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Ansiedade e estresse: um estudo de caso com motoristas de ônibus


atendendo um contrato de fretamento contínuo de pessoas em uma
siderúrgica.

Natália Menezes Cruz1


Professor orientador: Cristian de Souza Freitas2

Resumo: Doenças de transtornos mentais como o estresse e a ansiedade são


comumente citados como fatores de grande aumento nos afastamentos de trabalho
no século XXI, que muitas vezes não é apenas uma peculiaridade do cargo de
motorista de ônibus, mas em todo âmbito laboral. No entanto, ao analisar os dados
estatísticos de saúde de uma empresa de transportes, percebeu-se que entre diversos
cargos de motoristas, como: caminhonete, caminhão e carretas, o motorista de ônibus
foi o principal cargo que houve um grande aumento de atestados por ansiedade e
estresse. Portanto, o presente trabalho teve como objetivos, identificar se atualmente
nesta empresa há motoristas de ônibus com sintomas de ansiedade e/ou estresse e
o nível que se encontram, além de identificar condições no trabalho e da vida pessoal
que causam ou facilitam os sintomas e afastamentos, sinalizando para a empresa
metodologias e programas que possam minimizar os afastamentos e contribuir para a
saúde de seus profissionais. Esta pesquisa caracteriza-se por uma pesquisa
exploratória, com abordagem quantitativa, utilizando da aplicação de questionários
como método de coleta de dados. Os resultados do estudo de caso realizado na
empresa demonstraram que é necessário um controle mais crítico dos atestados e
medidas preventivas.

Palavras-Chaves: saúde, ansiedade, estresse, motoristas de ônibus.

1
Estudante do curso de pós-graduação em Segurança do Trabalho pelo Unileste.
2
Professor do curso de pós-graduação em Segurança do Trabalho do Unileste.
2

1. INTRODUÇÃO

Conforme afirmação de Guimarães e Grubuts (1999, p.209), o Brasil está passando


por mudanças políticas, econômicas e sociais, além da economia globalizada
provocar cada vez mais a necessidade das empresas se manterem competitivas no
mercado, gerando na classe trabalhadora diversas preocupações e estresse.

“O trabalhador tem que conviver com os altos índices de desemprego, com as


demandas do próprio trabalho, com a forte pressão por maior produtividade.”
(GUIMARÃES; GRUBUTS, 1999, p.209). Essas situações acarretam ao trabalhador
tensões, e segundo Spielberger (1981), a tensão pode provocar as pessoas reações
de ansiedade, dependendo da forma como ela encare a situação.

Segundo LADEIRA (1996), citado por Guimarães e Grubuts (1999, p.218), “a


presença do estresse ocupacional já pode ser diagnosticada através da apatia, da
fadiga, da ansiedade, da baixa motivação percebida na força de trabalho e do
absenteísmo”.

O presente estudo baseando na percepção do SESMT no aumento de atestados


voltados para ansiedade e estresse nos motoristas de ônibus de uma empresa de
transportes, buscou fundamentar quantitativamente o crescimento deste tipo de
atestado.

Após a pesquisa de fundamentação, foram encontradas os seguintes resultados: Em


2014, dos 136 dias perdidos, 9 dias foram referentes a ansiedade e estresse,
totalizando 6,62%. Em 2015, dos 112 dias perdidos, 2 foram referentes ao objeto de
estudo, totalizando 1,79%. Em 2016, dos 101 dias perdidos, 31 dias foram referentes
ao objeto de estudo, totalizando 30,69%. Até setembro de 2017, dos 138 dias
perdidos por atestados, 41 dias foram referentes ao objeto de estudo, totalizando
29,71%.

Diante do exposto acima, justificou-se o desenvolvimento desta pesquisa e motivou a


definição de objetivos que possam contribuir para identificar as causas deste aumento
de atestados, e oportunidades de prevenção ao objeto de estudo, principalmente pela
importância da função de motorista de ônibus, que tem a missão de transportar vidas,
onde um mal estar do trabalhador pode impactar na segurança de dezenas de
pessoas.
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Dentre os objetivos específicos traçados, o presente trabalho busca identificar se


atualmente há motoristas na empresa com sintomas de ansiedade e/ou estresse e o
nível que se encontram; Identificar quais condições do trabalho e da vida pessoal que
causam ou podem contribuir com os sintomas e afastamentos por ansiedade e
estresse nos motoristas; Além de sugerir programas e/ou procedimentos que a
empresa possa adotar para prevenir afastamentos por ansiedade e estresse.

Esta pesquisa caracteriza-se por uma pesquisa exploratória, com abordagem


quantitativa, utilizando de aplicação de questionários como método de coleta de
dados.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Saúde Mental

Primeiramente precisamos compreender o que significa saúde e para a Organização


Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (2016), o conceito de saúde
vai além da ausência de doenças. A saúde não se baseia na ausência de doença ou
enfermidade, mas sim no completo bem-estar físico, mental e social de uma pessoa.

Quando estreitamos mais a pesquisa e buscamos o conceito de saúde mental,


encontramos que é “o estado de bem-estar no qual um indivíduo realiza suas próprias
habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma
produtiva e é capaz de fazer contribuições à sua comunidade”. (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, 2016).

2.1.1 Saúde Mental no Brasil

Conforme estatísticas da Previdência Social (2017), dentre os capítulos constituintes


da CID - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados com a Saúde, os transtornos mentais e comportamentais – Capítulo V,
encontra-se como o terceiro maior auxílio-doença acidentário concedido pela
Previdência Social.
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Segundo afirmação do desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira na reunião


realizada com os gestores regionais do Programa Trabalho Seguro da Justiça do
Trabalho no dia 16 de junho citado pela Revista Cipa (2016), a saúde mental: “É um
tema atual, que tem gerado cada vez mais benefícios por afastamentos no INSS e
apresenta dificuldades de diagnóstico”.

Podemos confirmar a afirmativa de dificuldade de diagnóstico quando nos deparamos


com os sintomas da ansiedade e estresse que muitas vezes podem se enquadrar em
outros capítulos do CID, como por exemplo, CID R42 – tontura e instabilidade, CID
R51 – cefaleia, CID R55 - síncope e colapso, contribuindo para que as empresas
recebam atestados e não identifiquem a probabilidade de serem uma evolução a
caminho do estresse e ansiedade. Para tanto, os sintomas da ansiedade podem ser
definidos:

A existência de transtorno de ansiedade é geralmente definida a partir da


ocorrência frequente e intensa de diferentes sintomas físicos (taquicardia,
palpitações, boca seca, hiperventilação e sudorese), comportamentais
(agitação, insônia, reação exagerada a estímulos e medos) ou cognitivos
(nervosismo, apreensão, preocupação, irritabilidade e distratibilidade).
(NETO; CORDÁS; TÁKI, 2011 apud OBELAR, 2016).

Da mesma forma que o estresse também pode apresentar sintomas que manifestam
no corpo:
A reação hormonal, que é parte da resposta do stress, desencadeia não só
uma série de modificações físicas como também produz reações em nível
emocional. Essas reações estão tão interligadas a mudanças físicas que
muitas vezes o que é de origem psicológica acaba se manifestando no corpo
e vice-versa. (LIPP; NOVAES, 1998, P.18).

2.2 O estresse

Na literatura o estresse possui diversos conceitos, Selye (1956,1959) citado por


Guimarães e Grubuts (1999) afirma que o estresse são reações que o organismo
desenvolve para uma pessoa conseguir se adaptar a certas situações. O organismo
exposto ao um esforço ameaçador à homeostase, responde de uma forma chamada
Síndrome Geral de Adaptação.

Lipp; Novaes (1998) cita que Selye mais tarde simplificou a síndrome citada acima
como “stress”. Complementou ainda dizendo que: “Selye aproveitou o termo stress,
trazido da Engenharia, que significa o “peso que uma ponte suporta até que ela se
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parta”, e assim definiu como a Síndrome de Adaptação Geral”. (Lipp; Novaes, 1998,
p.12).

Para o conceito de estresse, temos que:

Stress é definido como uma reação do organismo, com componentes físicos


e/ou psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem
quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de
outro, a irrite, amedronte, excite, ou confunda, ou mesmo que a faça
imensamente feliz. (Lipp, 1996, p.20).

2.2.1 As fases do estresse

Conforme afirmado por Lipp; Novaes (1998), baseando-se nos estudos de Selye, o
estresse é dividido em três fases:

Nomeada de alerta, a primeira fase é quanto a pessoa entra em contato com sua fonte
de stress, o organismo perde seu equilíbrio interno se preparando para se adaptar a
situação estressora, comumente apresentando sensações de taquicardia, sudorese
excessiva, etc. (LIPP; NOVAES, 1998, p.12).

“A segunda fase, a de resistência, ocorre quando o organismo tenta se recuperar do


desequilíbrio sofrido na primeira fase. Neste momento gasta-se muita energia e com
isso surgem sinais de desgaste, cansaço excessivo, esquecimentos”. (LIPP;
NOVAES, 1998, p.13).

Por último, a terceira fase chamada exaustão ocorre quando a pessoa não consegue
o reequilíbrio do seu organismo perdido na segunda fase, apresentando sintomas
agravados da primeira fase, comprometendo o físico e dando abertura para
aparecimento de doenças. (LIPP; NOVAES, 1998, p.13). Complementa-se a terceira
fase exemplificando:

Se você não ouviu seu organismo, ou não conseguiu ou soube o que fazer
para diminuir o seu stress [...] é provável que seu corpo lhe mande a seguinte
mensagem: “Socorro! Já fiquei doente! Veja, meu estômago já está com
gastrite (ou úlcera), [...] Já estou sem forças e sem ânimo, não consigo me
concentrar, nem trabalhar”. (LIPP; NOVAES, 1998, p.16).

2.2.2 Fontes estressoras

As fontes estressoras podem ser explicadas sendo:

Existem estressores externos e internos. As situações que enfrentamos no


cotidiano e as pessoas com as quais convivemos no dia a dia podem se
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configurar em agentes estressores externos. Os extressores internos podem


ser nossas características pessoais, nossos valores, crenças e formas de
interpretar as situações. (LIPP; NOVAES, 1998, p.13).

Conforme Ballone (2002) citado por Tavares (2010), os fatores estressantes são tudo
aquilo capaz de proporcionar suficiente tensão emocional ao ponto de levar a reações
de estresse, como por exemplo, uma pessoa, objeto, fatos e situações.

Segundo Lipp, 1996, 2004; Lipp & Malagris (1998) citado por Tavares (2010), uma
situação que leve a uma quebra de homeostase e gere a alguma adaptação através
de um estado emocional intenso, pode ser nomeada de estressor.

2.2.3 Estresse Ocupacional

Moraes, Swan & Cooper (1993) citados por Guimarães; Grubuts (1999, p.217) diz que
o estresse ocupacional é “[...] resultante de uma incapacidade em lidar com as fontes
de pressão no trabalho, tendo como consequências, os problemas de saúde física e
mental e na satisfação no trabalho”.

Guimarães; Grubuts (1999) cita Langan-Ox & Poople (1995), definem que estresse
ocupacional refere-se a um desequilíbrio entre a relação entre demandas no trabalho
e habilidades. Em relação ao desempenho de um trabalhador, uma determinada
quantidade de estresse pode ser uma motivação para um aumento de desempenho,
porém se o estresse exceder pode produzir danos à saúde.

2.3 A Ansiedade

A ansiedade é chamada como sendo: “A sensação de desconforto e apreensão


experimentada pela antecipação, real ou imaginária, de situações desagradáveis”
(MCLELLAN; BRAGG; CACCIOLA, 1988, pág. 31).

De acordo com Silva (2010) citado por Obelar (2016), a ansiedade é uma função
natural do organismo, permitindo-o se preparar para uma situação nova ou
desconhecida, que se é interpretada como perigosa, portanto não a considerando
diretamente como patológica.
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Porém, mesmo não sendo diretamente considerado patologia, temos que:

“Os níveis elevados de ansiedade tendem a ser prejudiciais, causando


sentimentos de desconforto e inquietação tão intensos que dispersam as
energias do indivíduo, esgotando-o física e mentalmente”. (MCLELLAN;
BRAGG; CACCIOLA,1988, P.32),

Vasconcelos; Costa; Barbosa (2008), afirmam que a ansiedade é um alerta,


advertindo sobre os perigos e riscos de uma situação ou evento, incentivando as
pessoas a tomarem medidas para enfrentar esses perigos.

Além dos sintomas da ansiedade até aqui já mencionados nas doenças mentais no
Brasil, Charles Spielberger (1981) nos mostra que as pessoas experimentam
sentimentos de tensão, apreensão e preocupação. Elas também passam por uma
série de mudanças fisiológicas e de comportamento resultantes da ativação ou
excitação do sistema nervoso autônomo.

2.2.2 Características da ansiedade

Segundo Spielberger (1983) citado por Kaipper (2008), a ansiedade incide em uma
emoção desagradável, podendo ser dividida em ansiedade-estado e ansiedade-traço.

A ansiedade-estado é caracterizada por reações emocionais de sentimentos como


apreensão, nervosismo, preocupação, como você se sente no momento, em episódios
momentâneos. Já a ansiedade-traço é a tendência que a pessoa tem de encarar as
situações, definindo-as como perigosas ou ameaçadoras, suas diferenças individuais
quanto à inclinação a ansiedade, ou seja, como geralmente se sente.
(SPIELBERGER, 1981).

2.2.2 Fontes da ansiedade

“A competição, os estudos, o trabalho e outras atividades e situações da vida moderna


tendem a produzir ansiedade, que pode decorrer também de conflitos com amigos ou
do desgaste provocado por situações nunca antes experimentadas”. (MCLELLAN;
BRAGG; CACCIOLA, 1988, p. 31).
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Quando avaliamos o ambiente de trabalho, encontramos que:

Todo emprego inclui muitas fontes potenciais de tensão – condições de


trabalho deficientes, excessivo número de horas, pressões de tempo e limites
de prazo, além de relacionamentos difíceis com supervisores e companheiros
de trabalho, são fatores que podem, individualmente ou combinados, produzir
pressões nocivas. (SPIELBERGER,1981, p.25)

Mclellan; Bragg; Cacciola (1988) complementam dizendo que as pessoas podem estar
sobrecarregadas, tomando grandes números de decisões em pouco tempo,
provocando uma ansiedade profunda nesta sucessão de eventos.

2.2.3 Ansiedade Ocupacional

Segundo Obelar (2016) que cita Zamignani; Bonaco (2005), quando é comprometido
o indivíduo ocupacionalmente, não deixando concluir suas atividades na empresa ou
quando as respostas de evitação ocuparem muito tempo do dia, gerando um
significativo sofrimento, pode ser definido a ansiedade como um evento clínico.

3. METODOLOGIA

Esta pesquisa caracteriza-se por uma pesquisa exploratória, que segundo Joaquim
(2007, p. 123) “a pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um
determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as
condições de manifestação desse objeto”.

Com uma abordagem quantitativa, utilizando de aplicação de questionários como


método de coleta de dados em um estudo de caso. O estudo de caso relatado por Gil
(2010, p.37) “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de
maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente
impossível mediante outros delineamentos já considerados”.

A coleta de dados do estudo de caso ocorreu no período de 06/11/2017 à 19/11/2017


no auditório da filial da empresa em Ipatinga. Antes da aplicação dos questionários,
foi explicado a todos o objetivo do estudo e dado a liberdade da não participação.

A amostra foi definida através da percepção do aumento de atestados de CID voltados


para ansiedade e estresse nos motoristas de ônibus, dentre os demais cargos
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existentes na empresa. Durante o período de aplicação dos questionários foram


abordados 47 motoristas dos 61 motoristas de ônibus que compõe a equipe nesta
filial, correspondendo a 77% de todos os trabalhadores desta função.

Durante o processo de coleta de dados através da aplicação dos questionários, foi


necessário um auxiliar administrativo responsável pela escala dos motoristas,
convocando os motoristas sem interferir nas suas atividades e folgas/período de
descanso. Além da aluna da pós-graduação de segurança do trabalho que
desenvolveu o artigo e a técnica de segurança da empresa.

Os instrumentos definidos para utilização na coleta de dados foram:

1- Questionário de dados pessoais e profissionais. Onde foi abordado: a idade, estado


civil, grau de instrução, tempo de profissão e empresa, além de espaço para o
motorista descrever sua opinião de situações/eventos que eles opinam como
estressantes. Por fim, um questionamento se no momento, o motorista passa por
alguma situação pessoal que contribui para o estresse/ansiedade, como por exemplo:
problemas financeiros, perda recente de ente querido, etc.

2 - Questionário para avaliar a ansiedade: Idate – Inventário de Ansiedade Traço


Estado. (Biaggi, 1979)

Motivadores para escolha deste questionário para analisar situação de ansiedade nos
motoristas:

 Índice de consistência alta nas duas escalas, sendo que o alfa de Cronbach
em três amostras variou entre 0,82 e 0,89. (Loricchio; Leite, 2012).
 Um dos instrumentos para avaliação dos transtornos de ansiedade mais
citados em publicações científicas. (Obelar, 2016).
 Fácil e rápida aplicação, inclusive projetado para ser autoaplicável;

O questionário IDATE apresenta duas escalas: A escala traço de ansiedade, com 20


afirmações que solicitam a pessoa responde como geralmente se reagem a
determinadas situações; Já a escala de estado de ansiedade, também são 20
afirmações, mas que solicitam que a pessoa responde como se sentem em episódios
momentâneos. Existe 4 opções de resposta para cada afirmativa, variando de
conforme a escala:

Tabela 1 – Repostas para escala Idate


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Fonte: Adaptado de Biaggi (1979)

Das 20 questões de cada escala, há afirmativas que são positivas e algumas que são
negativas. No questionário Idate-Traço, as positivas são: 1, 6, 7, 10, 13, 16, 19; as
negativas são: 2, 3, 4, 5, 8, 9, 11, 12, 14, 15, 17, 18 e 20. No questionário Idate-Estado,
as positivas são: 1, 2, 5, 8, 10, 11, 15, 16, 19 e 20; as negativas são: 3, 4, 6, 7, 9, 12,
13, 14, 17 e 18.

Para calcular e interpretar as respostas deverá ser observado quais questões são
positivas e quais são negativas. Para as questões positivas, os escores serão
invertidos, ou seja, se o motorista responder 1, atribui-se o valor de 4; se responder
2, atribui-se o valor de 3, e assim por diante. Nas questões negativas, a pontuação
será correspondente a resposta que o motoristas deu, ou seja, se ele respondeu a
opção 1 (absolutamente não), então será somado o valor 1; se ele respondeu 2, será
somado o valor de 2, e assim por diante.

3 - Questionário para avaliar o estresse: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos


(ISSL), (Lipp, 2000).

Motivadores para escolha deste questionário para analisar sintomas e fases de


estresse nos motoristas:

 Alto índice de consistência, sendo que o alfa de Cronbach de 0,91. Lipp (2000);
Garantindo validade e fidedignidade.
 Fácil e rápida aplicação;
 Utilização do questionário em estudo com motoristas de ônibus.

O questionário ISSL é oportuno para identificação da existência ou não de sintomas


de estresse nos motoristas, se esses sintomas são físicos ou psicológicos, além de
identificar em qual fase do estresse o motorista está inserido.
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O questionário é dividido em 3 partes: A primeira parte pede para os motoristas


responderem os sintomas que eles apresentam nas últimas 24 horas, sendo que das
15 opções, os 12 primeiros são sintomas físicos e 3 os últimos são psicológicos. Na
segunda parte, pede-se para responder conforme os sintomas apresentados na última
semana, sendo que das 15 opções de respostas, as 10 primeiras são sintomas físicos
e as 5 últimas são psicológicas, o sujeito marca aqueles que experimentou no último
mês. E na terceira parte, as opções devem ser respondidas comparando os últimos 3
meses, sendo as 12 primeiras opções sintomas físicos e as últimas 11 opções sendo
psicológicas.

No total, o ISSL inclui 37 itens de natureza somática e 19 de natureza psicológica,


alguns sintomas se repetem em mais de um quadro, porém diferindo em sua
intensidade e seriedade.

Para um tratamento estatístico e obtenção dos dados compilados dos questionários,


as questões sobre os dados pessoais / profissionais, do ISSL e Idate foram transcritas
para o programa: IBM SPSS Statistics Subscription - Versão: 25. Além disso, foi
utilizado o programa Excel 2016, através principalmente da ferramenta tabela
dinâmica.

4. ESTUDO DE CASO

4.1. Caracterização da empresa

A empresa estudada pertence ao ramo de transportes de passageiros e soluções em


logística, atuando por meio de serviços de transporte coletivo de passageiros,
fretamento, turismo e logística. Atualmente conta com um quadro de mil e cem
funcionários.

Foi criada em 30 de janeiro de 1991 na cidade de Coronel Fabriciano, interior de Minas


Gerais onde, atualmente, se localiza sua matriz. Atua também em outras 6 cidades,
sendo Ipatinga, Santa Barbara, Mariana e Conceição do Mato Dentro em Minas
Gerais, além de Vitória no estado do Espirito Santo e Dias D’avila, no estado da Bahia.

A empresa possui também pontos de apoio localizados de forma estratégica e no caso


da filial estudada, ela se localiza na área interna de uma siderúrgica da região do Vale
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do Aço, prestando serviços de fretamento contínuo de passageiros nos


deslocamentos internos dos funcionários da contratante e movimentação de materiais.

4.1.1 O SESMT da empresa

O SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho), bem como a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e a
CIPAMIN (Comissão interna de Prevenção de Acidentes na Mineração) da Univale
Transportes Ltda., são dimensionados de acordo com as Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho, que devido a grandes contratos distribuído por todo estado
mineiro, possui hoje até mais profissionais do que exigido na NR-04. Atualmente
conta com 16 profissionais da área de saúde e segurança: 1 médico do trabalho, 1
engenheiro de segurança, 2 técnicos de enfermagem e 12 técnicos de segurança.

Na filial onde foi realizado o estudo possui um técnico de segurança do trabalho,


porém o cumprimento do dimensionamento está legalmente sendo realizado por um
SESMT Coletivo, que realiza a parte de higiene, saúde e segurança.

4.2. Apresentação dos dados coletados

Iniciando pelos dados pessoais e profissionais, encontramos que 77% dos motoristas
de ônibus participantes da pesquisa estão entre 31 à 55 anos de idade, e demais
estão distribuídos entre 18 à 30 e acima de 55 anos conforme tabela abaixo:

Tabela 2 – Faixa etária dos motoristas de ônibus

Dentre a escolaridade,
encontramos que 51% dos
motoristas abordados
possuem no mínimo o ensino médio completo, 23% o médio incompleto, 13% o ensino
fundamental completo e os outros 13% possuem fundamental incompleto, conforme
tabela:
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Tabela 3 – Nível de escolaridade dos participantes

Escolaridade f %
Fundamental incompleto 6 13%
Fundamental completo 6 13%
Médio incompleto 11 23%
Médio completo 23 49%
Superior incompleto 1 2%
Superior completo 0 0%

Em relação ao tempo de função como motorista de ônibus, encontramos que 30% dos
motoristas tem até 3 anos na função, 34% de 4 à 7 anos de função, 21% entre 8 à 12
anos como motoristas e 15% com mais de 13 anos na função, conforme representado
na tabela abaixo:

Tabela 4 – Tempo de função como motoristas de ônibus

Quando avaliamos o tempo como motorista de ônibus na empresa e no ambiente atual


de trabalho, deparamos com os seguintes resultados:

Tabela 5 –Tempo como motoristas de ônibus na empresa

Tempo de trabalho na siderúrgica f %


Até 3 Anos 14 30%
4 á 7 anos 17 36%
8 á 12 anos 12 26%
Em relação ao
Acima de 13 4 9%
uso de remédios
controlados variados, 21% dos motoristas questionados, ou seja, 10 motoristas tomam
regularmente remédios controlados. Abaixo há estratificação dos tipos de remédios,
sendo que há motorista que está enquadrado em mais de uma categoria:
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Tabela 6 – Tipos de medicamentos utilizados pelos motoristas

Doenças Relacionadas a Medicação f %


Hipertensão 10 53%
Insuficiência Cardíaca 4 21%
Controle do Colesterol 2 11%
Tireoide 2 11%
Diabetes 1 5%

Ao questionar os motoristas de ônibus as situações no ambiente do trabalho que


causam estresse, 23 dos 47 participantes relataram pelo menos uma situação. Na
tabela abaixo observamos que 39% tem algo relacionado à escala, seja mudança
repentina, folgas em dia útil ou desigualdade. E 22% referente a passageiros, muitas
vezes tem tratamento grosseiro.

As demais situações foram divididas em 4% cada, sendo excesso de normas,


notificações injustas da liderança ou fiscais da contratante, trânsito, manobras de
outros equipamentos que atrasam o horário da viagem, falta de comunicação entre a
operação e a liderança, falta de retorno dos problemas relatados e atitudes de colegas
de trabalho:

Tabela 7 – Situações estressoras no ambiente de trabalho

Causadores de Estresse f %
Horário Desigual 3 13%
Passageiros 5 22%
Alteração de Escala 5 22%
Sem retorno de
1 4%
problemas relatados
Excesso de Normas 1 4%
Folga em dia útil 1 4%
Notificação Injusta 1 4%
Manobras de
1 4%
Locomotivas
Atitudes de Colegas 2 9%
E por Transito 1 4% fim, ao
Incompreendido 1 4%
questionar
Falta de Comunicação 1 4%
se no momento
há alguma situação difícil no fator pessoal, como por exemplo, problemas financeiros,
doenças na família, perda de ente querido ou algum relacionamento familiar,
encontramos 12% dos motoristas com algum ponto atual conforme tabela abaixo:
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Tabela 8 – Situações estressoras no âmbito pessoal

Problemas Pessoais f %
Financeiro 3 50,0%
Familiar Doente 1 16,7%
Perda de Ente
1 16,7%
Querido
Relacionamento
1 16,7%
Familiar

Analisando os dados obtidos do questionário Idate, este relacionado à ansiedade,


obtivemos os dados referente a escala estado e traço, sendo estes dois estados
explicados por Spielberger (1981), tendo a escala traço como o esperado da pessoa
agir em um evento, qual sua inclinação para a ansiedade, simplificando seria seu
perfil. E a escala estado descreve como está no momento atual, em que nível de
ansiedade se encontra:

Tabela 9 – Nível de ansiedade na escala estado

ESTADO
Baixa Ansiedade Alta Ansiedade
Intensidade Moderada Ansiedade Muito Alta
0 15 32 0

Tabela 10 – Nível de ansiedade na


escala traço
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TRAÇO
Baixa Ansiedade Alta Ansiedade
Intensidade Moderada Ansiedade Muito Alta
33 13 1 0

Apresentando os dados obtidos no último questionário aplicado: o Inventário de


Sintomas de Stress para Adultos (ISSL), foi possível detectar a porcentagem de
pessoas com presença de estresse e em qual fase se encontra essas pessoas com
estresse, conforme tabelas abaixo:

Tabela 11 – Presença de estresse e sua fase

Presença de estresse f % N
Sem Estresse 45 96% 47
Com Estresse 2 4% 47

Fase f % N
Fase de alerta 0 0% 2
Fase de resistência 2 100% 2
Fase de quase-exaustão 0 0% 2
Fase de exaustão 0 0% 2

Em relação aos sintomas apresentados, partindo da lógica que por mais que a pessoa
não está inserida em alguma fase, ainda assim ela apresenta sintomas físicos ou
psicológicos relacionados ao estresse, encontramos os seguintes resultados:
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Tabela 12 – Sintomas predominantes

Tipo de Sintomas que predominararam Geral f % N


Físicos 92 71% 129
Psicológicos 37 29% 129

E entre os sintomas físicos que corresponderam 71% dos sintomas apresentados


entre os motoristas de ônibus, encontramos que na primeira fase (últimas 24 horas),
a grande maioria diz respeito a tensão muscular com 39%; na segunda fase (última
semana), com 26% o sintoma de mudança de apetite; e por fim, na terceira fase
(últimos três meses), com 24% a hipertensão confirmada.

Tabela 13 – Sintomas físicos

Tipo Sintoma Sintoma f %


Mãos e/ou pés frios 0 0%
Boca Seca 2 5%
Nó ou dor no estômago 3 7%
Aumento de sudorese (muito suor) 4 9%
Sintomas Tensão muscular (dores nas costas, pescoço, ombros) 17 39%
físicos nas Aperto na mandíbula/ranger de dentes, ou roer unhas ou ponta de caneta
3 7%
últimas 24 Diarréia passageira 4 9%
horas Insônia, dificuldade de dormir 4 9%
Taquicardia (batimentos acelerados do coração) 0 0%
Respiração ofegante, entrecortada 0 0%
Hipertensão súbita e passageira (pressão alta súbita e passageira) 4 9%
Mudança de apetite (comer bastante ou Ter falta de apetite) 3 7%
Problemas com a memória, esquecimentos 3 11%
Mal-estar generalizado, sem causa específica 0 0%
Formigamento nas extremidades (pés ou mãos) 4 15%
Sensação de desgaste físico constante 2 7%
Sintomas
físicos na última Mudança de apetite 7 26%
semana Aparecimento de problemas dermatológicos (pele) 0 0%
Hipertensão arterial (pressão alta) 2 7%
Cansaço Constante 5 19%
Aparecimento de gastrite prolongada (queimação no estômago, azia) 3 11%
Tontura, sensação de estar flutuando 1 4%
18

Diarréias frequentes 2 10%


Dificuldades Sexuais 1 5%
Formigamento nas extremidades (mãos e pés) 5 24%
Insônia 3 14%
Tiques nervosos 0 0%
Sintomas
Hipertensão arterial confirmada 5 24%
físicos nos
Problemas dermatológicos prolongados (pele) 0 0%
último 3 mês
Mudança extrema de apetite 3 14%
Taquicardia (batimento acelerado do coração) 0 0%
Tontura frequente 1 5%
Úlcera 0 0%
Impossibilidade de Trabalhar 1 5%

4.3 – Análise e discussão dos dados coletados

A partir dos dados coletados dos questionários e interpretação da revisão de literatura,


o aumento dos atestados referente à ansiedade e estresse pode ser explicado por
fatores diversificados.
Quando analisado como sendo um problema em todo âmbito laboral, sem distinguir o
ramo da empresa e cargo do trabalhador, visto que este é um assunto global,
confirmado pelos dados da Previdência Social referente às estatísticas de auxílio-
doença, o fator globalização do mercado é um forte indicador para o aumento de
ansiedade e estresse, visto que ele gera pressão no trabalhador a manter-se em um
nível alto de produtividade e com constante tensão devido o risco de perda do
emprego causado por instabilidade do mercado ou concorrência, além dos demais
eventos conflitantes conforme verificado em literatura ao longo do estudo.

Mas ao analisar especificamente os motoristas de ônibus da empresa estudada,


verificamos que na opinião dos participantes, as causas comuns de estresse
encontradas no ambiente de trabalho chegaram a 12 itens diferentes, destacando-se
para: o sentimento de injustiça por trabalhar a mais em relação a outros colegas;
alterações de escala e folgas no meio da semana, comprometendo nestes casos a
sua vida social e pessoal; e por fim, o relacionamento com os passageiros, muitas
vezes sofrendo grosserias.

Em relação a condições na vida pessoal que possa contribuir para o aumento dos
atestados, apenas 12% dos motoristas indicaram estar passando por algum problema,
sendo que 50% destes referem-se à situação financeira.
19

Ao deparar com os dados do questionário de ansiedade, a escala-traço destaca-se


devido à alta porcentagem de 98% dos motoristas incluídos entre ansiedade baixa ou
moderada, o que prevê que quando eles enfrentarem situações adversas, como por
exemplo, uma das causas de estresse apresentados anteriormente, a probabilidade
de sofrer com um nível de ansiedade alto é menor, descartando assim, este perfil
pessoal como sendo um dos fatores do aumento de atestados.

Porém no tocante escala-estado, percebeu-se que 32% dos motoristas encontra-se


em nível moderado de estresse e 68% em nível alto, o que comparado com a escala-
traço, mostra que apenas a tendência baixa de traço não está sendo suficiente para a
não ocorrência de ansiedade, sendo necessário um aprofundamento neste quesito,
além de ser um indicador relevante à continuidade de atestados com CID de
ansiedade.

Os resultados do questionário de estresse, mostra que apenas 4% apresentam nível


de estresse, sendo todos eles na fase de resistência. Um resultado satisfatório na área
de saúde e segurança, mas que precisa ser considerada com cuidado visto a
possibilidade alta de taxa de erro, pois quando cruzado as respostas entre os
questionários, foi confirmado discrepâncias de informações, elevando probabilidade
de uma taxa de erro consistente, podendo gerar então uma falsa impressão do estado
real da equipe.

Quando focado nos sintomas apresentados ao estresse, fica clara a predominância


por sintomas físicos, sendo uma porcentagem de 71% contra 29% dos sintomas
psicológicos. Entre os sintomas físicos mais presentes estão: a tensão muscular,
mudança de apetite e hipertensão, sendo que este último sintoma é o único
constituinte de toda a amostra de motoristas que confirmaram o uso de remédio
contínuo para tratamento, ou seja, dos 10 motoristas que tomam algum remédio
controlado, todos eles fazem o uso de remédios para hipertensão.

Complementando a análise dos resultados, a porcentagem de 21% dos motoristas


tomando remédio controlado e mais os 57% destes possuindo idade acima de 40
anos, nos alerta a importância de acompanhamento destes casos, principalmente ao
notar que muitos destes motoristas não indicaram este sintoma / particularidade no
questionário de estresse.
20

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise realizada, conclui-se que os motivos do aumento de atestados na


empresa pesquisada são variados e que como verificado na literatura, a reação do
organismo a uma situação estressora é particular a cada indivíduo.

Porém estas situações estressoras e desagradáveis, que geram o estresse e a


ansiedade, como por exemplo: uma troca de escala sem aviso prévio comprometendo
um compromisso pessoal/social do motorista, muitas cobranças de produtividade,
qualidade ou segurança (muito comum pelas contratantes nas empresas
terceirizadas), podem e devem ser controladas pela empresa, através da diminuição
da frequência de agentes estressores ou até mesmo a intensidade com que elas
ocorrem. Isso se torna possível buscando a melhoria contínua da gestão de escalas,
uma comunicação transparente com os motoristas, procurando mantê-los satisfeitos
com o seu trabalho e empresa, obtendo assim melhores resultados na área da saúde
e no bem estar, pois conforme afirmado por Zanelli; Borges-Andrade; Bastos (2004):
“Trabalhador satisfeito com seu trabalho pode se tornar uma pessoa com maiores
possibilidades de ser um cidadão integrado à sociedade, à sua família e apresentar
melhores índices de bem-estar físico e mental”.

A verificação dos sintomas na equipe mostrou que o estresse não está em alta, porém
a ansiedade através da escala-estado tem-se 68% dos motoristas em nível alto. Aliado
a isso e ao estudo da literatura, foi possível perceber no histórico de entrega dos
atestados na empresa que há trabalhadores que hoje estão afastados pelo INSS que
não entregaram atestados de ansiedade, e sim de sintomas físicos e cognitivos,
dificultando a percepção dos profissionais de saúde e segurança sobre a evolução da
doença nos motoristas. Diante disso sugere-se que a empresa estude juntamente com
os profissionais do SESMT um procedimento para recebimento dos atestados, que
englobe: uma sistemática para identificar e controlar o aparecimento de sintomas
iniciais de ansiedade e estresse, através, por exemplo, de aplicação do questionário
ISS e Idate a todo motorista que entregue atestados com CID voltados para os
sintomas citados nesse estudo. Além disso, ter um acompanhamento do histórico de
atestados de cada motorista, criando um procedimento de verificação periódica deste
histórico e quando encontrado resultados relevantes, encaminhar ao médico do
trabalho para uma análise técnica e se necessário ao tratamento com especialista.
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Por fim, baseando-se no conceito apresentado pela Organização Pan-Americana da


Saúde/Organização Mundial da Saúde que nos diz que a saúde não se baseia na
ausência de doença ou enfermidade, mas sim no completo bem-estar físico, mental e
social de uma pessoa, além de relembrarmos da estratégia dos setores de segurança
e saúde do trabalho que deve ser a prevenção, sugere-se a empresa a elaboração e
implementação de programa real e eficaz de promoção a saúde, que não
necessariamente precise englobar grandes investimentos financeiros. Um exemplo
real é a existência de um programa de promoção à saúde realizada pelo plano de
saúde atualmente fornecido pela empresa, que tem diversos projetos gratuitos de
hipertensão, saúde mental, reeducação alimentar, entre outros. Neste caso, o que a
empresa precisa é promover campanhas no horário de trabalho do motorista,
apresentando essas possibilidades gratuitas de promoção à saúde e se necessário,
facilitar a participação do trabalhador nos projetos remanejando escala de trabalho em
horários que permitem a participação, a interface entre o motorista e o plano de saúde
para as inscrições, evolução no programa, etc . Além disso, aproveitando a sugestão
do acompanhamento de histórico de atestados entregues do motorista, incluir no
programa de promoção a saúde o encaminhamento imediato do indivíduo com
resultados relevantes a estes programas do plano de saúde ou do definido pela
empresa.

REFERÊNCIAS

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22

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ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antonio


Virgílio Bittencourt. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre:
Artmed, 2004.

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