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Neuroanatomia

Parte I:

Generalidades sobre a
anatomia do SN
Plano

I. Anatomia microscópica
II. Desenvolvimento e organização do SN
III. Sistematização e divisão da anatomia
neurológica e estesiológica
III.1. Sistema Nervoso Central
III.2. Sistema Nervoso Periférico
III.3. Órgãos dos sentidos
III.4. Grandes vias de condução
I. Anatomia microscópica
I.1. Células nervosas (ou neurónios)
• Tecido nervoso = neurónios + células neuróglicas:
– Provem do ectoderme.
– ≠ dos vasos e meninges (provêm do mesoderme).
• Neurónio = unidade funcional do SN:
– Maduro: “perca” capacidade de divisão.
– => quantidade “determinada” a partir do
nascimento.
• Composição:
– O corpo celular (1).
– Prolongamento centrifugo: axónio (2).
– Prolongamentos centrípetos: dendritos (3).
• Corpo celular (ou pericário):
– Contém o protoplasma.
– Estrutura donde partem e chegam os prolongamentos.
• Dendritos:
– Numerosos e especializados.
– Recebem os estímulos do meio ambiente através das
células epiteliais sensitivo-sensoriais ou através de outros
neurónios.
• Axónios:
– Prolongamento único que conduz o influxo nervoso.
– Ligado ao corpo celular através do cone de implantação.
– Terminado, na sua parte distal, pelo telodendro: porção
ramificada onde o influxo nervoso se transmita às outras
células nervosas ou efectoras (e.g., células musculares ou
glandulares).
• => neurónio = célula polarizada:
– Receptor (1) = dendritos + pericário.
– Condutor (2) = axónio.
– Transmissor (3) = telodendro.

• Dimensões e formas dos


neurónios muito variáveis:
– Pericário esférico.
– Pericário ovóide (B).
– Pericário estrelado (C).
– Pericário piramidal (D).
• 3 tipos de neurónios segundo a forma dos seus
prolongamentos:
– (A) Neurónios multipolares (mais frequentes): mais de 2
prolongamentos celulares.
– (B) Neurónios bipolares: 1 dendrito e 1 axónio.
– (C) Neurónios pseudomonopolares: aparentemente 1 só
prolongamento, mais na realidade bifurcação em T do
axónio e do dendrito.
• Classificação das células nervosas segundo Ramon y
Cajal:
– (A) Células estreladas: prolongamentos raiados, com tufos
de dendritos.
– (B) Células piramidais: com tufos de dendritos e
ramificações em penacho.
– (C) Células em penacho: bipolares, com 2 troncos opostos.
– (D) Células com arborizações: monopolares, com
convergência dendrítica.
– (E) Células unipolares: axónio e dendritos unidos numa
curta distancia.
• Classificação funcional:
– (A) Neurónios motores: controlam os órgãos efectores
(e.g., glândulas, fibras musculares…).
– (B) Neurónios sensitivos: recebem os estímulos do meio
ambiente e do próprio organismo.
– (C) Interneurónios: estabelecem conexões entre neurónios
(↑ número e variedade com ↑ na escala animal).
• Citoplasma do neurónio (microscopia
óptica):
– Neurofibrilhas: filamentos situados numa
zona celular cortical (2) ou perinuclear
(3).
– Corpos de Nissl (4): retículo
endoplasmático rugoso + agregados de
ribosomas.
• Em microscopia electrónica:
– O núcleo celular: membrana dupla (2) com poros (3) +
núcleolo denso e filamentoso (4).
– O citoplasma: retículos endoplasmáticos rugosos (6) e
lisos (7) em comunicação com o espaço perinuclear (8) +
neurofibrilhas (9) e neurotubulos (10) para o transporto de
substâncias.
– Os organitos: mitocôndrias (11) + aparelho de Golgi (12) +
lisosomas (13).
• Funções dos organitos celulares:
– Mitocôndria (12-13): respiração celular e aprovisionamento
em energia (contém enzimas oxidativas responsáveis do
ciclo de Krebs e da fosforilação).
– Aparelho de Golgi (14): síntese e concentração de
substancias segredadas, e produção da membrana
(composto por uma fase de regeneração – 15 – e uma fase
de secreção – 16).
– Lisosoma (17): digestão celular (contém enzimas acides).
• Características dos axónios:
– Prolongamento único.
– Forma cilíndrica.
– Cumprimento e Ø ∆ segundo o tipo
de neurónio (até 1m para os
motoneurónios dos pés).
– Segmente inicial de forma cónica =
cone de implantação (1).
– Ø ≈ constante em todo o
cumprimento, com poucas
ramificações em ângulo recto =
colaterais (3).
– Influxo nervoso: sempre no sentido
cone de implantação → telodendro,
graças ao fenómeno de polarização
dinâmica do neurónio.
• A sinapse:
– No ponto de contacto do axónio com os dendritos, corpo
celular ou outro axónio (raro).
– Composta por botões terminais (1 – porção terminal do
telodendro) que contêm as vesículas sinápticas (2).
– As vesículas contêm mediadores químicos responsáveis
pela transmissão do influxo nervoso.
– Mediadores → liberação através da membrana pré-
sináptica (3) do telodendro → espaço sináptico (5) →
captação ao nível da membrana post-sináptica (4).
• Vários tipos de sinapses:
– Sinapse axodendrítica (1): contacto botões terminais →
dendritos.
– Sinapse axosomática (2): contacto botões terminais →
pericário.
– Sinapse axo-axónica (3): contacto botões terminais →
axónio.
I.2. Células neuróglicas
• Outro nome: células nevróglicas.
• Localização: no SNC, junto aos neurónios.
• Funções:
– Sustentação do tecido nervoso.
– Transporto de substancias entre capilares e neurónios
(pelos astrócitos).
• 5 tipos de células neuróglicas:
– Os astrócitos.
– Os oligodendrócitos.
– Os microgliócitos.
– As células ependimárias.
– As células de Schwann.
• Astrócitos:
– Os maiores.
– Números e grandes prolongamentos citoplasmáticos.
– ↑ espessura dos prolongamentos na parte terminal <=>
zonas dilatadas que envolvem os capilares sanguíneos (=
pés vasculares).
– 3 tipos:
• (A) Astrócitos protoplasmáticos (prolongamentos muito ramificados).
• (B) Astrócitos fibrosos (prolongamentos pouco ramificados).
• (C) Astrócitos mistos (tipo intermediário).
• Oligodendrócitos (D):
– Tamanho < aos astrócitos.
– Núcleo muito pequeno.
– Prolongamentos reduzidos.
• Microgliócitos (E):
– Corpo celular pequeno.
– Prolongamentos curtos em forma
de espinhas.
• Células ependimárias:
– Envolvem as cavidades encéfalo-medulares.
– Células cilíndricas com prolongamentos no
interior do tecido nervoso.
• Células de Schwann:
– Equivalentes aos oligodendrócitos no SNP.
– Servem para a regeneração da bainha de mielina.
I.3. Fibras nervosas
• Organização:
– A fibra nervosa é constituída por um axónio.
– O feixe nervoso (1) = conjunto de fibras nervosas.
– O nervo = conjunto de feixes nervosos.

• Membranas de envolvimento:
– O endonervo (2) = fibras reticulares
que envolvem as fibras nervosas.
– O perinervo (3) = lâmina de tecido
conjuntivo que envolve os feixes
nervosos.
– O epinervo (4) = tecido conjuntivo
denso que preenche o espaço entre Corte transversal de
um nervo
os feixes nervosos e os nervos.
• Todas as fibras nervosas são envolvidas por células
nevróglicas e podem ser classificadas em 2 tipos:
– As fibras amielínicas.
– As fibras mielínicas.

• Fibras mielínicas:
– Têm mielina.
– Ao nível do SNP (1):
são envolvidas pela
bainha de Schwann
(células de Schwann).
– Ao nível do SNC (2):
são rodeadas por
oligodendrócitos.

1 2
• As descontinuidades da mielina:
– Os estrangulamentos de Ranvier: interrupções repetitivas
da mielina ao longo da fibra => permite a condução
saltatória do influxo nervoso.
– As incisuras de Schmidt-Lanterman: porções descontínuas
de mielina, com uma direcção oblíqua (apenas presentes no
SNP).

• Patologia de desmielinização: esclerose múltipla.


• Fibras amielínicas:
– Desprovidas de mielina.
– Ao nível do SNC: são rodeadas pelas expansões terminais
dos oligodendrócitos.
– Ao nível do SNP: são envolvidas pela bainha de Schwann
(células de Schwann).
II. Desenvolvimento e organização do SN
II.1. Ponto de vista filogenético e ontogenético
• Papel do SN: transmissão das informações.
• Nos organismos primitivos:
– Transmissão realizada pela própria célula sensorial.
– Estimulo → célula sensorial (1) → célula muscular (2).
– <=> modelo mais simples.
• Nos organismos mais diferenciados:
– Célula suplementária entre a célula sensorial e a muscular.

– Rede nervoso: possibilidades de conexão das células


suplementarias com várias células musculares ou nervosas.
• Nos organismos vertebrados:
– Rede nervoso muito difundo e especializado.
– Para a inervação das vísceras, vasos sanguíneos e
glândulas = Sistema Nervoso Vegetativo (mantimento da
constância do meio interior, através de 2 sistemas
antagonistas):
• O Sistema Simpático.
• O Sistema Parassimpático.
– Para a percepção consciente, os movimentos voluntários e
o tratamento da informação:
• O Sistema Nervoso Central (SNC): cérebro e medula espinhal.
• O Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos da cabeça, do tronco e
dos membros.
• Desenvolvimento do SNC:
– Placa neural do ectoderme (4) → goteira neural (5) → tubo
neural (6).
– Diferenciação do tubo neural em medula espinhal (7) e
cérebro (8).

Medula espinhal Cérebro


II.2. Circuitos funcionais
• Captação: estímulos do ambiente (9) → células
sensoriais (10) → nervos sensitivos (aferentes – 11)
→ SNC (12).
• Resposta: SNC → nervos motores (eferentes – 13)
→ músculos (14).
• Controlo da resposta muscular
através de um feed-back
sensorial realizado por nervos
sensitivos (16):
– <=> sensibilidade proprioceptiva
(vem do meio interior).
– ≠ da sensibilidade exteroceptiva
(activada pelo meio ambiente).
• Acção espontânea do organismo:
– Comando motor: SNC (12) → nervos eferentes (13) →
músculos (14).
– Feed-back sensorial: células sensoriais (10) → nervos
aferentes (11) → SNC → influxo suplementário facilitador
ou inibidor segundo o resultado (17) captado.

• Subdivisão da motricidade:
– A somatomotricidade (dos músculos estriados voluntários).
– A visceromotricidade (dos músculos lisos viscerais).
II.3. Situação do sistema nervoso no corpo
• SNC = encéfalo (1) + medula espinhal (2).
• Estruturas ossudas de protecção:
– A caixa craniana: para o encéfalo.
– A coluna vertebral: para a medula
espinhal.
• Membranas de protecção:
– As meninges cranianas: para o
encéfalo.
– As meninges raquidianas: para a
medula espinhal.
• As meninges delimitam um
espaço preenchido pelo liquido
cérebro-espinhal.
• Os nervos periféricos:
– Emergem através do buraco na
base do crânio (nervos
cranianos) e dos buracos de
conjugação (3 – nervos
raquidianos).
– Dirigem-se aos músculos e
territórios cutâneos.
– Os nervos dos membros
formam plexos:
• O plexo braquial (4): para os
membros superiores.
• O plexo lombo-sagrado (5): para
os membros inferiores.
– Na entrada das fibras aferentes
existem gânglios (6 – contêm
fibras nervosas sensitivas).
• Outras estruturas singulares do SNC:
– O cerebelo (7).
– O tronco cerebral (8): estrutura de transição entre o cérebro
e a medula espinhal (também, dá nascimento a nervos
periféricos).

• Subdivisão prosencefálica do cérebro (9):


– O telencéfalo: caracterizado pelos 2 hemisférios cerebrais.
– O diencéfalo: parte do cérebro situada entre os 2
hemisférios.
II.4. Desenvolvimento do encéfalo
• Nos 2 primeiros meses:
– Diversificação vesicular na região craniana:
• 2 vesícula rostrais = esboço do prosencéfalo (8-10).
• 2 vesículas caudais = esboço do tronco cerebral (6, 4, 3).
– Aparição das curvaturas do tubo neural:
• A curvatura do vertex (1).
• A curvatura da nuca (2).
– Início da diferenciação de:
• A bulbo raquidiano (3).
• A protuberância anular (4).
• O mesencéfalo (6).
• O cerebelo (5).
– Emergência de nervos cranianos (7) ao nível do TC.
– Individualização da vesícula óptica (9) ao nível diencefalico.
• No 3º mês:
– Crescimento do prosencéfalo:
• O sulcus telodiencefalico (11) separa o telencéfalo do diencéfalo.
• Esboço do bulbo olfactivo (12) ao nível do telencéfalo.
• Esboço do hipófise (13) dos tubérculos mamilares (14) ao nível do
chão do diencéfalo.
– A curvatura da protuberância anular cria um profundo
sulcus transversal (15) que separa o esboço do cerebelo do
bulbo raquidiano.
• No 4º mês:
– Desenvolvimento considerável das vesículas telencefalicas
=> recobro das outras partes do encéfalo.
– Crescimento mais lente da região media da face lateral do
telencéfalo => parte recoberta pelas regiões avezinhas =
esboço da insula (16).
• No 6º mês:
– Insula ainda visível na superfície dos hemisférios.
– Aparição dos primeiros sulcus e circunvoluções.
– ↑ espessura das camadas celulares do encéfalo =>
elaboração das vias nervosas.
– Desenvolvimento da placa comissural que unia os 2
hemisférios: crescimento rostro-caudal do corpo caloso
(maior estrutura comissural).

Encéfalo de um feto de 33cm Desenvolvimento do corpo caloso


III. Sistematização e divisão da anatomia
neurológica e estesiológica
III.1. Sistema Nervoso Central
• = encéfalo (na cavidade craniana) + medula espinhal
(no canal vertebral).
• O encéfalo é composto por:
– O cérebro (porção mais volumosa = 9/10 da cavidade
craniana).
– O cerebelo (atrás e por baixo do cérebro).
– O tronco cerebral:
• O bulbo raquidiano.
• A protuberância anular.
• O mesencéfalo.
• O SNC é revestido pelas meninges (3 lâminas):
– A duramáter (1): porção mais externa e mais resistente.
– A aracnóideia (2): membrana serosa, subjacente à
duramáter.
– A piamáter (3): membrana porta-vasos, que recobre
directamente a substancia cerebral (separada da
aracnóideia pelo espaço sub-aracnoidiano – 13).
III.2. Sistema Nervoso Periférico
III.2.1. Classificação dos nervos
• 2 géneros de nervos:
– Os nervos encéfalo-espinhais = nervos da vida de relação,
destacam-se do encéfalo e da medula espinhal.
– Os nervos neuro-vegetativos = nervos da vida vegetativa,
são independentes da acção da vontade.

• 2 classes de nervos encéfalo-espinhais:


– Os nervos cranianos: número de 12, destacam-se do
encéfalo através dos buracos da base do crânio.
– Os nervos raquidianos: número de 31 pares, destacam-se
da medula através dos buracos de conjugação da coluna.
• Classificação do ponto de vista funcional:
– Os nervos motores:
• São eferentes = influxo nervoso do SNC → músculos estriados.
• Controlo da actividade motora voluntária.
• Neurónio de origem na substancia cinzenta do corno anterior da
medula, para os nervos raquidianos, e nos núcleos do TC, para os
nervos cranianos.
– Os nervos sensitivos:
• São aferentes = influxo nervoso dos receptores superficiais
(sensibilidade exteroceptiva) ou profundos (articulações e músculos
– sensibilidade interoceptiva) → SNC.
• Dendritos dos neurónios periféricos nas raízes sensitivas dos
gânglios cranianos ou raquidianos.
– Os nervos sensoriais: transmitem o influxo da sensibilidade
especial.
– Os nervos neuro-vegetativos:
• Inervam os músculos lisos dos vasos, vísceras e pelos.
• Regulam a secreção das glândulas e o funcionamento das vísceras.
• Distinção entre sistema simpático e parassimpático apenas do ponto
de vista das fibras motoras e secretórias => indiferenciação
sensitiva.
– Os nervos mistos:
• Os mais numerosos.
• Contêm fibras nervosas de diversos tipos.

• Constituição dos nervos periféricos:


– Agrupamento de fibras nervosas = feixe nervoso.
– Conjunto de feixes nervosos = nervo.
– ↑ numero das fibras => ↑ Ø do nervo.
III.2.2. Direcção, trajecto e divisão
• Os nervos dão origem a ramos colaterais e ramos
terminais.
• Ângulo de incidência de um ramo colateral:
– Agudo.
– Recto.
– Ou obtuso <=> ramo recorrente.

• Localização dos nervos periféricos:


– Superficial: no tecido celular subcutâneo.
– Profunda: por baixo das aponevroses, fazendo parte de
feixes vasculo-nervosos.
III.2.3. Anastomoses
• São em grande número.
• <=> à união entre 2 ramos nervosos.
• Vários tipos:
– Anastomose oblíqua (A): em direcção oblíqua.
– Anastomose transversa (B): em direcção transversal.
– Anastomose longitudinal (C): ramo colateral que se une de
novo ao tronco que lhe deu origem.
– Anastomose múltipla (D): vários ramos com ≠ direcções.
– Anastomose plexiforme (E): em forma de plexo.
III.2.4. Nervos cranianos
• Dispõem-se aos pares.
• Numerados de 1 a 12 segundo a
ordem de emergência do TC.
• Nomes:
– I par – nervo olfactivo (1).
– II par – nervo óptico (2).
– III par – nervo motor ocular comum (3).
– IV par – nervo patético (4).
– V par – nervo trigémeo (5).
– VI par – nervo motor ocular externo (6).
– VII par – nervo facial (7).
– VII par bis – nervo intermediário de Wrisberg (7bis).
– VIII par – nervo estato-acústico (8).
– IX par – nervo glosso-faríngeo (9).
– X par – nervo vago ou
pneumogástrico (10).
– XI par – nervo espinhal (11).
– XII par – nervo grande hipoglosso
(12).

• Classificação do ponto de vista fisiológico:


– Nervos motores: III par, IV par, VI par, XI par e XII par.
– Nervos sensoriais: I par, II par VIII par.
– Nervos mistos (com fibras motores e sensitivas): V par, VII
par, VII par bis, IX par e X par.
III.2.5. Nervos raquidianos (NR)
• Dispõem-se em 31 pares.
• Nascem na ME e atravessam a CV ao nível dos
buracos de conjugação.
• São todos nervos mistos (motores
e sensitivos).
• Subdivisão:
– Os nervos cervicais (A):
• 8 de cada lado.
• Passagem do 1º: entre o occipital e o
atlas (C1).
• Passagem do último: entre a 7ª vértebra
cervical e 1ª vértebra dorsal.
– Os nervos dorsais ou torácicos (B):
• 12 de cada lado.
• Passagem do 1º: entre as 1ª e 2ª vértebras
dorsais.
• Passagem do último: entre a 12ª vértebra dorsal e
a 1ª vértebra lombar.
– Os nervos lombares (C):
• 5 de cada lado.
• Passagem do 1º: entre as 1ª e 2ª vertebras
lombares.
• Passagem do último: entre a 5ª vértebra lombar e o
sacro.
– Os nervos sagrados (D):
• 5 de cada lado.
• Passagem dos 4 1os: buracos sagrados anteriores.
• Passagem do último: entre o sacro e o cóccix.
– Os nervos coccígeos (E):
• 1 de cada lado.
• Seguem o corno coccígeo.
• Os NR destacam-se da ME por 2 raízes:
– (1) raiz anterior: motora.
– (2) raiz posterior (com o gânglio espinhal – 4): sensitiva.

• União das 2 raízes ao nível do buraco de conjugação


das vértebras => constituição do NR (3).
• A seguir, divisão dos NR em:
– (5) Ramos posteriores:
• Direcção horizontal para trás.
• Inervação dos músculos e da pele
da região posterior do tronco.
– (6) Ramos anteriores:
• Anastomosam-se para constituírem
os plexos.
• ≠ plexos: cervical, braquial, lombar,
sagrado, pudendo e sacro-
coccígeo.
III.2.6. Nervos neuro-vegetativos (SNV)
• A porção periférica do SNV tem
3 grupos:
–A cadeia simpática látero-
vertebral (1): grupo de fibras
ligando gânglios, situado de cada
lado da face anterior do ráquis.
– Os gânglios e plexos pre-viscerais
(2): grupo de gânglios ou plexos
situado adiante do ráquis.
– Os gânglios e plexos viscerais (3):
grupo de gânglios ou plexos
situado na superfície ou na
parede das vísceras.
• SNV = sistema simpático + sistema parassimpático.
• Sistema simpático (vermelho):
– Porção tóraco-lombar (C8-L2) do SNV,
com fibras préganglionares e
pósganglionares.
– Fibras préganglionares (4):
• Origem: ME, entre C8 e L2.
• Caminho: raiz anterior do NR → ramo
anterior do NR → ramo comunicante branco.
• Fim: cadeia látero-vertebral (para C8-T3), e
gânglios e plexos pré-viscerais (para T4-L2).
– Fibras pósganglionares (5):
• Entre C8-T3: cadeia látero-vertebral →
gânglios e plexos pré-viscerais → parede
das vísceras.
• Entre T4-L2: gânglios e plexos pré-viscerais
→ parede das vísceras.
• Sistema parassimpático (azul):
– Porção craniana (TC) e sagrada do
SNV, com fibras préganglionares e
pósganglionares.
– Fibras préganglionares cranianas (6):
• TC → III par → gânglio oftálmico.
• TC → VII par → gânglio esfeno-palatino.
• TC → VII par bis → gânglio ótico.
• TC → IX par → gânglio submaxilar e
sublíngual.
• TC → X par → plexos e gânglios de órgãos
internos.
– Fibras préganglionares pélvicas (7):
• Raízes sagradas anteriores → gânglios e
plexos viscerais do recto.
• Raízes s. a. → g. e p. viscerais da bexiga.
• Raízes s. a. → g. e p. viscerais dos órgãos
genitais.
– Fibras pósganglionares cranianas (8):
• Gânglio oftálmico → olho.
• Gânglio esfeno-palatino → glândulas
lacrimais e salivarias.
• Gânglio ótico → ouvido.
• Gânglio submaxilar e sublíngual → língua.
• Plexos e gânglios de órgãos internos →
órgãos internos (coração, estômago…).
– Fibras pósganglionares pélvicas (9):
• Gânglios e plexos viscerais do recto →
recto.
• Gânglios e plexos viscerais da bexiga →
bexiga.
• Gânglios e plexos viscerais dos órgãos
genitais → órgãos genitais.
• Nota: Cumprimento das fibras préganglionares do
sistema parassimpático > às do simpático (inverso
para as pósganglionares).
III.3. Órgãos dos sentidos
III.3.1. Sentido da visão
• Órgão óptico = globo ocular (na cavidade orbitária).

• Tem 3 túnicas:
–A túnica fibrosa =
esclerótica (1 – posterior)
+ córnea (2 – anterior).
– A túnica músculo-vascular
= coróideia (3 – posterior)
+ corpo ciliar (4 – média) +
íris (5 – anterior).
– A túnica nervosa = retina
(6).
• Tem 3 meios transparentes:
– O cristalino (7).
– A humor aquoso.
– O corpo vítreo.

• Tem 3 espaços:
– A câmara anterior (8 – limitada pela
córnea, íris e cristalino).
– A câmara posterior (9 – contornando
o íris).
– A câmara vítrea (10 – relacionada
com a face posterior do cristalino e
interior da retina).
• Humor aquoso dentro das câmaras anterior e post.
Corpo vítreo dentro da câmara vítrea.
• Anexos do globo ocular:
– Os músculos extrínsecos: movimentar o globo ocular e a
pálpebra superior.
– A cápsula de Tenon: membrana fibrosa associada aos
músculos.
– As pálpebras (1): cobrem a porção anterior do globo ocular.
– A conjuntiva (2): membrana mucosa unindo o globo ocular
às pálpebras.
– O aparelho lacrimal: glândulas lacrimais (3 – secreção das
lágrimas) + vias lacrimais (4 – transporto das lágrimas até
às fossas nasais).
III.3.2. Sentido da audição
• Órgão da audição e do equilíbrio = ouvido (3 partes):
– O ouvido externo.
– O ouvido médio.
– O ouvido interno (porção posterior – vestíbulo e canais
semicirculares – dedicada à manutenção do equilíbrio).

• O ouvido externo:
– O pavilhão auricular (1).
– O canal auditivo externo
(2).
– Separado do ouvido médio
pela membrana do tímpano
(3).
• O ouvido médio:
– = caixa do tímpano.
– Apresenta 3 ossinhos: martelo (4), bigorna (5) e estribo (6).
– Articulação dos ossinhos entre si e ligação à caixa através
dos músculos do martelo e do estribo.
• O ouvido interno:
– O labirinto ósseo (3 porções em comunicação entre si e
com o canal auditivo):
• Parte média = o vestíbulo (7).
• Parte posterior = os canais semicirculares (8).
• Parte anterior = o caracol (9).
– O labirinto membranoso (dentro do labirinto ósseo):
• Parte média = vestíbulo membranoso.
• Parte posterior = canais semicirculares.
• Parte anterior = caracol membranoso.
III.3.3. Sentido do gosto
• Através de receptores situados na língua = as papilas
(1).
• Características das papilas:
– ≠ formas.
– Papel de identificação das ≠
sabores.

• Existem papilas caliciformes (2):


– Localização: na união do 1/3
posterior com os 2/3 anterior da
língua.
– Disposição: em forma de V aberto
para diante.
III.3.4. Sentido do olfacto
• Receptores olfactivos = terminações pituitárias (1).
• Localização: na mucosa que cobre a parte superior
das cavidades nasais.
III.4. Grandes vias de condução
• Todos os feixes nervosos do SN cérebro-espinhal são
ligados a uma função bem determinada => grandes
vias de condução especializadas.

• Classificação:
– Vias de sensibilidade geral: – Vias sensoriais:
• Dos membros e do tronco. • Vias ópticas.
• Da cabeça e do pescoço. • Vias acústicas.
– Vias da motricidade: • Vias vestibulares.
• Vias piramidais. • Vias gustativas.
• Vias extrapiramidais. • Vias olfactivas.
• Via final comum de Sherrington.
• Vias óculo-motoras.
III.4.1. Placa motora (ou placa terminal)
• = formação neuro-muscular <=> penetração e
terminação da fibra nervosa no músculo estriado.
• Morfologia da placa motora:
– Axónio (1) implantado obliquamente
ao grande eixo do músculo.
– Perca da bainha de mielina.
– Bainha de Schwann recobre o
sarcolema.
– Terminações axónicas dilatadas (2).
• <=> a uma sinápse:
– Membrana pré-sináptica = membrana axónica.
– Membrana post-sináptica = sarcolema.
– Mediador sináptico = acetilcolina.
III.4.2. Órgãos sensitivo-receptores

• Servem de captores para ≠ tipos de sensibilidades.

• Estimulação → órgão sensitivo-receptor → fenómeno


bioeléctrico.

• Classificação:
– Os órgãos exteroceptivos.
– Os órgãos próprioceptivos.
– Os órgãos interoceptivos.
III.4.2.1. Órgãos exteroceptivos
• Na epiderme, encontram-se:
– As terminações livres (A):
• Ramificadas.
• Relacionadas com a sensibilidade dolorosa.
– Os discos de Merkel (B):
• Relacionados com as raízes dos pelos.
• Movimento dos pelos → deformação dos
discos → estimulação da fibra nervosa.
– Os corpúsculos de Meissner (C):
• Dentro uma cápsula constituída por lâminas
concêntricas (células empilhadas) e uma ou
mais fibras nervosas.
• Sensibilidade ao tacto ligeiro.
• Localização nas palmas das mãos, plantas
dos pés, mamilos e órgãos genitais.
• Na derme, encontram-se:
– Os corpúsculos de Ruffini (A):
• Fusiformes.
• Localização na parte profunda da derme.
• Dentro uma cápsula com aspecto lamelar e com um fuso axial
preenchido de ramificações nervosas.
• Sensibilidade ao calor.
– Os corpúsculos de Krause (B):
• Encapsulados.
• Sensíveis ao frio.
• Na hipoderme, encontram-se:
– Os corpúsculos de Golgi-Mazzonni (A):
• Forma ovóide.
• Constituídos por 4 ou 5 cápsulas concêntricas, em torno de uma
porção central preenchida de fibras nervosas ramificadas.
• Sensibilidade às pequenas pressões.
– Os corpúsculos de Vater-Paccini (B):
• Forma de uma bola de rugby.
• Constituídos por uma cápsula envolvida por lâminas concêntricas,
em torno de uma porção central com uma fibra nervosa penetrando
no seu interior.
• Sensibilidade às pressões esporádicas e vibrações.
III.4.2.2. Órgãos proprioceptivos
• Nos ligamentos articulares:
Têm formas ≈ certos órgãos exteroceptivos.
• Nos músculos, encontram-se os
órgãos neuromusculares de Kuhne
(A):
– Forma de fusos alongados.
– Localização na região equatorial do
fuso neuro-muscular.
– Constituídos por fibras musculares
envolvidas numa cápsula, e em que
as fibras nervosas partem da porção
média do fuso.
– Sensíveis ao estiramento do músculo.
• Nos tendões, encontram-se os órgãos tendinosos de
Golgi (B):
– Sensíveis às tensões.
– Activados por estiramento passivo ou por contracção activa.
III.4.2.3. Órgãos interoceptivos
• Na parede dos vasos (C):
– Formam anéis e espiras.
– Sensíveis à contracção e dilatação.

• Na parede das vísceras:


– Encontram-se plexos e extremidades livres.
– Excitação por irritação ou estimulação das vísceras.
III.4.3. Tipos de sensibilidades
• Sensibilidade classificada em 3 tipos:
– A exteroceptiva (ou superficial).
– A próprioceptiva (ou profunda).
– A interoceptiva (ou visceral).

• Sensibilidade exteroceptiva, é transmitida através de


várias vias:
– A via táctil protopática ou nociceptiva: para a sensibilidade
táctil grosseira.
– A via táctil epicrítica: para a sensibilidade fina e precisa.
– A via termo-álgica: para a sensibilidade ligada às ∆ de
temperatura à dor superficial.
• Sensibilidade próprioceptiva, é transmitida através de
vias que traduzem a sensibilidade das articulações,
dos músculos e dos tendões:
– A via profunda consciente.
– A via profunda inconsciente.

• Sensibilidade interoceptiva, é transmitida através de


vias que traduzem a sensibilidade das vísceras
(apenas consciente quando as vísceras se tornam
patológicas).
Parte II:

A Medula Espinhal (ME)


Plano

I. Considerações gerais

II. Constituição e sistematização da


substancia cinzenta

III. Constituição e sistematização da


substancia branca
I. Considerações gerais
I.1. Forma e divisão
• Forma de um longo cordão arredondado e percorrido
por sulcos longitudinais.
• 2 dilatações:
– Na região cervical: a dilatação cervical ou braquial.
– Na região lombar: a dilatação lombar ou crural.
• Divisão em 6 porções:
– A porção cervical superior.
– A dilatação cervical.
– A porção dorsal.
– A dilatação lombar.
– O cone terminal.
– O filamento terminal.
• A porção cervical superior (1):
– Do colo do bulbo raquidiano → até
a dilatação cervical.
– Dá os 3 primeiros pares de raízes
cervicais.

• A dilatação cervical ou braquial


(2):
– Dá os 5 últimos pares de raízes
cervicais e o 1º par dorsal.
– <=> à origem do plexo braquial.

• A porção dorsal (3):


– Dá os 11 últimos pares dorsais.
– <=> à origem dos nervos
intercostais.
• A dilatação lombar ou crural (4):
– Dá os 4 primeiros pares de raízes
lombares.
– <=> origem do plexo lombo-crural.

• O cone terminal (5):


– Porção terminal e afilada da ME.
– Dá o último par lombar, os 5 pares
sagrados e o par coccígeo.
– Terminado pelo
A
epicone (A).
• O filamento terminal (2):
– Cordão fino que prolonga a ME.
– Do cone terminal → até à base do
cóccix.
– Rodeado pelas raízes dos nervos
raquidianos, segundo um trajecto
vertical = cauda equina (3):
• Os nervos lombares e sagrados (5)
saem pela porção lateral.
• O filamento terminal e os nervos
coccígeos (6) saem pelo vértice.
– Vai se fixar na porção posterior da
base do cóccix através do
ligamento coccígeo (8).
I.2. Limites
• Apenas o filamento é fora da ME propriamente dita.
• O limite superior (1):
– Não é nítido ≈ à zona apertada
do colo do bulbo.
– Situação do colo do bulbo: nível
da porção média do arco
anterior do atlas (C1).

• O limite inferior (2):


– Ao nível do vértice do cone
terminal (<=> 2ª vértebra
lombar).
– Sofre contudo variações.
I.3. Dimensões, peso e consistência
• O comprimento:
– ME ≈ 45cm.
– Filamento terminal ≈ 25cm.

• O diâmetro:
– Ø ≈ 1cm.
– Ø ME muito < Ø canal raquidiano.
• O peso ≈ 30g.
• A consistência:
– Muito frágil.
– => pode ser lesionada por causa de um traumatismo (=>
patologias: paraplegia ou tetraplegia).
I.4. Direcção
• ME apresenta curvaturas ≈ às da coluna vertebral.

• A curvatura superior ou
cervical (3):
– Concavidade posterior.
– Do atlas (C1) → até à 2ª
vértebra dorsal. anterior posterior

• A curvatura inferior ou dorsal


(4):
– Concavidade anterior.
– <=> às últimas vértebras
dorsais.
I.5. Relações
• ME apresenta relações com o canal raquidiano e,
neste canal, com as meninges e as raízes dos nervos
raquidianos.
• O canal raquidiano:
– ME não ocupa a totalidade do canal.
– Relações adiantes: corpos vertebrais
e, entre estes, discos intervertebrais
(1).
– Relações laterais: pedículos e, entre
estes, buracos de conjugação (2).
– Relações de atrás: lâminas,
ligamentos amarelos e apófises
espinhosas (3).
• As meninges:
– Envolvem a ME.
– A duramáter (1):
• = envólucro completo.
• Terminado pelo cone dural (nível da 2ª
vértebra sagrada).
• Separada do canal raquidiano pelo
espaço epidural (tecido adiposo +
plexos venosos intra-raquidianos – 2).
– A aracnóideia (3) e piamáter (4):
• Limitam o espaço subaracnóideu (5),
preenchido pelo líquido céfalo-
raquidiano (LCR).
• Entre a extremidade inferior do cone
terminal e o vértice do cone dural, o
espaço subaracnóideu é ocupado pelo
filamento terminal e os nervos da
cauda equina.
• As raízes dos nervos raquidianos:
– = 1 anterior (motora) + 1 posterior (sensitiva).
– Saem pelo buraco de conjugação, depois de terem
perfurado a duramáter.
– Têm uma direcção variável:
• As raízes cervicais: direcção horizontal.
• As raízes dorsais e lombares: direcção oblíqua.
• As raízes sagradas e coccígeas: direcção vertical à volta do
filamento terminal.
I.6. Meios de fixação
• Em cima: pela continuação do bulbo raquidiano.
• Em baixo: na porção posterior da base do cóccix,
através do ligamento coccígeo.
• Lateralmente: pelos nervos raquidianos e suas
bainhas durais que se estendem até aos buracos de
conjugação.
• Em toda a extensão: ligação à
duramáter através de
formações dependentes da
piamáter (os prolongamentos
filiformes – 6 – e ligamentos
dentados – 7).
I.7. Descrição morfológica
I.7.1. Face anterior
• Na linha mediana:
– Sulco muito profundo = sulco mediano anterior (1).
– No fundo do sulco = comissura branca anterior (2).
– A c.b.a. é relacionada, atrás, com uma zona de substância
cinzenta = comissura cinzenta anterior (3).
• De cada lado do s.m.a.:
– Emergência das raízes
anteriores dos nervos
raquidianos (4) = sulco
colateral anterior (5).
– Entre o s.m.a. e o s.c.a. =
cordão anterior (6).
I.7.2. Face posterior
• Na linha mediana:
– Sulco pouco profundo = sulco mediano posterior (7).
– Continuação do s.m.p. = septo mediano posterior (8).
– O s.m.p. é relacionado, à frente, com uma zona de
substância cinzenta = comissura cinzenta posterior (9).
• De cada lado do s.m.p.:
– Emergência das raízes posteriores
dos nervos raquidianos = sulco
colateral posterior (10).
– Entre o s.m.p. e o s.c.p. = cordão
posterior (11).
– Na região cervical, divisão do c.p. pelo
sulco intermediário posterior (12):
• Porção interna = feixe de Goll (13).
• Porção externa = feixe de Burdach (14).
I.7.3. Faces laterais
• Situadas entre a emergência das raízes anteriores e
posteriores dos nervos raquidianos.
• Esta zona constitua o cordão lateral (15).
II. Constituição e sistematização da
substância cinzenta (SC) da ME

• Localização: na porção central da ME, a volta do


canal do epêndimo.

• Constituição: por centros nervosos.

• Papel principal nas actividades reflexas:


– Para a vida vegetativa (e.g., micção e defecação).
– Para a vida de relação (e.g., reflexos ósteo-tendinosos e
cutâneo-musculares).
II.1. Disposição geral da substância cinzenta
• ME = substância branca (1) + substância cinzenta (2).
• No centro da SC: canal do epêndimo (3).
• Forma de um H:
– Na parte anterior: o corno anterior (4).
– Na parte posterior: o corno posterior (5).
• O corno anterior ou motor, apresenta:
– Porção anterior (7) onde nascem as fibras motoras.
– Porção posterior (8) que se confunde com o resto da SC.

• O corno posterior ou sensitivo, apresenta:


– Porção posterior (9) separada da superfície da medula por a
zona marginal de Lissauer (= lâmina de substância branca –
10).
– Porção anterior (11) relacionada com a base do corno
anterior.
– Entre a porção posterior e anterior encontra-se o colo (12).
• O corno lateral (6):
– Pequeno prolongamento na porção póstero-externa do
corno anterior.
– Apresenta uma forma triangular.

• A comissura cinzenta:
– Fita de SC transversal que
une os cornos anterior,
posterior e lateral.
– Apresenta 2 partes:
• Adiante do canal do
epêndimo = comissura
cinzenta anterior (13).
• Atrás do canal do epêndimo =
comissura cinzenta posterior
(14).
II.2. Variações regionais da SC
• Na porção cervical (A): equilíbrio entre SC e SB.
• Na porção dorsal (B): desenvolvimento da SB > SC.
• Na porção lombar (C): grande desenvolvimento da
SC e SB.
• Na porção sagrada (D): desenvolvimento da SC > SB.
II.3. Núcleos da ME
• Encontram-se em toda a extensão da ME.
• Disponham-se em 4 zonas com funções ≠:
– Devolvidas ao sistema cérebro-espinhal:
• Os núcleos somato-motores (1).
• Os núcleos somato-sensitivos (4).
– Devolvidas ao sistema neuro-vegetativo:
• Os núcleos víscero-motores (2).
• Os núcleos víscero-sensitivos (3).
II.3.1. Núcleos somato-motores
• São dispostos em colunas ao nível do corno anterior.
• Ponto de partida dos neurónios periféricos da
motricidade dos músculos estriados.
• Ponto de chegada de todas as vias motoras que são
integradas para constituir a via final comum de
Sherrington.
• Muito desenvolvidos ao nível da:
– Dilatação cervical => inervação dos músculos dos membros
superiores.
– Dilatação lombar => inervação dos músculos dos membros
inferiores.
• Os núcleos ântero-interno e
póstero-interno:
– Para os músculos da nuca,
pescoço, intercostais e
abdómen.
– O n.â.i. (1):
• Estendido por toda a ME, C1-S5.
• É flexor dos músculos da cabeça
e do tronco.
– O n.p.i. (2):
• Na parte superior da medula
cervical (C1), e dorsal e lombar
(C7-L3).
• É extensor da cabeça e do
tronco.
• Os núcleos ântero-externo e
póstero-externo:
– Para os músculos dos
membros superiores e
inferiores.
– O n.â.e. (3):
• Estendido entre C3-C8, e na
medula lombar e sagrada (L1-
S2).
• Para os músculos do ombro,
braço, anca e coxa.
– O n.p.e. (4):
• Estendido entre C3-C8, e na
medula lombar e sagrada (L1-
S2).
• Para os músculos do antebraço,
mão, perna e pé.
• O núcleo intermediário posterior (5):
– Desdobrado a partir do núcleo póstero-
externo.
– Na medula cervical e dorsal (C7-T1), e na
medula sagrada (S1-S3).
– Para os pequenos músculos da mão e do
pé.
• O núcleo central:
– Estendido entre C2-C7 = núcleo frénico (6
– para os nervos do diafragma).
– Estendido entre L2-S2 = núcleo lombo-
sagrado (7 – para os músculos perineais).

• O núcleo da porção medular do nervo


espinhal (8 – na medula cervical, C1-
C6).
II.3.2. Núcleos somato-sensitivos
• São menos bem individualizados do que os somato-
motores.
• Localização: no corno posterior.
• <=> ao ponto de chegada das vias da sensibilidade.
• Constituídos, de trás para diante, pelos seguintes
núcleos:
– A camada zonal de Waldeyer.
– A substância gelatinosa de Rolando.
– O núcleo da cabeça ou núcleo funicular de Crosby.
– O núcleo de Betcherew.
– A coluna de Clarke.
• A camada zonal de Waldeyer (1):
– Em contacto com a zona marginal de
Lissauer.
– Estenda-se em toda a altura da ME.
• A substância gelatinosa de
Rolando (2):
Estendida em toda a extensão da ME.
• O núcleo da cabeça ou núcleo
funicular de Crosby (3):
Estendida em toda a extensão da ME.
• O núcleo de Betcherew (4):
Estendido entre C8-L3.
• A coluna de Clarke (5):
Estendido entre C8-L3.
II.3.3. Núcleos neuro-vegetativos, víscero-
motores e víscero-sensitivos
• Separados em 2 zonas:
– Víscero-motora (atrás da zona somato-
motora).
– Víscero-sensitiva (adiante da zona
somato-sensitiva).
• Divididos em 3 colunas:
– A coluna interna (1): estendida por toda a
ME.
– A coluna externa (2): estendida entre C1-
C3, C8-L1 (<=> ao corno lateral) e S4-Co.
– A coluna em torçal de Laruelle (3): na
medula sagrada (S1-S3) <=> ao centro
do parassimpático pélvico.
II.4. Sistematização
• A ME tem uma dupla função:
– Funções somáticas:
• As dominadas pelos centros superiores.
• Os centros reflexos de actividade muscular.
– Funções viscerais:
• Essencialmente do domínio da ME.
• Implicação no controlo cárdio-
respiratório, nutricional e de reprodução.

• Arquitectura do arco reflexo:


– ME <=> sobreposição de segmentos.
– Em cada segmento pode existir 1 dos 2 arcos reflexos:
• Arco reflexo simples = neurónio sensitivo (1) → neurónio motor (2).
• Arco reflexo de 3 neurónios = neurónio sensitivo → neurónio
intermédio (3) → neurónio motor.
• Características de um reflexo:
– Na maior parte dos casos, <=> reacção motora inconsciente
em resposta a uma estimulação sensitiva.
– Tem um valor invariável.
– É independente da vontade do indivíduo.
• Os reflexos da função somática:
– <=> a um arco reflexo simples.
– Circunscritos a uma pequena região do corpo.
– <=> à maior parte dos reflexos proprioceptivos e
exteroceptivos.
• Os reflexos proprioceptivos ou
tendinosos:
Pancada brusca no tendão do
músculo (1) => resposta de
contracção do mesmo músculo (2).
• Os reflexos exteroceptivos ou cutâneos:
Estimulação cutânea (1) => contracção muscular (2).

• Os reflexos da função visceral ou neurovegetativos:


– Ao serviço das grandes funções internas (nutrição, cárdio-
respiratória e reprodução).
– “Inteiramentos” sob a dependência da ME.
II.4.1. Reflexos da função somática
II.4.1.1. Reflexos proprioceptivos ou
tendinosos
• O reflexo bicipital (1):
– Explora as raízes C5 e C6.
– Percussão do tendão do bicípete
braquial => flexão do antebraço
por contracção do músculo.

• O reflexo tricipital (2):


– Explora as raízes C6 e C7.
– Percussão do tendão do tricípete
braquial => extensão do
antebraço.
• O reflexo estilo-radial ou do
supinador (3):
– Explora as raízes C6 e C7.
– Percussão do apófise estilóideia
do rádio => flexão do antebraço
por contracção do longo
supinador.

• O reflexo cúbito-pronador (4):


– Explora as raízes C7 e C8.
– Percussão do tendão do apófise
estilóideia do cúbito => pronação
da mão por contracção do
quadrado pronador.
• O reflexo rotuliano (5):
– Explora as raízes L2 e L3.
– Percussão do tendão rotuliano
=> extensão da perna por
contracção do quadricípete
crural.

• O reflexo aquiliano (6):


– Explora a raiz S1.
– Percussão do tendão de Aquiles
=> extensão do pé por
contracção do tricípete sural.
II.4.1.2. Reflexos exteroceptivos ou cutâneos

• Os reflexos abdominais
superior (1) e inferior (2):
– O r.a.s. explora as raízes T7-T10.
– O r.a.i. explora as raízes T10-T12.
– Excitação da pele do abdómen =>
contracção dos músculos da
parede abdominal.

• O reflexo cremasteriano (3):


– Explora a raiz L1.
– Excitação da pele da face interna
da coxa => elevação do testículo
por contracção do cremáster.
• O reflexo anal (4):
– Explora as raízes S4 e S5.
– Excitação da pele na margem do
ânus => contracção do esfíncter
anal.

• O reflexo plantar (5):


– Explora as raízes S1 e S2.
– Excitação da pele do bordo
externo do pé => flexão dos
cinco dedos (a extensão do 1º
dedo e a flexão dos restantes
<=> sinal patológico de
Babinski).
II.4.2. Reflexos de função visceral

• Centralizados nos núcleos neurovegetativos da ME.


• Estes centros reflexos comandam:
– A motricidade das fibras musculares de contracção
involuntária das vísceras e dos vasos.
– A secreção de glândulas.

• <=> à sensibilidade visceral ou interoceptiva.

• Os reflexos viscerais são constituídos por 2 tipos de


centros complementares:
– Os centros reflexos simpáticos.
– Os centros reflexos parassimpáticos.
II.4.2.1. Centros reflexos simpáticos
• (1) Centro cárdio-acelerador (D1-
D6).
• (2) Centro cilio-espinhal de Budge
(C8-D3): dilata a iris.
• (3) Centro bronco-pulmonar (D2-D5).
• (4) Centros pilomotores, sudoríparos
e vasomotores (C8-L2).
• (5) Centros esplâncnicos abdominais
(T6-L2).
• (6) Centros pélvicos de contenção
ano-rectal e vesical (L2-L4).
• (7) Centro de ejaculação (L1-L3).
II.4.2.2. Centros reflexos parassimpáticos

• (1) Centro de expulsão ano-


rectal (S1 e S2).

• (2) Centro de expulsão vesical


ou de micção (S3 e S4).

• (3) Centro de erecção (S2).


III. Constituição e sistematização da
substância branca (SB) da ME
III.1. Disposição geral da substância branca
• SB = axónios das células nervosas.
• Disposição em volta da SC, formando 4 cordões.
• O cordão anterior (1):
– Forma triangular.
– Limitação posterior: comissura
cinzenta anterior (2).
– Limitação lateral: corno anterior
+ sulco colateral anterior (3).
– Dividido pelo sulco mediano
anterior (4).
• O cordão posterior (5):
– Forma triangular.
– Limitação anterior: comissura
cinzenta posterior (8).
– Limitação lateral: corno
posterior (6) + zona marginal
de Lissauer.
– Dividido pelo sulco mediano
posterior + septo mediano
posterior (7).

• O cordão lateral (9):


– Entre os cordões anterior e
posterior.
– Por fora dos 3 cornos da SC.
III.2. Sistematização da substância branca
• Existem vias longas ou feixes
de passagem na SB: ligação
da ME aos centros encefálicos
através de vias ascendentes
(1) e descendentes (2).
• Existem vias curtas ou feixes de
associação na SB: ligação entre
≠ andares da ME = feixes
espino-espinhais (ascendentes
– 3 – e descendentes – 4).
• Existem feixes de associação na
SC (5).
III.2.1. Vias longas ou feixes de passagem
III.2.1.1. Vias ascendentes ou sensitivas
• A sensibilidade exteroceptiva ou superficial é
transmitida através de:
– Vias de sensibilidade exteroceptiva táctil protopática (1) =
sensibilidade táctil grosseira:
Feixe espino-talâmico anterior (2).
– Vias de sensibilidade exteroceptiva táctil epicrítica (3) =
sensibilidade fina e precisa:
• Feixe de Goll (4).
• Feixe de Burdach (5).
– Vias de sensibilidade exteroceptiva termo-álgica (6) =
sensibilidade à ∆ de temperatura e à dor superficial:
Feixe espino-talâmico posterior (7).
• A sensibilidade proprioceptiva ou profunda é
transmitida através de:
– Vias de sensibilidade profunda consciente (1):
• Feixe de Goll (2).
• Feixe de Burdach (3).
– Vias de sensibilidade profunda inconsciente (4):
• Feixe espino-cerebeloso directo ou de Flechsig (5).
• Feixe espino-cerebeloso cruzado ou de Gowers (6).
• A sensibilidade interoceptiva ou visceral é transmitida
através de:
Vias de sensibilidade interoceptiva (7).
III.2.1.1.1. Vias de sensibilidade exteroceptiva
táctil protopática
• 1º neurónio (1):
– Corpo celular no gânglio raquidiano.
– Axónio: raiz posterior → corno posterior
(na camada zonal de Waldeyer, na
substância gelatinosa de Rolando ou
no núcleo funicular de Crosby).
• 2º neurónio (2):
– Corpo celular no corno posterior.
– Axónio: atravessa a SC → cordão
anterior do lado oposto <=> feixe
espino-talâmico anterior (3) →
pedúnculo cerebral (união com o feixe
espino-talâmico posterior – 4) → tálamo
óptico (5).
III.2.1.1.2. Vias de sensibilidade exteroceptiva
táctil epicrítica
• 1º neurónio (1):
– Corpo celular no gânglio raquidiano.
– Axónio: atravessa a zona marginal
de Lissauer → cordão posterior do
mesmo lado <=> feixe de Goll (2),
no interior, e feixe de Burdach (3),
no exterior → TC.
• 2os neurónios:
– Corpo celular no núcleo de Goll (4)
e de Burdach (5) no TC.
– Axónio: cruza a linha mediana →
tálamo óptico do lado oposto (6).
III.2.1.1.3. Vias de sensibilidade exteroceptiva
termo-álgica
• 1º neurónio (1):
– Corpo celular no gânglio raquidiano.
– Axónio: raiz posterior → corno posterior
(na camada zonal de Waldeyer, na
substância gelatinosa de Rolando ou no
núcleo funicular de Crosby).
• 2º neurónio (2):
– Corpo celular no corno posterior.
– Axónio: atravessa a SC → cordão
anterior do lado oposto <=> feixe
espino-talâmico posterior (3) →
pedúnculo cerebral (união com o feixe
espino-talâmico anterior – 4) → tálamo
óptico (5).
III.2.1.1.4. Vias de sensibilidade profunda
consciente
• Vias comuns com as vias de
sensibilidade exteroceptiva táctil
epicrítica.
• Axónios do 1º neurónio sobem
no cordão posterior:
– No interior: feixe de Goll (2).
– No exterior: feixe de Burdach (3).
• 2os neurónios:
– Corpo celular no núcleo de Goll (4)
e de Burdach (5) no TC.
– Axónio → tálamo óptico do lado
oposto (6).
III.2.1.1.5. Vias de sensibilidade profunda
inconsciente

• 1º neurónio (1):
– Corpo celular no gânglio
raquidiano.
– Axónio: raiz posterior → corno
posterior (na coluna de Clarke ou
no núcleo Betcherew).
• 2º neurónio (2):
– As fibras que vêm dos membros
inferiores e do tronco: coluna de
Clarke → parte posterior do cordão
lateral do mesmo lado <=> feixe
espino-cerebeloso directo de
Flechsig (3) → córtex do
paleocerebelo (4).
– As fibras que vêm dos membros
superiores: núcleo de Betcherew
→ parte anterior do cordão lateral
do lado oposto <=> feixe espino-
cerebeloso cruzado de Gowers (5)
→ córtex do paleocerebelo (6).
III.2.1.1.6. Vias de sensibilidade interoceptiva
ou visceral
• Muito mal conhecidas.
• 1º neurónio (1):
– Corpo celular no gânglio raquidiano (2).
– Axónio: raiz posterior → corno posterior.
• 2º neurónio:
– Corpo celular no corno posterior (3).
– Axónio → outras vias → tálamo
óptico.
III.2.1.2. Vias descendentes ou motoras
III.2.1.2.1. Vias de motricidade voluntária
• <=> ao feixe piramidal ou
córtico-medular (1).
• Trajecto do 1º neurónio:
– No bulbo raquidiano: ao lado
do sulco mediano anterior.
– Na parte inferior do bulbo
raquidiano: divisão em feixe
piramidal directo (1/5 da
totalidade) e feixe piramidal
cruzado (cruzamento com o
s.m.a. <=> decussação das
pirâmides).
– Na ME:
• O f.p.d. (2): cordão anterior →
cruzamento com a linha mediana ao
nível da comissura branca anterior →
corno anterior.
• O f.p.c. (3): cordão lateral → corno
anterior do mesmo lado.

• 2os neurónios:
– Corpo celular no corno anterior (4).
– Axónio → raiz anterior ou motora
do nervo raquidiano (5).
III.2.1.2.2. Vias de motricidade involuntária,
automática ou extrapiramidais

• Representadas por vários feixes.


• O feixe rubro-espinhal (A.1, B.1):
– Origem: núcleo rubro (A.2), no
mesencéfalo.
– Trajecto: cordão lateral da ME,
adiante do feixe piramidal cruzado.

A
B
• Os feixes tecto-espinhais:
– Origem: tubérculos
quadrigémeos (A.3).
– Trajecto:
• Do feixe tecto-espinhal
posterior (A.4, B.2): cordão
lateral, adiante do feixe rubro-
espinhal.
• Do feixe tecto-espinhal anterior
(A.5, B.3): cordão anterior, para
fora do feixe piramidal directo.

B
• Os feixes retículo-espinhais:
– Origem: na substância
reticulada do TC (A.6).
– Trajecto:
• Do feixe retículo-espinhal
posterior (A.7, B.4): cordão
lateral, adiante do feixe tecto-
espinhal posterior.
• Do feixe retículo-espinhal
anterior (A.8, B.5): cordão
anterior, para fora do feixe tecto-
espinhal anterior.

B
• Os feixes vestíbulo-espinhais:
– Origem: núcleos vestibulares do
TC (A.9).
– Trajecto:
• Do feixe vestíbulo-espinhal anterior
ou directo (A.10, B.6): cordão
anterior, para fora do feixe reticulo-
espinhal anterior.
• Do feixe vestíbulo-espinhal
posterior ou cruzado (A.11, B.7):
cordão lateral, adiante do feixe
retículo-espinhal posterior.

B
• O feixe olivo-espinhal (A.12,
B.8):
– Origem: na oliva bulbar (A.13).
– Trajecto: cordão anterior da ME,
entre os 2 feixes vestíbulo-
espinhais.

A
B
• O feixe nigro-espinhal (A.14):
– Muito discutido.
– Origem: locus niger (A.15).
– Trajecto: confundido com o feixe
piramidal.
• Nota: convergência terminal
idêntica das vias de motricidade
voluntária e involuntária, no
corno anterior da ME (origem do
2º neurónio) = via final comum
de Sherrington (B.10). A

B
III.2.2. Vias curtas ou feixes de associação

• Estabelecem ligações entre ≠ andares da ME.

• <=> aos feixes espino-espinhais.

• Formam circuitos mutineuronais que permitem


apenas uma actividade reflexa rudimentar.
III.2.2.1. Vias ou feixes de associação na SC

• Localização: SC péri-ependimária (1).

• Função neuro-vegetativa: acção sobre os centros


viscerais do TC.
III.2.2.2. Vias ou feixes de associação na SB
III.2.2.2.1. Vias de associação curtas
• São feixes de associação curtos ascendentes ou
descendentes.
• O feixe fundamental ou restante (2):
– Nos cordões anteriores e laterais.
– Localização muito próxima da SC da ME.
III.2.2.2.2. Vias de associação longas
• São mais compridas e encontram-se no cordão
posterior, sendo umas fibras ascendentes e outras
descendentes.
• Fibras ascendentes (3):
Na zona corno-comissural de Pierre Marie (porção
posterior da SC).
• Fibras descendentes:
– O feixe em vírgula de Schultz (4): no cordão posterior da
medula cervico-dorsal.
– A fita periférica de Hoche (5): na parte posterior e lateral do
cordão posterior da porção inferior da medula dorsal.
– O centro oval de Flechsig (6): na parte média do cordão
posterior da medula lombar.
– O feixe triangular de Gombault e Philippe (7): no sulco
mediano posterior da medula sagrada.
III.3. Síntese da SB em corte transversal
• No cordão anterior:
– Porção anterior, de dentro para
fora:
• Feixe piramidal directo (1).
• Feixe tecto-espinhal anterior (2).
• Feixe retículo-espinhal anterior (3).
• Feixe vestíbulo-espinhal anterior (4).
• Feixe olivo-espinhal (5).
• Feixe vestíbulo-espinhal posterior
(6).
– Porção posterior, de dentro para
fora:
• Feixe espino-talâmico anterior (7).
• Feixe espino-tectal (8).
• Feixe espino-talâmico posterior (9).
• No cordão posterior, de dentro
para fora:
– Feixe de Goll (10).
– Feixe de Burdach (11).

• No cordão lateral:
– Porção externa, de diante para
trás:
• Feixe de Gowers (12).
• Feixe de Flechsig (13).
– Porção interna, de diante para
trás:
• Feixe retículo-espinhal posterior (14).
• Feixe tecto-espinhal posterior (15).
• Feixe rubro-espinhal (16).
• Feixe piramidal cruzado (17).

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