Sei sulla pagina 1di 2

Nome: Eleandro Lopes Depieri RGM: 21905215

Plano Nacional de Educação: desafios e possibilidades

Planejar é um dos pilares para que um trabalho seja bem executado. Nesse
planejamento é importante delimitar objetivos/metas concretas que se almeja
alcançar. Essa é a dinâmica do Plano Nacional de Educação que, em sua estrutura
básica, delimitou 20 metas para serem alcançadas até 2024. Trata-se de um
importante documento de planejamento que deve nortear toda a política educacional
brasileira.
O documento apresenta metas claras e objetivas, algumas inclusive com
prazos já até vencidos. A partir de uma análise crítica das 20 metas estabelecidas,
conseguimos enxergar grandes possibilidades de avanços no que se refere às
perspectivas de caminhos e horizontes para o desenvolvimento educacional do
Brasil. Entretanto, numa análise mais detalhada percebemos que, mesmo diante
dessas perspectivas boas, os desafios são grandes e assustadores e metas
consideradas claras, objetivas e simples podem esconder armadilhas e dificultar o
processo de aprimoramento das políticas justamente por apresentarem dificuldades
na sua execução.
A sétima meta, por exemplo, que propõe “fomentar a qualidade da educação
básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da
aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb”,
esconde em suas entrelinhas um problema histórico que se desdobra em duas
faces: o problema da qualidade da aprendizagem e a questão do fluxo. No que se
refere à qualidade da aprendizagem há na atualidade uma concepção quantitativa
que se baseia nos resultados das avaliações externas. Nesse sentido, como afirma
Libâneo1, predomina-se uma concepção de educação baseada no princípio de
qualidade total que ele denomina de neotecnicismo. De acordo com o autor em
questão, essa concepção se pauta numa perspectiva empresarial de educação
atendo-se a uma prática excludente na medida em que prioriza dados formais e
quantitativos e não a formação integral dos indivíduos.
Nessa mesma direção, quando a sétima meta estabelece uma preocupação
com a qualidade da aprendizagem temos que nos perguntar, qual a concepção de
1
LIBÂNEO, José Carlos; SANTOS, Akiko. Educação na era do conhecimento em rede e
trandisciplinaridade. Campinas: Editora Alínea, 2010.
qualidade que se espera atingir. A concepção quantitativa que se baseia nos
números ou uma perspectiva de totalidade que leva em consideração a formação
integral do indivíduo? Não fica claro no texto do Plano Nacional que tipo de
qualidade se espera atingir. Entretanto, levando em consideração, a predominância
do neotecnicismo como concepção pedagógica, pensamos que o que se estabelece
como qualidade é apenas a questão numérica. E é justamente nesse ponto que se
revela a outra face desse problema que é a questão do fluxo escolar que,
geralmente, sempre está atrelado a questões numéricas e não a uma preocupação
mais ampla com a qualidade de aprendizagem recebida pelos alunos.
A Meta 16 que prevê formar em 50% os professores da Educação Básica em
nível de pós graduação também é outro desafio. Aqui por duas razões, a primeira
pela questão quantitativa pode-se priorizar apenas o diploma de pós-graduação sem
levar em conta a qualidade dos cursos. A segunda, por outro lado, as próprias
políticas estaduais não favorecem o aperfeiçoamento dos professores. Com salários
baixos, tendo que se desdobrar em uma jornada de trabalho cansativa e árdua, o
professor, muitas vezes, nem tem tempo de estudar, além de nem receber um
incentivo do plano de carreira para isso.
Levando em consideração uma visão mais ampla sobre o Plano Nacional de
Educação, trata-se de uma importante iniciativa do governo visando melhorar a
qualidade da educação no Brasil. Todavia, ainda temos muitos desafios para o seu
total cumprimento, como vimos nessa análise. Por isso, planejar é preciso, mas
avaliar e redirecionar o planejamento também é necessário. Nesse sentido, é hora
de estabelecermos um tempo de reflexão sobre o Plano Nacional de Educação,
visando enxergar as suas possibilidades e os seus desafios.

Referências
LIBÂNEO, José Carlos; SANTOS, Akiko. Educação na era do conhecimento em
rede e trandisciplinaridade. Campinas: Editora Alínea, 2010.

PATTO, Maria Helena. A produção do fracasso escolar: história de submissão e


rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes,


2010.

Potrebbero piacerti anche