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Pregando um Cristianismo sem pregos que ferem nem pregas que ocultam!

De Como Vejo a História da Monarquia na Igreja.

No dia 26 de março de 752 Estevão II foi consagrado papa na Basílica de Santa Maria
Maior. Viajou à França e com a ajuda do rei Pepino III recuperou as terras da Igreja e tornou-se
seu administrador. Estevão II foi o primeiro a receber o título de Papa-Rei e, em 1059, Nicolau II foi
o primeiro a ter uma coroação solene. Anos depois, em 1294-1303 Bonifácio VIII transformou a
tiara em uma segunda coroa. Aqui, os fatos carecem de exatidão, não se sabe se foi Bento XI,
Clemente V ou Bento XII (entre os anos de 1303 e 1334) quem passou a usar a Tríplice Coroa ou
«Triregnum», mas não carece de exatidão o que ela significa: Poder espiritual de chefe da Igreja,
poder temporal sobre os Estados romanos e o poder sobre todos os soberanos da terra. Muito
embora já se tenha dado várias outras significações para elas, todas parecem cair sempre no
mesmo ponto: um tríplice poder. Essa tríplice coroa será usada até Paulo VI (1963) como símbolo
de autoridade em ocasiões cerimoniais. O papa Paulo VI doou a sua para socorro dos pobres da
África. e João Paulo I não quis ser coroado, mas a cerimônia de coroação ainda não foi abolida
oficialmente, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar seu pontificado.
Na Idade Moderna o mundo conheceu uma outra forma de exercer a monarquia: O Absolutismo.
Esse é uma teoria política que defende que uma pessoa (normalmente um monarca) detém um
poder absoluto, i é, independente de qualquer outro poder, seja ele judicial, legislativo, religioso.
Essa teoria não deve ser confundida com a doutrina protestante do «Direito Divino dos Reis», que
defende que a autoridade do governante emana diretamente de Deus. O mais conhecido teórico do
Absolutismo é Nicolau Maquiavel. A Igreja Católica é, tecnicamente, uma Monarquia eletiva
Absolutista e pode-se considerar o Vaticano como uma autocracia.
Embora, hoje, o Vaticano seja o menor país do mundo, de 756 até o ano de 1870 era bem
grande, englobava quase toda a península itálica. Para reivindicar esse direito foi usado por longos
séculos um documento falsificado pela própria Cúria Romana, e supostamente encontrado três
anos antes, que ficou conhecido como Doação de Constantino. Segundo esse documento falso
Constantino I cedia ao Papa Silvestre I, para si e para seus sucessores, não só o palácio de São
João de Latrão, o que de fato fez, mas também a possessão de toda a península itálica e a
dignidade imperial.
O Papa, então, era ao mesmo tempo chefe da Igreja e rei de uma vasta região, Na defesa
desse reino muita gente morreu, muita guerra se fez e imperava um verdadeiro vale-tudo para se
ser papa. O título podia ser comprado, famílias se revezavam em disputas intermináveis pela
autoridade papal. Tivemos então muitos papas corruptos, ladrões, assassinos, devassos (como
Alexandre VI - 1492/1502 - que entrou para a história da Igreja e dos papados com nome de
Bórgia, o papa mais devasso e mundano de todos os tempos), tivemos até um papa menino, ele
tinha apenas doze anos quando chegou pela primeira vez ao trono de Pedro, Bento IX em 1032,
digo pela primeira vez porque ele consegui a façanha de ser eleito papa por três vezes.
Em meados do século XIX começou a unificação da Itália que só terminou com a conquista de
Roma em 1871 por Victor Emmanuel II. Nesse Período a Igreja começa tomar a forma que nós a
conhecemos hoje. Era papa Pio IX ( em seqüência teremos até o Concílio Vaticano II: Pio IX, Leão
XIII, São Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII. Podemos então falar em uma Era Pia ou Piana. Se
prestarmos um pouquinho de atenção nessa Era ficará, depois, mais fácil entender o que
aconteceu no pós Concílio Ecumênico Vaticano II.

Começo da Era.

Pio IX, está longe de ser figura incontestável. Primeiro porque lutou com todas as forças
(guerra mesmo) para manter os Estados Pontifícios, queria porque queria manter seu poder
temporal. Perdeu e, então, qual adolescente que briga com a mãe e se tranca no quarto, trancou-
se no Vaticano, esse aprisionamento vai durar mais ou menos 60 anos. Segundo a comunidade
judaica ele não era flor que se cheire, talvez por um malfadado caso (conhecido
internacionalmente) onde um rapaz judeu de 6 anos, Edgardo Mortara, fora levado de sua casa
pela polícia para os Estados Papais e Pio IX recusou os apelos de numerosos chefes de estado,
incluindo os Imperadores Francisco José I da Áustria e de Napoleão III da França, para o retorno
da criança a seus pais, algumas fontes dizem que ele ordenou-se sacerdote. E, talvez, Pio IX tenha
dormido em paz por saber que os pérfidos judeus podem, mesmo que pela força, converterem-se
ao cristianismo. Ele proclamou dois dogmas da Igreja: o primeiro, em 8 de dezembro de 1854, é o
dogma da Imaculada Conceição de Maria. e o segundo, através do Concílio Vaticano I, o dogma
da Infabilidade Papal. Apesar de ser considerado no início como liberal, o seu pontificado ficou
marcado por uma gradual mudança no sentido do conservadorismo. Levando-se em conta que
nesse período histórico a Igreja já não tinha mais quase nenhum poder sobre os demais soberanos
( tempos antes, Napoleão I retirou a coroa das mãos do Papa PioVII, que viajara especialmente
para a cerimônia, e ele mesmo se coroou, numa postura para deixar claro que não toleraria
autoridade alguma superior à sua e em seguida coroou sua esposa Josefina) e que esses
soberanos exerciam grande influência sobre a hierarquia eclesial de suas regiões e, ainda, que o
papa já não tinha o poder temporal dos seus Estados Pontifícios, muitos creditam esse aumento do
poder espiritual pela «Pastor Aeternus» sobre o primado e infabilidade do Papa quando se
pronuncia «ex-catedra», em assuntos de fé e de moral, como uma compensação pela perda do
poder temporal. João Paulo II em seu pronunciamento sobre o Papa Pio IX, no site do Vaticano,
não menciona nada disso. O Concílio Vaticano I, chamado ecumênico, não contou com a
participação de nenhuma outra denominação cristã. Vale a pena conferir (não vou transcrever aqui
por serem muito longos) as cartas que muitas dessas outras Igrejas escreveram para justificar sua
ausência. .. O que aconteceu é que os Jesuítas franceses publicaram numa revista que tinham ,
meses antes, que o concílio seria para proclamar a infabilidade. Revolta geral, tanto dos
protestantes como de boa parte dos católicos. Ficava claro para todos que o Dogma da Infabilidade
era só uma versão do «Direito Divino dos Reis» dos protestantes aplicado no mundo católico.
O próximo Papa será Leão XIII (o primeiro sopro de renovação na Igreja em séculos),
ninguém poderia prever que o novo papa abriria uma era de transformações na Igreja. Pois, ele era
um dos auxiliares mais próximos de Pio IX, que, como já vimos, era um saudosista da Idade Média
que passou seus últimos anos a amaldiçoar os costumes do mundo moderno, do casamento civil
às eleições. Mas Leão XIII, o papa operário, de quase 80 anos, tratou de suavizar o
conservadorismo de seu antecessor e, na sua última encíclica - Libertas - chegou a admitir o
conceito de liberdade individual. Sua encíclica mais importante é a «Rerum Novarum» (coisas
Novas) que trata do trabalho de das questões sociais. Morreu em 20 julho de 1903.
São Pio X (1903/1914) Foi o papa que organizou o Código de Direito Canônico e o catecismo,
incentivou a prática da Comunhão e o doutrinamento das crianças e sua primeira Comunhão
quando entrassem na idade da razão. Mas, ainda, não aceitava aquela história de perder os
Estados Pontifícios, tanto que não receou provocar uma crise com a França quando condenou o
presidente francês por visitar Victor Emmanuel III, Rei da Itália, com quem a Igreja estava de más
relações desde a tomada daqueles territórios em 1870. Entre as conseqüências deste embate está
a completa separação entre Igreja e Estado em França e a expulsão dos Jesuítas.
Bento XV Foi papa durante a Primeira Grande Guerra, Tentou em vão negociar a paz, mas foi
excluído dessas negociações no final da guerra. Promulgou o Código de Direito Canônico,
começado por Pio X e dedicou-se à reforma administrativa da Igreja, almejando adaptá-la ao novo
sistema internacional emergente. Os conservadores o acham muito moderno por ter seu
pontificado como muito aberto ao diálogo. Em 5 de maio de 1920 canonizou Joana d`Àrc, aquela
que fora queimada nas fogueiras da Inquisição.
Pio XI Inaugurou a Rádio Vaticano, assinou com o fascista Benito Mussolini ( que
precisava do apoio da Igreja, dos católicos e da burguesia para aumentar o poder que tinha como
Primeiro Ministro do rei Victor Emmanuel II) o Tratado de Latrão, em fevereiro de 1929, que punha
fim A Questão Romana (aquele conflito pelas perdas dos Estados Pontifícios). Por esse Tratado a
Igreja reconhecia o Estado italiano e esse reconhecia o Vaticano como Estado e lhe pagava uma
indenização pelas perdas territoriais (qualquer coisa em torno de 85 milhões de dólares). Com isso
o papa Pio XI volta a ser um chefe de estado, o primeiro depois da queda dos Estados Papais.
Há quem afirme que: «pelo Tratado de Latrão, os católicos deveriam se abster da política,
especialmente de uma política autônoma que se contrapusesse ao governo fascista. A
conseqüência imediata deste acordo foi o fechamento do Partido Popular (católico) e o exílio de
seus principais líderes. Enquanto o papa e os fascistas comemoravam, dezenas de milhares de
italianos, muitos deles católicos, padeciam sob torturas nas inóspitas prisões do regime.
Hitler, ainda sonhando com o poder, rejubilou-se com as boas novas vindas de Roma. Escreveu
ele: « O fato de que a Igreja Católica tenha chegado a um acordo com a Itália fascista (...) prova,
além de qualquer dúvida, que o mundo das idéias fascistas é mais próximo do cristianismo do que
o liberalismo judeu ou mesmo o marxismo ateu, a que o Partido do Centro Católico se considera
tão ligado.»
Quando Mussolini invadiu a Etiópia, em 1935, o Vaticano não protestou e o alto clero
italiano, sem amarras morais, exultou com a aventura colonialista. Um bispo declarou: « Ó Duce, a
Itália hoje é fascista e os corações de todos italianos batem junto com o teu!» « A nação está
disposta a qualquer sacrifício que garanta o triunfo da paz e das civilizações romana e cristã».
Enquanto isso armas químicas caiam sobre as cabeças da indefesa população etíope.»

Pio XII - Pesa sobre ele um enorme silêncio. E muita controvérsia. É fato que tendo ele a
única rádio livre em toda a Europa, durante a Segunda Grande Guerra, só a utilizou em breves
mensagens de Natal para falar sobre a guerra e, ainda assim, sem dar nomes aos ‘bois’. Pacelli,
de família da nobreza, era neto de Marcantonio Pacelli (fundador do L´Osservatore Romano, jornal
oficial do Vaticano) , sobrinho de Ernesto Pacceli (conselheiro de finanças papal) e filho de Filippo
Pacelli, deão dos advogados do Vaticano. Dizem que salvou muitos judeus na Itália escondendo-os
em mosteiros, conventos e no próprio Vaticano, mas também dizem que ajudou muitos alemães
nazistas a fugirem no pós-guerra, outros dizem que na verdade ele só era contrário a retaliações
no pós-guerra. Não podemos nos esquecer que nesse período a Igreja ainda rezava pelos
«pérfidos judeus». Enfim, talvez, nunca cheguemos a saber se o copo estava meio cheio ou meio
vazio. Mas, um copo vazio, também não está cheio de ar? E o vinho não procura ocupar o lugar da
dor? Pio XII foi único papa a utilizar o Dogma da Infabilidade Papal até então, e o fez para
proclamar outro dogma, o Dogma da Assunção.

Segundo o site do Vaticano o seu silêncio foi para poupar vidas. Intuição tardia?!?

Aqui, abre-se um parêntese nessa continuidade histórica de «agarrados à corda» do poder


de poder. ....Aproveito para inserir um historieta sobre o agarrar-se a corda.
Conta-se que: um alpinista tentando chegar, antes do anoitecer, ao cume de uma montanha, para
ali se alojar e com isso proteger-se do frio congelador, não conseguiu. A noite chegou antes e meio
desesperado acabou por despencar montanha abaixo. Por sorte a corda agüentou o tranco e ele
se viu pendurado no vazio. O frio já se fazia sentir quando ele gritou: «Meu Deus se o Senhor
existe, por favor, salva-me! ....E do fundo da noite escura ele ouviu: « Solte-se da corda»...
Passado o susto ele se pôs a refletir: «não, a corda é tudo que tenho, se a soltar vou despencar e
morrer»..... E, novamente, ele ouviu: «Solte-se da corda!».... Pôs-se, novamente, a refletir: «Eu não
devo ter ouvido nada, é o medo que está me fazendo ter essas alucinações... A corda é tudo que
tenho, se soltá-la vou despencar e morrer» E, assim, agarrou-se a ela e, cansado, dormiu.
Na manhã seguinte, a menos de um metro do chão, a equipe de resgate o encontrou: morto pelo
frio e agarrado à corda.
Término da Éra.

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