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POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA


CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS ESPECIALIZAÇÃO “LATO
SENSU” ADMINISTRAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA

Oficial Aluno: Vilclei Geissler de Moura

O INSTITUTO DA AGREGAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Com base em legislação vigente, a qual atribui ao Chefe do Poder


Executivo Estadual competência para que policiais militares possam desempenhar
cargos ou funções de policial militar, de interesse ou de natureza policial militar,
quando assim o reconhecer, é que passaremos a analisar as situações previstas em
nossa legislação, buscando uma melhor compreensão desse instituto, relacionando
ainda ao crescente no número desses profissionais da segurança pública que
passam a laborar suas atividades fora do âmbito da Corporação. Além das
legislações vigentes referenciadas ao final deste documento são evidentemente os
nossos amparos legais para analisar o instituto da agregação, nos utilizamos
também de um parecer exarado pela Diretoria de Pessoal da PMSC, acerca de um
pedido encaminhado aquela Diretoria, mas como não é considerada tecnicamente
uma referência bibliográfica não está elencado junto às demais.
Podemos aqui citar como exemplos de Órgãos Públicos do Estado, que
são diretamente beneficiados com a presença de policiais militares da ativa na lida
desses, as Secretarias de Estado - em especial a Secretaria de Segurança Pública e
Defesa do Cidadão -, Ministério Público, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça,
Assembléia Legislativa, Casa Militar, Procuradoria Geral de Justiça, Procuradoria
Geral do Estado e mais recentemente a Prefeitura Municipal de Florianópolis.
Com o dispositivo legal ora existente, toda aquela preocupação que
anteriormente existia por parte dos policiais militares que exerciam suas funções nas
Secretarias de Estado e demais Órgãos mencionados anteriormente, quando eram
“forçados” em face da Lei à condição de agregados e por conseqüência tinham
prejuízos em suas carreiras, no que diz respeito à promoção, limitando estas apenas
e tão somente pelo critério de antiguidade, não mais existe. Além desse prejuízo
profissional, outro de igual importância negativa lhes era imposto por força de Lei,
qual seja, a não computação desse tempo de serviço para a reserva.
Inúmeras são as situações existentes na legislação em vigor que
determinam a agregação do policial militar, a maioria permanece inalterada, desde a
sua concepção, embora já tenham existido diversas emendas constitucionais que
trataram do assunto.
Embora tenhamos toda uma legislação atinente ao assunto ora em tela,
ainda assim, o mesmo reveste-se de no mínimo, alguns pontos polêmicos e que
acabam por suscitar interpretações diversas. Na conversa que tivemos com o Cap
PM Daniel, o qual contribuiu enormemente para que pudéssemos realizar este
trabalho, esse oficial que exerceu suas atividades por um longo período a frente da
DP-1/PMSC, nos disse em conversa informal que mesmo aquele Órgão por vezes
se depara com diversas situações que requerem um estudo e interpretações mais
profundas a respeito do solicitado e que, no instituto da agregação isso não é
diferente.
Entendemos que para melhor sanarmos as dúvidas que o tema
apresenta, não basta pura e simplesmente tentarmos interpretar a lei sem que com
ela tenhamos um arcabouço jurídico a nos nortear. Nesse sentido, devemos acolher
o saber jurídico que elucubrou todos os aspectos legais, e para tanto, acreditamos
que a Constituição Federal e o Direito Administrativo Militar se apresentam como um
dos principais instrumentos a nos auxiliar.
Embora o assunto seja de aparente singeleza, tem demonstrado em sua
prática, como já citado, ser de complexidade surpreendente em algumas situações.
Pretendemos tornar o seu entendimento, como esse breve estudo, o mais
claro possível, tendo sempre por base, aquela que deve ser a guia mestra do
homem público: a Lei.

2. A AGREGAÇÃO – na visão da legislação

Esse instituto que aqui iremos discorrer está afeto ao policial militar da
ativa, quando em caráter temporário estiver ocupando cargo estranho aos quadros
de sua Corporação. O instituto da agregação não é uma situação atinente apenas a
Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, ele também está
previsto nos estatutos militares das Forças Armadas, nos Estados, Territórios e
Distrito Federal.
Muitas vezes, para compreender um fato atual, precisamos recorrer a
História, para entendermos suas conseqüências atuais. Neste caso específico, o
Instituto da Agregação sofreu alterações ao longo de sua existência, contudo, a sua
essência manteve-se inalterada.
A obra Direito Administrativo Militar, de Antônio Pereira Duarte, conceitua
a agregação, como sendo “situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga
na escala hierárquica de seu Quadro, Arma ou Serviço, nela permanecendo sem
número”.
Nessa busca histórica, da trajetória do tema abordado, chegamos a
Emenda Constitucional nº 69 (EC/69), a qual fez alterações a Constituição Federal
de 1967, onde podemos verificar que o tema mesmo tendo sofrido alterações por
outras Emendas Constitucionais, manteve a sua essência inclusive na Carta Magna
de 1988, em seu art. 42, que assim estabelece:

“Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares,


instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são Militares
dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios. “(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 18, de 1998).

O § 1º do referido artigo destaca que:

“Aplica-se aos militares dos Estados, do distrito Federal e dos Territórios,


além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º, o art.
40, § 9º, e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor
sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais
conferidas pelos respectivos governadores”. (Redação dada pela EC nº 20,
de 15/12/98).

O art. 142, III, que assim dispõe:

“III – O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo,
emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da
administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente
poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por
antiguidade, contando-se o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de
afastamento, contínuo ou não, transferido para a reserva, nos termos da
lei.“ (Incluído pela EC nº 18, de 1998).

A Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989, ao tratar do mesmo


assunto em seu art. 31, § 6º, face à hierarquia das Leis, apresenta a mesma
redação.
Seguindo essa hierarquia de Leis, temos a Lei Estadual nº 6.218, de
10/02/1983 – Estatuto da PMSC, que define o que venha a ser agregação e assim o
estabelece:

“Art. 81 - A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa deixa e


ocupar seu lugar na escala hierárquica de seu quadro ou qualificação, nela
permanecendo sem número”.

Os arts. 82 e 83 da mencionada Lei, nos apresentam todas as situações


que foram previstas pelo legislador, na qual o policial militar que nela se encontrar
será agregado.

“[...]
Art. 82. O policial-militar será agregado e considerado para todos os efeitos
legais como em serviço ativo, quando:
I - for designado ou nomeado para exercer função não enquadrada nos
artigos 92, 93 e 94 desta Lei;”

II – Houver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos à disposição exclusiva de


outra Corporação para ocupar cargo policial-militar de natureza policial-
militar.
III – Aguardar a transferência “ex-offício” para a reserva remunerada, por ter
sido enquadrado em qualquer dos requisitos que a motivarem.
IV – O órgão competente para formalizar o respectivo processo tiver
conhecimento oficial do pedido de transferência do policial-militar para a
reserva remunerada.
§ 1º A agregação do policial-militar, no caso do inciso I é contado a partir da
data de assunção do novo cargo ou função, até o regresso a policia Militar
ou a transferência “ex-offício” para a reserva remunerada
§ 2º A agregação do policial-militar, no caso do inciso II, é contada a partir
do primeiro dia após ultrapassado o prazo de 6 (seis) meses referido à data
de assunção do referido cargo.
§ 3º A agregação do policial-militar, no caso do inciso III, é contada a partir
da data indicada no ato que torna público o respectivo evento.
§ 4º A agregação do policial-militar, no caso do inciso IV, é contada a partir
da data indicada no ato que torna público a comunicação oficial, até a
transferência para a reserva remunerada.

Art. 83 O policial-militar será agregado quando for afastado,


temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
I - Ter sido julgado incapaz temporariamente, após 1 (um) ano contínuo de
tratamento de saúde.
II – Haver ultrapassado um ano contínuo em licença para tratamento de
saúde própria.
III – Haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de
interesse particular.
IV – Haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para
tratamento de saúde de pessoa da família.
V – Ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo
de reforma.
VI – Ter sido considerado oficialmente extraviado.
VII – Haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção
previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça com estabilidade
assegurada.
VIII – Como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido
capturado, e reincluído a fim de se ver processar.
IX – Se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da justiça
comum.
X – Ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis)
meses, em sentença transitada em julgado, enquanto durar a execução,
excluído o período de sua suspensão condicional, se concedida esta, ou até
ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível.
XI – Ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto,
graduação. Cargo ou função, prevista no Código Penal Militar.
XII – Ter passado à disposição de qualquer Secretaria de Estado, de órgãos
do Governo Federal ou Municipal, para exercer função de natureza civil.
XIII – Ter sido nomeado para qualquer cargo público civil temporário, não
eletivo, inclusive da administração indireta e fundações instituídas pelo
Estado.
XIV – Ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 5 (cinco) ou mais
anos de serviço.
§ 1º A agregação do policial-militar nos casos dos incisos I, II, III e IV, é
contada a partir do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto
durar o evento.
§ 2º A agregação do policial-militar nos casos dos incisos V, VI, VII, VIII, IX,
X e XI é contada a partir da data indicada no ato que tornar público o
respectivo evento.
§ 3º A agregação do policial-militar nos casos dos incisos XII e XIII é
contada a partir da data de assunção do novo cargo ou função até o
regresso à Polícia Militar ou transferido “ex-offício” para a reserva
remunerada.
§ 4º A agregação do policial-militar no caso do inciso XIV é contada a partir
da data do registro como candidato, até sua diplomação ou seu regresso à
Polícia Militar, se não houver sido eleito.
§ 5º Ampliam-se aos policiais-militares agregados na forma dos incisos do
presente artigo, as restrições legais impostas ao pessoal das Forças
Armadas quando nas mesmas situações.
§ 6º O policial-militar agregado em virtude de ter sido nomeado ou
designado para exercer cargo ou função de policial-militar ou de interesse
ou de natureza policial-militar, mesmo considerada de relevância, fora do
âmbito da Corporação, somente poderá permanecer nesta situação por
períodos de, no máximo, 4 (quatro) anos, contínuos ou não.
§ 7º Ao término de cada período de 4 (quatro) anos, contínuos ou não, de
que trata o parágrafo anterior o policial-militar deverá ser exonerado ou
dispensado do cargo ou função e retornará à corporação, devendo
aguardar, no mínimo, para efeito de novo afastamento, a fim de exercer
cargo ou função policial-militar ou de interesse ou de natureza policial-
militar, o prazo de 2 (dois) anos.
§ 8º O policial-militar agregado por ter passado a exercer cargo ou emprego
público civil temporário, não eletivo, inclusive da administração indireta ou
fundações instituídas pelo Estado, ou por ter passado à disposição de
qualquer Secretaria de Estado, de órgãos do Governo Federal, Estadual ou
Municipal, para exercer função de natureza civil, será transferido “ex-offício”
para a reserva remunerada, ao ultrapassar 2 (dois) anos do afastamento,
contínuos ou não.
§ 9º A bem do interesse da Segurança Nacional a disposição contida no §
6º deste artigo, poderá deixar de ser aplicada aos policiais-militares que se
encontrarem nas situações enumeradas nos incisos III e V do Art. 93, deste
Estatuto.
[...]”

Devemos nos reportar, antes de darmos continuidade, ao art. 11 da Lei


Complementar nº 417, de 30 de julho de 2008, que revogou os seguintes
dispositivos do art. 82 da Lei nº 6218 de 10 fevereiro de 1983, onde assim
estabeleceu:

I - [...] e inciso V e parágrafos 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º e 11º [...]

Destacamos também, a importância do art. 84 da Lei Estadual nº 6.218,


de 10/02/1983, na qual houve uma preocupação do legislador quanto à precedência
funcional entre aquele que ocupa um determinado cargo e outros policiais militares
ou militares mais graduados ou mais antigos.
Nesta relação entre o militar estadual e as suas atividades exercidas fora
do âmbito da Corporação, há que se estabelecer a sua situação funcional para
efeitos das alterações de remuneração e posição do respectivo quadro e, o art. 85
da Lei Estadual nº 6.218, de 10/02/1983 assim assevera:
“O militar estadual agregado fica adido, para efeito das alterações e
remuneração à Organização da Policia Militar que lhe for designada,
continuando a figurar no respectivo registro, sem número, no lugar que até
então ocupava com abreviatura „Ag’ e anotações esclarecedoras de sua
situação.” (grifo nosso)

A competência para a adição de Oficiais e Praças estabelecida no art. 86,


não resta dúvida que se dará por ato do Governador do Estado, para os Oficiais e
pelo Comandante-Geral da Polícia Militar para as Praças.
No entanto, essa regra sujeitou-se a critérios menos gravosos com a
adoção em consonância com a Constituição Federal de 1988 e normas
infraconstitucionais, tanto no âmbito federal (Dec.-Lei nº 667/69 e Dec. nº 88.777/83)
como Estadual, por meio das Leis Complementares, nos moldes do que se afigura a
Lei nº 6218/83.
Gostaríamos de destacar uma em particular que - ao final de nosso
trabalho iremos discorrer novamente com mais profundidade - foi a vivenciada em
nossa Corporação em 2008, quando inúmeros foram os policiais militares que
tiveram seus nomes homologados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE),
decorrentes das aprovações de seus nomes pelos partidos políticos durante as
respectivas convenções. Essa é apenas uma das situações, sobre a agregação, que
a cada eleição se repete e que sempre traz à tona, a dúvida sobre o momento em
que se dá a agregação do policial militar.
Essa questão é bastante complexa no âmbito da Administração Pública,
onde por inúmeras vezes as funções denominadas de natureza policial militar ou de
interesse policial militar se confundem com a natureza do cargo, emprego ou função
assumida.
Não podemos jamais esquecer que um dos princípios norteadores do
Direito Administrativo é o da legalidade.
Nesse prisma, devemos destacar que o administrador público não possui
liberdade e nem vontade pessoal, deve fazer o que a lei autoriza ou determina.
Esse entendimento é advindo da Constituição Federal de 1988, que assim
descreve:

“[...]
Art. 37. A administração pública direta, indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios da legalidade [...]” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19/1998)

Uma das maiores dificuldades que por vezes se apresenta ao


administrador público é saber identificar quais são modernamente os cargos
públicos considerados de natureza civil, considerados de natureza ou interesse
policial militar, para fins de agregação e/ou disposição.
A Lei Estadual nº 6.218, de 10/02/1983 estabelece nos artigos 91 e 92 o
seguinte:

“Art. 91 – A função policial militar é a atividade exercida por policial militar a


serviço da Polícia Militar ou do Exército, neste caso quando relacionada
com o caráter das Forças Auxiliares de reserva da Força Terrestre.
Art. 92 – Função de natureza policial militar ou de interesse policial militar
é a atividade exercida por policial militar, não enquadrada no artigo
anterior, mas que, por sua finalidade e peculiaridade, está intimamente
ligada às missões da Polícia Militar.”

Conforme já havíamos mencionado na introdução deste trabalho, a partir


dos dispositivos legais acima reproduzidos, os policiais militares que exercem cargo,
emprego ou função privativa de militar no Tribunal de Justiça, Assembléias
Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Casa Militar do Poder Executivo, Câmara
de Vereadores, Procuradoria Geral de Justiça, Procuradoria Geral do Estado e
Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão e Força Nacional
de Segurança, não serão agregados, consoante o disposto no inciso I do art. 82, da
Lei em referência.
Os policiais militares que se encontram no labor de suas atividades nos
Órgãos acima elencados, estão exercendo atividades que são exclusivas de
militares, portanto, não sujeitos à agregação. Se, todavia, estiver exercendo suas
atividades de natureza civil e esta qualquer um poder exercer (civil ou militar), serão
agregados.
O efetivo de Praças que exerce suas atividades nos Órgãos
anteriormente mencionados, pertences ao Batalhão de Comando e Serviços (BCSv),
são referenciados na Lei Complementar nº 117 de 05 de maio de 2004, em seu art.
2º, § único, conforme se segue:
“O efetivo ora criado se destina a atender as necessidades em pessoal
militar nas guardas das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário do Estado, Palácio Residencial, bem como o Fórum,
Penitenciária, Cadeia Pública e Manicômio Judicial de Florianópolis e
Auditoria de Justiça Militar.”

O policial militar somente irá perceber a remuneração do cargo público


civil que ocupou se o cargo, emprego ou função preenchida for de natureza ou
interesse policial militar, visto que se assim não for, terá que ser colocado à
disposição.
No caso de uma atividade de natureza civil (comum para o civil e para o
militar), mas de natureza ou interesse policial militar, o militar que ocupar o cargo,
emprego ou função perceberá a remuneração do seu cargo. Caso contrário, será
colocado à disposição, por ato do Governador do Estado, com ônus para a origem,
mediante ressarcimento, ou então, com ônus ao destino.

Destacamos ainda o Decreto nº 131, de 12 de abril de 1999, a saber:

“Ficam declaradas de interesse policial militar as funções exercidas por


policiais militares da ativa na Secretaria de Estado da Segurança Pública,
Secretaria de Justiça e Cidadania e Defesa Civil, as quais, por suas
finalidades e peculiaridades, estão intimamente ligadas às missões da
Polícia Militar.”

A sustentação para a ocupação de cargo ou função nos diversos poderes


é em relação aos policiais militares que atuam junto ao Tribunal de Justiça de Santa
Catarina, o art. 1º do Decreto nº 5.097/94, para os policiais militares que servem na
Câmara dos Vereadores o art. 1º do Decreto nº 4.534, na Força de Segurança
Nacional, os arts. 2º, § 4º do art. 4º e art. 5º do Decreto Federal nº 5.289, para os
policiais militares que atuam nos demais órgãos do Poder Executivo Estadual
através do §1º, art. 21 e art. 24 do Decreto nº 88.777 (R200).
Precisamos destacar que a lista não é finita, uma vez que é discricionária
do Chefe do Poder Executivo Estadual, conforme prevê o art. 94, inciso V da Lei nº
6.218/83, que adiante se lê:

“V – os fixados em outros órgãos públicos, cuja Função for declarada, pelo


Governador do Estado, de natureza ou de interesse Policial-militar.”
Encerrando essa etapa de nosso estudo, temos a agregação por decurso
da homologação do registro da candidatura pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
do militar estadual que teve seu nome recepcionado por um partido político, na
convenção que antecede o pleito eleitoral.
Com relação a essa matéria, devemos analisá-la igualmente fizemos até
então; partiremos da Lei maior, nossa Constituição Federal, que assim prevê no § 8º
do art. 14:

“Art. 14 [...]
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
[...]
II – Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, e se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação,
para a inatividade.
[“...]”

No âmbito da legislação pertinente à Polícia Militar, a Lei nº 6.218/83,


dispõe que:

“Art. 52. Os policiais militares são alistáveis como eleitores, desde que
Oficiais, Aspirante-a-Oficial, Subtenente, Sargentos ou alunos de curso de
nível superior para a formação de Oficiais.
Parágrafo Único. Os policiais militares são alistáveis são elegíveis,
atendidas as seguintes condições:
I – [...]
II - O policial militar em atividade com 5 (cinco) ou mais anos de efetivo
serviço, ao se candidatar a cargo eletivo será afastado, temporariamente do
serviço ativo e agregado, considerando em licença para tratar e interesse
particular. “Se eleito, será no ato da diplomação transferido para a reserva
remunerada percebendo a remuneração a que fizer jus em unção de seu
tempo de serviço.”

3. CONCLUSÕES

Neste singelo trabalho, buscamos dirimir aquelas que entendemos serem


as mais diversas situações envolvendo o instituto da agregação, dando um destaque
a uma situação em particular que é a do policial militar candidato que teve seu nome
homologado pelo TRE, por entendermos ser uma posição bem presente na atual
conjuntura política de nosso País.
Evidentemente, o que aqui foi apresentado não esgota o assunto, até
porque outras conjunturas envolvendo o serviço policial militar fora do âmbito da
nossa Corporação poderão surgir e é justamente esse acompanhamento e
atualização da legislação, que os Oficiais, enquanto administradores públicos no
desempenho de suas funções devem alicerçar suas decisões acerca deste
importante tema.

REFERÊNCIAS

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