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Stout, G, F. The Object of Thought and Real Being.

Proceedings of the Aristotelian Society, New


Series, Vol 11 (1910-11), pp. 187-205. (Notes on the Views of Mr. Bradley and Mr. Russell)

Notas sobre as concepções do Sr. Bradley e do Sr. Russell

Sinto que a discussão precedente precisa ser suplementada por alguma referência às
concepções relevantes do Sr. F. H. Bradley e do Sr. Bertrand Russell. No que concerne à questão
presente, minha divergência com o Sr. Bradley é mais pronunciada e enfática. Minha posição é que
o que quer que seja pensado, na medida em que é pensado, é portanto real. Sua posição é de que o
que quer que seja pensado, na medida em que é pensado, é portanto irreal. O motivo dessa oposição
direta parece estar na visão diferente do que tomamos pela distinção e conexão entre pensamento e
sentimento. Para mim, pensamento e sentimento, embora necessariamente unidos na inseparável
unidade do conhecimento, são radicalmente díspares em sua natureza, de modo que, se uma vez os
supusermos separados, eles nunca poderiam ter nada que ver um com o outro. O Sr. Bradley, em
contrapartida, trata pensamento como sentimento transformado de uma certa maneira. De modo
mais preciso, ele considera pensamento como sentimento “mutilado”. A mutilação consiste
ultimamente no divórcio entre a natureza ou “conteúdo” do sentimento e sua existência. Além disso,
todo o desenvolvimento da consciência pensante resolve-se em um esforço para reconstituir a
unidade que ela destruiu. Mas, uma vez que seu próprio ser é constituído pelo rompimento dos
termos que ela busca juntar, seu sucesso seria suicídio. Segue-se inevitavelmente desta teoria que o
pensamento deve ser, enquanto tal, irreal. Pois, se pensamento é sentimento transformado, o que é
pensamento só pode ser real na medida em que é sentido. Ora, a única realidade que pode pertencer
ao sentimento, enquanto tal, é existência real tal como pertence a uma dor de dente ao ser realmente
sentida.
Minha divergência com Bradley é, assim, uma divergência na pressuposição última com a
qual abordamos o problema da verdade e do erro. Minha discordância com Russell, por outro lado,
é comparativamente uma questão de detalhe. As seguintes proposições fundamentais são aceitas por
nós dois:

1. O que está realmente diante da mente como um objeto do pensamento (esteja ele também
existencialmente presente ou não como uma experiência imediata) realmente é e não é
meramente pensado.
2. Portanto, a verdade não pode ser meramente constituída pela realidade do que assim está
diante da mente no ato de julgar; pois, se assim fosse, nunca poderia haver qualquer erro.
3. Ao menos em alguns casos, a verdade de um juízo pode consistir completa ou parcialmente
no ser do que está diante de mente e pro tante o juízo é incapaz de ser falso.
4. Onde um juízo é capaz de ser falso, sua verdade ou falsidade é essencialmente condicionada
pela presença ou ausência de uma certa relação entre o que está diante da mente no julgar e
o que não está.

Nossa divergência começa quando temos que assinalar a natureza desta relação entre o que
está e o que não está diante da mente. Minha posição é que o que está diante da mente em juízos
possivelmente errôneos é uma alternativa possível, e que o que é requirido para fazer com que o
juízo seja verdadeiro é a identidade dessa alternativa com a alternativa que se realiza. Isso é assim
pois julgar envolve crer, e porque a atitude mental ao se crer, na medida em que ela difere do
descrer ou do mero supor, é idêntica nos casos em que o que está diante da mente é apenas uma
alternativa possível ou seu real preenchimento. Por conseguinte, se a alternativa crida é outra que a
alternativa realizada, a crença “discorda da realidade” – em outras palavras, é falsa.
A explicação do Sr. Russell segue uma trilha bem diferente. Ela é fundada em uma distinção
entre relações duais e múltiplas. Em uma relação dual, um termo A relaciona-se com outro termo B.
Em uma relação múltipla, um terma A relaciona-se não com um termo uno, mas com uma
pluralidade enquanto tal. Se os outros termos são B, C, D, não devemos supor que estes estão
unidos entre si em um complexo uno, e que é com este complexo que A se relaciona. Pois isto
produziria apenas uma relação dual. Nem é suficiente que A deva estar separadamente relacionado
com B e também separadamente relacionado com C, bem como com D; pois isto não seria uma
relação múltipla, mas três relações duais distintas. O que se requer é que A deva estar relacionado
de um só golpe com todos os três em sua multiplicidade. O Sr. Russell dá um exemplo: A ama B em
Junho. Aqui, A relaciona-se enquanto amante a todos os três termos B, Junho e em. Mas ele não está
relacionado separadamente com cada um deles. Pois não se diz dele que ele ama Junho ou a relação
temporal expressa pela preposição “em”. Ele tampouco está relacionado, enquanto amante, a um
todo uno contendo B e em e Junho como seus constituintes. Pois não há tal todo em nenhum sentido
relevante. A existência de B em Junho pode, na verdade, ser um complexo uno. Mas não é a
existência de B em Junho que se diz que A ama quando se diz que ele ama B em Junho. B e em e
Junho de fato entram em um complexo uno, mas apenas sob a condição de que este complexo deva
também incluir A e a relação de amar.
Ora, eu não vejo razão para questionar a validade da distinção entre relações duais e
múltiplas. Mas eu tenho uma grande dificuldade em seguir a tentativa do Sr. Russell de aplicá-la de
modo a explicar a distinção entre juízos verdadeiros e falsos. Sua posição pode ser colocada da
seguinte maneira: julgar é sempre uma relação da mente que julga para com o que ela assere ou
acredita. Mas no mero juízo, à parte da percepção real, o que é crido não é uno. É sempre uma
pluralidade enquanto tal, e a relação da mente com esta pluralidade é múltipla, e não dual. Assim, se
o que é crido é “que A ama B”, “que A ama B” não é uma unidade em si mesma constituindo um
objeto uno de crença. A e amar e B são três itens distintos que não estão conectados em um todo
complexo. Há apenas um todo complexo, a saber, aquele que inclui, além de A e amar e B, a mente
e a relação múltipla de crer. Agora segue a explicação da diferença entre entre uma crença
verdadeira e uma falsa. O que é crido deve conter ao menos um item que é ele próprio uma relação.
No juízo como tal esta relação não não relaciona realmente os outros itens de modo a formar um
complexo uno. Mas pode ser que, na realidade, à parte do processo de julgar, há um complexo real
no qual a relação de fato relaciona os outros itens. Quando isto ocorre, a crença é verdadeira; caso
contrário ela é falsa. Se o que é afirmado é que A ama B, a relação de julgar não relaciona raelmente
A e B dentro do juízo. Mas se A de fato ama B, há um complexo à parte da mente no qual a relação
de amar de fato relaciona A e B. Isto faz do juízo um juízo verdadeiro.
Passando para a crítica, temos que lidar primeiramente com a teoria da natureza do juízo e
então com a aplicação o problema do erro. No que tange à primeira questão, pode-se argumentar, a
partir da própria explicação do Sr. Russell do assunto, que os diversos itens com os quais a mente
está relacionada no julgar têm sim uma unidade própria e são apreendidas como tendo uma unidade
própria distinta daquela do todo complexo formado pela mente que julga e seu objeto. O que parece
a meu ver decisivo deste ponto é o requerimento de que não apenas um dos itens deva ser ele
próprio uma relação, mas que ele deva ter um “sentido” ou direção com referência aos outros
termos. A crença de que A ama B é diferente da crença de que B ama A; e a diferença, tal como o
próprio Sr. Russell expressamente reconhece, só pode ser explicada dizendo que, no primeiro caso,
a relação de amar é apreendida como procedendo de A para B e, no segundo caso, como procedendo
de B para A. Isso parece fatal para a visão de que nada uno está diante da mente no juízo exceto o
complexo formado pela mente que julga e a multiplicidade de objetos com os quais ela se relaciona.
No seu trabalho publicado, o Sr. Russell não nota esta dificuldade. Mas em uma correspondência
recente que tivemos, ele escreve assim: “No que concerne ao sentido da relação r no juízo A r B,
você aponta para algo que já tinha me ocorrido. Mas isso é superado por uma ligeira reformulação
da explicação do sentido do juízo, e esta reformulação é, em todo caso, necessária à minha teoria.
Nunca deve haver, até onde agora percebo, nenhuma relação tendo um sentido em um complexo,
exceto a relação relacionante daquele complexo; assim, no ato de julgar A r B, o sentido deve estar
confinado ao julgar, e não deve aparecer em r. Mas, sendo uma relação múltipla, o sentido de julgar
não é meramente duplo (twofold) como o de uma relação dual, e a relação de julgar sozinha pode
arranjar os termos na ordem Mente, A, r, B, em contraste com Mente, B, r, A. Isto tem o mesmo
efeito que se r tivesse um sentido no juízo, e fornece tudo que é desejado sem ser rude com respeito
à tua objeção.” Ora, esta explicação, a meu ver, está infectada por uma ambiguidade. O que o Sr.
Russell quer claramente dizer é que a multiplicidade que é o objeto do juízo não tem absolutamente
unidade em si mesmo, e que a única unidade é a do complexo que inclui, juntamente com essa
multiplicidade, a mente que julga. Mas a mim parece que ele desliza inconscientemente para uma
posição essencialmente diferente, a saber, a posição segundo a qual, embora a multiplicidade de
objetos tenha uma unidade própria, esta unidade é, de alguma maneira, derivada da relação com a
mente que julga. Na primeira metade da passagem citada ele expressamente assere a primeira
concepção; na outra metade ele parece cair na segunda concepção. Por uma questão de completude,
vamos considerar as duas alternativas separadamente. Na primeira, não apreendemos realmente a
relação de amor como procedendo de A para B ao invés de proceder de B para A. O que
apreendemos é, presumo, a relação de julgar passando de A para amar e de amar para B, ao invés de
passar de B para amar e de amar para A. Mas é claro que isto não é o que queremos dizer quando
asserimos que A ama B. Se fosse, não poderíamos fixar a atenção em A enquanto amando B sem eo
ipso e pro tanto fixar a atenção em nossas próprias mentes e no ato de julgar ou crer. Por
conseguinte, o juízo poderia somente assumir a forma “Eu acredito que A ama B”, nunca a forma
“A ama B”. Além disso, se quisermos evitar um regresso vicioso, mesmo nesta forma o juízo nunca
seria meramente juízo, mas também incluiria uma percepção da mente como crendo. A segunda
alternativa é sugerida é sugerida pelo enunciado do Sr. Russell que “a relação de julgar sozinha
pode arranjar os termos na ordem Mente, A, r, B”, e que isto tem o mesmo efeito que se r tivesse um
sentido no juízo. Tal linguagem é naturalmente interpretada como querendo dizer que a “relação de
julgar sozinha”, na medida em que constitui o complexo total Mente, A, r, B, constitui dentro dela a
unidade subordinada A, r, B, no qual r tem um sentido com referência a A e B. Além disso, embora
o Sr. Russell não pretenda realmente avançar esta posição como a sua, uma confusão entre as duas
concepções tende a fazer com que sua própria posição tenha uma plausibilidade que ela não
possuiria de outra maneira. A própria doutrina não suportaria exame sequer por um momento a
partir do próprio ponto de vista de Russell. Se A r B é realmente pensado como uma unidade, e r é
realmente apreendido como tendo um sentido, então, de acordo com o postulado com o qual toda a
discussão começa, r deve, de fato, ter sentido e A r B deve, de fato, ser uma unidade. Portanto, o
juízo não pode ser falso; pois ele produz a condição de sua própria verdade. Este é seu “efeito”.
A aplicação do Sr. Russell de sua própria teoria do juízo como estritamente interpretada para
explicar explicar a distinção entre verdade e erro também parece apontar para um resultado que é
incompatível com seus princípios fundamentais. Não devemos nos esquecer de que, de acordo com
ele, os A e r e B que estão presentes à mente no juízo são os A e r e B reais tais como existem, e não
“ideias” ou representações ou mesmo meras possibilidades. Se eu penso de A enquanto amando B,
A e amor e B devem realmente existirem, e é a sua real existência que eu apreendo. Mas, enquanto
apreendidos, eles são uma mera multiplicidade sem unidade; eles apenas formam parte do complexo
total que inclui também a mente e o ato de julgar. Como então eles podem formar uma unidade à
parte da mente, tal como eles devem fazê-lo se o juízo deve ser novo? Como eles podem fazê-lo
exceto por meio de uma condição unificadora?
Ora, a condição unificadora não pode ser sua própria realidade, pois, enquanto apreendidos,
eles já são reais. O que ela é, então? A única resposta óbvia é que ela deve ser outra mente. Mas
mesmo isto não os tornaria uma unidade; isto apenas forneceria o que é requerido para completar
um complexo dentro do qual eles cairiam como constituintes parciais. Tudo se passa como se o Sr.
Russell, o realista descompromissado, estivesse aqui inconscientemente se movendo na direção de
um idealismo muito reprimido. Este é, é claro, apenas um argumentum ad hominem. Eu mesmo não
considero a tendência idealista de uma teoria como um reductio ad absurdum. Mas, no que
concerno o Sr. Russell, certamente parece-me que, de sua presente posição, o tratamento duro e
pouco simpático que ele deu às doutrinas idealistas de Leibniz não deveria ser mais possível.

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