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Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2004


I Série
Número 5

BOLETIM OFICIAL
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SUMÁRIO

ASSEMBLEIA NACIONAL: CHEFIA DO GOVERNO:

CONSELHO DE MINISTROS: Portaria n.º 5/2004:

Define o regime e a composição do Conselho Administrativo da


Decreto-Lei n.º 5/2004: Chefia do Governo.
Estabelece as bases de aplicação do sistema de segurança social MINISTÉRIO DA ECONOMIA, CRESCIMENTO E
de trabalhadores por conta de outrem. COMPETITIVIDADE:
Decreto-Lei n.º 6/2004: Portaria nº 6/2004:

Reconhecendo ao pessoal da Polícia de Ordem Pública na situa- Adiciona à lista anexa ao Decreto-Lei nº 29/2002, de 9 de Dezem-
ção de reserva o direito à reforma e reintegração no quadro bro, a farinha de trigo.
daqueles que recorreram a exoneração.
BANCO DE CABO VERDE:
Decreto n.º 1/2004:
Aviso nº 1/2004:
Aprova o Acordo de Crédito concluído entre o Governo de Cabo
Verde e a Associação Internacional para o Desenvolvimento. Sobre a falta de pagamento de prémios de contrato de seguro.

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CONSELHO DE MINISTROS de algumas prestações, como do conceito “viver a cargo”


para efeito de atribuição do estatuto de beneficiário ao (s)
–––– ascendente (s) do segurado.

Por outro lado, sem descurar o princípio fundamental


Decreto-Lei n.º 5/2004
do equilíbrio financeiro do sistema, algumas disposições
de 16 de Fevereiro são introduzidas contemplando-se, de forma expressa, si-
tuações anteriormente não previstas, destacando-se, entre
A experiência colhida com a aplicação da legislação de elas, a extensão de algumas prestações à união de facto,
1982, que instituiu o sistema de protecção social actual- que reuna os requisitos previstos na lei civil para efeito de
mente existente em Cabo Verde, as transformações políti- reconhecimento.
cas e sociais que o país conheceu nos últimos anos e as
exigências do alargamento do sistema de protecção social, Cria-se o subsídio de paternidade, atribuído, concreta-
estiveram na origem da aprovação de uma lei de bases da mente, por morte da mãe e, ainda, o subsídio de adopção.
protecção social, que veio introduzir profundas alterações
no ordenamento jurídico da protecção social nacional. Uma nova filosofia encontra-se subjacente à concessão
do subsídio atribuído ao segurado que tenha a seu cargo
No respeitante ao Decreto n.º 120/82 de 24 de Dezem- um descendente deficiente; prestação até então condicio-
bro, diploma que regulamenta o regime da previdência so- nada à menoridade do deficiente, passa, doravante, a ser
cial dos trabalhadores por conta de outrem, a experiência atribuída pela única condição de deficiência.
da sua aplicação e vivência permitiram a identificação de
um conjunto de situações reclamando novas formas de so- Permite este diploma, de forma expressa, a acumula-
lução ou previsão normativa. ção de prestações de natureza diferentes, na medida em
que se destinam a finalidades/protecções perfeitamente
Por outro lado, ao longo desse período de tempo, várias cumuláveis.
alterações legislativas tiveram lugar, com reflexos sobre o
sistema em referência: desde logo, a nível da Lei Funda- Na base da comparticipação na aquisição dos medica-
mental, da legislação do trabalho, no sector da educação, mentos, passam a estar critérios de essencialidade e justi-
da saúde, este último, anteriormente vedado à iniciativa ça social, levando-se sobretudo em consideração, para o efei-
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privada e, muito recentemente, a aprovação da Lei de Ba- to, factores inerentes à função e importância terapêutica
ses da Protecção Social, a qual define os princípios basilares dos medicamentos.
sobre os quais deve assentar o próprio regime contido no
citado Decreto n.º 120/82. Na perspectiva de garantir o equilíbrio e a
sustentabilidade financeiros do sistema, são introduzidos
O objectivo do presente decreto-lei é o de desenvolver a novos prazos de garantia e uma nova fórmula de cálculo
lei de bases na parte respeitante aos trabalhadores por conta das pensões.
de outrem, em estrita observância dos parâmetros que es-
tabeleceu, levando em conta situações que de há muito vêm É criada uma comissão, a Comissão de Verificação de
reclamando uma previsão normativa e as alterações Incapacidade, integrada por peritos médicos e nomeada por
legislativas ocorridas nos últimos anos, o que certamente, despacho conjunto dos membros do Governo que tutelam
na linha do que estabelece o Programa de Governo para o os sectores da saúde e da segurança social, opção essa que,
sector, contribuirá, de modo significativo, para o desenvol- por seu turno, vem permitir implementar maior controlo e
vimento do ordenamento jurídico da protecção social dos celeridade na decisão e conclusão dos processos concernentes
trabalhadores, em particular, e o do país, em geral. à atribuição da pensão de invalidez.

Uma outra opção aqui assumida revela-se de carácter


O presente diploma alargou e aprofundou a protecção
substancial por garantir maior justiça social, prendendo-
social dos segurados. Para além da necessária adequação
se ela com a reformulação da pensão de sobrevivência, em
a alterações legislativas supervenientes ou a políticas soci-
que, por um lado, é alargado o período de concessão e, por
ais entretanto adoptadas, aliadas à flexibilização de alguns
outro, flexibilizadas as condições da sua atribuição.
conceitos e procedimentos, à clarificação interpretativa de
algumas disposições e a uma melhor sistematização, pre-
Finalmente, procede-se à actualização dos valores das
coniza-se com a sua aprovação dois objectivos fundamen-
coimas aplicadas por infracção às obrigações emergentes
tais. Por um lado, a garantia de maior justiça social na
do regime em causa, de modo a garantir o seu efeito persu-
atribuição de algumas prestações e introdução de outras
asivo, o que constitui uma das principais respostas às vá-
novas, por outro, a necessidade de assegurar a
rias preocupações registadas no âmbito da prevenção e do
sustentabilidade e o equilíbrio financeiros do sistema.
combate à fraude.
Visando, assim a prossecução desses objectivos, no es- Assim,
sencial, estabelece este diploma o seguinte:
Nos termos da Lei n.º131/V/2001 de 22 de Janeiro;
A clarificação do conceito “remuneração”, tendo em vis-
ta a determinação da base de incidência contributiva, a No uso da faculdade conferida pela alínea c) do n.º 2 do
flexibilização, tanto do processo e condições de atribuição artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

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CAPÍTULO I denominação social, o ramo de actividade, a sede e o local


ou locais de trabalho, bem como a identificação dos respon-
Do campo de aplicação pessoal
sáveis da mesma.
SECÇÃO I
2. Este boletim é remetido à entidade gestora da protec-
Campo de aplicação pessoal
ção social obrigatória, acompanhado dos respectivos com-
Artigo 1º provantes, até 15 dias após o início da actividade.
Pessoas abrangidas
Artigo 5°
Consideram-se abrangidos pela protecção social obriga-
Inscrição do segurado
tória:
a) Os trabalhadores por conta de outrem, que exer- 1. A inscrição do segurado é da responsabilidade das
çam a sua actividade no comércio, na indústria entidades empregadoras e é efectuada com base em bole-
e nos serviços, seja qual for a sua forma de re- tim de modelo próprio, a remeter à entidade gestora junta-
muneração, quer as entidades a que prestam mente com a primeira folha de ordenados ou salários da
serviços prossigam ou não fins lucrativos e in- qual conste o segurado, reportando-se os seus efeitos ao
dependentemente da natureza jurídica das início do mês a que essa folha respeita.
mesmas;
2. O boletim de identificação pode, também, ser entre-
b) Os trabalhadores por conta de outrem que exer- gue directamente na entidade gestora pelo segurado ou seus
çam a sua actividade noutros sectores, desde que familiares que se habilitem à concessão de benefícios regu-
ao serviço de entidade empregadora determi- lamentares.
nada;
3. A entidade gestora, desde que disponha dos necessá-
c) Os aprendizes, tirocinantes e estagiários desde o rios elementos de identificação, deve proceder oficiosamen-
início da sua actividade na empresa, mas as te à inscrição dos segurados, se necessário.
entidades empregadoras ficam isentas do paga-
mento das suas contribuições, nos primeiros seis 4. A entidade gestora emite cartão de identificação, de
meses. modelo próprio no qual constam os elementos essenciais
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Artigo 2º da identificação e o número de segurado.


Trabalhadores estrangeiros Artigo 6º

1. Os trabalhadores estrangeiros que exerçam activi- Inscrição dos beneficiários


dade profissional em Cabo Verde são igualmente abrangi-
dos pela protecção social obrigatória. 1. No acto de requerer qualquer prestação, o segurado
deve identificar perfeitamente o beneficiário para que se
2. Os trabalhadores estrangeiros que se encontrem tem- proceda à sua inscrição.
porariamente em Cabo Verde, ao serviço de empresas na-
cionais ou estrangeiras, bem como de organismos interna- 2. Para este efeito devem ser apresentados os documen-
cionais, não são abrangidos desde que enquadrados em sis- tos de identificação apropriados.
tema de protecção social obrigatória, salvo acordo ou con-
venção internacional em contrário. 3. No caso de já estar inscrito, é suficiente indicar o
respectivo número.
3. Passados dois anos sobre a vinculação à entidade
empregadora em Cabo Verde, deve ser requerido por esta, Artigo 7º
anualmente, a continuação da dispensa de enquadramento
Conservação de direitos
referida no número anterior.
SECÇÃO II Os beneficiários mantêm os direitos às prestações
pecuniárias, ainda que transfiram a residência do país,
Inscrição
salvo o disposto na lei e em instrumentos internacionais
Artigo 3º aplicáveis.
Obrigatoriedade de inscrição
CAPÍTULO II
1. São obrigatoriamente inscritos como segurados, os
trabalhadores; como contribuintes, as entidades emprega- Do financiamento
doras a quem prestam serviço; e como beneficiários, os ter-
SECÇÃO I
ceiros que legitimam a atribuição de prestações.
Contribuições
2. Os efeitos da inscrição não se extinguem pelo decur-
so do tempo. Artigo 8º
Artigo 4°
Obrigatoriedade do pagamento das contribuições
Inscrição da entidade empregadora
1. Os trabalhadores e as respectivas entidades empre-
1. A inscrição da entidade empregadora é feita em bole- gadoras ficam sujeitos ao pagamento de contribuições, fi-
tim de modelo próprio, do qual conste, nomeadamente, a xadas em percentagem das remunerações devidas, segun-

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do taxas definidas por portaria do membro do Governo que 2. Na folha de ordenados e salários, de modelo próprio,
tutela a entidade gestora da protecção social obrigatória. devem constar todos os trabalhadores ao serviço da entida-
de empregadora, no mês em referência, com as respectivas
2. O pagamento das contribuições, incluindo as remunerações.
quotizações respeitantes aos trabalhadores, é da responsa-
bilidade das entidades empregadoras. 3. As folhas de ordenados ou salários podem ser substi-
tuídas por remessa electrónica ou por suporte magnético,
3. As quotizações dos segurados são descontadas nas acompanhado de guia de remessa, onde consta o número
respectivas remunerações pela entidade empregadora e en- dos trabalhadores discriminados no suporte, a massa sala-
tregues juntamente com a própria contribuição. rial e o total das respectivas contribuições pagas.
Artigo 9º
Artigo 13º
Responsabilidade pelo pagamento das contribuições
Prazo de pagamento das contribuições
1. A entidade empregadora que durante seis meses con-
1. O pagamento das contribuições deve ser efectuado
secutivos entregar a folha de ordenados e salários sem pa-
até ao dia 15 do mês imediato àquele a que se reportam.
gamento de contribuições, é considerada em situação de
grave incumprimento, devendo ser suspenso o registo de 2. A importância total das contribuições a pagar, em
salários das folhas respeitantes aos meses subsequentes. cada mês, será arredondada para a unidade de escudos
imediatamente superior.
2. Deste facto deve ser dado conhecimento aos segura-
dos, aos sindicatos representativos dos trabalhadores e pro- 3. A partir da data em que tenha expirado o prazo, o
posta, de imediato, acção executiva para cobrança das con- pagamento das contribuições é acrescido de juros de mora,
tribuições, juros e coimas. por cada mês civil ou fracção em dívida, a cargo das enti-
Artigo 10°
dades empregadoras.

Forma de pagamento 4. A taxa para cálculo dos juros de mora é a legalmente


estabelecida.
1. O pagamento das contribuições pode ser feito nas
tesourarias da entidade gestora ou por depósito a favor desta 5. Quando o último dia do prazo coincidir com feriado,
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em qualquer instituição bancária. sábado ou domingo, passa para o primeiro dia útil que se
seguir.
2. No caso de depósito, a entidade empregadora deve
remeter à entidade gestora o documento comprovativo do Artigo 14°
pagamento, juntamente com a folha de ordenados ou salá- Prazo de prescrição
rios a que respeita.
A dívida de contribuições prescreve decorridos dez anos
Artigo 11°
sobre o último dia do prazo estabelecido para o seu paga-
Remunerações mento.
1. Para o cálculo das contribuições são considerados Artigo 15º
como remunerações todos os montantes atribuídos aos tra-
Equivalência à entrada de contribuições
balhadores como contrapartida do seu trabalho, nomeada-
mente os salários, a remuneração durante o período de fé- Consideram-se para todos os efeitos como equivalentes
rias, os subsídios, as gratificações e outras prestações re- à entrada de contribuições:
gulares e periódicas, pecuniárias ou não pecuniárias.
a) Os impedimentos de trabalho que dêem direito
2. Não são consideradas remunerações para os efeitos aos subsídios de doença, de maternidade, de adop-
desta lei, as ajudas de custo, os subsídios de transporte e ção e de paternidade, sendo o registo de remu-
os abonos para falhas. nerações feito com base na remuneração de re-
ferência usada para o cálculo dos subsídios;
3. O segurado que tenha recebido uma indemnização
por cessação do contrato de trabalho, pode optar por reme- b) Os períodos de incapacidade temporária por doen-
ter à entidade gestora o valor correspondente à percenta- ça, provocada por causa directa, da responsabi-
gem das contribuições dos trabalhadores, mantendo, em lidade de terceiros não assumida, nomeadamen-
consequência, pelo número de meses a que a indemnização te, decorrente de acidente de viação, sendo o re-
respeita, o direito à assistência médica e medicamentosa, gisto de remunerações feito com base na remu-
às prestações na maternidade, ao abono de família e às neração de referência usada para o cálculo do
prestações complementares. subsídio de doença;
Artigo 12°
c) Os períodos de incapacidade temporária por aci-
Remessa das folhas de ordenados ou salários dente de trabalho ou doença profissional com
direito a indemnização, sendo o registo de re-
1. As entidades empregadoras são obrigadas a remeter, munerações feito com base nos salários utiliza-
mensalmente, até ao dia 15 de cada mês, a folha de orde- dos para o cálculo daquela indemnização comu-
nados e salários respeitante ao mês anterior. nicados pela entidade responsável;

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d) A prestação de serviço militar, desde que o segu- redução de capacidade para o trabalho, em caso de doença,
rado tenha registo de salários no decurso dos maternidade, invalidez, velhice ou morte.
três meses anteriores ao da chamada às filei-
2. A protecção social obrigatória visa ainda a compen-
ras, sendo o valor diário das equivalências obti-
sação de encargos familiares.
do dividindo por 90 o total das remunerações
registadas naqueles três meses. 3. A protecção social nos acidentes de trabalho e nas
SECÇÃO II doenças profissionais consta de regulamentação própria.
Receitas e despesas Artigo 19º

Artigo 16° Condições de atribuição das prestações

Receitas A atribuição das prestações depende de inscrição e das


demais condições exigidas por lei, nomeadamente, a do prazo
Constituem receitas da protecção social obrigatória:
de garantia nas modalidades em que tal for imposto.
a) As quotizações dos trabalhadores; Artigo 20°
b) As contribuições das entidades empregadoras; Prescrição das prestações

c) As transferências ou subsídios do Orçamento Ge- 1. O direito às prestações devidas prescreve a favor da


ral do Estado, bem como de outras entidades, instituição devedora no prazo definido na Lei n.º131/V/2001
desde que devidamente autorizadas; de 22 de Janeiro.
d) Os rendimentos de bens próprios; 2. Para efeitos do disposto no número anterior, a enti-
dade gestora deve avisar o beneficiário, por escrito, com,
e) Os juros de mora e as coimas aplicadas por in-
pelo menos, 60 dias de antecedência em relação ao termo
fracção ao disposto na legislação da protecção
do prazo de prescrição.
social obrigatória;
Artigo 21º
f) As contrapartidas provenientes de organismos
internacionais no âmbito da aplicação das con- Registo oficioso de remunerações
venções de segurança social;
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1. No caso de falta de remessa da folha de salários, a


g) Todas as outras receitas, coimas e multas legal- entidade gestora procede ao seu registo oficioso, conside-
mente previstas ou autorizadas. rando 30 dias de trabalho nos meses em que haja prova da
efectiva prestação de serviço e a remuneração diária igual
Artigo 17º à última declarada, actualizada por um factor razoável de
Despesas correcção quando tal se justifique.
Constituem despesas da protecção social obrigatória: 2. A entidade empregadora mantém-se responsável pelo
pagamento das contribuições, dos juros e coimas respecti-
a) O abono de família e prestações complementares;
vos, bem como pelo eventual excesso das prestações entre-
b) Os subsídios de maternidade, paternidade e adop- tanto pagas.
ção; Artigo 22º
c) O subsídio de doença; Actualização dos valores das prestações

d) A assistência medicamentosa; As prestações atribuídas ao abrigo deste diploma são


actualizadas, quando a variação do custo de vida o justifi-
e) A comparticipação na assistência médica, hospi-
que e o equilíbrio financeiro do sistema o permita.
talar e nos meios auxiliares de diagnóstico;
CAPÍTULO IV
f) As pensões de invalidez;
Da compensação dos encargos familiares
g) As pensões de velhice;
SECÇÃO I
h) as pensões de sobrevivência;
Disposições gerais
i) Os encargos de administração;
Artigo 23º
j) Outras despesas legalmente previstas ou autori- Abono de família e prestações complementares
zadas.
A compensação de encargos familiares é realizada me-
CAPÍTULO III diante atribuição de abono de família, do subsídio de alei-
Das disposições comuns das prestações tação, do subsídio por deficiência e do subsídio de funeral.

Artigo 18º Artigo 24º

Objectivos da protecção social obrigatória Titulares do abono e prestações complementares

1. A protecção social obrigatória tem por fim proteger 1. Têm direito ao abono de família e prestações comple-
os segurados e seus familiares nas situações de perda ou mentares, os segurados activos e os pensionistas de

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invalidez e velhice que tenham a seu cargo descendentes Artigo 29º


ou equiparados, próprios ou do cônjuge, e os ascendentes,
Pagamento das prestações
desde que reunam as condições estabelecidas.
1. As prestações são pagas ao segurado que coabita com
2. O direito ao abono de família e prestações comple-
o beneficiário ou, em caso de concorrência de direitos, ao
mentares é mantido no caso de falecimento do titular.
que as solicitar em primeiro lugar.
Artigo 25º
2. Em caso de litígio entre os progenitores, as presta-
Equiparados a descendentes ções são pagas a quem for deferida a custódia por decisão
São equiparados a descendentes do segurado ou do seu judicial.
cônjuge:
3. Quando haja internamento numa instituição social,
a) Os tutelados; cessa o direito às prestações, desde que as despesas do
internamento não sejam encargo do segurado.
b) Os adoptados;
SECÇÃO II
c) Os menores que, por sentença judicial, lhes forem
confiados. Abono de Família

Artigo 26º Artigo 30°

Descendentes além do 1.º grau Limite de idade

Por descendentes além do 1º grau que não tenham, por 1. O direito ao abono de família é reconhecido aos titu-
si próprios ou pelos progenitores, direito ao abono de famí- lares com descendentes que não exerçam profissão remu-
lia, os segurados podem requerê-lo, se aqueles descenden- nerada e estejam numa das seguintes situações:
tes estiverem sob sua responsabilidade e se verifique algu-
ma das seguintes situações: a) Não tenham idade superior a 15 anos;

a) Serem órfãos de pai e mãe; b) Frequentem com aproveitamento curso secundá-


rio, médio ou superior e tenham idade não supe-
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b) Estarem os pais suspensos ou inibidos do exercí- rior a 19, 22 ou 25 anos, respectivamente;


cio do poder paternal;
c) Sofram de deficiência física ou mental, que os
c) Sofrerem os pais de incapacidade total para o tra- impossibilite de exercerem uma actividade re-
balho; munerada.
d) Estarem, presumivelmente, abandonados pelos
2. Sempre que não se verificar aproveitamento escolar
progenitores, situação comprovada por relató-
por razões de saúde, física ou mental, devidamente com-
rio do Instituto Cabo-verdiano de Menores.
provadas por atestado médico, estes limites podem ser pror-
Artigo 27° rogados até dois anos.
Ascendentes a cargo 3. O abono de família mantém-se até ao término do pe-
1. Por ascendentes, os segurados têm direito a abono de ríodo escolar a que respeita, quando o limite de idade ocor-
família quando estejam a seu cargo, não podendo a presta- rer no decurso desse período.
ção ser recebida por qualquer outro segurado. Artigo 31º

2. Consideram-se a cargo do segurado os ascendentes Requerimento e instrução de processo


que com ele coabitem ou que vivam na sua dependência
económica, desde que não possuam rendimentos próprios O requerimento para atribuição do abono de família deve
superiores ao limite fixado em portaria do membro do Go- ser acompanhado de documentos comprovativos dos factos
verno que tutela a entidade gestora da protecção social obri- constitutivos do respectivo direito.
gatória, nem beneficiem de qualquer outra prestação
Artigo 32º
pecuniária do sistema da protecção social.
Montante e atribuição
Artigo 28°

Acumulação das prestações 1. O abono de família é pago, trimestralmente, a partir


do mês em que for requerido, sendo o termo no mês civil
1. Considerando as finalidades diferenciadas a que se em que deixem de se reunirem as condições de atribuição.
propõem, é permitida a acumulação, entre si, do abono de
família, do subsídio de aleitação e do subsídio por deficiên- 2. O abono de família é pago por inteiro, independente-
cia, em relação ao mesmo menor. mente do número de dias de trabalho, e o seu montante
mensal é fixado em portaria do membro do Governo que
2. É vedada a acumulação de prestações em relação ao tutela a entidade gestora da protecção social obrigatória.
mesmo beneficiário em virtude de dois ou mais segurados
reunirem as condições de atribuição, ainda que por regi- 3. O abono de família é pago, no máximo, por quatro
mes diferentes. descendentes por segurado, salvo no caso de falecimento

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deste quando o cônjuge sobrevivo não exerça actividade c) De descendentes ou ascendentes que confiram di-
remunerada. reito ao abono de família.
4. Se ambos os progenitores forem segurados, o limite 2. Por morte do segurado ou de pensionista de invalidez
aplica-se ao conjunto dos descendentes de um e de outro e ou de velhice, o subsídio será pago, pela seguinte ordem de
de ambos em comum. precedência:
Artigo 33º a) Ao cônjuge sobrevivo não separado de facto ou ao
Prova escolar ou médica
unido de facto nos termos legais;

1. Os segurados com descendentes ou equiparados de b) Aos descendentes;


idade superior a 15 anos devem apresentar, até 31 de De- c) Aos ascendentes.
zembro de cada ano, documento comprovativo de frequên-
cia e aproveitamento escolar ou atestado médico 3. Na falta das pessoas referidas no número anterior, o
comprovativo da deficiência. subsídio é pago a quem apresentar documentos
comprovativos do falecimento e de ter efectuado as despe-
2. A apresentação de documento é dispensada se, em sas do funeral.
prova anterior, a deficiência for declarada definitiva.
4. O prazo para requerer o subsídio de funeral é de seis
SECÇÃO III
meses, contados a partir da data da morte, sob pena de
Prestações complementares caducidade.
Artigo 34º 5. O montante do subsídio de funeral é estabelecido por
Subsídio de aleitação
portaria.

1. Sem prejuízo do aleitamento materno, o subsídio de CAPÍTULO V


aleitação é atribuído a partir do mês em que for requerido Da protecção na doença, maternidade,
e até que o descendente do segurado complete seis meses paternidade e adopção
de vida.
SECÇÃO I
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2. O subsídio de aleitação é atribuído em prestações,


Disposições gerais
sendo a sua periodicidade e montante fixados por portaria
do membro do Governo que tutela a entidade gestora da Artigo 37º
protecção social obrigatória.
Modalidades
Artigo 35º
Incumbe ao sistema de protecção social obrigatória as-
Subsídio por deficiência segurar:
1. O subsídio por deficiência é concedido até aos 18 anos a) Subsídios de maternidade, paternidade e adopção;
por descendentes que sofram de deficiência física ou men-
tal que corresponda a uma incapacidade igual ou superior b) Subsídios de doença;
a 66%, comprovada mediante parecer da Comissão de Ve- c) Assistência médica e hospitalar;
rificação de Incapacidade.
d) Assistência medicamentosa;
2. O subsídio por deficiência é atribuído sem limite de
idade, caso a deficiência, devidamente comprovada pela e) Cuidados estomatológicos, aparelhos de prótese e
Comissão de Verificação de Incapacidade, seja de carácter ortopedia;
permanente e não permita o desempenho de qualquer acti-
vidade profissional. f) Pagamento das despesas de transporte e estadia.
Artigo 38º
3. O subsídio é pago a partir do mês em que for reque-
rido no montante fixado por portaria do membro do Go- Prazo de garantia e índice de profissionalidade
verno que tutela a entidade gestora da protecção social
1. O prazo de garantia é de seis meses, seguidos ou
obrigatória.
interpolados, com registo de remunerações e um mínimo
Artigo 36° de trinta dias de trabalho efectivo nos últimos cinco meses
antes do início do facto determinante da protecção.
Subsídio de funeral
2. Depois de um período de 6 meses sem entrada de
1. O subsídio de funeral é pago, mediante documenta-
contribuições ou registo de equivalências, deve ser cum-
ção comprovativa do facto, numa única prestação pelo fale-
prido novo prazo de garantia e índice de profissionalidade.
cimento:
Artigo 39º
a) Do segurado ou do pensionista de invalidez ou
velhice; Acumulação

b) Do cônjuge não separado de facto ou do unido de Os subsídios de maternidade, adopção e paternidade não
facto nos termos legais; são acumuláveis entre si, nem com o subsídio de doença.

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SECÇÃO II 2. O direito ao subsídio é igualmente reconhecido:
Subsídios de maternidade, paternidade e adopção a) Aos pensionistas que exerçam actividade profis-
Artigo 40° sional remunerada;
Subsídio de maternidade b) Aos segurados autorizados a acompanhar famili-
1. Às seguradas é reconhecido o direito ao subsídio de ar doente evacuado quando não haja outra pes-
maternidade pelo período de licença de maternidade esta- soa em condições idênticas para fazer o acompa-
belecido na lei laboral, por ocasião de parto de nado vivo. nhamento.

2. O subsídio é atribuído em caso de nado morto ou de 3. A incapacidade de trabalho do segurado é certificada


interrupção de gravidez, pelo número de dias que for pres- em boletim, de modelo próprio, por médico reconhecido e
crito pelos serviços médicos, não podendo exceder o período pertencente aos quadros de serviços públicos ou
estabelecido no número anterior. convencionado pela entidade gestora.
Artigo 41º Artigo 47º

Suspensão do subsídio de maternidade por doença Prazo de concessão do subsídio

Se durante a licença de maternidade ocorrer uma situ- 1. O subsídio de doença é concedido pelo período máxi-
ação de doença com internamento, o subsídio de materni- mo de 1095 dias e, no caso de pensionistas que exerçam
dade é suspenso enquanto a segurada tiver direito ao sub- actividade ou de segurados a acompanhar doentes evacua-
sídio de doença. dos, pelo período máximo de 60 dias.
Artigo 42º 2. Para efeito de contagem do período máximo definido
no número anterior, consideram-se as doenças que ocor-
Subsídio de paternidade
ram nos sessenta dias imediatos à data da cessação da
1. Para acompanhar o recém-nascido, o subsídio de pa- incapacidade anterior.
ternidade é concedido ao pai até atingir o limite de licença
de maternidade, se a mãe não o poder fazer por morte ou 3. Esgotado o período máximo de concessão, o subsídio
incapacidade física ou psíquica. só pode ser concedido após decurso de novo prazo de garan-
tia e parecer favorável da Comissão de Verificação de Inca-
5 180000 000000

2. O montante do subsídio resulta de cálculo idêntico ao pacidade.


subsídio de maternidade, referido ao primeiro dia de atri-
Artigo 48º
buição, não podendo ser inferior ao que caberia à mãe.
Período de espera
Artigo 43º
O subsídio de doença não é pago nos três primeiros dias
Subsídio de adopção
em cada impedimento.
O subsídio de adopção é atribuído ao segurado, em caso
Artigo 49º
de adopção de menor de 10 anos, com efeitos a partir da
data da confiança judicial. Montante do subsídio

Artigo 44º O montante diário do subsídio pecuniário de doença é


igual a 60% da remuneração de referência do beneficiário,
Montante
definida pela fórmula «R/180», em que “R” representa o
1. O montante diário dos subsídios de maternidade, total das remunerações registadas nos primeiros seis me-
paternidade e adopção é igual a 90% da remuneração de ses civis que precedem o segundo mês anterior à data do
referência do beneficiário, definida pela fórmula «R/180», facto determinante da protecção.
em que “R” representa o total das remunerações registadas
Artigo 50º
nos primeiros seis meses civis que precedem o segundo
mês anterior à data do facto determinante da protecção. Recusa ou abandono de tratamento

2. Os subsídios são concedidos enquanto os trabalhado- 1. A recusa ou abandono injustificado do tratamento


res não exercerem actividade profissional remunerada. pelo segurado implica a suspensão do pagamento, que é
retomado a partir do dia em que é reiniciado o tratamento.
Artigo 45º
2. A recusa ou abandono do tratamento é imediatamen-
Reconhecimento aos pensionistas
te participado por escrito à entidade gestora.
Os subsídios são igualmente reconhecidos aos pensio-
nistas que exerçam actividade profissional remunerada. 3. Considera-se justificada a recusa do tratamento que,
segundo parecer médico e pela natureza ou estado do doen-
SECÇÃO III te, possa pôr em perigo a sua vida.
Subsídio de doença Artigo 51º
Artigo 46° Responsabilidade de terceiros
Condições de atribuição
Nos casos em que a doença resultar de acto de terceiro
1. Em caso de incapacidade temporária para o traba- que por ela deva indemnização, a entidade gestora tem di-
lho, resultante de doença natural ou directa, é atribuído ao reito a ser reembolsada pelo terceiro até ao valor das pres-
segurado o subsídio pecuniário de doença. tações que eventualmente haja atribuído.

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 59

SECÇÃO IV Artigo 57º

Assistência médica, hospitalar e medicamentosa Comparticipação no preço dos medicamentos

Artigo 52º 1. São comparticipados os medicamentos que constem


da respectiva Lista Nacional e façam parte dos grupos e
Assistência médica, hospitalar e medicamentosa
subgrupos terapêuticos que integram os diferentes esca-
1. A assistência é concedida aos segurados activos e aos lões de comparticipação previstos em portaria do membro
pensionistas, bem como aos respectivos familiares. do Governo que tutela a entidade gestora da protecção soci-
al obrigatória.
2. Consideram-se familiares com direito, o cônjuge e os
membros do agregado familiar pelos quais o segurado te- 2. O regime de comparticipação é extensível a medica-
nha direito a abono de família, desde que não seja reconhe- mentos não constantes da Lista Nacional, prescritos, ex-
cida a assistência por direito próprio em qualquer regime cepcionalmente, em situações clínicas específicas, devida-
ou instituição. mente fundamentadas pelo respectivo clínico e importados
mediante autorização da Direcção Geral da Farmácia.
3. Consideram-se também familiares com direito, os
3. Os segurados e seus familiares devem liquidar, no
descendentes que reunam as condições para a atribuição
acto de aquisição, o diferencial entre o valor da
do abono de família e que são excluídos por terem ultrapas-
comparticipação e o preço de venda ao público dos medica-
sado o número máximo considerado.
mentos.
Artigo 53º
4. Os pensionistas que recebam montantes inferiores
Assistência médica e hospitalar ao valor fixado em portaria do membro do Governo que
tutela a entidade gestora da protecção social obrigatória,
1. A assistência médica, internamento hospitalar e têm comparticipações majoradas, podendo a assistência
meios auxiliares de diagnóstico, são assegurados pelo Es- medicamentosa ser gratuita.
tado, através dos serviços públicos de saúde, nos termos
acordados com a entidade gestora da protecção social obri- SECÇÃO V
gatória.
5 180000 000000

Transportes e estadia
2. As entidades privadas podem prestar, mediante con- Artigo 58°
trato estabelecido com a entidade gestora, alguns dos ser-
viços referidos no número anterior. Despesas de transporte e estadia

Artigo 54º 1. O segurado que tenha de permanecer fora da sua


residência para observação e tratamento, determinado pe-
Cuidados estomatológicos las estruturas de saúde competentes, tem direito a:
1. Os cuidados de estomatologia são comparticipados a) Pagamento de transportes de ida e volta para o
em termos a definir em portaria do membro do Governo destino da evacuação;
que tutela a entidade gestora da protecção social obriga-
tória. b) Subsídio diário único, fixado por portaria do mem-
bro do Governo que tutela a entidade gestora da
2. As taxas de comparticipação podem ser diferencia- protecção social obrigatória, para compensar as
das para os pensionistas. despesas de estadia e transportes locais, enquan-
to se mantiver deslocado e desde que não esteja
Artigo 55º
internado em estabelecimento hospitalar ou
Aparelhos de prótese e ortopedia equiparado.

1. Podem ser atribuídas, nos termos a definir em porta- 2. O subsídio diário pode ser majorado no caso de pensi-
ria do membro do Governo que tutela a entidade gestora onistas e seus familiares.
da protecção social obrigatória, outras prestações, nomea-
Artigo 59º
damente, aparelhos de próteses e ortopedia, necessárias à
cura clínica e mediante indicação médica e eventual com- Acompanhantes
provação pela Comissão de Verificação de Incapacidade.
1. O acompanhante do doente evacuado para concelho
2. As taxas de comparticipação podem ser diferencia- diferente do da residência, tem direito, além das passa-
das para os pensionistas. gens de ida e volta, a um subsídio diário fixado por porta-
ria do membro do Governo que tutela a entidade gestora
Artigo 56º da protecção social obrigatória.
Fornecimento de medicamentos
2. O segurado autorizado pelas estruturas de saúde com-
O fornecimento de medicamentos é garantido mediante petentes a deslocar-se para local diferente da residência
apresentação de receita médica onde constem os elementos habitual para acompanhar o familiar doente, tem direito
identificativos do segurado ou do seu familiar. ao subsídio de doença nos termos estipulados.

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60 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

CAPÍTULO VI ser anterior à data indicada pela Comissão de Verificação


de Incapacidade.
Da protecção na invalidez,
velhice e sobrevivência 2. A cessação do direito à pensão, bem como a revisão
SECÇÃO I
do seu montante, produzem efeitos a partir do início do
mês seguinte ao da verificação do facto determinante.
Disposições gerais
Artigo 65º
Artigo 60º
Prova anual de vida
Requerimento
1. Para efeito de manutenção do pagamento das presta-
A concretização do direito às prestações depende de re-
ções o titular deve fazer anualmente prova de vida.
querimento, instruído com os documentos necessários à
comprovação das condições de atribuição. 2. A prova anual de vida é feita pela comparência do
Artigo 61º pensionista na entidade gestora, bem como pela entrega de
atestado emitido pelos serviços do município da sua área
Montante da pensão
da residência ou de certidão narrativa integral de nasci-
1. O montante mensal das pensões de invalidez e velhi- mento.
ce corresponde a 2% da remuneração de referência por cada
3. A entidade gestora pode, oficiosamente, solicitar aos
ano civil que cumpra a densidade contributiva mínima,
serviços de registo civil ou dos municípios os documentos
não podendo a taxa global exceder 80%.
referidos no número anterior ou a confirmação da sua ve-
2. No caso de o titular ter direito a uma única pensão, o racidade ou autenticidade.
seu montante não pode ser inferior ao valor estabelecido
Artigo 66º
como mínimo a garantir aos pensionistas abrangidos por
este diploma. Suspensão da pensão

Artigo 62° O direito à pensão é suspenso se o pensionista:


Remuneração de referência
5 180000 000000

a) Não fizer a prova anual de vida dentro do prazo


1. A remuneração de referência é calculada pela fór- determinado pela entidade gestora e enquanto o
mula seguinte: não fizer;
R b) Auferir proventos regulares por exercício de acti-
120 vidade profissional, na parte em que a soma da
pensão e dos proventos exceder a remuneração
em que «R» representa o total das remunerações dos
de referência usada para o cálculo da pensão.
dez anos civis a que correspondam remunerações mais ele-
vadas, compreendidos nos últimos quinze anos com regis- Artigo 67º
to de remunerações.
Cessação da pensão
2. As remunerações a considerar para a determinação
da remuneração de referência são actualizadas por aplica- 1. O direito à pensão cessa:
ção aos respectivos valores anuais de um coeficiente calcu-
a) Quando deixem de verificar-se as condições de
lado para cada ano, conforme a variação do índice geral de
atribuição;
preços no consumidor.
Artigo 63° b) Pelo falecimento do pensionista;

Densidade contributiva mínima c) Pelo limite de prazo de concessão.


1. Os anos civis com menos de 120 dias com registo de 2. O direito à pensão de sobrevivência cessa, ainda, em
remunerações, considerada densidade contributiva míni- caso de casamento ou de união de facto do cônjuge ou unido
ma, são tomados em conta no apuramento da densidade de facto sobrevivos, nos termos legais.
contributiva, dando-se como cumprido um ano civil por
cada grupo de 120 dias. Artigo 68º

2. Se o número de dias registado num ano civil, contado Acumulação de pensões


individualmente ou em conjunto com outros, for superior
1. A pensão atribuída a um segurado que aufira pensão
a 120 dias, não são considerados os excedentes para a con-
por incapacidade permanente resultante de acidente de
tagem de outro ano civil.
trabalho ou doença profissional ou outra de natureza
Artigo 64º contributiva, atribuídas por regimes nacionais, apenas é
paga na parte em que, somada à segunda, não exceda a
Início da pensão
remuneração de referência usada no cálculo.
1. A pensão é devida, mensalmente, a partir da data de
entrada do requerimento, não podendo, no caso da invalidez, 2. A pensão de sobrevivência é acumulável com outras
pensões.

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 61

SECÇÃO II 2. A Comissão de Verificação de Incapacidade, com base


nestes elementos, aprecia e fixa, por escrito, a incapacida-
Pensão de invalidez
de do segurado, dando conhecimento do seu parecer à enti-
Artigo 69º dade gestora e ao segurado.
Direito à pensão de invalidez Artigo 74º

Comissão de Verificação de Incapacidade


1. Têm direito à pensão de invalidez os segurados que,
havendo completado o prazo de garantia e antes de atingi- 1. A Comissão de Verificação de Incapacidade, é consti-
rem a idade de reforma por velhice, se encontrem, por motivo tuída por três peritos médicos, nomeados por despacho con-
de doença ou acidente sem responsabilidade de terceiros, junto dos membros do Governo que tutelam a saúde e a
definitivamente incapacitados de trabalharem na sua pro- previdência social.
fissão, de modo a não poderem auferir, no desempenho des-
ta, mais de um terço da remuneração correspondente ao 2. No despacho de nomeação é, igualmente, designado o
seu exercício normal, isto é, quando a incapacidade for igual respectivo presidente e dois peritos médicos suplentes, que
ou superior a 66 por cento. são chamados no caso de falta ou impedimento dos titula-
res.
2. A incapacidade considera-se definitiva quando seja
de presumir que, na falta de tratamento adequado, o segu- 3. Os honorários dos membros da Comissão referida no
rado não tem melhoria apreciável dentro dos três anos sub- número anterior são fixados por portaria conjunta dos
sequentes. membros do Governo referidos no n.º 1, constituindo os
respectivos encargos responsabilidade da entidade gestora.
3. Não há direito à pensão de invalidez quando resul-
4. São regulamentados em diploma autónomo, a orga-
tante de acidente de trabalho ou doença profissional.
nização e o funcionamento da Comissão de Verificação de
Artigo 70º Incapacidade.

Limite de concessão do subsídio de doença Artigo 75º

Recurso do parecer da Comissão de Verificação de Incapa-


1. O segurado que complete o período máximo de con- cidade
cessão de subsídio por doença e continue impedido de tra-
5 180000 000000

balhar, por motivo de doença, passa oficiosamente a pensi- 1. O segurado que discorde do parecer da Comissão de
onista de invalidez, se for esse o parecer da Comissão de Verificação de Incapacidade, pode requerer a apreciação
Verificação de Incapacidade, independentemente do cum- por Comissão de Recurso.
primento do prazo de garantia. 2. O requerimento deve ser feito à entidade gestora no
prazo de 15 dias, a contar da data em que o segurado to-
2. Para este efeito e com antecedência adequada, é sub-
mou conhecimento do parecer.
metido a avaliação pela referida Comissão.
3. No requerimento o segurado deve indicar se deseja
Artigo 71º
fazer-se representar na Comissão de Recurso e qual o nome
Invalidez resultante de acto de terceiro do médico que designa.

1. Em caso de invalidez resultante de acto de terceiro, 4. A decisão da entidade gestora sobre o parecer da Co-
nomeadamente, acidente de viação, o segurado tem direito missão de Recurso é definitiva.
a pensão de invalidez se reunir as demais condições, mas Artigo 76º
apenas na parte que exceder o montante devido por tercei-
ros. Composição das Comissões de Recurso

1. As Comissões de Recurso são constituídas por três


2. Enquanto não começar a ser paga indemnização de-
médicos, sendo um designado pelo segurado, outro pelos
vida pelo terceiro, pode ser paga integralmente a pensão de
Serviços de Saúde e o terceiro pela Comissão que emitiu o
invalidez, assistindo direito de regresso à entidade gestora
primeiro parecer.
que, para tal, se substitui ao segurado.
2. Se o segurado não designar médico para fazer parte
Artigo 72º
da Comissão de Recurso, este é designado, igualmente pe-
Prazo de garantia los Serviços de Saúde.

O prazo de garantia é de 5 anos civis, seguidos ou Artigo 77º


interpolados, com registo de remunerações. Encargos com as Comissões de Recurso

Artigo 73º Os encargos relativos às Comissões de Recurso são da


responsabilidade do segurado quando:
Requerimento
a) Se verificar a falta de comparência sem motivo jus-
1. O requerimento de pensão de invalidez deve ser acom- tificado;
panhado de relatório, devidamente fundamentado, e dos
elementos complementares de diagnóstico que o médico b) O resultado da Comissão de Recurso lhe for desfa-
assistente do segurado considerar necessários. vorável.

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62 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004


Artigo 78º ram direito à pensão de sobrevivência aos seguintes fami-
Novo requerimento de pensão de invalidez liares:

O segurado que não for considerado inválido pela Co- a) Cônjuge sobrevivo, não separado de facto;
missão de Verificação de Incapacidade, só pode requerer a
reapreciação decorrido um ano sobre a data de decisão que b) Unido de facto nos termos legais;
o considerou apto ou que confirmou a decisão, se tiver ha-
c) Descendentes nos termos fixados para o abono de
vido recurso, salvo quando houver sensível agravamento
família.
do seu estado de saúde, o qual deve ser comprovado por
declaração do médico assistente. Artigo 84º

Artigo 79º Pensão de sobrevivência vitalícia


Exame de Revisão
Têm direito a pensão de sobrevivência vitalícia:
1. Os pensionistas de invalidez são sujeitos, sem quais-
quer encargos, a exame de revisão sempre que a entidade a) O cônjuge ou unido de facto sobrevivo que, à data
gestora o entender e, obrigatoriamente, passado dois anos da morte do segurado ou pensionista de invalidez
sobre o reconhecimento da invalidez. ou velhice, tiver idade igual ou superior a 50 ou
55 anos, conforme se trate de mulher ou homem,
2. A revisão pode ser realizada a pedido do pensionista, respectivamente;
mediante apresentação de atestado médico comprovativo
da alteração do estado de saúde. b) O cônjuge ou unido de facto sobrevivo, com idade
inferior à referida na alínea anterior, em situa-
3. A pensão cessa no mês seguinte àquele em que o ção de incapacidade total e permanente para
segurado for considerado apto. qualquer profissão;
Artigo 80º
c) O descendente que sofra de deficiência física ou
Conversão da pensão mental que o impossibilite de exercer activida-
A pensão de invalidez é convertida em pensão de velhi- de remunerada.
ce logo que o pensionista complete a idade para a sua atri-
5 180000 000000

Artigo 85º
buição.
Pensão de sobrevivência temporária
SECÇÃO III

Pensão de velhice 1. Têm direito a pensão de sobrevivência temporária:

Artigo 81º a) O cônjuge ou unido de facto sobrevivo, pelo período


Direito à pensão de velhice
de cinco anos, que, à data da morte do segurado
ou pensionista de invalidez ou velhice, tenha
1. Têm direito à pensão de velhice os segurados que, idade inferior a 50 ou 55 anos, conforme se trate
havendo completado o prazo de garantia, tenham 65 ou 60 de mulher ou homem, respectivamente;
anos de idade, conforme se trate, respectivamente de ho-
mens ou mulheres. b) Os descendentes ou equiparados até aos 15 anos e,
a partir desta idade, desde que tenham frequên-
2. O prazo de garantia é de 15 anos civis, seguidos ou cia escolar e reunam as condições previstas para
interpolados, com registo de remunerações. atribuição do abono de família.
Artigo 82º
2. No caso de órfão de pai e mãe, que exerça profissão
Actividade profissional cuja remuneração seja inferior à pensão, esta é paga pela
1. Se, em virtude do exercício de actividade profissio- diferença entre o seu valor e o da remuneração auferida.
nal, entrarem contribuições em nome do pensionista, a Artigo 86º
pensão mensal é melhorada no valor correspondente a 2%
de 1/12 do total das remunerações sobre que incidiram con- Montante da Pensão
tribuições ao longo do ano.
1. Os montantes das pensões de sobrevivência são ex-
2. A melhoria deve ser requerida e tem efeitos a partir pressos em percentagens da pensão que o segurado recebia
da pensão de Janeiro do ano seguinte ao da entrada das ou teria direito na data do falecimento, na sua totalidade,
contribuições. não podendo exceder os 100%, sendo proporcionalmente re-
duzidas, se necessário.
SECÇÃO IV

Pensão de sobrevivência 2. As percentagens, de acordo com a categoria dos fami-


liares, são fixadas nos seguintes valores:
Artigo 83°

Direito à pensão de sobrevivência a) 50% do valor da pensão para o cônjuge ou unido


de facto sobrevivo;
Os pensionistas e os segurados activos que tenham, à
data da morte, pelo menos 36 meses de contribuição, ge- b) 25% do valor da pensão por cada descendente;

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 63

c) 50% do valor da pensão por cada descendente, no denação, punível com coima de 20.000$ a 500.000$, sem
caso de não existirem cônjuge ou unido de facto prejuízo dos juros de mora devidos.
sobrevivo, com direito à pensão.
SECÇÃO II
CAPÍTULO VII Sanções aplicáveis aos segurados

Contra-ordenações Artigo 92°

SECÇÃO I Prestações por fraude

Sanções aplicáveis às entidades empregadoras 1. O segurado que, por meio de fraude ou falsas decla-
rações, obtiver ou tentar obter prestações que não lhe são
Artigo 87° devidas, incorre em contra-ordenação punível com coima
até 200.000$00, sem prejuízo da obrigação de repor as im-
Início da actividade
portâncias eventualmente recebidas.
A entidade empregadora que não participar o início da
2. O disposto no número anterior é aplicável ao segura-
sua actividade, nos quinze dias subsequentes à data em
do que colabore na concessão indevida de prestações, no-
que esse início se tiver verificado, incorre em contra-orde-
meadamente através de cedência do respectivo cartão a
nação, punível com coima de 10.000$00 a 100.000$00.
terceiros, sem prejuízo da obrigação de ressarcir os mon-
Artigo 88º tantes eventualmente pagos.

Boletim de identificação do segurado Artigo 93°

Suspensão de benefícios
Por cada boletim de identificação do segurado não re-
metido ou remetido fora de prazo, a entidade empregadora O segurado que estiver a receber subsídio de doença
incorre em contra-ordenação, punível com coima de que for encontrado a trabalhar deve repor o valor total do
5.500$00. subsídio recebido por esse impedimento e deve cumprir novo
prazo de garantia a partir do mês seguinte ao da decisão de
Artigo 89°
anular o processamento.
5 180000 000000

Folhas de ordenados ou salários


SECÇÃO III

1. A entidade empregadora que entregar as folhas de Aplicação de sanções


ordenados ou salários fora de prazo incorre em contra-or-
denação, punível com coima de 10.000$ a 200.000$. Artigo 94°

Competência da entidade gestora


2. A entidade empregadora que omitir o nome do traba-
lhador nas folhas de ordenados ou salários, ou fizer decla- 1. Incumbe à entidade gestora da protecção social obri-
ração indevida de ordenados ou salários nas respectivas gatória a instrução e a aplicação das sanções e coimas pre-
folhas, incorre em contra-ordenação, punível com coima vistas neste diploma.
de 5.000$00 por cada trabalhador, sem prejuízo do procedi-
mento criminal a que eventualmente haja lugar e dos ju- 2. As coimas são graduadas tendo em atenção as cir-
ros de mora devidos. cunstâncias da infracção, nomeadamente, a prática conti-
nuada, o número de trabalhadores afectados, o montante
3. A entidade empregadora que remeter a folha de orde- da dívida e a situação económica do infractor.
nados ou salários considerados em falta na notificação fora
Artigo 95°
do prazo que lhe for indicado nesta incorre em contra-orde-
nação, punível com coima de 20.000$00 a 200.000$00. Tribunais com competência para execução por falta de pa-
gamento
Artigo 90°
Incumbe aos tribunais comuns, através do processo de
Abuso de confiança execução, a cobrança coerciva das contribuições e das
coimas, tendo força executiva a declaração comprovativa
A entidade empregadora que não efectuar o pagamento
dos créditos em dívida, emitida pela entidade gestora dos
das contribuições descontadas nos salários, incorre em con-
regimes de protecção social obrigatória.
tra-ordenação, punível com coima de 50.000$ a 500.000$,
sem prejuízo do procedimento criminal a que eventualmente Artigo 96º
haja lugar por abuso de confiança e dos respectivos juros
Fiscalização
de mora.
Para efeitos de fiscalização do cumprimento da legisla-
Artigo 91°
ção da protecção social obrigatória os trabalhadores da en-
Pagamento das contribuições tidade gestora devidamente credenciados para o efeito go-
zam dos mesmos poderes legalmente conferidos aos traba-
A entidade empregadora que não efectuar o pagamento lhadores da Inspecção do Trabalho com funções de fiscali-
das contribuições no prazo previsto incorre em contra-or- zação.

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64 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

CAPÍTULO VIII Decreto-Lei n.º 6/2004

Disposições transitórias e finais


de 16 de Fevereiro
Artigo 97°
O Estatuto do Pessoal das então Forças de Segurança e
Aplicação da lei no tempo
Ordem Pública (FSOP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 43/
O presente diploma é aplicável às pensões em situação 84, de 5 de Maio, estabelecia que os oficiais, sargentos e
de acumulação em curso à data da sua entrada em vigor. agentes das FSOP, podiam encontrar-se, relativamente ao
quadro, na situação de activo, reserva ou reforma.
Artigo 98º

União de facto Entretanto em 1991, razões ligadas ao momento políti-


co então vivido, tornaram insustentável a manutenção no
Os direitos referidos para os unidos de facto nos termos activo de um grupo significativo de oficiais, sargentos e
legais devem ser entendidos como abrangendo, também, agentes das ex-FSOP: oficiais ostensivamente marginali-
os unidos de facto que reúnam os requisitos de reconheci- zados e a quem não eram atribuídos nenhum cargo de res-
mento previstos na lei e deles façam prova nos termos es- ponsabilidade e, não raras vezes, a quem era mesmo nega-
tabelecidos. do o exercício de funções correspondentes ao estatuto de
Artigo 99º
oficial, enquanto outros eram ignorados e esquecidos, sem
direito a um mínimo de consideração e sem saberem da
Direitos adquiridos situação e o destino que os esperava, acompanhados de
declarações públicas de que a única alternativa possível
O disposto neste diploma não prejudica os direitos ad- era a passagem à reserva ou a saída da instituição. Isso
quiridos, nas condições seguintes: tudo desacompanhado de processos disciplinares ou crimi-
a) O cálculo das remunerações de referência e dos nais concretos que, a serem provados nas instâncias pró-
montantes das pensões de invalidez e velhice prias, justificariam medidas punitivas.
aplica-se a todos os requerimentos entrados a
partir da data de entrada em vigor; A “opção” imposta a esse grupo significativo de oficiais,
5 180000 000000

sargentos e agentes para uma saída minimamente digna


b) O prazo de garantia para a pensão de invalidez foi a de fazerem uso dos artigos 21º e 23º do Decreto-
entra em vigor no do dia 1 de Janeiro de 2006; Legislativo n.º 43/84 de 5 de Maio, conjugados com a Lei
n.º 89/III/90, de 13 de Outubro, requerendo a colocação na
c) O prazo de garantia para a pensão de velhice en- situação de reserva cujos despachos, inexplicavelmente, só
tra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006, mas foram publicadas no Boletim Oficial de 8 de Novembro de
para cumprir este prazo, o número de anos ci- 1999, ou seja, mais de sete anos depois.
vis considerado pode ser multiplicado por três
até 31 de Dezembro de 2007 e por dois até 31 de
Dezembro de 2012. O quadro legal em que a transição para a situação de
reserva se processou, impunha deveres mas também esta-
Artigo 100° belecia direitos, entre os quais, o de os reservistas poderem
regressar ao activo num período máximo de cinco anos e o
Revogação
de perceberem uma pensão calculada de acordo com uma
É revogado o Decreto n.º 120/84, de 24 de Dezembro. fórmula específica. Como também podiam ser chamados à
actividade no quadro, por impulso processual do serviço,
Artigo 101° caso se mostrasse necessário;
Entrada em vigor
Contudo, o Decreto-Legislativo n.º 144-A/92, de 24 de
O presente diploma entra em vigor no primeiro dia do Dezembro que aprovou o Estatuto do Pessoal da Polícia de
segundo mês seguinte ao da sua publicação. Ordem Pública e revogou expressamente o Decreto-Lei n.º
43/84, de 5 de Maio, inopinada e abruptamente mandou
Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
transitar automaticamente para a situação de reforma to-
José Maria Pereira Neves, José Maria Pereira Neves, dos aqueles que já se encontravam na situação de reserva,
Basílio Mosso Ramos, Júlio Lopes Correia mantendo, entretanto, a situação de reserva já prevista no
estatuto anterior por mais um ano.
Promulgado em 3 de Fevereiro de 2004
A acrescer a esse processo repleto de irregularidades
Publique-se.
administrativas e de ilegalidades, o Tribunal de Contas
O Presidente da República, PEDRO VERONA viria a recusar o visto a todos os processos de reforma que
RODRIGUES PIRES haviam sido submetidos à sua apreciação e decisão ao abrigo
do citado Decreto-Legislativo. Face a tal recusa de visto,
Referendado em 5 de Fevereiro de 2004 não se concretizou, pois, formalmente a passagem à refor-
ma dos envolvidos, criando-se uma situação de total
O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. indefinição quanto à situação funcional dos mesmos.

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 65

A passagem compulsiva e “de facto” desses oficiais, sar- 2. Também se aplica aos oficiais, subchefes e agentes
gentos e agentes à situação de reforma, sem processo disci- que, por razões e situações conjunturais que condicionaram
plinar ou outro, sem audição prévia, com supressão do di- fortemente o seu desempenho profissional e tornaram in-
reito que os mesmos tinham de regressar ao activo, tradu- sustentável a relação funcional com a Administração, se
ziu-se, assim, numa medida expulsiva; viram compelidos a requerer a exoneração.
Artigo 2º
Com ofensa a vários princípios constitucionais,
designadamente, o principio segundo o qual o acesso e o Direito à reforma
desenvolvimento profissional na função pública estão su-
É reconhecido ao pessoal na reserva o direito à reforma,
bordinados aos critérios do mérito, com proibição da discri-
o qual pode ser requerido nos termos previstos no presente
minação ou penalização por motivos políticos; o da audição
diploma.
e notificação prévias dos actos administrativos que digam
respeito aos cidadãos; a prossecução do interesse público Artigo 3º
com respeito escrupuloso dos direitos e interesses legíti-
Contagem de tempo de serviço
mos dos cidadãos; a subordinação da actividade adminis-
trativa aos princípios de justiça, transparência e da im- 1. Para efeitos de passagem à situação de reforma, é
parcialidade. considerado como tempo de serviço efectivamente prestado
ao Estado o período decorrido entre a data do despacho que
Razões não de ordem administrativa marcaram, pois, o autorizou a passagem à situação de reserva até 31 de De-
processo que conduziu à situação descrita dos oficiais, sar- zembro de 2003.
gentos e agentes da POP ora na reserva, sendo certo que a
condição jurídica de servidores do Estado na Policia de 2. É aplicável ao pessoal na reserva o aumento do tem-
Ordem Publica dos mesmos foi politicamente po de serviço previsto no artigo 81º do Estatuto do Pessoal
instrumentalizada sem que, repete-se, infracções criminais da Polícia de Ordem Pública.
ou responsabilidades outras eventualmente existentes te- Artigo 4º
nham sido estabelecidas pelas instâncias competentes.
Equivalência dos postos
Face à mesma lógica e pressão psicológica, outros ofici- Para efeitos de aplicação do presente diploma, quando
ais, sargentos e agentes tiveram de optar, a contragosto,
5 180000 000000

para qualquer efeito jurídico e se deva fazer equivalência


pelo pedido de exoneração. entre os postos do pessoal na reserva e os previstos na le-
gislação vigente, far-se-á corresponder:
O Estado não pode ignorar essas situações de não Direito
e nem pode esconder o problema, pelo que se dispõe assumir a) O posto de Major, ao de Intendente;
a reposição do Direito, dando ao caso um tratamento equita-
tivo, adequado e digno ainda que no quadro das limitações b) O posto de Capitão, ao de Subintendente;
financeiras do orçamento do Estado, de todos conhecidas. c) O posto de 1º Tenente, ao de Comissário;
É assim que depois de um processo negocial levado a d) O posto de Tenente, ao de Subcomissário;
cabo com representantes dos oficiais, subchefes e agentes
na situação de reserva, chegou-se a uma solução que se e) O posto de 1º Sargento, ao de Subchefe Principal;
julga equitativa e equilibrada e que vem permitir pôr ter- f) O posto de 2º Sargento, ao de Subchefe ajudante;
mo à indefinição de situações funcionais atrás caracteri-
zadas. g)O posto de Sargento, ao de 2º Subchefe.
Artigo 5.º
É tal solução que se encontra vazada no presente diplo-
ma, o qual dispõe ainda sobre a possibilidade de reintegra- Tabela salarial
ção na POP de oficiais, subchefes e agentes que foram com- O sistema remuneratório actualmente em vigor na
pelidos a requerer a exoneração, uma vez ponderado nome- Polícia de Ordem Pública é aplicável ao pessoal na reser-
adamente o seu percurso profissional desde então e o inte- va, com exclusão dos direitos à progressão, à percepção do
resse da sua reintegração para os serviços. subsídio de risco e ao seguro de vida.
Assim: Artigo 6º

No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do Passagem à situação de reforma


artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: A passagem à situação de reforma a que se refere o
artigo 2º deste diploma depende do preenchimento, pelo
Artigo 1º
pessoal na reserva, de um dos seguintes requisitos:
Âmbito
a) Ter pelo menos 30 anos de serviço prestado ao Es-
1. O presente diploma aplica-se a todo o pessoal da Polí- tado;
cia de Ordem Pública que se encontra na situação deter- b) Ter pelo menos 25 anos de serviço prestado na Po-
minada pelo artigo 105º do Decreto-Legislativo n.º 144-A/ lícia de Ordem Pública;
92, de 24 de Dezembro, adiante designado “pessoal na re-
serva”. c) Ter pelo menos 50 anos de idade.

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66 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004


Artigo 7º Decreto n.º 1/2004
Cálculo da pensão de reforma
de 16 de Fevereiro
1. A pensão de reforma será equivalente à trigésima
A Associação Internacional para o Desenvolvimento
parte da remuneração calculada nos termos do artigo 5º,
(IDA) e o Governo de Cabo Verde assinaram a 19 de De-
multiplicada pelo tempo de serviço efectivamente prestado
zembro de 2003, um Acordo de Crédito Suplementar ao
ao Estado nos termos estabelecidos neste diploma.
Acordo de Crédito n.º 3244-CV assinado em 3 de Junho de
2. O direito à percepção da pensão de reforma estabele- 1999 e aprovado pelo Decreto n.º 2/99 de 20 de Setembro no
cido no presente diploma retroage a 1 de Janeiro de 2004. montante de dois milhões e novecentos mil Direitos Espe-
ciais de Saque, destinado ao Projecto de Desenvolvimento
Artigo 8º do Sector Social enquadrado no Programa Nacional de Luta
Requerimento
Contra a Pobreza.

1. A passagem à situação de reforma do pessoal na re- Convindo aprovar o citado Acordo de Crédito;
serva é feita mediante requerimento do interessado ende-
reçado ao membro do governo responsável pela área da Nos termos do artigo 63º da Lei n.º 18/VI/2002, de 31 de
Administração Interna, nos 60 dias subsequentes ao da Dezembro;
publicação deste diploma e instruído nos termos da lei.
No uso da faculdade conferida pela alínea d) do n.º 2 do
2. O prazo para a apresentação do requerimento referi- artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
do no número anterior poderá ser extraordinariamente
Artigo 1º
prorrogado, por despacho do membro do governo responsá-
vel pela área da Administração Interna, por mais trinta Aprovação
dias em casos devidamente justificados.
É aprovado o Acordo de Crédito concluído entre o Go-
Artigo 9º
verno de Cabo Verde e a Associação Internacional para o
Reintegração de oficiais, subchefes e agentes Desenvolvimento, em 19 de Dezembro de 2003, cujos tex-
tos em inglês e respectiva tradução não oficial para portu-
5 180000 000000

1. Os oficiais, subchefes e agentes que entre 1991 e 1999 guês são publicados em anexo.
pediram exoneração nas circunstâncias referidas no nú-
mero 2 do artigo 1º, poderão ser reintegrados na Polícia de Artigo 2º
Ordem Pública, com a patente e antiguidade que detinham
à data da sua exoneração, mediante requerimento funda- Objectivo
mentado, dirigido ao membro do Governo responsável pela
área da Administração Interna, que decidirá, ponderando O crédito objecto do presente diploma, no valor de dois
o percurso profissional do requerente, a existência de va- milhões e novecentos mil Direitos Especiais de Saque, des-
gas, bem como o interesse da sua reintegração para os ser- tina-se ao financiamento do Projecto de Desenvolvimento
viços. do Sector Social do Programa Nacional de Luta Contra a
Pobreza, cuja descrição consta do Anexo II ao acordo ora
2. O pedido deverá dar entrada nos serviços competen- aprovado.
tes nos prazos referidos no artigo 8º. do presente diploma e
Artigo 3º
ser submetido a parecer do Comando-Geral da Polícia de
Ordem Pública. Comissão de Serviço e Engajamento
Artigo 10º
1. Por força do Acordo de Crédito a que se refere o pre-
Entrada em vigor sente diploma, o Governo de Cabo Verde, na qualidade de
mutuário, fica obrigado ao cumprimento dos seguintes
O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao encargos gerais:
da sua publicação.
a) Pagamento de uma comissão de serviço de três
Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
quartos de um por cento (0.75%) ao ano, sobre o
José Maria Pereira Neves, José Maria Pereira Neves, montante do empréstimo desembolsado e ainda
Maria Cristina Fontes Lima não amortizado;

Promulgado em 6 de Fevereiro de 2004 b) Pagamento de uma comissão de engajamento de


meio por cento (0.50%) ao ano sobre o montante
Publique-se. do empréstimo ainda não desembolsado, sessenta
dias após a assinatura do Acordo de Crédito.
O Presidente da República, Pedro Verona Rodrigues
Pires 2. A comissão de serviço e a comissão de engajamento,
Referendado em 9 de Fevereiro de 2004 citadas no número anterior, deverão ser pagas de seis em
seis meses, respectivamente, em quinze de Março e em
O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. quinze de Setembro de cada ano.

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 67

Artigo 4º Visto e aprovado em Conselho de Ministros.


Amortização
José Maria Pereira Neves, José Maria Pereira Neves,
1. Nos termos do Acordo de Crédito inicial, fica o Gover- Maria de Fátima Lima Veiga, Júlio Lopes Correia
no de Cabo Verde obrigado a amortizar o capital mutuado
Publique-se.
num período de trinta anos, após um período de deferimen-
to de dez anos a partir da data de assinatura do Acordo, à O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Naves
razão de:
––––––
a) Um por cento (1%) ao ano, para as prestações que
começam a 15 de Setembro de 2009 e terminam Agreement Amending
a 15 de Março de 2019; Development Credit Agreement

b) Dois por cento (2%) ao ano, para as prestações


Agreement, dated December 19, 2003, between REPUB-
que começam a 15 de Março de 2019 e termi-
LIC OF CAPE VERDE (the Borrower) and INTERNA-
nam a 15 de Março de 2039.
TIONAL DEVELOPMENT ASSOCIATION (the Associa-
2. Para o Crédito Suplementar, o pagamento da amor- tion).
tização do capital será feito em períodos semestrais e con-
Whereas (A) the Borrower and the Association have
secutivos, à razão de:
entered into a Development Credit Agreement dated June
a) Um por cento (1%) ao ano, para as prestações que 3, 1999, as amended from time to time (the Development
começam a 15 de Setembro de 2014 e terminam Credit Agreement), for the financing of the Social Sector
a 15 de Setembro de 2023; Development Project as described in Schedule 2 to the
Development Credit Agreement (the Project);
b) Dois por cento (2%) ao ano, para as prestações
que começam a 15 de Setembro de 2023 e termi- (B) the Borrower has requested the Association to pro-
nam a 15 de Setembro de 2043. vide additional assistance towards financing of the Project,
including subprojects and consultants’ services, by increas-
5 180000 000000

Artigo 5º ing the amount made available under the Development


Credit Agreement by an amount in various currencies
Prazos
equivalent to two million nine hundred thousand Special
O prazo de utilização do empréstimo cessa a 31 de Mar- Drawing Rights (SDR 2,900,000); and
ço do ano 2005, ou em qualquer data posterior a fixar pela
Whereas the Association has agreed on the basis, inter
Associação Internacional para o Desenvolvimento em
alia, of the foregoing, to provide such additional assistance
concertação com o Governo de Cabo Verde.
to the Borrower upon the terms and conditions set forth in
Artigo 6º this Agreement Amending the Development Credit Agree-
ment (as hereinafter defined);
Descontos
Now Therefore the parties hereto hereby agree as fol-
Sobre as transferências feitas pelo mutuário a favor da lows:
Associação Internacional para o Desenvolvimento, a titulo
de amortização do capital e dos demais encargos inciden- Article I
tes sobre o empréstimo, não recaem quaisquer descontos
seja qual for a sua natureza. Section 1.01. The “General Conditions Applicable to
Development Credit Agreements” of the Association, dated
Artigo 7º January 1, 1985 (as amended through October 6, 1999)
(the General Conditions), constitute an integral part of this
Poderes
Agreement.
São conferidos ao membro do Governo responsável pela
área das Finanças, com faculdade de subdelegar, os pode- Section 1.02. Section 1.02 of the Development Credit
res necessários para representar o Governo de Cabo Verde Agreement is amended as follows:
junto da Associação Internacional para o Desenvolvimen-
to, em quaisquer actos ou para efeitos de cumprimento de (a) the word “and” at the end of sub-section (t) is de-
quaisquer formalidades decorrentes da execução do Acordo leted, and the “.” at the end of sub-section (u)
ora aprovado. replaced with “;”

Artigo 8º (b) a new sub-section (v) is added to read as follows:

Entrada em vigor “(v) “Agreement Amending the Development


Credit Agreement” means this Agreement
O presente Decreto entra imediatamente em vigor e o Amending the Development Credit Agreement
mencionado Acordo de Crédito produzirá efeitos em confor- between the Borrower and the Association, dated
midade com o que nele se estipula. December 19,, 2003; and”

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68 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

(c) a new sub-section (w) is added to read as follows: subsequent to the review and approval thereof
by the Executive Directors of the Association
“(w) “Financial Monitoring Report” means the report and after due consideration by the Association
referred to in Section 4.02 of this Agreement.” of the development of the Borrower’s economy,
Section 1.03. Section 2.01 of the Development Credit modify the repayment of installments under
Agreement is amended to read as follows: paragraph (a) above by:

“Section 2.01. The Association agrees to lend to the (A) requiring the Borrower to repay twice the amount
Borrower, on the terms and conditions set forth or referred of each such installment not yet due until the principal
to in the Development Credit Agreement, an amount in amount of the Credit shall have been repaid; and
various currencies equivalent to fourteen million eight (B) requiring the Borrower to commence repayment
hundred thousand Special Drawing Rights (SDR of the principal amount of the Credit as of the first semi-
14,800,000) (the Credit), which includes: (a) an original annual payment date referred to in paragraph (a) above
amount in various currencies equivalent to eleven million falling six months or more after the date on which the
nine hundred thousand Special Drawing Rights (SDR Association notifies the Borrower that the events set out
11,900,000) (the Initial Financing); and (b) a supplemen- in this paragraph (b) have occurred, provided, however,
tal amount in various currencies equivalent to two million that there shall be a grace period of a minimum of five
nine hundred thousand Special Drawing Rights (SDR years on such repayment of principal.
2,900,000) (the Supplemental Financing).”
(c) If so requested by the Borrower, the Association
Section 1.04. In Section 2.03, the Closing Date is may revise the modification referred to in para-
amended to read: “December 31, 2004”. graph (b) above to include, in lieu of some or all
Section 1.05. Section 2.04 (b) (i) of the Development of the increase in the amounts of such
Credit Agreement is amended by adding after the term installments, the payment of interest at an an-
“cancelled” the following proviso: nual rate agreed with the Association on the
principal amount of the Credit withdrawn and
“provided however, that any commitment charge outstanding from time to time, provided that,
on the Supplemental Financing shall accrue in the judgment of the Association, such revi-
5 180000 000000

from a date sixty (60) days after the date of the sion shall not change the grant element obtained
Agreement Amending the Development Credit under the above-mentioned repayment modifi-
Agreement.” cation.

Section 1.06. Section 2.07 is amended to read as fol- (d) If, at any time after a modification of terms pur-
lows: suant to paragraph (b) above, the Association
determines that the Borrower’s economic con-
“(a) Subject to paragraphs (b), (c) and (d) be- dition has deteriorated significantly, the Asso-
low, the Borrower shall: ciation may, if so requested by the Borrower,
further modify the terms of repayment to con-
(A) repay the principal amount of the Initial Financing
form to the schedule of installments as provided
in semiannual installments payable on each March 15 and
in paragraph (a) above.”
September 15, commencing September 15, 2009 and end-
ing March 15, 2039. Each installment to and including Section 1.07. Section 4.01 is amended to read as fol-
the installment payable on March 15, 2019, shall be one lows:
percent (1%) of such principal amount, and each
installment thereafter shall be two percent (2%) of such “Section 4.01. (a) The Borrower shall maintain a fi-
principal amount; and nancial management system, including records and ac-
counts, and prepare financial statements in accordance
(B) repay the principal amount of the Supplemental with consistently applied accounting standards, acceptable
Financing in semiannual installments payable on each to the Association, adequate to reflect the operations, re-
March 15 and September 15, commencing March 15, 2014 sources and expenditures related to the Project.
and ending September 15, 2043. Each installment to and
including the installment payable on September 15, 2023 (b) The Borrower shall:
shall be one percent (1%) of such principal amount, and
each installment thereafter shall be two percent (2%) of (i) have the financial statements referred to in
such principal amount.” paragraph (a) of this Section, including those for
the Special Account, for each fiscal year, or other
(b) Whenever: (i) the Borrower’s per capita gross period agreed to by the Association, audited, in
national product (GNP), as determined by the accordance with consistently applied auditing
Association, shall have exceeded for three con- standards acceptable to the Association by inde-
secutive years the level established annually by pendent auditors acceptable to the Association;
the Association for determining eligibility to
access the Association’s resources; and (ii) the (ii) furnish to the Association as soon as avail-
Association shall consider the Borrower credit- able, but in any case not later than six months
worthy for Bank lending, the Association may, after the end of each such year or such other

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 69

period agreed to by the Association, (A) certified (ii) describes physical progress in Project imple-
copies of the financial statements referred to in mentation, both cumulatively and for the period
paragraph (a) of this Section for such year, or covered by said report, and explains variances
such other period agreed to by the Association, between the actual and planned Project imple-
as so audited, and (B) an opinion on such state- mentation; and
ments by said auditors, in scope and detail sat-
isfactory to the Association; and (iii) sets forth the status of procurement under the
Project, as at the end of the period covered by
(iii) furnish to the Association such other in- said report.”
formation concerning such records and accounts,
and the audit of such financial statements, and (b) The first Financial Monitoring Report shall be fur-
concerning said auditors, as the Association may nished to the Association not later than 45 days
from time to time reasonably request. after the end of the first calendar quarter after
the Effective Date, and shall cover the period
(c) For all expenditures with respect to which with- from the incurrence of the first expenditure
drawals from the Credit Account were made on under the Project through the end of such first
the basis of statements of expenditure, the Bor- calendar quarter; thereafter, each Financial
rower shall: Monitoring Report shall be furnished to the As-
sociation not later than 45 days after each sub-
(i) maintain or cause to be maintained, in accord- sequent calendar quarter, and shall cover such
ance with paragraph (a) of this Section, records calendar quarter.
and separate accounts reflecting such expendi-
tures; Section 1.09. The table set forth in paragraph 1 of Sched-
ule 1 to the Development Credit Agreement is deleted and
(ii) retain, until at least one year after the Asso- replaced with the table set forth in Attachment I to this
ciation has received the audit report for, or cov- Agreement Amending the Development Credit Agreement.
ering, the fiscal year in which the last with-
drawal from the Credit Account was made, all
Section 1.10. Paragraph 2 (c) of Schedule 1 to the De-
5 180000 000000

records (contracts, orders, invoices, bills, receipts


velopment Credit Agreement is amended to read as fol-
and other documents) evidencing such expendi-
lows:
tures;
“(c) the term “operating costs” means the incremen-
(iii) enable the Association’s representatives to
tal operating costs incurred on account of Project
examine such records; and
implementation, including office supplies and
(iv) ensure that such statements of expenditures equipment, rental of office space, vehicle opera-
are included in the audit for each fiscal year or tion and maintenance, communication and
other period agreed to by the Association, re- travel costs, and Bank charges related to the
ferred to in paragraph (b) of this Section, and operation of the Special Account, but excluding
that the report of such audit contains a separate salaries of members of the Borrower’s civil serv-
opinion by said auditors as to whether the state- ice.”
ments of expenditure submitted during such fis-
cal year, together with the procedures and in- Section 1.11. Paragraph 4 of Schedule 1 to the Devel-
ternal controls involved in their preparation, can opment Credit Agreement is amended to read as follows:
be relied upon to support the related withdraw-
als. “4. The Association may require withdrawals from the
Credit Account to be made on the basis of statements of
Section 1.08. Section 4.02 is amended to read as fol- expenditure for expenditures for:(i) goods and works un-
lows: der contracts costing less than $100,000 equivalent and
$200,000 equivalent, respectively; (ii) consultants’ services
“Section 4.02. (a) Without limitation upon the Borrow- (firms) under contracts not exceeding $100,000 equivalent;
er’s progress reporting obligations set out in paragraph 4 (iii) consultants’ services (individuals) and audits under
of Schedule 4 to the Development Credit Agreement, the contracts not exceeding $50,000 equivalent; (iv) subprojects;
Borrower shall prepare and furnish to the Association a (v) training; and (vi) operating costs, all under such terms
Financial Monitoring Report, in form and substance satis- and conditions as the Association shall specify by notice to
factory to the Association, which: the Borrower.

(i) sets forth sources and uses of funds for the Section 1.12. The last line in Schedule 2 to the Develop-
Project, both cumulatively and for the period ment Credit Agreement is deleted and replaced by the
covered by said report, showing separately funds words:
provided under the Credit, and explains variances
between the actual and planned uses of such “The project is expected to be completed by June 30,
funds; 2004”.

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70 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

Section 1.13. Paragraph 1 of Part C of Schedule 3 to cators set forth in Schedule 7 to this Agreement,
the Development Credit Agreement is amended to read as the carrying out of the Project and the achieve-
follows: ment of the objectives thereof;”

“1. National Competitive Bidding Article II

Works under Part A of the Project estimated to cost


Effective Date; Termination
less than $300,000 equivalent per contract, up to an ag-
gregate amount not to exceed $13,400,000 equivalent, may
Section 2.01. This Agreement Amending the
be procured under contracts awarded in accordance with
Development Credit Agreement shall not become effective
the provisions of paragraphs 3.3 and 3.4 of the Guidelines.”
until evidence satisfactory to the Association shall have
Section 1.14. Paragraph 3 of Part C of Schedule 3 to been furnished to the Association that the execution and
the Development Credit Agreement is amended to read as delivery of this Agreement Amending the Development
follows: Credit Agreement on behalf of the Borrower has been duly
authorized or ratified by all necessary governmental ac-
“3. Procurement of Small Works tion, and this Agreement Amending the Development
Credit Agreement is legally binding upon the Borrower in
Works under Part A of the Project estimated to cost accordance with its terms.
less than $50,000 equivalent per contract, up to an aggre-
gate amount not to exceed $2,820,000 equivalent, may be
Section 2.02. As part of the evidence to be furnished
procured under lump-sum, fixed-price contracts awarded
pursuant to Section 2.01 of this Agreement Amending the
on the basis of quotations obtained from at least three (3)
Development Credit Agreement, there shall be furnished
qualified domestic contractors in response to a written in-
to the Association an opinion or opinions satisfactory to
vitation. The invitation shall include a detailed descrip-
the Association showing, on behalf of the Borrower, that
tion of the works, including basic specifications, the re-
this Agreement Amending the Development Credit Agree-
quired completion date, a basic form of agreement accept-
ment has been duly authorized or ratified by, and executed
able to the Association, and relevant drawings, where ap-
and delivered on behalf of the Borrower and is legally bind-
plicable. The award shall be made to the contractor who
ing upon the Borrower in accordance with its terms.
offers the lowest price quotation for the required work, and
5 180000 000000

who has the experience and resources to complete the con-


tract successfully. Pre-qualification shall be widely ad- Section 2.03. This Agreement Amending the Develop-
vertised in the local press (all islands) and updated every ment Credit Agreement shall come into force and effect on
six months. Qualification criteria, scope of works to be the date upon which the Association shall dispatch to the
completed during the next twelve months and their loca- Borrower notice of its acceptance of the evidence required
tion, shall be made known to all candidates.” by Section 2.01 of this Agreement Amending the Develop-
ment Credit Agreement.
Section 1.15. Paragraph 2 of Part D of Schedule 3
to the Development Credit Agreement is amended to read Section 2.04. If this Agreement Amending the Develop-
as follows: ment Credit Agreement shall not come into force and ef-
fect by a date ninety (90) days after the date of this Agree-
”2. Prior Review ment Amending the Development Credit Agreement, this
Agreement Amending the Development Credit Agreement
(a) With respect to each contract estimated to cost and all obligations of the parties hereunder shall termi-
the equivalent of $100,000 or more for goods, nate, unless the Association establishes a later date for
the procedures set forth in paragraphs 2 and 3 the purposes of this Section. If this Agreement Amending
of Appendix 1 to the Guidelines shall apply; and the Development Credit Agreement shall terminate under
(b) with respect to each contract estimated to the provisions of this Section, the Development Credit
cost the equivalent of $200,000 or more for Agreement shall continue in full force and effect, as if this
works, the procedures set forth in paragraphs 2 Agreement Amending the Development Credit Agreement
and 3 of Appendix 1 to the Guidelines shall ap- had not been executed.
ply.”
In Witness Whereof, the parties hereto, acting through
Section 1.16. A new Schedule (Schedule 7) is
their duly authorized representatives, have caused this
added to the Development Credit Agreement, as set forth
Agreement Amending the Development Credit Agreement
in Attachment II to this Agreement Amending the Devel-
to be signed in their respective names in the District of
opment Credit Agreement. Consequently, paragraph 4 (a)
Columbia, United States of America, as of the day and
of Section I of Schedule 4 to the Development Credit Agree-
year first above written.
ment is also amended to read as follows:

“The Borrower shall: Republic of Cape Verde iligivel By Authorized Repre-


sentative
(a) maintain policies and procedures adequate to en-
able it to monitor and evaluate on an ongoing International Development Association By iligivel Au-
basis, in accordance with the performance indi- thorized Representative

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 71

Attachment I
SCHEDULE 1
Withdrawal of the Proceeds of the Credit

1. The table below sets forth the Categories of items to be financed out of the proceeds of the
Credit, the allocation of the amounts of the Credit to each Category and the percentage of
expenditures for items to be financed in each Category:

Initial Financing Supplemental


Amount of the Financing Amount of % of
Category Credit Allocated the Credit Allocated Expenditures
(Expressed (Expressed to be financed
in SDR Equivalent) in SDR Equivalent)

(1) Subprojects 8,800,000 100% of amounts


disbursed

(2) Goods 130,000 100% of foreign


expenditures and
90% of local
5 180000 000000

expenditures

(3) Consultants’ 2,190,000 100% of foreign


services and audits expenditures and
90% of local
expenditures

(4) Training 270,000 90%

(5) Operating Costs 190,000 90%

(6) Refunding of 284,823 Amount due


Project Preparation pursuant to
Advance Section 2.02 (c )
of this Agreement

(7) Unallocated 35,177

_________ _________

TOTAL 11,900,000 2,900,000


======== ========

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72 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004


5 180000 000000

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 73

ACORDO QUE EMENDA O ACORDO do de Crédito para o Desenvolvimento, um montante em


DE CRÉDITO PARA O DESENVOLVIMENTO diferentes moedas equivalente a catorze milhões e oitocen-
tos mil Direitos Especiais de Saque (SDR 14,800,000) (o
Acordo, datado de 19 de Dezembro de 2003, entre a Re-
Crédito), que inclui: (a) um montante original em diferen-
pública de Cabo Verde (o Mutuário) e a Associação Inter-
tes moedas equivalente a onze milhões e novecentos mil
nacional Para o Desenvolvimento (a Associação).
Direitos Especiais de Saque (SDR 11,900,000) (o Financia-
Atendendo a que (A) o Mutuário e a Associação acorda- mento Inicial); e (b) um montante suplementar em dife-
ram através do Acordo de Crédito para o Desenvolvimento rentes moedas equivalente a dois milhões e novecentos mil
datado de 3 de Junho de 1999, conforme emendado ocasio- Direitos Especiais de Saque (SDR 2,900,000) (o Financia-
nalmente (o Acordo de Crédito para o Desenvolvimento), mento Suplementar).”
para financiamento do Projecto de Desenvolvimento do
Secção 1.04. Na Secção 2.03, a Data do Término é emen-
Sector Social, conforme descrito no Anexo 2 ao Acordo de
dada para: “31 de Dezembro de 2005”.
Crédito para o Desenvolvimento (o Projecto);
(B) o Mutuário solicitou a Associação que fornecesse Secção 1.05. A Secção 2.04 (b) (i) do Acordo de Crédito
ajuda adicional para financiar do Projecto, incluindo sub para o Desenvolvimento é emendado adicionando depois do
projectos e os serviços de consultores, aumentando a quan- termo “cancelado” a seguinte condição:
tia disponibilizada através do Acordo de Crédito para o “desde que, porém, qualquer compromisso referente ao
Desenvolvimento num montante em várias moedas equi- Financiamento Suplementar provirá de uma data de ses-
valente a dois milhões novecentos mil Direitos Especiais senta (60) dias depois da data do Acordo que Emenda o
de Saque (SDR 2,900,000); e Acordo de Crédito para o Desenvolvimento.”
Atendendo a que a Associação acordou, com base, no- Secção 1.06. A Secção 2.07 é emendada e lida da se-
meadamente, no acima referido, atribuir o crédito adicio- guinte forma:
nal ao Mutuário de acordo com os termos e condições esti-
“(a) Sujeito aos parágrafos (b), (c) e (d) abaixo, o Mutu-
pulados na presente Acordo que Emenda o Acordo de Cré-
ário deverá:
dito para o Desenvolvimento (conforme a seguir definido);
(A) reembolsar a quantia principal do Financiamento
Nesse Contexto, as partes contratantes acordam o se-
Inicial em prestações semi-anuais amortizáveis em cada
guinte:
5 180000 000000

dia 15 de Março e 15 de Setembro, com início a 15 de Se-


Artigo I tembro de 2009 e término a 15 de Março de 2039. Cada
Secção 1.01. As “Condições Gerais Aplicáveis a Acordos prestação e incluindo a prestação amortizável a 15 de Mar-
de Crédito para o Desenvolvimento da Associação, datadas ço de 2019, será de um porcento (1%) da tal quantia princi-
de 1 de Janeiro de 1985 (emendadas a 6 Outubro de 1999) pal, e cada prestação subsequente será de dois porcento
(as Condições Gerais), constituem parte integrante do pre- (2%) da quantia principal; e
sente Acordo. (B) Reembolsar a quantia principal do Financiamen-
Secção 1.02. A Secção 1.02 do Acordo de Crédito para o to Suplementar em prestações semi-anuais amortizáveis
Desenvolvimento é emendada da seguinte forma: em cada dia 15 de Março e 15 de Setembro 15, com início a
15 de Março de 2014 e término a 15 Setembro de 2043.
(a) a palavra “e” no fim da subsecção (t) é apagada, e
Cada prestação e incluindo a prestação amortizável a 15
o “.” no fim da subsecção (u) substituído por “;”
de Setembro de 2023, será de um porcento (1%) da tal quan-
(b) uma nova subsecção (v) é adicionada e lida da se- tia principal, e cada prestação subsequente será de dois
guinte forma: porcento (2%) da quantia principal.”
“(v) “O Acordo que Emenda o Acordo de Crédi- (b) Sempre que: (i) o produto nacional bruto (PNB)
to para o Desenvolvimento” significa este Acor- per capita do Mutuário, como determinado pela
do que Emenda o Acordo de Crédito para o De- Associação, exceder durante três anos consecu-
senvolvimento entre o Mutuário e a Associação, tivos o nível estabelecido anualmente pela Asso-
datado de 19 de Dezembro de 2003; e” e ciação para determinar a elegibilidade de aces-
so aos recursos da Associação; e (ii) a Associa-
15 de Setembro de 2023 será de um porcento (1%) do
ção considerar o Mutuário credível para emprés-
montante do principal e de dois porcento (2%) do montante
timo bancário, a Associação pode, após a revi-
do principal em cada pagamento de reembolso subsequen-
são e aprovação pelos Directores Executivos da
te.
Associação e uma análise cuidada feita pelos
(c) uma nova subsecção (w) é adicionada e lida da mesmos sobre o desenvolvimento da economia
seguinte forma: do Mutuário, modificar o reembolso das presta-
“(w) “Relatório de Monitorização Financeira” significa ções de acordo com o parágrafo (a) acima, atra-
o relatório elaborado em conformidade com a Secção 4.02 vés dos seguintes passos:
do presente Acordo.” (A) requerer ao Mutuário que reembolse o dobro do
Secção 1.03. A Secção 2.01 do Acordo de Crédito para o montante de cada prestação por vencer até que o montante
Desenvolvimento é emendado e lido da seguinte forma: principal do Crédito tenha sido reembolsado; e

“Secção 2.01. A Associação acorda emprestar ao Mutu- (B) requerer ao Mutuário que inicie o reembolso do
ário, nos termos e condições definidos ou referidos no Acor- montante principal do Crédito a partir da data do primeiro

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74 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

pagamento semestral referido no parágrafo (a) acima, seis (i) manter ou fazer com que sejam mantidos, em
meses ou mais após a data em que a Associação notificar o conformidade com o parágrafo (a) desta Secção,
Mutuário sobre os acontecimentos referidos no parágrafo os registos e contas separadas reflectindo tais
(b), desde que, no entanto, haja um período de graça de um despesas;
mínimo de cinco anos sobre o reembolso do montante prin-
(ii) reter, até pelo menos um ano após a Associação
cipal.
ter recebido o relatório de auditoria relativo ao
(c) No caso de o Mutuário solicitar, a Associação pode ano fiscal no qual o último levantamento da Conta
rever a modificação referida no parágrafo (b) acima para do Crédito tenha sido feito, todos os registos (con-
incluir, em vez de alguns ou todos os aumentos nos mon- tratos, ordens de pagamento, facturas, recibos e
tantes dessas prestações, o pagamento de juros a uma taxa outros documentos) reflectindo essas;
anual acordada com a Associação sobre o montante princi-
pal do Crédito levantado e pendente periodicamente, desde (iii) permitir aos representantes da Associação ana-
que, na opinião da Associação, essa revisão não altere o lisar esses registos; e
elemento do donativo obtido nos termos da modificação de (iv) garantir que esses registos e contas sejam in-
reembolso acima referida. cluídos na auditoria anual, ou na de qualquer
(d) Se, em qualquer momento após a modificação dos outro período acordado com a Associação, referi-
termos de acordo em conformidade com o parágrafo (b) aci- da no parágrafo (b) desta Secção e que o relatório
ma, a Associação decidir que as condições económicas do de auditoria contenha uma opinião separada dos
Mutuário deterioraram significativamente, a Associação auditores quanto à fiabilidade dos relatórios de
pode, se o Mutuário o solicitar, fazer mais alterações aos despesas submetidos durante o ano fiscal, jun-
termos de reembolso, com vista a adaptá-los ao calendário tamente com os procedimentos e medidas inter-
de prestações definido no parágrafo (a) acima.” nas de controle envolvidos na sua preparação.

Secção 1.07. A Secção 4.01 é emendada e lida da se- Secção 1.08. A Secção 4.02 é emendada e lida da se-
guinte forma: guinte forma:

“Secção 4.01. (a) O Mutuário criará um sistema de “Secção 4.02. (a) Sem restrições às responsabilidades
gestão financeira, incluindo registos e contas, e preparará do Mutuário apresentar um relatório de actividades referi-
5 180000 000000

relatórios financeiros de acordo com os princípios consis- das no Anexo 4 ao presente Acordo, o Mutuário elaborará e
tentes de contabilidade estandartes aceitáveis à Associa- fornecerá à Associação um Relatório de Monitorização Fi-
ção, e que reflictam as operações, recursos e despesas rela- nanceira com o formato e conteúdo aceitáveis à Associa-
tivas ao Projecto. ção, que:
(b) O Mutuário deverá: (i)identifique as fontes bem como a utilização de
fundos para o Projecto, tanto gerais como para o
(i) manter os registos, contas e relatórios finan-
período coberto pelo referido relatório, identifi-
ceiros referidos no parágrafo (a) desta Secção e
que separadamente os fundos fornecidos nos ter-
realizar auditorias aos registos e à Conta Espe-
mos do Crédito, e explique as variações entre a
cial para cada ano fiscal, em conformidade com
utilização actual e prevista desses fundos;
os padrões de auditoria aceitáveis à Associação,
correctamente aplicados, por auditores indepen- (ii) descreva a evolução física na implementação
dentes e aceitáveis à Associação; do Projecto, tanto geral como do período coberto
pelo relatório, e explique as variações entre a
(ii) fornecer à Associação, o mais breve possí-
implementação do Projecto actual e prevista; e
vel, mas em nenhum caso depois de seis meses
após o término de cada ano ou qualquer outro (iii) estipule o estado das aquisições e contratações
período acordado com a Associação: (A) cópias nos termos do Projecto, até ao fim do período co-
autenticadas dos relatórios financeiros referidos berto por esse relatório.”
no parágrafo (a) desta Secção relativos ao ano
auditado ou qualquer outro período acordado com (b) O primeiro Relatório de Monitorização Financei-
a Associação; e (B) um parecer sobre esses rela- ra será fornecido à Associação dentro de 45 dias
tórios, registos e contas dessa auditoria, feito após o término do trimestre subsequente à Data
pelos referidos auditores, com a abrangência e de Entrada em Vigor, e deverá cobrir o período
os detalhes razoavelmente solicitados pela Asso- a partir da primeira despesa feita nos termos do
ciação; e Projecto até o fim desse primeiro trimestre;
subsequentemente, cada Relatório de
(iii) fornecer à Associação outras informações re- Monitorização Financeira será fornecido à As-
lativas aos referidos registos e contas, e sua au- sociação dentro de 45 dias após cada trimestre
ditoria, e relativas aos referidos auditores, tal seguinte, e cobrirá esse trimestre.
como a Associação poderá razoável e periodica-
mente solicitar. Secção 1.09. O Quadro incluído no parágrafo 1 do
Anexo 1 ao Acordo de Crédito para o Desenvolvimento é
(c) Para todas as despesas relativas com relação às suprimido e substituído pelo Quadro incluído no Anexo
quais os levantamentos da Conta do Crédito foram feitos I ao presente Acordo que Emenda o Acordo de Crédito
com base no relatório de despesas, o Mutuário deverá: para o Desenvolvimento.

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 75

Secção 1.10. O Parágrafo 2 (c) do Anexo 1 ao Acordo de trato. A pré-qualificação será amplamente anunciada na
Crédito para o Desenvolvimento é emendado e lido da se- imprensa local (todas as ilhas) e actualizada semestral-
guinte forma: mente. Os critérios de qualificação, extensão de trabalhos
a serem efectuados durante os doze meses subsequentes e
“(c) o termo “custos de funcionamento” significa as
o local dos mesmos, serão fornecidos a todos os candida-
despesas adicionais contraídas pelo Projecto in-
tos.”
cluindo material de escritório e equipamentos,
aluguer de escritório, funcionamento e manu- Secção 1.15. O parágrafo 2 da Parte D do Anexo 3 ao
tenção de viaturas, custos de comunicação e Acordo de Crédito para o Desenvolvimento é emendado e
custos de viagens e comissões bancárias sobre a lido da seguinte forma:
Conta Especial, mas excluindo os salários dos
“2. Análise Prévia
agentes da Função Pública do Mutuário”
(a) Com relação a cada contrato para bens estimado em
Secção 1.11. O Paragrafo 4 do Anexo 1 ao Acordo de
$100,000 ou mais, serão aplicados os procedimentos esti-
Crédito para o Desenvolvimento é emendado e lido da se-
pulados nos parágrafos 2 e 3 do Anexo 1 às Directrizes; e
guinte forma:
(b) Com relação a cada contrato para serviços estimado em
“4. Associação pode requerer que os levantamentos da $200,000 ou mais, serão aplicados os procedimentos esti-
Conta de Crédito sejam feitos com base nos relatórios de pulados nos parágrafos 2 e 3 do Anexo 1 às Directrizes.”
despesas para despesas: (i) bens e Serviços nos termos dos
Secção 1.16. Um novo Anexo (Anexo 7) é acrescentado
contratos com custos inferiores e equivalentes a $100,000
ao Acordo de Crédito para o Desenvolvimento, conforme
e equivalentes a $200,000, respectivamente; (ii) serviços
estipulado adiante no Anexo II a este Acordo que Emenda o
de consultoria (firmas) nos termos dos contratos com cus-
Acordo de Crédito para o Desenvolvimento.
tos inferiores e equivalentes a $100,000; (iii) serviços de
Consequentemente, o parágrafo 4 (a) da Secção I do Anexo
consultoria (indivíduos) e auditores nos termos dos contra-
4 ao Acordo de Crédito para o Desenvolvimento é também
tos com custos inferiores e equivalentes a $50,000; (iv) sub
emendado e lido da seguinte forma:
projectos; (v) formação; e (vi) custos de funcionamento, to-
dos nos termos e condições a serem definidos pela Associa- “O Mutuário deverá:
ção e notificados ao Mutuário. (a) manter as políticas e os procedimentos adequados
que o permitirão monitorar e avaliar continua-
5 180000 000000

Secção 1.12. A última linha do Anexo 2 ao Acordo de


Crédito para o Desenvolvimento é suprimida e substituída mente, conforme os indicadores de desempenho
pela seguinte frase: descritos no Anexo 7 a este Acordo, a execução
do Projecto e a realização dos seus objectivos;”
“Espera-se que o projecto conclua a 30 de Junho de
2004”. Artigo II
Data de Entrada em Vigor; Término
Secção 1.13. O parágrafo 1 da Parte C do Anexo 3 ao
Acordo de Crédito para o Desenvolvimento é emendado e Secção 2.01. Este Acordo que Emenda o Acordo de Cré-
lido da seguinte forma: dito para o Desenvolvimento não será efectivo até quando
prova satisfatória para a Associação for fornecida à mes-
“1. Licitação Competitiva Nacional
ma, que a execução e entrega da presente Emenda ao Acordo
Trabalhos referentes a Parte A do Projecto cujos custos de Crédito para o Desenvolvimento a favor do Mutuário foi
por contrato sejam estimados em menos de $300,000 ou devidamente autorizado ou ratificado por todos os mem-
equivalente, e até um montante acumulado que não exce- bros do Governo necessários, e esta Emenda ao Acordo de
da o equivalente a $13,400,000, poderá ser adjudicado em Crédito para o Desenvolvimento está legalmente ligado ao
conformidade com as disposições dos parágrafos 3.3 e 3.4 Mutuário em conformidade com as suas condições.
das Directrizes.”
Secção 2.02. Como parte da prova a ser fornecida no
Secção 1.14. O parágrafo 3 da Parte C do Anexo 3 ao seguimento do disposto na Secção 2.01 deste Acordo que
Acordo de Crédito para o Desenvolvimento é emendado e Emenda o Acordo de Crédito para o Desenvolvimento, de-
lido da seguinte forma: verá ser fornecido à Associação uma opinião ou opiniões
“3. Aquisição de pequenos serviços satisfatórias para o Associação mostrando, em nome do
Mutuário que este Acordo de Emenda do Acordo de Crédito
Serviços referentes à Parte A do Project estimados em para o Desenvolvimento foi devidamente autorizado ou foi
menos de $50,000 por contrato, até um montante acumu- ratificado por, e será executado e entregue em nome do
lado não excedendo o equivalente a $2,820,000, poderão ser Mutuário e está legalmente ligado ao Mutuário em confor-
adquiridos por meio de contratos lump-sum com preços midade com as suas condições.
fixos adjudicados com base nas cotações de três (3) fornece-
dores nacionais qualificados em resposta a um convite por Secção 2.03. Este Acordo que Emenda o Acordo de Cré-
escrito. O convite incluirá uma descrição detalhada dos dito para o Desenvolvimento entrará em vigor e efeito na
trabalhos, incluindo especificações básicas, a data requerida data em que a Associação remeter ao Mutuário uma noti-
de término dos mesmos, um modelo de acordo aceitável à ficação referente à aceitação da prova requerida na Secção
Associação, e esboços relevantes, se necessário. A conces- 2.01 deste Acordo que Emenda o Acordo de Crédito para o
são será feita ao fornecedor que oferecer a cotação do preço Desenvolvimento.
mais baixa para o trabalho requerido, e que tiver experiên- Secção 2.04. Se este Acordo que Emenda o Acordo de
cia e recursos necessários à execução bem sucedida do con- Crédito para o Desenvolvimento não entrar em vigor e efeito

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76 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

no prazo de noventa (90) dias após a data constante do Em fé do que, as partes contratantes agindo através
presente Acordo, o mesmo e todas as obrigações das partes dos seus representantes devidamente autorizados, assina-
terminarão, a menos que a Associação, no seguimento des- ram o presente Acordo que Emenda o Acordo de Crédito
ta Secção, estabeleça uma data posterior. Se este Acordo para o Desenvolvimento em seus respectivos nomes no
que Emenda o Acordo de Crédito para o Desenvolvimento Distrito de Colômbia, Estados Unidos da América, no dia e
terminar no seguimento das provisões descritas na pre- ano acima indicados.
sente Secção, o Acordo de Crédito para o Desenvolvimento
continuará em vigor e efeito, como se este Acordo que República de Cabo Verde Por Representante Autoriza-
Emenda o Acordo de Crédito para o Desenvolvimento não do Associação International Para O Desenvolvimento Por
tivesse sido executado. Representante Autorizado

Anexo I
ANEXO 1

LEVANTAMENTO DOS RECURSOS DO CRÉDITO

1. O quadro abaixo indica as Categorias das rúbricas a serem financiadas com os


recursos do Crédito, a dotação das quantias do Crédito para cada Categoria e a
percentagem das despesas para rubricas a serem financiadas em cada categoria:

Quantia de Quantia de
Financiamento Financiamento % das despesas a
Categoria inicial do Crédito Suplementar do serem financiadas
alocado (Expresso Crédito alocado
em DES) (Expresso em DES)
5 180000 000000

(1) Sub-projectos 8,800,000 2,200,000 100% dos montantes


desembolsados

(2) Bens 130,000 100% de despesas


estrangeiras e 90%
de despesas locais

(3) Serviços de 2,190,000 330,000 100% de despesas


Consultoria e estrangeiras e 90%
auditorias de despesas locais

(4) Formação 270,000 130,000 90%

(5) Custos de 190,000 40,000 90%


funcionamento
(6) Refinanciamento 284,823 Montante devido de
do Adiantamento acordo com a Secção
de Preparação do 2.02 (c ) do presente
Projecto Acordo

(7) Não alocado 35,177 200,000

_________ _________

TOTAL 11,900,000 2,900,000


======== ========

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 77


5 180000 000000

ANEXO 7

Indicadores de Desempenho

No. Indicadores Previsão no Previ


final do crédito Cré
original (Dez. Suple
2003) (Març

Previsão Pre
Indicadores de resultados
1. Número total de empregos 15,000 1,
gerado por homens/mês
(empregos directo e empregos
directo + indirectos) 31,500 7,
2. Número total de trabalhadores 12,200 1,
ex-FAIMO empregados
(empregos directos e
empregos directo + indirectos) 28,000 7,
3. Número de Comissões de 17 1
Parceiros Municipais
Operacionais
Indicadores de produção
4. Número de beneficiários 285,500 (1) 33
directos de sub-projectos
concluídos
5. Percentagem de novas infra- 90% 1
estruturas correctamente
utilizadas e mantidas
http://kiosk.incv.cv 6. Percentagem alocada aos 9%
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78 I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004

CHEFIA DO GOVERNO c) Aprovar os projectos de orçamento e contas de


gerência da Chefia do Governo;
———
d) Pronunciar-se sobre os projectos de regulamen-
Gabinete do Primeiro Ministro tos e actos administrativos dos serviços e orga-
nismos que integram a Chefia do Governo que
Portaria n.º 5/2004
impliquem despesa pública;

de 16 de Fevereiro e) Pronunciar-se sobre a política geral de adminis-


tração e de gestão dos recursos humanos e ma-
O Decreto-lei n.º 47/2003, de 10 de Novembro, que apro-
teriais da Chefia do Governo;
va a actual Lei Orgânica da Chefia do Governo, prescreve,
no seu artigo 1º, que a Chefia do Governo dispõe de orça-
f) Estabelecer os planos anuais de actividade e as-
mento privativo, o qual integra os encargos gerais da Na-
segurar a execução dos mesmos;
ção, nos termos da lei, sendo gerido por um Conselho Ad-
ministrativo, cujo regimento e composição deverão ser de- g) Adjudicar e contratar estudos, obras, trabalhos,
finidos pelo Primeiro Ministro, através de portaria. serviços, fornecimento de material, equipamen-
Convindo, pois, definir o regimento e a composição do tos e de tudo o mais indispensável ao funciona-
Conselho Administrativo da Chefia do Governo, por for- mento dos serviços que integram a Chefia do
ma a tornar exequível o mecanismo previsto no citado Governo, sem prejuízo pelas competências do
artigo 1º artigo da mencionada Lei Orgânica da Chefia do Secretariado Geral do Governo e da Direcção
Governo; Geral da Administração da Chefia do Governo;

Nos termos do n.º 3 do artigo 259º da Constituição e do h) Pronunciar-se sobre a mobilidade do pessoal da
artigo 1º do Decreto-lei n.º 47/2003, de 10 de Novembro, Chefia do Governo;
que aprova Lei Orgânica da Chefia do Governo;
i) Pronunciar-se sobre as propostas relativas ao pro-
Manda o Governo da República de Cabo Verde, pelo vimento de pessoal;
Primeiro Ministro, o seguinte:
5 180000 000000

Artigo 1º j) O mais que for cometido por lei.

Objecto 2. As competências referidas no número anterior não


A presente portaria define o regimento e a composição prejudicam as que a lei atribui ao departamento governa-
do Conselho Administrativo da Chefia do Governo. mental responsável pela área das Finanças.

Artigo 2º Artigo 4º

Natureza e composição do conselho administrativo Reuniões


1. O Conselho Administrativo é o órgão deliberativo que
1. O Conselho Administrativo reúne-se, ordinaria-
assegura a gestão do orçamento privativo da Chefia do
mente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre
Governo, e integra:
que convocado pelo seu Presidente, por iniciativa deste ou
a) O Secretário Geral do Governo; a pedido de um dos seus membros.

b) O Director do Gabinete do Primeiro Ministro; 2. As reuniões do Conselho Administrativo serão se-


c) O Director Geral da Administração da Chefia do cretariadas por um funcionário da Direcção Geral da Ad-
Governo, ou o Director Administrativo, Finan- ministração da Chefia do Governo, o qual é designado pelo
ceiro e Patrimonial da Chefia do Governo, na mesmo Conselho.
falta, ausência ou impedimento daquele. Artigo 5º
2. O Conselho Administrativo é presidido pelo Secretá-
Deliberações
rio Geral do Governo, o qual é substituído, nas suas faltas
e impedimentos, por quem for designado pelo Primeiro As deliberações do Conselho Administrativo são toma-
Ministro. das à pluralidade de votos, estando presentes a maioria
Artigo 3º dos seus membros.
Competência Artigo 6º

1. Compete ao Conselho Administrativo: Participação extraordinária


a) Assegurar a gestão do orçamento privativo da
Por decisão do seu presidente, extraordinariamente po-
Chefia do Governo;
derão participar nas reuniões do Conselho Administrativo,
b) Coordenar as actividades de preparação e elabo- sem direito a voto, outros funcionários da Chefia do Gover-
ração do orçamento privativo da Chefia do Go- no cujo contributo seja julgado pertinente para a discussão
verno; de determinada matéria agendada.

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I SÉRIE — Nº 5 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 16 DE FEVEREIRO DE 2004 79

Artigo 7º Considerando que diversos aspectos daquele diploma


Entrada em vigor carecem de regulamentação, nomeadamente no que
concerne a prazos para emissão pelas seguradoras de reci-
A presente portaria entra em vigor no dia imediato ao bos iniciais e a elementos constantes dos avisos de emissão
da sua publicação e produz efeitos retroactivos a 1 de Ja- de recibo para pagamento.
neiro de 2004.
O Banco de Cabo Verde emite, nos termos do n.º 3 do
Gabinete do Primeiro Ministro, na cidade da Praia, aos
artigo 2º do Decreto Legislativo n.º 1/2000, de 31 de Ja-
16 de Janeiro de 2004. – O Primeiro Ministro, José Maria
neiro, que define as competências do Banco de Cabo Ver-
Pereira Neves.
de no sector segurador o seguinte:
———o§o———
1. Para os efeitos do disposto no artigo 5º do Decreto-Lei
MINISTÉRIO DA ECONOMIA, n.º 12 /2003, de 14 de Abril, deve entender-se:
CRESCIMENTO E COMPETITIVIDADE
a) Por data de celebração do contrato, a data do início
——— da produção dos efeitos do contrato;

Gabinete do Ministro b) Por data de emissão do recibo, a data posterior ao


seu envio, que respeite uma dilação mínima de
Portaria n.º 6/2004 cinco dias.

de 16 de Fevereiro 2. As seguradoras devem, em conformidade com o dis-


posto no n.º 2 do artigo 5º do Decreto-Lei n.º 12 / 2003,
Convindo, no quadro da liberalização da importação de emitir os recibos relativos ao prémio ou fracção inicial no
bens de primeira necessidade, adicionar à lista anexa ao prazo máximo de quarenta e cinco dias a contar da data da
Decreto-Lei nº 29/2002, de 9 de Dezembro a farinha de tri- celebração do contrato.
go, em ordem à garantia de um abastecimento de qualida-
de e à salvaguarda da saúde pública e dos interesses dos 3. Do aviso referido no n.º 1 do artigo 6º do Decreto-Lei
consumidores. n.º 12 / 2003 devem, obrigatoriamente constar os seguin-
5 180000 000000

tes elementos:
Ouvidas as Câmaras de Comércio.
Ao abrigo do artigo 12° do Decreto-Lei nº 29/20002, de 9 a) Data do aviso;
de Dezembro,
b) Nome do tomador do seguro;
Manda o Governo da República de Cabo Verde, pelo Mi-
nistro da Economia, Crescimento e Competitividade o se- c) Número da apólice (ou número provisório, com
guinte: individualização do contrato) e indicação do ramo
e/ou modalidade a que respeita;
Artigo 1°

É adicionada à lista anexa ao Decreto-Lei n° 29/20002, d) Valor a pagar;


de 9 de Dezembro, a farinha de trigo.
e) Data de emissão do recibo;
Artigo 2°

A importação da farinha de trigo só pode ser feita pelos f) Data em que o prémio ou fracção é devido;
operadores comerciais, inscritos nos termos do artigo 4° do
g) Período a que respeita o respectivo prémio ou
Decreto-Lei nº 29/20002, de 9 de Dezembro.
fracção;
Artigo 3°
h) Canal ou canais de cobrança a utilizar;
Esta portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua
publicação. i) Consequências do não pagamento do prémio,
Ministério da Economia, Crescimento e Competitividade, designadamente, constituição em móra e
na Praia aos 2 de Fevereiro de 2004. – O Ministro, Avelino especificação da data a partir da qual o contrato
Bonifácio Fernandes Lopes. é automaticamente resolvido.

———o§o——— 4. Da notificação referida no nº 2 do artigo 9º do Decreto-


Lei n.º 12/2003 devem, obrigatoriamente, constar os mes-
BANCO DE CABO VERDE mos elementos do número anterior.

——— 5. O presente Aviso entra em vigor na data de entrada


em vigor do Decreto-lei N.º 12/2003 de 14 de Abril.
AVISO N.º /2004

Considerando que o Decreto-Lei nº 12/2003, de 14 de Abril, Gabinete do Governador do Banco de Cabo Verde, Praia,
veio regular o regime jurídico aplicável ao pagamento dos aos 02 de Fevereiro de 2004. – O Governador, Olavo Avelino
prémios dos contratos de seguro; Garcia Correia.

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Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09

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ção neles aposta, competentemente assinada e autenticada com o 1 Página ......................................................................................................................... 5 000$00
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