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AULA 3.

PROBLEMAS DE VALOR
INICIAL

Prof. Marcia Kashimoto

IMC – UNIFEI

PVI
PROBLEMAS DE VALOR INICIAL (PVI)

DEFINIÇÃO 1. Seja I um intervalo contendo t0 ∈ R. O problema

dy
Resolver a EDO: = f (t, y )
dt
Sujeito a: y (t0 ) = y0 ,

sendo y0 uma constante real arbitrária, é denominado problema de


valor inicial de ordem um e o valor y (t0 ) = y0 é chamado de
condição inicial.

Uma solução φ desse problema de valor inicial é uma solução da


dy dφ
equação = f (t, y ) (isto é, (t) = f (t, φ(t)) ∀t ∈ I ) que
dt dt
satisfaz a condição inicial (isto é, φ(t0 ) = y0 ).

PVI
EXEMPLO 2. Considere o PVI

dy
(
= 3y 2/3 , t ∈ (−∞, ∞)
dt
y (0) = 0.

As funções φ(t) = t 3 e ψ(t) = 0, t ∈ (−∞, ∞), são soluções


desse PVI.

PVI
EXEMPLO 3. O PVI


dy
 + |y | = 0, t ∈ (−∞, ∞)
dt
y (0) = 1,


dy
não tem solução. De fato, a única solução da EDO + |y | = 0
dt
é y = 0 que não satisfaz a condição inicial y (0) = 1.

PVI
EXEMPLO 4. Encontre a solução do PVI

dy
(
− y = 0, x ∈ (−∞, ∞)
dx
y (0) = 1.
SOLUÇÃO.

Solução geral: y = ce x , c constante real arbitrária e


x ∈ (−∞, ∞).
y (0) = ce 0 = c

=⇒ c = 1 =⇒ y = e x .
y (0) = 1 (condição inicial).

PVI
dy
Figure: Gráficos de algumas soluções da EDO − y = 0, y = ce x ,
dt
c = 0, c = ±1, c = ±2, c = ±2.8, c = ±4.

PVI
Figure: Gráfico da solução do PVI, y = e x .

PVI
TEOREMA 5 (Existência e unicidade - caso linear). Se as
funções p e g são contı́nuas em um intervalo aberto I contendo
t0 ∈ R, então existe uma única solução y = φ(t), t ∈ I, do PVI

dy
(
+ p(t)y = g (t)
dt
y (t0 ) = y0 ,

sendo y0 uma constante real arbitrária.

PVI
EXEMPLO 6. Considere o PVI

 (4 − t 2 ) dy + 2ty = arctgt

dt t
 y (1) = 2,

Determine, sem resolver o PVI, um intervalo no qual a solução do


PVI existe.

SOLUÇÃO. Para t 6= ±2, podemos escrever o PVI na forma



 dy + 2t y = arctgt√
dt 4 − t2 (4 − t 2 ) t
y (1) = 2,

PVI
Temos que
2t
I a função p(t) = é contı́nua para todo t 6= ±2;
4 − t2
I arctg é contı́nua para todo t ∈ R;
1
I a função √ é contı́nua para t > 0;
t
1
I g (t) = √ é contı́nua para t > 0 e t 6= 2.
(4 − t 2 ) t
2t arctgt
Logo, as funções p(t) = 2
e g (t) = √ são
4−t (4 − t 2 ) t
contı́nuas no intervalo aberto I = (0, 2) contendo t0 = 1.
Portanto, segue do Teorema 5 que existe uma única solução do
PVI, definida no intervalo (0, 2).

PVI
EXEMPLO 7. Suponha que o circuito da figura contém um
resistor com resistência R = 12 Ω e um indutor com indutância
L = 4 H. Se um gerador fornece uma tensão E (t) = 60sen(30t) V
e a corrente inicial é I (0) = 0, encontre I (t).

PVI
SOLUÇÃO.
Queda de tensão:

dI
I Indutor: L
dt

I Resistor: RI

dI
Lei de Kirchhoff =⇒ L + RI = E (t).
dt
Assim, obtemos a EDO

dI
4 + 12I = 60sen(30t),
dt
ou na forma normal
dI
+ 3I = 15sen(30t). (1)
dt

PVI
Sendo I (0) = 0, obtemos o PVI

dI
(
+ 3I = 15sen(30t)
dt
I (0) = 0.
Como as funções p(t) = 3 e g (t) = 15sen(30t) são contı́nuas para
todo t ∈ (−∞, ∞), segue do Teorema 5 (Existência e unicidade)
que existe uma única solução desse PVI.
Multiplicando ambos os lados da EDO (1) pelo fator integrante
u(t) = e 3t , resulta

dI
e 3t + 3e 3t I = 15e 3t sen(30t),
dt
ou seja,

d
e 3t I = 15e 3t sen(30t).

(2)
dt

PVI
Integrando ambos os lados da EDO (2) (veja Apêndice 1),
Z Z
d
e 3t I dt = 15e 3t sen(30t) dt,

dt
obtemos

15e 3t
 
3t 1 10
e I + c1 = sen(30t) − cos(30t) + c2
101 3 3
ou,
 
15 1 10
I = sen(30t) − cos(30t) + Ce −3t ,
101 3 3
C = c2 − c1 .

PVI
Solução geral da EDO:
I (t) = 5
101 sen(30t) − 50
101 cos(30t) + Ce −3t (∗),
C constante real arbitrária.

Temos
50
(
I (0) = − 101 +C
50 50
I (0) = 0. =⇒ − 101 + C = 0 =⇒ C = 101 .

50
Substituindo C = 101 em (*), obtemos a corrente
5 50 50 −3t
I (t) = 101 sen(30t) − 101 cos(30t) + 101 e , t ≥ 0.

PVI
TEOREMA 8 (Existência e unicidade - caso geral). Se as
∂f
funções f e são contı́nuas em um retângulo aberto
∂y
Ω = {(t, y ) : a < t < b, c < y < d} contendo (t0 , y0 ) ∈ R2 ,
então o PVI

dy
(
= f (t, y )
dt
y (t0 ) = y0 ,
tem uma única solução em algum intervalo (t0 − h, t0 + h), h > 0,
contido no intervalo (a, b).

PVI
EXEMPLO 9. Considere o PVI
dy
(
= t 2 − ty 5
dt
y (2) = 3.

As funções

I f (t, y ) = t 2 − ty 5

∂f
I (t, y ) = −5ty 4
∂y

são contı́nuas em qualquer retângulo aberto contendo (2, 3).

Logo, pelo Teorema 8, o PVI tem uma única solução em algum


intervalo (2 − h, 2 + h), h > 0.

PVI
EXEMPLO 10. O PVI

dy
(
= 3y 2/3 , t ∈ (−∞, ∞)
dt
y (0) = 0,

não tem uma única solução. Por exemplo, as funções φ(t) = t 3 e


ψ(t) = 0, t ∈ (−∞, ∞), são soluções desse PVI.

O Teorema 8 não se aplica à esse PVI pois não existe a derivada


∂f
parcial (t, y ) em (t, 0).
∂y

PVI
APÊNDICE

Sejam u1 = sen(30t) e dv1 = e 3t dt. Tem-se du1 = 30cos(30t) e


v1 = e 3t /3. Usando integração por partes, obtemos

e 3t
Z Z
3t
e sen(30t) dt = sen(30t) − 10 e 3t cos(30t) dt. (3)
3

Considerando a segunda integral, tomando u2 = cos(30t) e


dv2 = e 3t dt tem-se du2 = −30sen(30t) e v2 = e 3t /3. Logo,

e 3t
Z Z
e 3t cos(30t) dt = cos(30t) + 10e 3t sen(30t) dt (4)
3

PVI
Substituindo (4) em (3) resulta

e 3t
Z Z
3t
e sen(30t) dt = sen(30t) − 10 e 3t cos(30t) dt
3
e 3t 10e 3t
= sen(30t) − cos(30t)
Z3 3
− 100e 3t sen(30t) dt.

Assim,

e 3t 10e 3t
Z
101 e 3t sen(30t) dt = sen(30t) − cos(30t).
3 3

PVI
Portanto,

e 3t
Z  
3t 1 10
e sen(30t) dt = sen(30t) − cos(30t) + B,
101 3 3

sendo B constante real arbitrária.

Finalmente,

e 3t
Z
15 e 3t sen(30t) dt = (5sen(30t) − 50cos(30t)) + C2 ,
101
sendo C2 constante real arbitrária.

PVI
REFERÊNCIAS

W. E. Boyce, R. C. Diprima, Equações diferenciais elementares


e problemas de valores de contorno, 9a ed., LTC, Rio de
Janeiro,2010.
J. Stewart, Cálculo V. 2, 7a ed., Cengage Learning, São Paulo,
2013.
D. G. Zill, Equações diferenciais com aplicações em
modelagem, Thomson, São Paulo, 2003.

PVI

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