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A Grécia Antiga e o advento da

Filosofia
O SURGIMENTO DA FILOSOFIA  A filosofia foi, de maneira geral, exclusiva de uma
 F ilosofia = philo (amor) + sophia (sabedoria ou elite grega.
conhecimento) = amar a sabedoria.  A escravidão antiga contribui para a democracia já
 A filosofia busca elaborar um discurso racional que gerava um ócio (tempo livre para os cidadãos)
(logos) sobre nós e o universo; para o debate acontecer;
 É um conhecimento que tem como fundamentos a  As cidades-estado se localizavam em uma área
dúvida, a crítica, o questionamento e o debate. voltada para o mar, sendo via de comunicação e de
 Segundo Vernant, o berço da filosofia é a Grécia comércio com outros povos, permitiu a troca de
antiga com o surgimento das pólis (cidade-estado culturas e incentivou a abertura para a troca de
autônomas) no período arcaico; conhecimentos e o florescimento do pensamento
 Os pensadores que surgiram a partir do século VI filosófico.
a.C. nas cidades-estado gregas moldaram  A Grécia Antiga já possuía uma cultura
decisivamente a nossa forma de compreender o antropocêntrica, ou seja, que valorava o homem e
mundo como conhecemos hoje e podem ser suas capacidades.
considerados responsáveis pelo que se entende por
“civilização ocidental”.
 Em 508 a.C, na pólis Atenas, Clístenes tirou o poder
da aristocracia e, com isso, instaurou a democracia. 
 A democracia ateniense era direta, isto é, todos os
cidadãos podiam participar da Assembléia, a
Eclésia, que ficava localizada em um lugar central,
uma grande praça pública(ágora), onde se
realizavam as reuniões dos cidadãos para discutir
assuntos relativos à política, isto é, à administração
da pólis.
 Um mundo permeado pelo debate tornou-se um
ambiente fértil para o surgimento da filosofia.
 Tentou explicar que a água era a origem única
(physis) de todas as coisas, a substância
fundamental de que todas as outras se compunham
(uma unidade geral do universo);
OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS  A matéria era água condensada e o ar, água
 A mitologia sempre foi um elemento cultural evaporada.
importante na pólis grega, pois dava unidade às
cidades-estado com instituições e costumes tão Anaximandro de Mileto (cerca de 610 - 546 a. C.)
diversos;  Para Anaximandro, o universo teria resultado de
 Os deuses da mitologia grega relacionavam-se com modificações ocorridas num princípio originário
a natureza e eram bastante próximos do homem; (arché);
 As histórias dos gregos eram transmitidas em  Esse princípio seria o ápeiron : infinito e/ou
forma de mito e serviam para entendermos melhor ilimitado;
a nós mesmos, na tentativa de responder a  Não tem princípio mas parece ser princípio das
indagações morais que rondam a mente humana; demais coisas e a todas envolver e a todas governar.
 Os filósofos pré-socráticos foram os primeiros
sábios gregos a formular uma explicação racional
Pitágoras de Samos (cerca de 570 - 495 a. C.)
para o mundo sem recorrer ao sobrenatural;
 O que une todos os seres do universo é a
 Eram voltados para a cosmologia, ou seja, a busca
matemática (arithmós).
por entender a razão que rege o universo;
 Os números não seriam, portanto, meros símbolos,
 Eram estudiosos da natureza (physis) : tentavam
mas a própria “alma das coisas”.
encontrar uma relação de causalidade entre os
fenômenos da natureza; Parmênides de Eleia (cerca de 515 - 445 a. C.)
 Todos buscavam um princípio ou elemento  Parmênides de Eleia deixou um poema,
primordial (arché) a partir do qual explicariam os apresentando suas ideias filosóficas;
fenômenos naturais.  Na segunda parte de seu poema, “via da opinião”,
os mortais, por confiarem em seus sentidos, não
 Tales de Mileto (cerca de 624 - 545 a. C.) chegariam à verdade nem à certeza, permanecendo
 Foi o primeiro filósofo da história; nas opiniões e nas convenções de linguagem, pois os
 Ficava indignado por “todas as coisas estarem sentidos enganam, levam-nos ao erro e tentam nos
cheias de deuses”; manter numa ilusão;
 Já a primeira parte de seu poema chamada “via da
verdade” confia apenas no que é razoável à razão,
ao pensamento verdadeiro; SOFISTAS

 Parmênides é o primeiro filósofo a identificar a  Surgiram em Atenas com a democracia


distinção entre realidade e aparência e combater, consolidada;
com isso, o senso comum;  Eram filósofos na Grécia antiga que utilizavam a
 Parmênides também contraria Heráclito ao retórica (persuasão) para enriquecer;
acreditar na permanência das coisas, tudo é  Acreditavam no relativismo : a vida é curta e a
imutável. verdade não existe, é impossível de ser descoberta;
 Górgias e Protágoras;
 Heráclito de Efeso (cerca de 535-475 a. C.)
 Protágoras : “o homem é a medida de todas as
 Heráclito escreveu o livro Sobre a Natureza, em
coisas’, ou seja, a verdade é relativa;
prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa
 Os sofistas foram muito criticados por Sócrates.
que recebeu o cognome de “O obscuro”;
 Defendia a ideia de que o movimento e o conflito
não apenas existiam como eram a própria essência
das coisas;
 Heráclito diz: “Tudo flui, nada persiste, nem
permanece o mesmo”, “a essência é a mudança” e “o
verdadeiro é apenas como a unidade dos opostos”;
 Ele enfatiza o caráter mutável da realidade, sempre
em fluxo: “Tu não podes entrar duas vezes no
mesmo rio, porque novas águas correm sempre
sobre ti”, ou “o sol não apenas é novo cada dia, mas
sempre novo, continuamente”;
 Heráclito também acreditava que a realidade era
marcada pelo conflito entre os opostos, e que esse
conflito, longe de ser negativo, era a garantia do
equilíbrio do universo, da harmonia;
 Dia e noite, sol e chuva, criança e adulto, calor e
frio, morte e vida, amor e ódio, dormir e acordar são
opostos que se complementam, de forma que um só
pode ser entendido em razão do outro.
 Por isso, Sócrates dizia ter uma função semelhante
à de sua mãe, mas ele era parteiro das idéias, ou
SÓCRATES seja, dava luz à razão;
 Foi visto como um filósofo verdadeiramente livre:  Sócrates era, na verdade, um questionador, figura
ninguém o financiava, ninguém o patrocinava: não que incomoda as sociedades em todas as épocas;
precisava agradar a ninguém;  Acusado de corromper a juventude de Atenas e não
 Era considerado o homem mais sábio da Grécia, reconhecer a existência dos deuses, ele foi
mas ele não se julgava um sábio erudito, mas condenado à morte;
simplesmente se autodenominava um “amante da  Por mais que seus amigos quisessem libertá-lo, o
sabedoria”; sábio se recusava, pois fugir de sua condenação
 Sócrates afirmou: “Só sei uma coisa. E é que nada seria renegar as próprias ideias: “Conservando a
sei” : o reconhecimento da própria ignorância é o vida, eu me tornaria indigno. Não me peças que eu
primeiro passo para a busca da verdade; mate a minha palavra”.
 A verdade não é, entretanto, propriedade de  Ele suicidou-se antes de sua execução com um
nenhum homem, e ser filósofo é estar numa cálice de cicuta.
incessante busca por ela: “A vida não refletida não
vale a pena ser vivida”.
 Acreditava que a reflexão pessoal e a meditação
eram as maiores fontes de sabedoria: “Conhece-te a
ti mesmo e conhecerás o universo”, tal frase resume
a postura do filósofo de comprometer-se na busca
da verdade;
 Utilizava da maiêutica : criava um diálogo com o
interlocutor comportando-se como um ignorante
para aquele que se julgava sábio e depois começava
a questioná-lo (indagação), e a partir daí, Sócrates
mostrava as contradições e os pontos fracos de seu
interlocutor, levando-o a questionar as próprias
verdades preestabelecidas e, assim, parir uma nova
concepção, uma opinião própria, livrando-o de
preconceitos;
identificação do objeto, são as idéias ou formas fora
do tempo e do espaço.
 Segundo Platão, atingir o conhecimento implica
converter o sensível ao inteligível, ou seja, despertar,
PLATÃO
reviver e relembrar esse conhecimento esquecido,
 Principais obras
dessa forma, a alma se liberta das aparências para
 Apologia de Sócrates; A República; O
se abrir ao conhecimento das idéias verdadeiras;
Banquete; Mênon; Fédon
 Platão recorre à dialética : o diálogo é a melhor
 Frase-síntese
maneira de buscar a verdade e o único meio de
 “Enquanto os filósofos não forem reis, ou os reis não
chegarmos ao consenso, estabelecendo o que se diz
tiverem o poder da filosofia, as cidades jamais
e por que se diz.
deixarão de sofrer.”
 Filosofia
 O mito da caverna
 Discípulo de Sócrates;
 A caverna é uma alegoria ao modo que os homens
 Sua filosofia pode ser vista como uma resposta ao
permanecem antes da filosofia, tal como sua subida
fracasso e à decadência da democracia ateniense;
ao mundo superior;
 Platão difundiu os conhecimentos filosóficos pela
 O homem comum, prisioneiro de hábitos,
Grécia e fundou a Academia : escola onde se
preconceitos, costumes e práticas que adquiriu
estudava filosofia e se praticava ginástica.
desde a infância, é um homem que está na caverna,
e só consegue enxergar as coisas de maneira
 Mundo inteligível e mundo sensível
parcial, limitada, incompleta e distorcida, como
 Dualismo : segundo ele, existem dois mundos, o
“sombras”, estariam presos nas correntes da
mundo das formas ou idéias (inteligível) e o mundo
ignorância, não entendendo o mundo em que
concreto (sensível);
vivem;
 MUNDO SENSÍVEL : mundo acessível pelos sentidos
 A partir da filosofia, o homem buscaria
ou material, a opinião fundamentada nas
compreender o mundo, se libertaria das correntes e
sensações, tem uma “falsa consciência” de si
sairia da escuridão da caverna, tomando contato
mesma, julgando-se correta, mas é um engano, um
com a luz do sol, que é a representação da verdade
falseamento, os objetos e formas do mundo comum
do mundo das ideias;
são imitações imperfeitas.
 Platão nos lembra que há, na alma humana, um
 MUNDO INTELIGÍVEL : trata-se de um
conflito entre a força do hábito, que faz com que o
conhecimento prévio/inato, que lhe permite a
prisioneiro se sinta confortável em sua situação
familiar, e a força do eros, quer dizer, a curiosidade,
o impulso, que o estimula para fora, para buscar
algo além de si mesmo.

 Política
 Platão acreditava que a forma ideal de um governo
seria conduzido e dominado por filósofos, os mais
sábios deveriam governar;
 No Estado ideal, todas as pessoas, ricas ou pobres,
filhos de militares, trabalhadores ou governantes,
homens ou mulheres, deveriam estudar desde
crianças e fazer diversos testes e aquelas que fossem
deixadas para trás no teste, iam sendo agricultores,
comerciantes, militares, e assim por diante;
 Os homens que passassem em todos os testes, aos
50 anos, estariam prontos para governar,
automaticamente, sem nenhuma eleição.
 A última etapa do conhecimento, a mais elevada
para Aristóteles, é a episteme: trata-se do
conhecimento do real , as leis da natureza.

Lógica
 A lógica não é uma ciência, é um instrumento que
ARISTÓTELES
se utiliza para produzir saber;
 Frase-síntese e história
 O objeto da lógica é o silogismo
 “Aquele que chega a conhecer as coisas mais árduas
(proposições/premissas das quais se extrai uma
e que apresenta grande dificuldade para o
conclusão);
conhecimento humano, este é um filósofo. Além
 A lógica não confere valor de verdade ou falsidade
disso, aquele que conhece com maior exatidão as
às proposições, ou seja, o raciocínio pode ter lógica,
causas e é mais capaz de ensiná-las é, em todas as
mas não precisa ser verdadeiro;
espécies de ciências, um filósofo.”
 As proposições devem seguir três regras
 Filho de um médico da família real da Macedônia,
fundamentais :
Aristóteles foi freqüentador da Academia ateniense,
 1. Princípio de identidade : A é A;
sendo o mais prestigiado discípulo de Platão.
 2. Princípio da não-contradição : é impossível A é
 Devido à sua fama, Aristóteles, em 333 a.C., foi
A e não-A ao mesmo tempo;
convidado por Felipe da Macedônia a encarregar-se
 3. Princípio do terceiro excluído : A é x ou não-x,
da educação de seu filho Alexandre.
não há terceira possibilidade.
 Aos 49 anos, Aristóteles fundou, sua escola, o
Liceu, rival da Academia de Platão;
Metafísica
 Para Aristóteles, todo conhecimento principia com
 No conjunto de obras denominado Metafísica,
os sentidos ou as sensações, de maneira que “não há
Aristóteles buscou investigar o “ser enquanto ser”;
nada no intelecto que não estivesse antes nos
 Ele buscou compreender o que tornava as coisas o
sentidos.”
que elas são;
 É a partir da memória que retemos dados do
 As características das coisas apenas nos mostram
mundo sensorial e, assim, criamos experiências e
como elas estão, mas não definem ou determinam
passamos a elaborar os conceitos e, com a
o que elas são (essência), ou seja, a razão não é
repetição de dados sensoriais, o homem cria
capaz de atingir a essência das coisas;
conclusões e expectativas;
 É preciso investigar as condições que fazem as  Aristóteles foi um severo crítico de Platão, rejeitou o
coisas existirem, aquilo que determina o que elas dualismo : se os dois mundos têm intersecções, não
são e aquilo que determina como são; se trata de dois mundos, de outra forma, se não
 Segundo Aristóteles, nós precisamos voltar aos existirem relações entre os dois mundos, torna-se
princípios geradores de tudo, as coisas na sua impossível passar de um para o outro, e a teoria
origem; platônica também não se sustentaria;
 Essência : aquilo que define a coisa (aquilo que se  Para Aristóteles, a essência das coisas está nas
eu retirar do ser ele deixa de ser). próprias coisas e não separada num mundo das
formas e idéias perfeitas, a essência está na
 Acidente : aquilo que se eu retirar do ser, ele substância;
continua sendo.  Substância : matéria (particular) + forma
 Ato : a coisa no seu estado atual, efetivação de (universal, imutável e perfeita);
uma potência.  São essas as duas substâncias indissociáveis que
 Potência : as possibilidades de uma coisa. compõe o indivíduo, no qual, a forma é o princípio
 As potências se transformam em atos que geram que determina a matéria e lhe proporciona uma
novas potências; essência;
 O ato primeiro/ motor primeiro é o ato perfeito  Assim, todos os indivíduos de uma mesma espécie
criador de si mesmo e que gera todos os atos do teriam a mesma forma, mas difeririam do ponto de
mundo que gerarão potências e assim nasce o vista da matéria;
ciclo da existência;  A essência (matéria) é uma, mas suas
 Segundo Aristóteles, existem quatro causas possibilidades (formas), dão a ela movimento,
fundamentais necessárias para que as coisas transformação, ou seja, as substâncias possuem
existam : potencial para aquilo que ocorre com elas.
 Causa material : é a matéria da qual é feita a
essência das coisas. Ex : barro. Ética
 Causa formal : diz respeito à forma da essência.  A ética analisa o homem na sua individualidade, é
Ex: vaso. prática;
 Causa eficiente : explica como a matéria recebeu  Para Aristóteles, ética é a “arte de viver bem”, é o
determinada forma. Ex : sujeito – oleiro. estudo das ações humanas e de seus valores e
 Causa final : determina a finalidade das coisas virtudes;
existirem e serem como são. Ex : por flores.
 O nosso objetivo é alcançar o grau mais elevado do no estado efetua-se a satisfação de todas as
bem-humano : a eudaimonia, a felicidade (virtude necessidades;
= atingir sua excelência);  A política aristotélica é unida à moral, porque o fim
 Aristóteles defende a ideia do nobre fim, de viver último do estado é a virtude, ou seja,cada um
uma vida contemplativa, equilibrada, uma vida que vivendo com excelência a sua virtude,
vale a pena ser vivida; desempenhando ao máximo a sua função;
 As virtudes éticas implicam, por natureza, um  Moral : é o conjunto de valores, normas e noções
elemento sentimental que deve ser governado pela particulares dos indivíduos sobre o que é certo ou
razão; errado, sem um controle externo (é mutável).
 As ações humanas tem resultados obscuros, ou seja,  Obs : enquanto a ética é a doutrina moral
as conseqüências não podem ser previstas e as ações individual, a política é a doutrina moral social.
futuras são indeterminadas;
 Em seu livro “Ética a Nicômaco”, Aristóteles criou a
sua ética do meio-termo (ética do equilíbrio, da
justa medida);
 “O homem feliz evita os extremos e busca o
autocontrole.”
 “A melhor prosperidade de todas é a média.”

Política
 A política analisa o homem na sua estrutura social;
 Em sua obra Política, encontra-se sua famosa
definição segundo a qual “o homem é um animal
político”, isto é, um ser que, por ter o discurso
racional (logos), se realiza na comunidade e não
pode ser compreendido fora de suas relações com
seus semelhantes;
 O estado, então é superior ao indivíduo, porquanto,
a coletividade é superior ao indivíduo, o bem
comum superior ao bem particular;
 É na política que a ética se efetiva : as ações éticas
são transformadas em ações coletivas, unicamente
central com a ética e a busca pela ataraxia  (paz de
espírito);
 O pensamento no mundo helenístico é usualmente
associado a uma escola ou tradição;
 Muitas escolas helenísticas, foram acusadas de
dogmáticas e doutrinárias, por deixar de lado o
aspecto polêmico e dialético da filosofia grega e elas
são profundamente ecléticas, por sintetizar
diferentes doutrinas;
 Resumo : filosofia cosmopolita, enraizava-se no
platonismo e no aristotelismo, procurava encontrar
a felicidade mediante a atividade racional sobre a
FILÓSOFOS HELENISTAS natureza e valorizar os problemas lógicos, físicos e
Contexto histórico éticos.
 Decadência das pólis gregas;
 Expansão de Felipe II e Alexandre, o Grande e Cinismo (Diógenes de Sinope)
formação do Império Macedônico;  Grego : cão – “livre como os animais”;
 O termo “helenístico” era usado para se referir à  Rompe com as convenções sociais em busca do
civilização que utilizava o grego como língua sentido natural e autêntico;
oficial;  Questionava as máscaras sociais e a falta de
 Depois da morte de Alexandre, sem herdeiros, o autenticidade da vida em sociedade;
império entrou em decadência e se dividiu em três  Filosofia individualista.
reinos;
 No mundo helenístico, as culturas tão ricas e Epicurismo (Epicuro)
distintas, passaram a ter contato, surgia uma  Filosofia da temperança (equilíbrio);
cultura nova, híbrida, sincrética, a cultura  Busca por prazeres moderados (bons hábitos):
helenística (fusão cultural entre o Oriente e o  Comer bem;
Ocidente);  Ter bons amigos;
 A língua grega tornou-se a “língua comum” em  Contemplar a vida (natureza);
toda a região conquistada por Alexandre;  A busca pelos prazeres imediatos (hedonismo) se transforma
 A filosofia helenística surge nesse contexto histórico em vícios;
e é fortemente marcada por uma preocupação
 Para Epicuro, o que nos afasta do soberano bem são  O homem deve resignar-se e aceitar os
os quatro grandes medos humanos: medo dos acontecimentos predeterminados;
deuses, medo da morte, medo do sofrimento e  Para manter nossa ataraxia, devemos nos
medo da dor. preocupar apenas com o que podemos modificar
 Os quatro medos não têm razão de ser, pois são as (nossos pensamentos, ações, sentimentos) e aceitar
elaborações e os pensamentos das coisas que nos o que não está ao nosso alcance (morte, velhice,
atormentam; catástrofes naturais, a opinião dos outros);
 Para os epicuristas, o homem age eticamente na  O sábio, em vez de buscar mudar a ordem do
medida em que dá vazão a seus desejos e mundo, deve saber mudar seus desejos;
necessidades naturais de forma equilibrada ou  “Domina-te e suporta.”
moderada, e é isso que garante a ataraxia, porque
“aprender e gozar andam juntos.”
 Existem três tipos de prazeres :
 Naturais e necessários : aqueles que devemos Ceticismo pirrônico (Pirro de Élis e Górgias)
buscar, pois a não satisfação causaria em nós uma  Defende a impossibilidade de se conhecer
dor real; completamente a verdade;
 Nem naturais nem necessários : cuja não  No caso de duas razões opostas e equivalentes,
satisfação não causaria uma dor verdadeira; evite o julgamento (suspensão do juízo) e
 Naturais, mas não necessários : devem ser mantenha a ataraxia;
evitados.  Em alguns casos, escolher um lado gera angústia.

Estoicismo (Marco Aurélio/Sêneca/Zenão de Cítio)


 O termo “estoicismo” deriva de stoa poikilé (“pórtico
pintado”), local em Atenas onde os membros da
escola se reuniam;
 Filosofia da coragem;
 Busca a ataraxia através da apatheia (supressão
dos sentimentos destrutivos);
 O estoicismo é a primeira ética universal fundada
numa igualdade de princípios de todos os homens:
cada um deve se pensar como “cidadão do mundo”,
isto é, um cosmopolita;

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