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VEDAÇÕES VERTICAIS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE GESSO PARA ESTRUTURAS


APORTICADAS DE CONCRETO ARMADO-projeto, execução e desempenho
Documento Técnico 001-09/LTH/ITEP

VEDAÇÕES VERTICAIS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE GESSO PARA


ESTRUTURAS APORTICADAS DE CONCRETO ARMADO-projeto,
execução e desempenho
WALLS MASONRY IN THE BLOCK OF PLASTER FOR STRUCTURAL FRAME OF
REINFORCED CONCRETE:design, implementation and performance

Carlos Welligton de Azevedo Pires Sobrinho .


Msc Eng Civil CREA 50.986-D RJ, MAT 598-ITEP

Resumo
As vedações verticais em alvenaria em blocos de gesso apresentam vantagens em relação às
tradicionais alvenarias em blocos cerâmicos e de concreto no que diz respeito ao peso na
estrutura; as dimensões na área plana, ao acabamento e facilidade de embutir as redes de
instalações, na produtividade e diminuição das etapas e insumos de execução e no tempo total
para recebimento do acabamento final.
Apesar dessas vantagens existem poucas empresas que utilizam este tipo de vedação. Uma das
principais razões decorre do pouco conhecimento do desempenho deste subsistema nas
edificações, da falta de conhecimento técnico sobre projeto e execução e de exemplos de casos
que mostrem resultados satisfatórios com aplicação dessa tecnologia de vedação.
Este artigo apresenta os elementos básicos para o desenvolvimento de projetos de vedação
vertical em alvenaria de blocos de gesso para edificações aporticadas em concreto armado, bem
como detalhes construtivos e de projeto. Apresenta também resultados de avaliação de
desempenho, segundo a NBR 15575 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos –
Desempenho em elementos divisórios de um edifício residencial no Recife.
Palavra-Chave: Vedações verticais, alvenaria em blocos de gesso, projeto de divisórias, avaliação
de desempenho.
.

Abstract
Masonry in vertical blocks of gypsum have advantages over the traditional ceramic blocks in
masonry and concrete with regard to the weight in the structure, the dimensions in the flat, the
finish and ease of embedding networks of facilities, productivity and reduction of inputs and steps
of implementation and the total time to receipt of final finishing.
These advantages there are few companies that use this type of wall. the main reason stems from
the little knowledge of the performance of this sub-system in the buildings, the lack of technical
knowledge on design and implementation and examples of cases showing satisfactory results with
application this technology for sealing.
This article presents the basic elements stop the development of projects in vertical sealing
masonry blocks of gypsum for structural frame in reinforced concrete buildings, as well as
constrictive and project details. Also presents results of performance evaluation, according to NBR
15575 - residential buildings of five floors - Performance in parting elements of a residential
building in Recife.
Keywords: Masonry in blocks of gypsum, vertical sealing, Performance in elements

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APORTICADAS DE CONCRETO ARMADO-projeto, execução e desempenho
Documento Técnico 001-09/LTH/ITEP

1. Apresentação
Este documento expressa uma opinião do ITEP tendo por base os resultados de estudos,
pesquisa e aplicação em sistemas construtivos em gesso. Tem como objetivo subsidiar ao
corpo técnico da CAIXA no sentido de aprovar este sistema construtivo nas vedações
internas de edifícios, sendo para isso necessários o desenvolvimento de projetos que
contemplem a compatibilização com projetos estruturas, arquitetura e de instalações,
além da realização de ensaios de caracterização e recebimento dos componentes e da
realização de ensaios de desempenho estrutural, como recomendados pela NBR 15575
da ABNT.
O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP-OS), organização social sem fins
econômicos, é um centro de referência regional na oferta de soluções tecnológicas para o
setor produtivo, visando à modernização e ao desenvolvimento sustentável de
Pernambuco e da Região Nordeste. Criado em 1942, o ITEP atua no atendimento às
principais demandas dos setores econômicos estratégicos do Estado e do Nordeste,
priorizando as propostas que promovem a redução de desigualdades tecnológicas
regionais e a inclusão social, através da geração de novos empregos e novos
empreendimentos, além da melhoria de competitividade tecnológica dos
empreendimentos já existentes e dos arranjos produtivos locais.
O ITEP vem desde 1999 desenvolvendo avaliações de desempenho de sistemas
construtivos inovadores para habitação. Neste período avaliou o desempenho de
segurança estrutural e conforto térmico em 05 diferentes sistemas construtivos, dentre
estes sistema construtivo AM alvenaria de blocos de gesso.
O ITEP desenvolveu recente uma Referência Técnica para o sistema construtivo de
construção de casas térreas em alvenaria de blocos de gesso, que está em sua ultima
fase de acreditação junto a CAIXA.
O ITEP sedia a Comissão de Estudos para Normalização do Gesso na construção civil da
ABNT, contando com laboratórios de análise de materiais e componentes e de
laboratórios de desempenho estrutural.
O ITEP é a entidade gestora da INCUBATEP, sendo esta a primeira incubadora de
empresas de base tecnológica de Pernambuco, criada em 1991. A INCUBATEP tem
como objetivo apoiar o desenvolvimento e a consolidação de empresas inovadoras de
base tecnológica, contribuindo para a criação de uma cultura empreendedora e o
fortalecimento da economia do Estado de Pernambuco, por meio do fornecimento de
infra-estrutura de apoio ao desenvolvimento de novos produtos e serviços.
A motivação para o desenvolvimento do presente artigo surgiu a partir da recente política
de apoio ao fortalecimento empresarial e à criação de novas empresas, a partir do
desenvolvimento de parcerias e colaborações ITEP-Empresas. Em particular para este
estudo, a demanda foi originada por uma das empresas incubadas pela INCUBATEP, que
desenvolve projetos e processos para produção de vedações internas com blocos de
gesso, compatibilizados com todas as interfaces existentes (instalações elétricas e
hidráulicas, concepção estrutural e arquitetônica).Dentre as empresas incubadas pela
INCUBATEP destaca-se a A5-Engenharia, que tem como missão desenvolver projetos e
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processos para produção de vedações internas com blocos de gesso, compatibilizados


com todas as interfaces existentes (instalações elétricas e hidráulicas, concepção
estrutural e arquitetônica).

2. Introdução
Ao longo dos anos, mais notadamente a partir dos anos 80, as estruturas aporticadas de
concreto apresentaram significativas evoluções: a) as ferramentas de cálculo,
acompanhando a evolução computacional, possibilitam maior domínio no trato das
tensões e deslocamentos; b) As normas técnicas apresentam evolução, a NBR 6118 é
exemplo; c) avanços nos sistemas de forma e armação saíram da forma artesanal em
canteiro para o processo de pré-montagem; d) a tecnologia do concreto mudou
significativamente com os aditivos e adições. Com isso as estruturas avançaram, são hoje
projetadas com maior altura(maior número de pavimentos), grandes vãos, com lajes mais
extensas e menor quantidade de vigas, ficaram assim mais deformáveis, mais sensíveis
às cargas verticais(peso próprio e sobrecargas) e a ação do vento.
Nessas edificações as paredes divisórias exercem importante função no travamento da
estrutura e conseqüente aumento da rigidez do conjunto (pórtico + alvenaria), diminuindo
de sobremaneira o deslocamento horizontal no topo da edificação(SILVA 2007, DIAS e
OLIVEIRA 2007, ALVARENGA 2002).
Por outro lado, as alvenaria divisórias tradicionais em blocos cerâmicos ou de concreto
assentadas e revestidas com argamassa pouco evoluíram tecnologicamente, algumas
tentativas de racionalização e maior controle foram aplicadas com sucesso, mais
efetivamente pouco em relação ao avanço das estruturas.
Neste contexto as alvenarias internas em blocos de gesso apresentam um grande avanço
em relação as tradicionais alvenarias em blocos cerâmicos e de concreto no que diz
respeito à diminuição do peso na estrutura; aproveitamento maior da área plana interna,
melhor acabamento e facilidade de embutir as redes de instalações, maior produtividade e
diminuição das etapas e insumos de execução, e no tempo total para recebimento do
acabamento final.
Apesar dessas vantagens existem poucas empresas que utilizam este tipo de alvenaria
nas vedações internas das edificações. As principais razões decorrem do pouco
conhecimento do desempenho deste sub-sistema, da falta de conhecimento técnico sobre
projeto e execução e de exemplos de casos que mostrem resultados satisfatórios com
aplicação desta tecnologia de vedação.

3. Comparativo entre os tipos de alvenarias


3.1 Comportamento compressivo
As alvenarias em blocos de gesso são mais leves, variando entre 0,6 KN/m 2 à 1,0 KN/m2,
quando comparadas as alvenaria tradicionais em blocos cerâmicos revestidos com
argamassa, que variam entre 1,2 KN/ m2 à 1,8 KN/ m2, contribuindo para diminuição das

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cargas permanentes nas lajes/vigas. Esta diminuição também influencia na redução das
flechas imediatas e deformação lenta das lajes de concreto.
No que se refere à resistência e módulo de deformação, ensaios realizados com
paredinhas de 0,6m x 1,2m x 0,10m em blocos de gesso assentados com gesso cola
(PIRES SOBRINHO 2007) e em alvenaria de blocos cerâmicos (9,0cm x 19,0cm x
19,0cm) assentados com argamassa mista de cimento e cal no traço volumétrico 1:1:6,
revestidas apenas com chapisco de cimento e de alvenarias revestidas com 3,0cm nos
dois lados com argamassa mista de cimento e cal no traço 1:2:9 (PIRES SOBRINHO et
al 2009) foram obtidos os resultados médios apresentados na tabela 01.

TABELA 01- Resultados em paredinhas


Carga Tensão na
Paredinhas 0,6m x 1,2m x esp. Rigidez*
ruptura ruptura (MPa)
(KN.m/m)
(KN)

Alvenaria de blocos de gesso (esp. 21,40 3,57 81.000


10cm)
Alvenaria blocos cerâmicos chapiscada
8,49 1,41 21.600
(esp. 10cm)
Alvenaria de blocos cerâmicos
15,65 1,74 48.000
revestida com argamassa (esp. 15cm)
Projetos e pesquisa ITEP
As figuras 01 e 02 mostram aspectos de alguns ensaios de resistência á compressão de
paredinhas ensaiadas em pórtico de reação com controle de deformação.
Observa-se que as alvenarias em blocos de gesso apresentam rigidez 69% maior que as
alvenarias de blocos cerâmicos revestidas com argamassa, devendo desta forma
concentrar igual proporção nas tensões. Por outro lado, a resistência das alvenarias em
blocos de gesso de 100mm de espessura apresentam o dobro da capacidade resistente
das paredes, respondendo satisfatoriamente no comportamento global.

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a)paredinha em alv. de blocos cerâmicos revestida b)paredinha em alvenaria de blocos de gesso


FIGURA 1- Aspecto de paredinhas em bloco cerâmicos e em blocos de gesso ensaiadas

a)Paredinha de alv. De blocos cerâmicos revestida b) Paredinha de alvenaria de blocos de gesso


FIGURA 2 - Resultados de ensaios das paredinhas (projetos e pesquisa ITEP)

3.2 Comportamento estrutural


No sentido de comparar a influência dos dois tipos de alvenaria divisória interna em
edifícios, foram analisadas em modelo de cálculo computacional de dimensionamento de
uma estrutura mantidas as dimensões e posições dos elementos estruturais(pilares, vigas
e lajes) na qual foram observadas as alterações nas armaduras de pilares e vigas,
mantendo as formas destes elementos constante, e armadura e o volume de concreto da
fundação de um mesmo edifício com mesma planta(CIARLINI, et al 2001).

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O edifício analisado possui seis apartamentos, por pavimento, compostos por sala,
quarto, banheiro e cozinha, com lâmina 17,05 m x 15,30 m. A figura 3 apresenta a lâmina
de um pavimento tipo da edificação analisada.
Na análise do comportamento da estrutura foram seguidos os procedimentos usuais de
projeto, cálculo e detalhamento das estruturas de concreto armado, respeitando-se os
preceitos das normas técnicas pertinentes, em especial os da NBR-6118/80 – “Calculo e
execução de estruturas de concreto armado”, da NBR – 6120/80 “Cargas para o cálculo
de estruturas” e da NBR – 6123/87 – “Forças devidas ao vento em edificações”,
considerada uma velocidade básica de vento (V0) de 30 m/s.
Nas análises da estrutura foram consideraram as alturas: 6, 10, 14, 18 e 22 pavimentos,
todos com a mesma planta baixa. A comparação das cargas nas fundações para estes
prédios foi feita considerando somente as cargas verticais, já que as cargas horizontais e
os momentos fletores são os mesmos em todos os casos.

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FIGURA 3- Disposição dos pilares na edificação- detalhe do lay out de um apto tipo

Na tabela 2, estão apresentados os resultados dos quantitativos das cargas totais nas
fundações, a armadura total da estrutura e o volume de concreto da fundação, bem como
a análise de custos, tomando por base o valor praticado por tabela EMLURB jan/2009.
Nesta tabela a indicação de : 6, 10, 14, 18 e 22, refere-se aos prédios com 6, 10, 14, 18 e
22 pavimentos com alvenaria de blocos cerâmicos nas paredes internas e externas;
As indicadas com 6G, 10G, 14G, 18G e 22G, refere-se aos prédios com 6, 10, 14, 18 e 22
pavimentos com paredes internas de blocos de gesso e externas com blocos cerâmicos.

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TABELA 2- Quantitativos e de análise de custos


Tipo Armadura nas estruturas Concreto nas fundações Cargas nas fundações
(t) (R$) % (m3) (R$) %
6 17 110500 41,9 50280 1.386

6G 15 97500 -11,8% 30,9 37080 -35,6% 1.158

10 35 227500 101,68 122016 2.697

10G 30 195000 -14,3% 78,32 93984 -29,8% 2.308

14 55 357500 166,02 199224 3.927

14G 49 318500 -12,2% 125,79 150948 -32,0% 3.315

18 84 546000 238,64 286368 5.093

18G 72 468000 -14,3% 180,54 216648 -32,2% 4.317

22 114 741000 322,96 387552 6.282

22G 101 656500 -11,4% 244,62 293544 -32,0% 5.309


(CIARLINI 2001)
Os resultados mostram que é possível reduzir em média 15% nas cargas totais da
fundação com a utilização de paredes internas em alvenaria de blocos de gesso em
substituição as paredes tradicionais.

3.3 Comparativo econômico


A economia de custo e tempo produzida com a opção tecnológica de utilizar paredes
internas em alvenaria de blocos de gesso em substituição as paredes tradicionais pode
ser avaliada tanto na estrutura quanto nas construções das paredes internas.
No que se refere a economia na estrutura, a tabela 2 mostra que é possível reduzir entre
11,8% à 14,3% dos custos com a armadura da superestrutura e entre 29,8% à 35,6% nas
fundações.
No que se refere a produção das alvenarias internas, a tabela 3 mostra que a
produtividade dos serviços de construção de paredes acabadas em alvenaria de blocos
de gesso é 67% maior que a soma dos serviços necessários a conclusão das paredes
com a tecnologia tradicional, além disso, a alvenaria em blocos de gesso apresenta um
número de atividades, uma movimentação de material no canteiro, e o tempo total das
atividades para conclusão dos serviços bem menor.

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TABELA 3- Produtividade nas atividades das alvenarias internas


Tempo de
Produtividade
Sistema Serviços envolvidos serviço acabado
(hora / m2)
(hora / m2)
Elevação(marcação, elevação,
0,45
tubulação e cxs elétricas
Alvenaria em
1,13
bloco cerâmico Chapisco 0,08
Emboço 0,45
Aparelhamento e pintura 0,15
Elevação 0,36
Alvenaria de Colocação de tubulação
0,20 0,68
blocos de gesso e cxs elétricas
Aparelhamento e pintura 0,12
(*)Levantamento realizado em obra de edf. no Recife, jan/09 (MENDONÇA 2008)
Na avaliação dos custos unitários diretos para execução dos serviços a diferença não é
significativa, sendo 5,2% a favor da alvenaria tradicional em blocos cerâmicos revestidos
com argamassa, ver tabela 4. Porém se levar em consideração o ganho de área, em torno
de 2,3%, na menor espessura das grades de porta e a possibilidade de poder ser
construída o revestimento de piso antes da execução das paredes de alvenaria em blocos
de gesso, com sensível economia de material e mão de obra, as vantagens desse
sistema é bem maior.
TABELA 4- Custos unitários de execução dos sistemas
Sistema Serviços envolvidos Custos Unitário Custo Total
2
(R$ / m ) (R$ / m2)
Elevação(marcação, elevação, tubulação
22,96
e cxs elétricas
Alvenaria em
Aperto na alvenaria 1,63 43,23
bloco cerâmico
Chapisco 1,69
Emboço sarrafedo/desempenado 8,38
Aparelhamento e pintura 8,57
Elevação 36,20
Alvenaria de Fixação alvenaria/laje 0,41
blocos de Colocação de tubulação 45,51
1,60
gesso e cxs elétricas
Aparelhamento e pintura 7,30
(*)Levantamento realizado em obra de edf. no Recife, considerando custo direto e indireto, jan/09 (MENDONÇA 2008)

4. Sistema construtivo de divisórias internas em alvenaria de blocos


de gesso
O sistema construtivo em alvenaria de blocos de gesso é constituído de blocos
premoldados intertravados de dimensões nominais de 50 cm x 66,7cm x esp. As
espessuras comercializadas no País são de 7cm(vazado ou compacto) e 10cm(compacto)
unidos com fina camada de cola de gesso. A figura 5 mostra detalhes destes produtos.

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a)Bloco vazado b)Bloco compacto(maciço) c) Cola de gesso


FIGURA 4- Aspectos dos componentes do sistema

4.1 Aspectos construtivos


As principais características técnicas das alvenarias em blocos de gesso, tais como:
• Dimensões grandes (três blocos forma um metro quadrado de área) eleva a
produtividade;
• Precisão milimétrica, com superfícies planas e encaixes macho-fêmea facilita a
elevação das paredes e a conferência do alinhamento e planicidade;
• A união dos blocos se faz com fina camada de cola de gesso, não necessitando
de controle de espessura de junta, facilitando a aplicação e o controle;
• Possibilita corte com serrote/serra com praticidade e precisão, as sobras são
facilmente reaproveitadas na própria elevação, gerando pouco resíduo;
• Instalações elétricas podem seguir os vazios dos blocos ou em rasgos na
alvenaria, com facilidade e rapidez;
• As alvenarias podem ser aplicadas sobre piso pronto, sem necessitar de
apicoamento, possibilitando sua remoção. Aumentando a produtividade e redução
de trinchos em pisos;
• A cola de gesso possui excelente aderência entre blocos de gesso e com outros
materiais(concreto, cerâmica. Madeira, materiais fibrosos, etc);
• Deve-se evitar contato direto entre componentes de gesso com componentes
ferrosos.
Detalhes do processo de construção de paredes internas em alvenaria de blocos de
gesso são mostradas nas fotos 1a à 1i. (Treinamento A5-engenharia)

a) marcação primeira fiada- b) colocação primeira fiada c)corte de blocos para


detelhe linha guia fixados com cola de gesso amarração
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d)assentamento das primeira e)detalhe blocos sobre vão f)construção de shaft


fiadas-blocos hidrofogos de porta

g)encontro de paredes- h)fixação de parede com i)fixação de parede com


detalhe blocos distintos espuma de poliuretano isopor e cola de gesso
FOTOS 1a à 1i- Detalhes das etapas do sistema construtivo em alvenaria de blocos de gesso

4.2 Detalhes de projeto


O desenvolvimento de um projeto para construção de paredes internas de edifícios
cumpre importante papel no desempenho do sistema construtivo e integração com os
demais projetos que compõe a edificação.
No desenvolvimento do projeto é possível interagir com os demais projetos
(arquitetônico, Instalações, estrutural e de revestimento) de forma a compatibilizar e
desenvolver um projeto executivo para a construção da edificação.
Há algumas premissas importantes a serem consideradas no desenvolvimento de um
projeto de alvenaria de blocos de gesso:
• Há de conhecer as deformações potenciais da estrutura para evitar concentrar
esforços demasiados (acima do limite de serviço) e/ou localizados nas paredes. As
deformações das lajes, tanto as imediatas quanto as lentas(previstas) deve ser
consideradas para dimensionar a altura da fixação parede/laje. As deformações
laterais, devido ação do vento, devem ser consideradas no desenvolvimento do
projeto estrutural, de forma a utilizar o travamento destas paredes no
comportamento da estrutura, sem no entanto ultrapassar a capacidade resistente
das alvenarias, mantendo um reserva de segurança;

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• Considerar os limites e a aplicação do sistema. Aspectos técnicos apresentados


em THIÉBAUT (1999) e DOMINGUEZ & SANTOS(2001),podem ser tomados
como referência;
• Considerar o projeto de alvenaria como compatibilizador dos demais projetos que
compõe a edificação;
• Modular as alvenarias de forma a aproveitar o maior número de blocos inteiros,
evitar amarração inferior ao mínimo necessário, iniciar a disposição dos blocos
pelos vãos de porta e evitar a utilização de vergas desnecessárias;
• Estudar as ligações paredes de blocos de gesso com alvenaria de contorno e com
elementos estruturais (pilares, vigas e lajes); com a utilização ou não de juntas
com contato e/ou telas na superfície.
• Utilizar tipos de blocos com características hidrofugantes para a primeira fiada e
áreas molhadas, detalhando a impermeabilização.
• Detalhar a forma de fixação de portas, instalações e shafts,;
• Especificação das paredes em cota na planta de primeira fiada;
• Locação das paredes conforme eixo de estrutura ou eixo próprio para alvenaria;
• Modulação de cada parede, indicando interface com as redes de instalações, bem
como a disposição de blocos, quadro de quantidades e alternativas de
reaproveitamento
Principais detalhes de projeto são mostradas nas figuras 6 á 9.(projetos A5-Engenharia)

FIGURA 6-Modulação de parede com vão de porta e especificação

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FIGURA 7- Modulação de uma parede- detalhe

As juntas de ligação estrutura-parede devem ser dimensionadas para possibilitar a deformação


vertical total prevista para cada parte da estrutura.

FIGURA 8 – Detalhes de ligação estrutura-parede em blocos de gesso


A bandagem de tela poliéster aplicada nos encontros de materiais distintos tem a função
de prevenir e dissipar fissuras de ligação entre elementos da edificação.

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FIGURA 9- Detalhes de encontros com parede de alvenaria e com estrutura

5. Análise de desempenho do sistema


Objetivando avaliar o desempenho de paredes construídas em blocos de gesso, foi
aplicada a metodologia preconizada na norma NBR15575-2-Edifícios habitacionais de até
cinco pavimentos - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais.
Os testes de desempenho foram realizados em paredes de alvenaria de blocos de gesso
vazado de 7mm de espessura, construídas em ambientes internos de apartamentos do de
um edifício residencial na cidade do Recife e constantes dos Relatórios Técnicos ITEP Nº s
27797 à 27980.
5.1 Desempenho de segurança estrutural ao impacto de corpo mole
Consiste na avaliação do comportamento de um trecho de parede submetida a choques,
numa seqüência de energia e quantidades pré-estabelecida, de forma a avaliar as
patologias(fissuras e destacamento) e da amplitude do deslocamento linear (instantâneo e
residual) sofridas no trecho de parede ensaiada. A figura 10 mostra o esquema de ensaio
realizado documentadas na foto 2.

FIGURA 10- Esquema de ensaio FOTO 2- Detalhe do ensaios de corpo mole realizado

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Não foram observadas fissuras ou danos significativos na parede durante a aplicação de


energia até 120J. Após o último choque de 180J foi observada fissuras e início de
destacamento no apoio superior da parede, não pondo em risco a estabilidade da parede.
Os deslocamentos máximos registrados não ultrapassaram 10mm no instantâneo e
2,0mm no residual para o choque de 240J. Os resultados estão apresentados na tabela 5.
TABELA 5- Resultados de ensaio de trecho de parede em alvenaria de blocos de gesso
Component Energia Deslocamentos
e (J) horizontais(mm)
instantâne residual Observações
o dhr
dh
Parede 60 0,0 0,0 Sem apresentar fissuras
interna 120 0,2 0,0 Sem apresentar fissuras
espessura Aparecimento de fissura e indicativo de
180 0,6 0,4
de 70mm destacamento trecho superior entre apoios
Crescimento de fissura e de destacamento no
240 1,0 0,6
trecho superior entre apoios da parede
Destacamentos localizados junto á área de
360 --- ---
impacto, fissuras sem ocorrência de ruína
Aumento dos destacamentos na região superior e
480 -- --
de impacto, fissuras generalizadas, sem a
ocorrência de ruína.
(*)Relatório Técnico ITEP-Nº29799/08-POLICONSULT
5.2 Desempenho para corpo suspenso
Consiste na avaliação do comportamento de sistemas de fixação indicados em manual
técnico de uso e manutenção da edificação. No caso foi avaliada a capacidade de fixação
do sistema de um sistema bucha-parafuso de especificação S10GKS de marca FISCHER.
O aparato de ensaio, recomendado por norma, está apresentado na figura 11 e
documentado nas fotos 3 e 4.

FIGURA 11-Aparato de ensaio FOTOS 3 e 4-Detalhes do ensaio de carga suspensa


(*)Relatório Técnico ITEP-Nº29797/08-POLICONSULT
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4.3 Desempenho de interação de portas com paredes em alvenaria de blocos de gesso


Consiste na avaliação do comportamento do sistema porta-fixação e de sua interação
com as paredes que a confina. O sistema aplicado é submetido a uma seqüência de 10
choques, conforme metodologia de norma, de forma a avaliar as patologias(fissuras e
destacamento) sofridas no sistema e na parede ensaiadas. A figura 12 mostra o esquema
de ensaio realizado documentadas nas fotos 5 e 6.

FIGURA 12-Esquema de ensaio FOTOS 5 e 6- Detalhes do ensaio realizado

A tabela 6 apresenta os resultados dos ensaios.

TABELA 6- Resultados dos ensaios de interação porta-parede


Ensaio Ação Comportamento Registro fotográfico
Formação de pequena fissura por sobre o marco Fotos 01 e 02
1º Impacto
da grade superior da porta (RT 029.798)
Formação de pequena fissura e pequeno Fotos 03 e 04
2º Impacto
destacamento (RT 029.798)
Maior nível de fissuração e diminutos
3º Impacto
destacamentos
Fechament Extensão dos destacamentos, na parte superior. Fotos 05 e 06
o brusco 4º Impacto
(RT 029.798)
Extensão dos destacamentos, na parte superior.
5º Impacto
Extensão dos destacamentos, em todo contorno Fotos 07 e 08
6º Impacto
lateral de fechamento. (RT 029.798)
Extensão dos destacamentos, em todo contorno
7º Impacto
lateral de fechamento.
Extensão dos destacamentos, em todo contorno Fotos 09 e 10
8º Impacto
lateral de fechamento. (RT 029.798)
Extensão dos destacamentos, em todo contorno
9º Impacto
lateral de fechamento.
Extensão dos destacamentos, em todo contorno Fotos 11 e 12
10º Impacto
lateral de fechamento. (RT 029.798)
(*)Relatório Técnico ITEP-Nº29798/08-POLICONSULT

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Os resultados apresentados atendem aos requisitos mínimos da Norma NBR15575-2 no


que refere aos critérios analisados.

6. Considerações Finais
As alvenarias de blocos de gesso para divisórias internas não devem ser consideradas
inovação tecnológica no País, já que há registros de casos de sucesso em prédios
altos(acima de 12 pavimentos) com mais de 10 anos em Recife e Jaboatão do
Guararapes. Porém estes sistemas eram utilizados sem a existência de projeto, e
principalmente sem a consideração desse sistema no desenvolvimento do projeto
estrutural.
Este sistema apresenta melhores resultados econômicos e maior eficácia (redução de
custos, maior produtividade, menor tempo de execução, menor desperdício e menor
geração de entulhos) se o projeto da alvenaria considerar a compatibilização dos demais
projetos (arquitetura, estrutural e de instalações) e associado a utilização de componentes
e mão de obra de boa qualidade.
O emprego do sistema de vedação vertical em bloco de gesso para edifícios aporticados,
apresenta-se como alternativa eficaz na construção de edificações, devendo ser
respeitado o comportamento compatibilizado entre sistemas, visando uma melhoria da
construtibilidade e economia na execução e de um melhor desempenho em uso.
As características e as propriedades das alvenarias em blocos de gesso, tais como:
melhor isolamento termo-acústico; maior resistência mecânica; possibilidade de
construção sobre piso pronto; possibilidade de relocação sem provocar danos maiores ao
piso, apresentam-se competitivos face às alvenarias tradicionais largamente utilizadas
atualmente.
A racionalização deste sistema construtivo é inerente a sua concepção, na medida em
que os blocos já são fabricados com sistema de encaixe. Ainda assim, avanços nesse
sentido têm sido observados, na medida em que se propõe um projeto de produção de
alvenaria específico para estes blocos. Vale ressaltar que crescem também no meio
técnico, estudos que visam o reaproveitamento de resíduos desse material.

7. Referências
ALVARENGA,R.C.S.S – Analise teórica experimental de estruturas compostas de
pórtico de aço preenchidos com alvenaria de concreto celular autoclavado. tese de
doutorado, Escola de Engenharia da São Carlos- São Carlos, 2002

CIARLINI, A.G.C. PINTO, D.l C.,. OSÓRIO, A.P. Gesso, tecnologia que reduz cargas e
custos na construção civil. Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Curitiba,
2001.

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DOMINGUEZ,L.V, SANTOS,A.G- MANUAL DEL YESO. Publicação ATEDY-Associación


Técnica y Empresarial del Yeso. CIE inversíones editoriales. 269pg. Madrid, 2001

DIAS, E.M.B, OLIVEIRA,R.A. Efeitos das alvenarias de vedação sobre o


comportamento de edifícios altos com estrutura em concreto armado. In: Congresso
de Pontes e Estruturas, 2005, Rio de Janeiro. Anais do Congresso de Pontes e
Estruturas. Rio de Janeiro : Associação Brasileira de Pontes e Estruturas, 2005. p. 1-13

ITEP. Relatórios Técnicos No 29797- 29800- Ensaios de desempenho (Corpo Suspenso,


Interação de Portas, Corpo Mole), Cliente Moura Dubeux Engenharia, Recife, maio, 2008.

MENDONÇA, L.A.C.- Divisórias em blocos de gesso. Trabalho final da disciplina


estágio supervisionado, POLI/UPE, Recife, 2009

PIRES SOBRINHO, C.W.A- Desenvolvimento de uma referência técnica para casas


térreas em alvenaria de blocos de gesso. Relatório ITEP Nº21574/21977-Recife 2007

PIRES SOBRINHO, C.W.A, OLIVEIRA,R.A, SILVA, F.A.N, ANDRADE,S.T- Influência do


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blocos cerâmicos de vedação. 5º Congresso Internacional de Patologia e Recuperação
de Estruturas, Curitiba 2009

SANTOS, E.M. Influência da alvenaria no comportamento de edifícios altos de


concreto armado. Dissertação de Mestrado da Universidade Católica de Pernambuco,
Recife, 2007

THIÉBAUT, A. LÊS CLOISONS EM CARREAUX ET PLAQUES DE PLÂTRE. Editions


S.A.E.P. 96pgs. Ingershein, França. 1999.

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