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1. A intervencao do Estado na actividade econémica No séc. XVII considerava-se que qualquer interferéncia do Estado na economia teria efeitos mualéficos produzindo desequilibrios e desperdicios. © Estado deveria manter-se na esfera politica deixando a esfera econdmica, isto é, a esfera privada dos cidadios. A fungio do Estado baseava-se na defesa de agressdes extermas e 20 exercicio da actividade de policiamento e aplicagdo da justia. Dencminava-se, Estado Liberal. Em temmos econémicos o sistema “iaisser-faire” assentava na regra “o maior beneficio para o maior niimero”. na qual se encontrava “implicita e, de certa forma, explicita a ideia de que nem todos podem prosperar: alguns teriam de sucumbir para que o maior mimero beneficiasse” O funcionamento da economia segundo as leis do mercado e da concorréncia foram gravemente perturbadas, nomeadamente na crise de 1929, onde ndo conseguiu manter uma auto-regulagdo eficaz. Desta forma, reconhecida a incapacidade da economia para se regular a propria, 0 Estado vai passar a executar tarefas que até ai lhe estavam vedadas. ‘A ctise de 1929 originou uma superproducio, isto é, excesso de oferta relativamente 4 procura. Entio intensificou-se a intervengio do Estado, nomeadamente através do aumento dos gastos piblicos. © aumento da despesa publica, reforgando a procura agregada. visava minorar os efeitos da profunda crise socal es) ‘Na representagdo keynesiana, se 0 | ‘8 Estado realizar maiores gastos pablicos, aumenta a procura agregada (AD), estabelecendo-se 0 equlibrio =a um nivel de rendimento, produgio e emprego se superior. John Maynard Keynes veio defender que o Estado ia passar a intervir em certas 4reas da economia para minimizar os efeitos da crise econdmica, promovendo o investimento, o que criava emprego ¢ gerava rendimento. A intervencio do Estado na economia era atinica maneira de evitar as crises ciclicas do capitalismo, que julgava ter solucionado de vez com A Teoria Geral do Emprego, do Juro eda Moeda, a sua principal obm. A sua preocupagdo baseava-se em oprrigir os abusos do liberalismo, minorar os efeitos das zecessdes e garantiraos cidaddos mais desprotegidos um rendimento minimo para garantir a sua sobrevivéncia. Sendo assim, contribuiam na canalizagio do rendimento para o consumo, estimulando a actividade das empresas na dinamizagio da economia Perante os graves problemas que os paises enfrentavam (faléncias, pinico nas bolsas, altas taxas de desemprego e profunda instabilidade social), 0 Estado viu-se obrigado a intervir directa © indirectamente na actividade econdmica com o intuito de combater e prevenir as cris nascendo assim o E stado intervencionista_ Na sequéncia do apoio americano a reconstrugo da Europa, finda a ITGGM., no ambito do Plano Marshall, o Estado vé-se obrigado a alargar 0 seu dmbito de intervengdo com vista a favorecer o desenvolvimento econémico, adoptando um sistema renovado de Contabilidade Nacional e de métodes de previsio econémica. Paralelamente. fomenta a justica social, intervindo na rediswibuicio dos rendimentos ¢ na criacdo de um. rendimento minimo, criando um sistema de cobertura de n'scos como os subsidios de doenca ¢ de desemprego. Esta intervencio mais alargada por parte do Estado denomina-se Estado-Providéncia. Actualmente, através de diversos meios, o Estado procura garantir a eficiéncia, fomentando 0 desenvolvimento econémico do pais ¢ a gestio racional dos recursos; a equidade corrigindo as desigualdades sociais promovendo 0 acesso de toda a populace a bens ¢ servigos essenciais; ¢ também, a estabilidade, nomeadamente dos pregos, do emprego ¢ das contas externas. A 1GGM despertou a consciéncia de classe dos operarios levando a0 aumento do seu peso politico ¢ 4 exigéncia de solugdes-para os problemas econémico-sociais, pois a quebra do liberalismo econémico ciou um aumento da necessidade de armamento, dificuldades das empresas em encontrarem escoamento para os seus produtos, ¢ desemprego- A partir da IT GGM 0 Estado intervém fortemente na economia. naconalizando sectores estratégicos (minas de carvdo, empresas de gas ¢ electricidade, siderurgia, transportes, bancos, etc:), adoptando medidas de planeamento a nivel nacional, ¢ desenvolvendo politicas sociais 1. A intervencao do Estado na actividade econémica em Portugal Em Portugal a industrializacio da economia ocorreu nos anos 1950-73. periodo em que o PIB per capita cresceu auma taxa média anual de 5.47 (Lains, 201 1:408). Este crescimento é melhor explicado por uma maior integragdo econémica na Europa, que tirou partido do boom que se seguiu ao periodo posterior ao final da IT GGM. que por qualquer decisio politica do regime salazarista. A filosofia do Estado comorativism. preconizava a rentincia pelo Estado a um conjunto de poderes, a todos os niveis da vida politica econdmica ¢ social. O corporativismo (nao confunda esta expressdo com cooperativismo) negava mesmo o proprio conflito de classes, na medida em as cofporagdes estruturariam a actividade econdémica em prol do interesse nacional, conciliando os interesses dos trabalhadores com os dos propnietarios. As caracteristicas do Estado-providéncia em Portugal, tal como ele se apresenta actualmente, sio o resultado da influéncia de trés etapas. Em primeiro lugar. (1) a criagdo da previdéncia social em 1935 e as varias reformas ¢ ajustamentos que tiveram lugar ao longo do periodo do Estado- Nove, ¢ que originaram a cobertura de riscos sociais clissicos (principalmente a substitic#o de rendimento em case de velhice, invalidez, € sobrevivéncia) numa légica de seguro social e de solidariedade intra- profissional, de base corporativa de garantia de direitos sociais associados ao mundo do trabalho. Uma segunda etapa ocorreu (2) apds a Revoluco de 25 de Abril de 1974, em que a restauragio do regime democritico se traduziu na consolidagdo dos direitos de cdadamia, consagrando direitos civis ¢ politicos ¢ alargando e aprofundando os direitos sociais, orignando o caracter universal de alguns deles, de onde resultou um aumento das despesas sociais publicas Com a (3) adesio de Portugal a CEE em 1986 inicia-se uma terceira fase. que se pode referir como europeizacio do Estado-providéncia, adaptando-o as regras do espaco supranacional. Portugal viveu um curto periodo de colectivizacéo da economia, de 11 de Margo de 1975 a 25 de Novembro de 1975, conhecido por Processo Revolucionario em Curso ou PREC. Em escassos dias nacionalizaram-se a banca. 08 Seguros, as principais empresas industriais, dos transportes e das comunicagdes ¢ iniciou-se a reforma agraria com a ocupa¢ao de termas com o apoio dos militares. O pedido de adesio de Pormgal 4 CEE. por Mario Soares, em 1976, nio decorren de quaisquer convicotes europeistas, mas da sua estratégia para ancorar a economia eS nineas West. capitalista, sob dominio dos Esados Unidos da América Os. norte- americanos temiam que o regime comunista se estendesse a outros paises europeus, como Fspanha, Itilia e Grécia, e pudesse causar "fragilidade na NATO". Sob o comando de Mario Soares, o Partido Socialista, a Direita e a Igreja tutaram contra a “Cuba da Europa, apoiando a ingeréncia americana que demotou o projecto de Alianca Povo-MFA, protagonizado pelos Govemos de Vasco Goncalves, que preconizava uma economia largamente estatizada e era sustentado pela Esquerda Unitaria. Partido Comunista ¢ movimento sindical_ Bibliografia LAINS, Pedro, COSTA, Leonor, MIRANDA, Susana (2011), Hisiéria Econdmica de Portugal, Lisboa, AEsfera dos Livros. ‘http://analisesocial ics. ul -pt documentos/1223475624P 7mTE OcwSLuS3HY 1 pdf Init pascal iseg cil -pt~depe ce wp wp302006 pif fivismo ht vw imi a. http:/noticias sapo-pt/tusa/artigo’b125106dfMMc#ScebeO9e3 html

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