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Peneiramento = Screening = Cribado (tamizado)

1.1. Generalidades do peneiramento


O peneiramento é um dos métodos mais antigos na área de processamento mineral, até hoje, é usado
com aplicação comprovada numa variedade de indústrias e nas mais diferentes áreas. Na área
mineral, o peneiramento foi concebido pelo homem tentando separar ou limpar os metais que
precisava pois os minerais de interes encontram dispersos na natureza ou em entidades separadas
(minérios), por exemplo, as partículas de ouro nativo em rochas silicosas ou combinadas com
sulfetos.
Industrialmente, define-se peneiramento como sendo o processo de classificação de um material
granular pelo tamanho das partículas em duas ou mais frações, mediante uma ou, mas superfícies
perfuradas.
A pesar que existem uma grande variedade de equipamentos para peneiramento, são poucas as
inovações tecnológicas incorporadas aos mesmos.

Classificação: na terminologia convencional da preparação dos minerais, significa separação em


função dos tamanhos, ou seja, a separação dos fragmentos ou partículas em classes (valores
discretos), cada classe compreendendo os tamanhos que estejam entre dois limites definidos,
podendo ou não tais limites pertencer a uma escala granulométrica convencional (Figura 1).

Série mm Série mm Critério Tamanho em geral


Tyler ASTM granulométrico
2 1/2 8,000 4˝ 101,60 Bloco > 1,00 m
4 4,800 4 4,760 Matacão Entre 1,00 a 0,20 m
9 2,000 10 2,000 Pedregulho Entre 0,60 a 0,02 m
35 0,425 35 0,500 Areia Entre 60 a 0,02 mm
100 0,150 100 0,149 Silte Entre 0,06 a 0,002 mm
400 0,037 400 0,037 Argila < 0,002 mm (2µm)

Figura1: exemplos dos tamanhos de escalas granulométricas.

Undersize: (baixo-tamanho, passante, produto inferior, -) é a fração (classe) de material,


constituída por partículas de dimensões (Ø) inferiores à malha (abertura de peneiramento). Ex.
undersize a 4˝ significa que o material é inferior à peneira de 4˝ ou é menor à peneira de quatro
polegadas.
Oversize: (sobre-tamanho, retido, produto superior, +) é a classe de partículas cujos tamanhos são
maiores que a abertura ou malha. Ex. oversize a 4˝ significa que o material (o classe) esta sobre a
peneira de 4˝ ou é maior à peneira de quatro polegadas.
Figura2: modelo de superfície de peneiramento e seus produtos.
O peneiramento em seco aplica-se a materiais com pouca umidade natural (< 5%) ou que foram
secadas previamente. O peneiramento a úmido é efetuado com adesão de água, fazendo que as
partículas sejam arrastadas através da peneira.
Os peneiramentos industriais são normalmente efetuados a seco em separações grosseiras, ou seja,
cerca de 6 mm (3,5 ASTM) que é a malha comumente considerada o limite inferior de peneiramento
eficiente a seco, entretanto é possível peneirar até 1,7 mm (12 ASTM ou 10 Tyler).
A úmido, o peneiramento industrial é usualmente aplicado em separações de até 0,4 mm (35 Tyler
ou 40 ASTM), sendo possível chegar até 50 µm (270 Tyler e ASTM) como é no caso de
desaguamento.
No peneiramento a seco, as partículas rolam sobre a superfície da tela e são expostas às aberturas das
mesmas por várias vezes, numa verdadeira disputa probabilística na tentativa de encontrar a abertura
da tela. Para assegurar a eficiência do peneiramento a seco as superfícies das peneiras são mais
longas que as utilizadas a úmido.
Nos circuitos de britagem de minérios de ouro no Brasil são empregadas peneiras vibratórias
convencionais, constituídas por um chassi robusto, apoiado em molas, um mecanismo acionador do
movimento vibratório e um dois ou três suportes para as telas (decks).

Tamanho limite: (limiting size) é a menor abertura ou malha pela qual podem passar todos os
fragmentos ou partículas de uma dada coleção. Ex. se o tamanho limite é 2,00 mm, isso equivale a
100% passante a peneira de dois milímetros.

Bitolamento: enquadramento dos tamanhos entre dois limites definidos, superior e inferior. Assim,
o bitolado entre 4˝ e 2˝ significa que o material passa na abertura de 4” e ficam retidos na
abertura de 2”.

A classificação por tamanho mediante peneiramento é conhecida também como classificação


geométrica ou calibragem, por ser realizada pela passagem dos fragmentos (varias formas e
dimensões) através de aberturas calibradas.

Figura 3: representação das diferentes dimensões de uma partícula.

1.2. Objetivo do peneiramento


Os objetivos do peneiramento é preparar o material para a venta ou para um processo a seguir, é um
método de análise físico (granulométrica) para o controle da eficiência de outras operações básicas
como é a britagem, moagem, concentração e flotação de minérios, também o peneiramento
determina o valor (importância) do produto para algumas aplicações específicas. Por exemplo, o
peneiramento do carvão representa a base para sua classificação e venta, a padronização da areia e
britas que em tamanho e misturas adequadas podem conseguir-se altos níveis de resistência físico-
química, a velocidade de reação de um corpo sólido e um fluido depende da superfície da partícula
sólida e, a limpeza por peneiramento de excesso de finos aumenta a eficiência na moagem de
minérios.

1.3. Aplicações do peneiramento

- Depuração inicial prévio ao britagem primário.


- Desaguamento.
- Lavagem de minério (deslamage).
- Recuperação de médios (lavagem de carvões)
- Classificação granulométrica de produtos (grossos - intermédios - finos)
- Separação de lixos

1.4 Superfícies de peneiramento

A superfície de uma peneira é o médio que contem as aberturas para o passo do material de sub-
tamanho. As superfícies de peneiramento podem estar formadas por barras fixas ou em movimento,
por placas metálicas furadas ou por tecidos de fios metálicos. Considerando a forma do material da
superfície de peneiramento os equipamentos podem ser classificados como:

A. Grelhas - constituídas por barras metálicas dispostas paralelamente, mantendo um espaçamento


regular entre si;

B. Crivos - constituídos por chapas metálicas planas ou curvas, perfuradas por um sistema de furos
de varias formas e dimensões determinadas;

C. Telas (Peneiras) - constituídos por fios metálicos trançados geralmente em duas direções
ortogonais.

A seleção da superfície aparenta ser simples, mas as superfícies têm que ser fortes para suportar o
peso do material que se esta peneirando e o suficientemente flexível para suportar as vibrações
aplicadas, porém leves pela relação da área total (gabarito) e área livre (furada). É importante
consultar os manuais dos fabricantes pelo fato que estas superfícies se fabricam em diversos tipos,
formas e materiais, e adicionalmente com ligeiras modificações.

Podem distinguir-se três tipos básicos de superfícies: chapas, telas e barras, as superfícies tecidas
representam ao redor dos 75% dos tipos empregados.

1.4.1 Chapas furadas

As superfícies de chapas furadas são feitas perfurando aberturas na chapa de aço (comumente) com
furadeira ou saca-bocados. Estas superfícies são mais fortes, rígidas e de maior duração que as de
tela de arame, porem são mais pesadas e de menor capacidade, limitando sua utilização às
classificações grossas.
Os materiais empregados são em diversas variedades de aços, aço inox, polímeros ou compósitos e
borrachas. As superfícies de borracha oferecem vantagens por: deformar-se temporalmente, menor
obstrução, redução do ruído, proteção aos materiais brandos, possibilidade de trabalhar com
materiais úmidos, abrasivos e grudentos, e maior resistência á corrosão, as desvantagens são pelo
geral na baixa resistência à temperatura, menor área perfurada para o intervalo mais fino e maior
custo. O maior consumidor de chapas furadas é a indústria do carvão mineral e os serviços de
seguridade industrial. As chapas segundo as aberturas podem ser:

- ranhura escalonada nos extremos, ranhura escalonada lateralmente e ranhura alinhadas.


- redondas escalonadas e alinhadas
- quadradas alinhadas, quadradas escalonadas,
- hexagonais escalonadas
- retangulares alinhadas

Figura 4: representação dos modelos de chapas furadas.

1.4.2 Telas (arame tecido)

A fabricação de folhas de arame metálico possibilita a obtenção de uma grande variedade de formas
de aberturas, formas de arame, formas de fabricação, relações abertura/arame, bordas e tramado.
A seção transversal dos arames é comumente redonda, sendo também utilizadas as de seção
quadrada pela relativa maior resistência, nos dois casos é possível aumentar a durabilidade mudando
os extremos da tela, pelo fato que o extremo superior é mais exposto à abrasão e impacto da
alimentação.

A forma mais comum das aberturas é a quadrada, sendo também utilizadas à retangular, estas são
eficientes porque vibram suas laterais entupindo menos, também facilitam o passo das partículas
placóides (micas, fibrosas), porem a análise granulométrica do passante mostrará partículas até 1,5
vezes maiores que a malha.

Para selecionar o material da malha se considera: abrasão, fatiga e corrosão.


- aço-carbono  para grandes aberturas
- aço temperado  alta abrasão
- aço-manganês  fortes impactos
- inox, galvanizados, polímeros, bronze  para médios corrosivos, úmidos ou peneiramento fino (<
0,850 mm).

O jeito de sujeitar a tela no equipamento depende do diâmetro do arame, para diâmetros menores a
2,5 mm, são adicionados reforços metálicos evitando danificar ao esticar a tela, também se aplicam
reforços na superfície inferior. Para diâmetros entre 2,5 e 6 mm pode-se enganchar nos extremos.
Para diâmetros maiores a 6 mm pode-se soldar uma barra nos extremos retos da tela. Para qualquer
superfície é importante dividir em seções para evitar a troca de toda a tela.

Figura 5: representação dos modelos de malhas de fios metálicos.

1.4.3 Barras (grelhas, rastelos)

Estas superfícies são construídas por um grupo de barras paralelas separadas nos extremos por
separadores, são adequados para tamanhos grossos superiores a 25,0 mm. É comum dar-lhes uma
inclinação entre 20 e 50º no sentido longitudinal segundo ao material a peneirar.
A secção transversal pode ser trapezoidal, com a dimensão maior na parte superior, para evitar o
entupimento ou acunhado dos fragmentos.

Figura 6: representação da superfície de barras e dos modelos de secção transversal.

1.4.3 Barras (perfiladas)


As barras perfiladas são utilizadas tanto em peneiras fixas ou dinâmicas, estas superfícies são
fabricadas de barras paralelas soldadas a membros mais robustos, se caracterizam por ter uma
superfície lisa e alta resistência ao entupimento. São adequadas para três situações:

A- Lavagem de partículas finas e secagem


B- Classificação por tamanhos, quando o entupimento é comum
C- Beneficiamento de partículas com dimensões alongadas
D- Trabalho semi-pesado

Figura 7: representação da superfície de barras perfiladas.

1.5 Classificações dos principais equipamentos para peneiramento

Figura 8: esquema geral da classificação dos equipamentos para peneiramento industrial.

1.5.1 Crivas estacionarias


1.5.1.1 Criva estacionaria convencional
Superfície de barras fixas para serviço pesado. As barras são grossas e colocadas na direção do
fluxo, com declives para permitir o transporte pela gravidade. As barras podem separar-se no
extremo inferior para evitar o entupimento. Aplica-se na depuração antes do britagem. São
equipamentos simples, robustos e dificilmente se entopem.
1.5.1.1 Criva estacionaria de probabilidade
Barras divergentes no plano vertical

1.5.2 Crivas de rodelos giratórios


Essencialmente consiste de uma superfície fixa de peneiramento, mas a forma não uniforme dos
rodelos transporta o material. Utilizado na separação de grossos previa a britagem quando o espaço
vertical é reduzido, sendo considerado um transportador.

1.5.3 Superfícies (estacionarias) curvadas para peneiramento fino


A alimentação é na forma de polpa, sobre uma superfície curvada de barras fixas, esta superfície
pode ser também reta com inclinação até de 300º. As barras se dispõem perpendicularmente ao
fluxo. Empregadas para os intervalos de 2 mm ate 45 µm, como na depuração de grossos
inadequados para o hidrociclone ou empregadas para desaguamento. É eficiente e de alta
capacidade, as densidades dos minerais e o excesso de água podem afetar a separação.

1.5.4 Crivas giratórias


A principal característica é que a superfície da peneira gira ao redor de um eixo central.

1.5.4.1 Trômeis
Criva cilíndrica com leve declinação com possibilidade de ter varias superfícies concêntricas, o
movimento é relativamente lento baixo da velocidade critica (15 a 20 rpm). Empregada em
separações tanto em úmido como em seco (10 e 60 mm), são equipamentos simples úteis para
separação ou limpeza de grossos. O desgaste é intenso e tem uma baixa utilização da superfície de
peneiramento.

1.5.4.2 Centrífugas
A criva giratória é disposto na forma vertical e centrifuga as partículas a traves da tela, a velocidade
de rotação é superior da velocidade critica (60 a 80 rpm), pode ter movimento leve na vertical 800-
1000 ciclos/min. Utilizada para separações a úmido ou em seco, para partículas entre 12mm a
400µm ou para desaguamento. Este equipamento apresenta forte desgaste interno na superfície de
peneiramento.

1.5.4.3 De probabilidade
Esta criva giratória contem barras dispostas na forma radial, desarrolhadas para separações de carvão
mineral < 6 mm.

1.5.5 Crivas vibratórias


Movimento da superfície a altas velocidades, desenhadas para elevar e estratificar a camada de
partículas sobre a superfície de peneiramento.

1.5.5.1 Crivas vibratórias de superfície inclinada


Superfície de peneiramento inclinada permitindo que o material flua com ajuda das vibrações. As
vibrações ocasionam movimentos circulares no centro da superfície e nos extremos dependendo do
tipo de vibração. A velocidade é de 600 a 7000 RPM e a amplitude é de < 25 mm. Amplamente
utilizada para separações ate de 200 µm chegando ate 38 µm na indústria química e em altas
velocidades. Geralmente são de alta capacidade e eficiência, mas esta decresce nos intervalos
menores a 200 µm.
1.5.5.2 Crivas vibratórias de superfície horizontal
Superfície de peneiramento horizontal e retangular, a vibração lineal deve ter uma componente
horizontal para levantar e transportar o material ao longo da criva. A velocidade entre 600 – 3000
RPM, com aplicações similares

1.5.6 Crivas de sacudidas lineais


Com movimento lineal divagar essencialmente no plano da peneira promovendo o contato das
partículas com a superfície. Pelo geral levemente inclinada e pode contar com varias superfícies
(decks). Velocidade entre 30 e 800 RPM e movimento entre 25 – 1000 mm. Requer pouco espaço
vertical e energia, eficiente para tamanhos grossos, com alto custo de manutenção e baixa
capacidade. Utilizadas na separação de carvão (ate 12 mm) e minerais não metálicos.

1.5.6 Crivas de sacudidas circulares


Com movimento circulares do tipo reciprocante, giratória ou giratória com oscilação na vertical.
Velocidades entre 500 a 600 RPM, e amplitudes > 25 mm. Utilizadas a úmido o seco, em separações
finas entre 12 mm e 45 µm.

Bibliografia

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