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• A locomotiva a vapor

Texto publicado em 13 de Fevereiro de 2007 - 04h42

por Sílvio dos Santos *

Caros leitores,

Hoje, iremos falar sobre a evolução da locomotiva,


fator importante na história da ferrovia.

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Um dos primeiros precursores da locomotiva a vapor


foi o veículo autopropulsor idealizado em Pequim, no
ano de 1681, pelo jesuíta francês Ferdinand
Verbiest. Em 1769, Joseph Cugnot, militar francês,
construiu em Paris um veículo a vapor destinado ao
transporte de munição. O aparecimento da
locomotiva, e com ela o das vias férreas, está
associado tradicionalmente ao nome do engenheiro
inglês Richard Trevithick.

O protótipo era muito rudimentar: tratava-se de


uma caldeira na horizontal, apoiada por quatro
rodas. Para os leigos, ela não passava de um
enorme tonel deitado, com chaminé e rodas.
Trevithick teve que fazer muita propaganda, pois
poucos viam futuro "naquilo". Até que o inventor foi
desafiado pelo proprietário de uma mina. O mineiro
queria observar o desempenho da engenhoca sobre
15 quilômetros de trilhos. Após várias tentativas,
Trevithick construiu em 1804 uma locomotiva de
quatro rodas que podia deslizar sobre trilhos de ferro
fundido. O teste foi marcado para o dia 13 de
fevereiro de 1804. Trevithick provou que sua
máquina podia transportar tanto pessoas como
materiais. No caso, a máquina de tração levou 70
pessoas e nove toneladas de carvão em cinco
vagões, além de setenta passageiros, a uma
velocidade de oito quilômetros por hora. A euforia
inicial, entretanto, durou pouco, devido a alguns
problemas. A máquina, pesada demais, logo voltou a
ser substituída pelo cavalo.

Esse feito motivou os engenheiros a estudar a


possibilidade de construir vias férreas e conjuntos de
veículos capazes de percorrê-las.

Entretanto, ficou comprovado que as rodas da locomotiva


patinavam sobre os trilhos, sem conseguir mover o trem. Não
existia uma proporção exata entre o peso da locomotiva e a
carga que deveria puxar e começou-se a buscar soluções para
a questão. Uma delas consistia em lubrificar os trilhos para
diminuir o esforço de tração, recurso que teve de ser rejeitado,
já que o óleo diminuía a aderência necessária. O inglês John
Blenkinsop propôs algo diferente: em 1812, construiu uma
locomotiva que, ao deslocar-se sobre dois trilhos de ferro
fundido, dispunha de dois cilindros verticais, que
movimentavam dois eixos unidos a uma roda dentada. Essa
roda acionava uma cremalheira, que corria entre os trilhos.

Entretanto o fator decisivo para a evolução das


ferrovias foi o trabalho do inglês George Stephenson,
mecânico das minas de Killingworth, que em 1814
construiu sua primeira locomotiva a vapor para o
trem mineiro de Killingworth. Essa máquina, a
Blücher, era capaz de puxar trinta toneladas de
carga, a uma velocidade de seis quilômetros por
hora. A inovação estrutural que solucionou o
problema da aderência consistiu em unir as rodas
por meio de correntes e fazer com que todos os
eixos participassem da tração.

Entusiasmado com seu êxito, Stephenson construiu,


entre 1823 e 1825, uma linha férrea que ligava a
pequena cidade de Stockton ao vale mineiro de
Darlington, no norte da Inglaterra. Tinha 61 km de
comprimento, via dupla em dois terços do percurso e
foi inaugurada em 27 de setembro de 1825. A partir
de então a expansão das ferrovias foi contínua,
principalmente em razão do apoio financeiro que
começou a receber em todos os países que
assistiam, naquele momento, ao começo da
revolução industrial.

Stephenson também foi encarregado de construir,


em 1829, a estrada de ferro Liverpool-Manchester,
inaugurada em 15 de setembro de 1830. Utilizou em
sua locomotiva, chamada The Rocket ("O Foguete"),
a caldeira tubular, inventada pelo engenheiro francês
Marc Séguim, que multiplicava a capacidade de
aquecimento ao fazer passar o ar quente,
procedente da combustão, através de um sistema de
tubos imersos na água da própria caldeira. A
velocidade atingida, de 32 km/h, foi considerada um
grande avanço em relação aos 24 km/h da via
Stockton-Darlington. Foi a primeira ferrovia a
conduzir trens de passageiros em horários regulares.

Locomotiva Rocket

Em meados do século XIX as rodas motrizes


passaram a ficar atrás da caldeira, o que permitiu o
uso de rodas de grande diâmetro, com sensível
aumento da velocidade. Esses avanços fizeram das
locomotivas a vapor a forma dominante de tração
nas ferrovias, situação que perduraria por mais de
um século.

Desenho dos projetos das locomotivas americanas

As locomotivas de Stephenson usadas nas primeiras


ferrovias de serviço público com o tempo
aumentaram em tamanho e potência. Também a
primeira locomotiva usada para o transporte de
passageiros na Alemanha veio de sua fábrica. Seu
nome era "Adler" (águia) e a partir de 1835 ela
passou a ligar as cidades vizinhas de Nuremberg e
Fürth, no sul da Alemanha.

Stephenson foi também quem pela primeira vez


sentiu a necessidade de padronizar as bitolas das
ferrovias do país. A bitola adotada para as ferrovias
por ele construídas - 1,435m -tinha a largura dos
eixos das carroças puxadas por cavalos, que
correspondia a 4 pés e 8,5 polegadas no sistema
inglês de medida. Esta bitola foi adotada pela
maioria das ferrovias européias, norte-americanas e
canadenses.

Locomotivas das ferrovias americanas

A construção de ferrovia difundiu-se rapidamente da


Inglaterra para o continente europeu e os Estados
Unidos. Por volta de 1870, a espinha dorsal da atual
rede ferroviária da Europa já havia sido construída.
As linhas principais e auxiliares adicionais foram
construídas durante o final do séc. XIX e princípio do
séc. XX.

Na América do Norte a rede ferroviária também foi


implantada na mesma época inicialmente com a
importação de locomotivas inglesas e logo em
seguida foram lá construídas.

Referências bibliográficas:
Encyclopedie des Chemins de Fer - François Get et
Dominique Lajeunesse - Editions de la Courtille -
Paris - 1980 - 557p.
BRINA, Helvécio Lapertosa. Estrada de Ferro. Belo
Horizonte: UFMG, 1988.
Site: Trens & Cia. - Breve história das estradas de
ferro.
Enciclopédia Barsa vol. 6 e 9, 1987
Enciclopédia Mirador internacional vol. 6, 1977.
Enciclopédia Delta Universal, vol. 6 e 9. 1985
http://fr.wikipedia.org/wiki/Rail
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trem
www.poli.usp.br/d/ptr0540/download/aula2.pdf
www.dw-world.de/dw/article/0,2144,302636,00.html

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