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191/2008-6
RELATÓRIO
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 032.191/2008-6
de encontro aos interesses da primeira empresa contratada e daquelas beneficiadas pelos registros em
ata (fl. 120, item 6.4).
6. Todas as oitivas e diligências foram respondidas (fls. 81/113) e analisadas (fls. 114/122) no
âmbito do processo principal, haja vista a sobreposição de algumas irregularidades.
7. São os seguintes os pontos questionados pelos representantes e as respectivas análises
realizadas pela 6ª Secex:
a) Ausência no edital de estimativa de preços (irregularidade apontada nos processos TC
032.191/2008-6, fls. 3/7; TC 032.337/2008-2, fls. 5/6; TC 032.302/2008-7, fls. 8/9; TC 032.515/2008-
6, fl. 5):
“5.2.1. No que se refere a esse ponto, a CGL/MJ informou ter incluído no ato convocatório o
preço total estimado para a contratação. No entanto, essa informação não foi encontrada no edital
disponibilizado no site da Unidade. Quanto ao mérito, a Lei n. 10.520/2002, que institui a
modalidade de licitação denominada pregão, é omissa em relação à obrigatoriedade de
elaboração de orçamento estimativo. A questão é tratada no Decreto n. 5.450/2005, que
regulamenta o pregão na forma eletrônica, o qual estabelece em seu art. 9º:
‘Art. 9º Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, será observado o seguinte:
I - elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de
forma precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes
ou desnecessárias, limitem ou frustem a competição ou sua realização;
(...)
IV - elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas;
(...)
§ 2º O termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes de
propiciar avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado, definição
dos métodos, estratégia de suprimento, valor estimado em planilhas de acordo com o preço
de mercado, cronograma físico-financeiro, se for o caso, critério de aceitação do objeto,
deveres do contratado e do contratante, procedimentos de fiscalização e gerenciamento do
contrato, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e objetiva.’
5.2.2. Todavia, o art. 30 do mesmo normativo não precisa quais os anexos devem acompanhar o
edital, havendo a exigência da planilha de custos e do termo de referência como peças distintas
do instrumento convocatório:
‘Art. 30. O processo licitatório será instruído com os seguintes documentos:
(...)
III - planilhas de custo, quando for o caso;
(...)
VII - edital e respectivos anexos, quando for o caso;’
5.2.3. Conforme jurisprudência deste Tribunal, a exemplo dos Acórdãos ns. 1.925/2006 e
114/2007, ambos proferidos pelo Plenário, na licitação na modalidade pregão, o orçamento
estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários não constitui um dos elementos
obrigatórios do edital, devendo estar inserido obrigatoriamente no bojo do processo relativo ao
certame. Neste caso, fica a critério do gestor, no caso concreto, a avaliação da oportunidade e
conveniência de incluir esse orçamento no edital ou de informar, no ato convocatório, a sua
disponibilidade aos interessados e os meios para obtê-lo.
5.2.4. Cabe destacar que a CGL/MJ, conforme Ofício n. 1.225-A/2008-CGL/SPOA/MJ,
informou ter disponibilizado aos interessados o processo referente ao certame ora analisado e
que permitiu aos participantes o conhecimento a respeito do orçamento estimado. Ademais, vale
lembrar que esse pregão, por ser na modalidade presencial, possibilitou aos licitantes, durante a
sessão de abertura das propostas, a consulta aos autos do procedimento licitatório. Além disso,
deve-se considerar que não houve desclassificação de proposta por ter excedido o preço máximo,
razão pela qual a ausência de orçamento estimativo não prejudicou a oferta de preço das
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licitantes.
5.2.5. Todavia, a informação de que o valor estimado foi incluído no edital não pôde ser
confirmada. Em atenção ao princípio da publicidade, insculpido no art. 37 da Carta Magna e no
art. 3º da Lei de Licitações e Contratos, a qual possui aplicação subsidiária nos certames
promovidos sob a modalidade pregão, quando não for divulgado o orçamento estimativo em
planilhas, o edital ao menos deve trazer o valor estimado da contratação. Ademais, a divulgação
do valor estimado possibilita o exercício do controle social à medida que eventuais interessados
podem avaliar a economicidade da contratação.
5.2.6. Nesse sentido, cabe propor determinação à CGL/MJ para que, nos editais dos certames
licitatórios promovidos sob a modalidade pregão, divulgue o valor estimado da contratação, em
atenção ao princípio da publicidade, insculpido no art. 37 da Constituição Federal e no art. 3º da
Lei n. 8.666/1993.” (fls. 117/118)
c) Ausência de divulgação dos locais de realização do treinamento para uso dos kits
(irregularidade apontada no processo TC 032.302/2008-7, fls. 7/8):
“5.4.1. Sobre esse ponto, a CGL/MJ afirmou desconhecer as localidades onde seriam
treinados os servidores que iriam operar os kits com bafômetro e que provavelmente o
treinamento seria efetuado nas 27 capitais do país.
5.4.2. Novamente constata-se falha da Unidade ao elaborar o edital do pregão impugnado. De
acordo com o subitem 1.1 do ato convocatório, o treinamento operacional dos usuários não seria
pago pelo Ministério da Justiça, mas sim pela empresa contratada. Dessa forma, os locais de
treinamento deveriam ter sido previstos no edital porque seus custos seriam considerados na
proposta de preço oferecida pelas licitantes. A ausência de informação dessa natureza pode levar
os interessados a cotarem preços maiores de modo a cobrir os custos incertos, onerando as
propostas para contratação. Assim, faltou à CGL/MJ planejamento que definisse com precisão e
antecedência os locais onde haveria treinamento para operação dos bafômetros.
5.4.3. Atenua essa falha o fato de o equipamento ser instrumento de fácil operação, o que
contribui para tornar menos significativo o valor percentual da despesa com treinamento. Além
disso, como primeira aquisição, voltada para suprir carência que abrange todo o país, como
identificada no levantamento feito (fl. 35), é razoável a hipótese de treinamento inicial em cada
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“5.5.1. Em relação a esse ponto, a representada alega que uma interpretação em conjunto da
redação original do subitem 14.1 com o subitem 12.1, parágrafos segundo e quinto, é suficiente
para saber que a vigência da garantia dos kits está adstrita à vigência do contrato. Assim dispõem
os referidos subitens:
‘14.1. Como garantia integral de todas as obrigações assumidas, inclusive indenizações a
terceiros e multas que venham a ser aplicadas, conforme o disposto no art. 56, da Lei n.
8.666/1993, a CONTRATADA na assinatura do Instrumento Contratual, prestará a
garantia no valor correspondente a 3% (três por cento) do valor total do Contrato, sendo
liberada após o término da vigência e transcorrido o período de garantia do mesmo.’
‘12.1 (...)
PARÁGRAFO SEGUNDO – O valor da garantia permanecerá integral até o término da
vigência do Contrato.
(...)
PARÁGRAFO QUINTO – A garantia prestada pela Contratada será liberada ou restituída
após o término da vigência ou rescisão do Contrato, desde que não haja pendências.’
5.5.2. De fato, a redação original do subitem 14.1 não é clara ao dispor sobre a vigência da
garantia dos kits. Entretanto, uma leitura sistemática dos anexos do edital é suficiente para sanear
a dúvida levantada na representação, na medida em que esclarece que a garantia dos kits está
adstrita à vigência do contrato. Além disso, houve retificação do subitem 14.1 por parte da
Unidade, de modo a restar superado esse ponto da representação.
5.5.3. Não obstante, deve ser determinado à Unidade, com fulcro no art. 3º, da Lei n. 8.666/1993,
que defina, com clareza, nos próximos editais de licitação, os termos da prestação de garantia
prevista no art. 56 da referida norma.” (fls. 119/120)
8. Quanto às diligências efetuadas, a 6ª Secex, ao analisar os documentos apresentados,
verificou que a ausência da dotação orçamentária e dos custos unitários não atrapalhou a
competitividade da licitação, pois o objeto licitado fora adjudicado a três empresas que ofereceram
proposta com preço aproximadamente 25 % abaixo do estimado pela Administração (fl. 120).
9. Além dos fatos supracitados, outros apontamentos foram feitos pelos representantes nos
quatro processos, mas considerados improcedentes pela unidade instrutiva, não sendo objeto de oitiva.
Com relação ao TC 032.302/2008-7, o representante acostou aos autos a resposta do pregoeiro, em
nome da Administração, indeferindo impugnação apresentada (fls. 69/75). Listam-se, abaixo, tais
pontos, acompanhados das respectivas avaliações da unidade técnica.
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a) não parcelamento da licitação em duas partes – 10.000 kits para exame de concentração
de etanol, acompanhado dos acessórios exceto bocais e 25.000.000 de bocais para etilômetro – , o que
teria frustrado o caráter competitivo da licitação (TC 032.337/2008-2, fls. 4/5 e TC 032.302/2008-7,
fls. 6/7): a Auditora Federal de Controle Externo concorda com as justificativas do pregoeiro de que o
fato de cada modelo de etilômetro exigir um bocal diferente traria uma série de problemas e atrasos
que inviabilizariam a contratação em separado, e acrescenta que cabe à Administração definir o que é
melhor para o interesse público (TC 032.302/2008-7, fl. 87);
b) escolha da modalidade pregão, pois o objeto não seria bem comum (TC 032.515/2008-6,
fls. 2/3): a informante assevera que a jurisprudência do Tribunal aceita essa forma de licitação quando
o objeto pode ser descrito por meio de especificações usuais de mercado, como, por exemplo, no
Acórdão n. 1.299/2006 do Plenário, acrescentando que a exigência de certificação do INMETRO e de
Portaria de Homologação do DENATRAN não altera o conceito do objeto para o caso concreto (TC
032.515/2008-6, fls. 115/116);
c) violação do invólucro de documentação de habilitação da empresa Route Tecnologia
Ltda. antes da respectiva fase da licitação (TC 032.515/2008-6, fl. 5): a 6ª Secretaria de Controle
Externo do TCU aduz que a falha, constatada e corrigida imediatamente pelo pregoeiro, não causou
prejuízo à competitividade do certame e que a anulação seria considerada excesso de formalismo,
conforme Acórdão n. 2.385/2008 do Plenário (TC 032.515/2008-6, fl. 118);
d) permissão de participação de empresas estrangeiras (TC 032.515/2008-6, fl. 3 e TC
032.302/2008-7, fl. 8): a unidade instrutiva usa o relatório que fundamentou o Acórdão n. 2.406/2006-
Plenário para mostrar o entendimento do Tribunal no sentido de que é possível a participação de
empresa estrangeira em pregão nacional, e finaliza argumentando que o fato de se tratar de uma
licitação para registro de preços não altera a questão (TC 032.302/2008-7, fl.s 88/89);
e) exigência de certificado de conformidade do INMETRO aprovando o modelo de
aparelho proposto (TC 032.515/2008-6, fl. 6 e TC 032.302/2008-7, fl. 10): sobre o assunto, a 6ª Secex
pronunciou-se da seguinte forma (TC 032.302/2008-7, fls. 90/91).
“Conforme item 3.16 desta instrução, o pregoeiro, em resposta à impugnação do edital,
esclareceu que a obrigação constante do item 10.3 do anexo I do edital dizia respeito à
verificação inicial de cada equipamento, diferente das portarias de aprovação dos modelos, cuja
apresentação deveria integrar a proposta das licitantes.
Nesse caso, o representante considerou a retificação procedente.
Entende-se, na situação, que o edital não previa novamente que as empresas licitantes
apresentassem a certificação dos etilômetros contida no item 8.1, alínea c do edital que exigia,
dentre os documentos para habilitação, o certificado de conformidade do Inmetro, aprovando o
modelo de aparelho de etilômetro proposto. Mas o item 10.3 do anexo I previa a verificação do
funcionamento adequado de cada equipamento.
Todavia, alguns aspectos necessitam de esclarecimentos. À fls. 20, constam, como requisitos de
habilitação técnica, a apresentação de certificado de conformidade do Inmetro, aprovando o
modelo de aparelho proposto, e portaria de homologação do Denatran do modelo de etilômetro
proposto. A validade da exigência desses documentos depende da necessidade de observância de
lei especial, conforme previsto no inciso IV do art. 30 da Lei n. 8.666/1993. Porém, tal legislação
não foi apresentada no edital.
Em pesquisa ao sítio do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN , verificamos que a
Resolução n. 109, de 21/12/1999 , do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, resolveu
que a homologação de cada modelo de aparelho etilômetro far-se-ia por meio de Portaria do
Órgão Máximo de Trânsito da União . Ainda, verificamos a Resolução n. 206, de 20/10/2006 ,
do CONTRAN que, em seu art. 6º, determinou o seguinte:
Art. 6º. O medidor de alcoolemia- etilômetro- deve observar os seguintes requisitos:
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f) divergência no edital quanto ao tipo de licitação (TC 032.302/2008-7, fls. 5/6), havendo
dúvida sobre se os licitantes deveriam cotar a quantidade total (o preâmbulo previa “menor preço
global”) ou se poderiam concorrer apenas em parte deste como admitiam alguns itens do edital: a
Unidade Técnica informa que o Registro de Preços serve para definir uma referência para compras
futuras e, assim, o preço unitário seria o item mais relevante, cabendo ao licitante formular sua oferta
nas condições mais favoráveis, ou seja, maior quantidade possível e menor preço unitário (TC
032.302/2008-7, fl. 86);
g) indefinição quanto à exigência de assistência técnica (TC 032.302/2008-7, fl. 10): a
Secretaria de Controle Externo informa que a questão foi esclarecida com a resposta do pregoeiro à
impugnação do representante (TC 032.302/2008-7, fl. 90).
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É o Relatório.
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PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO
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15. Imaginando-se que um treinamento desse tipo custe, no máximo, R$ 5.000,00 (diárias,
passagens, custo do instrutor etc.) e levando-se em conta que ele será realizado nas 27 unidades da
federação, tem-se um total de R$ 135.000,00, que equivale a percentuais entre 0,4 % e 0,6 % dos
valores das quantidades adjudicadas às empresa vencedoras do certame, percentuais insuficientes para
se justificar a anulação da licitação.
16. Dessa forma, acompanho a conclusão da unidade instrutiva no sentido de que a falta de
indicação explícita dos locais dos treinamentos não teria o condão de tornar nulo o certame.
17. Entendo, todavia, necessária uma alteração no texto da proposta, determinando-se à
CGL/MJ que exija de cada uma das empresas vencedoras treinamento que alcance usuários de todas as
27 unidades da federação e informe aos órgãos interessados em aderir ao registro de preços que os
valores incluem tal serviço, uma vez que, de acordo com o edital, ele estava embutido no preço.
18. d) Não abertura de prazo para apresentação de propostas, em virtude da alteração do
subitem 14.1 do edital.
19. Embora tenha havido falta de clareza no item do edital que definia a data de devolução da
garantia, ficou comprovado que a leitura sistemática do edital era suficiente para se encontrar a
solução. A retificação veio apenas para deixar a questão cristalina. Ou seja, não houve uma alteração
editalícia repentina que afetasse as condições da proposta.
20. Como não houve irregularidade, mas apenas erro material da unidade jurisdicionada,
tempestivamente corrigido, entendo desnecessária a determinação proposta.
21. e) não parcelamento da licitação em duas partes – 10.000 kits para exame de concentração
de etanol, acompanhado dos acessórios exceto bocais e 25.000.000 de bocais para etilômetro – , que
teria frustrado o caráter competitivo da licitação.
22. Não há reparos a fazer na análise da Unidade Técnica.
23. O art. 23, § 1º, da Lei n. 8.666/1993, condiciona o parcelamento da licitação à sua
viabilidade. Se o Ministério escolhesse parcelar a licitação, teria que, primeiro, licitar os etilômetros,
para só então iniciar o processo de compra dos bocais correspondentes, o que atrasaria a sua liberação
para uso, prejudicando o interesse público, além de acarretar problemas de ordem prática durante a
execução dos contratos.
24. O acolhimento dessa tese não significa que o órgão federal não pudesse parcelar o certame,
mas apenas que, no caso concreto, sua opção foi justificável.
25. f) escolha da modalidade pregão; g) violação do invólucro de empresa; h) permissão de
participação de empresas estrangeiras; i) indefinição quanto à exigência de assistência técnica.
26. Não há necessidade de acréscimo ao que já foi comentado pela 6ª Secex.
27. j) divergência no edital quanto ao tipo de licitação.
28. Esse assunto requer a mesma solução que a de letra d acima.
29. A leitura sistemática do edital demonstrava que as propostas poderiam ser parciais. O
órgão contratante retificou o tipo de licitação, de “menor preço global” para “menor preço unitário”
apenas para não deixar qualquer margem de dúvida.
30. k) exigência de certificado de conformidade do INMETRO.
31. Concordo com a análise da unidade instrutiva, exceto quanto à proposta de determinação,
visto que o art. 30, inciso IV, da Lei de Licitações exige a prova do atendimento a requisitos previstos
em lei específica, mas não a inclusão da informação sobre a lei no edital.
32. A inclusão dessa informação certamente é obrigatória nos autos do processo licitatório, em
que se justificam as exigências para a habilitação dos licitantes. Entretanto, não consta que tenha
havido irregularidade quanto a esse ponto; o que se questionou foi o próprio mérito da obrigatoriedade
de apresentação de certificado. Desta forma, reputo desnecessária determinação nesse sentido.
33. Passo agora a discorrer sobre memorial (art. 160, § 3º, do Regimento interno) que deu
entrada no meu Gabinete após terminada a etapa de instrução do processo, apresentado pela empresa
Route Tecnologia Ltda (fls. 123/164 do processo principal), representante no TC 032.515/2008-6.
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1. Processo n. TC 032.191/2008-6.
1.1. Apensos: 032.302/2008-7; 032.337/2008-2; 032.515/2008-6.
2. Grupo I – Classe de Assunto VII – Representação.
3. Interessados: CSP – Controle e Automação Ltda., AGS Comércio e Serviços Ltda., ELEC Indústria
e Comércio de Equipamentos de Medição Ltda., Route Tecnologia Ltda., Sr. Gil Vasconcellos Pereira
e Sr. Linaldo Guimarães Pimentel.
4. Órgão: Coordenação-Geral de Logística – Ministério da Justiça (CGL-MJ).
5. Relator: Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa.
6. Representante do Ministério Público: não atuou.
7. Unidade Técnica: 6ª Secretaria de Controle Externo.
8. Advogado constituído nos autos: Henrique Machado Borges (OAB/DF 23.466).
9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Representação proposta pela empresa CSP –
Controle e Automação Ltda., noticiando indícios de irregularidades no Pregão Presencial n. 55/2008 da
Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ, para fins de registro de preços e
fornecimento de 10.000 conjuntos para exame da concentração de etanol do ar expirado do pulmão,
composto cada um de aparelho etilômetro acompanhado de impressora, bobinas de papel para
impressão dos exames, software interno e de gestão, cabos, 2.500 bocais descartáveis e maleta, além
de treinamento operacional aos usuários.
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante
as razões expostas pelo Relator, em:
9.1. com fundamento no art. 237, inciso VII, do Regimento Interno/TCU, conhecer desta
Representação, bem como das Representações apensadas ao presente processo, para, no mérito,
considerá-las parcialmente procedente;
9.2. determinar à Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ, com base
no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, que:
9.2.1. exija de cada uma das empresas vencedoras do Pregão Presencial n. 55/2008 que o
treinamento alcance usuários de todas as 27 unidades da federação e informe aos órgãos interessados
em aderir ao registro de preços que os valores incluem tal serviço, uma vez que, de acordo com o
edital, ele estava embutido no preço;
9.2.2. informe à 6ª Secretaria de Controle Externo deste Tribunal, no prazo de 30 (trinta) dias,
sobre o cumprimento do subitem 9.2.1;
9.2.3. nas próximas licitações na modalidade pregão, inclusive os que tenham por finalidade o
registro de preços:
9.2.3.1. inclua obrigatoriamente o orçamento no Termo de Referência, ficando a critério do
gestor, no caso concreto, a avaliação da oportunidade e conveniência de incluir tal Termo de
Referência ou o próprio orçamento no edital ou de informar, nesse mesmo edital, a disponibilidade do
orçamento aos interessados e os meios para obtê-los;
9.2.3.2. inclua no edital a respectiva dotação orçamentária, conforme o disposto no art. 14 da Lei
n. 8.666/1993;
9.2.3.3. divulgue no edital o valor estimado da contratação, em atenção ao princípio da
publicidade, insculpido no art. 37 da Constituição Federal e no art. 3º da Lei n. 8.666/1993;
9.3. dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e da Proposta de Deliberação que o
fundamentam, à Coordenação-Geral de Logística do Ministério da Justiça – CGL/MJ e às empresas
representantes no processo principal e apensos;
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9.4. determinar à 6ª Secex que monitore o cumprimento das medidas constantes dos subitens
9.2.1 e 9.2.2 acima.
Fui presente:
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