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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA

INSTITUTO DE TECNOLOGIA – ITEC

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PROFESSOR: SELÊNIO FEIO DA SILVA

UNIDADE II: Barras Prismáticas Submetidas à Força Axial de Tração


[ NBR 8800/2008_Pág. 37_ 5.2 ]

2.1- Dimensionamento de barras prismáticas submetidas à força axial de tração:


Peças tracionadas são elementos estruturais onde atuam forças axiais, perpendiculares ao
plano da seção. No caso particular, quando a força é aplicada no centro de gravidade da seção,
denomina-se de tração simples. São peças de verificações simples, pois não envolvem o perigo
da instabilidade.
Na prática existem inúmeras situações em que encontramos elementos estruturais sujeitos à
tração, por exemplo: tirantes, contraventamento de torres e barras de treliças, etc. Encontra-se
também diversas formas para estes elementos, como: barras circulares, barras chatas, perfis
laminados simples, perfis soldados compostos etc. Os critérios de dimensionamento verificados
são:
a- O Escoamento da Seção Bruta: responsável pela deformação excessiva;
b- Ruptura de Seção Líquida Efetiva: responsável pelo colapso total da peça.
Um dos conceitos de maior importância neste dimensionamento é a determinação correta da
área da seção transversal e os coeficientes envolvidos. A partir dos resultados obtidos pelos
dois critérios, admite-se o de menor valor entre os dois resultados. As tensões são consideradas
uniformemente distribuídas na seção transversal, independentemente da peça apresentar
furos ou variações bruscas da seção caracterizando-se, portanto, no Regime Plástico (Fig. 1).

𝑵 = 𝝈𝑿 . 𝑨𝒈 𝑵 = 𝝈𝑿 . 𝑨𝒏

Figura 1: Consideração para a distribuição das tensões.


A peça tracionada da Figura 2, cuja conexão ao restante da estrutura é feita através de parafusos
apresenta furos o que enfraquece a seção transversal, causando uma concentração de tensões.
A tensão máxima, em regime elástico, chega a ser três vezes superior à tensão média (Fig. 2a).
Aumentando-se a força de tração, chega-se à ruptura. Porém, antes de se alcançar a ruptura,
toda a seção entrará em escoamento de forma que a concentração de tensões pode ser deixada
de lado. O escoamento da seção líquida conduz a um pequeno alongamento e não constitui um
estado limite.

(a) (b)
Figura 2: Peça tracionada com furos na seção transversal.

2.2- Condição de segurança


No dimensionamento de peças em estados limites últimos, procura-se garantir que a
Resistência de Cálculo (Rd) seja maior ou igual que a Solicitação de Cálculo (Sd).
Rd ≥ Sd ou: Sd ≤ Rd (1)
Para as peças submetidas ao esforço normal, que no caso é de tração, essa Resistência de Cálculo
será designada por NRd (Força Axial Resistente de Cálculo).
NRd = Nn/𝜸𝒂 (2)
Onde 𝜸𝒂 é um coeficiente de numeração para levar em conta as incertezas referentes ao
material estrutural e Nn corresponde a um esforço nominal último da peça tracionada. Assim
dois Estados Limites Últimos devem ser considerados:

a- Estado Limite de Escoamento da Seção Bruta:


𝐴 → Área Bruta da Seção Transversal
𝐴 𝑓 𝑓 → Resistência ao Escoamento do Aço
𝑁 = ; sendo: (3)
𝛾 𝛾 = 1,10 (Tabelado)
𝑁 = 𝐴 𝑓
b- Estado Limite de Ruptura da Seção Líquida Efetiva:
𝐴 = 𝐶 𝐴 → Área Líquida Efetiva
𝐶 ≤ 1,0 → Coeficiente de Redução
𝐴 𝑓
𝑁 = ; sendo: 𝑓 → Resistência à Ruptura do Aço (4)
𝛾
𝛾 = 1,35 (Tabelado)
𝑁 = 𝐴 𝑓
2.3- Determinação da área líquida efetiva: Ae
𝐶 → Coeficiente que leva em conta como
estão conectados os elementos que
𝐴 = 𝐶 𝐴 ; sendo: constituem a seção transversal. (5)
𝐴 → Á𝑟𝑒𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 → 𝐴 = 𝐴 − 𝐴
𝐴 → Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝐹𝑢𝑟𝑜
A área líquida, An, é calculada em regiões com furação na peça metálica tracionada, para ligação
ou qualquer outra finalidade. Em regiões onde não existam furos, a área líquida é igual a área
bruta do perfil. Em regiões com furos, feitos para ligação ou para qualquer outra finalidade, a
área líquida, An, de uma barra é a soma dos produtos da espessura pela largura líquida de cada
elemento, calculada como segue:
a) em ligações parafusadas, a largura dos furos deve ser considerada 2.0 mm maior que a
dimensão máxima desses furos, perpendicular à direção da força aplicada (alternativamente,
caso se possa garantir que os furos sejam executados com broca, pode-se usar a largura igual à
dimensão máxima);
b) no caso de uma série de furos distribuídos transversalmente ao eixo da barra, em diagonal
a esse eixo ou em ziguezague, a largura líquida dessa parte da barra deve ser calculada
deduzindo-se da largura bruta a soma das larguras de todos os furos em cadeia, e somando-se
para cada linha ligando dois furos a quantidade s2/(4g), sendo s e g, respectivamente, os
espaçamentos longitudinal e transversal (gabarito) entre esses dois furos (Figura 3);
c) a largura líquida crítica daquela parte da barra será obtida pela cadeia de furos que
produza a menor das larguras líquidas, para as diferentes possibilidades de linhas de ruptura;
d) para cantoneiras, o gabarito g dos furos em abas opostas deve ser considerado igual à
soma dos gabaritos, medidos a partir da aresta da cantoneira, subtraída de sua espessura;
e) na determinação da área líquida de seção que compreenda soldas de tampão ou soldas de
filete em furos, a área do metal da solda deve ser desprezada.
Obs.: Em regiões em que não existam furos, a área líquida, An, deve ser tomada igual à área bruta
da seção transversal, Ag.
2.3.1- Determinação da área líquida: 𝑨𝒏
a) Para Seções Transversais Retas:
1

NSd NSd
B

2
t

Figura 3: Gabarito entre dois furos

𝐴 = 𝐴 − 𝑛. 𝐴 𝑑 =𝑑 +f
𝐴 → Á𝑟𝑒𝑎 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜; 𝑑 → 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑒𝑐𝑡𝑜𝑟;
n → O número de furos; 𝑓 → Folga (Folga padrão = 1,5 mm)
𝐴 =t.𝑑 𝑑 = 𝑑 + 2 mm = (𝑑 + f) + 2mm
t → Espessura da chapa ou perfil; 𝑑 = 𝑑 + 3,5 mm
𝑑 → Diâmetro de cálculo do furo; 𝐴 = 𝐴 − 𝑛. 𝐴 = 𝐵. 𝑡 − 𝑛. (𝑡. 𝑑 )
𝑑 = 𝑑 + 2 mm 𝐴 = t. (B – n. 𝑑 )
𝑑 → Diâmetro nominal do furo; 𝐴 = t. (B – 2. 𝑑 )

𝑨𝒏 = t . (B – n. 𝒅𝒇 ) (6)

b) Para Seções Transversais Zigue-Zague:


Usa-se o comprimento empírico L* para cada segmento inclinado.
1

2
1
NSd g1 NSd
3
B
g2

t 5 s

Figura 4: Gabarito entre três furos em zigue-zague


𝑺𝟐
𝐴 = 𝐴 + 𝑨∗ − 𝑛. 𝐴 𝐴 = 𝑡. (𝐵 + − 𝑛. 𝑑 )
𝟒. 𝒈
𝐴 = 𝐵. 𝑡 + 𝑳∗ . 𝑡 − 𝑛. (𝑡. 𝑑 ) ; 𝑺𝟐
𝐿𝑛 = 𝐵 + − 𝑛. 𝑑
𝑺𝟐 𝟒. 𝒈
𝑳∗ = 𝟒.𝒈
→ Compr. Reduzido (Empírico).
𝑳𝒏 → 𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎.

𝑨𝒏 = 𝑳𝒏 . 𝒕 (7)
Para a Fig. 4:
a) Seção 1245:
𝐴 = 𝐴 − 2. 𝐴 = t . (B – 2. 𝑑 )
b) Seção 12345:

Ln = (B + ( .
+ .
) − 3. 𝑑 ); An = (B + ( .
+ .
) − 3. 𝑑 ) . t

2.3.2- Coeficiente de redução da área líquida: Ct


O coeficiente de redução da área líquida, Ct, tem os seguintes valores:
a) quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos elementos da seção
transversal da barra, por soldas ou parafusos:
Ct = 1,00
b) quando a força de tração for transmitida somente por soldas transversais:
Ct = Ac/Ag
, onde Ac é a área da seção transversal dos elementos conectados;
c) nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração for transmitida
somente por parafusos ou somente por soldas longitudinais ou ainda por uma combinação de
soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos) elementos da seção transversal
(devendo, no entanto, ser usado 0,90 como limite superior, e não se permitindo o uso de
ligações que resultem em um valor inferior a 0,60):
Ct = 1 – ec/Lc
, onde: ec é a excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico da seção da barra
ao plano de cisalhamento da ligação (em perfis com um plano de simetria, a ligação deve ser
simétrica em relação a ele e são consideradas, para cálculo de Ct, duas barras fictícias e
simétricas, cada uma correspondente a um plano de cisalhamento da ligação, por exemplo, duas
seções T no caso de perfis I ou H ligados pelas mesas ou duas seções U, no caso desses perfis
serem ligados pela alma - ver Figura 5;

VER NORMA [ NBR 8800/2008_Pág. 37_ 5.2 ]


2.4- Exercícios para Aprendizagem
2.4.1- Chapa simples tracionada com Tensões Admissíveis: Calcular a espessura necessária de
uma chapa de 100 mm de largura, sujeita a um esforço axial de 100 kN. Resolver o problema para
o aço MR250, utilizando o método das tensões admissíveis com 𝜎 = 0,6 𝑓 .

Figura 1: Chapa Submetida à Tração (Tensões Admissíveis)


Solução:
Para aço MR250, tem-se: fy = 250 MPa = 25 kN/cm2
𝜎 = 0,6 𝑥 250 = 150 𝑀𝑃𝑎 = 15 kN/cm2 (Tensão referida à área bruta)
Área bruta Necessária: 𝜎 = →𝐴 = = → 𝐴 = 6,67 𝑐𝑚2

𝐴 = 𝐵. 𝑡 → 6,67 = 10 x t → t = 0,67 𝑐𝑚 → t = 6,67 𝑚𝑚

(1/8)” = 3,18 mm
Espessuras → Adotar a chapa com espessura comercial de:
(1/4)” = 6,35 mm
comerciais t = (5/16)” = 7,94 mm; pois 7,94 mm > 6,67 mm.
(5/16)” = 7,94 mm

2.4.2- Chapa simples tracionada com Estados Limites: Seja o problema anterior, considerando
o valor de 100 kN como valor característico de carga variável de uso e ocupação.

Figura 2: Chapa Submetida à Tração (Estados Limites Últimos)

Solução: Escoamento da seção bruta (ESB): Ruptura da seção líquida (RSL):


𝐴 𝑓 𝐴 𝑓
𝑁, = 𝑁, =
𝛾 𝛾
Para aço MR250, tem-se: fy = 250 MPa = 25 kN/cm2
Nsd = 𝛾 .N = 1,5 x 100 = 150 kN
,
𝑁 = → 𝐴 = = 6,60 cm2 (Tensão referida à área bruta)

Área bruta Necessária: → 𝐴 = 6,60 𝑐𝑚2 → 𝐴 = 𝐵. 𝑡 →6,60=10xt → t = 0,66 𝑐𝑚 = 6,66 𝑚𝑚

(1/8)” = 3,18 mm
Espessuras → Adotar a chapa com espessura comercial de:
(1/4)” = 6,35 mm
comerciais t = (5/16)” = 7,94 mm; pois 7,94 mm > 6,67 mm.
(5/16)” = 7,94 mm
2.4.3- Emenda de Chapas Parafusadas. Duas chapas de 22x300 mm são emendadas por transpasse,
com 2 linhas de 4 parafusos de diâmetro 7/8”. a) Verificar se as dimensões das chapas são
satisfatórias, admitindo-se aço MR250 (ASTM A36) e furo padrão, a força axial de tração tem valor
característico de 300 kN para uma carga variável de uso e ocupação (q = 1.5). b) Verifique com o
valor característico igual a 950 kN. Caso os ELU não sejam atendidos, determine qual deverá ser a
menor dimensão da espessura (t) para atender a segurança.
Nsd
Nsd

Nsd = 300 kN
300 mm

Nsd

Figura 3: Emenda de Chapas por Transpasse


Solução:
a) Parâmetros Necessários:
a.1- Área Bruta: 𝐴 = 300 x 22 = 6 600 𝑚𝑚2
a.2- Área Líquida: 𝐴 = 𝐴 − 4. 𝐴 = (300 x 22) − 4. (22 + 3,5). 22 = 4 356 𝑚𝑚2
a.3- Esforços resistentes: NRd
Estado Limite de Escoamento da Seção Bruta: Estado Limite de Ruptura da Seção Líquida Efetiva:
,
𝑁, = = = 1 500x10 𝑁 𝑁, = = ,
= 1 290 667 𝑁
.

𝑁, = 1 500 𝑘𝑁 𝑁, = 1 291 𝑘𝑁

 O maior esforço resistente de cálculo que a peça suporta é: 𝑁 = 1 291 𝑘𝑁 (o menor)


a.4- Esforços Solicitantes: NSd
𝑁 = 𝛾 . 𝑁 = 1,5 x 300  𝑁 = 450 𝑘𝑁
Resp.: As dimensões da chapa são satisfatórias, pois: 𝑵𝑺𝒅 < 𝑵𝑹𝒅
b) Verificar com o valor característico igual a 950 kN:
𝑁 = 𝛾 . 𝑁 = 1,5 x 950  𝑁 = 1 425 𝑘𝑁
Resp.: As dimensões da chapa não são satisfatórias, pois: 𝑵𝑺𝒅 > 𝑵𝑹𝒅
b.1- As dimensões não são satisfatórias  Aumentar a área da seção.
,
𝑁 =  1 425 000 = ,
 𝐴 = 4 809 𝑚𝑚

𝐴 = 𝐴 − 4. 𝐴 = 𝐿 . 𝑡 − 4. 𝑑 . 𝑡 = 𝑡. (300 − 4 x 25.5)

4 809 = 𝑡. (300 − 4 x 25.5)  𝒕 = 𝟐𝟒, 𝟐𝟗 𝒎𝒎


b.2- Verificação para 𝑡 = 24,29 𝑚𝑚:
𝐴 = 300 x 24,29 = 7 287 𝑚𝑚  N = 1 656 kN > 𝑁  atende.
𝐴 = 4 809 𝑚𝑚  N = 1 425 kN = 𝑁  atende.
 Adotar: Chapa de 1” = 25,4 mm
2.4.4- Resistência de Cantoneira Simples com Furos. Considere a cantoneira L177,8x101,6x19,05,
com furos do tipo padrão para parafusos com diâmetro ¾”. a) Calcule a área líquida e o caminho
crítico da cantoneira. b) Determine o maior esforço de cálculo (NRd) suportado para a peça da figura.
c) Qual a maior carga nominal (N) suportada pela peça considerando  = 1,4. O aço é ASTM A 36.
a

63,5
b

107,95
63,5 c
177,8

76,2 107,95
d

57,15 57,15 57,15 e

Figura 4: Cantoneira Simples com Furos


Solução:
a) Determinação de An: Considerando a cantoneira como uma chapa:
𝐿 = 177,8 + 101,6 − 19,05 = 260,35 𝑚𝑚 = 𝐵
𝑑 = 𝑑 + 3,5 𝑚𝑚 = 3/4" x 25,4 + 3,5 = 22,55 𝑚𝑚
Possíveis caminhos de ruptura: abde e abcde:
* abde: 𝐴 = 𝐴 – 𝑛. 𝐴 = 𝑡. 𝐿 – 𝑛. 𝑡. 𝑑 = 𝑡. 𝑳𝒈 – 𝒏. 𝒅𝒇 = t . 𝑳𝒏 ; 𝑳𝒏 = (260,35 − 2 x 22,55)
 𝐿 = 215,25 mm
, ,
* abcde: 𝐿 = 𝐿 – 𝑛. 𝑑 + ∑ .
= 260,35 − 3 x 22,55 + ,
+ ,

 𝐿 = 210,98 mm
* 𝐴 𝑠𝑒𝑟á 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐿  𝐿 = 210,98 mm
 𝐴 = 𝐿 . 𝑡 = 210,98 x 19,05 = 4 019,17 mm
b) Determinação do maior esforço resistente de cálculo: NRd
b.1- Estado Limite de Escoamento da Seção Bruta:
,
𝑁 = = .
= 1 127 197,73 𝑁 = 1 127,20 𝑘𝑁

b.2- Estado Limite de Ruptura da Seção Líquida Efetiva:


, ,
𝑁 = = ,
= 1 190 865,19 𝑁 = 1 190,87 𝑘𝑁

 O maior esforço resistente de cálculo que a peça suporta é: 𝑵𝑹𝒅 = 𝟏 𝟏𝟐𝟕, 𝟐𝟎 𝒌𝑵 (o menor)
c) A maior Carga Nominal suportada pela peça: Nn
NSd =  . Nn  Nn = 
; Equação da Conformidade: NSd ≤ NRd ; 𝑁 á
= NRd
,
Nn = 
= .
 Nn = 805,14 KN

2.4.5- Cantoneira simples parafusada na chapa Gusset. Determinar o valor de Ct do elemento


estrutural sujeito à esforços de tração representado na figura a seguir, sendo a cantoneira tipo
L6x1/2”(15,24x1,27cm), a distância entre os furos é igual à 3”(7,62cm) e ec = 4,24cm).

Figura 5: Ligação Cantoneira simples.

Solução:
[ ver ítem 2.3.2- c) ] Seção transversal aberta, com a força de tração sendo transmitida somente por
parafusos em apenas um dos dois elementos AL da seção transversal, utiliza-se a fórmula para seções
transversais abertas:
,
C =1− =1− ( , )
= 1 − 0,278 = 0,72  𝐂𝐭 = 𝟎. 𝟕𝟐

2.4.6- Cantoneira simples com ambas as abas conectadas: Para a cantoneira L178x102x12,7, com
valor de raio de giração mínimo rmin = 2,21cm, indicada na figura 6 (a), (b) e (c), determine:
a) a área líquida, sendo os conectores de diâmetro igual a 7/8”(aproximadamente 22,2mm).
b) o maior comprimento admissível, para esbeltez máxima igual a 300.

(a) (b) (c)


Figura 6: Seção da cantoneira (a), vista lateral (b) e cantoneira idealmente aberta (c).
Solução:
a) Uma maneira fácil de visualizar o problema é ao rebater a cantoneira (imaginá-la plana) segundo
seu eixo como mostrado na figura (c).
Primeiro, determina-se o diâmetro teórico dos furos:
df = db + 1,5mm = 22,2mm + 1,5mm = 23,7mm def = df + 2mm = 23,7mm + 2mm = 25,7mm
Em seguida, determina-se qual dos percursos é o crítico: Adotando uma variável auxiliar B, definida
pelo comprimento total da cantoneira aberta: B = 17,8 + 10,2 − 1,27 = 26,73mm
Caminho 1: An = (B − 2 × df ).t
An = (26,73 − 2 × 2,57) × 1,27 = 21,59 × 1,27 = 27,42cm2

Caminho 2: An = (B + ( .
+ .
) − 3. 𝑑 ).t

An =

Portanto, área líquida efetiva dada pelo caminho crítico, número 1, uma vez que este representa o
menor comprimento de ruptura.
Assim: An = 27,42cm2
b) Sendo o limite de esbeltez λ = 300:
Note que, para cantoneiras, o valor de rmin é diferente de rx e de ry, sendo este valor mínimo referente
ao menor momento de inércia da seção. Para a cantoneira em questão, por exemplo, tem-se:
rmin = 2,21 cm, rx = 5,73 cm e ry = 2,83 cm.

𝑳𝒎𝒂𝒙
𝝀= 𝒓𝒎𝒊𝒏
⟶ 𝑳𝒎𝒂𝒙 = 𝝀 𝐱 𝒓𝒎𝒊𝒏 = 𝟑𝟎𝟎 𝐱 𝟐, 𝟐𝟏 = 𝟔𝟔𝟑 𝒄𝒎 ⟶ 𝑳𝒎𝒂𝒙 = 6,63 m.

2.4.7- Perfil U conectado pela alma por parafusos: Para o perfil U 381(15”)x50,4 kg/m, de aço
MR250 (ASTM A36), indicado na figura 7, calcular o esforço de tração resistente de cálculo. Assumir
que os conectores possuem um diâmetro de 22 mm e Ag = 64,2cm2.

Figura 7: Extremidade do perfil C.


Solução:
Primeiro será analisado ESB:

Em seguida, será analisado RSL:


df = db + 1,5mm = 22 + 1,5 = 23,5mm def = df + 2mm = 23,5 + 2 = 25,5mm
Como a força de tração é transmitida diretamente para alguns (não todos) os elementos da seção
transversal das chapas por furos, considera-se o caso ”Seções Transversais Abertas”, então tem-se:
C =1− =1− ,
= 0,73  𝐂𝐭 = 𝟎. 𝟕𝟑

Área líquida:
An = Ag − (4 × def × t) = 64,2 − (4 × 2,55 × 1,0) = 64,2 − 10,2  An = 54,0 cm2

Observar que desta vez a área líquida foi calculada subtraindo-se a área dos furos da área bruta ao
invés de determinar o comprimento crítico e multiplicá-lo pela espessura.
𝐶 𝐴 𝑓 0,73 x 54 x 40
𝑁 = =  𝑵𝑹𝑺𝑳
𝒕𝑹𝒅 = 𝟏 𝟏𝟔𝟖 𝒌𝑵
𝛾 1,35

2.4.8- Cantoneira simples soldada nos bordos em uma aba. Determinar o valor de Ct do elemento
sujeito à tração (figura 8), o mesmo do exercício anterior L6x6x(1/2)”(15,24x15,24x1,27cm), o
comprimento horizontal de solda de Lw = 13,97cm e ec = 4,24cm.

Figura 8: Ligação Cantoneira simples com solda.

Solução:
e 4,24
C =1− =1− = 1 − 0,30  𝐂𝐭 = 𝟎, 𝟕𝟎
L 13,97
2.4.9- Perfil U com soldas longitudinais nas mesas. Calcular o esforço de tração resistente de
cálculo do perfil representado, figura 9, o mesmo do exercício 2.4.7 mas agora com ligação por solda.

solda

G N sd

20

100mm

Figura 9: Extremidade do perfil C com solda.


Solução:
O cálculo para o ESB é o mesmo do exercício anterior, com valor 𝑁 = 1 459,09 𝑘𝑁. Já o cálculo
para o RSL não é igual. O valor de Ct deverá ser recalculado (ainda para o caso ”Seções Transversais
Abertas”) pois a ligação agora é outra e a área líquida efetiva é igual à área bruta por não haver furos
no elemento, ou seja, Ag = Ae. Sendo assim, tem-se:
e 2
C = 1− =1− = 1 − 0,20  𝐂𝐭 = 𝟎, 𝟖𝟎
L 10

𝐶𝑡 𝐴𝑒 𝐹𝑢 0,8 x 64,2 x 40
𝑁 = =  𝑵𝑹𝑺𝑳
𝑹𝒅 = 𝟏 𝟓𝟐𝟏, 𝟕𝟖 𝒌𝑵
𝛾𝑎2 1,35

2.4.10- Emenda de Chapas Parafusadas Duas chapas de 22 x 300 mm são emendadas por meio de
talas, também de 22 x 300 mm, com 2 x 8 parafusos de diâmetro 7/8”, figura 10. Verificar se as
dimensões das chapas são satisfatórias, admitindo-se aço MR250 (ASTM A36), força permanente de
300 kN (equipamentos) tracionando as chapas e B = 300 mm.

t = 22 mm

Nsd =300 kN

Figura 10: Ligação entre as chapas.


Solução:
O esforço solicitante de cálculo será: NSd = γqNk = 1,5 × 300  NSd = 450 kN
Há duas checagem que teoricamente seriam necessárias a partir daqui: a conferência das chapas com
a força de tração solicitante de cálculo atuando igual à 450 kN e a conferência das talas (chapas curtas
superior e inferior de ligação) com uma força de tração solicitante de cálculo de 450/2=225 kN
atuando em cada uma. Entretanto, é fácil observar que o caso crítico é para as chapas ao se saber que
ambas chapas e talas possuem a mesma espessura. Sendo assim, apenas esse caso será verificado.
Define-se então as áreas bruta e líquida:
Ag = B × t = 30 × 2,22  Ag = 66,6 cm2
df = db + 1,5mm = 22,2mm + 1,5mm = 23,7mm ; dfe = df + 2mm = 23,7mm + 2mm = 25,7mm
An = lr,cr.t = (B − 4 × dfe) × t = (30 − 4 × 2,57) × 2,22  An = 43,78 cm2
Como a força de tração é transmitida diretamente por todos os elementos da seção transversal das
chapas por furos, tem-se: Ct = 1,0
São então calculados os valores dos esforços resistentes de cálculo para as situações ESB e RSL:

Como os esforços resistentes de cálculo para os casos ESB e ESL são maiores que os esforços
solicitantes de cálculo, 450 kN, conclui-se que as dimensões das chapas são satisfatórias, com o
seguinte fator de segurança:
𝑁 450
𝐹𝑆 = = = 0,347 < 1,0
𝑁 1 297,19
, ou seja, está sendo utilizada apenas 34,7 % da resistência total de cálculo das chapas.

2.4.11- Emenda de Chapas Parafusadas por transpasse Duas chapas de 280x20 mm de aço
MR250 são emendadas por transpasse, com parafusos de diâmetro 20 mm e com os furos sendo
realizados por punção, figura 11. Calcular o esforço resistente de projeto das chapas, admitindo-as
submetidas à tração axial.
N sd

1 2 3

a 75 75 75 75 t=20mm

Figura 11: Ligação e Linhas de Ruptura.


Solução:
A ligação por transpasse introduz excentricidades no esforço de tração, esse efeito será desprezado,
admitindo-se chapas sujeitas à tração axial. Primeiro será calculado o diâmetro teórico do furo:

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