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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC


NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I

Prof. M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa

ENGENHARIA CIVIL
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I UNEC / EAD
UNIDADE DE ENSINO:
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Caros discentes,
Bem-vindos à Unidade de Ensino RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I.

Já pensou se as coisas que


utilizamos no nosso dia a dia fossem
simplesmente construídas de qualquer
maneira? Um parafuso aqui, umas
placas ali, sem nenhuma análise,
nenhum cálculo? Seria trágico!
Os materiais precisam ser
testados para que se possa analisar
suas reações em função dos fenômenos
que podem ocorrer. Seja uma laje,
telhado, vigas, máquinas, equipamentos
ou instalações, cada item, dependendo da sua aplicação, vai ter um cálculo para que
seja possível observar quanto a estrutura suporta, o que vai ser possível fazer e de
que maneira a carga poderá ser substituída... A Resistência dos Materiais é
fundamental. É importante que todo engenheiro saiba visualizar onde há aplicação
de forças, onde existe risco de deformação e de rompimento. Sua importância se dá
também pelo fato de proporcionar confiabilidade e segurança nas ações tomadas, e o
entendimento de que todos os efeitos e relação entre as forças devem ser seriamente
considerados.
Diante disso, o material direcionado aos discentes pretende estimulá-los a com-
preender criticamente os conceitos, os avanços e as grandes questões que transpas-
sam a área das engenharias. Atentando a isso, a presente unidade de ensino segue
uma linha teórico-prático, apresentando de forma objetiva, conceitos, ideias e teorias
por meio de uma linguagem acessível e uma visão teórica simplificada, com situações
do nosso cotidiano.

Professor MSc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa

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Professor: M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa – sanderson.unec@gmail.com
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I UNEC / EAD
CAPÍTULO 1 – TENSÃO E DEFORMAÇÃO
1.1 Estática
1.1.1 Forças
O conceito de força é introduzido na mecânica em geral. As forças mais conhe-
cidas são os pesos, que tem sempre sentido vertical para baixo, como por exemplo, o
peso próprio de uma viga, ou o peso de uma laje sobre esta mesma viga.
As forças podem ser classificadas em concentradas e distribuídas. Na reali-
dade todas as forças encontradas são distribuídas, ou seja, forças que atuam ao longo
de um trecho, como os exemplos citados anteriormente e ainda em barragens, com-
portas, tanques, hélices, etc. Quando um carregamento distribuído atua numa região
de área desprezível, é chamado de força concentrada. A força concentrada, tratada
como um vetor é uma idealização, que em inúmeros casos nos traz resultados com
precisão satisfatória. No estudo de tipos de carregamentos, mais a diante, retornare-
mos a este assunto.
No Sistema Internacional (SI) as forças concentradas são expressas em New-
ton [N]. As forças distribuídas ao longo de um comprimento são expressas com as
unidades de força pelo comprimento [N/m], [N/cm], [N/mm], etc.
A força é uma grandeza vetorial que necessita para sua definição, além da in-
tensidade, da direção, do sentido e também da indicação do ponto de aplicação.

Duas ou mais forças constituem um sistema de forças, sendo que cada uma
delas é chamada de componente. Todo sistema de forças pode ser substituído por
uma única força chamada resultante, que produz o mesmo efeito das componentes.

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Atividades de Fixação

1) O conceito de força é introduzido na mecânica em geral. As forças mais conhe-


cidas são os:
a) Pilares.
b) Vigas.
c) Pesos.
d) Lajes.

2) No Sistema Internacional (SI) as forças concentradas são expressas em:


a) Newton.
b) Metro.
c) Centímetro.
d) Milímetro.

3) Quando um carregamento distribuído atua numa região de área desprezível, é


chamado de força:
a) Concentrada.
b) Peso.
c) Gravitacional.
d) Distribuída.

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Quando as forças agem numa mesma linha de ação são chamadas de coinci-
dentes. A resultante destas forças terá a mesma linha de ação das componentes,
com intensidade e sentido igual à soma algébrica das componentes.

EXEMPLO 1
Calcular a resultante das forças
F1 = 50N, F2 = 80 N e F3 = 70 N
aplicadas no bloco da figura.

Fresultante = F1 – F2 + F3
Fresultante = 50 – 80 + 70
Fresultante = 40N

Sendo dada uma força F num plano “xy”, é possível decompô-la em duas ou-
tras forças Fx e Fy, como no exemplo abaixo:

Onde:

Fx = F . cos α
Fy = F . sen α

Da trigonometria sabemos que:

𝑐𝑎𝑡.𝑜𝑝. 𝑐𝑎𝑡.𝑎𝑑𝑗.
sen α = e cos α =
ℎ𝑖𝑝. ℎ𝑖𝑝.

Então, para o exemplo acima, temos:


𝐹𝑦 𝐹𝑥
sen α = e cos α =
𝐹 𝐹

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Portanto:
Fy = F . sen α e Fx = F . cos α

EXEMPLO 2
Calcular as componentes horizontal e vertical da força de 200N aplicada na viga
conforme figura.

𝐹𝑦 𝐹𝑥
sen 60° = cos 60° =
𝐹 𝐹

𝐹𝑦 𝐹𝑥
sen 60° = cos 60° =
200 200

Fx = 200 . sen60° Fy = 200 . cos 60°

Fx = 173,20N Fy = 100N

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Atividades de Fixação

1) Quando as forças agem numa mesma linha de ação são chamadas de:
a) Pesos.
b) Coincidentes.
c) Pilares.
d) Gravitacionais.

2) Calcular as componentes horizontal e vertical da força de 200N aplicada na


viga conforme figura.

Qual o valor de Fy?


a) 173,20 N.
b) 100 N.
c) 235,6 N.
d) 90 N.

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1.1.2 Momento
Seja F uma força constante aplicada em um corpo, d a distância entre o ponto
de aplicação desta força e um ponto qualquer P. Por definição, o momento “M” reali-
zado pela força F em relação ao ponto P é dado pelo seguinte produto vetorial:

M = F . d . sen α
Quando α = 90°
M=F.d

EXEMPLO 3
Calcular o momento provocado na ala-
vanca da morsa, durante a fixação da
peça conforme indicado na figura.

M=F.d
M = 100 . 150
M = 15000N.mm

1.1.3 Equilíbrio
Para que um corpo
esteja em equilíbrio é ne-
cessário que o somatório
das forças atuantes e o
somatório dos momentos
em relação a um ponto
qualquer sejam nulos.

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EXEMPLO 4
Calcular a carga nos cabos que sustentam o peso de 4 kN, como indicado nas
figuras:

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Atividades de Fixação

1) Para que um corpo esteja em equilíbrio é necessário que o somatório das for-
ças atuantes e o somatório dos momentos em relação a um ponto qualquer sejam:
a) Iguais a 1.
b) Iguais a 10.
c) Iguais a 100.
d) Nulos.

2) Calcular a carga nos cabos que sustentam o peso de 4 kN, como indicado
nas figuras:

O valor de F2 é:
a) 3,70 kN.
b) 3,27 kN.
c) 1,13 kN.
d) 1,77 kN.

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1.1.4 Alavancas
De acordo com a posição do apoio, aplicação da força motriz (FM) e da força
resistente (FR), as alavancas podem ser classificadas como:

A relação entre estas forças e os braços (motriz e resistente) das alavancas


apresentadas, de acordo com a terceira equação de equilíbrio apresentada no item
anterior é:

FM . bM = FR . bR

1.2 Tensão e Deformação


Tensão é o resultado da ação de car-
gas externas sobre uma unidade de área da
seção analisada na peça, componente me-
cânico ou estrutural submetido à solicitações
mecânicas. A direção da tensão depende do
tipo de solicitação, ou seja, da direção das
cargas atuantes. As tensões provocadas por
tração, compressão e flexão ocorrem na di-
reção normal (perpendicular) à área de seção transversal e por isso são chamadas
de tensões normais, representadas pela letra grega sigma (σ). As tensões provo-
cadas por torção e cisalhamento atuam na direção tangencial a área de seção trans-
versal, e assim chamadas de tensões tangenciais ou cisalhantes, e representadas
pela letra grega tau (τ).

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1.2.1 Tensão Normal σ


A carga normal F, que atua na peça, origina nesta, uma tensão normal “σ”,
que é determinada através da relação entre a intensidade da carga aplicada “F”, e a
área de seção transversal da peça “A”.

Onde:
𝜎 = [N/mm²; Mpa; ...]
F = [N; kN; ...]
A = [m²; mm²; ...]

EXEMPLO 5
Uma barra de seção circular com 50 mm de diâ-
metro, é tracionada por uma carga normal de 36
kN. Determine a tensão normal atuante na barra.

Força normal:
F = 36 kN = 36000 N

Cálculo da área de seção circular:

A = π.r² = 3,14 . (25mm)² = 1963,5mm²

Tensão normal:
𝐹 36000
𝜎= = = 𝟏𝟖, 𝟑𝟑 𝑴𝑷𝒂
𝐴 1963,5

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Atividades de Fixação

1) De acordo com a posição do apoio, aplicação da força motriz (FM) e da força


resistente (FR), as alavancas podem ser classificadas em três tipos, exceto:
a) Interfixa.
b) Inter-resistente.
c) Interlocutora.
d) Intermotriz.

2) A direção da tensão depende do tipo de solicitação, ou seja, da direção das:


a) Alavancas.
b) Momentos.
c) Cargas atuantes.
d) Vigas.

3) As tensões provocadas por torção e cisalhamento atuam na direção tangenci-


al a área de seção transversal, e assim chamadas de tensões tangenciais ou:
a) Tensões normais.
b) Tensões cisalhantes.
c) Tensões de flexão.
d) Tensões cortantes.

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1.2.2 Diagrama Tensão x Deformação


Na disciplina de Resistência dos Materiais é necessário conhecer o compor-
tamento dos materiais quando submetidos a carregamentos. Para obtermos estas
informações, é feito um ensaio mecânico numa amostra do material chamada de
corpo de prova (CP). Neste ensaio, são medidas a área de seção transversal “A” do
corpo de prova e a distância “L0” entre dois pontos marcados neste.

No ensaio de tração, o CP é submetido a uma carga normal “F”. À medida


que este carregamento aumenta, pode ser observado um aumento na distância en-
tre os pontos marcados e uma redução na área de seção transversal, até a ruptura
do material. A partir da medição da variação destas grandezas, feita pela máquina
de ensaio, é obtido o diagrama de tensão x deformação.
O diagrama tensão x deformação varia muito de material para material, e ain-
da, para um mesmo material podem ocorrer resul-
tados diferentes devido à variação de temperatura
do corpo de prova e da velocidade da carga apli-
cada. Entre os diagramas σ x ε de vários grupos
de materiais é possível, no entanto, distinguir al-
gumas características comuns; elas nos levam a
dividir os materiais em duas importantes categori-
as, que são os materiais dúcteis e os materiais
frágeis.
Os materiais dúcteis como o aço, cobre,
alumínio e outros, são caracterizados por apresentarem escoamento a temperaturas
normais. O corpo de prova é submetido a carregamento crescente, e com isso seu
comprimento aumenta, de início lenta e proporcionalmente ao carregamento. Desse
modo, a parte inicial do diagrama é uma linha reta com grande coeficiente angular.

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Entretanto, quando é atingido um valor crítico de tensão σE, o corpo de prova


sofre uma grande deformação com pouco aumento da carga aplicada. A deformação
longitudinal de um material é definida como:

Onde:
ɛ = deformação [%]
L0 = comprimento inicial do CP [mm; cm; ...]
Lf = comprimento final do CP [mm; cm; ...]

Quando o carregamento atinge certo valor máximo, o diâmetro do CP começa


a diminuir, devido a perda de resistência local. A esse fenômeno é dado o nome de
estricção.
Após ter começado a estricção, um carregamento mais baixo é o suficiente
para a deformação do corpo de prova, até a sua ruptura. A tensão σ E corresponden-
te ao início do escoamento é chamada de tensão de escoamento do material; a
tensão σR correspondente a carga máxima aplicada ao material é conhecida como
tensão limite de resistência e a tensão σr correspondente ao ponto de ruptura é
chamada tensão de ruptura.
Materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e pedra, são caracterizados por
uma ruptura que ocorre sem nenhuma mudança sensível no modo de deformação
do material. Então para os materiais frágeis não existe diferença entre tensão de
resistência e tensão de ruptura. Além disso, a deformação até a ruptura é muito pe-
quena nos materiais frágeis em relação aos materiais dúcteis. Não há estricção nos
materiais frágeis e a ruptura se dá em uma superfície perpendicular ao carregamen-
to.

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Atividades de Fixação

1) Na disciplina de Resistência dos Materiais é necessário conhecer o compor-


tamento dos materiais quando submetidos a carregamentos. Para obtermos estas
informações, é feito um ensaio mecânico numa amostra do material chamada de:
a) Vigas.
b) Pilares.
c) Lajes.
d) Corpo de Prova.

2) Quando o carregamento atinge certo valor máximo, o diâmetro do CP começa


a diminuir, devido a perda de resistência local. A esse fenômeno é dado o nome de:
a) Viga.
b) Aço.
c) Concreto.
d) Estricção.

3) Materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e pedra, são caracterizados por
uma ruptura que ocorre sem nenhuma mudança sensível no modo de:
a) Planejamento.
b) Deformação do material.
c) Organização.
d) Lajeamento.

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1.3 Lei de Hooke


A relação em que a tensão σ é diretamente proporcional à deformação ε é
conhecida como Lei de Hooke, e se deve ao matemático inglês Robert Hooke (1635-
1703) e podemos escrever:

σ=E.ε
Onde:
σ é a tensão normal (N/m²);
E é o módulo de elasticidade do material (N/m²) e representa a tangente do
ângulo que a reta OP forma com o eixo ε;
ε é a deformação linear (adimensional).

O coeficiente E é chamado módulo de elasticidade ou módulo de Young (cien-


tista inglês, 1773-1829), que é determinado pela força de atração entre átomos dos
materiais, isto é, quando maior a atração entre átomos, maior o seu módulo de elas-
ticidade.
Exemplos: Eaço = 210 GPa; Ealumínio = 70 GPa.

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Como sabemos que,

Podemos escrever a seguinte relação para o alongamento (Δl):

O alongamento será positivo (+), quando a carga aplicada tracionar a peça, e


será negativo (-) quando a carga aplicada comprimir a peça.

EXEMPLO 6
Uma barra de alumínio de possui uma secção transversal quadrada com 60 mm de
lado, o seu comprimento é de 0,8m. A carga axial aplicada na barra é de 30 kN. De-
termine o seu alongamento. Eal = 70 MPa.

Força normal:
F = 30 kN = 30000 N

Comprimento inicial da barra:


l=0,8m=800mm

Área de seção quadrada:


A=a²=60²=3600mm²

Alongamento:
30000 . 800
∆𝑙 = = 0,0952𝑚𝑚
3600 . 70 𝑥 10³
∆𝒍 = 9,52mm x 10-2

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Atividades de Fixação

1) O coeficiente E, da fórmula da Lei de Hooke, é chamado módulo de elastici-


dade ou módulo de:
a) Robert.
b) Inglês.
c) Young.
d) Newton.

2) O alongamento será positivo (+), quando a carga aplicada _________ a peça.


O termo que completa a lacuna é:
a) Tracionar.
b) Comprimir.
c) Cisalhar.
d) Flexionar.

3) O alongamento será negativo (-), quando a carga aplicada _________ a peça.


O termo que completa a lacuna é:
a) Tracionar.
b) Comprimir.
c) Cisalhar.
d) Flexionar.

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1.4 Zonas de deformação: Elástica e Plástica


Zona elástica: de 0 até A as tensões são diretamente proporcionais às defor-
mações, onde ao esforçar o material o mesmo responde com deformações temporá-
rias, isto porque as deformações ocorrem por forças internas que esticam as liga-
ções que mantêm a estrutura do material, esticam porém não rompem as ligações
por esse motivo as deformações são temporárias. O ponto A é chamado limite de
elasticidade, pois ele geralmente marca o fim da zona elástica. Daí em diante inicia-
se uma curva, começa o chamado escoamento.
O escoamento caracteriza-se por um aumento considerável da deformação
com pequeno aumento da força de tração, isto ocorre devido ao rompimento de liga-
ções. No ponto B inicia-se a região plástica.

A zona plástica caracteriza-se por formação de novas ligações internas no


material, como ligações já foram rompidas e refeitas, a partir desse ponto as defor-
mações são permanentes, ou seja, ao aliviar as cargas na peça a mesma não retor-
na ao seu estado original.

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1.5 Tensão Admissível


No projeto de um elemento
estrutural ou componente de má-
quina, deve-se considerar que a
carga limite do material seja maior
que o carregamento que este irá
suportar em condições normais de
utilização. Este carregamento me-
nor é chamado de admissível, de
trabalho ou de projeto. Quando se aplica a carga admissível, apenas uma parte da
capacidade do material está sendo solicitada, a outra parte é reservada, para garan-
tir ao material condições de utilização segura.
A tensão admissível é a tensão ideal de trabalho para o material nas circuns-
tâncias apresentadas. Geralmente, esta tensão deverá ser mantida na região de de-
formação elástica do material.
Porém, ha casos em que a tensão admissível poderá estar na região de de-
formação plástica do material, visando principalmente a redução do peso de cons-
trução como acontece na construção de aviões, foguetes, mísseis, etc.
Para nosso estudo, nos restringiremos somente ao primeiro caso (região elás-
tica) que é o que frequentemente ocorre na prática.
A tensão admissível é determinada através da relação σE (tensão de escoa-
mento) coeficiente de segurança (Sg) para os materiais dúcteis, σ R (tensão de ruptu-
ra) coeficiente de segurança (Sg) para os materiais frágeis.

1.5.1 Coeficiente de Segurança


O coeficiente (ou fator) de segurança é utilizado no dimensionamento dos
elementos de construção visando assegurar o equilíbrio entre a qualidade de cons-
trução e seu custo.

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Atividades de Fixação

1) É utilizado no dimensionamento dos elementos de construção visando asse-


gurar o equilíbrio entre a qualidade de construção e seu custo.
O trecho se refere ao:
a) Coeficiente de Segurança.
b) Pilar.
c) Planejamento do orçamento.
d) Dimensionamento.

2) O escoamento caracteriza-se por um aumento considerável da deformação


com pequeno aumento da força de ______, isto ocorre devido ao rompimento de
ligações.
O termo que completa a lacuna é:
a) Compressão.
b) Flexão.
c) Cisalhamento.
d) Tração.

3) É a tensão ideal de trabalho para o material nas circunstâncias apresentadas.


Geralmente, esta tensão deverá ser mantida na região de deformação elástica do
material.
O trecho se refere a:
a) Tensão normal.
b) Tensão de cisalhamento.
c) Tensão admissível.
d) Tensão de flexão.

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A fixação do coeficiente de segurança é feita nas normas de cálculo e, muitas


vezes, pelo próprio projetista, baseado em experiências e de acordo com seu crité-
rio.
➢ O fator de segurança é a relação entre a carga de ruptura Frup e a car-
ga admissível Fadm.
➢ É um número maior que 1, a fim de evitar maior possibilidade de falha.
➢ Valores específicos dependem dos tipos de materiais usados e da fina-
lidade pretendida da estrutura ou máquina.

CAPÍTULO 2 – CARREGAMENTO AXIAL


A força axial é uma força segundo o eixo longitudinal de uma barra. A força
axial pode ser de tração ou compressão, conforme se esteja a “puxar” os extremos
da barra (tracionar), ou a “empurrar” os extremos da barra (comprimir).

2.1 Tração e Compressão


Podemos afirmar que uma peça está submetida a esforços de tração ou com-
pressão, quando uma carga normal (tem a direção do eixo da peça) F, atuar sobre a
área de seção transversal da peça. Quando a carga atuar no sentido dirigido para o
exterior da peça, a peça está tracionada. Quando o sentido da carga estiver dirigido
para o interior da peça, a barra estará comprimida.

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Como exemplo de peças tracionadas, temos as correias, os parafusos, os ca-


bos de aço, correntes. A compressão, por sua vez, pode ocorrer em ferramentas de
estampagem, em pregos (durante o martelamento), trilhos, vigas de concreto, etc.

2.2 Princípio de Saint-Venant


Uma barra deforma-se
elasticamente quando submeti-
da a uma carga P aplicada ao
longo do seu eixo geométrico.
Para o caso representa-
do, a barra está fixada rigida-
mente em uma das extremida-
des, e a força é aplicada por
meio de um furo na outra extre-
midade.
Devido ao carregamento,
a barra se deforma como indicado pelas distorções das retas antes horizontais e ver-
ticais, da grelha nela desenhada.

2.3 Deformação Elástica de um Elemento com Carga Axial


A partir da aplicação da lei de Hooke e das definições de tensão e deforma-
ção, pode-se desenvolver uma equação para determinar a deformação elástica de
um elemento submetido a cargas axiais.

Desde que essas quantidades não excedam o limite de proporcionalidade, as


mesmas podem ser relacionadas utilizando-se a lei de Hooke, ou seja:

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Atividades de Fixação

1) A força axial é uma força segundo o eixo __________ de uma barra.


O termo que completa a lacuna é:
a) Longitudinal.
b) Transversal.
c) Reto.
d) Tridimensional.

2) A força axial pode ser de tração ou:


a) Cisalhamento.
b) Compressão.
c) Flexão.
d) Torção.

3) São exemplos de peças tracionadas, exceto:


a) Parafusos.
b) Cabos de aço.
c) Trilhos.
d) Correntes.

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As equações utilizadas são escritas do seguinte modo:

2.4 Carga Uniforme e Seção Transversal Constante


Em muitos casos, a barra tem área da seção transversal constante A; o mate-
rial será homogêneo, logo E é constante. Além disso, se uma força externa constan-
te for aplicada em cada extremidade, como mostra a figura, então a força interna P
ao longo de todo o comprimento da barra também será constante.

2.5 Convenções de Sinais


Considera-se força e deslocamento como positivos se provocarem, respecti-
vamente tração e alongamento; ao passo que a força e deslocamento são negati-
vos se provocarem compressão e contração respectivamente.

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2.6 Barra com Diversas Forças Axiais


Se a barra for submetida a diversas forças axiais diferentes ou, ainda, a área
da seção transversal ou o módulo de elasticidade mudarem abruptamente de uma
região para outra da barra, deve-se calcular o deslocamento para cada segmento da
barra e então realizar a adição algébrica dos deslocamentos de cada segmento.

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Considera-se força e deslocamento como positivos se provocarem, respecti-


vamente tração e:
a) Compressão.
b) Flexão.
c) Contração.
d) Alongamento.

2) A imagem representa qual esforço solicitante?

a) Flexão.
b) Compressão.
c) Tração.
d) Cisalhamento.

3) Se a barra for submetida a diversas forças axiais diferentes ou, ainda, a área
da seção transversal ou o módulo de elasticidade mudarem abruptamente de uma
região para outra da barra, deve-se calcular o deslocamento para cada:
a) Tração da barra.
b) Segmento da barra.
c) Diâmetro.
d) Tensão da barra.

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EXEMPLO 7
O conjunto mostrado na figura consiste
de um tubo de alumínio AB com área da
seção transversal de 400 mm². Uma has-
te de aço de 10 mm de diâmetro está
acoplada a um colar rígido que passa
através do tubo. Se for aplicada uma carga de tração de 80 kN à haste, qual será o
deslocamento da extremidade C? Supor que Eaço = 200 GPa e Eal = 70 GPa.

O diagrama de corpo livre do tubo e da haste mostra que a haste está sujeita a
uma tração de 80 kN e o tubo está sujeito a uma compressão de 80 kN.

Deslocamento de C em relação à B:
𝑃. 𝐿
∆𝑙 =
𝐴. 𝐸
+80𝑥10³ . 600
∆𝑙 =
(𝜋. 52 ) . 200𝑥10³
48000
∆𝑙 =
15707,96
∆𝑙𝑐𝑏 = +3,055𝑚𝑚 → O sinal positivo indica que a extremidade C move-se para a
direita em relação à extremidade B, visto que a barra se alonga.

Deslocamento de B em relação a A:
𝑃. 𝐿
∆𝑙 =
𝐴. 𝐸
−80𝑥10³ . 400
∆𝑙 =
400 . 70𝑥10³

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−32000
∆𝑙 =
28000
∆𝑙𝑏 = −1,143𝑚𝑚→ O sinal negativo indica que o tubo se encurta e, assim, B mo-
ve-se para a direita em relação a A.

Como ambos os deslocamentos são para a direita, o deslocamento resultante em


relação à extremidade fixa A é:
∆𝑙𝑐 = ∆𝑙𝑏 + ∆𝑙𝑐𝑏
∆𝑙𝑐 = 1,143 + 3,055
∆𝒍𝒄 = 𝟒, 𝟐𝟎𝒎𝒎

EXEMPLO 8
A coluna de aço A-36 é usada para supor-
tar as cargas simétricas dos dois pisos de
um edifício. Determine o deslocamento
vertical de sua extremidade, A, se P1 =
400kN, P2 = 1020kN e a coluna tiver área
de seção transversal de 14.625mm². E =
200GPa.

Trecho A-B
P = 400x10³ N
L = 3.600mm
A = 14.625mm²
E = 200x10³ N/mm²

𝑃. 𝐿
∆𝑙 =
𝐴. 𝐸
400𝑥10³ . 3600
∆𝑙 =
14625 . 200𝑥10³
∆𝑙 = 0,492𝑚𝑚

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Trecho B-C
P = 1020x10³ N
L = 3.600mm
A = 14.625mm²
E = 200x10³ N/mm²

𝑃. 𝐿
∆𝑙 =
𝐴. 𝐸
1020𝑥10³ . 3600
∆𝑙 =
14625 . 200𝑥10³
∆𝑙 = 1,255𝑚𝑚

∆𝒍𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟒𝟗𝟐 + 𝟏, 𝟐𝟓𝟓 = 𝟏, 𝟕𝟒𝟕𝒎𝒎

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) A coluna de aço A-36 é usada para suportar as cargas simétricas dos dois
pisos de um edifício. Determine o deslocamento vertical, se P1 = 200kN, P2 =
1310kN e a coluna tiver área de seção transversal de 20.000mm². E= 200GPa.

O valor do deslocamento total é:


a) ∆l = 1,259mm.
b) ∆l = 1,359mm.
c) ∆l = 1,459mm.
d) ∆l = 1,559mm.

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CAPÍTULO 3 – TORÇÃO
O comportamento das peças quando
submetidas a um momento de torção (ou tor-
que) em relação ao seu eixo longitudinal, tende
a produzir rotação ou torção. Esta ação de tor-
cer é resistida pelo material, através de forças
internas de cisalhamento, desta forma, o corpo
está submetido a uma solicitação de torção.
A condição de equilíbrio exige que a pe-
ça produza um momento interno igual e oposto
ao aplicado externamente.

A região da peça que fica localizada entre estes dois planos está submetida à
torção. Exemplos de peças submetidas à torção são: eixo de caminhões, eixo de
motores elétricos, brocas, etc.

A hipótese de torção considera que a de-


formação longitudinal, num eixo engastado nu-
ma extremidade e submetido a torque em outra,
apresenta um campo de deformação que será
máximo: longitudinalmente no ponto de aplica-
ção do torque; transversalmente no ponto mais
distante do centro.

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A tensão de torção é dada pela expressão:

Onde,
 = tensão de torção [MPa];
T = torque, também conhecido por momento torçor [N.mm];
Wt = módulo de torção (mm²).

O módulo de torção depende da forma geométrica da peça, mas é diferente


do módulo de flexão. A forma geométrica mais comum em torção são peças com
seção circular.
Para eixos com seção transversal cheia, diâmetro D, temos Wt =  . D³ / 16,
então a tensão de torção se dará por:

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) A ação de torcer é resistida pelo material, através de forças internas de


__________, desta forma, o corpo está submetido a uma solicitação de torção.
A palavra que preenche a lacuna é:
a) Flexão.
b) Rotação.
c) Compressão.
d) Cisalhamento.

2) O módulo de torção depende da forma geométrica da peça, mas é diferente


do módulo de flexão. A forma geométrica mais comum em torção são peças com
seção:
a) Triangular.
b) Quadrada.
c) Retangular.
d) Circular.

3) A hipótese de torção considera que a deformação longitudinal, num eixo en-


gastado numa extremidade e submetido a torque em outra, apresenta um campo de
deformação que será máximo: longitudinalmente no ponto de aplicação do torque;
__________ no ponto mais distante do centro.
A palavra que preenche a lacuna é:
a) Transversalmente.
b) Tração.
c) Longitudinalmente.
d) Compressão.

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Para eixos com seção transversal vazada, temos Wt =  . (D4 – d4) / 16  D,


então a tensão de torção se dará por:
adm = tensão de torção admis-
sível [MPa];
T = torque (momento torçor)
[N.mm];
D = diâmetro externo [mm];
d = diâmetro interno [mm].

EXEMPLO 9
Um chaveiro quer construir um esmeril com acio-
namento manual conforme o desenho. Calcule o
diâmetro do eixo para suportar uma força aplica-
da na manivela de 5 kgf, sendo r = 30 cm. Consi-
derar aço ABNT 1010 LQ e Sg = 2. [1 kgf = 9,8 N]

Calcular e:
e = e . 0,6 = 108 MPa

Calcular adm:
adm = 108 / 2 = 54 MPa

Calcular torque (momento torçor):


T = (5 . 9,8) . 300 = 14,7 x 10³ N.mm

Calcular diâmetro do eixo:


54 = 16 . 14,7 x 10³ /  . D³
D = 11,15 mm

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CAPÍTULO 4 – FLEXÃO
Definimos como flexão a solicitação que provoca, ou tende a provocar, curva-
tura nas peças. O esforço solicitante responsável por este comportamento é cha-
mado de momento fletor,
podendo ou não ser acom-
panhado de esforço cortan-
te e força normal.
A flexão é provavel-
mente o tipo mais comum
de solicitação produzida em
componentes de máquinas,
os quais atuam como vigas quando, em funcionamento, transmitem ou recebem es-
forços.

4.1 Vigas
Estrutura li-
near que trabalha
em posição hori-
zontal ou inclinada,
assentada em um
ou mais apoios e
que tem a função
de suportar os car-
regamentos nor-
mais à sua direção
(se a direção da viga é horizontal, os carregamentos são verticais).

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Um chaveiro quer construir um esmeril com aci-


onamento manual conforme o desenho. Calcule o diâ-
metro do eixo para suportar uma força aplicada na
manivela de 7 kgf, sendo r = 30 cm. Considerar aço
ABNT 1010 LQ e Sg = 2. [1 kgf = 9,8 N].

O valor do diâmetro é:
a) 11,15mm.
b) 13,22mm.
c) 14,56mm.
d) 15,14mm.

2) A _____ é provavelmente o tipo mais comum de solicitação produzida em


componentes de máquinas, os quais atuam como vigas quando, em funcionamento,
transmitem ou recebem esforços.
A palavra que preenche a lacuna é:
a) Flexão.
b) Compressão.
c) Tração.
d) Torção.

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Muitos problemas envolvendo componentes sujeitos à flexão podem ser re-


solvidos aproximando-os de um modelo de viga, como mostra o exemplo abaixo:

A figura acima mostra que um modelo de viga apresenta elementos que a de-
finem, tais como os apoios e carregamento suportado.

4.2 Apoios
Apoios ou vínculos são componentes ou partes de uma mesma peça que im-
pedem o movimento em uma ou mais direções. Considerando o movimento no pla-
no, podemos estabelecer três possibilidades de movimento:
➢ Translação horizontal;
➢ Translação vertical;
➢ Rotação.
As cargas externas aplicadas sobre as vigas exercem esforços sobre os apoi-
os, que por sua vez produzem reações para que seja estabelecido o equilíbrio do
sistema. Portanto, estas reações devem ser iguais e de sentido oposto às cargas
aplicadas.

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4.2.1 Classificação
Os apoios são classificados de acordo com o grau de liberdade, ou seja, os
movimentos que permitem. Desta forma temos:

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Apoios ou vínculos são componentes ou partes de uma mesma peça que im-
pedem:
a) O movimento em uma ou mais direções.
b) Apenas a translação.
c) A rotação em torno do eixo x.
d) A tração.

2) Apoios ou vínculos são componentes ou partes de uma mesma peça que im-
pedem o movimento em uma ou mais direções. Considerando o movimento no pla-
no, podemos estabelecer três possibilidades de movimento, exceto:
a) Translação horizontal.
b) Translação vertical.
c) Rotação.
d) Torção no eixo y.

3) Um modelo de viga apresenta elementos que a definem, tais como os apoios


e:
a) Cisalhamento.
b) Carregamento suportado.
c) Tração.
d) Compressão.

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4.3 Cargas
4.3.1 Carga Concentrada
Classificamos como carga concentrada, quando a superfície ocupada pela
carga é relativamente pequena em relação à viga. Exemplos: pés das bases de má-
quinas; rodas de veículos, etc.

4.3.2 Carga Distribuída Uniforme


Quando o carregamento é igualmente distribuído em um determinado com-
primento ou por toda a viga.

4.3.3 Carga Distribuída Variável


Quando o carregamento é distribuído de forma variável em um determinado
comprimento ou por toda a viga.

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4.4 Momento Fletor


O momento fletor é um esforço ao qual tende a “curvar” uma viga, por exem-
plo. Em uma mesa qualquer, em repouso quando se é colocado um peso no centro
de proporções relevantes tende a ”forçar” uma rotação e, portanto, uma curvatura no
centro (como uma régua curvada), este momento provoca esforços de tração nas
fibras externas e compressão nas internas.

4.5 Diagramas de Esforços Solicitantes


Uma estrutura é dita plana quando tanto ela quanto as forças que nela atuam
pertencem a um mesmo plano.
As direções de deslocamento de interesse são
três, para um plano x-y em qualquer seção S da estrutu-
ra: normal (N); cortante (Q) e momento fletor (MF).
Aqui estudaremos apenas esforço cortante e momento
fletor.

Conhecendo os carregamentos externos (forças aplicadas na estrutura e as


reações de apoio), os esforços solicitantes internos, por exemplo, cortante e momen-
to fletor, em qualquer seção transversal, podem ser determinados a linha de estado
ou os diagramas:
➢ Diagrama de esforço cortante (DEC);
➢ Diagrama de momento fletor (DMF).

O momento fletor representa o efeito de flexão (dobramento) em uma seção trans-


versal de uma barra (dobra a seção de estudo).

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Quando o carregamento é igualmente distribuído em um determinado com-


primento ou por toda a viga, a carga é classificada em:
a) Carga Concentrada.
b) Carga Distribuída Uniforme.
c) Carga Distribuída Variável.
d) Carga Única.

2) “Representa o efeito de flexão (dobramento) em uma seção transversal de


uma barra (dobra a seção de estudo)”. O trecho se refere a:
a) Momento Fletor.
b) Esforço Cortante.
c) Esforço Normal.
d) Compressão.

3) É um esforço ao qual tende a “curvar” uma viga. Estamos falando do:


a) Momento Fletor.
b) Esforço Cortante.
c) Esforço Normal.
d) Tacionamento.

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O esforço cortante representa o efeito de força de cisalhamento em uma seção


transversal de uma barra (força tangente a seção de estudo).

4.5.1 Vigas isostáticas


Uma viga é um elemento estrutural sujeito a cargas transversais. A viga é ge-
ralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebi-
dos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga estrutural concentrada, caso
sirva de apoio a um pilar. Pode ser composta de madeira, ferro ou concreto armado.
A viga transfere o peso das lajes e dos demais elementos (paredes, portas, etc.) às
colunas. As vigas podem ser simples ou compostas.
Nas vigas simples, todos os nós são rígidos, e, nas compostas, os nós podem
ser articulados (viga Gerber, que veremos nas próximas disciplinas).

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Viga Simples
Uma viga simples pode ser biapoiada ou engastada. Viga biapoiada tem dois
apoios. Para traçar os diagramas dos Esforços Solicitantes Internos, em uma deter-
minada viga, é necessário:

1º - Calcular as reações de apoio;


2º - Identificar as seções notáveis da viga, tais como, apoios, carga concen-
trada, carga momento, início e fim de carga uniformemente distribuída etc.

4.5.2 Resumo dos diagramas

Diagrama de Esforço Cortante


Carga concentrada
No diagrama de esforço cortante, há um degrau no ponto de aplicação da
carga. A descontinuidade no diagrama (degrau) é o valor da carga aplicada naquela
seção da viga. Em trecho descarregado (sem carga), o diagrama é uma linha cons-
tante “horizontal”.

Carga distribuída
Para carga distribuída o diagrama de esforço cortante é uma linha inclinada
(no valor da carga distribuída). Quanto maior o valor da carga, maior será a inclina-
ção.

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Uma viga simples pode ser biapoiada ou engastada. Viga biapoiada tem:
a) 1 apoio.
b) 2 apoios.
c) 3 apoios.
d) Mais de 1 apoio.

2) Uma viga é um elemento estrutural sujeito a cargas transversais. A viga é ge-


ralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebi-
dos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga estrutural concentrada, caso
sirva de apoio a um pilar. As vigas podem ser simples ou:
a) Compostas.
b) Flexionadas.
c) Cisalhantes.
d) Normais.

3) A viga transfere o peso das lajes e dos demais elementos (paredes, portas,
etc.) às:
a) Paredes.
b) Colunas.
c) Casas.
d) Janelas.

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Observa-se na seção onde o esforço cortante é nulo, ali será o valor para
momento fletor máximo.

Carga momento fletor


Para carga momento fletor o diagrama de esforço cortante é uma linha cons-
tante “horizontal”. No ponto onde há uma carga momento fletor não há mudança no
diagrama.

Diagrama de Momento Fletor


Carga concentrada
No diagrama de momento fletor, há um ponto anguloso (na direção da carga).
Em trechos descarregados, o diagrama é uma reta inclinada.

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Carga distribuída
No diagrama de momento fletor, nos trechos de cargas uniformemente distri-
buídas, o diagrama é uma parábola do 2º grau. No trecho que não há carregamento
o diagrama de momento fletor é uma linha linear.

Carga momento fletor


Para carga momento fletor, no diagrama de momento fletor, há um degrau no
ponto de aplicação da carga momento fletor (esse degrau é o valor da carga mo-
mento), no trecho sem carga, o diagrama é uma linha linear.

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Para carga momento fletor o diagrama de esforço cortante é uma linha cons-
tante:
a) Horizontal.
b) Vertical.
c) Inclinada.
d) Grande.

2) No diagrama de momento fletor, nos trechos de cargas uniformemente distri-


buídas, o diagrama é uma:
a) Linha.
b) Linha vertical.
c) Inclinação.
d) Parábola do 2º grau.

3) A viga representada na figura apresenta uma carga:

a) Distribuída.
b) Concentrada.
c) Alta.
d) Inclinada.

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EXEMPLO 10
A viga biapoiada, mostrada na figura, sofre ação de uma carga concentrada de
30kN em um ponto de sua estrutura. Determine o valor da reação de apoio “RA”.

+↑∑Fy = 0
RA – 30 + RB = 0
RA = – RB + 30
RA = – 10 + 30
RA = 20 kN

+ ∑MA = 0
– 30 . 2 + RB . 6 = 0
6RB = 60
RB = 10 kN

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EXEMPLO 11
A viga biapoiada sofre ação de carga distribuída ao longo de toda sua extensão
com valor de 20 kN/m, considerando o apoio da esquerda como apoio fixo A e o
da direita como apoio móvel B na figura ilustrada abaixo.

Determine as reações de apoio.

+↑∑Fy = 0
RA – 20 . 13 + RB = 0
RA = – RB + 260
RA = – 169 + 260
RA = 91 kN

+ ∑MA = 0
– 20 . 13 . 6,5 + RB . 10 = 0
10RB = 1690
RB = 169 kN

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) A viga biapoiada sofre ação de carga distribuída ao longo de toda sua exten-
são com valor de 30 kN/m, considerando o apoio da esquerda como apoio fixo A e o
da direita como apoio móvel B na figura ilustrada abaixo.

Assinale a alternativa que mostra o valor da reação de apoio “B”:


a) 179,8 kN.
b) 202,9 kN.
c) 253,5 kN.
d) 243,7 kN.

2) A viga biapoiada mostrada na figura abaixo, sofre ação de uma carga concen-
trada de 60kN em um ponto de sua estrutura.

Assinale a alternativa que mostra o valor da reação de apoio “RB”:


a) 20 kN.
b) 25 kN.
c) 30 kN.
d) 40 kN.

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EXEMPLO 12
Considere o apoio da esquerda como apoio fixo B e o da direita como apoio móvel
C, determine as reações de apoio e os diagramas de esforços solicitantes da viga
representada na figura abaixo:

+↑∑Fy = 0
– 60 + RB – 20 . 3 + RC – 60 = 0
RB = – RC + 60 + 60 + 60
RB = – RC + 180
RB = – 90 + 180
RB = 90 kN

+ ∑MB = 0
+ 60 . 2 – 20 . 3 . 1,5 + RC . 3 – 60 . 5 = 0
3RC = 270
RC = 90 kN

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Diagrama de Esforço Cortante

Diagrama de Momento Fletor

CAPÍTULO 5 – CISALHAMENTO
Um corpo é submetido ao esforço de cisalhamento quando sofre a ação de
um carregamento que atua na direção transversal ao seu eixo.

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Considere o apoio da esquerda como apoio fixo B e o da direita como apoio


móvel C.

O valor da reação de apoio RB é:


a) 70 kN.
b) 80 kN.
c) 90 kN.
d) 100 kN.

2) Um corpo é submetido ao esforço de cisalhamento quando sofre a ação de


um carregamento que atua na direção ________ ao seu eixo.
A palavra que completa a lacuna é:
a) Longitudinal.
b) Transversal.
c) Rotacional.
d) De flexão.

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A ação de cargas transversais num corpo provoca o aparecimento de forças


internas, na seção transversal, denominadas esforço cortante. A tensão de cisalha-
mento média na seção τméd é obtida através da razão entre a resultante interna da
força de cisalhamento V e a área de seção transversal (área de corte) A. Como se-
gue:

A tensão de cisalhamento ocorre comumente em


parafusos, rebites e pinos que ligam diversas partes de
máquinas e estruturas.
Dizemos que um rebite está sujeito a corte simples
quando este une duas chapas nas quais são aplicadas
cargas de tração F que provocam o aparecimento de tensões numa seção do rebite.
Outra situação comum ocorre quando o rebite é usado para conectar três chapas e
poderá ser cortado em dois planos. Neste caso o rebite está sujeito à corte duplo.

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Para rebites, parafusos e pinos podemos calcular a área A usando a seguinte


fórmula:

A = π. r 2
d = 2. r
Onde r representa o raio do elemento e d representa o diâmetro da mesma.
Outro elemento mecânico que sofre cisalhamento são as chavetas, estas são
submetidas a cargas cortantes devido à força que o eixo exerce na chaveta e por
sua vez transmitem para o elemento de transmissão (engrenagem, polia ou came),
devido à resistência ao giro dos elementos de transmissão, os mesmo exercem uma
força de reação na chaveta, provocando assim, um cisalhamento na mesma.

Para calcularmos a tensão de cisalhamento em uma chaveta, podemos usar a


fórmula da tensão já apresentada anteriormente. Podemos calcular a área com a
seguinte expressão:

A=b.L

Onde b representa a espessura da chaveta e L representa o comprimento.

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) A ação de cargas transversais num corpo provoca o aparecimento de forças


internas, na seção transversal, denominadas:
a) Tração.
b) Esforço cortante.
c) Compressão.
d) Momento fletor.

2) A tensão de cisalhamento ocorre comumente em:


a) Vidros.
b) Borrachas
c) Parafusos.
d) Plásticos.

3) Outro elemento mecânico que sofre cisalhamento são as chavetas, estas são
submetidas a cargas cortantes devido à força que o eixo exerce na chaveta e por
sua vez transmitem para o elemento de transmissão (engrenagem, polia ou came),
devido à resistência ao giro dos elementos de transmissão, os mesmo exercem uma
força de reação na chaveta, provocando assim, um:
a) Cisalhamento.
b) Corte duplo.
c) Momento Fletor.
d) Corte simples.

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A solicitação de cisalhamento ocorre quando uma peça é submetida à ação


de duas forças opostas (tangenciais), que tendem a separá-la em duas partes, atra-
vés do deslizamento das seções adjacentes à área de corte.
A condição de cisalhamento ideal ocorre quando as forças cortantes atuam no
mesmo plano de ação, como no exemplo ilustrado na figura.

Na figura (rebites), as forças F exercidas sobre o rebite, não atuam exatamen-


te sobre o mesmo plano de ação, e, portanto, produzindo, além do corte um esma-
gamento (compressão).

EXEMPLO 13
O arganéu da âncora suporta uma foça de cabo de 3
kN. Se o pino tiver diâmetro de 6mm, determine a ten-
são média de cisalhamento no pino. (Utilize o valor de
𝜋 = 3)

Nessa situação o pino está um cisalhamento duplo,


logo a força cortante interna (V) é metade da força
exercida no cabo:
V=F/2
V = 3 kN / 2 = 1,5 kN

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Calculemos agora a área da seção transversal do pino:

A = 3 * 6² / 4
A = 108 / 4
A = 27 mm²

Substituindo a fórmula da tensão média de cisalhamento, temos:


τ = 1500 / 27
τ = 55,55 MPa

EXEMPLO 14
Calcular o diâmetro do rebite para unir, com segurança, as duas chapas do es-
quema abaixo. O material do rebite tem limite de escoamento a cisalhamento de
600MPa. Usaremos coeficiente de segurança de 3.

𝑉
𝜏=
𝐴
600 20000
=
3 𝐴
20000 . 3
𝐴= = 100𝑚𝑚²
600
𝐴 = 𝜋𝑟 2
100 = 𝜋𝑟 2
100
𝑟2 = = 31,85𝑚𝑚2
𝜋
𝑟 = √31,85 = 5,64𝑚𝑚
d=2r
d=2.5,64 → d=11,28mm

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Resistência dos Materiais I

Atividades de Fixação

1) Calcular o diâmetro do rebite para unir, com segurança, as duas chapas do


esquema abaixo. O material do rebite tem limite de escoamento a cisalhamento de
800MPa. Usaremos coeficiente de segurança de 3.

O valor do diâmetro do rebite é:


a) 11,55mm.
b) 9,77mm.
c) 11,28mm.
d) 8,79mm.

2) A condição de cisalhamento ideal ocorre quando as forças cortantes atuam


no:
a) Cisalhamento.
b) Mesmo plano de ação.
c) Momento torçor.
d) Esforço normal.

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RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS


DE FIXAÇÃO APOSTILAS 1 A 10

APOSTILA 1 APOSTILA 6
1) Letra c 1) Letra c
2) Letra a 2) Letra a
3) Letra a 3) Letra b

APOSTILA 2 APOSTILA 7
1) Letra b 1) Letra a
2) Letra b 2) Letra d
3) Letra c

APOSTILA 3
APOSTILA 8
1) Letra d
2) Letra a 1) Letra a
2) Letra b
3) Letra c
APOSTILA 4
1) Letra c
APOSTILA 9
2) Letra c
3) Letra b 1) Letra d
2) Letra b
3) Letra b
APOSTILA 5
1) Letra d
APOSTILA 10
2) Letra d
1) Letra b

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RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS


DE FIXAÇÃO APOSTILAS 11 A 20

APOSTILA 11 APOSTILA 16
1) Letra d 1) Letra a
2) Letra d 2) Letra d
3) Letra a 3) Letra b

APOSTILA 12 APOSTILA 17
1) Letra b 1) Letra c
2) Letra a 2) Letra a

APOSTILA 13 APOSTILA 18
1) Letra a 1) Letra b
2) Letra d 2) Letra b
3) Letra b

APOSTILA 19
APOSTILA 14
1) Letra b
1) Letra b 2) Letra c
2) Letra a 3) Letra a
3) Letra a

APOSTILA 20
APOSTILA 15
1) Letra b
1) Letra b 2) Letra b
2) Letra a
3) Letra b

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