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Lei n.º 1.

062, de 10 de outubro de 2006

Dispõe sobre o Uso e Ocupação do Solo Urbano do


Município de Poxoréu e dá outras providências.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE POXORÉU, no uso das prerrogativas que lhe são


estabelecidas pelo art. 55, § 3º, inciso I, combinado com o art. 68, V e XIII, da Lei Orgânica
Municipal, faz saber que a Câmara Municipal de Poxoréu aprovou e ele sanciona a seguinte

LEI:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1.º O Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Poxoréu, será regido por
esta LEI.

SEÇÃO I
DOS OBJETIVOS

Art. 2.º A presente Lei tem como objetivos:

I. Estabelecer critérios de ocupação e utilização do solo urbano, tendo em vista o


equilíbrio e a coexistência nas relações do homem com o meio, e das atividades que os permeia.
II. Prever e controlar as densidades demográficas e de ocupação do solo urbano, como
medida para a gestão do bem público e da oferta de serviços públicos, compatibilizados com
um crescimento ordenado.
III. Compatibilizar usos e atividades diferenciadas, complementares entre si, dentro de
determinadas frações do espaço urbano.
IV. Promover, através de um regime urbanístico adequado, a qualidade de valores
paisagísticos, culturais, estéticos e naturais, próprios da Cidade de Poxoréu, seu Município e Região
de Influência.

SEÇÃO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 3.º Para efeito de aplicação da presente Lei, são adotadas as seguintes definições:

§ 1.º Zoneamento é a divisão da área do Perímetro Urbano da Sede do Município, em


áreas para as quais são definidos os usos e os parâmetros de ocupação do solo.

I. Uso do Solo é o relacionamento das diversas atividades para uma área, podendo esses
usos ser definidos como:

a) Permitidos
b) Permissíveis
c) Proibidos

II. Ocupação do Solo, é a maneira que a edificação ocupa o lote, em função de normas e
parâmetros urbanísticos incidentes sobre os mesmos, que são:

a) Coeficiente de Aproveitamento
b) Recuos
§ 2.º Dos índices urbanísticos:

I. Coeficiente de Aproveitamento – é a área máxima a ser construída, observando a área


total do lote.

a) Não serão computadas para o cálculo do coeficiente de aproveitamento:

• Área de estacionamento e garagens,


• Área de recreação e lazer comum até o máximo de 50% (cinqüenta por cento) da
área do pavimento tipo coberto,
• Floreiras,
• Caixa de água,
• Casa de Máquinas,
• Sacadas, desde que não se caracterizem como extensão da área de serviço,
• Galerias comerciais, nas áreas destinadas exclusivamente à circulação de
pedestres.

II. Recuo - Distância entre o limite externo da área ocupada por edificação e o
alinhamento predial.
III. Afastamento - Distância entre o limite externo da área ocupada por edificações e a
divisa do lote.

§ 3.º Dos Usos do Solo Urbano:

I. Uso Permitido - Uso adequado às áreas, sem restrições,


II. Uso Permissível - Uso passível de ser admitido nas áreas, a critério do órgão
responsável da Prefeitura, ouvido o parecer do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.
III. Uso Proibido - Uso inadequado às áreas.

§ 4.º Das Áreas, segundo o uso predominante:

I. Área Urbanizada Comercial - AUC: onde estão concentrados usos e atividades


comerciais e de serviços.

II. Área Urbanizada de Consolidação - AUC: Corresponde a área Urbanizada,


consolidada que apresenta um número grande de lotes vagos e infra-estruturado ociosa na qual a
diretriz de ocupação é melhorar o aproveitamento da infra-estrutura, ocupando os vazios urbanos e
lotes vagos.

III. Áreas Urbanizadas Especiais de interesse Social - AUEIS: As áreas de


interesse Social são destinadas primordialmente á produção e manutenção de habitação de interesse
social. Essas áreas especiais visam incorporar os espaços urbanos e áreas clandestinas, favelas,
assentamentos urbanos populares, loteamentos irregulares e habitações coletivas, à cidade legal.

IV. Área Urbanizada de Expansão - AUE: Corresponde a área reservada para


expansão da cidade e de chácaras a se desenvolverem no momento em que a área de consolidação
estiver adensada.

V. Área Urbanizada Industrial - AUI: Tem como objetivo a manutenção do uso desde
que restrito definindo as atividades industriais compatíveis e não compatíveis, frente as
características ambientais.
VI. Áreas de Preservação Especial Ambiental - APEA: Compreende a área de
interesse ambiental que o poder público deseje criar, preservar, conservar ou recuperar, destinadas a
proteger ocorrências ambientais isoladas, paisagens naturais ou remanescentes de vegetação
significativa.

VII. Áreas Urbanizadas de Preservação Permanente - AUPP: Área de preservação


permanente de acordo com o Código Florestal Brasileiro são faixas de terrenos nas quais não é
permitido construir e não pode se ser computadas no cálculo das áreas a serem reservadas para uso
público, áreas verdes, áreas institucionais e arruamentos, loteamentos conforme exige a lei de
parcelamento

VIII. Áreas Urbanizada de Interesse Histórico-Cultural - AUIHC: São responsáveis


pelo inicio da ocupação do município com arquitetura característica, com tradições culturais que
marcaram a história e o comportamento de uma comunidade essencialmente garimpeira.

IX. Áreas Urbanizadas Residenciais - AR: Têm como objetivo compatibilizar


usos e atividades, incentivar as ocupações de lotes vazios nas áreas de infra-estrutura e definir
parâmetros de ocupação que considerem as condições físico-ambientais.

X. Áreas Urbanizadas de Riscos - ARi: São áreas cuja formação geológica compromete
a segurança, das comunidades, estrategicamente localizadas em regiões úmidas, às margens de
nascentes, córregos e rios, sopé de morros, propensas a enchentes, deslizamentos e erosões.

XI. Área Rural - AR: Onde desenvolvem as atividades agropecuárias: produção


de alimentos, madeira, extração de minérios e formação de aglomerados que caracterizam as
comunidades rurais.

XII. Áreas Urbanizadas Úmidas - AUUm: Áreas de solo hidromórfico sem


drenagem que apresentam ponto de saturação constante com características de minadouros e olhos
d’água inseridas em regiões de várzeas, sopé de morros, baixadas e áreas de mananciais.

XIII. Área Urbanizada - AU: delimitada por um perímetro demarcatório onde


acontecem as atividades comerciais, serviços industriais, os equipamentos públicos e núcleos
residenciais.

XIV. Área Urbanizada de Urbanização Restrita - AUUR: refere-se a área de


topografia acidentada próximo a morros e formações rochosas propensas a desmoronamento, erosão
e alagamento

XV. Área Urbanizada de Utilização Restrita - AUURe: São áreas localizadas nos
entornos das regiões de preservação permanente.

XVI. Áreas Urbanizadas Verdes - AUV: São o conjunto de praças, jardins e espaço
de lazer aberto e demais áreas de loteamentos com destinação legal, com perspectivas de serem
revegetadas, seguindo o planejamento urbanístico local.

XVII. Área Urbanizada de Conservação Ambiental - AUCA: São espaços


territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, destacando flora, fauna e recursos
hídricos, cuja alteração e supressão serão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.

§ 5.º Das atividades:

I. Habitação:
a) Unifamiliar - Edificação destinada a servir de moradia a uma só família por lote
urbano.
b) Coletiva - Edificação ou conjunto de edificações destinadas a servir de moradia a
mais de uma família num mesmo lote urbano.

II. Comércio: Atividade pela qual fica caracterizada uma relação de troca, visando um
lucro e estabelecendo-se a circulação de mercadorias.
III. Serviço: Atividade remunerada ou não, pela qual fica caracterizado o préstimo de
mão-de-obra ou assistência de ordem técnica, intelectual e espiritual.
IV. Indústria: Atividade na qual se dá a transformação da matéria-prima em bens de
produção ou de consumo.

§ 6.º Dos termos gerais:

I. Alvará de Construção: Documento expedido pela Prefeitura que autoriza a execução


de obras sujeita a sua fiscalização.
II. Alvará de Localização e Funcionamento: Documento expedido pela Prefeitura que
autoriza o funcionamento de uma determinada atividade.
III. Ampliação ou Reforma em Edificações: Obra destinada a benfeitorias de
edificações já existentes.
IV. Baldrame: Viga de Concreto ou madeira que corre sobre fundações ou pilares.
V. Equipamentos Comunitários: São os equipamentos públicos de educação, cultura,
saúde, lazer, segurança e assistência social.
VI. Equipamentos Urbanos: São os equipamentos públicos de abastecimento de água,
esgoto, energia elétrica, coleta de água pluvial, rede telefônica, limpeza pública, de apoio ao
transporte coletivo, de iluminação pública e de sinalização e comunicação visual nos logradouros.
VII. Fundações: Parte da construção destinada a distribuir as cargas sobre o terreno.
VIII. Faixa de Proteção: Faixa paralela a um curso de água, medida a partir da sua
margem e perpendicular a esta, destinada a proteger as espécies vegetal e animal desse meio e da
erosão. Esta faixa é variável e é regulamentada pelas Leis Federal, Estadual e Municipal relativas à
matéria.
IX. Regime Urbanístico: Conjunto de medidas relativas a uma determinada zona que
estabelecem a forma de ocupação e disposição das edificações em relação ao lote, à rua e ao
entorno.
X. Subsolo: Pavimento que se encontra abaixo do nível natural do terreno.

CAPÍTULO II
DOS ALVARÁS

Art. 4.º Os usos das edificações, que contrariam as disposições desta Lei, serão
definidos e será estabelecido um prazo para a sua regularização ou adequação.

§ 1.º Cabe à Prefeitura, dentro do prazo de um ano, os procedimentos para regularizar o


exposto neste artigo.

§ 2.º Será proibida a ampliação nas edificações cujos usos contrariem as disposições
desta Lei.

§ 3.º A concessão de Alvará para Construir ou Ampliar obra residencial, comercial, de


prestação de serviços ou industrial, somente poderá ocorrer com observância das normas de uso e
ocupação do solo urbano estabelecidos nesta Lei.
Art. 5.º Os alvarás de construção expedidos anteriormente a esta Lei serão respeitados
enquanto vigirem, desde que a construção tenha sido iniciada ou se inicie no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, a partir da data da publicação desta Lei.

Parágrafo único. Uma construção é considerada iniciada se as fundações e baldrames


estiverem concluídos.

Art. 6.º Os alvarás de localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, de


prestação de serviços ou industriais, somente serão concedidos desde que observadas as normas
estabelecidas nesta Lei, quanto ao Uso do Solo previsto para cada Área.

Art. 7.º Os alvarás de localização e funcionamento de estabelecimento comercial, de


prestação de serviço ou industrial, serão concedidos sempre a título precário.

Parágrafo único. Os alvarás a que se refere o presente Artigo poderão ser cassados
desde que o uso demonstre reais inconvenientes, contrariando as disposições desta Lei, ou demais
Leis pertinentes, sem direito a nenhuma espécie de indenização por parte do Município.

Art. 8.º A transferência de local ou mudança de ramo de atividade comercial, de


prestação de serviço ou industrial, já em funcionamento, poderá ser autorizada se não contrariar as
disposições desta Lei.

Parágrafo único. Para as mudanças de ramo, não serão dispensadas, desde que
plenamente justificada, as vagas de garagem ou estacionamento.

Art. 9.º A permissão para a localização de qualquer atividade considerada como


perigosa, nociva ou incômoda, dependerá da aprovação do projeto completo, se for o caso, pelos
órgãos competentes da União, do Estado e Município, do EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança,
além das exigências específicas de cada caso.

Parágrafo único. São consideradas perigosas, nocivas e incômodas aquelas atividades


que por sua natureza:

a) Ponham em risco pessoas e propriedades circunvizinhas,


b) Possam poluir o solo, o ar e os cursos de água,
c) Possam dar origem a explosão, incêndio e trepidação,
d) Produzam gases, poeiras e detritos,
e) Produzam ruídos e conturbem o tráfego de veículos no local,
f) Impliquem na manipulação de matérias-primas, processos e ingredientes tóxicos.

Art. 10. Toda a atividade considerada de grande porte, dependerá da aprovação do


Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano para a sua localização.

Parágrafo único. É atribuição do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano


julgar para cada atividade comercial, de serviço ou industrial, quanto ao porte pequeno, médio ou
grande.

CAPÍTULO III
DO ZONEAMENTO

Art. 11. A área do Perímetro Urbano da Sede do Município de Poxoréu, conforme


mapas temáticos, parte integrante desta Lei, fica subdividida nas seguintes áreas:

I – Área Urbana:
a) AUCU – Área Urbanizada de Consolidação.
b) AUE – Área Urbanizada de Expansão.
c) AUUR – Área Urbanizada de Urbanização Restrita.

II – Áreas de Uso e Unidades de Conservação:

a) AUC – Área Urbanizada Comercial.


b) AUEIS – Áreas Urbanizadas Especiais de Interesse Social.
c) AUI – Área Urbanizada Industrial.
d) AUPP – Área Urbanizada de Preservação Permanente.
e) AUIHC – Área Urbanizada de Interesse Histórico-Cultural.
f) AUR – Áreas Urbanizadas Residenciais.
g) AURi – Áreas Urbanizadas de Riscos.
h) AUUm – Áreas Urbanizadas Úmidas.
i) AUURe – Área Urbanizada de Utilização Restrita.
j) AUV – Áreas Urbanizadas Verdes.
k) AUCA – Área Urbanizada de Conservação Ambiental.

§ 1.º As áreas são delimitadas por limites do perímetro urbano, rios, vias e por divisas
de lotes.

§ 2.º O regime urbanístico para os lotes de ambos os lados das vias que limitam áreas
diferentes, serão os da área de parâmetros urbanísticos menos restritivos.

§ 3.º Para efeito do parágrafo anterior, a profundidade considerada não será superior à
profundidade média dos lotes da área.

Art. 12. A Área Industrial é ocupada pelas indústrias e caracteriza-se por áreas de
topografia adequada, posição relativa compatível com as demais áreas urbanas, áreas de
preservação ambiental, ventos dominantes e infra-estrutura viária.

Art. 13. A Área Urbanizada de Conservação Ambiental é formada por áreas de


preservação ambiental, caracterizada pela existência de matas nativas, cerrado ou simplesmente
reservas livres para a implantação de parques. Tem por objetivo, igualmente, a proteção dos fundos
de vale, mananciais e áreas de captação de água para abastecimento das áreas urbanas. Esta área
terá regulamentação própria e caberá ao poder público definir as interferências que porventura
venham a existir. Fica de responsabilidade da Prefeitura Municipal fazer cumprir as exigências
mínimas aqui estatuídas e intervir sempre que, nesta área, atividades ou práticas forem contrárias ao
espírito desta Lei.

§ 1.º As faixas de proteção de fundos de vale são faixas marginais aos córregos,
ribeirões, riachos e cursos de água dentro do perímetro urbano de largura variável, a saber:

a) Rio Areia;
b) Manancial da Lagoa, incluindo a área de captação de água;
c) Lagoa do Rio Areia;
d) Córrego dos Bororo;
e) Área Úmida do Córrego dos Borro, ao lado da Rua Piauí;
f) A nascente do finado José Eugênio (Jogênio), à margem direita do Córrego dos
Bororo;
g) Córrego Araújo, nos currais, Rio Poxoréu;
h) Aos demais córregos existentes e identificados, dentro do perímetro urbano, serão
vedados toda forma de ocupação numa distância de 30 m (trinta metros) de cada margem.
§ 2.º A Prefeitura Municipal, a seu critério, ouvido o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano, poderá condicionar a permissão de obra de ampliação nos lotes
existentes às margens já comprometidas dos cursos de água a execução de obras de recuperação dos
mesmos.

Art. 14. A regulamentação dos tipos de Uso do Solo e Normas para Ocupação do Solo,
nas diversas áreas, estão estabelecidos nas TABELAS I e II, em permitidos, permissíveis e
proibidos e definem o Coeficiente de Aproveitamento e os Recuos obrigatórios: Frontal, de Divisas
Laterais e de Fundos.

CAPÍTULO IV
DA CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÃO DOS USOS DO SOLO

Art. 15. Para efeito desta Lei, os Usos do Solo Urbano, no que se refere às atividades,
ficam assim classificados:

§ 1.º Quanto às atividades:

I - HABITAÇÕES:

a) Unifamiliares;
b) Coletivas.

II - COMÉRCIO E SERVIÇOS:

a) VICINAL: Atividade de pequeno porte, disseminada no interior das áreas residenciais


de utilização imediata e cotidiano como um prolongamento da habitação, tais como:

• Mercearia, açougues, casa de frangos, leiterias, quitandas, farmácias, revistarias.


• Endereços comerciais, referências fiscais, atividades profissionais não incômodas
exercidas individualmente na própria residência.

b) DE BAIRRO: Atividade de médio porte, de utilização intermitente e imediata,


destinada a atender determinado bairro ou área, tais como:

GRUPO A
• Escritórios de profissionais liberais, de prestação de serviços.
• Sapatarias, Chaveiros.
• Alfaiatarias, barbearias, salão de beleza, saunas.
• Confeitarias, bombonieres, tabacarias.
• Armarinhos, bijuterias, joalherias, butiques, ateliês, galerias de arte, loterias, livrarias,
papelarias, antiquários.

GRUPO B

• Consultórios médicos, odontológicos e veterinários.


• Laboratórios de análises clínicas, radiológicos e fotográficos.
• Agências bancárias, de jornal, de turismo.
• Postos de Telefonia, de Correios e Telégrafos.
• Manufaturas e artesanatos.
• Oficina de Eletrodomésticos.
• Loja de Ferragens, materiais domésticos, calçados e roupas.
• Restaurantes e Cafés.
• Panificadoras.
• Selarias.

GRUPO C

• Creches, postos assistenciais, sedes de entidades religiosas, ambulatórios e clínicas.


• Tipografias, clicherias, malharias, lavanderias.
• Venda de eletrodomésticos, móveis, materiais de construção, de veículos e
acessórios.
• Oficinas mecânicas e borracharias.
• Lanchonetes, pastelarias, peixarias, mercados e bares.

Parágrafo Único – As atividades descritas no Grupo B e C, para serem aprovadas pelo


Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, necessitam do EIV – Estudo de Impacto de
Vizinhança, com parecer do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

c) SETORIAL: Atividade de grande porte, destinada a atender à população em geral:

• Instituições bancárias, entidades financeiras.


• Hotéis.
• Grandes escritórios.
• Grandes lojas.
• Restaurantes de grande porte.
• Centros Comerciais, de jornalismo.
• Super e Hipermercados.
• Cinemas, teatros, museus, auditório de rádio e televisão.
• Clubes, sociedades recreativas.

d) GERAL: Atividades destinadas à população em geral, as quais por sua natureza ou


porte, exigem confinamento em áreas próprias:

• Impressoras, editoras.
• Grandes oficinas, oficinas de lataria.
• Comércio atacadista.
• Armazéns gerais, depósitos, comércio atacadista.
• Entrepostos, cooperativas, silos.
• Cerâmica, marmorearias.

Parágrafo Único – As atividades descritas em Setorial e Geral, para serem aprovadas


pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, necessitam do EIV – Estudo de Impacto de
Vizinhança, com parecer do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

e) ESPECÍFICOS: Atividades peculiares cuja adequação à vizinhança depende do EIV –


Estudo de Impacto de Vizinhança e de uma série de fatores a serem analisados pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano, para cada caso.

GRUPO A

• Casas de espetáculo e de culto.


• Estabelecimentos de ensino.
• Hospitais, casas de saúde, sanatórios.
• Estacionamento de veículos, edifícios-garagem.
• Postos de abastecimento de combustível, postos de lava-rápido, postos de serviço.
• Serviços públicos Federal, Estadual e Municipal.

GRUPO B

• Campos desportivos, parques de diversões, circos.


• Camping, postos de venda de gás.
• Pedreiras, areais, extração de argila.
• Depósitos de inflamáveis.
• Albergues.
• Motéis.
• Clubes noturnos.
• Demais atividades não previstas na presente legislação.

III – INDÚSTRIAS:

a) INDÚSTRIAS DE BAIXO GRAU DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

• Aparelhamento de pedras para construção e execução de trabalhos em mármore,


granito e outras pedras.
• Fabricação de telhas, tijolos e outros artigos de barro cozido.
• Fabricação de peças ornamentais e/ou estruturais de cimento e/ou gesso.
• Fabricação de artigos de metal, sem tratamento químico superficial tais como:
galvanização, anodização, fosfatização, pintura por aspersão aplicação de verniz e esmaltação.
• Fabricação de máquinas sem tratamento químico de superfície (como item acima) e
fundição.
• Indústria de material elétrico e de comunicações, com exceção de fabricação de
pilhas, baterias e acumuladores de energia.
• Fabricação de artigos de madeira para uso residencial, comercial ou industrial.
• Fabricação de móveis e artigos do mobiliário.
• Fabricação de artefatos de papel ou papelão não associados a produção de papel ou
papelão.
• Fabricação de artefatos diversos de couro, peles e calçados em geral.
• Indústrias que produzem artigos de material plástico, exceto fabricação de resinas
plásticas, fibras artificiais e materiais plásticos.
• Indústria de artigos do vestuário, artefatos de tecidos e acessórios do vestuário.
• Fabricação de massas alimentícias, doces em geral, balas, biscoitos e produtos de
panificação.
• Fabricação de cervejas, chopes, malte e bebidas não alcoólicas.
• Industrias editoriais e gráficas.

b) INDÚSTRIA DE MÉDIO GRAU DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

• Todas as atividades de extração de produtos vegetais.


• Britamento de pedra.
• Fabricação de artigos de metal com tratamento de químico de superfície tais como:
galvanização, anodização, fosfatização, pintura por aspersão, aplicação de verniz e esmaltação.
• Fabricação de máquinas com tratamento químico de superfície (como item acima) e
fundição.
• Fábrica de pilhas, baterias e acumuladores.
• Desdobramento de madeira, inclusive serraria.
• Fabricação de chapas de madeira aglomerada e prensada.
• Fabricação de artigos de borracha em geral.
• Fabricação de produtos de perfumaria.
• Fabricação de velas.
• Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, artificiais sintéticas ou de origem animal.
• Fiação e Tecelagem.
• Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares.
• Matadouros, frigoríficos e laticínios.
• Fabricação de fermentos e leveduras.
• Fabricação de bebidas alcoólicas.
• Indústria do fumo.
• Usina de produção de concreto e argamassas para a construção civil.
• Atividades que utilizem combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos para fins
comerciais ou serviços.
• Fabricação de carvão vegetal.

c) INDÚSTRIAS DE ALTO GRAU DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

• Fabricação de papel e pasta mecânica.


• Secagem e salga de couros e peles – curtume.
• Produção de fundidos ou forjados de ferro e aço com tratamento químico superficial
e/ou galvanização.
• Metalurgia dos metais não ferrosos em formas primárias.
• Produção de formas, moldes e peças de metais não ferrosos, com fusão e tratamento
químico superficial e/ou galvanização.
• Fabricação de celulose.
• Fabricação de produtos químicos.
• Fabricação de sabões, detergentes e glicerina.
• Fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais.

Parágrafo único. As atividades neste inciso, para serem aprovadas pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano, necessitam do EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança e
do RIV – Relatório de Impacto de Vizinhança, com parecer do Conselho Municipal do Meio
Ambiente.

Art. 16. As atividades não especificadas no artigo anterior serão analisadas, tendo em
vista sua similaridade com as constantes nas listagens, ouvido o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano.

CAPÍTULO V
DOS USOS E ATIVIDADES ESPECIAIS

Seção I
Postos de Abastecimento e de Serviços para Veículos

Art. 17. Os postos de abastecimento e de serviços para veículos automotivos só poderão


ser implantados em área localizada além de um raio de influência igual ou superior a 200 m
(duzentos metros) de:

I - Estabelecimentos escolares;
II - Estabelecimentos médicos e hospitalares;
III - Edificações para reunião de público tais como:
a) centros comunitários;
b) centros culturais;
c) escolas;
d) hospitais;
e) museus e teatros;
f) parques urbanos.

§ 1.º Os terrenos a serem utilizados para a atividade de que trata esta Seção deverá ter
testada mínima de 20 (vinte) metros, se localizados em meio de quadra, e de 25 (vinte e cinco)
metros, se localizados em esquinas;

§ 2.º Na implantação dos estabelecimentos de que trata o caput deste artigo, deverão ser
obedecidas às determinações da legislação municipal e os parâmetros urbanísticos previstos para a
área urbana onde se localizam.

Seção II
Das Estações de Radiocomunicação

Art. 18. Ficam vedadas estações de radiocomunicação nos seguintes locais:

II - Áreas urbanizadas de preservação permanente;


III – Áreas urbanizadas de conservação ambiental;
IV - Praças, canteiros centrais e vias públicas;
V - Edificações para reunião de público, tais como:

a) centros comunitários;
b) centros culturais;
c) escolas;
d) hospitais;
e) museus e teatros;
f) parques urbanos.

VI - No entorno de bens e equipamentos de interesse sociocultural e paisagístico;

§ 1.º As estações de radiocomunicação só poderão ser instaladas mediante autorização


do órgão técnico da Prefeitura Municipal de Poxoréu.

§ 2.º No caso da instalação de novas estações de radiocomunicação, a distância entre o


ponto de emissão da antena transmissora e a edificação onde estiverem instaladas clínicas, centros
de saúde, hospitais e assemelhados deverá ser superior a 30m (trinta metros), observadas ainda as
normas e padrões definidas na legislação em vigor.

Seção III
Dos Serviços de Telecomunicação e Teletransmissão

Art. 19. Ficam vedadas redes de telecomunicação e teletransmissão nos seguintes


locais:

I - Áreas urbanizadas de preservação permanente;


II – Áreas urbanizadas de conservação ambiental;
III - Edificações para reunião de público, tais como:

a) centros comunitários;
b) centros culturais;
c) escolas;
d) hospitais;
e) museus e teatros;
f) parques urbanos.

IV - No entorno de bens e equipamentos de interesse sociocultural e paisagístico;

§ 1.º A construção das redes de telecomunicação e teletransmissão deverá ser precedida


de prévia autorização do órgão técnico da Prefeitura Municipal de Poxoréu.

§ 2.º A implantação de torres de transmissão de telecomunicação e teletransmissão deve


ser precedida de consulta ao Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano.

Art. 20. A distância horizontal mínima, contada do eixo da torre de serviço de


telecomunicações, deverá ser igual ou maior que 500m (quinhentos metros) de outra torre
regularmente instalada.

Seção IV
Das Redes de Distribuição de Energia Elétrica

Art. 21. É vedada a instalação de Redes de Distribuição de Energia Elétrica nas


seguintes áreas:

I – Áreas urbanizadas de preservação permanente;


II – Áreas urbanizadas de conservação ambiental;
III – Edificações para reunião de público, tais como:

a) centros comunitários;
b) centros culturais;
c) escolas;
d) hospitais;
e) museus e teatros;

§ 1.º A construção das redes de distribuição de energia elétrica deverá ser precedida de
prévia autorização do órgão técnico da Prefeitura Municipal de Poxoréu.

§ 2.º A implantação de torres de transmissão de alta tensão deve ser precedida de


consulta ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Art. 22. As atividades que requeiram equipamento elétrico de transformação específica


instalá-lo dentro dos limites da área particular onde estiverem localizados.

CAPÍTULO VI
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – EIV

Art. 23. Entende-se por Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV, o instrumento
que reúne o conjunto de estudos destinados à identificação e à avaliação dos impactos negativos e
positivos decorrentes da implantação de empreendimento ou de atividade na qualidade de vida da
população residente no local e nas proximidades, e que visem, ao final, estabelecer medidas que
propiciem a redução ou eliminação dos possíveis impactos negativos potenciais ou efetivos.

Art. 24. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) é obrigatório para o


licenciamento de empreendimento ou atividades potencialmente causadores de impacto ao meio
ambiente urbano, nos seguintes procedimentos administrativos: licença ou autorização para obra de
construção, ampliação ou modificação destinada a abrigar uma das atividades mencionadas nos
incisos I a IX do caput do artigo 25, além do já especificado nesta Lei.
Parágrafo único. A exigência do EIV não elimina a necessidade do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA), nem de qualquer outra análise ou licença ou autorização exigida para realização
da atividade ou instalação do empreendimento.

Art. 25. Para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou


funcionamento, sujeitam-se ao EIV, os seguintes empreendimentos e atividades:

I - Casas noturnas;
II - Edificações com área útil principal igual ou superior a 5.000m2 (cinco mil metros
quadrados);
III - Estacionamento ou garagem para mais de 100 (cem) veículos;
IV - Hospital;
V - Hotel com área de terreno igual ou superior a 1.000 m2 (mil metros quadrados);
VI - Templo e local de culto em geral;
VII - Atividades e instalações especiais, conforme definidas no artigo 33 desta lei;
VIII - Outros serviços e comércios que importem em edificações com área útil igual ou
superior a 150 m2 (cento e cinqüenta metros quadrados)
IX - Atividades industriais
X - Edificações com destinação institucional.

Art. 26. O Município poderá condicionar a validade da licença ou autorização do


empreendimento ou atividade sujeita ao EIV ao cumprimento de medidas mitigadoras e
compensatórias que atenuem os impactos ambientais.

§ 1.º A implantação e, conforme o caso, a manutenção das medidas mitigadoras e


compensatórias será feita às expensas do interessado no licenciamento, no prazo indicado pelo
órgão municipal competente, sob pena de:

I - Não expedição da licença ou da autorização para funcionamento ou do habite-se, caso


a implantação das medidas mitigadoras e compensatórias seja condição prévia para esses atos;

II - Multa aplicável simultaneamente a qualquer outra penalidade, cujo valor será


definido pelo Município;

III - Embargo da obra, após 30 (trinta) dias do decurso do prazo para cumprimento da
obrigação ou da descontinuidade na manutenção da medida exigida;

IV - Suspensão das atividades, após 30 (trinta) dias do decurso do prazo para


cumprimento da obrigação ou da descontinuidade na manutenção da medida exigida.

§ 2.º A partir da segunda reincidência, a autoridade municipal competente poderá


promover o procedimento administrativo para a cassação da licença.

§ 3.º As medidas compensatórias não poderão ser utilizadas para flexibilizar parâmetros
urbanísticos ou ambientais além do limite admitido pela legislação aplicável.

Parágrafo único. Quando for o caso, o setor municipal competente indicará também os
parâmetros e a metodologia para fins de realização do EIV.

Art. 27. O EIV será elaborado de acordo com diretrizes expedidas pelo órgão
licenciador, por meio de Termo de Referência para cada caso específico.

Art. 28. O setor municipal competente poderá aceitar a apresentação de estudo de


impacto ambiental formulado para o mesmo empreendimento ou atividade, em substituição ao EIV.
Art. 29. Quando o EIV for exigido para intervenção a ser promovida pelo Município,
deverá ser elaborado logo após o plano, programa ou projeto, antes do início da execução de
qualquer etapa ou mesmo da licitação para execução indireta, quando for o caso.

Art. 30. O setor municipal competente para apreciação do EIV poderá, uma única vez,
solicitar informações complementares, em decorrência da análise das conclusões e documentos
apresentados, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e
complementações não tenham sido satisfatórios.

Art. 31. O EIV apresentado, após aceito para análise pelo setor municipal competente,
deverá ficar à disposição para consulta por qualquer interessado pelo prazo mínimo de 30 (trinta)
dias.

Art. 32. O setor municipal competente elaborará parecer técnico conclusivo, opinando
pela expedição ou não da licença ou autorização.

Parágrafo único. Caso opine pela concessão da licença, o setor municipal competente
deverá indicar as condições a serem observadas, se for o caso, contemplando todas as alternativas.

Art. 33. O Conselho Municipal de Meio Ambiente opinará pela concessão ou não da
licença ou autorização, indicando, conforme o caso, as condições a serem observadas.

Art. 34. O prazo para expedição de licença ou autorização com a exigência de EIV é de
60 (sessenta) dias.

Art. 35. O responsável técnico pela elaboração do EIV deverá estar cadastrado junto ao
órgão municipal competente.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 36. São partes integrantes e complementares desta Lei os seguintes anexos:

a) Mapa Temáticos
b) Tabelas I e II
c) Memorial Descritivo das Áreas

Art. 37. Revogadas disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor 90 (noventa)
dias após a data de sua publicação.

Paço Municipal Dr. Joaquim Nunes Rocha, em Poxoréu, MT, 10 de outubro de 2006.

ANTÔNIO RODRIGUES DA SILVA


Prefeito Municipal

Esta Lei foi publicada por afixação no saguão da Prefeitura de Poxoréu, em 10 de outubro de 2006, no Jornal Oficial
dos Municípios e no site oficial do município, de conformidade com o art. 106 da Lei Orgânica de Poxoréu e Lei nº
1.041/2006.

Prof. Gaudêncio Filho Rosa de Amorim


Secretário de Administração
TABELA I
OCUPAÇÃO

Área Dimensões Coeficiente de Recuo Frontal Afastamentos


Mínimas Aproveitamento Laterais/Fundos
Testada | Área
AC 10 | 300 80% 2m 80 a 100 cm
ACU 10 | 300 80% 2m 80 a 100 cm
AEIS 10 | 300 80% 2m 80 a 100 cm
AEU 10 | 300 80% 2m 80 a 100 cm
AI * 80% 4m 150 a 200 cm
AR 10 | 300 80% 2m 80 a 100 cm
* Conforme a área a ser construída.

TABELA II
USO

Área Usos Permitidos Usos Permissíveis Usos Proibidos


AC Comércio e Serviço Vicinal, Demais Demais
Setorial, de Bairro
ACU Habitação Unifamiliar uma Comércio e Serviço Vicinal Demais
moradia por lote
AEIS Habitação Unifamiliar uma Comércio e Serviço Vicinal Demais
moradia por lote
AEU Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço Setorial Demais
Setorial, de Bairro
Habitação Unifamiliar uma
moradia por lote
AI Comércio e Serviço de Indústrias de médio e alto Demais
Bairro, Indústrias de baixo e grau de degradação
médio grau de degradação ambiental
ambiental
AR Comércio e Serviço Vicinal, Comércio e Serviço Vicinal, Demais
Setorial, de Bairro Setorial, de Bairro
Habitação Unifamiliar uma
moradia por lote

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