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Política Brasileira
Outro dado preocupante são os grandes números de filhos que estas apenadas
possuem – média de 22 apenadas das 68 que cumprem o Complexo Penal tem 3
ou mais – e também encontram-se em processo de vulnerabilidade social,
contribuindo para o aumento dos índices de pobreza. Das 318 mil pessoas que
estão na linha de pobreza em Natal, 54% são crianças e adolescentes, sendo,
18,18% indigentes e 41,78% de pobres, ou seja, estas crianças e adolescentes já
nascem sem nenhuma perspectiva de melhoria na sua qualidade de vida,
ficando a mercê de políticas seletistas do governo, sobre novos arranjos
familiares (deparando-se com a mãe ou pai presos ou a pobreza) ou inserindo-se
também no meio criminal como alternativa de sobrevivência. “Já chegamos
ficar sem comer, eu e as crianças, mas eu e meu marido conseguimos superar
isso juntos” (Relato da apenada X do CPJC, 2008). A apenada W ,relata: “Fazem
três anos que no vejo meu filho”.
(Foto de
arquivo: Jornal TN) Leonilda da Silva Ferreira, 23 anos, detenta do extinto
presídio Doutor João Chaves, NATAL-RN. O tráfico de drogas também
envolve uma questão de gênero? Grande parte das mulheres detidas pela
prática dessa atividade ílicita sempre relatam que entraram "no mundo das
drogas por via do companheiro". Leonilda é parte de uma estatística
alarmante sobre a realidade das apenadas feminas no Brasil: existem mais de
100 mil presos condenados e desse total apenas 4% são do sexo feminino. De
cada grupo de 100 dessas mulheres, 60 estão envolvidas no tráfico de drogas.
Em Natal, no pavilhão feminino do complexo penal João Chaves, 95% das
detentas foram parar lá pelo mesmo motivo: o envolvimento com traficantes.
"Mulas do tráfico". Mulheres colocam drogas em diversas partes do corpo
para deslocar a "encomenda". Esse é o principal tipo de crime praticado pelo
gênero.
REFERÊNCIA:
CAMARGO, Maria Soares de. A Prisão. IN: Revista Serviço Social e Sociedade,
n°33. Editora Cortez. Ano XI. São Paulo. Agosto de 1990.
SILVA, Valéria
É incrível, mas o Brasil, com todo seu potencial produtivo, mesmo "ajudado" pelas
privatizações e a magnitude da desvalorização cambial, continua com uma
participação inexpressiva no comércio internacional. O fato que merece destaque
para reforçar esta pequena participação do Brasil no comércio internacional está
ligado, possivelmente, á condição do Brasil ser um país de dimensão continental,
mas os nossos empresários passaram a ver apenas o tamanho de nosso tímido
mercado interno.
Para o Brasil manter sua meta econômica de crescimento acelerado, terá que ser
agressivo no mercado externo. Caso contrário, além de subutilizar o potencial deste
importante segmento produtivo, com reflexo direto sobre o crescimento do
emprego e da renda, está perpetuando as crises em seu balanço comercial.
O Brasil possui as dimensões e uma diversificada estrutura industrial capazes de
fazer de nossa economia uma das mais dinâmicas exportadoras de produtos
manufaturados do mundo necessitando, para isso, de ação e determinação dos
empresários e dos governantes.
Para ter-se idéia de nossa realidade é só observar que a relação entre nossas
exportações atuais e o PIB está em torno de 7% , fazendo do Brasil um dos países
com uma estrutura produtiva menos orientada às exportações em todo o mundo. Já
perceberam o tamanho da estupidez brasileira? Um país pobre, com elevado
potencial produtivo, necessitando gerar emprego e renda, e dando-se ao luxo, por
incompetência, de renunciar a importantíssima participação deste setor na solução
de nosso problema mais premente: a eliminação da pobreza absoluta.
Vamos pensar na solução definitiva para este problema e não perpetua-lo através
do fornecimento continuado de cesta básica e na ausência de uma política capaz de
erradicar esta situação de excessiva pobreza absoluta para um terço da população
brasileira. Uma expansão significativa do volume de nossas exportações conduz a
uma desejada e necessária expansão, também, do volume de emprego, da renda e,
em decorrência, expansão do nosso mercado interno.
Ë imprescindível a elevada participação do comércio internacional para o Brasil
manter uma elevada taxa anual de crescimento econômico sustentado para
alcançar seus objetivos socio-econômicos.