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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

FACULDADE DE AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA AGRÍCOLA E ÁGUA RURAL
RELATÓRIO DE ESTÁGIO RURAL
Regadio do Baixo Limpopo Empresa Pública RBL, E.P

Avaliação Operacional do Projecto de Descarga Secundaria de Água de Drenagem na


Estação de Bombagem Umbape.

Nome: Codigo:

Euler Joao Pedro Marapusse--------------------------------------------------------------------- 2017535

Tutor Académico:

Eng° Moises Buduio

Eng° Ezar Nharreluga

Tutor da empresa:

Eng° André Chongo

Lionde, Dezembro 2019


Índice

1 Introdução .............................................................................................................................. 1
1.1 Objectivos ........................................................................................................................ 2
1.1.1 Geral: ....................................................................................................................... 2
1.1.2 Específicos: .............................................................................................................. 2
1.2 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA ............................................................................... 2
1.3 METODOLOGIA DE TRABALHO ............................................................................ 3
2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................... 4
2.1 Localização da área de Estudo ...................................................................................... 4
2.2 Breve historial do Regadio do Baixo Limpopo ............................................................ 4
2.3 Organograma da Empresa RBL, E.P ........................................................................... 5
2.3.1 Organograma da Direcção de Manutenção .......................................................... 5
2.4 Missão e Visão do Regadio do Baixo Limpopo ............................................................ 6
2.4.1 Missão....................................................................................................................... 6
2.4.2 Visão ......................................................................................................................... 6
2.5 Principais Infra-Estruturas Existentes......................................................................... 6
2.6 Estação de Bombagem ................................................................................................... 6
2.6.1 Estação de Bombagem UMBAPI ........................................................................... 7
2.7 Vias de Acesso ................................................................................................................. 7
2.8 Valas de Rega e Drenagem ............................................................................................ 7
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 8
3.1 Topográfia ....................................................................................................................... 8
3.1.1 Levantamento Topográfico .................................................................................... 8
3.1.2 Nivelamento ............................................................................................................. 8
3.1.3 Declividade ou Inclinação....................................................................................... 8
3.2 Canais revestidos ............................................................................................................ 8
3.3 Aterros convencionais .................................................................................................... 9
3.4 Compactação................................................................................................................... 9
3.5 Betão ................................................................................................................................ 9

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3.6 Slump Test ...................................................................................................................... 9
3.7 Irrigação .......................................................................................................................... 9
3.7.1 Irrigação localizada .............................................................................................. 10
3.7.2 Eficiência de aplicação .......................................................................................... 10
3.8 Condutividade Eléctrica (CE) ..................................................................................... 10
4 DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES ................................................................................. 11
4.1 Betonagens .................................................................................................................... 11
4.1.1 Teste de trabalhabilidade do Betão ..................................................................... 11
4.1.2 Teste de Resistência Característica a Compressão ............................................ 12
4.2 Levantamento Topografico ......................................................................................... 13
4.3 Análise do Solo.............................................................................................................. 14
4.3.1 Resultados dos Ensaios Laboratoriais ................................................................ 14
4.4 Compactação do Solo para construção do Aterro de reposição do dique da ARA-
Sul..............................................................................................................................................15
4.4.1 Nivelamento do aterro .......................................................................................... 15
4.5 Cálculo da Vazão de descarga máxima das condutas de descarga da vala ............ 16
4.6 Levantamento de Cotas com o GPSmap .................................................................... 16
4.7 Monitoramento de Qualidade da Água ...................................................................... 16
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO .................................................................................................. 17
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 18
7 RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................... 19
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 20
9 ANEXOS............................................................................................................................... 21
9.1 Dimensionamento de sistema rega localizado`(Gota-a-Gota) .................................. 23
9.1.1 Mapa de determinação da área para a concepcao do sistema de rega ............ 23
9.2 Resumo dos cálculos do dimensionamento ................................................................ 23

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Sistema de rega localizado (rega por gotejamento).......................................................10
Figura 1.2- irrigação localizada por gotejamento..........................................................................10
Figura 1.3 - Gotejador do tipo on-line ...........................................................................................10
Figura 2 - Betonagem da fundação da obra....................................................................................11
Figura 2.1 - Lançamento do Betão.................................................................................................11
Figura 2.2 – Mediçã da altura do abatimento.................................................................................12
Figura 2.3 – Slump test realizado...................................................................................................12
Figura 2.4 – Corpos de prova para análise de resistência característica a compressão...................13
Figura 3 – Levantamento topográfico para confirmação da inclinação..........................................13
Figura 4 – Compactação do solo para construção do aterro...........................................................15
Figura 5 – Nivelamento do aterro..................................................................................................15
Figura 6 – Levantamento de cotas para a elaboração do mapa.......................................................21
Figura 7 – Medição da condutividade eléctrica da água.................................................................21
Figura 8 – Valas cobertas por vegetação........................................................................................22
Figura 9 – Mapa do campo............................................................................................................23

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Resultados dos ensaios no laboratório...........................................................................14
Tabela 2: Calculo de vazão de descarga máxima..........................................................................16
Tabela 3: Resultados do teste de compressão do betão..................................................................22
Tabela 4: Dimensionamento de sistema de rega por gotejamento..................................................24

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iv
RELATORIO DE ESTAGIO RURAL NO RBL, EP 2019 06/12/2019

1 Introdução
A água é um componente essencial para todos os seres vivos. Embora seja uma das mais simples
substâncias químicas da natureza, possui propriedades únicas que promovem uma ampla variedade
de processos físicos, químicos e biológicos. Segundo(LUNA, 2013), a água tem sido muito
importante desde a antiguidade, visto que, mesmo as primeiras civilizações que surgiram, se
instalaram em áreas costeiras ao longo de cursos de água. Mas o principal desafio era conduzi-la
e armazena-la, podendo assim utiliza-la para irrigar áreas férteis e conseguir produzir o suficiente
para a sua sobrevivência.

A utilização das águas de drenagem é factível quando é devidamente misturada com quantidades
disponíveis de água de irrigação tais como as perdas operacionais e as do tramo final dos canais
de irrigação, escorrimento superficial de irrigação, com efluentes de estações de tratamento de
águas depuradas e águas de despejos doméstico e industrial. O acesso capilar da água subterrânea
pode chegar a ser também parte do fluxo de água de drenagem. Certamente que a água de áreas
húmidas alimentadas pela chuva é geralmente de alta qualidade (ALMEIDA, 2010).

A agricultura é uma das actividades mais praticadas em todo o mundo, mas ultimamente com a
variação dos factores climáticos a agricultura de sequeiro tornou-se numa actividades de risco e
não viável, isso faz com que se procure mecanismos para reduzir a alta dependência pêlos factores
climáticos, e infra-estruturas de armazenamento e condução de água para o uso agrário. De acordo
com Caputo, (1998), na construção dessas infraestruturas um dos maiores riscos que se pode correr
no campo de Engenharia de Construções é iniciar uma obra sem um conhecimento tão perfeito do
terreno (rocha ou solo) de fundação. Porque todas as obras de Engenharia assentam sobre o terreno
e inevitavelmente requerem que o comportamento do solo seja devidamente considerado.

Este trabalho centra-se na avaliação operacional da construção do projecto de descarga secundária


na estação umbape no RBL E.P, e da descrição das actividades realizadas na empresa no âmbito
do estágio rural. Onde espera-se conciliar o conteúdo leccionado, com as actividades realizadas no
estágio trazendo uma análise e discução dos conteúdos tratados para consolidar os componentes
teóricos pelas práticas, pois o estágio é a fase átraves da qual se supera desafios e ganha se
habilidades de trabalho.

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Palavras-chave: Engenharia de Construções, infra-estruturas de armazenamento e condução de


água.

1.1 Objectivos
1.1.1 Geral:
 Descrever as actividades realizadas na empresa Regadio do Baixo Limpopo E.P no âmbito
do estagio rural dando ênfase a avaliação operacional de construção do canal de descarga
secundária de água de irrigação e drenagem na estação UMBAPI.

1.1.2 Específicos:
 Especificar as actividades realizadas diariamente;
 Acompanhar e Analisar os métodos de construção do canal de descarga secundária;
 Confirmar a topográfia e a inclinação da base do canal em construção;
 Proceder com a análise (teste de compressão e trabalhabilidade) do betão;
 Demostrar os resultados obtidos na análise do solo para a reposição do dique;
 Realizar o cálculo da vazão de descarga máxima da vala secundária;
 Monitorar a qualidade de água nas infra-estruturas de rega e drenagem do campo ;
 Proceder com apresentação de proposta de dimensionamento de um sistema de rega numa
área de 78ha;
 Fazer o levantamento topográfico de coordenadas do campo de 78ha para elaboração do
mapa da área com o GPSmap 75.

1.2 PROBLEMA E JUSTIFICATIVA


O Regadio do Baixo Limpo a quanto da sua história passou por varias dificuldades que culminaram
na sua falência, com isso muitas infra-estruturas foram danificadas, sendo assim houve
necessidade de se criar uma empresa gestora RBL E.P. com objectivo de fazer a operação,
manunteção do sistema. Pois a falta de um sistema de rega e drenagem bem dimensionado no
perímetro irrigado, pode limitar a capacidade dos produtores de pequeno e médio pórter, assim
como a Empresa RBL na realização com regularidade e qualidade das actividades de produção
agrícola.

O Projecto de construção do canal de descarga secundária concebido visa minimizar os custos de


operação e reduzir a taxa de facturas elevadas de consumo de energia pelas bombas de drenagem,

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e garantir uma drenagem óptima com maior capacidade de descarga afim de possuir uma boa
gestão da água de rega e drenagem para prática de actividades agrícolas, e o manejo do sistema de
rega e drenagem em condições óptimas. A escolha de local de estágio deve-se ao interesse em
compreender na prática regular relacionada com sistema de rega e drenagem.

1.3 METODOLOGIA DE TRABALHO


Para a realização do presente trabalho, optou se na revisão de algumas literaturas, estudos feito por
vários autores a cerca de rega e drenagem, bibliografias relacionadas aos métodos e parâmetros e
normas a serem usadas na construção de canais e infra-estruturas de descarga de águas, literaturas
de sistemas de rega por gota-a-gota e nos trabalhos de campo feitos pela equipa da execução das
actividades de campo.

Foram usados alguns matériais necessários para a realização das actividades deste trabalho, foi
necessária uma colaboração de uma equipa de técnicos e operadores de máquinas que auxiliaram
na realização das actividades, assim como no dimensionamento do sistema de rega proposto. Os
materiais usados para a realização das actividades são: GPSmap 75, Softwares de mapeamento e
os Softwares Crop e Clim watter para a obtenção de dados climaticos da região e alguns cálculos
do dimensionamento agronômico.

Máquinas e equipamentos usados na realização das actividades:

 Escavadora
 Motoniveladoras
 Camiao Basculante 18m3;
 Camião Guruá;
 Cilindro Compactador 7 Ton;
 Estação total;
 GPRS Hiper Topcom;
 Pá carregador 3m3;
 Camião Betoneira;
 GPSmap 75;
 Condutivimetro SD320 Con.

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2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
2.1 Localização da área de Estudo
O Distrito de Xai-Xai, situa-se a sul da Província de Gaza, entre as latitudes 25º Norte e 25º 10’
Sul e entre as Longitudes 45º 29’ Este e 33º 30’ Oeste. Tem uma altitude Máxima de 96m e ocupa
uma superfície de 1.908 Km². É limitado, a norte pelos Distritos de Chibuto (Posto Administrativo
de Malehice) e Chókwè, a sul pelo Oceano Indico, a este pelo Distrito de Manjacaze e a Oeste pelo
Distrito de Bilene. (PNUD e FAO. 2010).

2.2 Breve historial do Regadio do Baixo Limpopo


O Regadio do Baixo Limpopo localiza-se na Província de Gaza, distrito de Xai-Xai e existe desde
1952. Após a independência, o regadio esteve sob gestão de cooperativas agrícolas e empresa
Estatal Sistema de Regadio do Baixo Limpopo (SRBL), com um sistema dualista de produção
agrícola: sistema de produção cooperativo versus estatal e sistema de produção familiar versus
comercial. Esta empresa passou por várias dificuldades que culminaram na sua falência, sendo as
cheias de 2000. A partir desde período, houve uma transformação destes sistemas, passando as
áreas exploradas pelas cooperativas para explorações do tipo familiar organizadas em associações
e estas, por sua vez, aglomeradas em Casas Agrárias.
O decreto ministerial no 5/2010 de 23 de Março, criou a Empresa Pública do Regadio do Baixo
Limpopo, abreviadamente designado por RBL.EP, cuja missão é promover o desenvolvimento da
economia agrária da região do Baixo Limpopo, através da assistência técnica, prestação de serviços
aos sistemas de produção agrícola no perímetro irrigado e do incentivo à criação de uma
comunidade empresarial que opere na cadeia de valor de produção agrícola, através de ligação
com mercado sustentáveis a longo prazo. Este regadio conta agora com 70.000ha localizados no
distrito de Xai-Xai (80%) e os restantes 20% no distrito de Chibuto sob gestão do Regadio do
Baixo Limpopo Empresa Pública.

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2.3 Organograma da Empresa RBL, E.P

2.3.1 Organograma da Direcção de Manutenção

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2.4 Missão e Visão do Regadio do Baixo Limpopo


2.4.1 Missão
Promover o desenvolvimento da economia agrícola da região do Baixo Limpopo, garantindo: (a)
apoio e prestação de serviços aos sistemas de produção agrícola no perímetro irrigado do Baixo
Limpopo, (b) incentivo da criação de uma comunidade empresarial que opere na cadeia de valor
da produção agrícola. Estas ações só serão possíveis com uma rentabilização das infraestruturas
hidráulicas existentes e o estabelecimento de ligações sustentáveis de médio e longo prazo de
produtores com o Mercado.

2.4.2 Visão
Estabelecer na região uma comunidade empresarial, através da exploração do regadio, com
expressão regional, assente no desenvolvimento dos diversos sistemas de produção agrícola
eficientes e rentáveis, com ligações de mercado ostentadas pelo aumento progressivo do valor
acrescentado na cadeia de valor dos produtos agrícolas.

2.5 Principais Infra-Estruturas Existentes


A Empresa Regadio do Baixo Limpopo para a realização com regularidade e qualidade das suas
actividades possui várias infra-estruturas, tais como: Estações de Bombagem, Vias de acesso e
Valas de rega e Drenagem.

2.6 Estação de Bombagem


O RBL para fins de Rega e Drenagem foram instaladas várias estações de bombagem ao longo do
Rio Limpopo para captação de água para rega e para processo de drenagem no mesmo Rio. As
estações de Bombagem principais são as seguintes:

 Estação de bombagem UMBAPI;


 Estação de bombagem de Ponela Norte;

 Estação de bombagem de Chimbonhanine Sul;

 Estação de Bombagem de Chimbonhanine Norte;

 Estação de bombagem de Magula.

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2.6.1 Estação de Bombagem UMBAPI


A estação de bombagem de UMBAPI é considerada como estação mãe, tem duplo funcionamento,
isto é, opera-se para fins de rega e drenagem. A estação é composta por 4 eletrobombas de rega
com capacidade de 0,32 m3/s cada e 4 eletrobombas de drenagem com uma capacidade de 1,96
m3/s. Normalmente os dois processos, de rega e drenagem, ocorrem simultaneamente, a água é
drenada dos blocos Machongos para a albufeira, de albufeira dependendo da quantidade necessária
para a rega no nos blocos de Ponela a água captada para um reservatório circular construída no
local com finalidade de armazenar agua para irrigação. Após a captação de água para o reservatório
usando sistema de bombagem dependendo do nível de água existente na albufeira, as 4 bombas
tem função de bombear a água para drenar no rio. A distribuição de água no campo é feito por de
caixa de distribuição, onde no local foram instaladas 20 caixas de distribuição de água canalizadas
por meio de tubagens, alimentadas por um reservatório.

2.7 Vias de Acesso


Para melhor acesso a áreas de produção, o RBL se responsabiliza por reabilitação de vias de acesso
ao longo do Regadio, São usadas vias de acesso de tipo Estradas rurais (terra abatida), ao longo
das estradas rurais foram construídas várias pontes hidráulicas a fim de permitir boa
tranzitabilidade de máquinas e outros, permite também a travessia de várias condutas de água para
rega e drenagem. Em alguns pontos, nas valas foram construídas pontes de madeira permitindo
deste modo a tranzitabilidade de produtores para as suas áreas de produção.

2.8 Valas de Rega e Drenagem


Ao longo do Regadio foram implantadas diferentes condutas de água, destacando valas de rega e
drenagem. Na sua maioria essas infra-estruturas partem desde valas primárias, secundarias até
terciarias, quanto a sua secção transversal são do tipo trapezoidal. Em cada bloco de produção
contem uma vala de rega e de drenagem. No caso de blocos com solos machongos não há
necessidade de canais de rega, uma vez que a rega é tradicional, isto é, é feito através da elevação
do nível freático. Nesses solos luta-se apenas na instalação de valas de drenagem, visto que na
época chuvosa os campos ficam totalmente inundados.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Topográfia
Segundo BORGES (1997), a Topográfia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e
posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura
resultante da esfericidade terrestre. Contudo actualmente o estudo da topográfia é muito vasto face
às técnicas e metodologia por ela empregue. (Antunes, 1995).

3.1.1 Levantamento Topográfico


O levantamento topográfico consiste em um conjunto de operações com a finalidade de determinar
a posição relativa de pontos na superfície terrestre. As determinações são oriundas de medições
lineares, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, e, angulares, ligando os pontos descritores
dos objectos a serem representados com posteriores processamentos em modelo matemático
apropriado. Com equipamentos adequados à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e
materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes
pontos se relacionam os pontos de detalhes visando à sua exacta representação planimétrica numa
escala predeterminada e à sua representação (BORGES 1997).

3.1.2 Nivelamento
Segundo Antunes, (1995) citado por (Sitoe, 2015) O nivelamento é a operação de altímetria que
permite determinar as distâncias verticais entre planos horizontais, ou entre superfícies de nível
(Superfícies equipotenciais). Permite ainda a atribuição de valores de altitude absoluta, por
transporte de cotas (altitudes relativas ao nível médio das águas do mar).

3.1.3 Declividade ou Inclinação


É definida pela razão entre a diferença de nível entre 2 pontos do perfil e a distância horizontal
entre os mesmos, sendo o resultado multiplicado por 100. É expressa em percentagem. (Phinhal,
14/02/2009).

3.2 Canais revestidos


Segundo Bureau of Reclamation, (2002) citado por Luna, (2013), diz que Canais revestidos são
aqueles em que há algum material específico fazendo uma espécie de “capa” impermeável acima
do solo no qual o canal foi entalhado. Diferentes tipos de revestimentos oferecem melhor ou pior

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solução para os variados casos, não existindo um revestimento que seja bom para todas as
situações.

3.3 Aterros convencionais


Os aterros são obras geotécnicas que têm um vasto campo de aplicação e constituem parte
integrante de barragens, diques, estradas, aeroportos e portos. Este tipo de obras tem vindo a
aumentar não só em número, mas em dimensão também, sobretudo devido aos esforços para
resolver o problema da escassez de energia e água (SILVA, 2014).

3.4 Compactação
Compactação é a designação dada ao processo de densificação do material por aplicação de energia
mecânica, consiste na redução do volume da amostra inicial por reajuste das partículas
constituintes do meio e expelição do ar presente nos vazios (SILVA, 2014).

Compactação do solo é um método de melhoramento de terrenos que é utilizada para aumentar a


densidade, resistência ao corte, reduzir os assentamentos e controlar a permeabilidade dos solos.

3.5 Betão
O betão é um material de construção resultante da mistura, em quantidades racionais, de
aglomerante (cimento), agregados (pedra e areia) e água. Logo após a mistura o betão deve possuir
plasticidade suficiente para as operações de manuseio, transporte e lançamento em formas,
adquirindo coesão e resistência com o passar do tempo, devido às reações que se processam entre
aglomerante e água.

3.6 Slump Test


Executado sempre no momento em que o concreto está sendo descarregado do caminhão betoneira,
o abatimento de tronco de cone, mais conhecido como “Slump Test” consiste na verificação das
propriedades solicitadas do concreto armado no estado fresco. (NBR 67,1998).

3.7 Irrigação
Irrigação pode ser definida como sendo a aplicação artificial de água ao solo, em quantidades
adequadas, visando proporcionar a umidade adequada ao desenvolvimento normal das plantas nele
cultivadas, a fim de suprir a falta ou a má distribuição das chuvas.

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3.7.1 Irrigação localizada


É o método em que a água é aplicada diretamente sobre a região radicular, com pequena
intensidade e alta freqüência.

Figura 1 – Sistema de rega localizado (rega por gotejamento).

3.7.1.1 Gotejadores
Os gotejadores são emissores que distribuem com elevada eficiência (95%), a água sob a forma de
gota a gota. Têm por função conduzir a água que se encontra sob pressão dentro da tubulação para
o sistema radicular da planta, por meio de gotas (Figura 1.2). Os gotejadores são instalados na
parede externa da tubulação de polietileno (on-line), em quantidade e distâncias preestabelecidas
no projeto (Figura 1.3).

Figura 1.2- irrigação localizada por gotejamento. Figura 1.3 - Gotejador do tipo on-line.

3.7.2 Eficiência de aplicação


É um parâmetro que permite ilustrar em que medida um determinado sistema de rega é eficiente
no transporte da água até a planta. A eficiência de aplicação depende do método de rega.(irrigação
por sulcos ou bacias 60%, aspersão 75%, e irrigação localizada 90%), (FAO, 2014).

3.8 Condutividade Eléctrica (CE)


Se refere a capacidade que uma solução aquosa possui em conduzir corrente eléctrica. Esta
capacidade depende basicamente da presença de iões, da concentração total, mobilidade, valência,
concentrações relativas e medidas de temperatura. A condutividade é medida por Condutivímetro
e é expressa em μS/cm ou mS/cm (CLESCERI et al. citado por COLOMBO, 2011).

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4 DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES


As actividades de campo realizadas no âmbito de estágio para auxiliarem no programa de execução
do projecto de construção de descarga secundária de água de rega e drenagem no rio Limpopo são:

Betonagens; Teste de trabalhabilidade do betão (Slump test); Teste de resistência do betão


a compressão; Levantamento topográfico; Análise do solo; Compactação; Nivelamento do
aterro do dique do canal.

4.1 Betonagens
Para a betonagem no canteiro de obra a principal etapa foi a dosagem, pois foram ensaidas as
operações para obtenção de bom betão levando muito em conta a sua mistura. A partir do
lançamento elaborou-se os testes de resistência onde foi ensaiado o Slump test ou Abatimento para
observar se o betão estava nas condições requisitadas no projecto, após isso, retiraram-se os corpos
de prova e o seu rompimento em laboratório levantaram-se os dados da sua resistência. Realizou-
se 7 vezes a betonagem na obra, onde eram solicitados camiões betoneiros de capacidade
diferenciadas de acordo com a quantidade do betão que era necessária na obra, chegavam a ser
solicitados camiões betoneiros de 7m3 a 12m3 num so único dia.

Figura 2 - Betonagem da fundação da obra. Figura 2.1 - Lançamento do Betão.

4.1.1 Teste de trabalhabilidade do Betão


A trabalhabilidade do betão está ligada a maneira de como é realizado seu adensamento. Para
confirmar se a trabalhabilidade do betão ia de acordo com as especificações do projecto, fez-se a
análise da trabalhabilidade recorrendo ao slump test que é o teste mais usado e que é feito no local
da obra antes de se fazer o lançamento deste a obra.

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4.1.1.1 Slump Test


As ferramentas usadas no teste são descritas a seguir:

Camião betoneira; Carinha de mão; Concha metálica; Colher de Pedreiro; Moldes


cúbicos;Tronco de cône para abatimento; Haste de abatimento ou adensamento; Placa
metálica de base para abatimento; Régua metálica.

O teste iniciou com a chegada do camião betoneiro a obra, onde primeiro fez-se uma mistura no
local quando o camião chegou e coletou-se uma amostra com o carinho de mão, em seguida
assentou-se a placa de base e sobre ela o tronco-cônico que foi preenchido pela primeira camada
e com a haste de socamento foram aplicados 25 golpes atingindo a base do cône. Preenchidas mais
duas camadas e cada golpeada 25 vezes sem penetrar a camada inferior, após a compactação da
última camada retirou-se o excesso e alisou-se a superfície com uma régua metálica enseguida o
cône foi retirado e invertido, lentamente removido e colocou-se o haste sobre o cône invertido para
medir o abatimento (a distância entre o topo do molde e o ponto médio da altura do tronco do betão
moldado). Com o teste realizado concluio-se que este possuia a trabalhabilidade descrita ou seja
recomendada no projecto.

Figura 2.2 – Mediçã da altura do abatimento. Figura 2.3 – Slump test realizado.

4.1.2 Teste de Resistência Característica a Compressão


O teste de resistência a compressão do betão foi realizado nos laboratórias da ANE, este fez-se
usando o ensaio de corpos de prova que foram submetidos a compressão centrada. O ensaio é
rápido onde o aumento da tensão ocorre gradativamente até ocorrer a ruptura do betão analisado.
A moldagem e coleta dos corpos de prova foi feita enquanto descarregava-se o betão da betoneira,
o betão foi misturado com uam colher de pedreiro antes de ser colocado dentro do molde para
garantir a homogenização e eliminar os vazios no interior do betão, a moldagem levou menos de

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15 minutos depois de colhida a amostra os corpos de prova foram identificados e armazenados na


obra durante 24 horas protegidas ao alcance de intemperies. Após às 24 horas foram transferidas
para os laboratórios da ANE - xai-xai, onde foram submetidos aos ensaios depois dos 7 e 28 dias.

Os resultados do teste de resistência a compressão do betão sao ilustrados na tabela 4 nos anexos.

Figura 2.4 – Corpos de prova para análise de resistência característica a compressão.

4.2 Levantamento Topográfico


O levantamento topográfico foi um a actividade indispensável realizada para a confirmação da
inclinação da vala e da estrutura. A actividade foi marcada inicialmente para o dia 23 de outubro
em que pretendia se fazer o levantamento usando o GPRS Hiper da marca Topcom, mas não foi
possível devido as condições climáticas, pois a base do GPRS não conseguia conectar-se ao satélite
ficando sem sinal. No dia seguinte pelas 9 horas e 33 minutos fez-se o levantamento usanda a
máquina de topográfia Total Station, através do qual foram levantadas as cotas do canal em
construção e do que ja existia. Após o levantamento de todas as cotas, os dados foram organizados
num ficheiro e processados no AutoCade Civil 3D 2016 onde confirmou-se a inclinação ja
estabelecida e determinada no projecto que é de 1/1000.

Figura 3 – Levantamento topográfico para confirmação da inclinação.

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4.3 Análise do Solo


A análise do solo foi realizada no solo escavado na obra na abertura da vala, para a obtenção dos
solos para a compactação e construção do aterro do dique do canal. Os ensaios foram realizados
pelos laboratórios da ANE Delegação da Província de Gaza em xai-xai onde analisaram-se todos
parâmetros neceessários para a obtençâo do solo com características óptimas para acompactação,
em que antes a amostra foi secada em estufa para a realização dos ensaios. A determinação dos
parâmetros de caracterizaçâo do solo fez através dos seguintes ensaios laboratóriais:

Ensaio de compactação Proctor Modificado AASTHO;


CBR;
Limites de Atterberg;
Granolometria.

4.3.1 Resultados dos Ensaios Laboratoriais


Feitos os ensaios laboratóriais na amostra do solo, constatou-se que os solos tem características
calcarias e granulares. Contudo concluio-se que este solo é proprio para a construção de aterros e
diques de estradas segundo a classificação nas normas de execução série 700 e 800 AASTHO.

Os resultados dos ensaios são os seguintes:

 O teor de plasticidade e elevado sendo de 19%;


 Baridade máxima seca de 1.521 kg/cm3;
 O teor de humidade de 27.4%;
 CRB – Ensaio feito ao solo para determinar a capacidade de suporte de cargas foi 7.2%;
 Modulo Granulometrico M.G e de 1.02%.

Tabela 1: Resultados dos ensaios no laboratório

Resultados dos Limites de Atterberg


Limite de Liquidez 45,4%
Limite de Plasticidade 26,4%
Índice de Plasticidade 19,0%
Limite Retração 7,3%

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4.4 Compactação do Solo para construção do Aterro de reposição do dique da ARA-Sul


Após a análise do solo, foram iniciadas activiadades de compactação do solo para a construção do
aterro do dique de estrada de passagem sobre a estrutura de descarga do canal, a compactação foi
realizada com uma humidade óptima de 27.4% e barridade de 1.521 kr/cm3. A máquina de
compactação usada foi o Cilindro Cmpactador.

Figura 4 – Compactação do solo para construção do aterro.

4.4.1 Nivelamento do aterro


Este processo consistiu em deixar o aterro mais plano e em atribuir uma cota uniforme em todo o
aterro, fazendo-se cortes onde necessário. Após o a compactação e construção do aterro do dique
passagem, verificou-se que havia necessidade de nivelar o aterro, e foi usado neste processo uma
moto niveladora. O operador colocava a lâmina da niveladora sobre o aterro de modo a determinar
a cota desejada e fazia cortes onde necessário a fim de deixar o aterro nivelado.

Figura 5 – Nivelamento do aterro.

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4.5 Cálculo da Vazão de descarga máxima das condutas de descarga da vala


Foi proposto fazer um exercício de cálculo da vazão de descarga máxima da vala para se ter
conhecimento da capacidade de descarga em condições dessa encontrar-se preenchida totalmente.
São quatro condutas de betão com secção rectangular de 1m de base e 1.5 de altura interna.

Os valores dos cálculos são encontrados na tabela a seguir.

Tabela 2: Calculo de vazão de descarga máxima.

Dados da conduta Formulas Resultados dos cálculos


Largura interna = 1 m 𝐴=𝐿∗𝐶 𝐴𝑚 = 1.5𝑚2
Comprimento interno = 1.5 m 𝑃𝑚 = 2𝑏 + 2ℎ 𝑃𝑚 = 5𝑚
Altura interna = 1.5 m 𝑅ℎ = 𝐴𝑚/𝑃𝑚 𝑅ℎ = 0.3𝑚
Inclinação = 0.001 1 𝑉 = 2.49 𝑚⁄𝑠
𝑉= ∗ 𝑅ℎ2/3 ∗ 𝐼1/2
𝑛
Rugosidade = 0.018 𝑄 =𝑉∗𝐴 𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 14.94 𝑚3 /𝑠

4.6 Levantamento de Cotas com o GPSmap


Esta actividade foi realizada para o auxílio no dimensionamento de sistema de rega proposto para
uma área de78h. O mapa serviria para dar as dimensões do campo e de como organizar o sistema
e as máquinas no campo, foram levantadas 24 cotas no total e o mapa foi elaborado com o software
ArcGIS e com ajuda do funcionário da empresa Armado na sede da empresa.

4.7 Monitoramento de Qualidade da Água


O monitoramento da qualidade da água consistia no controle de nível de salinidade presente na
água de rega, fazia-se medições da condutividade eléctrica da agua na vala Umbapi, na Albufeira
da Estação, no Rio, na Estação de ponela norte e na Vala colectora de ponela norte assim como
nas 5 comportas. A medições feitas mostraram que os níveis eram elevados e a condutividade
variava de 1185μs/cm a 8,92μs/cm entre os pontos monitorados.

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5 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Constatou-se que na betonagem o engenheiro da obra ordenou que se acrescenta-se água ao betão,
pois este possuia as características do projecto mas não apresentava uma trabalhabilidade que leva-
se em conta o método de lançamento adoptado. A trabalhabilidade depende, além da consistência
do concreto, de características da obra e dos métodos adotados para o transporte, lançamento e
adensamento do concreto. O que costuma ocorrer na obra, nestes momentos de difícil aplicação é
de o encarregado pela concretagem solicitar para colocar água no concreto, alterando as
características do mesmo (PORTAL DO CONCRETO, 2018). A relação entre água e cimento é
essencial para a resistência do concreto e não pode ser quebrada.

Para Motter (2010, p. 30) a finalidade da cura é de manter a quantidade de água necessária para
hidratação total do cimento e impedir a ocorrência de retração no concreto no período em que
ainda possua pequena resistência. No entanto Sussekind (1980, p. 371) afirma que enquanto não
atingir endurecimento satisfatório, o concreto deverá ser protegido contra agentes prejudiciais, tais
como mudanças de temperatura, secagem, chuva, água torrencial, agente químico, bem como
contra choques e vibrações de intensidade tal que possa produzir fissuração na massa do concreto
ou prejudicar a sua aderência à armadura.

Observou-se que durante um dos dias da betonagem não foi betonada toda armadura da talude da
vala, terminou-se a betonagem no dia seguinte. O que poderia causar aparecimento de fissuras na
armadura pois a primeira camada lançada ja hávia começado com o processo de cura e secagem
da camada, à introduzida a posterior podia não aderir a outra devido a diferença de umidade.

A subida da CE da água nas estacões de Ponela e Umbapi deve-se a mistura da água de rega com
os fertilizantes e adubos usados também com a mistura da água do rio com a do oceano, que entra
da foz do rio com a subida do nível da água do mar que tem uma CE elevada (50-60 dS/m)
(LANNETTA e COLONNA, No 3), assim torna a imprópria para a irrigação comparada as
características químicas pré definidas para a irrigação (PH entre 6.5 e 8.5 e CE de 2,25 dS/m).

Durante o período do estágio rural no Regadio do Baixo Limpopo foram realizadas e, observou-
se a degradação das estruturas de rega e drenagem devido a falta de manutenção. Algumas das
valas deste local estão vegetalmente cobertas e apresentam um fluxo de água irregular e, em alguns
pontos a água não flui devido a vegetação dentro das valas.

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6 CONCLUSÃO
Após a realização do estágio no Regadio do Baixo Limpopo E. P, notou-se que a água de rega da
estação Umbapi tem se misturado com a água do rio que contem niveis de salinidade elevados e
com água da drenagem dos campos de Magula e Ponela Norte que traz consigo algumas
concentrações de adubos e fertilizantes, o que faz com que água da albufeira e colector Umbapi
seja afectado pela intrusão salina.

Pode notar-se a necessidade de minimizar os custos de opercao das bombas de rega e drenagem,
mas garantindo uma drenagem óptima e maior capacidade de descarga sem custos de operção e
manutenção elevados, concebendo uma infra-estrutura de descarga secundária da água de rega e
drenagem. Também constatou-se que no momento só estão operando duas bombas para rega e
drenagem.

Em algumas valas de rega e drenagem do campo do Ponela Sul do outro lado do colector Umbapi,
nota se a falta de manutenção senário que contribuí para uma drenagem e rega ineficiente.

Na actividade de estudos de projetos propostos, pode-se notar a falta de análise de algumas


variáveis indispensáveis para a execução de projectos. Dados de infiltracao do solo, só priorizando
o levantamento topográfico, e não considerando a morfologia do solo, usando dados obtidos em
estudos antigos e oferecios pelo software clim watter a FAO.

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7 RECOMENDAÇÕES
Durante o acto de estágio na empresa RBL, as dificuldades observadas foram a falta de transporte
e de um plano de actividade para os estagiarios, para tal recomenda-se a empresa a:

Criar condições de logística, garantir a segurança no trabalho, transporte para os


funcionários e estagiários e oferecer equipamentos que iram auxiliar no cumprimentos das
actividades ao (Botas de campo, capacetes de proteção);
Cumprir minimamente com os requisitos e planos, no acto de estágio garantindo a
passagem do estagiário por todos sectores da empresa para poder se familiarizar com todas
as actividades da empresa;
Passar a fazer estudos prévios com o intuito de arrecadar dados actuais, para auxiliarem na
implementação de qualquer projecto;
Para garantir a boa qualidade de água para a irrigação no regadio, sem riscos de afectar a
qualidade dos solos e perda das culturas, deve se identificar um período em que o nível do
rio esteja baixo e analisar a água antes do seu bombeamento para os campos de produção
e o controle de uso de fertilizantes e adubos em excesso o que contribui para má qualidade
da água;
Na construção de novas infra-estruturas que se especifique as características do betão não
só tendo em conta o tipo de obra, mas também o método de lançamento e adensamento do
betão para evitar-se mudanças das características especificadas no projecto;
Fazer-se a manutenção e limpeza das valas do campo do Ponela Sul;
O reparo e manutenção das duas bomas de rega que estão avariadas.

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADMISTRACAO NACIONAL DE ESTRADAS DELEGACAO PROVINCIAL DE GAZA.
ANE.; Análise de solo para construção de aterros de diques de passagem e Teste de resistência
característica do betão a compressão. Xai-Xai, 2019.

Almeida, t. (11/03/2010). Indústria hoje.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto -


Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

Antunes, C. (1995). Levantamentos topográficos. Lisboa.

BORGES, A. C., (1997), Topografia, 2a edição. São Paulo: Edgard Blücher.

CAPUTO, H. P., 1998. Mecânica Dos Solos E Suas Aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro: (L TC);
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.

FAO. (2014). Irrigation woter quality.

LUNA, H. D. (2013). MANUTENÇÃO EM CANAIS DE IRRIGAÇÃO REVESTIDOS EM


CONCRETO. Fevereiro.

M. lanneta e N. colonna, Série do Fasciculo: B, No 3, Salinização; LUCINDA.

MOTTER, D.C.; Fiscalização de Obras Públicas – Proposta de Check List e Recomendações para
o controle Tecnológico do Concreto em Obras Públicas. Curitiba/PR – 2010.

MUNHAME, M. O. (2017). Relatório de Estagio Rural. Xai-Xai

SILVA, B. V., 2014. Estabilidade de taludes de aterros não controlados de resíduos, Lisboa: s.n.

SUSSEKIND, J.C.; Curso de Concreto – Vol. 01 – Concreto Armado. Porto Alegre/RS – 1980.

Sitoe, H. J. (2015). Relatório de estagio rural. Xai-Xai.

PORTALDOCONCRETO,2006.Disponívelem:

http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/slump.html.

PHINHAL. (14/02/2009). Terminologia Arquitetônica.

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9 ANEXOS
São apresentadas a seguir algumas imagens que ilustram a realização de actividades como por
exmplo o monitoramento de qualidade de água de rega.

Figura 6 – Levantamento de cotas para a elaboração do mapa

Figura 7 – Medição da condutividade eléctrica da água.

As imagens a baixo suportam o ponto analisado no capítulo da análise e discussão, sobre a


degradação das estruturas de rega e drenagem devido a falta de manutenção e limpeza. Estas
servem de suporte ao que foi referido na analise e discussao sobre as valas do campo do ponela
sul.

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Figura 8 – Valas cobertas por vegetação.

Os resultados do teste de compressão do betão feitos no laboratório de materiais da ANE Gaza,


são apresentados na tabela 4 a baixo.

Tabela 3: Resultados do teste de compressão do betão.

Ite Classe de Dia da Tamanho Local de Betonagem Qualidade Dia do teste


m resistênci coleta 7 Dias 28 Dias
a
1 C25 08/08/2019 150*150*150 Laje de fundação de 4 15/08/2019 05/09/2019
admissão
2 C25 09/08/2019 150*150*150 Laje de fundação de 4 16/08/2019 06/09/2019
saída
3 C25 17/08/2019 150*150*150 Laje para fundação em 4 24/08/2019 14/09/2019
caixa de concreto
4 C25 04/09/2019 150*150*150 Caixa de concreto 4 11/09/2019 02/10/2019
5 C25 10/09/2019 150*150*150 Taludes de admissão e 4 17/09/2019 08/10/2019
saída do lado esquerdo
6 C25 13/09/2019 150*150*150 Taludes de admissão e 4 20/09/2019 11/10/2019
saída do lado direito
7 C25 18/09/2019 150*150*150 Parede de retenção 4 25/09/2019 16/10/2019

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9.1 Dimensionamento de sistema rega localizado (Gota-a-Gota)


Teve-se como uma das actividades do estagio, a apresentação de uma proposta de
dimensionamento para o campo do sector familiar, com uma área de 78ha e tendo como fonte de
captação de água a vala Umbapi. O mapa e as tabelas de resumo dos cálculos do dimensionamento
estão representados a seguir.

9.1.1 Mapa de determinação da área para a concepcao do sistema de rega

Figura 9 – Mapa do campo.

9.2 Resumo dos cálculos do dimensionamento


O sistema de rega a ser concebido consiste em rega por gotejamento constituído por um conjunto
motobomba, que vai elevar agua da vala umbape para o reservatorio elevado, dai a agua vai ser
distribuida por gravidad, e atravez da linha principal ,ate as linhas laterais. O sistema foi concebido
para horticulas, podendo regar outras culturas de menor necessidade hídrica.

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Tabela 4: Dimensionamento de sistema de rega por gotejamento.

Dimensionamento Agronômico

Características da Características do Características do Dados adicionais


cultura solo emissor
Tomate F = 0.6 q = 6.61𝑙 ⁄ℎ ⇒ 1.83 × IF = 8 dias
10−6 𝑚3 . 𝑠 −1
Prof. Raizes 25cm AD = 290mm/m Ee = 0.50 m IC = 7 dias

ETc = 3.77mm/dia Dg = 1.65g/m3 EL = 1 m Tempo = 14 h/dia


NAR= 22.62mm/dia VIB = 40mm/dia Pressão = 10 m.c.a Nr de subparcelas 13
Dnet = 29mm/dia Manutenção 1 dia
Dgross =32.22mm/dia Ea = 90%

Kc = 1.15 Ef. Bomba = 80%

Dimensionamento Hidráulico

Linha lateral Linha principal Linha de sucção e Características da bomba


recalque
Perd d carg 0.72m.c.a Compriment 608m Ds = 320mm 𝑝 = 0.059 𝐶𝑉
NLL = 606 NLL = 606 Dr = 300mm NPSHd = 3.531m.c.a
D = 71 mm C(material) 140 ∆hs = 0.582m 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 = 3.531𝑚. 𝑐. 𝑎
Ne/LL = 641 ∆hr = 2.215m Q = 0.0014m³/s
C(material) = 144
NeLL = 641 Nt emissor388 446 Hg = 5m Potência= 0.07 𝐶𝑉

Nrt emissor 388 446 q = 0.709 Hm = 7.80m Hm = 7.8m


q = 0.00117 ∆had 2.28m.c.a ∆Ht = 2.797m ղ = 80%
∆ = 2m.c.a D = 0.687m
F. correção 0.352 V = 1.99
Pi = 11.5 Dcomercial 0.68 m

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