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Gestão da Demanda

e dos Estoques
Material Teórico
Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. José Joaquim do Nascimento

Revisão Textual:
Profa. Me. Magnólia Gonçalves Mangolin
Sistemas de Controle dos Níveis
de Estoques

• Introdução

• Sistemas de controle dos níveis de estoques

• Técnica de controle de estoque: Ponto de Pedido - PP

• Sistema de controle de estoque: curva ABC

• O Sistema de Controle de Estoque a partir do Lec:


Modelo de Lote Econômico

• Sistema de controle de estoque: modelo Just-in-Time

• Sistemas MRP de controle de estoque

• Estoque Mínimo (segurança) e Grau de Atendimentos

• Ações básicas para um plano de controle de estoques

O tema central desta unidade é sistema de controle de estoque.


Leia com atenção, pois dois sistemas que apresentaremos será
apenas conceitual e os outros necessitam de um esforço para
resolver os cálculos.
A realização dos exercícios é fundamental para fixação e a
aprendizagem da unidade. Além disso, sua participação nas atividades
e nos fóruns é muito importante.

Ao concluir este módulo você deve ser capaz de entender e compreender:


»» Quais são os principais sistemas de controle de estoque nas empresas;
»» Como identificar os estoques mínimos;
»» Quais as equações básicas que fundamentam o Lote Econômico de Compras.

Trata-se de um item que compõe o estudo do tema Estoque nas empresas, tema que é
visto como uns dos itens centrais da análise do estoque. Busque compreender a lógica dos
sistemas de controles e visite sites na internet ou no youtube para conhecer ferramentas
diversas que já estão presentes nas empresas.
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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Contextualização

Existem vários de sistemas de controle de estoque operando nas empresas, atualmente, a


partir de software e metodologias já a muito conhecidas.
Os sistemas são ferramentas importantes para um controle mais eficaz e eles estão
ligados a outros departamentos nas empresas permitindo que outras áreas conheçam como
funcionam os estoques.
Os níveis de estoques têm se tornado elemento importante para tomada de decisões e os
sistemas de controles são vistos como ferramentas poderosas que apoia decisões diversas.
As empresas estão buscando melhorar suas performances no mercado e para tanto precisam
otimizar recursos diversos. Tal otimização dependem das ferramentas de controle dos recursos.

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Introdução

Já sabemos que os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico e que
eles representam um investimento destinado a incrementar as atividades de produção nas
empresas. Para Ching (2011), a perspectiva atual da gestão de estoque moderna avalia e
dimensiona convenientemente os estoques em bases científicas, substituindo o empirismo
por soluções técnico-científicas. Já sabemos, portanto, que toda empresa deve gerenciar
seus estoques definindo a forma mais conveniente, buscando, assim, saber quando e quanto
comprar, de modo que obtenha com tal controle uma vantagem competitiva perante aos
seus concorrentes (TADEU, 2011).

Diálogo com o Autor


Um dos teóricos mais estudados em logística é o Nigel Slack (1999), e ele enfatiza em
seus livros de gestão da produção que o controle dos estoques é de suma importância
para o funcionamento da empresa, considerando tal relevância ao controle dos níveis de estoque
exatamente porque o excesso de produtos estocados pode absorver uma considerável quantidade
de capital, tomando-os custosos para a empresa. Diz ainda que o excesso de estoque pode gerar
uma chance maior de perdas, por poderem se deteriorar, tornarem-se obsoletos ou apenas se
perderem, além de ocuparem espaços valiosos nas empresas. Imagine as empresas de pequeno e
médio porte que, geralmente, tem pouco espaço físico e realiza suas atividades de forma bastante
“apertada” financeiramente (SLACK, 1999).

Existe o outro lado para a questão apresentada acima, sobre os níveis de estoques. Sabemos
que um elevado estoque, pode proporcionar uma maior segurança para os vendedores de
uma empresa comercial ou até industrial, já que em um determinado momento, o ambiente
para muitas empresas podem apresentar incertezas diversas. Para Paolesch (2012), as incertezas
e instabilidades nos ambientes econômicos podem levar às empresas mudanças bruscas de
atividades, podendo ter uma alta demanda por um produto num mês e noutro quase nenhuma.

Em Síntese
Caro aluno, o problema que buscaremos entender é o controle dos níveis de estoque.
Quanto de produtos os administradores devem deixar estocados em seu almoxarifado, para que seja
atendido da melhor maneira possível a demanda, tanto interna quanto externa. Vamos lá!

Vamos começar estudar a questão do controle dos níveis de estoque, partindo de


considerações simples.
Consideremos primeiro uma empresa do ramo comercial. Seria muito prejudicial para esta se
um cliente procurasse junto a outro fornecedor um produto que a empresa comercializasse, só
porque houve uma falta desse produto em seu estoque. Este é um bom motivo, para justificar a
empresa deixar uma margem de segurança no estoque para que não haja a falta desse produto
e a produção seja interrompida, ou não seja atendida uma solicitação de compra de cliente.
Wanke (2011) sugere que o controle deve ser estabelecido com inteligência para que não se
tenha a falta e nem um acúmulo muito grande desse produto num período de baixa demanda.
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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Vamos avançar um pouco!


Uma política de controle é fundamental pois é improvável que uma empresa consiga
realizar sua atividade comercial ou produtiva sem sofrer influência de uma série de
variáveis que impactam diretamente nos níveis de estoques (WANKE, 2011).

Uma política de controle de estoques sugere considerarmos fatores como os abaixo indicados
(TADEU, 2011).

99 Alteração nas quantidades consumidas de um período para outro;


99 O prazo solicitado pelo fornecedor para atender ao pedido;
99 Problemas internos como a Rejeição por parte do Controle de Qualidade de um volume
de produtos produzidos;
99 Entrega de materiais diferente do solicitado por parte dos fornecedores;
99 Apuração dos estoques com bastante diferença do apresentado em inventário, entre outros.

Finalidade do controle de estoque para uma empresa


A finalidade básica é uma empresa otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso
dos meios internos da empresa, diminuindo as necessidades de capital investido em produtos. A
finalidade também diz respeito ao atendimento de metas de produção ou vendas das empresas,
assim como atender a uma expectativa de gastos que são gerados com a estocagem dos produtos
(TADEU, 2011).

Não somente os recursos que estão empatados em produtos são preocupantes para empresas,
mas também questões de natureza operacional interna e até questões externas vinculadas as
condições do mercado fornecedor e até os concorrentes.

Para Pozo (2007), quando a administração superior decide por uma lógica de controle, do
estoque, obviamente variáveis que interferem nas decisões internas de diversos departamentos
estão sendo consideradas. Variáveis como:

99 Custos para manutenção;


99 Demandas nos pontos de vendas;
99 Disponibilidade de caixa na empresa;
99 Ritmo da produção, entre outras questões gerenciais.

A administração necessita estabelecer um padrão de controle, até mesmo para medir a


performance do setor de materiais em diversos aspectos: operacionais, financeiros e gerenciais,
é o que considera Novaes (2007). A figura a seguir sugere que a compra de materiais ou
mercadorias envolve diversos atores e se vinculam a diversas atividades dentro da companhia.

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Figura 1 – Elementos Relacionados ao Estoque.

Veja que há vários elementos, ou ainda áreas funcionando nas empresas, e todas ao
planejarem consideram em seu planejamento questões relativos ao abastecimento de materiais.
Os planos convergem com uma política de estoque que respeita aspectos importantes, que de
maneira geral, podem ser:
99 Tamanho da área necessária para custódia e manutenção dos materiais;
99 Tipos de recursos necessários para estabelecer o controle;
99 Indicadores de níveis de estoques determinados pela gerência superior como estoque
de segurança ou até de especulação.

Sistemas de Controle dos Níveis de Estoques

Há várias técnicas de gestão de estoques, umas mais adotadas na indústria outras mais no
comércio. As mais conhecidas são (NOVAES, 2011):

99 Ponto de Pedido
99 Classificação ABC
99 Lote Econômico de Compras
99 Ressuprimento JIT
99 MRP

Nosso estudo irá analisar as quatro técnicas iniciais e descrever as demais de forma sucinta.

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Técnica de controle de estoque: Ponto de Pedido - PP

É muito usado por empresas, notadamente, as pequenas e até médio porte, em função
da facilidade do controle. Este ponto indica, em termos de quantidade física, quando um
determinado item ou mercadoria precisa de uma nova compra, ou ainda um novo pedido.
Segundo Wanke (2011), este ponto indica qual o saldo do estoque que suporta o tempo
necessário para reposição, ou seja, o tempo necessário para entrada de um novo produto.
Podemos representar este ponto a partir de uma equação como a que apresento abaixo:
Equação
PP = (C.M.M x TR) + E.MIN,
Em que:
PP – Ponto do Pedido
CMM – Consumo Médio Mensal
Tr – Tempo de Reposição
E.Min – Estoque Mínimo ou estoque de segurança

Exemplo
Vamos supor que em uma empresa qualquer uma determinada peça tem consumo mensal
de 100 unidades, porém o tempo de reposição desta peça é de 2 meses. Com estas informações
podemos determinar o ponto de pedido, uma vez que o estoque mínimo deve ser  de um mês
de consumo. 
PP = Em + (C x Tr)
PP = (100 x 2) + 30 
PP = 230 unidades. 

Vamos entender!
Por que estamos multiplicado o consumo médio mensal por 2?

Resposta. O consumo mensal é de 100 unidades, porém o tempo de reposição é de 2 meses. Como o
ponto de pedido indica quando deve ser feito o novo pedido, neste exemplo, podemos dizer que deve ser

Tempo de Reposição de um Pedido


Para Viana (2002), esta é uma variável que compõe o ponto do pedido. Este tempo, sugere
o quanto é gasto em termos de dias desde a constatação de que o estoque deve ser reposto até
a chegada da mercadoria ou material no ponto de estoque da empresa (VIANA, 2002).

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O tempo de reposição é composto por três atividades básicas:
99 A emissão do pedido – gasta-se um tempo desde a emissão do pedido de compra
até o pedido chegar ao fornecedor da mercadoria.
99 Preparação do pedido – O fornecedor precisa de um tempo para fabricar o produto,
para faturar o pedido de compra, entre outras, até deixar na condição de transportar
a mercadoria.
99 O transporte do pedido – é necessário considerar o tempo gasto no período em que
a mercadoria se mantém no transporte (do momento que sai do fornecedor até o
recebimento por parte da empresa compradora).

Consumo Médio Mensal (CMM)


É a quantidade média consumida de materiais ou mercadoria em um certo período de tempo.
Pode ser determinada por uma equação simples, como a apresentada a seguir (VIANA, 2002):

C.M.M = [C1 + C2 + C3 + ...+ Cn] / N


Em que:
C1+ C2 +C3 = Quantidade Consumida em cada período (mês).
N = número de meses.

O Consumo médio mensal é outro parâmetro do Ponto de Pedido que pode aparecer em
questionamentos como segue o exemplo a seguir.
Assim:
Uma empresa do ramo automotivo usa uma determinada peça XYZ em seus carros montados
e a mesma teve seu consumo no semestre como indicado na tabela a seguir. Considerando que
o tempo de reposição (Tr) é de 25 dias, qual é o Ponto de Pedido?

Apresentou no semestre consumo relacionado a seguir. Se o tempo de reposição for de 45


dias, qual será o Ponto de Reposição?

Jan. = 1000
Fev. = 900 Total Período = 6000
Mar. = 700 C.M.M = 6000 / 6 = 1000
Abr. = 1.100
Mai. = 1.500
Jun. = 800

Vamos considerar o caso da empresa automotiva acima e dizer que a mesma consome outra
peça ABC na quantidade de 3000 unidades por mês. O tempo de reposição (Tr) é 15 dias. Qual
deve ser o Ponto de Pedido, considerando que a empresa deve ter um estoque mínimo de 10
dias de consumo?
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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Resolução:
C.M.M = 3000 Unidades por mês P.P = (CMM X TR) + E.Min
Tr. = 15 dias ou 0,50 mês P.P = (3000 X 0,5) + 10
E. Mínimo = 10 dias de consumo P.P = 1.500 + 10 = 1.510 unidades

Intervalo de Ressuprimento
É o tempo gasto em dois pedidos realizado pelo gestor de estoque. Ele pode ser fixo ou
variável. Para Dias (2009), o gestor solicitar do fornecedor, a cada semana, quantidades
diversas em função das necessidades da semana ou pode solicitar o ressuprimento em qualquer
período, porém sempre a mesma quantidade, ou uma quantidade fixa. Este intervalo pode ser
dimensionado em dias, semanas, meses ou ano (DIAS, 2009).
Assim:
I.R = 12 / N meses ou I.R = 360 / N dias.

Sistema de controle de estoque: curva ABC

Explore
Comece este item com tranquilidade, após assistir ao vídeo através do link:
99 www.youtube.com/watch?v=JIZqxuADAJM

O sistema ABC de estoques é muito conhecido e tem seu mérito atribuído a Vilfredo Pareto.
Como sistema baseia-se em uma classificação de produtos por classes ou níveis, daí o termo
ABC porque as empresas ao classificarem a importância dos produtos consumidos ou na linha de
produção ou no ponto de consumo, devem considerar que os mais importantes são os produtos
de classificados como A, e os menos importantes são classificados como C. O intermediário são
os produtos de classe B (DIAS, 2009).

Como é uma classificação, foi determinado porcentagem que definem os produtos de classe
A, representando, mais ou menos, 80% de importância, porém quantitativamente representam
apenas 20% dos estoques. Entenda importância como os bens que representam os maiores
investimentos, daí o máximo de atenção.

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Os produtos classificados como classe B representam os produtos que a empresa tem, o segundo
maior investimento, daí também uma preocupação elevada, em torno de 50 por cento (50%). Esta
classe de produtos ocupa metade da atenção do gestor de estoque ou ainda da empresa.

A terceira classe de produtos, a classe C, representa a maioria, porém de baixo valor para
empresa. No entanto, eles ocupam a maior parte do espaço em estoque, mas tem valor baixo.
Daí a prioridade ser baixa por parte do gestor de estoque. Então o monitoramento é baixo
para produtos de baixo valor, embora exista em grande quantidade dentro do almoxarifado. Já
os produtos que tem pouca quantidade, mas é caro e representa um grande investimento da
empresa o gestor deve se preocupar muito mais (DIAS, 2009).

Cada segmento da curva sugere a classe de produtos e consequentemente o grau de atenção


do gestor de estoque, porém de forma inversa. Veja que estamos relacionando as classes dos
produtos ao valor financeiro que os produtos desta classe têm.

Figura 2 – Curva ABC

Para Martins (2002), uma vez considerada uma técnica de classificação para os produtos
em estoques, as empresas podem optar por acompanhar periodicamente ou permanentemente
(diariamente, ou semanalmente, por exemplo).

A lógica é que os produtos classificados como A em que a empresa empata muito recurso, a
atenção deve ser redobrada e o monitoramento deve ser permanente. Já os produtos de classe
B podem ser controlados periodicamente, assim como os produtos de classe C.

Há ainda técnicas simples como o método de duas gavetas que podem servir pra os produtos
de classe C, pois eles representam baixo valor investido nestes, embora sejam os de maiores
consumo, como ressalta Pozo (2007). Então a empresa pode consumir tudo que está na primeira
gaveta e começar a usar o que está na segunda gaveta, e é momento de realizar um pedido para
reposição dos produtos. Veja a tabela abaixo que é sugestiva para o que comentamos, onde
temos produtos com determinados preços e suas classificações em função dos seus respectivos
preços. Produtos de classe A são mais caros e de classe C são mais baratos.

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Tabela 1 – Classificação ABC

O procedimento para realizar a classificação segue na equação a seguir, uma vez que ao
considerarmos a quantidade de produtos que pertencem a uma classe em função de seu preço
basta dividirmos pelo total de produtos comprados e assim teremos sua classificação, se A, B ou
C (POZO, 2007).

A classificação ABC típica pode ter esta configuração: 20% de produtos são de níveis A, que
respondem por 60% do valor investidos. Os produtos classificados como B, significaram 30%
do valor investido e os produtos de classe C, representaram algo em torno de 10% do valor
investido. Veja que a relação não é quantitativa e sim financeira. O movimento quantitativo de
produtos dentro do almoxarifado é de produtos de classe C, porém não são os que demandam
mais preocupação como roubo, danos e avarias diversas (CHING, 2010).

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O Sistema de Controle de Estoque a partir do Lec: Modelo de
Lote Econômico
As empresas podem ainda estabelecer controle dos níveis de estoques adotando uma postura
específica para as compras. Comprar uma quantidade ideal para o nível de consumo identificado
na unidade.

Estamos falando de uma quantidade ótima de produtos que deve existir no estoque a partir
de lotes de compras ótimos. Este lote é conhecido como Lote Econômico de Compras – LEC
(VIANA, 2002).

O que os gestores estarão fazendo é dividirem os custos de estocagem nos custos. Para Viana
(2002), a única variável que o modelo deixou de fora foi o custo do produto adquirido. O LEC
tornou-se um modelo de compras ótimo muito conhecido e fundamentado em uma equação
simples, como a apresentada logo abaixo.

Em que:
·· S=consumo em unidades por período (mês ou ano)
·· O= custo de pedido, por pedido
·· C= custo de carregamento por unidade, por período. Custo de Estocagem
·· Q= número de unidades do pedido

A partir do momento que uma empresa tem calculado o seu lote econômico de compras,
ela precisa determinar quando deve emitir os pedidos que encontrou como ótimo. Veja que
estamos falando do Ponto de Pedido, item que discutimos logo no início deste módulo.

Como mencionamos antes, o ponto de emissão de novo pedido reflete o número de dias
necessários para emitir e receber um pedido e a utilização diária do item em estoque.

Ponto de Emissão de novo pedido = Dias de prazo x Utilização diária

De acordo com Tadeu (2011), caso a empresa tenha um ritmo de produção ou consumo
elevado, basta considerar a utilização diária do produto e multiplicar pelos dias de prazo
necessário para o ressuprimento e assim estará determinando o ponto do novo pedido. Para
elucidar esta questão vamos a um exemplo simples.

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Atenção
Imagine que uma empresa já sabe que precisa de 10 dias entre a emissão e o recebimento
do pedido de um fornecedor. Porém consome 200 unidades por dia dos produtos que estão em
estoque. Então qual é o ponto do novo pedido?

Ponto de Emissão de novo pedido = Dias de prazo x Utilização diária

Usando esta equação, temos: PP = 10 dias x 200 unidades / dia) = 2000 unidades.
As 2.000 unidades encontradas sugerem que quando o estoque estiver com esta quantidade
deve-se realizar um novo pedido ao fornecedor do produto ou material. Veja que estamos
falando do ponto de pedido e não do lote econômico. Para Tadeu (2011), o que não pode
ocorrer são erros na estimativa, nem de consumo nem de prazo de entrega, para não gerar a
falta de estoque para empresa ou gerar estoques excessivos. Nesta perspectiva o pedido chegará
exatamente no momento em que o estoque zerar.
Sabemos, no entanto, que os prazos determinados pelas empresas que fornecem produtos
ou materiais falham assim como o quanto a empresa consome em um período também. Daí se
justificar um estoque de segurança, um estoque mínimo que elimine problemas com tais falhas:
prazos e taxas de consumo em períodos (WANKE, 2011).

Pense
Caro aluno, estamos tratando de um modelo, e, portanto, ele não é perfeito e adequado
a qualquer tipo de situação sem restrições. Há uma série de restrições ao modelo, daí é
importante que considere seus fatores para que ele seja útil.

Vamos voltar ao LEC, item que estávamos discutindo. Há outra forma de calcularmos o lote
ótimo, como mostra a equação abaixo.

LEC = (2.B.D / Pu.I)1/2 Em que:


LEC: Lote Econômico de Compra
B: Custo Unitário do Pedido
D: Demanda Anual
Pu: Preço Unitário do Item (valor da compra)
I: Taxa de armazenamento dada em % ou valor do armazenamento para o período
T: Tempo de armazenamento em anos

A equação do LEC ajuda bastante a identificar a quantidade ótima de compras, mas ela não
informa outras questões relevantes para o gestor de estoque, apenas o quanto é ótimo comprar,
a partir das informações de consumo dentro do período, tempo de armazenamento e custos do
produto adquirido (WANKE, 2011).

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Vamos a um exemplo, usando o Case da empresa Vende Bem Ltda. que apresentou as
seguintes informações e custos relativos:

Total de Salários do setor de compras (anual) R$ 75.000,00


Despesas Operacionais do Setor de compras R$ 20.000,00
Custos de Inspeção e recebimento por pedido R$ 10,50 por pedido
Média de pedidos por ano 10.000 unidades

A tabela abaixo indica os dados da armazenagem:

Demanda Anual (Consumo em um ano) 1.000 caixas


Custo de Aquisição
Taxa de armazenagem (I) 9%
Preço unitário (caixa) R$ 10,00

Quando tivermos um problema em que os dados são apresentados do modo demonstrado


anteriormente, o interessante é separarmos o que é custo fixo e custos variáveis. No caso
anterior temos:
99 Fixos: Salários anuais do setor e Despesas operacionais do Setor;
99 Variáveis: Custos de inspeção e recebimento, pois só ocorrem se acontecer um pedido.

Feito isto, vamos identificar os fatores que nos ajudam na determinação do custo do pedido.
»» Demanda ( D ) = 1.000 caixas;
»» Média de pedidos por ano: Cadência ( N ) = 10.000;
»» Taxa de Armazenagem ( I ) = 9%;
»» Preço Unitário ( Pu ) = R$ 10,00
»» Tempo ( t ) será 1 pois referimo-nos aos dados anuais;

Agora podemos calcular o Lote Econômico de Compras, o lote ótimo para empresa. Só falta
o custo do Pedido para então determinarmos o LEC. Vamos adotar o seguinte procedimento:
99 Vamos somar os valores anuais dos custos fixos: 75.000,00 + 20.000,00 = 95.000,00;
99 Estes valores são anuais e correspondem a um CTA (Custo Total Anual de Pedidos)
então para podermos finalizar e obter o custo unitário do pedido vamos dividir esse valor
pela cadência (N) = 95.000,00 / 10.000 = 9,5;
99 R$ 9,50 será o custo fixo de um pedido. Somemos a ele o custo variável unitário,
correspondente ao valor dos custos de inspeção e recebimento: R$ 9,50 + R$ 10,50 =
R$ 20,00, pronto chegamos ao valor do parâmetro B da equação do Custo do Pedido.

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Vamos então ao cálculo do LEC, usando a equação indicada acima:

Resolução:
LEC = (2.B.D / Pu.I)1/2
LEC = (2*20,00*1.000 / 10,00*0,09)1/2 ; LEC = 211 caixas

Vamos a outro Exemplo, porém você vai adotar a mesma equação e verificar se consegue
encontrar o valor identificado como resposta correta.

Uma empresa decide estabelecer o LEC para um produto de consumo diário. A quantidade
consumida por ano é 100.000 unidades deste produto. Sendo que cada produto consumido
custa em média 8,00 reais. Considerando que o custo do pedido foi de 32,00 reais por pedido
e o custo para manter os estoques foi de 20% ao ano, qual deve ser o LEC - O Lote Econômico
de Compra desta empresa?

Resposta: 2.000 unidades por Lote. Veja se consegue demonstrar o cálculo.

Podemos avançar mais um pouco e, usando informações da unidade Custo de Manutenção de


Estoque, buscar resolver a questão a seguir. Observe que os resultados estão no final da questão:

Uma empresa decide estabelecer o LEC para um item. A demanda anual é de 100.000
unidades, cada uma custando 8,00 reais. Digamos que o custo do pedido foi de 32,00 reais e
o custo de manter estoques foi de 20% ao ano.

Vamos calcular o LEC, o Número de Pedidos que a empresa fez por ano, O custo do pedido para
empresa e assim como o custo de manter estoque e o custo total para o produto em questão.

Veja se consegue a partir das informações abaixo:


a) LEC = 2000 unidades
b) O número de pedidos no ano = 50 Pedidos por ano
c) O custo do pedido = 1.600 reais
d) Custo de manter estoques = 1.600
e) Custo Total do Estoque = 3.200,00 reais

Trocando Ideias!
Caro aluno, lembro ainda que é possível a realização do Lote Econômico de Fabricação
(LEF). Embora importante, para determinação de quanto de materiais podemos ter no almoxarifado,
não precisamos calcular novamente, basta você considerar que tal cálculo é voltado para estabelecer
o fluxo ótimo entre as linhas de produção nas fábricas e os níveis de estoques que atendem as linhas
de produção.

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Sistema de controle de estoque: modelo Just-in-Time (JIT)

Considerar que uma empresa pode adotar um sistema de controle de estoque é compreensível.
Mas qual é o adequado? Algumas empresas ao considerarem um sistema de produto que minimize
custos pode adotar o sistema just-in-time (JIT) para controlar os seus estoques (VIANA, 2002).
Para Ritzman (2004), o sistema Just in Time (JIT), como é conhecido, considera que não
é possível manter produtos ou mercadorias paradas em estoques. As mesmas só devem ser
solicitadas aos fornecedores no momento em que forem ser usadas ou vendidas para os
consumidores. É claro que a empresa está minimizando os investimentos em estoques, pois
é exatamente isto que o termo Just in time sugere, como salienta Pozo (2007). Somente no
momento certo, ou exatamente no momento em que serão usados para produção, quando
tratarmos de materiais, por exemplo. Para Tadeu (2011), o estoque de segurança não é considerado
quando uma empresa adota este sistema de controle.

Pense!
Para que este sistema de controle funcione mesmo, imagine a coordenação que deve ser
necessária entre o pessoal da empresa produtora, o pessoal da empresa fornecedora do material e os
demais elementos envolvidos como as transportadoras, como salienta Fleury (2000). Nem podemos
pensar em atrasos, pois o processo é interrompido. Certamente, poucas atividades produtivas podem
usar este sistema, devido às diversas variáveis que prejudicam nossa logística, como a infraestrutura
viária (FLEURY, 2000).
Se o sistema Just in Time funcionar mesmo, ele faz com que as ineficiências produtivas venham à
tona. Lembro que a existência de estoque pode esconder problemas de falta de eficiência produtiva
e o JIT pode escancarar este problema na empresa (MARTINS, 2002).

Sistemas MRP de controle de estoque


Já comentamos a respeito de sistema de controle de estoques, porém nenhum deles a partir
de um software como o MRP – Material Resource Planning. Para, Corrêa (2010), o MRP é um
sistema básico usado entre departamentos de uma empresa para controle de recursos. É um
sistema de comunicação entre equipes de áreas que possibilita o controle dos recursos usados
nas atividades, porém importante porque ajudar a identificar quanto de recursos circula dentro
da unidade produtiva, diz onde esta se encontra e informa os níveis mínimos de materiais ou
produtos em estoques (MARTINS, 2010).
Este software aplica os conceitos de Lote Econômico de Compras para sinalizar quais são as
quantidades pedidas e pode indicar a lista de materiais, assim como a situação dos estoques
em termos quantitativos, é claro, assim como o processo produtivo de cada material realizado
pela empresa. Ainda, de acordo com Martins (2010), a lista de materiais nada mais é que

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

uma relação de todas as peças e matérias-primas utilizadas para fabricar o produto acabado na
unidade em questão. Considere que cada produto é composto por um conjunto de materiais e
o software diz quais são, ou seja, os produtos são cadastrados e neste há a indicação de quanto
de materiais é consumido por cada produto. Uma vez dito quantos produtos foram elaborados,
o computador diz quanto de material foi consumido e portanto, quanto ainda existe no estoque.
Para Ching (2010), um planejamento específico da produção ou de um pedido a ser
produzido o sistema MRP é importante e muito valioso. Ele pode simular a quantidade de
recursos necessários, comparando as necessidades de produção com o estoque disponível.
Tendo como base o tempo necessário para que um produto em processamento passe pelos
diversos estágios de produção assim como o prazo necessário para receber materiais, o sistema
de computador (o MRP) determina quando deve ser emitido um novo pedido dos diversos
itens da lista de materiais que compõe o produto (CHING, 2010).
Fica fácil entendermos que o uso deste sistema para controlar os estoques, ou seja, os níveis
de materiais ou produtos em estoques é muito bom. Daí dizer que ele é capaz de reduzir o
investimento em estoques sem prejudicar a produção. Porém não podemos deixar de dizer
que ele representa um custo para implantar e manter, mas é um dos mais baratos atualmente
(CHING, 2010).

Estoque Mínimo (segurança) e Grau de Atendimentos

A discussão sobre estoque mínimo ou de segurança é importante, pois sugere prudência


por parte dos gestores, conforme comenta Viana (2002). Vários fatores podem interromper
um fluxo contínuo de entregas, assim como vários fatores podem levar uma linha de produção
a consumir mais um material do que o previsto por um sistema de computador, entre outros
motivos. Daí falarmos de estoque de segurança que deve ser considerado independente do
sistema que possa ser usado na empresa (VIANA, 2002).
No que tange ao cálculo ele é simples. Veja abaixo, em formato de uma equação:

E. Mínimo = C.M.M x K

C.M.M = Consumo Médio Mensal.


K = fator de segurança arbitrário - é proporcional ao grau de atendimento desejado aos
clientes da empresa (G.A) para o produto demandado. Veja que o Grau de atendimento
desejado é 100% do que a empresa deseja menos o Risco de não atender (VIANA, 2002).

G.A = 1 - RISCO

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Situação I
Vamos considerar que o consumo médio mensal de uma determinada mercadoria é de 1000
unidades. Caso a empresa deseje um grau de atendimento de 60%, qual deve ser o estoque
mínimo a existir no almoxarifado?
Resolução: usando os dados informados temos:
Estoque Mínimo (segurança) = 1000 x 0,60 = 600 unidades deve ser o estoque mínimo.

O estoque mínimo e o grau de atendimento desejado pela empresa tem uma relação direta,
de modo que se a empresa aumentar o grau de atendimento ela terá de aumentar o estoque
mínimo. No exemplo anterior o grau de atendimento era 60%, mas se a empresa desejar
aumentar para 90% a consequência será um aumento do estoque mínimo. Veja como fica:

O aumento do percentual gerou um acréscimo no estoque de 50% do estoque mínimo


anterior. Logo, de 300 unidades para 600 unidades, que resultou da equação: Variação do
estoque = (300/600) x 100 = 50%.
Vamos a outra situação em que a alteração do grau de risco seja menor e consequentemente
o grau de atendimento seja maior. Digamos que a empresa deseja um grau de atendimento de
90% e, portanto, um grau de risco 10%. Considerando um consumo médio de 1000 unidades
por mês, vamos ao cálculo.
Consumo Médio Mensal = 1000 unidades da mercadoria
Grau de Atendimento desejado pela empresa = 90%
Estoque Mínimo = 1000 x 0,90 = 900 unidades

Ações Básicas para um Plano de Controle de Estoques

Pense
Caso necessite criar um plano para controlar o estoque na empresa, você pode organizar e determinar
níveis de estoque de segurança?

Siga os procedimentos a seguir e considere estes como questões que dão base a uma
estratégia. Assim:

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

99 Determine quais produtos ou materiais devem permanecer em estoque, assim como a


quantidade;
99 Determine o ponto de pedido, e faça isto a partir de um controle permanente;
99 Determine o estoque máximo para um determinado período;
99 Determine o controle de estoque por um dos métodos, como a curva ABC já estudada;
99 Adote o lote econômico de compras – LEC como uma ferramenta para aquisição de
quantidades ótimas;
99 Identifique e retire do estoque produtos danificados, pois não servem para uso.

Considere que há vários aspectos a serem analisados antes de implementar qualquer plano.
Um deles refere-se aos diferentes tipos de estoques existentes nas empresas. Veja se trata-se de
estoques de itens dependentes ou itens independentes. Se for uma empresa comercial, os itens
são de demanda independentes e o controle deve ser sob parâmetros que diferem dos itens
usados em atividades comerciais, pois os produtos para serem fabricados dependem dos itens
que o compõem. O exemplo de uma montadora pode ser útil. Todos os materiais usados por
esta indústria tem demanda permanente e constante, diferentemente de uma loja que vende
pneus para o público que a demanda é diferente, pois não é para montagem mas para reposição
(SLACK, 2009).
Logo, não deixe de considerar tais questões e aplicar as técnicas de controle quantitativos
apresentadas no texto até aqui.

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Material Complementar

Explore
Assista ao vídeo e veja outra opinião de como se estabelece e controla os níveis de estoques.
Link abaixo:
www.youtube.com/watch?v=paBqnoyTjuA

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Unidade: Sistemas de Controle dos Níveis de Estoque

Referências

BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia


de suprimento. São Paulo: Atlas, 2004.

BRUNI, A. L., FAMÁ, R. Gestão de Custos e Formação de Preços. Atlas, 2012.

CORRÊA, H. L. Gestão de Redes de Suprimento: integrando cadeias de suprimento no


mundo globalizado. São Paulo: Atlas, 2010.

CHING, Y.H. Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.

DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6. ed. São Paulo:


Atlas, 2009.

FLEURY, P. F.; FIGUEIREDO, K. F.; WANKE, P. F. Logística empresarial: a perspectiva


brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.

MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São


Paulo: Saraiva, 2002.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 3. ed. Rio de


Janeiro: Campus, 2007.

POZO, H. Administração de materiais e patrimoniais: uma abordagem logística, 4. ed.


São Paulo, Atlas 2007.

PAOLESCH, B. Almoxarifado e Gestão de Estoques. São Paulo, Editora Erica, 2012.

RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo:


Pearson Education, 2004.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2009.

TADEU, H. F. B. Gestão de Estoques: Fundamentos, Modelos Matemáticos e Melhores


Práticas Aplicadas. Editora Cengage Learning. São Paulo, 2011.

WANKE, P. F. Gestão de estoques na cadeia de suprimento: decisões e modelos


quantitativos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

VIANA, J. J. Administração de Matérias. São Paulo: Atlas, 2002.

Contabilidade Básica – José Carlos Marion.

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Anotações

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