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A ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS NAS EMERGÊNCIAS E CATÁSTROFES

Nadur Júnior, Amir Graduando em Psicologia do Centro Universitário


de Belo Horizonte UNIBH

RESUMO:

Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender a atuação dos


psicólogos

junto às equipes de saúde que se empenham no atendimento às vítimas de eventos

emergenciais. Buscou-se, portanto, conhecer como são classificados estes eventos,


como

operam as diferentes estruturas e equipes que se mobilizam para atender a estas


demandas e

como o trabalho do psicólogo pode contribuir no apoio à população e comunidades em

situação de vulnerabilidade. A pesquisa busca articular o tema emergências e a


Psicologia,

buscando a compreensão sistêmica sobre as possibilidades de atuação do psicólogo


frente a

estes cenários. A Psicologia traz contribuições distintas de acordo com cada fase dos
eventos.

A atuação conjunta com as equipes de Defesa Civil é fundamental no desenvolvimento


de
políticas públicas que atendam às necessidades da população, visando a garantia dos
direitos à

cidadania, à proteção e à vida, promovendo a redução da vulnerabilidade e a


emancipação das

vítimas de eventos
adversos.

Palavras-chave: Emergências; Trauma; Vulnerabilidade; Defesa Civil; Políticas


Públicas.
A Atuação dos Psicólogos nas Emergências e Catástrofes 2

1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem por finalidade compreender o trabalho do psicólogo como


parte

integrante das equipes de Defesa Civil e demais equipes que constituem o quadro de
apoio em

emergências, fornecendo noções de como atuam em situações de risco; ou seja,


inserido na

prevenção, preparação, resposta e reconstrução nas comunidades e promovendo


nestas,

estratégias para o enfrentamento de situações de risco ou eventos


críticos.

Busca-se compreender os diferentes contextos das emergências e como são

promovidas ações de prevenção, preparação, resposta e reconstrução,


desempenhadas pelos

psicólogos nas distintas etapas dos eventos. Considera-se que o acolhimento


psicológico

prestado nos cenários de emergências, fornece segurança e esperança às vítimas, e


permite ao
profissional psicólogo avaliar de forma imediata, casos de sintomas agudos de
estresse, com o

objetivo de minimizar os danos psicológicos que podem desencadear-se através da

experiência traumática. Assim os psicólogos em atendimento às vítimas de eventos


adversos,

trabalham para que reconstruam-se os espaços em que atuam os sujeitos, tanto os


espaços

físicos quanto os sociais.

De acordo com Rivero (2013) os psicólogos atuantes nestes contextos “vão


trabalhar

para que o evento não se transforme em sofrimento humano, e sim para facilitação do

entendimento dos mecanismos de autoproteção, para promoção de comunidades mais

seguras” (RIVERO, 2013, p. 11).

Para que o trabalho dos psicólogos seja efetivo na diminuição do sofrimento


humano e

promoção da segurança nas comunidades e população em situação de vulnerabilidade,


a

pesquisa buscou identificar e descrever as diferentes etapas das emergências (da


análise

prévia de riscos ao pós desastre), e apresenta como se dá o trabalho dos psicólogos


atuando

nesta temática. O artigo descreve como são utilizados os protocolos de classificação


em

emergências no intuito de balizar a atuação das equipes multiprofissionais de Defesa


Civil (da

qual fazem parte também os psicólogos) diante do risco, ou do evento em si. São
também

referenciados, aspectos inerentes à participação da Psicologia no desenvolvimento e

implementação de políticas públicas e programas assistenciais que visem atender à


população,

promovendo a garantia de direitos e acesso aos mecanismos de acolhimento e


proteção em

emergências e
calamidades.

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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2. A PSICOLOGIA NAS EMERGÊNCIAS

A importância da pesquisa sobre a Psicologia nas emergências, deriva-se da

necessidade em compreender como atua tal ciência nestes cenários, a qual busca a
eficácia no

atendimento às vítimas e a minimização dos danos decorrentes das emergências,


tornando-as

superáveis pelos sujeitos. De acordo com Oliveira (2006), o psicólogo que atua em

emergências e desastres, atua onde há sofrimento psíquico, no intuito de reduzir os


danos e os

efeitos traumáticos nos familiares e vítimas dos eventos


emergenciais.

A experiência deste autor em emergências como socorrista voluntário em


equipes de

primeira resposta desde o ano de 2011, propiciou a percepção da importância em a


Psicologia

estar presente nesta temática buscando atender não apenas as vítimas, mas também
os

membros das equipes de socorro que, não raras as vezes se mostram sensibilizados
pelos
cenários que encontram.

Para o Conselho Federal de Psicologia (2011), os desastres são produtos de


uma

combinação particular entre riscos, ameaças e vulnerabilidades da sociedade,


paulatinamente

construídas nas relações das pessoas com o meio em que vivem. Conforme preceitua
Coêlho

(2010), se pensado em nível nacional, busca-se entender a participação dos psicólogos


junto à

Defesa Civil, uma vez que a sua atuação nas comunidades, faz com que as pessoas
sintam-se

mais seguras.

Valêncio (2010) afirma que sejam no plano simbólico ou no concreto, as


afetações

causadas por um desastre, dão-se de maneira distinta para os indivíduos, independente


da área

de atuação profissional, formação, idade ou sistema de crenças. No simbólico; atuam


as

diversas possibilidades de interpretação da experiência vivenciada. No concreto;


envolvem-se

questões socioambientais, sociopolíticas e econômicas, que são vivenciadas de forma


distinta,

de acordo com a percepção subjetiva de cada


indivíduo.

Gonçalves (2010), amplia o conceito ao caracterizar calamidades como eventos


que

afetam a população e ocasionam prejuízos, danos e paralisações que desestabilizam o

cotidiano das vítimas. Os danos podem ser materiais como a perda de bens e a
suspensão de

serviços básicos; ou imateriais, como casos de óbito, desestruturação social e


alterações
físicas e emocionais nos envolvidos. Estas proposições apontam para a importância da

Psicologia atuar nestes cenários, sendo esperado por este autor, que o presente
trabalho

motive novas pesquisas e fomente o interesse pela temática Psicologia e


emergências.

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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Geraldi (2009), recomenda portanto o acompanhamento psicológico aos


familiares e

vítimas de eventos emergenciais que sofrem com o estresse acentuado diante da


ruptura de

suas rotinas pessoais, familiares, comunitárias, profissionais, entre outros fatores.


Assim,

busca-se minimizar os efeitos danosos gerados pela experiência à que são submetidas
as

vítimas de emergências.

2.1 METODOLOGIA DE PESQUISA

Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o método de revisão


bibliográfica,

buscando localizar autores e publicações que contribuem para a construção do quadro

conceitual à que refere-se o objeto deste estudo. Como proposto por Lima e Mioto
(2007), a

revisão crítica do material já produzido sobre o tema, permite que conceitos


estabelecidos

possam ser analisados e incorporados pelo pesquisador, chegando à essência das


relações que

estruturam os aspectos ideológicos e teóricos referentes ao objeto de


estudo.
A pesquisa dividiu-se em fases como proposto por Salvador (1986), balizando a
busca

do referencial bibliográfico de acordo com o objeto de estudo e os objetivos


estabelecidos,

realizando-se a leitura de reconhecimento do material bibliográfico na busca por


publicações

que relacionem-se com o tema


pesquisado.

Referenciando a busca como “Psicologia nas emergências”, são encontrados


cerca de

2990 (dois mil novecentos e noventa) resultados, ampliando para 12.400 (doze mil e

quatrocentos) resultados utilizando o descritor “Psicologia das emergências”. Se a


busca for

referenciada como “Psicologia e Emergências” (ambas com inicial em letra maiúscula),


o

número de resultados localizados quase dobra, atingindo 22.000 (vinte e dois mil) no
total.

Isto demonstra o grande interesse pelo tema e sugere sua importância, tendo em vista
o

número de publicações desenvolvidas sobre


ele.

Após reunir as publicações selecionadas, iniciou-se a leitura exploratória dos


sumários

com o objetivo de localizar os artigos que contribuíssem com os objetivos da pesquisa.

Escolhidos os artigos de maior relevância, iniciou-se a leitura seletiva no intuito de


determinar

o material de real interesse e que relacionasse diretamente com os objetivos propostos


pela

pesquisa. Em alguns casos, a análise do referencial bibliográfico de algumas


publicações,

forneceram indícios de autores cujas publicações balizam com maior frequência as


pesquisas
relacionadas ao tema Psicologia nas
emergências.

O estudo do material selecionado trouxe questões referentes ao direito de


cidadania e

vulnerabilidade social, direcionando a pesquisa na área psicossocial, para as esferas


sócio-

políticas e geo-sociais, levando à necessidade de ampliar as buscas utilizando novos

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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descritores como: Cidadania, direitos humanos, Estado, políticas públicas,


vulnerabilidade,

resiliência, preparo, avaliação de riscos, recursos públicos entre outros, no intuito de


encontrar

material complementar à pesquisa inicial e formar uma ampla base teórica para a
devida

compreensão do tema e construção do


artigo.

Selecionados criteriosamente os artigos e publicações que corroboravam com os

objetivos da pesquisa, esta passou para a fase reflexiva e crítica, buscando ordenar as

informações encontradas e fundamentar teoricamente respostas aos objetivos


estipulados pelo

pesquisador.

Como instrumento de coleta de dados, foram utilizados principalmente os bancos


de

dados na internet, através do Google e Scielo. A escolha pela busca do material


referencial na

internet deve-se à grande variedade de publicações sobre o tema disponíveis na rede,

permitindo assim entrar em contato com as contribuições ofertadas por autores de


distintas
áreas de atuação e que reúnem-se nesta
temática.

A partir do objetivo geral da pesquisa, foram priorizados os autores que propõem

articulações referentes ao trabalho dos psicólogos nas emergências buscando a


compreensão

sistêmica sobre como atuam nestes


cenários.

Entre vários autores, destacaram-se Bruck (2011), Molina (2006) e Valêncio


(2016),

cujas proposições formam um tripé conceitual que baliza a prática e o desenvolvimento


de

estratégias de atuação da Psicologia em emergências de acordo com cada tipo de


cenário onde

se faça necessária a presença dos


psicólogos.

2.2 O TRIPÉ CONCEITUAL DA PRÁTICA EM EMERGÊNCIAS

Entre a literatura publicada dedicada à atuação dos psicólogos nas emergências,

considera-se relevante a contribuição dos referidos autores sobre o tema já que


abordam

distintos aspectos das emergências; caracterizando suas fases, conceituando o campo


de

atuação e possibilitando ao psicólogo e às equipes multiprofissionais, estruturarem


ações que

viabilizem a prevenção, resposta e reconstrução não apenas das comunidades afetadas


por

eventos com potencial traumático, mas também da subjetividade das vítimas destes
eventos.

As proposições de Bruck (2009), Valêncio (2010) e Molina (2006), fornecem uma

visão ampla sobre as emergências e a atuação dos profissionais de Psicologia em


eventos de

grande potencial traumático para os indivíduos e comunidades


afetadas.

A desorganização corporal e paralisação da consciência temporal podem de


acordo

com Bruck, deixar marcas que influenciam a criatividade e a motivação para a vida. O
autor

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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ressalta a necessidade dos primeiros auxílios psicológicos no intuito de aliviar as

manifestações sintomáticas e o sofrimento, reduzindo os sentimentos de anormalidade


e de

enfermidade comuns à quem vivencia eventos emergenciais com grande potencial


traumático.

Sobre as fases dos desastres e de acordo com Molina (2006), a atuação do


psicólogo

em cada etapa das emergências pode ser dividida em: pré emergência, durante a
emergência e

após a emergência, sendo definidas atuações distintas em cada uma das fases. A
atuação se dá

tanto na capacitação e treinamento em habilidades de resposta diante de uma


emergência e na

atuação e intervenção em crises (primeiros socorros psicológicos), quanto na avaliação


do

impacto psicológico, efeitos produzidos pela emergência e desenvolvimento de


estratégias

para ações em caso de reincidência dos


eventos.

As proposições de Molina alinham-se às de Bruck (2009), ao propor que a


Psicologia
pode dar sua contribuição em diferentes linhas de intervenção, dependendo do
momento/ fase

da emergência. Um psicólogo ligado às emergências tende à versatilidade e contribui


nas

fases de preparação, intervenção ou mitigação, tanto na operação como na gestão,


dependendo

de qual seja a sua formação de base (organizacional ou clínica). Atualmente, as


emergências e

os desastres, teoricamente, estão sendo concebidos como fenômenos eminentemente


sociais,

ocorrendo à partir da ação ou omissão humana diante a um evento crítico, seja ele
causado por

fenômenos naturais ou não.

Valêncio (2010) amplia as possibilidades de atuação do psicólogo em


emergências

para além dos cenários de risco, ao considerar que o psicólogo atuando na comunidade

afetada seja pelo risco ou pelo evento em si, pode desenvolver estratégias e até
mesmo

programas e políticas públicas em conjunto com os órgãos de assistência social,


evitando que

a comunidade e seus membros dependam de “doações” como único recurso para a

subsistência, em virtude de permanecerem sem condições de manterem-se por si


mesmos ou

estarem em condições de vulnerabilidade


social.

2.3 CLASSIFICAÇÃO E ESCALAS DE MEDIÇÃO EM EMERGÊNCIAS

2.3.1 Os tipos e fases das


emergências

De acordo com Lopes (2010), os desastres classificam-se de acordo com a


intensidade,
evolução e origem. Para Brasiliano (2011), inclui-se ainda a duração dos eventos. A

intensidade dos eventos é classificada em quatro níveis, sendo que no primeiro nível
estão os

desastres de pequeno porte, facilmente suportáveis e superáveis. No segundo nível,


situam-se

os desastres de médio porte, onde os prejuízos podem ser recuperados utilizando


recursos da

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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própria comunidade afetada. No terceiro nível encontram-se os desastres de grande


porte,

requerendo auxílios externos à comunidade para reparo dos danos, sendo que neste
nível, de

acordo com o mesmo autor, é declarada “Situação de Emergência”. O último e quarto


nível

refere-se a desastres de porte extremo, necessitando totalmente de auxílio externo à


área

afetada (LOPES, 2010). Neste nível é decretado o “Estado de Calamidade Pública”

(KOBIYAMA, 2006, p. 109).

Ainda com relação à classificação, Lopes (2010) categoriza os desastres quanto


à

evolução, dividindo-os em 3 tipos: Súbitos (evolução aguda/ repentina), graduais


(evoluem

lentamente) e por somação de efeitos parciais (onde múltiplos fatores associam-se,


resultando

na ocorrência do evento adverso. Embora no Brasil não tenhamos eventos de evolução


aguda

como terremotos, vulcões em erupção, tsunamis ou furações, o país sofre com outros
tipos de
desastres súbitos. Enxurradas, granizo, alagamentos, rompimento de barragem,
deslizamentos

e incêndios, ocorrem com características e periodicidade distintas em cada região. Os

desastres súbitos são caracterizados pela rápida evolução e violência dos fenômenos
que o

causam. No Brasil, não há desastres graves e súbitos de evolução aguda, como por
exemplo,

os terremotos, furacões, erupções vulcânicas, tsunamis, dentre outros; porém o país


todo sofre

com inúmeros outros tipos de desastres súbitos, como: os vendavais, enchentes,


chuvas de

granizo, enxurradas e até tornados, ocorrendo com características e periodicidade


diferentes

em cada região (BRASIL, 2007). Os desastres por somações de efeitos parciais são
descritos

por Castro (1998), como uma somatória de fatores. Como exemplo, somando-se o
poder

aquisitivo da classe média que possibilita a compra de veículos de alta potência, o uso
abusivo

de álcool e leis com penalidades brandas que não inibem com eficácia a conduta de
dirigir

embriagado, criam o cenário propício à ocorrência de uma situação de


emergência.

2.3.2 O Sistema Manchester de Classificação de Riscos: atribuição de


prioridade de atendimento clínico em primeira resposta

O “Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco” utilizado pelas equipes


do

S.U.S. (Sistema Único de Saúde) na atuação em primeira resposta nas emergências, é

referência para a classificação de risco do paciente em cenários com ocorrência de


múltiplas
vítimas. A definição da prioridade de atendimento e de um tempo máximo de segurança
para

o primeiro atendimento médico é definido através do Sistema Manchester de


Classificação de

Risco, que de acordo com Mackway (2014), permite ao profissional de saúde em


atendimento

nas equipes de primeira resposta, atribuir rapidamente a prioridade de atendimento


clínico,

classificando as vítimas de acordo com sinais e sintomas observados. O sistema busca


garantir

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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que o paciente seja atendido dentro de um período de tempo seguro. O paciente recebe
uma

etiqueta com a cor referente à sua condição de acordo com a escala Manchester, ou é
colocado

sobre tapetes coloridos, facilitando a identificação destes pacientes em quadros de


urgência e

emergência.

De acordo com o mesmo autor, cada cor referenciada no protocolo representa o


grau de urgência no atendimento do paciente; a saber:

• Vermelho: para emergências, o paciente não pode esperar nem um


minuto;
• Laranja: o atendimento é muito urgente, a espera não poderá ultrapassar 10

minutos; • Amarelo: o atendimento é urgente, mas o paciente pode aguardar por um

período de até 50 minutos;


• Verde:
pouco urgente, pode aguardar por até 120 minutos ou ser
encaminhado para outros serviços de saúde;
• Azul: não há urgência, o tempo de espera pode ser de até 240 minutos ou
será encaminhado a outros serviços de saúde.

A distinção entre emergências e urgências é descrita por Machado (2017), sendo

caracterizada como emergência, as situações que demandam atuação imediata para


garantia

da vida, como por exemplo, uma parada cardíaca, asfixia ou hemorragia severa. Já a
urgência,

embora necessite de atendimento rápido, não requer que este seja imediato como no
caso da

emergência. Exemplos de urgências: Fratura exposta, amputações com sangramento

controlado, membros empalados e outras que não ofertem risco imediato à vida, mas
ainda

assim, exigem agilidade no atendimento da vítima (informação


verbal)1.

Machado (2017) explica ainda que para o psicólogo atuando em emergências, a

prioridade de atendimento se dá na contramão da classificação obtida pela triagem do


Sistema

Manchester. Isto ocorre pelo fato de os psicólogos terem como ferramentas de trabalho,
a

escuta e a palavra, o que requer que o paciente situe-se fora do quadro de emergência

(prioridade médica) e esteja consciente/ orientado no tempo e espaço, permitindo assim


a fala,

escuta e elaborações, referentes à experiência traumática. Assim, o psicólogo deverá

considerar a triagem de forma a atender primeiramente os pacientes classificados como


Azul,

em seguida os situados nos tapetes de cor verde, até o Amarelo onde existe um tempo

propício à intervenção e o paciente não se encontra em risco tão elevado quanto os que

encontram-se nos tapetes de cores Laranja e


vermelho.
1 MACHADO M. E. Proposições proferidas em aula ministrada no Curso de Graduação em Psicologia

UniBH, Disciplina: Psicologia e clínica em hospitais – Campus Estoril. Belo Horizonte, 2017

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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2.4 RISCOS, VULNERABILIDADES E POLÍTICAS PÚBLICAS

Os riscos relacionam-se com a percepção sobre o ambiente e propiciam para


que os

sujeitos tornem-se conscientes sobre as vulnerabilidades que vivenciam, e os cuidados

demandados em virtude destas vulnerabilidades (KUHNEN, 2009). Os psicólogos


atuando

nas emergências podem através das políticas públicas, desenvolverem ações que
atendam e

preparem as comunidades para que tornem-se resilientes diante de situações


ameaçadoras. A

atuação dos psicólogos nas comunidades, propicia um maior entendimento das


pessoas sobre

a prática destes profissionais nos contextos emergenciais e também ampliam a


capacidade do

psicólogo em atuar nestes cenários promovendo ações pontuais em benefício das

comunidades e das pessoas que nelas


vivem.

Para Valêncio (2006), um grupo social pode ser prejudicado em virtude de


carência

referente às estratégias que atendam à garantia de direitos tanto na fase de prevenção,


quanto

na de resposta ou recuperação diante da eclosão de um evento adverso. Guimarães


(2008)

alinha-se à Valêncio (2006) ao alegar que se ocorre um desastre, é porque existe


portanto uma

vulnerabilidade. Para minimizar esta vulnerabilidade, foi criada a Política Nacional de


Defesa

Civil (PNDC), em 12 de dezembro de 1994, do Conselho Nacional de Defesa Civil

(CONDEC), tendo como objetivo a garantia do direito à vida, à estar seguro, ao acesso
à

mecanismos de promoção da saúde e ainda, proteção à propriedade diante de uma


situação de

desastre (LOPES, 2010).

No Brasil, o tema desastres é tratado pelo Sistema Nacional de Defesa Civil

(SINDEC), onde se relacionam os órgãos setoriais, referidos por Pimentel (2006) como
sendo

toda a Administração Pública: desde os bombeiros, policiais e militares das distintas


divisões

de exército, marinha e aeronáutica, como também o Conselho Federal de Psicologia


(CFP) e

demais órgãos de apoio. O psicólogo deve, portanto, desenvolver um trabalho


interdisciplinar,

integrando-se nas equipes formadas por profissionais de distintas áreas de atuação


como

médicos, engenheiros, arquitetos, antropólogos, sociólogos, bombeiros, enfermeiros,


entre

outros que compõem os órgãos


setoriais.

A Defesa Civil não se caracteriza como um órgão, mas como ações coordenadas

através de vários órgãos que em conjunto, atuam no âmbito da assistência. Estas


ações

assistenciais, sejam de socorro, prevenção ou recuperação, destinam-se a minimizar ou

mesmo evitar a ocorrência dos eventos emergenciais, preservar o moral e


reestabelecer a

normalidade diante da desestruturação que estes eventos causam na sociedade


(BRASIL,

2007).

Nadur Júnior, Amir. (2018).


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Siena e Valêncio (2009) apontam que para que as políticas públicas da Defesa
Civil

sejam mais eficazes é necessário situar o tema das emergências na perspectiva de


promover a

cidadania. Esta ideia é reforçada por Demo (2001) ao apontar para a importância em

conscientizar a população para questões referentes aos direitos que possuem como
cidadãos e

que lhes garantem o acesso aos mecanismos de assistência social. No entanto, explica
que a

assistência não deve estender-se no tempo pois pode gerar dependência. Heredia
(2006)

explica que a sociedade deve participar ativamente no sentido de recuperar-se dos


danos

causados pela desestruturação decorrente dos eventos emergenciais, evitando que a

assistência, caracterize-se como


assistencialismo.

Para os mesmos autores, os psicólogos atuando nas equipes de Defesa Civil e

Assistência Social e a troca de informações e experiências entre diferentes disciplinas,

possibilitam também o desenvolvimento de políticas públicas condizentes com as

necessidades da comunidade e seus membros, evitando que eles dependam de


“doações”

como único recurso para a subsistência, em virtude de permanecerem sem condições


de

manterem-se por si mesmos ou estarem em condições de vulnerabilidade social. É


preciso
então desenvolver programas que contribuam com o processo de construção de
autonomia e

emancipação desses indivíduos que vá gerar uma transformação na sociedade. O


psicólogo

atuando nos cenários de emergências, provê meios para que as comunidades e a


população

prepare-se e também recupere-se de eventos de risco, através da construção da


resiliência.

2.5 A ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS NAS EMERGÊNCIAS

Kobiyama (2004) propõe que a Psicologia nas emergências está relacionada


com três

etapas de emergências, podendo o psicólogo atuar seja no pré-impacto (o antes), no


impacto

(durante) e no pós-impacto (após o evento). Na etapa anterior ao evento, desenvolvem-


se

ações voltadas à prevenção e percepção de risco e que referem-se ao desenvolvimento


de uma

consciência comunitária, que resulte na preparação entre seus membros, para que
diante do

risco ou ocorrência de um evento potencialmente traumático, tenham condição de lidar


e de

recuperar-se deste com maior resiliência, minimizando os danos decorrentes dos


eventos

(estratégias e programas de preparação). Durante o evento é possível realizar ações

emergenciais (resgate, primeiros socorros, triagem e classificação de vítimas,


assistência às

populações e reestruturação do cenário); e a reconstrução das comunidades é


realizada na

etapa pós-evento (retomar por completo o funcionamento dos serviços públicos


garantindo a
movimentação da economia na região, a segurança e bem-estar social e o moral da

Nadur Júnior, Amir. (2018).


A Atuação dos Psicólogos nas Emergências e Catástrofes 11

população). Molina (2006) descreve sobre uma quarta etapa das emergências e que
refere-se à

elaboração de planos de ação para o caso de reincidência dos eventos. Esta etapa
consiste em

identificar e traçar as estratégias mais eficazes para cada


cenário.

Em outras palavras, a distinção das fases das emergências permite traçar


estratégias e

métodos para a atuação do psicólogo de acordo com cada uma destas fases. As
estratégias vão

do mapeamento prévio de riscos, à reconstrução de comunidades afetadas, além do

desenvolvimento de planos de ação caso haja o risco de novos eventos


ocorrerem.

Molina (2006) categoriza ainda outras possibilidades de atuação do psicólogo em


cada

etapa das
emergências:
Pré emergência: capacitação e treinamento em habilidades de resposta diante de uma
emergência à população em geral; assessoria na definição de planos de emergência;
seleção de pessoal para integrar as equipes de primeiras respostas; planos de
monitoramento de estado de saúde mental.

Durante a emergência: intervenção em crises; aplicação de planos de manejo hospitalar


em crises; manejo de pacientes e familiares que cheguem a crises decorrentes de
emergência ou desastre (enfrentamento num lugar estranho diante de uma situação
sensível); primeiros socorros psicológicos.

Após a emergência: avaliação do impacto psicológico e possíveis estratégias de manejo;


investigação dos efeitos produzidos pela emergência, para melhorar respostas diante de
uma possível repetição; realização de módulos de autocuidado para a equipe de primeira
resposta e funcionários de centros hospitalares em geral.
É proposto por Herédia (2006), que as intervenções da Psicologia nas
emergências

visam a diminuição das manifestações de ansiedade, alivio de pressões emocionais, e


auxilio

na ressignificação das experiências vivenciadas pelos indivíduos. É importante também


a

promoção de condutas participativas que promovam ações solidárias entre as vítimas


dos

impactos ocasionados pelos


desastres.

A representação do evento constrói-se à partir da subjetividade de cada sujeito,

formando-se através da percepção que este tem do mundo e suas experiências


pessoais e

coletivas. Em outras palavras, torna-se importante compreender em primeiro plano, o


sentido

e as construções atribuídas pelas pessoas às situações de emergência. Estes fatores,


são

determinantes para as reações que desencadeiam-se nas pessoas. Esta proposição é


fortalecida

por Mattedi (2008) ao dizer que a maneira como as pessoas se comportam diante de
uma

emergência, resulta-se da consciência prévia sobre os riscos à que são expostas,


possibilitando

o desenvolvimento de estratégias adaptativas diante dos eventos


adversos.

De acordo com Coelho (2007), em momentos de crise, ou seja, durante o evento,


as

contribuições dos psicólogos dão-se no sentido de auxiliar as vítimas a compreenderem


o que

está acontecendo, e fornecerem à elas informações sobre a situação de emergência


que
Nadur Júnior, Amir. (2018).
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vivenciam. Ou seja, as explicações auxiliam os afetados a tornarem-se conscientes


sobre a

situação e assim possam organizar os sentimentos e lidar com o evento e as


desestruturações

decorrentes deste, promovendo a compreensão e potencialização das capacidades


para o

enfrentamento. De acordo com Afonso (2006), tornam-se de grande valia neste intuito
as

dinâmicas de grupos pois os participantes levantam questões em torno de um “ponto


central”

que surge através das elaborações do próprio grupo. Entrar em contato com a
realidade do

outro através dos relatos e ideias compartilhados nas dinâmicas em grupo, faz com que
os

sujeitos envolvam-se nas distintas formas com que desdobram-se a percepção, os

pensamentos e a ação. Assim as pessoas podem perceber que a vida continua e


precisam se

manter ativos, buscando reconstruir seus espaços e sua realidade, que eventualmente
passa a

ter um caráter totalmente distinto da realidade anterior ao


evento.

Para Coelho (2010), o psicólogo desempenha ainda um papel importante nas

comunidades em situação de vulnerabilidade, atuando nas equipes multiprofissionais


de

análise e avaliação de riscos, cujos objetivos são a identificação destes riscos para que
possam

ser traçadas estratégias no intuito de preparar a comunidade e seus membros para o


caso de
ocorrência de algum evento. Herédia (2006) diz que, à partir da consciência sobre os
riscos, o

psicólogo pode promover o desenvolvimento da resiliência na comunidade, de maneira


que

em caso de ocorrer um evento adverso, as pessoas saibam como proceder. O


psicólogo pode

promover e utilizar-se de dinâmicas de grupos, rodas de conversa e simulações de

emergências no intuito de preparar as pessoas para que diante do evento, estas não
fiquem

paralisadas em virtude das dificuldades que os eventos catastróficos e emergenciais


causam

não apenas no âmbito estrutural e social, mas também no indivíduo e sua


subjetividade.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Emergências são cenários complexos e que geram desestruturação em diversos


planos,

requerendo a atuação de distintas disciplinas no intuito de abarcar em conjunto toda a

multiplicidade de questões que surgem nos sujeitos frente a uma experiência


potencialmente

traumática.

As emergências abrangem múltiplas dimensões que requerem atenção não


apenas com

a reconstrução das estruturas físicas como moradias danificadas, escolas, ruas,


supermercados

transportes e outros elementos do cotidiano das pessoas, mas também atenção com
relação às

construções psíquicas que podem surgir mediante um evento adverso de grande


potencial

traumático, como as catástrofes. Ressalta-se a importância do trabalho coordenado


entre

Nadur Júnior, Amir. (2018).


A Atuação dos Psicólogos nas Emergências e Catástrofes 13

diferentes saberes e profissões, ao dizer que a atuação do psicólogo se faz em


conjunto com

equipes multiprofissionais da Defesa Civil, compostas por profissionais de diversas


áreas

(engenheiros, bombeiros, médicos, geólogos, enfermeiros, psicólogos, polícias,


exército, etc),

onde cada especialidade ou área de atuação possa contribuir no objetivo de abarcarem


em

conjunto, toda a multiplicidade de demandas que surgem diante de um evento


emergencial e

que como dito anteriormente, referem-se não apenas ao âmbito estrutural e social, mas

também ao sujeito e suas construções


subjetivas.

As proposições dos autores de referência para esta pesquisa, fornecem uma


visão

ampla sobre as emergências e a atuação dos profissionais de Psicologia em eventos de


grande

potencial traumático para os indivíduos e comunidades


afetadas.

Sobre as fases dos desastres, a atuação do psicólogo em cada etapa das


emergências

pode ser dividida em: pré emergência, durante a emergência e após a emergência,
sendo

definidas atuações distintas em cada uma destas. A atuação se dá tanto na capacitação


e

treinamento em habilidades de resposta diante de uma emergência e na atuação e


intervenção
em crises (primeiros socorros psicológicos), quanto na avaliação do impacto
psicológico,

efeitos produzidos pela emergência e desenvolvimento de estratégias para ações em


caso de

reincidência dos eventos.

Entende-se que a Psicologia pode dar sua contribuição em diferentes linhas de

intervenção, dependendo do momento/ fase da emergência. Um psicólogo ligado às

emergências tende à versatilidade e contribui nas fases de preparação, intervenção ou

mitigação, tanto na operação como na gestão, dependendo de qual seja a sua


formação de base

(organizacional ou clínica). Atualmente, as emergências e os desastres, teoricamente,


estão

sendo concebidos como fenômenos eminentemente sociais, ocorrendo à partir da ação


ou

omissão humana diante a um evento crítico, seja ele causado por fenômenos naturais
ou não.

A pesquisa identifica possibilidades de atuação do psicólogo em emergências


para

além dos cenários de risco, ao considerar que o psicólogo atuando na comunidade


afetada seja

pelo risco ou pelo evento em si, pode desenvolver estratégias e até mesmo programas
e

políticas públicas em conjunto com os órgãos de assistência social. Intervenções da


psicologia

neste campo, independente da fase em que os eventos encontram-se, visam a atenção,

acolhimento e emancipação do sujeito para que este possa lidar com os eventos
adversos e

recuperar-se destes sem que se estabeleça prolongada dependência das políticas


públicas,

evitando assim que as doações sejam seu único meio de subsistência e a assistência
acabe
configurando-se como
assistencialismo.

Nadur Júnior, Amir. (2018).


A Atuação dos Psicólogos nas Emergências e Catástrofes 14

A pesquisa desenvolvida sobre a atuação dos psicólogos nas emergências,


desastres e

calamidades fornece, portanto, uma visão ampla e justificada, sobre a importância da


inclusão

destes profissionais nas políticas públicas, no intuito de promover o desenvolvimento da

resiliência nas comunidades e vítimas de eventos de grande potencial traumático,


contribuir

para a reconstrução da subjetividade das pessoas em situação de vulnerabilidade e à

construção de intervenções e programas assistenciais que atendam às comunidades


em

situação de risco.

A quem deseja desenvolver pesquisas sobre os temas Psicologia e emergências,


é

importante considerar que cada etapa e tipo de evento emergencial, assim como as

peculiaridades de cada comunidade afetada e das pessoas que nelas vivem, fornecem
linhas de

estudo para a produção de artigos distintos sobre a atuação dos psicólogos nas
emergências.

É sugerido que desenvolvam-se pesquisas no intuito de avaliar os impactos da atuação


do

psicólogo em campo, buscando averiguar a forma como as intervenções repercutem no


pós

desastre, e como as comunidades percebem e reagem diante das emergências. A


inserção do
psicólogo nas pesquisas de campo, contribuem para a ampliação dos dados
disponíveis sobre

esta temática, corroborando com o saber sobre as emergências, possibilitando o

desenvolvimento de estratégias que minimizem com eficácia, os danos resultantes das

emergências.

Nadur Júnior, Amir. (2018).


A Atuação dos Psicólogos nas Emergências e Catástrofes 15

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