“A Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos
estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa do ‘Dia da Consciência Negra’.”
Disponível em <www.planalto.gov.br>. Acesso em 27 jul. 2010 (Adaptado).
A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas
também para a sociedade brasileira, porque
a) legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
O ensino das ciências humanas nas escolas brasileiras tem uma
longa tradição e está legitimado há muito tempo: as disciplinas de história e geografia entraram no currículo escolar ainda no século XIX. Os currículos atuais ainda incluem outras duas ciências humanas: a filosofia e a sociologia.
b) divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
A inclusão obrigatória do ensino de história e cultura afro-brasileira nos currículos dos níveis fundamental e médio dos estabelecimentos oficiais e particulares possibilita a divulgação de tais conhecimentos para toda a população brasileira.
c) reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
A inclusão de tais conhecimentos rompe com uma perspectiva
eurocêntrica da história, substituindo-a por uma visão interacionista das diversas sociedades.
d) garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso à educação.
O acesso igualitário dos afrodescendentes à educação está vinculado
à obrigatoriedade da frequência escolar nos níveis fundamental e médio e, sobretudo, a políticas de ações afirmativas que efetivem o princípio da universalidade da escola pública até o ensino superior.
X e) impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país.
Comentários
Para resolver corretamente a questão, é necessário interpretar
bem o texto e ter conhecimentos sobre a formação multicultural do Brasil. Destaca-se o fato de que, até o início do século XXI, os livros didáticos pouco contemplavam a história da África pré-colonial e a formação da cultura afro-brasileira, o que contribuiu para a manutenção de uma visão muito limitada do continente.
Dica!
História e cultura afro-brasileiras e indígenas são temas
obrigatórios do currículo da área de ciências humanas. Fique atento!