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Aprender é praticar
Unidades móveis
Laboratórios completos que podem ser levados para qualquer
parte do Brasil.
CIM
Formação prática em CNC e
Sistemas Flexíveis de Manufatura.
Laboratórios CNC
Formação prática em todos os controles CNC disponíveis em
em apenas uma máquina. Para um controle diferente, ativa-se o
software específico e máscara correspondente.
Acessibilidade
Projetos para portadores de necessidades especiais.
Apostila Básica de Torneamento
Índice
Introdução.........................................................................................................................................................................................6
Histórico..............................................................................................................................................................................................6
Vantagens e desvantagens da máquinas CNC............................................................................................................6
Torneamento....................................................................................................................................................................................7
Princípio de Funcionamento..................................................................................................................................................8
Sistema de Coordenadas Cartesianas...............................................................................................................................9
Regra da Mão Direita................................................................................................................................................................ 10
Pontos Zero e Pontos de Referência................................................................................................................................11
Medidas das Ferramentas......................................................................................................................................................15
Pontos Zero e Pontos de Referência................................................................................................................................15
Ponto Zero da Peça W..............................................................................................................................................................17
Pontos Zero e Pontos de Referência................................................................................................................................17
Sistema de Coordenadas Absolutas................................................................................................................................18
Sistema de Coordenadas Incrementais..........................................................................................................................19
Exercício de Coordenadas Absolutas............................................................................................................................. 20
Exercício de Coordenadas Incrementais...................................................................................................................... 21
Programação Verbal. Exemplo: (Sistema Absoluto)............................................................................................... 22
EXERCÍCIO 1: Fazer a programação verbal conforme desenho abaixo:................................................... 23
EXERCÍCIO 2: Fazer a programação verbal ................................................................................................................ 24
Funções de Programação para Torneamento.......................................................................................................... 25
Parâmetros de Corte..................................................................................................................................................................31
EXERCÍCIO 1: Fazer a programação ISO, conforme desenho abaixo: (Sistema Absoluto)............. 34
EXERCÍCIO 2: Fazer a programação ISO, conforme desenho abaixo: (Sistema Absoluto)............. 35
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Apostila Básica de Torneamento
Introdução
A necessidade de se ter máquinas com grande flexibilidade, elevada precisão, aptas a usinar lo-
tes de peças diferentes entre si que pudessem liberar o homem do controle físico das mesmas,
determinou o surgimento do comando numérico.
O termo “controle numérico” define que as informações fornecidas à máquina, são extraídas
do desenho da peça, são memorizadas na forma numérica através de códigos e processadas
possibilitando o trabalho automático da máquina.
Histórico
No ano de 1949, a Força Aérea Americana dedicou-se a solução de problemas que as máquinas
copiadoras não estavam aptas a resolver, sobretudo pelas contínuas modificações introduzidas
nas peças.
A Força Aérea Americana se interessou pelos estudos e o governo americano resolveu financiar
o projeto com três eixos controlados.
O M.I.T (Massachussets Instituto of Technology) participou do projeto.
Cinco anos após (1953) o M.I.T apresentou a fresadora com excelentes resultados, sendo o siste-
ma de comando chamado de “Numeric Control”. Devido aos seus elevados custos, sua difusão
se limitava aos setores tecnologicamente mais avançados, que executavam trabalhos que só
podiam ser obtidos mediante comandos numéricos contínuos.
No início dos anos 60 começou a ser construído um tipo diferente de máquina, com custos
mais baixos, com comando conhecido como ponto a ponto. Ele permitiu o posicionamento
sob dois eixos de trabalho ao longo do terceiro, como uma operação de furação.
Dessa forma o C.N deixou de se usado exclusivamente em trabalhos até então impossíveis de
realizar e veio assumir uma posição definitiva em termos de melhoria de eficiência e da econo-
mia de procedimentos já existentes.
Desvantagens
As máquinas CN solicitam uma estrutura extra de suporte nas seguintes áreas:
• Projeto de ferramental;
6 • Medição prévia de ferramentas;
• Programação e manutenção.
A maioria das áreas acima necessita de mão-de-obra especializada, o que eleva o custo do
investimento.
Apostila Básica de Torneamento
Torneamento
O processo que se baseia no movimento da peça em torno de seu próprio eixo. O torneamento
é uma operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas movidas por um movi-
mento uniforme de rotação em torno de um eixo fixo.
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Apostila Básica de Torneamento
Princípio de Funcionamento
A função mais básica de qualquer máquina CNC é o controle demovimento automático, preci-
so, e consistente. Todos os equipamentos CNC, que tenha duas ou mais direções de movimen-
to, são chamados eixos. Estes eixos podem ser precisos e automaticamente posicionados ao
longo dos seus movimentos de translação. Os dois eixos mais comuns são lineares (dirigido ao
longo de um caminho reto) e rotativos (dirigido ao longo de um caminho circular).
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Apostila Básica de Torneamento
+
Y 80
70
60
50
40
A
30
B
20
10
-80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 10 20 30 40 50 60 70 80
-X -10 +
X
-20 D
C -30
-40
-50
-60
-70
-80
-Y
Agora temos duas cotas definindo cada ponto, ou seja, uma em relação a cada uma das retas.
Assim, no desenho anterior temos:
Para que este sistema possa ser usado no espaço tridimensional, criou-se um terceiro eixo, iden-
tificado pela letra Z ortogonal aos outros dois como mostra a figura a seguir:
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Apostila Básica de Torneamento
Nas máquinas ferramenta, o sistema de coordenadas determinado pela regra da mão direita,
pode variar de posição em função do tipo de máquina, mas sempre seguirá a regra apresenta-
da, onde os dedos apontam o sentido positivo dos eixos imaginários; e o eixo “Z” será coinci-
dente ou paralelo ao eixo árvore principal (conforme DIN-66217).
Para o comando de avanço e penetração nos tornos, bastam apenas dois eixos imaginários.
Estes são designados pelas letras X e Z, onde o eixo X relaciona-se com o diâmetro da peça e
o eixo Z, coincidente com o eixo árvore, relaciona-se com as dimensões longitudinais da peça
(comprimentos). Veja a figura abaixo para esclarecimento do que foi exposto acima.
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Apostila Básica de Torneamento
O comando dos movimentos das ferramentas na usinagem de uma peça são realizados com o
auxilio do sistema de coordenadas. A posição exata destes movimentos dentro do campo de
trabalho das máquinas- ferramenta e determinada através dos pontos referenciais e do sistema
de medição.
A figura abaixo demonstra estes pontos referenciais, os quais serão esclarecidos nos tópicos
posteriores.
M W R
E=N
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Apostila Básica de Torneamento
Este ponto é usado para definir a origem do sistema de coordenadas da máquina. A partir
deste ponto, são determinados todos os outros sistemas e pontos de referência da máquina.
Como o ponto zero da máquina é determinado pelo fabricante, estes, geralmente determi-
nam, para o torno, o centro da superfície de encosto do eixo árvore (atrás da placa).
Assim sendo, o eixo árvore é representado pelo eixo Z o qual determinará os comprimentos no
sentido longitudinal e, a superfície de encosto, pelo eixo X o qual determinará as dimensões no
sentido transversal, como por exemplo os diâmetros das peças.
O campo de trabalho encontra-se no lado do sentido positivo dos eixos. Assim sendo, a ferra-
menta se afasta da peça quando executa o percurso no sentido positivo dos eixos.
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Apostila Básica de Torneamento
Este ponto tem como função fazer a AFERIÇÃO e o CONTROLE do SISTEMA DE MEDIÇÃO
dos movimentos dos CARROS e das FERRAMENTAS.
Came no Carro
Chave-limite
no ponto de
referência
Ao ligar a máquina, sempre deslocamos o carro até este local, antes de iniciar a usinagem. Este
procedimento define ao comando a posição do carro em relação ao zero da máquina, quando
o carro aciona um sensor que envia um impulso ao comando determinando sua localização.
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Apostila Básica de Torneamento
Para que isso aconteça e necessário sempre que ligar o comando da máquina, fazer com
que os eixos se posicionem sobre o ponto de referência.
Normalmente, a maioria dos comandos CNC, estão preparados para transmitir uma mensagem
para o operador do tipo:
• “Referência R da Máquina” ou “Sobrepassar o ponto de referência” após o acionamento do
comando.
A movimentação dos eixos até o ponto de referência, na maioria das máquinas, é feita au-
tomaticamente.
Ao desligar o comando ou, na eventual falta de energia elétrica, o comando perde a refe-
rência, isto é, perde o valor da coordenada da posição dos eixos comandados.
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Apostila Básica de Torneamento
Para que a usinagem seja precisa é necessário que o comando conheça as medidas de cada
ferramenta utilizada as quais se baseiam no ponto de referência das mesmas para as pontas
das ferramentas.
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Apostila Básica de Torneamento
Para que a usinagem seja precisa é necessário que o comando conheça as medidas de cada
ferramenta utilizada as quais se baseiam no ponto de referência das mesmas.
A sequência a ser seguida para memorizar os dados das ferramentas variam de acordo com a
máquina e o comando numérico CNC.
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Apostila Básica de Torneamento
Sua determinação pode ser feita em qualquer ponto da peça porem, recomenda-se colocá-lo
em um ponto que facilite transformar as medidas do desenho em valores de coordenadas para
programação.
Para peças torneadas, geralmente o ponto zero é determinado na linha de centro do eixo árvo-
re nas faces direita ou esquerda da peca acabada, que deverá ter seus valores das coordenadas
memorizados no comando CNC quando da preparação da máquina.
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Apostila Básica de Torneamento
Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0, Z0. O ponto X0 é defini-
do pela linha de centro do eixo-árvore. O ponto Z0 é definido por qualquer linha perpendicular
à linha de centro do eixo-árvore.
Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem, ou seja, para qualquer ponto atingido
pela ferramenta, a origem das coordenadas passará a ser o ponto alcançado.
Coordenadas Absolutas
Pontos X Z
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
20
P8
P9
P10
Apostila Básica de Torneamento
Coordenadas Incrementais
Pontos X Z
P1
P2
P3
P4
P5
P6
21
P7
P8
P9
P10
Apostila Básica de Torneamento
P P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11
X 70 18 0 0 7 15 15 20 40 40 60
Z 30 0 0 3 3 -1 -20 -28 -38 -50 -55
P P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11
X 0
Z 3
DE/PARA Nº TRAJETÓRIA TIPO DE AVANÇO PTO. FINAL OBS.
P1 a P2
P2 a P3
P3 a P4
P4 a P5
P5 a P6
P6 a P7 23
P7 a P8
P8 a P9
P9 a P10
P10 a P11
P11 a P12
P12 a P1
Apostila Básica de Torneamento
Representamos a função numero de sequência, pela letra “N”, que deve vir acompanhada de
um número indicativo de sequência.
Através desta letra introduzimos informações que determinam, por exemplo, o movimento de
deslocamento da ferramenta, sendo por esta razão, a letra G também conhecida como “condi-
ção de trajetória” (Go = Ir, Vá).
A letra “G” é seguida também por um número, que indica a função. Este número, formado por
dois dígitos (de 00 a 99) define ao comando o modo de trabalho ou a condição de trajetória a
executar. Destacamos aqui as mais utilizadas.
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Apostila Básica de Torneamento
Para comandos de fabricantes diferentes, uma mesma função, pode ter códigos diferentes.
Por exemplo:
• G21 no Comando FANUC (Sistema métrico)
• No Comando SIEMENS é G71.
Distinguimos também, dentre as funções preparatórias, algumas que são ativadas assim que o
comando da máquina é ligado. Por exemplo, assim que ligamos o comando da máquina, ele
estará pronto para receber os valores das coordenadas em milímetros e em valores absolutos.
Estas funções são indicadas nos manuais dos fabricantes como “funções ativas”.
Há no comando, funções chamadas “modais”, ou seja, assim que são programadas permane-
cem ativadas enquanto não se programar outra função que cancele ou substitua aquela ante-
riormente programada.
Veremos em nosso estudo, uma grande parte de funções preparatórias, mas as que sejam co-
muns a maioria dos fabricantes.
FUNÇÃO DE POSICIONAMENTO (X e Z)
Através das letras “X” e “Z”, endereçamos pontos dentro do sistema de coordenadas.
Os valores das coordenadas podem ser introduzidos em milímetros (função ativa) ou em pole-
gadas (precedido de uma função preparatória adequada).
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Apostila Básica de Torneamento
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Apostila Básica de Torneamento
De fabricante para fabricante, existem diferenças quanto à função representada pelos códigos
“G”, ou mesmo as funções “M”.
A norma DIN 66025 estabelece as palavras usadas na programação de CNC, mas alguns fabri-
cantes de comandos não seguem estas normas e usam instruções semelhantes ou teclado
com símbolos próprios.
Apostila Básica de Torneamento
O programador deve ter habilidade para comparar o desenho (peça pronta) com a dimensão
desejada na usinagem com a máquina CNC.
Há a necessidade de uma análise sobre a viabilidade de execução da peça, levando-se em
conta as dimensões exigidas, o sobremetal existente da fase anterior, o ferramental necessário,
a fixação da peça, etc.
PROCESSO A UTILIZAR
E necessário haver uma definição das fases de usinagem para cada peça a ser executada, esta-
belecendo-se, assim, o sistema de fixação adequado à usinagem.
São necessários tais conhecimentos por parte do programador, para que este possa enquadrar
as operações de modo a utilizar todos os recursos da máquina e do comando, visando sempre
minimizar os tempos e fases de operações e ainda garantir a qualidade do produto.
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Apostila Básica de Torneamento
Parâmetros de Corte
A velocidade de corte está relacionada diretamente com o diâmetro da peça e a rotação do
eixo árvore, conforme fórmula abaixo.
onde:
Dica
Como o diâmetro da peça é dado em milímetros e a velocidade de corte é dada em metros
por minuto, é necessário transformar a unidade de medida dada em metros para milímetros
utilizando o fator 1.000.
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Apostila Básica de Torneamento
Parâmetros de Corte
TABELA DE AVANÇOS
Comece com o tamanho da pastilha para obter uma indicação inicial e prossiga com as reco-
mendações para o quebra-cavacos escolhido. A profundidade de corte máxima será o resulta-
do dessas duas informações. A profundidade de corte mínima nunca deverá ser menor que o
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tamanho do raio de ponta.
Apostila Básica de Torneamento
Parâmetros de Corte
Exemplo de programação ISO.
P P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11
X 70 18 0 0 7 15 15 20 40 40 60
Z 30 0 0 3 3 -1 -20 -28 -38 -50 -55
N1 G0 X18 Z0 N1 G0 X18 Z0
N2 G1 X0 Z0 F.1 N2 G1 X0 F.1
N3 G0 X0 Z3 N3 G0 Z3
N4 G0 X7 Z3 N4 G0 X7
N5 G1 X15 Z-1 N5 G1 X15 Z-1
N6 G1 X15 Z-20 OU N6 G1 Z-20
N7 G1 X20 Z-28 N7 G1 X20 Z-28
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N8 G3 X40 Z-48 N8 G3 X40 Z-48
N9 G1 X40 Z-50 N9 G1 Z-50
N10 G1 X60 Z-55 N10 G1 X60 Z-55
N11 G0 X70 Z30 N11 G0 X70 Z30
Apostila Básica de Torneamento
EXERCÍCIO 1:
Fazer a programação ISO, conforme desenho abaixo: (Sistema Absoluto)
N1 N1
N2 N2
N3 N3
N4 N4
N5 N5
N6 N6
OU
N7 N7
N8 N8
N9 N9
N10 N10
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N11 N11
N12 N12
Apostila Básica de Torneamento
EXERCÍCIO 2:
Fazer a programação ISO, conforme desenho abaixo: (Sistema Absoluto)
N1 N1
N2 N2
N3 N3
N4 N4
N5 N5
N6 N6
N7 N7
N8 OU N8
N9 N9
N10 N10
N11 N11
N12 N12
N13 N13
35
N14 N14
N15 N15
A tarefa O método O objetivo A solução
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