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CONCEITO
Professor Esp.: Rafael Bittencourt Costa - Fones: (48) 99976-6050 - E-mail: rafael.bittencourt1@unisul.br
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Ativo Circulante Operacional ACO = corresponde aos investimentos que a empresa precisa fazer
em clientes como:
- duplicatas a receber;
- estoques;
- adiantamento a fornecedores;
- despesas do exercício seguinte e as demais contas ligadas à produção.
A diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é quanto à empresa necessita
de capital para financiar o giro. Ou seja, a Necessidade de Capital de Giro = NCG.
OBS: As contas classificadas como operacionais, não trabalham com disponibilidades e nem com
dívidas em R$.
As situações básicas que ocorrem numa empresa, com relação ao ACO/PCO podem ser
assim resumidas:
ACO = PCO
Neste caso a NCG é igual a zero e, portanto, a empresa não tem necessidade de financiamentos
para o giro.
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As compras podem ser a vista ou a prazo. As mercadorias adquiridas podem ser vendidas
rapidamente ou podem demorar nos estoques. As vendas também podem ser a vista ou a prazo.
PMPC = 51 dias
O prazo médio de rotação dos estoques compreende (em média) o tempo que a mercadoria
permanece na empresa, após ser adquirida.
O prazo médio de pagamento das compras compreende (em média) o período em que a
empresa tem para pagar suas compras após ter recebido a mercadoria.
O prazo médio de recebimento das vendas compreende (em média) o período de que a empresa
precisa esperar para receber a venda que efetuou. Nesse exemplo as vendas são a vista.
O ciclo financeiro é o período em que a empresa leva para que o dinheiro volte ao caixa, isto é,
compreende o prazo médio de rotação de estoque, mais o prazo médio de recebimento das vendas,
menos o prazo médio de pagamento das compras.
Análise: No caso do exemplo acima a empresa tem mais financiamentos operacionais do que
investimentos, ou seja, o ACO < PCO = sobram recursos das atividades operacionais, os quais
podem ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para expandir a empresa.
Para esse supermercado, observamos que sua atividade permite trabalhar, durante 17 dias,
com dinheiro do fornecedor, isto é, recebe antes de pagar. Portanto, em condições dessa natureza,
o supermercado não precisará de recursos próprios para financiar sua atividade operacional,
podendo inclusive ter CCL negativo e ainda ser financeiramente saudável.
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C o m p ra d e m a té ria p rim a
E s to c a g e m d e m a té r ia p r im a
T r a n s f o r m a ç ã o d e m a té r ia -p r im a , a g r e g a n d o
* M ã o -d e O b ra d ire ta
* C o m p o n e n te s
* O u tro s c u s to s in d ire to s d e f a b ric a ç ã o
E s to c a g e m d e p ro d u to a c a b a d o
V e n d a d o p ro d u to a c a b a d o
No esquema acima, relativo a uma empresa industrial, o ciclo da produção e estocagem começa
na aquisição da matéria-prima e termina na venda do produto acabado. O tempo envolvido
dependerá do tipo de atividade da empresa, do grau de modernização de seus processos e de sua
administração. Além das etapas esquematicamente representadas há a ocorrência de pagamento
das compras e de recebimento das vendas. Assim, suponhamos uma empresa industrial que
trabalhe com as seguintes condições:
Prazo médio de renovação dos estoques 523 dias
Prazo Médio de recebimento das vendas 128 dias
Prazo médio de pagamento das compras 93 dias
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Em função dos prazos de rotação dos estoques, recebimento das vendas e pagamento
de compras é possível encontrar os três tipos básicos de NCG:
No segundo tipo em que ACO = PCO, a NCG é nula, ou seja, não toma nem libera
recursos. Esta tende a ser uma situação hipotética.
Paralelo a esses conceitos surge outro denominado Tesouraria (T), que é composto
pelos itens de caráter financeiro como disponibilidades, aplicações financeiras, empréstimos de
curto prazo. Ou seja,
Ativo Circulante Financeiro ACF = Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras.
Passivo Circulante Financeiro PCF = Empréstimos, Financiamentos, Obrigações
financeiras e Duplicatas Descontadas.
A partir do momento que são feitas às reclassificações nas contas do Ativo Circulante e
Passivo Circulante, pode-se elaborar uma demonstração que evidencie as fontes de
financiamentos utilizadas pela empresa para suprir essa necessidade. Essa demonstração não é
exigida perante a Lei das S/A, pois seu objetivo é estritamente gerencial. Na sequência
apresentamos a DCG – Demonstração do Capital de Giro, que evidencia dados relevantes para a
avaliação da Necessidade do Capital de Giro.
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ATIVO PASSIVO
FONTES DE FINANCIAMENTO
Para financiar a necessidade de capital de giro a empresa pode contar normalmente com quatro
tipos de financiamentos:
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Abaixo, algumas figuras que objetivam permitir ao leitor visualizar a NCG e suas fontes de
financiamentos.
Dupl Desc.
Empréstimos Fontes de
Financ. a FINANCIAMENTO
L. Prazo DA
NECESSIDADE
Ativo Patrimônio DE
Permanente Líquido CAPITAL DE GIRO
De maneira geral, a maioria das empresas mantém certo nível de produção e vendas
relativamente distribuídas durante os 12 meses do ano, podendo apresentar algumas variações
quantitativas de um mês para outro, sem que tais desuniformidades alterem significativamente
sua estrutura financeira. Outras atividades, entretanto, apresentam características sazonais
muito acentuadas, como é o caso de uma indústria de brinquedos, cujas vendas se concentram
em maior quantidade, no segundo semestre de cada ano, devido, em grande parte, às festas
natalinas. Tal sazonalidade exerce também o efeito de uma necessidade adicional de giro para
suportar os investimentos em estoques no primeiro momento e em contas a receber na fase
consecutiva.
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Uma empresa açucareira tem sazonalidade na produção, pois a safra e o corte da cana-de-
açúcar concentram-se no período de maio a novembro, o que determina a época de produção de
açúcar e álcool.
Na maioria das vezes recebem pagamentos baseados nas etapas cumpridas, tomando
como base o cronograma de execução das encomendas.
O segmento de supermercados, de forma geral, tem suas vendas quase que na totalidade a
vista, operando com margem bruta de lucro aparentemente pequena, mas apresentando giro de
estoques muito rápido, ao mesmo tempo em que suas compras são efetuadas a prazo, junto aos
seus fornecedores.
Esses quatro segmentos citados, isto é, as indústrias de brinquedos, canavieiras, de base
e os supermercados ilustram com muita eficiência as diferenças decorrentes das atividades das
empresas. Tais diferenças produzem características específicas de aplicação (ou liberação) de
recursos no giro dessas empresas. Há muitas outras atividades que poderiam ser citadas.
Exemplos:
Indústria de Brinquedos;
Canavieiras
De Base (produtoras de Equipamentos Industriais)- (normalmente contratos sob encomenda);
Supermercados;
Exemplos:
Indústria de Brinquedos;
Canavieiras
De Base (produtoras de Equipamentos Industriais)- (normalmente contratos sob encomenda);
Supermercados;
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PASSIVO
20X1 20X2 20X3
CIRCULANTE 454.500 1.062.000 2.912.500
Instituições de Crédito 147.200 463.600 1.837.900
Desconto de duplicatas 113.700 211.600 510.800
Fornecedores 173.100 317.700 294.800
Salários e Encargos 14.500 50.100 109.300
Impostos e taxas - - -
Outros Circulantes 6.000 19.000 159.700
PC OPERACIONAL
Fornecedores 173.100 317.700 294.800
Salários e Encargos 14.500 50.100 109.300
Impostos e taxas - - -
Outros Circulantes 6.000 19.000 159.700
II - SOMA 193.600 386.800 563.800
III - NCG (I-II) 449.200 1.267.300 2.773.800
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Análise:
R.: Verifica-se que a empresa apresenta Necessidade de Capital de Giro nos três períodos
analisados e que essa necessidade aumentou expressivamente nos períodos analisados em função
dos aumentos nas contas de duplicatas a receber e estoques sem o aumento recíproco das fontes
operacionais. Para cobrir a NCG a empresa apresenta financiamento para o giro das seguintes
fontes: Capital de Giro Próprio, Capital de terceiros a Longo Prazo (ELP) e Capital de Terceiros a
Curto Prazo (CTCP).
Nota-se que uma parcela muito expressiva é de Empréstimos Bancários a Curto Prazo. Isso deixa
clara a dependência financeira da empresa. E mais que ao longo dos três exercícios sociais essa
participação aumenta significativamente, levando a empresa ao chamado Efeito-Tesoura, ou buraco
financeiro, que se for constante ao longo dos períodos mostra um desequilíbrio econômico-financeiro.
Podemos verificar ainda que na empresa acima, foram investidos recursos no Ativo Permanente
(Ativo Não Circulante) num montante muito significativo, o que pode ter levado a essa captação de
recurso no Curto Prazo. Normalmente o que é recomendado, é que para aplicações no Ativo
Permanente (Ativo Não Circulante) sejam utilizadas fontes de longo prazo, pois existe um tempo de
carência para início do pagamento da dívida não comprometendo a saúde financeira da empresa no
curto prazo.
Para diminuir a participação de recursos de terceiros de curto prazo, poderia haver também, uma
integralização de capital para aquisição de bens do Ativo Permanente (Ativo Não Circulante).
Com relação ao Efeito Tesoura observa-se que o cada ano da série analisada aumentou
substancialmente o distanciamento entre as variáveis CCL e NCG. A permanência dessa situação
aponta a possibilidade de problemas financeiros, conforme pode ser visto no gráfico abaixo.
R$ R$ R$
CCL 218.200,00 647.400,00 752.300,00
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O ambiente externo de uma empresa oferece oportunidades de negócios para obtenção de bons
resultados, mas oferece também ameaças, ou seja, os riscos. A inflação é uma dessas ameaças,
sendo necessário um adequado planejamento para a maioria das empresas sobreviver em
condições de elevadas variações nos preços. Ao mesmo tempo, outras decisões internas da
empresa, tanto operacionais quanto estratégicas, ajudarão a definir o sucesso ou não do
empreendimento. Dentre algumas das causas que afetam a saúde financeira da empresa temos os
itens mencionados nas próximas seções.
EFEITO TESOURA
Isto é:
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Desse modo, à medida que a abertura da tesoura cresce, a empresa tende a quebrar.
Essa situação pode ser antecipada com uma restrição na obtenção de novos empréstimos
bancários, ou na renovação (renegociação) de empréstimos existentes.
OBS: Uma empresa entra no chamado efeito tesoura quando, ao longo de uma série de exercícios, a
variação da NCG é superior a variação do CCL (NCG > CCL).
Exemplo: Utilizando os dados demonstrados na tabela abaixo, foi construído o gráfico, no qual
fica evidenciado que nos três anos de análise a empresa possui NCG superior ao CCL, entrando
no chamado efeito tesoura.
Efeito Tesoura
3.000.000
2.500.000
2.000.000
Reais
NCG
1.500.000
1.000.000 CCL
500.000
-
1 2 3
Anos
A distância entre a NCG e o CCL é o saldo de tesouraria, que corresponde à diferença entre o
passivo circulante financeiro e o ativo circulante financeiro.
OVERTRADE
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CADERNO DE EXERCÍCIOS
NÃO CIRCULANTE 13.500 27.000 40.500 NÃO CIR.-EXIGÍVEL A L. P. 6.750 4.250 6.050
NC-Investimento 6.750 13.500 27.000 Financiamento a pagar 6.750 4.250 6.050
NC-Imobilizado 7.750 14.750 14.990
(-) D. Acumulada (1.000) (1.250) (1.490) PATR. LÍQUIDO 13.500 29.500 44.000
Capital social 13.500 16.000 17.000
TOTAL do ATIVO 27.000 47.250 67.500 Lucros acumulados - 13.500 27.000
TOTAL DO PASSIVO 27.000 47.250 67.500
DRE
2015 2016
Vendas 60.750 81.000
(-) CMV (13.500) (20.250)
Lucro Bruto 47.250 60.750
(-) Despesas
Vendas (5.400) (8.100)
Salários (6.750) (8.100)
Gerais (14.850) (24.300)
Lucro Operacional 20.250 20.250
(-) Imposto de Renda (6.750) (6.750)
Lucro Líquido 13.500 13.500
* Compras ====> CMV = Ei + C - Ef
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2 - Encontre quais foram as fontes de financiamento utilizadas pela Empresa SUL para suprir a
Necessidade de Capital de Giro, e faça uma análise com os dados encontrados.
ATIVO Julho Agosto Setembro
1.080 2.250 2.850
CIRCULANTE
200 420 500
Disponibilidade
200 1.000 1.320
Duplicatas a Receber
200 450 530
Estoques
400 280 400
Outras contas
80 100 100
Despesas antecipadas
2.500 2.500 3.000
NÃO CIRCULANTE IMOB
3.580 4.750 5.850
TOTAL DO ATIVO
3 – Com base nas informações contidas na demonstração abaixo, encontre quais foram às fontes de
financiamento utilizadas pela empresa AB para suprir a Necessidade de Capital de Giro.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 5 ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
AZEVEDO, Osmar Reis. Demonstração dos Fluxos de Caixa e Valor Adicionado (destinado às Sociedades)
Método Direto e Indireto passo a passo. 1 ed. São Paulo: IOB, 2008.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Boletim IOB - Periódicos - Acervo 70989 (este disponibiliza documentos on line)
Guia IOB de contabilidade - Periódicos - Acervo 63596 (este disponibiliza documentos on line)
Revista IOB trabalhista e previdenciária / 2006- - Periódicos - Acervo 79342,
Manual CAP: contabilidade e administração pública - Periódicos - Acervo 74463 (este disponibiliza
documentos on line)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
DIAS, Adriana Marques e CALDERELLI, Carlos Alberto. Lei 11.638: Uma revolução na contabilidade das
empresas. 1 ed. São Paulo: Trevisan 2008.
MARION, José Carlos. Analise das Demonstrações Contábeis: contabilidade empresarial. 2 ed. São Paulo:
Atlas. 2002.
REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Demonstrações Contábeis: Estrutura e Analise. São Paulo: Saraiva,2003.
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
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