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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 032.

191/2008-6

GRUPO I – CLASSE VII – Plenário


TC 032.191/2008-6 [Apensos: TC 032.302/2008-7, TC
032.337/2008-2, TC 032.515/2008-6]
Natureza: Representação.
Órgão: Coordenação-Geral de Logística – Ministério da Justiça
(CGL-MJ) .
Interessados: CSP – Controle e Automação Ltda., AGS Comércio e
Serviços Ltda., ELEC Indústria e Comércio de Equipamentos de
Medição Ltda., Route Tecnologia Ltda., Sr. Gil Vasconcellos
Pereira e Sr. Linaldo Guimarães Pimentel.

SUMÁRIO: QUATRO REPRESENTAÇÕES (PROCESSO


PRINCIPAL E TRÊS APENSOS). POSSÍVEIS
IRREGULARIDADES EM PREGÃO ELETRÔNICO.
AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES NO EDITAL EXIGIDAS POR
LEI. NÃO-REABERTURA DE PRAZO APÓS RETIFICAÇÃO
DO EDITAL. OITIVA PRÉVIA. ACOLHIMENTO PARCIAL.
DETERMINAÇÃO.

RELATÓRIO

Trata-se de Representação formulada pela empresa CSP – Controle e Automação Ltda.,


nos termos do art. 113, § 1º, da Lei n. 8.666/1993, acerca de possíveis irregularidades no Edital de
Pregão Presencial n. 55/2008 da Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ,
para Registro de Preços (Decreto n. 3.931, de 19 de setembro de 2001) e fornecimento, em 7 etapas, no
intervalo de 11 meses, de 10.000 conjuntos para exame da concentração de etanol do ar expirado do
pulmão, composto cada um de aparelho etilômetro acompanhado de impressora, bobinas de papel para
impressão dos exames, software interno e de gestão, cabos, 2.500 bocais descartáveis e maleta, além
de treinamento operacional aos usuários.
2. Além do pedido de anulação, o Representante requereu a suspensão cautelar da licitação
(fl. 7).
3. Foram apensados os processos de Representação TC 032.302/2008-7, TC 032.515/2008-6
e TC 032.337/2008-2, todos em face do edital supracitado, nos termos do mesmo dispositivo legal da
Lei n. 8.666/1993, diferindo apenas quanto ao teor das irregularidades apontadas e pelo fato de, além
do processo principal, somente o TC 032.515/2008-6 conter pedido de suspensão cautelar do certame
(fl. 6 do apenso).
4. Neste processo principal (fls. 75/77), bem como no TC 032.515/2008-6 (fls. 120/121) e TC
032.302/2008-7 (fls. 92/93), a 6ª Secex propôs oitiva prévia ao órgão jurisdicionado, e as propostas
foram acolhidas conforme Despachos dos Excelentíssimos Ministros Valmir Campelo e Walton
Alencar Rodrigues atuando na forma do art. 28, inciso XVI, do Regimento Interno do TCU (TC
032.191/2008-6, fl. 78; TC 032.515/2008-6, fl. 122; e TC 032.302/2008-7, fl. 94). Também foram
acolhidas, pelos Despachos, as propostas de diligência no processo principal (fl. 75), para
encaminhamento da estimativa de preços, ausente no edital, e cópia da ata de abertura das propostas,
bem como de apensamento do TC 032.302/2008-7 e do TC 032.515/2008-6 ao TC 032.191/2008-6.
Quanto ao TC 032.337/2008-2, a única proposta foi de apensamento (fl. 74), visto que todas as
irregularidades já eram tratadas nos outros processos.
5. Importante ressaltar que foi autorizada, ainda, a oitiva de eventual empresa vencedora da
licitação (fl. 78), a qual restou prejudicada tendo em vista que, ao final, a proposta da Secex não veio

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de encontro aos interesses da primeira empresa contratada e daquelas beneficiadas pelos registros em
ata (fl. 120, item 6.4).
6. Todas as oitivas e diligências foram respondidas (fls. 81/113) e analisadas (fls. 114/122) no
âmbito do processo principal, haja vista a sobreposição de algumas irregularidades.
7. São os seguintes os pontos questionados pelos representantes e as respectivas análises
realizadas pela 6ª Secex:
a) Ausência no edital de estimativa de preços (irregularidade apontada nos processos TC
032.191/2008-6, fls. 3/7; TC 032.337/2008-2, fls. 5/6; TC 032.302/2008-7, fls. 8/9; TC 032.515/2008-
6, fl. 5):
“5.2.1. No que se refere a esse ponto, a CGL/MJ informou ter incluído no ato convocatório o
preço total estimado para a contratação. No entanto, essa informação não foi encontrada no edital
disponibilizado no site da Unidade. Quanto ao mérito, a Lei n. 10.520/2002, que institui a
modalidade de licitação denominada pregão, é omissa em relação à obrigatoriedade de
elaboração de orçamento estimativo. A questão é tratada no Decreto n. 5.450/2005, que
regulamenta o pregão na forma eletrônica, o qual estabelece em seu art. 9º:
‘Art. 9º Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, será observado o seguinte:
I - elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de
forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes
ou desnecessárias, limitem ou frustem a competição ou sua realização;
(...)
IV - elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas;
(...)
§ 2º O termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes de
propiciar avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado, definição
dos métodos, estratégia de suprimento, valor estimado em planilhas de acordo com o preço
de mercado, cronograma físico-financeiro, se for o caso, critério de aceitação do objeto,
deveres do contratado e do contratante, procedimentos de fiscalização e gerenciamento do
contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva.’
5.2.2. Todavia, o art. 30 do mesmo normativo não precisa quais os anexos devem acompanhar o
edital, havendo a exigência da planilha de custos e do termo de referência como peças distintas
do instrumento convocatório:
‘Art. 30. O processo licitatório será instruído com os seguintes documentos:
(...)
III - planilhas de custo, quando for o caso;
(...)
VII - edital e respectivos anexos, quando for o caso;’
5.2.3. Conforme jurisprudência deste Tribunal, a exemplo dos Acórdãos ns. 1.925/2006 e
114/2007, ambos proferidos pelo Plenário, na licitação na modalidade pregão, o orçamento
estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários não constitui um dos elementos
obrigatórios do edital, devendo estar inserido obrigatoriamente no bojo do processo relativo ao
certame. Neste caso, fica a critério do gestor, no caso concreto, a avaliação da oportunidade e
conveniência de incluir esse orçamento no edital ou de informar, no ato convocatório, a sua
disponibilidade aos interessados e os meios para obtê-lo.
5.2.4. Cabe destacar que a CGL/MJ, conforme Ofício n. 1.225-A/2008-CGL/SPOA/MJ,
informou ter disponibilizado aos interessados o processo referente ao certame ora analisado e
que permitiu aos participantes o conhecimento a respeito do orçamento estimado. Ademais, vale
lembrar que esse pregão, por ser na modalidade presencial, possibilitou aos licitantes, durante a
sessão de abertura das propostas, a consulta aos autos do procedimento licitatório. Além disso,
deve-se considerar que não houve desclassificação de proposta por ter excedido o preço máximo,
razão pela qual a ausência de orçamento estimativo não prejudicou a oferta de preço das

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licitantes.
5.2.5. Todavia, a informação de que o valor estimado foi incluído no edital não pôde ser
confirmada. Em atenção ao princípio da publicidade, insculpido no art. 37 da Carta Magna e no
art. 3º da Lei de Licitações e Contratos, a qual possui aplicação subsidiária nos certames
promovidos sob a modalidade pregão, quando não for divulgado o orçamento estimativo em
planilhas, o edital ao menos deve trazer o valor estimado da contratação. Ademais, a divulgação
do valor estimado possibilita o exercício do controle social à medida que eventuais interessados
podem avaliar a economicidade da contratação.
5.2.6. Nesse sentido, cabe propor determinação à CGL/MJ para que, nos editais dos certames
licitatórios promovidos sob a modalidade pregão, divulgue o valor estimado da contratação, em
atenção ao princípio da publicidade, insculpido no art. 37 da Constituição Federal e no art. 3º da
Lei n. 8.666/1993.” (fls. 117/118)

b) Ausência no edital de dotação orçamentária (irregularidade apontada nos processos TC


032.191/2008-6, fls. 2/3; TC 032.337/2008-2, fl. 6; TC 032.302/2008-7, fl. 10):
“5.3.1. Sobre essa falha, a CGL/MJ entende que o sistema de registro de preços utilizado
para aquisição dos kits reflete apenas uma expectativa de consumo e que por isso não haveria
necessidade de incluir no edital a disponibilidade orçamentária.
5.3.2. Equivoca-se a Unidade. Toda licitação promovida pela Administração gera ônus
(financeiro, recursos humanos). Assim, só deve ser realizada quando houver relativa certeza de
que fará a contratação, e não no caso de haver ‘mera expectativa’, em atenção ao princípio da
eficiência, insculpido no art. 37 da Constituição Federal.
5.3.3. Quanto à tese de que o sistema de registro de preços dispensa a previsão da disponibilidade
orçamentária, tem-se que o art. 14 da Lei n. 8.666/93 é claro ao estabelecer que nenhuma compra
será feita sem a indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, de modo que sua
previsão no edital deve ser inafastável. Desse modo, a interpretação lançada pela CGL/MJ não
justifica a ausência da dotação orçamentária no edital do pregão em análise.
5.3.4. No entanto, deve ser considerado que a ausência dessa informação é falha formal que não
causou prejuízos à competitividade do certame. Assim, entende-se suficiente determinar à
CGL/MJ que inclua nos editais de licitação a respectiva dotação orçamentária, conforme o
disposto no art. 14 da Lei n. 8.666/1993”. (fls. 118/119)

c) Ausência de divulgação dos locais de realização do treinamento para uso dos kits
(irregularidade apontada no processo TC 032.302/2008-7, fls. 7/8):

“5.4.1. Sobre esse ponto, a CGL/MJ afirmou desconhecer as localidades onde seriam
treinados os servidores que iriam operar os kits com bafômetro e que provavelmente o
treinamento seria efetuado nas 27 capitais do país.
5.4.2. Novamente constata-se falha da Unidade ao elaborar o edital do pregão impugnado. De
acordo com o subitem 1.1 do ato convocatório, o treinamento operacional dos usuários não seria
pago pelo Ministério da Justiça, mas sim pela empresa contratada. Dessa forma, os locais de
treinamento deveriam ter sido previstos no edital porque seus custos seriam considerados na
proposta de preço oferecida pelas licitantes. A ausência de informação dessa natureza pode levar
os interessados a cotarem preços maiores de modo a cobrir os custos incertos, onerando as
propostas para contratação. Assim, faltou à CGL/MJ planejamento que definisse com precisão e
antecedência os locais onde haveria treinamento para operação dos bafômetros.
5.4.3. Atenua essa falha o fato de o equipamento ser instrumento de fácil operação, o que
contribui para tornar menos significativo o valor percentual da despesa com treinamento. Além
disso, como primeira aquisição, voltada para suprir carência que abrange todo o país, como
identificada no levantamento feito (fl. 35), é razoável a hipótese de treinamento inicial em cada

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estado da federação, conforme indicado no subitem 10.4 (fl. 40).


5.4.4. No entanto, para aquisições posteriores da CGL/MJ e eventuais adesões de outros órgãos,
não há como assegurar que os preços oferecidos, incluindo o treinamento, sejam os mais
vantajosos. De fato, a necessidade de treinamento pode vir a se concentrar em poucos estados ou
em localidades mais próximas das empresas ou, ainda, pode até tornar-se desnecessária com a
disseminação do uso dos aparelhos já adquiridos.
5.4.5. Dessa forma, não há evidências de que para aquisições adicionais e adesões as propostas
registradas na ata sejam as mais vantajosas. Nos termos do art. 8º, § 2º, do Decreto 3.931/2001, a
Administração deverá valer-se da faculdade prevista para exigir valor diferenciado por região.
5.4.6. Cabe, portanto, determinar à CGL/MJ, com fundamento no art. 3º da Lei n. 8.666/93, que
se abstenha de utilizar a ata e/ou autorizar adesões para aquisições que não envolvam
treinamento em todos os estados, procedendo a licitações específicas e assegurando aos
beneficiários do registro a preferência de fornecimento em igualdade de condições, nos termos
do art. 7º, do Decreto n. 3.931/2001.” (fl. 119)

d) Não abertura de prazo para apresentação de propostas, em virtude da alteração do


subitem 14.1 do edital (irregularidade apontada no processo TC 032.515/2008-6, fl. 4)

“5.5.1. Em relação a esse ponto, a representada alega que uma interpretação em conjunto da
redação original do subitem 14.1 com o subitem 12.1, parágrafos segundo e quinto, é suficiente
para saber que a vigência da garantia dos kits está adstrita à vigência do contrato. Assim dispõem
os referidos subitens:
‘14.1. Como garantia integral de todas as obrigações assumidas, inclusive indenizações a
terceiros e multas que venham a ser aplicadas, conforme o disposto no art. 56, da Lei n.
8.666/1993, a CONTRATADA na assinatura do Instrumento Contratual, prestará a
garantia no valor correspondente a 3% (três por cento) do valor total do Contrato, sendo
liberada após o término da vigência e transcorrido o período de garantia do mesmo.’
‘12.1 (...)
PARÁGRAFO SEGUNDO – O valor da garantia permanecerá integral até o término da
vigência do Contrato.
(...)
PARÁGRAFO QUINTO – A garantia prestada pela Contratada será liberada ou restituída
após o término da vigência ou rescisão do Contrato, desde que não haja pendências.’
5.5.2. De fato, a redação original do subitem 14.1 não é clara ao dispor sobre a vigência da
garantia dos kits. Entretanto, uma leitura sistemática dos anexos do edital é suficiente para sanear
a dúvida levantada na representação, na medida em que esclarece que a garantia dos kits está
adstrita à vigência do contrato. Além disso, houve retificação do subitem 14.1 por parte da
Unidade, de modo a restar superado esse ponto da representação.
5.5.3. Não obstante, deve ser determinado à Unidade, com fulcro no art. 3º, da Lei n. 8.666/1993,
que defina, com clareza, nos próximos editais de licitação, os termos da prestação de garantia
prevista no art. 56 da referida norma.” (fls. 119/120)
8. Quanto às diligências efetuadas, a 6ª Secex, ao analisar os documentos apresentados,
verificou que a ausência da dotação orçamentária e dos custos unitários não atrapalhou a
competitividade da licitação, pois o objeto licitado fora adjudicado a três empresas que ofereceram
proposta com preço aproximadamente 25 % abaixo do estimado pela Administração (fl. 120).
9. Além dos fatos supracitados, outros apontamentos foram feitos pelos representantes nos
quatro processos, mas considerados improcedentes pela unidade instrutiva, não sendo objeto de oitiva.
Com relação ao TC 032.302/2008-7, o representante acostou aos autos a resposta do pregoeiro, em
nome da Administração, indeferindo impugnação apresentada (fls. 69/75). Listam-se, abaixo, tais
pontos, acompanhados das respectivas avaliações da unidade técnica.

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a) não parcelamento da licitação em duas partes – 10.000 kits para exame de concentração
de etanol, acompanhado dos acessórios exceto bocais e 25.000.000 de bocais para etilômetro – , o que
teria frustrado o caráter competitivo da licitação (TC 032.337/2008-2, fls. 4/5 e TC 032.302/2008-7,
fls. 6/7): a Auditora Federal de Controle Externo concorda com as justificativas do pregoeiro de que o
fato de cada modelo de etilômetro exigir um bocal diferente traria uma série de problemas e atrasos
que inviabilizariam a contratação em separado, e acrescenta que cabe à Administração definir o que é
melhor para o interesse público (TC 032.302/2008-7, fl. 87);
b) escolha da modalidade pregão, pois o objeto não seria bem comum (TC 032.515/2008-6,
fls. 2/3): a informante assevera que a jurisprudência do Tribunal aceita essa forma de licitação quando
o objeto pode ser descrito por meio de especificações usuais de mercado, como, por exemplo, no
Acórdão n. 1.299/2006 do Plenário, acrescentando que a exigência de certificação do INMETRO e de
Portaria de Homologação do DENATRAN não altera o conceito do objeto para o caso concreto (TC
032.515/2008-6, fls. 115/116);
c) violação do invólucro de documentação de habilitação da empresa Route Tecnologia
Ltda. antes da respectiva fase da licitação (TC 032.515/2008-6, fl. 5): a 6ª Secretaria de Controle
Externo do TCU aduz que a falha, constatada e corrigida imediatamente pelo pregoeiro, não causou
prejuízo à competitividade do certame e que a anulação seria considerada excesso de formalismo,
conforme Acórdão n. 2.385/2008 do Plenário (TC 032.515/2008-6, fl. 118);
d) permissão de participação de empresas estrangeiras (TC 032.515/2008-6, fl. 3 e TC
032.302/2008-7, fl. 8): a unidade instrutiva usa o relatório que fundamentou o Acórdão n. 2.406/2006-
Plenário para mostrar o entendimento do Tribunal no sentido de que é possível a participação de
empresa estrangeira em pregão nacional, e finaliza argumentando que o fato de se tratar de uma
licitação para registro de preços não altera a questão (TC 032.302/2008-7, fl.s 88/89);
e) exigência de certificado de conformidade do INMETRO aprovando o modelo de
aparelho proposto (TC 032.515/2008-6, fl. 6 e TC 032.302/2008-7, fl. 10): sobre o assunto, a 6ª Secex
pronunciou-se da seguinte forma (TC 032.302/2008-7, fls. 90/91).
“Conforme item 3.16 desta instrução, o pregoeiro, em resposta à impugnação do edital,
esclareceu que a obrigação constante do item 10.3 do anexo I do edital dizia respeito à
verificação inicial de cada equipamento, diferente das portarias de aprovação dos modelos, cuja
apresentação deveria integrar a proposta das licitantes.
Nesse caso, o representante considerou a retificação procedente.
Entende-se, na situação, que o edital não previa novamente que as empresas licitantes
apresentassem a certificação dos etilômetros contida no item 8.1, alínea c do edital que exigia,
dentre os documentos para habilitação, o certificado de conformidade do Inmetro, aprovando o
modelo de aparelho de etilômetro proposto. Mas o item 10.3 do anexo I previa a verificação do
funcionamento adequado de cada equipamento.
Todavia, alguns aspectos necessitam de esclarecimentos. À fls. 20, constam, como requisitos de
habilitação técnica, a apresentação de certificado de conformidade do Inmetro, aprovando o
modelo de aparelho proposto, e portaria de homologação do Denatran do modelo de etilômetro
proposto. A validade da exigência desses documentos depende da necessidade de observância de
lei especial, conforme previsto no inciso IV do art. 30 da Lei n. 8.666/1993. Porém, tal legislação
não foi apresentada no edital.
Em pesquisa ao sítio do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN , verificamos que a
Resolução n. 109, de 21/12/1999 , do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, resolveu
que a homologação de cada modelo de aparelho etilômetro far-se-ia por meio de Portaria do
Órgão Máximo de Trânsito da União . Ainda, verificamos a Resolução n. 206, de 20/10/2006 ,
do CONTRAN que, em seu art. 6º, determinou o seguinte:
Art. 6º. O medidor de alcoolemia- etilômetro- deve observar os seguintes requisitos:

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I – ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e


Qualidade Industrial – INMETRO, atendendo a legislação metrológica em vigor e aos
requisitos estabelecidos nesta Resolução;
II – ser aprovado na verificação metrológica inicial realizada pelo INMETRO ou órgão da
Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ;
III - ser aprovado na verificação periódica anual realizada pelo INMETRO ou RBMLQ;
IV - ser aprovado em inspeção em serviço ou eventual, conforme determina a legislação
metrológica vigente.
Assim, entende-se que a exigência das alíneas ‘c’ e ‘d’ do item 8.1 do edital do Pregão
Presencial n. 55/2008 encontra-se de acordo com o previsto no art. 30, inciso IV da Lei n.
8.666/1993.
Diante do exposto, entende-se suficiente propor, oportunamente, determinação à CGL/MJ para
que, nas próximas licitações, faça constar a legislação específica que rege a matéria, de acordo
com o exigido no art. 30, inciso IV da Lei n. 8.666/1993”

f) divergência no edital quanto ao tipo de licitação (TC 032.302/2008-7, fls. 5/6), havendo
dúvida sobre se os licitantes deveriam cotar a quantidade total (o preâmbulo previa “menor preço
global”) ou se poderiam concorrer apenas em parte deste como admitiam alguns itens do edital: a
Unidade Técnica informa que o Registro de Preços serve para definir uma referência para compras
futuras e, assim, o preço unitário seria o item mais relevante, cabendo ao licitante formular sua oferta
nas condições mais favoráveis, ou seja, maior quantidade possível e menor preço unitário (TC
032.302/2008-7, fl. 86);
g) indefinição quanto à exigência de assistência técnica (TC 032.302/2008-7, fl. 10): a
Secretaria de Controle Externo informa que a questão foi esclarecida com a resposta do pregoeiro à
impugnação do representante (TC 032.302/2008-7, fl. 90).

10. Ao final, a Unidade Técnica propõe, em pareceres concordantes (fls. 121/122):


“Pelo o exposto, submete-se o presente processo à consideração superior, propondo a adoção das
seguintes medidas:
I - conhecer da presente representação, por preencher os requisitos de admissibilidade
previstos no inc. VII do art. 237 do Regimento Interno do TCU, c/c o art. 113, § 1º, da Lei n.
8.666/93, para, no mérito, considerá-la parcialmente procedente;
II – determinar à Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ, com
base no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, que:
a) abstenha-se de utilizar a ata de registro de preços do Pregão Presencial n. 55/2008 e/ou
autorizar adesões para aquisições que não envolvam treinamento em todos os estados da
federação, procedendo a licitações específicas e assegurando aos beneficiários do registro a
preferência de fornecimento em igualdade de condições, nos termos do art. 7º, do Decreto n.
3.931/2001 (subitem 5.4);
b) nos próximos editais de licitação, em especial na modalidade pregão:
i. informe, caso houver, a legislação específica que ampara as exigências relativas à
habilitação técnica, em atendimento ao art. 30, inciso IV, da Lei n. 8.666/1993. (subitem 2.7);
ii. divulgue o valor estimado da contratação, em atenção ao princípio da publicidade,
insculpido no art. 37 da Constituição Federal e no art. 3º da Lei n. 8.666/1993.
iii. inclua a respectiva dotação orçamentária, conforme o disposto no art. 14 da Lei n.
8.666/1993 (subitem 5.3);
iv. defina, com clareza, os termos da prestação de garantia prevista no art. 56 da Lei n.
8.666/1993 (subitem 5.5);
III – dar conhecimento da decisão que vier a ser adotada, bem como do Relatório e Voto
que a fundamentarem, às representantes e à CGL/MJ; e

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IV – arquivar os presentes autos;”

É o Relatório.

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PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO

Trago à apreciação deste Colegiado as Representações formuladas pelas empresas CSP –


Controle e Automação Ltda. (TC 032.191/2008-6), AGS Comércio e Serviços Ltda., ELEC Indústria e
Comércio de Equipamentos de Medição Ltda. e Route Tecnologia Ltda. (TC 032.515/2008-6 –
apenso), e pelos cidadãos Sr. Gil Vasconcellos Pereira (TC 032.302/2008-7 – apenso) e Sr. Linaldo
Guimarães Pimentel (TC 032.337/2008-2 – apenso) contra o Pregão Eletrônico n. 55/2008, promovido
pelo Ministério da Justiça – Coordenação-Geral de Logística, com o objetivo de efetuar Registro de
Preços e contratar a aquisição de 10.000 conjuntos para exame da concentração de etanol do ar
expirado do pulmão.
2. Trata-se do equipamento popularmente conhecido como “bafômetro”, cujo quantitativo
acima será utilizado para aprimorar a fiscalização do cumprimento da Lei n. 11.705/2008, denominada
“Lei Seca”.
3. O certame questionado foi iniciado no dia 08/12/2008, tendo sido divulgadas as propostas
recebidas e realizada a fase de oferta de lances para classificação dos licitantes (fls. 110 e 103/104). O
resultado final foi anunciado no dia 09/12/2008 (fls. 107/108), posteriormente alterado por meio de
recurso. Em 24/12/2008 houve adjudicação e homologação (fl. 88) às empresas F.B.Gera (4.020 un.),
APS (3.130 un.) e Drager (2.850 un.), pelo valor de R$ 7.690,00 (fl. 103) por unidade.
4. Segundo informação da 6ª Secex, o preço unitário final foi fixado em valor
aproximadamente 25 % abaixo do orçamento estimativo da unidade jurisdicionada.
5. Passo a discorrer sobre as irregularidades apontadas pelos representantes.
6. a) Ausência no edital de estimativa de preços.
7. Concordo com a 6ª Secex que, no caso concreto, não se verificou qualquer prejuízo ao
certame, haja vista a disponibilização pela unidade jurisdicionada do orçamento aos interessados. A
anulação da licitação seria de extremo rigor formal, e não iria ao encontro do interesse público.
8. Entendo, contudo, que, além da proposta da Secex de determinar a divulgação do valor
estimado da contratação, deve ser dada à questão tratamento idêntico ao dos precedentes identificados
pela unidade técnica, conforme Acórdãos ns. 1.925/2006 e 114/2007, ambos do Plenário, ou seja,
determinando-se à CGL/MJ que, nos procedimentos licitatórios na modalidade pregão, inclua
obrigatoriamente o orçamento no Termo de Referência, ficando a critério do gestor, no caso concreto,
a avaliação da oportunidade e conveniência de incluir tal Termo de Referência ou o próprio orçamento
no edital ou de informar, nesse mesmo edital, a disponibilidade do orçamento aos interessados e os
meios para obtê-los.
9. b) Ausência no edital de dotação orçamentária.
10. A falta de informação, no edital, sobre a dotação orçamentária, não trouxe prejuízo ao
certame.
11. Entretanto, é certo que houve falha que deverá ser corrigida nos próximos certames, pois o
art. 14 da Lei n. 8.666/1993 é claro quando exige indicação dos recursos orçamentários para toda e
qualquer compra.
12. c) Ausência de divulgação dos locais de realização do treinamento para uso dos kits.
13. Aquiesço às conclusões da unidade instrutiva de que a falta de indicação dos locais dos
treinamentos levou à cotação de preços prevendo treinamento em todos os estados da federação. Nos
termos da resposta do Coordenador-Geral de Logística do Ministério da Justiça (fl. 81-b), ficou claro
no edital que havia a possibilidade de treinamento nos 26 estados e distrito federal, e que, assim, as
empresas deveriam contemplar em seus custos essa possibilidade.
14. Como informado pela 6ª Secex, o custo do treinamento é pouco significativo em relação ao
montante licitado, R$ 76.900.000,00 (setenta e seis milhões e novecentos mil reais), ainda mais
levando-se em conta a simplicidade de operação do equipamento.

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15. Imaginando-se que um treinamento desse tipo custe, no máximo, R$ 5.000,00 (diárias,
passagens, custo do instrutor etc.) e levando-se em conta que ele será realizado nas 27 unidades da
federação, tem-se um total de R$ 135.000,00, que equivale a percentuais entre 0,4 % e 0,6 % dos
valores das quantidades adjudicadas às empresa vencedoras do certame, percentuais insuficientes para
se justificar a anulação da licitação.
16. Dessa forma, acompanho a conclusão da unidade instrutiva no sentido de que a falta de
indicação explícita dos locais dos treinamentos não teria o condão de tornar nulo o certame.
17. Entendo, todavia, necessária uma alteração no texto da proposta, determinando-se à
CGL/MJ que exija de cada uma das empresas vencedoras treinamento que alcance usuários de todas as
27 unidades da federação e informe aos órgãos interessados em aderir ao registro de preços que os
valores incluem tal serviço, uma vez que, de acordo com o edital, ele estava embutido no preço.
18. d) Não abertura de prazo para apresentação de propostas, em virtude da alteração do
subitem 14.1 do edital.
19. Embora tenha havido falta de clareza no item do edital que definia a data de devolução da
garantia, ficou comprovado que a leitura sistemática do edital era suficiente para se encontrar a
solução. A retificação veio apenas para deixar a questão cristalina. Ou seja, não houve uma alteração
editalícia repentina que afetasse as condições da proposta.
20. Como não houve irregularidade, mas apenas erro material da unidade jurisdicionada,
tempestivamente corrigido, entendo desnecessária a determinação proposta.
21. e) não parcelamento da licitação em duas partes – 10.000 kits para exame de concentração
de etanol, acompanhado dos acessórios exceto bocais e 25.000.000 de bocais para etilômetro – , que
teria frustrado o caráter competitivo da licitação.
22. Não há reparos a fazer na análise da Unidade Técnica.
23. O art. 23, § 1º, da Lei n. 8.666/1993, condiciona o parcelamento da licitação à sua
viabilidade. Se o Ministério escolhesse parcelar a licitação, teria que, primeiro, licitar os etilômetros,
para só então iniciar o processo de compra dos bocais correspondentes, o que atrasaria a sua liberação
para uso, prejudicando o interesse público, além de acarretar problemas de ordem prática durante a
execução dos contratos.
24. O acolhimento dessa tese não significa que o órgão federal não pudesse parcelar o certame,
mas apenas que, no caso concreto, sua opção foi justificável.
25. f) escolha da modalidade pregão; g) violação do invólucro de empresa; h) permissão de
participação de empresas estrangeiras; i) indefinição quanto à exigência de assistência técnica.
26. Não há necessidade de acréscimo ao que já foi comentado pela 6ª Secex.
27. j) divergência no edital quanto ao tipo de licitação.
28. Esse assunto requer a mesma solução que a de letra d acima.
29. A leitura sistemática do edital demonstrava que as propostas poderiam ser parciais. O
órgão contratante retificou o tipo de licitação, de “menor preço global” para “menor preço unitário”
apenas para não deixar qualquer margem de dúvida.
30. k) exigência de certificado de conformidade do INMETRO.
31. Concordo com a análise da unidade instrutiva, exceto quanto à proposta de determinação,
visto que o art. 30, inciso IV, da Lei de Licitações exige a prova do atendimento a requisitos previstos
em lei específica, mas não a inclusão da informação sobre a lei no edital.
32. A inclusão dessa informação certamente é obrigatória nos autos do processo licitatório, em
que se justificam as exigências para a habilitação dos licitantes. Entretanto, não consta que tenha
havido irregularidade quanto a esse ponto; o que se questionou foi o próprio mérito da obrigatoriedade
de apresentação de certificado. Desta forma, reputo desnecessária determinação nesse sentido.
33. Passo agora a discorrer sobre memorial (art. 160, § 3º, do Regimento interno) que deu
entrada no meu Gabinete após terminada a etapa de instrução do processo, apresentado pela empresa
Route Tecnologia Ltda (fls. 123/164 do processo principal), representante no TC 032.515/2008-6.

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34. Nele, a empresa se mostra inconformada com a instrução da 6ª Secretaria de Controle


Externo, rebatendo-a e trazendo aos autos alguns fatos novos.
35. Sobre o conceito de bem comum (fls. 124/126), utilizado para viabilizar o pregão, alega-se,
como argumento principal, que a exigência de certificado resulta necessariamente no reconhecimento
da condição de bem especial e não comum.
36. A se considerar correta essa linha de raciocínio, nenhum bem industrializado que
merecesse alguma certificação poderia ser considerado comum, mesmo o objeto mais simples. Trata-se
de duas classificações de naturezas diversas – ser ou não comum e ter ou não certificação.
37. Quanto à necessidade de reabertura do prazo após as retificações do edital (fls. 126/128),
de novidade, informa-se que 3 empresas (50 % das participantes do certame) solicitaram, oficialmente,
antes da fase de abertura das propostas, a referida prorrogação, não obtendo êxito. Questiona, ainda, a
habilitação das empresas Drager e APS, que estão entre as que venceram a licitação (fls. 126/127 e
129/132).
38. O primeiro fato novo, acima, em nada altera a conclusão sobre a regularidade da não-
reabertura do prazo. No que tange à suposta inabilitação de empresas, esta não foi objeto de nenhuma
das representações aqui tratadas, e, além disso, não há, nos autos, comprovação manifesta da alegada
ilicitude, a qual motivaria providência desta Corte de Contas nesta fase processual.
39. Com referência ao descumprimento do item 8.7 do edital (fls. 129), aduz-se que a
regularidade do cadastramento das licitantes no SICAF não fora realizada no ato da abertura da
licitação com o objetivo de beneficiar a empresa APS, que havia protocolado o pedido de atualização
no mesmo dia.
40. Este fato insere-se na questão das inabilitações, já comentado acima.
41. Ante o exposto, acolho parcialmente os pareceres da unidade técnica e manifesto-me por
que seja adotado o Acórdão que ora submeto a este Colegiado.

T.C.U., Sala das Sessões, em 07 de abril de 2010.

MARCOS BEMQUERER COSTA


Relator

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ACÓRDÃO Nº 714/2010 – TCU – Plenário

1. Processo n. TC 032.191/2008-6.
1.1. Apensos: 032.302/2008-7; 032.337/2008-2; 032.515/2008-6.
2. Grupo I – Classe de Assunto VII – Representação.
3. Interessados: CSP – Controle e Automação Ltda., AGS Comércio e Serviços Ltda., ELEC Indústria
e Comércio de Equipamentos de Medição Ltda., Route Tecnologia Ltda., Sr. Gil Vasconcellos Pereira
e Sr. Linaldo Guimarães Pimentel.
4. Órgão: Coordenação-Geral de Logística – Ministério da Justiça (CGL-MJ).
5. Relator: Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa.
6. Representante do Ministério Público: não atuou.
7. Unidade Técnica: 6ª Secretaria de Controle Externo.
8. Advogado constituído nos autos: Henrique Machado Borges (OAB/DF 23.466).

9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Representação proposta pela empresa CSP –
Controle e Automação Ltda., noticiando indícios de irregularidades no Pregão Presencial n. 55/2008 da
Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ, para fins de registro de preços e
fornecimento de 10.000 conjuntos para exame da concentração de etanol do ar expirado do pulmão,
composto cada um de aparelho etilômetro acompanhado de impressora, bobinas de papel para
impressão dos exames, software interno e de gestão, cabos, 2.500 bocais descartáveis e maleta, além
de treinamento operacional aos usuários.
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante
as razões expostas pelo Relator, em:
9.1. com fundamento no art. 237, inciso VII, do Regimento Interno/TCU, conhecer desta
Representação, bem como das Representações apensadas ao presente processo, para, no mérito,
considerá-las parcialmente procedente;
9.2. determinar à Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ, com base
no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, que:
9.2.1. exija de cada uma das empresas vencedoras do Pregão Presencial n. 55/2008 que o
treinamento alcance usuários de todas as 27 unidades da federação e informe aos órgãos interessados
em aderir ao registro de preços que os valores incluem tal serviço, uma vez que, de acordo com o
edital, ele estava embutido no preço;
9.2.2. informe à 6ª Secretaria de Controle Externo deste Tribunal, no prazo de 30 (trinta) dias,
sobre o cumprimento do subitem 9.2.1;
9.2.3. nas próximas licitações na modalidade pregão, inclusive os que tenham por finalidade o
registro de preços:
9.2.3.1. inclua obrigatoriamente o orçamento no Termo de Referência, ficando a critério do
gestor, no caso concreto, a avaliação da oportunidade e conveniência de incluir tal Termo de
Referência ou o próprio orçamento no edital ou de informar, nesse mesmo edital, a disponibilidade do
orçamento aos interessados e os meios para obtê-los;
9.2.3.2. inclua no edital a respectiva dotação orçamentária, conforme o disposto no art. 14 da Lei
n. 8.666/1993;
9.2.3.3. divulgue no edital o valor estimado da contratação, em atenção ao princípio da
publicidade, insculpido no art. 37 da Constituição Federal e no art. 3º da Lei n. 8.666/1993;
9.3. dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e da Proposta de Deliberação que o
fundamentam, à Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ e às empresas
representantes no processo principal e apensos;

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9.4. determinar à 6ª Secex que monitore o cumprimento das medidas constantes dos subitens
9.2.1 e 9.2.2 acima.

10. Ata n° 11/2010 – Plenário.


11. Data da Sessão: 7/4/2010 – Ordinária.
12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-0714-11/10-P.
13. Especificação do quorum:
13.1. Ministros presentes: Benjamin Zymler (na Presidência), Valmir Campelo, Walton Alencar
Rodrigues, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro, José Jorge e José Múcio Monteiro.
13.2. Auditores presentes: Augusto Sherman Cavalcanti, Marcos Bemquerer Costa (Relator), André
Luís de Carvalho e Weder de Oliveira.

BENJAMIN ZYMLER MARCOS BEMQUERER COSTA


na Presidência Relator

Fui presente:

LUCAS ROCHA FURTADO


Procurador-Geral

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