica, excede o tamanho de do material granular em peso (mediana
dos diâmetros); ou emprega-se o diâmetro efetivo dos grãos , que é o diâmetro que excede o
tamanho de em peso, do material. Collins (1961) propôs a seguinte expressão para esse
comprimento:

Onde:
= Permeabilidade intrínseca do material
= Porosidade total do meio.

Diversos pesquisadores analisaram o escoamento da água no solo e verificaram que a lei de


Darcy é válida para número de Reynolds menor ou igual a um ( )

11. Condutividade Hidráulica


A condutividade hidráulica é um coeficiente do solo que leva em conta as características do
meio, incluindo a porosidade, tamanho e distribuição das partículas, forma das partículas, arranjo
das partículas, bem como as características do fluido que está escoando (viscosidade dinâmica e
massa específica). Essa propriedade é expressa da seguinte forma:

Onde:
= Condutividade hidráulica ;
18

= Permeabilidade intrínseca do meio poroso [ ];


= Aceleração da gravidade ;
=é a massa específica ;
=viscosidade dinâmica.

As características físicas do fluido também podem ser representadas em termos da viscosidade


cinemática que é definida por . A permeabilidade intrínseca do meio é uma função do
diâmetro e da forma dos espaços dos poros. Em 1933, Fair e Hatch apresentaram uma relação
empírica que pode ser considerada como típica da maioria das contribuições. Ela foi
desenvolvida através de considerações dimensionais e verificada experimentalmente, sendo
descrita da seguinte forma:

( )
[ ( ∑ ) ]

Onde:
= Factor de arranjo, determinado experimentalmente como valendo aproximadamente ;
= Factor de forma da areia, variando de 6,0 para grãos esféricos a 7,7 para grãos angulares;
= Percentagem de areia retida entre peneiras adjacentes; e é a média geométrica de diâmetros
relacionados de peneiras adjacentes (apud Todd, 1959).
= Em relação às propriedades dos fluidos, os valores da massa específica e da viscosidade
dinâmica do fluido são dependentes da temperatura da água, sendo que a massa específica é
adicionalmente dependente do total de sólidos dissolvidos (VASCONCELLOS,2008).

A Tabela a seguir mostra alguns exemplos de permeabilidade intrínseca e condutividade


hidráulica para alguns tipos de sedimentos não consolidados.
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Tabela 1:Exemplo de permeabilidade intrínseca e condutividade hidráulica para alguns tipos de sedimentos não
consolidados.
A velocidade de descarga da água dentro de um regime de escoamento laminar é directamente
proporcional ao gradiente hidráulico, isto é, a perda de carga por comprimento da amostra.
Sendo V = K x i, onde:
V = Velocidade de descarga em (cm/s ou m/s)
K = Constante de permeabilidade (cm/s ou m/s)
i = Gradiente hidráulico
i = h/L, onde:
L = Altura da amostra (cm)
h = Carga hidráulica (cm)

12. Movimento da água subterrânea


É bem estabelecido pelos princípios hidráulicos registrados por Henri Darcy (1856).
Experimentos: Perda de carga através de coluna de areia:
20

12.1. Lei de Darcy


Taxa de fluxo através de meio poroso. É proporcional à carga hidrostática (H) e inversamente
proporcional a espessura da camada (L).

12.2. Condutividade hidráulica (k)


Indicador da habilidade do meio poroso em transmitir água. Depende de uma variedade de
factores físicos.
 Determinação: Em zonas saturadas pode ser determinada por várias técnicas em
laboratório e no campo (teste de bombeamento, teste com traçadores).

12.3. Transmissibilidade (t)


É definida como o produto da condutividade hidráulica e a profundidade média saturada do
aquífero.

13. Escoamento em regime permanente


Admitindo:
 A validade da Lei de Darcy;
 Homogeneidade e isotropia dos meios porosos.

 Aquífero confinado horizontal


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 Aquífero freático sem recarga

14. Exploração de Poços


 Aquífero confinado de espessura constante e extensão indefinida na direcção horizontal
regime permanente.
22

15. Aquífero freático


 Regime permanente
 Hipóteses simplificadoras de Dupuit:
- Despreza-se curvatura dos filetes
- Admite-se igualdade entre declividade radial da superfície freática e o gradiente
hidráulico
23

16. Rede de Escoamento ou Rede de Fluxo


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Estacas-pranchas cravadas normalmente a um curso d'água de largura indefinida, formando um


represamento à montante, que se comunica à jusante, através de um substrato permeável de
profundidade indefinida.

Percolação da água através de um solo, com coeficiente de permeabilidade K, apoiado sobre uma
camada impermeável (K = 0) e desaguando num dreno (K = ∞)
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17. Conclusão
A expectativa inicial deste trabalho buscou a determinação dos esforços provocados pelo
escoamento de fluidos em meios porosos, bem como de fatores decorrentes tais como a
velocidade do escoamento e as pressões oriundas dos esforços no meio, composto por partículas
sólidas e espaços vazios entre elas.
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18. Referencias Bibliográficas


Barbosa A. R.. Elementos de Hidrologia Aplicada. Água Subterrânea - Hidráulica de Poços
Disponível em:

Profhttp://www.leb.esalq.usp.br/leb/disciplinas/Fernando/leb1440/Aula%208/Hidraulica%20de
%20Pocos_Anteor%20R%20Barbosa%20Jr.pdf.

Evangelista. A. W. P.. Condução de água,2020.

RANGON. Hidráulica dos solo.1 Edição 2018.

Vasconcellos. C. A. B.. Modelagem de águas subterrâneas utilizando a aproximação explícita


de green e o método dos elementos finitos. RJ, BRASIL,2008.

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