Sei sulla pagina 1di 6

Efeito de Inibidores na Atividade Enzimática

Os inibidores podem ser de REVERSÍVEIS ou IRREVERSÍVEIS e servem como forma de


regulação do metabolismo, inibindo as reações quando necessário, mas nem todas as
enzimas são reguladas por inibidores.

Os inibidores competitivos são aqueles que se assemelham ao substrato e, portanto, ocupam o sítio
ativo. A ligação do inibidor não permite que o substrato se ligue ao sítio ativo da enzima,
como mostra o esquema a seguir:

Porém, note que esse inibidor é REVERSÍVEL.


Dessa forma, se aumentarmos a concentração de
substrato, podemos "reverter" esse quadro
inibitório. Ou seja, com altas concentrações de
substrato, pode-se atingir a Vmáx (Figura 1).

Os inibidores não-competitivos são aqueles que não se assemelham ao substrato e, portanto,


ocupam um sítio diferente do sítio ativo. A ligação do inibidor permite que o substrato se ligue ao
sítio ativo da enzima, como mostra o esquema abaixo, mas não ocorre reação com formação de
produto:
Mesmo sendo um inibidor 0REVERSÍVEL, o
aumento da concentração de substrato nunca
"reverte" o quadro inibitório. Ou seja, mesmo com
altas concentrações de substrato, não é possível
atingir a Vmáx (Figura 2).

Veja o que acontece com as constantes


cinéticas, calculadas através dos gráficos
de duplo-recíprocos mostrados ao lado:

Km Vmáx
Condição
(mM) (mmol/min)
sem inibidor 1,0 45
+ inibidor
3,0 45
competitivo
+ inibidor
não- 1,0 10
competitivo

Esses dados servem para determinarmos que tipo de inibidor estamos estudando.
Quando o inibidor for COMPETITIVO, o que muda nas constantes cinéticas é o valor de
Km determinado experimentalmente. Mas, ATENÇÃO, isso não significa que o inibidor
está alterando a afinidade da enzima pelo substrato. Essa é uma mudança APARENTE,
pois é necessário que se use mais substrato para se atingir a velocidade máxima de
reação.

No caso de inibidores NÃO-COMPETITIVOS, nunca será atingida Vmáx. Como o inibidor


não afeta o sítio ativo como um todo, a afinidade da enzima pelo substrato é mantida e
Km não se altera.
Há outro caso de inibidor, que atua de forma semelhante ao não-competitivo por não
se ligar ao sítio ativo. Nesse caso, são alterados tanto Km (aumenta) como Vmáx
(diminui). Essa é a INIBIÇÃO MISTA.

Os inibidores irreversíveis são aqueles que se ligam às enziomas com alta afinidade e
não apresentam um equilíbrio de ligação como observamos com os reversíveis.

Esse é o caso,por exemplo da


proteína alfa1-antitripsina que age
inibindo a ELASTASE. É conhecido por
INIBIDOR SUICIDA pois, uma vez
ligado à elastase, é degradado com a
enzima.

A figura ao lado representa a


estrutura da alfa1- antitripsina
selvagem [1].

A deficiência em alfa1-antitripsina é
uma doença congênita em que o
resíduo de Glutamato (negativo) na
posição 342 é trocado por uma Lisina
(positivo), causando a agregação da
proteína. Essa mutação, conhecida
por mutação Z, leva a uma quadro de
enfisema pulmonar hereditária. Isso alfa1-antitripsina (amarelo) ligada no sítio ativo
ocorre porque a elastase causa danos da tripsina (rosa).
aos alvéolos.
1OPH.pdb

Alguns inibidores irreversíveis são VENENOS, como é o caso de inseticidas


organofosforados e carbamatos que inibem a acetilcolinesterase (aceticoline
acetilhidrolase, EC 3.1.1.7). Essa enzima hidrolisa a acetilcolina do cérebro, de acordo
com o esquema a seguir:
O MALATION é um inseticida, venenoso se
exposto à pele ou ingerido, e irritante para os
olhos. Não causa grandes danos ao solo pois é
biodegradável, desaparecendo (75 a 100%) em
uma semana [2]. A degradação em meio aquoso
depende do pH, sendo degradado mais
rapidamente em pH 8,0 que em pH 6,0. A
diferença na velocidade de degradação pode ser
de até 20 vezes pela variação de pH [3].

A inibição da enzima leva a uma maior


estimulação dos receptores muscarínicos e
nicotínicos e, consequentemente, a um quadro
colinérgico agudo. O malation diminui tanto Km
como Vmáx da acetilcolinesterase [4]

Muitas drogas desenvolvidas atualmente para o tratamento de distintas patologias são


inibidores de enzimas. Esse é o caso de inibidores da acetilcolinesterase que, segundo
Giacobini [5], têm o efeito de manter a função cognitiva dos pacientes num nível
constante, além de melhorar as condições gerais do paciente. Na presença dos
inibidores, há um aumento na concentração e no tempo de ação da acetilcolina na
sinapse.
Inibidores enzimáticos também são utilizados no
tratamento de pessoas com AIDS. São inibidores
de proteases do vírus HIV que previnem que
células T infectadas produzam novas cópias do
vírus. Esse tratamento prolonga a vida dos
pacientes, permitindo que tenham uma vida
normal por manter a infecção controlada. Para que
tenham um efeito satisfatório, devem ser usados
juntamente com inibidores de transcritase reversa
[6]. Os inibidores usados na clínica são Ritonavir,
Saquinavir, Nelfinavir e Indinavir.

Recentemente, foi identificado uma protease


mutante rara em HIV, o mutante I47A (Isoleucina
47 mutada para Alanina) que apresenta alta
resistência a lopinavir e hipersensibilidade a
saquinavir [7]. Isso mostra que os vírus são
capazes de se modificar, criando resistência a
drogas normalmente utilizadas em tratamento
prolongado.

Estrutura de inibidores de protease de HIV;


Figura da Ref. 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Jezierski G, Pasenkiewicz-Gierula M. (2001), The effect of the Glu342Lys mutation
in alpha1-antitrypsin on its structure, studied by molecular modelling methods. Acta
Biochim Pol. 2001;48(1):65-75.

[2] Verschueren, K. (1983) Handbook of environmental data on organic chemicals.


2nd edition. Van Nostrand Reinhold Co., New York, NY; informação disponível em
http://www.hc-sc.gc.ca/ewh-semt/pubs/water-eau/doc_sup-
appui/malathion/index_e.html

[3] Hazardous Substances Databank. Toxicology Data Network. U.S. National Library
of Medicine, Bethesda, MD (1988); informação disponível em http://www.hc-
sc.gc.ca/ewh-semt/pubs/water-eau/doc_sup-appui/malathion/index_e.html

[4] Kamal MA (1997) Effect of malathion on kinetic parameters of acetylcholinesterase


(EC 3.1.1.7)In vitro, Biochem. Molec. Biol. Int. 43, 89-97

[5] Giacobini E (2000) Cholinesterase Inhibitors Stabilize Alzheimer Disease,


Neurochem Res 25, 1185–1190

[6] S. G. Deeks, M. Smith, M. Holodniy and J. O. Kahn (1997) HIV-1 protease


inhibitors. A review for clinicians, JAMA 277, 145-153.
[7] Kagan RM, Shenderovich MD, Heseltine PNR, Ramnarayan K (2005) Structural
analysis of an HIV-1 protease I47A mutant resistant to the protease inhibitor lopinavir.
Protein Science 14, 1870-1878

Texto: Profa. M. Lucia Bianconi (IBqM/UFRJ)


e-mail: enzimas@bioqmed.ufrj.br
Página atualizada em: 16/10/2006

Voltar à Página Principal


Voltar ao Laboratório Virtual

Potrebbero piacerti anche