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O CBP ( I.N.N.G.

) tem a honra de Homenagear

um Grande e Humilde Divulgador da

Psicanálise no Brasil

e no Exterior

Senhor Professor Dr. Hélio Pellegrino

(Belo Horizonte, 5 de janeiro de 1924 — Rio de Janeiro, 23 de março de 1988) foi um


psicanalista, escritor e poeta brasileiro, célebre por sua militância de esquerda e por sua
amizade com os também escritores Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Otto Lara
Resende e Nélson Rodrigues. Foi o segundo marido da escritora Lya Luft.

Biografia
Nasceu em Belo Horizonte, no dia 5 de janeiro de 1924, filho de Brás Pellegrino, médico, e
Assunta Magaldi, nascida no Sul da Itália. Em 1928 conheceu Fernando Sabino, seu colega de
jardim de infância, de quem se tornaria amigo por toda a vida. Começou a escrever seus
poemas em 1939. Um ano depois estreitou sua amizade com Paulo Mendes Campos, Otto Lara
Resende e Fernando Sabino, formando o grupo que veio a ficar conhecido como "Os quatro
mineiros".[carece de fontes?] Publica, pela primeira vez, um poema no jornal O Diário. Em
1942 ingressou na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. "Deixai-o", considerado seu
primeiro poema significativo, foi publicado naquele ano na revista católica A Ordem. Um ano
depois decidiu-se pela área da medicina psiquiátrica. Ainda nesse ano, viaja a São Paulo com
Fernando Sabino, onde conhece Mário de Andrade, com quem inicia uma tropa de
correspondência que duraria até a morte de Mário, em fevereiro de 1945.

Em 1944, com Wilson Figueiredo, Simão Viana da Cunha Pereira, Otto Lara Resende, Francisco
Iglésias e Darcy Ribeiro, editou o combativo jornal clandestino Liberdade. Foi um dos
fundadores da União Democrática Nacional (UDN). Participou do Primeiro Congresso de
Escritores, realizado no Teatro Municipal de São Paulo em 1945, e colaborou regularmente no
suplemento literário do periódico O Jornal, no Rio de Janeiro. Após concorrer, pela UDN, ao
cargo de deputado federal, em 1946 se desligou do partido e fundou a Esquerda Democrática,
ligada ao Partido Comunista Brasileiro. Conhece, no Rio de Janeiro, Mário Pedrosa, o
responsável, anos mais tarde, por sua presença na fundação do Partido dos Trabalhadores
(PT). Iniciou a prática psiquiátrica em 1947 no Raul Soares, manicômio do estado do Rio de
Janeiro. Capitaneou uma iniciativa editorial, a revista Nenhum, que teve um único exemplar, e
publicou, pelo grupo literário Edifício, formado por Wilson Figueiredo, Autran Dourado e
Sábato Magaldi, um livreto com dois poemas: "Poema do príncipe exilado" e "Deixe que eu te
ame".

Em 11 de dezembro de 1948 casou-se com Maria Urbana Pentagna Guimarães, com quem
permaneceria casado por quarenta anos e teria sete filhos. No ano seguinte nasceu Maria
Clara Guimarães Pellegrino, a sua primeira filha.

Em 1952 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde iniciou a análise didática com
Iracy Doyle e trabalhou como redator no jornal O Globo. Em 1953 colaborou no semanário
2Flan, onde conhece o escritor Nelson Rodrigues, outra das grandes amizades de sua vida.
Abriu um consultório psicanalítico com Hélio Tolipan e Ivan Ribeiro e, com a morte de Iracy
Doyle, reinicia o processo de análise didática, agora com Catarina Kemper, com o propósito de
tornar-se psicanalista, o que ocorre em 1963.

Nesta época, o apartamento de Hélio Pellegrino, no Jardim Botânico, se tornou ponto de


encontro de intelectuais e artistas. Fernando Sabino lançou O Encontro Marcado, romance no
qual o médico Mauro Lombardi é inspirado em Hélio.

Em 1964 Hélio Pellegrino sofreu uma isquemia coronária, da qual se recuperou. Trabalhou de
1966 até fins de 1968, no jornal Correio da Manhã. Em congresso na cidade de Santiago do
Chile, apresentou sua tese "O pacto edípico e o pacto social", de grande repercussão no meio
psicanalítico.

Em 1968, com o endurecimento da ditadura militar no Brasil, passou a participar da política e


tornou-se respeitado por estudantes e líderes da movimentação política libertária desses anos,
sendo visto por alguns como porta-voz dos intelectuais. [carece de fontes?] Discursa na
"Passeata dos Cem Mil", e participa da Comissão dos Cem Mil. Em 1969, mesmo ano em que
perdeu seu pai, foi preso e por dois meses — sendo mantido primeiro no Regimento Caetano
de Farias e, posteriormente, no Primeiro Batalhão de Guerra - sob a acusação de líder
comunista.

Em 1970 sofreu um enfarte no miocárdio. No ano seguinte, já recuperado, surge, a partir de


conversas com Catarina Kemper, a ideia da Clínica Social de Psicanálise. Visando sua realização,
coordenou, na Faculdade Cândido Mendes os chamados "Encontros Psicodinâmicos". Em 1973
inaugurou com um grupo de psicanalistas a Clínica Social de Psicanálise, instituição pioneira de
atendimento gratuito que visava a integração entre psicanálise e sociedade.

Casou-se em 1974 com a física Sarah de Castro Barbosa, com quem ficará por sete anos. Em
1978 assumiu por quatro anos, com João Batista Ferreira e Jochen Kemper, a direção da Clínica
Social, onde desenvolveu um trabalho de integração entre a clínica e a comunidade da favela
do Morro dos Cabritos.

Publicou o ensaio "A dialética da tortura: direito versus direita", e iniciou colaboração, por dois
anos, em O Pasquim. Em 1979 escreveu, por cinco meses, para o Jornal da República.

Na década de 1980 aderiu, com Mário Pedrosa, Lula, Plínio de Arruda Sampaio, Antônio
Candido, Apolônio de Carvalho e Sérgio Buarque de Hollanda, entre outros intelectuais, ao
manifesto de fundação do Partido dos Trabalhadores, o PT. Naquele ano, nos nos auditórios da
PUC-Rio, durante o seminário “A psicanálise e sua inserção no modelo capitalista", teve a crise
de Hélio Pellegrino e Eduardo Mascarenhas com a Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro.
Motivada pela denúncia do apoliticismo da instituição e pelo fato de ela ter, entre seus
quadros de candidatos a analistas didatas o médico e revelado torturador Amílcar Lobo. Tal
crise se estende por dois anos, e culminou com a expulsão de Mascarenhas e Pellegrino,
reintegrados somente por decreto judicial.

No ano seguinte formou, com Carlos Alberto Barreto, um núcleo antiburocrático do PT, o
Clube Mário Pedrosa, frequentado por diversos intelectuais e artistas. Retomou seu
casamento com Maria Urbana, e lançou, em parceria com Otto Lara Resende, Paulo Mendes
Campos e Fernando Sabino o disco-recital Os 4 mineiros.

Em 1982 iniciou colaboração por três anos e meio com o jornal Folha de S.Paulo, e no ano
seguinte integrou a Comissão Teotônio Vilela Para as Prisões, do grupo Tortura Nunca Mais.

Em 1984 passou a escrever quinzenalmente no Jornal do Brasil. Juntamente com Frei Betto e
Fábio Lacombe, criou o "MIRE, Mística e Revolução", grupo de estudos e orações. Conheceu a
escritora Lya Luft, com quem se casaria nove meses mais tarde.

Na madrugada de 23 de março de 1988 Hélio Pellegrino morreu, vítima do problemas


cardíacos. Ainda neste mesmo ano a Editora Rocco lançou a coletânea de artigos A Burrice do
demônio, uma seleção de suas colaborações na imprensa.

Obras publicadas postumamente

Em 1992 a família Pellegrino doou o arquivo do escritor para a Fundação Casa de Rui Barbosa,
no Rio de Janeiro.

Um ano depois foi publicada sua seleção de poemas Minérios domados, pela Editora Rocco,
organizada por Humberto Werneck.

Em 1998 a coleção Perfis do Rio, da Editora Relume Dumará, lançou Hélio Pellegrino, a paixão
indignada, de Paulo Roberto Pires.
Em 2003 a Editora Planeta publicou o livro Meditação de Natal, com texto de Hélio, e em 2004
a Editora Bem-Te-Vi publicou Arquivinho de Hélio Pellegrino e a editora Planeta Lucidez
Embriagada, com organização de Antônia Pellegrino, neta do autor.

Hélio Pellegrino

“Quanto você faz 20 anos está de manhã olhando o sol do meio dia. Aos 60 são seis e meia da
tarde e você olha a boca da noite. Mas a noite também tem seus direitos. Esses 60 anos
valeram a pena. Investi na amizade, no capital erótico, e não me arrependo. A salvação está
em você se dar, se aplicar aos outros. A única coisa não perdoável é não fazer. É preciso vencer
esse encaramujamento narcísico, essa tendência à uteração, ao suicídio. Ser curioso. Você só
se conhece conhecendo o mundo. Somos um fio nesse imenso tapete cósmico. Mas haja
saco!"

(Carta a Fernando Sabino, revista pelo autor ao fazer 60 anos).

1924

Hélio Pellegrino nasce em Belo Horizonte (MG) no dia 05 de janeiro, filho de Braz Pellegrino,
médico ilustre, e Assunta Magaldi Pellegrino, nascida no Sul da Itália.

1928

Conhece Fernando Sabino, seu colega de jardim-de-infância, de quem se tornaria amigo por
toda a vida.

1939

Demonstrando seu interesse pela literatura, dedica-se à leitura de Drummond e escreve seus
primeiros poemas.

1940

Uma geração de mineiros, que viriam a ser grandes escritores nacionais, circula por Belo
Horizonte: Emílio Moura, João Ethienne Filho, Francisco Iglésias, Wilson Figueiredo, Carlos
Castello Branco, Autran Dourado, Sábato Magaldi, entre outros. Hélio estreita sua amizade
com Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Fernando Sabino. Formou-se, assim, o grupo
que ficou conhecido como "Os 4 mineiros". Publica, pela primeira vez, um poema no jornal "O
Diário".

1942

Face à pressão da família, ingressa na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Dizia, depois,
aos amigos: "Eu queria mesmo era fazer filosofia, mas naquela época, não tinha Faculdade de
Filosofia em Minas". E acrescentava: "Na verdade eu fazia era medicina, boemia e política".

"Deixai-o", considerado seu primeiro poema significativo, é publicado na revista católica "A
Ordem". Conhece em Belo Horizonte o poeta Vinicius de Moraes.

1943
Decide-se pela área da medicina psiquiátrica. Em sua "Autobiografia" ele fala do incidente que
motivou essa decisão:

“... Lembro-me de uma aula de fisiologia nervosa, no segundo ano. O doente, com tabes
dorsal, ao centro do anfiteatro escolar, era um velhinho miúdo, ex-marinheiro, vestido com o
uniforme da Santa Casa, onde estava internado. Suas pernas, hipotônicas, atrofiadas, pendiam
da mesa de exame como molambos inertes. Jamais me sairá da memória o antigo lobo-do-
mar, exilado das vastidões marítimas, feito coisa, diante de nós. Suas andanças pelo mundo,
seus amores em cada porto ficavam reduzidos, em termo de anamnese, a um contágio
venéreo ocorrido décadas atrás. O velhinho, contrafeito, engrolava o seu depoimento,
fustigado pelos gritos de — "fala mais alto!”—com que buscávamos saciar nosso zelo
científico”. De repente, o desastre. Sem controle esfincteriano, o velho urinou-se na roupa, em
pleno centro do mundo. Vejo-o, pequenino, curvado para frente, tentando esconder com as
mãos a umidade ultrajante. Seu pudor, entretanto, nada tinha a ver com a ciência neurológica.
Esta lavrara um tento de gala, e o sintoma foi saudado com ruidosa alegria, como um goal
decisivo na partida que ali se travava contra a sífilis nervosa.

O velho ficou esquecido como um atropelado na noite. A aula prosseguiu brilhantemente


ilustrada. Os reflexos e a sensibilidade cutânea do paciente foram pesquisado com maestria.
Agulhas e martelos tocavam sua carne — esta carne revestida de infinita dignidade, que um
dia ressurgirá na Hora do Juízo. Meu colega Elói Lima percebeu, juntamente comigo, o
acontecimento espantoso. "O marinheiro está chorando" — me disse. Fomos três a chorar.

Entre lágrima e urina, nasceu-me o desejo de me dedicar à psiquiatria. O choro do velho, seu
desamparo, sua figura engrouvinhada sobre a qual parecia ter-se abatido todo o inverno do
mundo, tudo me surgiu de repente como o grande tema de meditação, a partir de cuja
importância poderia eu, quem sabe, encontrar um caminho. ...".

Ainda nesse ano, viaja a São Paulo com Fernando Sabino, onde conhece Mário de Andrade.
Começam uma correspondência que durou até a morte de Mário, em fevereiro de 1945.

1944

Com Wilson Figueiredo, Simão Vianna da Cunha Pereira, Otto Lara Resende, Francisco Iglésias
e Darci Ribeiro, edita o combativo jornal clandestino "Liberdade". É um dos fundadores da
União Democrática Nacional - UDN. Conhece o escritor francês católico George Bernanos.

1945

Participa do Primeiro Congresso de Escritores, realizado no Teatro Municipal de São Paulo.


Colabora regularmente no suplemento literário de “O Jornal” ,no Rio de Janeiro. Concorre,
pela UDN, ao cargo de deputado federal.

1946
Se desliga da UDN e funda a Esquerda Democrática, ligada ao Partido Comunista. Conhece, no
Rio de Janeiro, Mário Pedrosa, o responsável, anos mais tarde, por sua presença na fundação
do Partido dos Trabalhadores - PT.

1947

Inicia a prática psiquiátrica no Raul Soares, manicômio do Estado. Conhece o poeta Murilo
Mendes. Capitaneia uma iniciativa editorial, a revista “Nenhum”, que teve um único e
sensacional exemplar. Publica pelo grupo literário “Edifício”, formado por Wilson Figueiredo,
Autran Dourado e Sábato Magaldi, um livreto com dois poemas: "Poema do príncipe exilado" e
"Deixe que eu te ame".

1948

Em 11 de dezembro, casa-se na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes com Maria Urbana


Pentagna Guimarães, com quem terá sete filhos: Maria Clara Guimarães Pellegrino (1949);
Pedro Guimarães Pellegrino (1950); Hélio Guimarães Pellegrino (1952); Clarice Guimarães
Pellegrino (1954); Tereza Guimarães Pellegrino (1957); Dora Guimarães Pellegrino (1960), e
João Guimarães Pellegrino (1965).

1950

Abre consultório particular, transfere-se do manicômio Raul Soares para o Hospital de


Neuropsiquiatria Infantil.

1952

A família Guimarães Pellegrino se muda para o Rio de Janeiro. Hélio inicia análise didática com
Iracy Doyle e trabalha como redator no jornal “O Globo”.

1953

Colabora no semanário “Flan”, onde conhece o escritor Nelson Rodrigues. Abre consultório
psicanalítico com Hélio Tolipan e Ivan Ribeiro.

1956

Morre Iracy Doyle. Hélio interrompe a análise didática.

Fernando Sabino lança "O encontro marcado", romance no qual o médico Mauro Lombardi é
inspirado na pessoa do biografado.

1957

Mudam-se para a rua Nascimento Bittencourt, 85,Jardim Botânico, local que logo se torna
ponto de encontro de intelectuais e artistas.

1958

Reinicia o processo de análise didática, agora com D. Catarina Kemper, com o propósito de se
formar psicanalista, o que ocorre em 1963.
1964

O escritor sofre uma isquemia coronária.

1966

Hélio colabora, até fins de 1968, no jornal “Correio da Manhã”. Participa de congresso na
cidade de Santiago do Chile, onde apresenta a tese "O pacto edípico e o pacto social", de
grande repercussão no meio psicanalítico.

1968

Sua participação na política o faz ser respeitado pelos estudantes, líderes da movimentação
política libertária desses anos, tornando-se porta-voz dos intelectuais. Discursa na “Passeata
dos Cem Mil”, e participa da Comissão dos Cem Mil. No dia 13 de dezembro é decretado o Ato
Institucional Número 5.

1969

É mantido preso por dois meses — divididos entre o Regimento Caetano de Farias e o Primeiro
Batalhão de Guerra. É processado sob a acusação de líder comunista. Morre aos 63 anos seu
pai, Braz Pellegrino.

1970

A tensão em que todos viviam também o atinge. Sofre um enfarte no miocárdio

1971

A idéia da Clínica Social de Psicanálise surge das conversas que mantinha com D. Catarina
Kemper. Visando sua realização, iniciam-se na Faculdade Cândido Mendes os “Encontros
Psicodinâmicos”, que coordenavam.

1973

Inaugura, com um grupo de psicanalistas, a Clínica Social de Psicanálise, instituição pioneira de


atendimento gratuito que visava a integração entre psicanálise e sociedade

1974

Casa-se com a física Sarah de Castro Barbosa, com quem ficará por sete anos.

1977

Morre José Pellegrino, seu irmão mais velho.

1978

Com João Batista Ferreira e Jochen Kemper, assumem, por quatro anos, a direção da Clínica
Social. Publica nos “Ensaios de Opinião”, volume 7 da editora Paz e Terra, “A dialética da
tortura: direito versus direita”. Inicia colaboração, por dois anos, em “O Pasquim”.
1979

Colabora por cinco meses no “Jornal da República”. Desenvolve um trabalho de integração


entre a Clínica Social e a comunidade da favela do Morro dos Cabritos.

1980

Adere, com Mário Pedrosa, Lula, Antonio Candido, Apolônio de Carvalho, Sérgio Buarque de
Hollanda, ao manifesto de fundação do Partido dos Trabalhadores - PT. Tem início nos
auditórios da PUC-Rio, durante o seminário “A psicanálise e sua inserção no modelo
capitalista", a crise de Hélio e Eduardo Mascarenhas com a Sociedade Psicanalítica do Rio de
Janeiro. Motivada pela denúncia do apoliticismo da instituição e pelo fato de ela ter, entre
seus quadros de candidatos a analistas didatas o médico e, revelado, torturador Amílcar Lobo.
Tal crise se estende por dois anos, culminando na expulsão de Mascarenhas e Pellegrino,
reintegrados somente por decreto judicial.

1981

Forma, com Carlos Alberto Barreto, um núcleo antiburocrático do PT, o Clube Mário Pedrosa,
freqüentado por diversos intelectuais e artistas. Retoma o casamento com Maria Urbana.
Lança, em parceria com Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino, o disco-
recital “Os 4 mineiros”.

1982

Inicia colaboração por três anos e meio no jornal “Folha de S.Paulo”.

1983

Integra a Comissão Teotônio Vilela para as Prisões, do grupo Tortura Nunca Mais.

1985

Colabora quinzenalmente na página 11 do “Jornal do Brasil”. Juntamente com Frei Betto e


Fábio Lacombe, cria o “MIRE, Mística e Revolução”, grupo de estudos e orações.

Lya Luft e Hélio Pellegrino se encontraram num congresso de escritores em São Paulo.
Conheciam-se apenas de nome; depois, por cartas. Nove meses mais tarde, iniciava-se o
casamento entre os dois mitos. Uma mulher disposta a começar tudo de novo. Um homem
"em sua melhor fase; fascinado pelo mistério: de Deus, da vida, das pessoas, da natureza".

1986

Casa-se com a escritora Lya Luft.

1988

Na madrugada de 23 de março, morre Hélio Pellegrino, vítima do coração.

"Nunca vi tanta mulher bonita", escreveu Rubem Braga, impressionado com a enorme
quantidade de mulheres chorando, algumas quase desfiguradas, outras ocultas por grandes
óculos escuros, entre as mais de 500 pessoas que foram ao cemitério São João Batista, no Rio
de Janeiro.

Conclui o "velho" Braga: "Eu gostaria de conversar sobre isso e outras questões de amor com
uma pessoa, ao mesmo tempo imaginosa e lúcida, mas esta pessoa estava metida num caixão
em uma capela onde sequer cheguei a entrar, e se chamava Hélio Pellegrino".

A editora Rocco lança a coletânea de artigos “Burrice do demônio”, organizada pelo autor.

1992

A família Pellegrino doa o arquivo do escritor para a Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de
Janeiro.

1993

É publicada a seleção de poemas “Minérios domados”, editora Rocco, organizada por


Humberto Werneck.

1998

A coleção “Perfis do Rio”, editora Relume Dumará, lança “Hélio Pellegrino, a paixão
indignada”, de Paulo Roberto Pires.

2003

A editora Planeta publica o livro “Meditação de Natal”.

2004

A editora Bem-Te-Vi publica “Arquivinho de Hélio Pellegrino".

Sai, pela editora Planeta, “Lucidez Embriagada”, organização de Antônia Pellegrino, neta do
autor.

Foi pensando na morte de Hélio que a escritora Lya Luft escreveu esses versos, logo após sua
morte. Segundo ela, para reviver um grande amor entre dois pássaros "varados em pleno
vôo".

(...)

Insensato eu estar aqui, e viva.

O rosto dele me contempla

vincado e triste no retrato sobre minha mesa;

em outros, sorri para mim, apaixonado e feliz.

Insensato, isso de sobreviver:


mas cá estou, na aparência inteira.

Vou à janela esperando que ele apareça

e me acene com aquele seu gesto largo e generoso,

que ao acordar esteja ao meu lado

e que ao telefone seja sempre a sua voz.

Sei e não sei que tudo isso é impossível,

que a morte é um abismo sem pontes

(ao menos por algum tempo).

Sobrevivo, mas pela insensatez. (...)

("O lado fatal", Editora Siciliano - São Paulo, 1988).

Dados extraídos dos livros "Hélio Pellegrino", Perfis do Rio, de Paulo Roberto Pires, Relume
Dumara, 1998; "Lucidez Embriagada", Editora Planeta - 2004, organização de Antonia
Pellegrino, e sites da internet.

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:SS0LS5KX7SQJ:pt.wikipedia.org/w
iki/H%C3%A9lio_Pellegrino+Helio+Pelegrino&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:NP20gUnjGaYJ:www.releituras.co
m/helpellegri_bio.asp+Helio+Pelegrino&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

http://www.releituras.com/helpellegri_bio.asp

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