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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2001 1 SERIE— Numero 8 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAD OFICIAL OA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AVISO oon. epic deve sr ama, am a se arian sos SUMARIO ( | Assembleia da Republica: % Lei n> 3/2001: Aprova a Lei dos petréleas © revoga a Lei n ‘de Outubro, 3/8, do 3 Gonselho de Ministros: Decreto n° 3/2001 ‘Aprova a tabela de pregos dos combustves Decreto n= 4/2001: ‘Aworiza a Minis do Plano © Finaneas a entrar um —“Empeéstimo intemno, amortizavel, denominado «Obrigagdes 0 Tesouro —2001/s, auf 2 importincia total de setecenton biliges de me.ieais. ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lei ne 3/2001 de 21 do Feversiro Os recursos petroliferos constituem um. patriménio cuja correcta exploracdo, pode contribuir significativamente para o desenvolvimento nacional A experiéncia da aplicagio da Lei n2 3/81, de 3 de Outubro, que regula as operacces pettoliferas, os desen- volvimentos significativos que se verificaram no mercado de petrdleo e a actual ordem econGmica do pais que reco- mhece o papel importante que cabe a iniciativa privada na realizagao de investimentos, impoem a adopgao de um quadro juridico que assegure maior competitividade no ro garanta a protecedo dos dircitos ¢ bens ites nas operacées petroliferas, Nestes termos, ao abrigo do disposto no n.” 1 do artigo. 155 da Constituicao, a Assembleia da Repiiblica determina: CAPITULO 1 Disposicoes gerais ‘Axmco 1 (Detinigées) Para efeitos da presente Lei, os termos ¢ expressbes seguintes tém o sentido adiante indicado,-salyo se 0 con- texto em que se inscrem exigir outro entendimento: a) Area de desenvolvimento e produgio — a varte da rea que, a seguir a uma descoberta comercial for delineada de acordo com os termos do con- trato de pesquisa © producio; b) Area do contrato— érea dentro da qual o titular do direito de pesquisa ¢ produefo esti autori- zado a fazer pesquisa, desenvolver © produzit petrdleo; ¢) Bloco—parte de tima bacia sedimentar, formada por um prisma vertical de profundidade indeter- minada, com superficie poligonal definida pelas coordenadas geograficas de seus vértices, onde so desenvolvidas actividades de exploracdo ou producao de petréleo; 4) Boas préticas relativas a campos todos aqueles procedimentos que so geralmente faceites na industria petrolifera internacional como bons, seguros, inofensivos a0 ambiente, econdmicos e elicientes na pesquisa © produsio de petrdleo: e) Depbsito de petréleo — acumulacao discreta de petréleo numa unidade geoldgica Timitada por rochas caracterfsticas, fronteiras estruturais ou estratigrdficas, superficies de contacto entre o petréleo c a igua de formacio, ou uma com- binagdo destes de tal forma que todo o petréleo cesteja em comunicagio sob pressio através de Higuido ow gis: ) Descaberta—primeiro petréleo encontrado mun reservat6rio ou estrutura geolgica através de perfuragio que & recuperdvel & superficie por métodos convencionais da industria petrolifera: etroliferos — 42-2) #) Descoberta comercial — descoberta de petréleo em condicdes que, a pregos de mercado, tornem possivel o retorno dos investimentos no desen- yolvimento ¢ na produca: 1h) Desenvolvimento —consirugéo e eolocayio di talagdes para a producao e transporte de petré- Jeo. incliindo a abertura de pogos: i) Gés natural — todos os hidrocarbonetos que_nas condigdes atmosféricas normais se encontram no estado gasoso, inchuindo o gés htimido, o gis seco € 0 gis residual que permanece apts a extracyao dos hidrocarbonetos liquidos; }) Gas natural associado — gs natural dissolvido no Petréleo bruto existente num reservat6rio, incluindo 0 que vulgarmente & conhecido pot ‘gis de capeamento que recobre ¢ esta em con- acto com 0 petrOleo bruto; i) Operagdes. petroliferas— todas ou algumas das ‘operagdes relacionadas com a pesquisa, desen- volvimento, produgao, separagdo e tratamento, armazenamento, transporte e venda ou entrege de petréleo no ponto de exportacio ou num ponto de fornecimento acordado no pais, incluin- do as operacdes de processamento de gas natu- ral € encerramento de todas as operacdes con. clufdas; 1) Pessoa mogambicana—qualzuer pessoa juridica ‘constitufda ¢ registada nos termos da legislagio mogambicana, com sede no pais, e na qual 0 respectivo capital social pertenca em, pelo menos, cinquenta por cento a cidadios nacionais ‘ou sociedades ou instituigdes privadas ou pabli cas mogambicanas; 1m) Petroleo—petréleo bruto, gs natural ou outros hidrocarbonetos produzidos ou susceptiveis de serem produzidas a partir de petréleo bruto, gis natural, argilas ou areias betuminosas; wi) PetrSleo bruto — peiréleo mineral bruio, aslalto, ‘ozocerite € todos os tipos de hidrocarbonetos ¢ betumes, quer no estado sélido ou liquido, no seu estado natural ou obtidos do gas natural por condensacio ou extraceao, exceptuando-se 0 carvao ou qualguer substincia susceptivel de ser extraida do cervio; 0) Plano de desmobilizacéo — plano que visa o encer: ramenio das operagOes petroiferas, remogao ¢ recolha de todas as instalagses; p) Plano de desenvolvimento — plano para 0 desen- yolyimento © produgao de petréleo descoberto numa érea de contrato, claborado em confor. ‘midade com a presente’ Lei e as cléusulas per- tinentes do Regulamento de Operacoes Petroli- feres, bem como do contrato de pesquisa e producig que cobre essa rea; @) Plano de desenvolvimento de cleoduto ou gaso- duto— plano para a construgao e operacdo de tum sistema de oleoduto ou gasoduto, incluindo as condutas, estacies de valvulas, estagdes de compressio ‘ou bombagem ¢ cuaisquer outras instalagdes agregadas mecessérias para o trans- porte de petréteo: 1) Sistema de oleoduto ou gasoduto —oleoduto (5) ‘ot gasoduto(s), inchuindo estacdes de valvulas. estagoes de compressio ou bombagem e instala- Bes agregadas, construdos para o transporte de Petréleo, I SPRIE— NUMERO 8 Annico 2 (Ambito do aplicagso) 1. A presente Lei aplica-se ts operacdes petroliferas, 2. Exelui-se do ambito da presente Lei a refinagio de peiréleo, sua utilizago industrial, disteibuigdo © comer cializacao de produtos petroliferos Agno 3 (Objecto) A presente Lei estabelece o regime de attibuigio de direitos para a realizacao de operagdes petroliferas no pais. Anco 4 (Papel do Estado) ido, as suas instituigdes e demais pessoas colec- ito pGblico tém uma acco determinante na promogio da valorizagao das potencialidades existentes de forma a permitir um acesso aos beneficios da producso petrolifera e contribuir para o desenvolvimento evonémico © social do pais, 2. Na sua acglo, o Estado deve incemtivar a realizagio de investimentos em operagdes petroliferas. 3 Antico 5 (Condigdes para © exerofsio da actividade) 1. As actividades de prospecedo, exploragio, desenvol vimento ¢ produgio de petréleo sfo exercidas mediante concessio fesultante de concurso piblico, negociagio simulténea ow negociacio directa 2. A atribuieao de direitos relativamente as actividades raleridas no mimero anterior, respeita sempre os inte- resses nacionais em relagdo a defesa, navegagio, pesquisa © conservagio de recursos marinhos’e a0 meio ambiente em geral, 3. Compete a0 Conselho de Ministros regulamentar as modalidades de concessao referidas no néimero 1 CAPITULO I Propriedade e controlo dos recursos petroliferos Axnco 6 (Propriedade dos rocurses petroliferos) — S Todos os recursos petroliferos enquanto recursos naturais situados no solo e no subsolo, nas dguas interiores, no mar ‘erritorial, na plaraforma continental e na zona eco: némica exclusiva, sio propriedade do Estado, Agnico 7 (Administragio de operactes petroliferas) Compete ao Consetho de Ministros assegurar a imple- entagio da politica das operagées petroliferas, incluindo a formulacio de propostas de legislacdo necessiris Agno 8 (Paticipacio do Estado) 1. © Estado reserva-se a0 direito de participar nas ope- racdes petrolfferas em que estiver envolvida qualquer pessoa juridica. 2. A participagio do Estado pode ocorrer em qualquer ase das operacdes petroliferas ou de construcao e opera 0 de oleoduio on gasoduto, nos termos e condigées a serem estabelecidos por contrato. yi \ 21 DE FEVEREIRO 2001 ‘CAPITULO HT Operacdes petroliferas ‘Annico 9 (Suijeitos) 1. Podem ser titulares do direito de exercicio de ope- rages. petroliferas pessoas juridieas mocambicanas ou estrangeiras. que comprovem ter competéncia técnica € ‘meios financeiros adequados & conducdo efectiva de ope ragbes petroliferas 2. AS pessoas juridicas mogambicanas gozam de direito de preferéncia na atribuicao de blocos. 3. Gozam igualmente do dirtito referido no nimero anterior, as pessoas juridicas estrangeiras que se associem com pessoas juridicas mocambicanas. “Axo 10 (Competénc:as) ‘Compete a0 Conselho de Ministros: 4a) aprovar a celebragio dos contratos de pesquisa e produgdo e os contratos de oleoduto ou gaso- duto; ) aprovar os planos de desenvolvimento e quaisquer alteragdes significativas aos mesmos, elaborados polos titulares do direito de pesquisa e produgao de pettéleo: ¢) dcfinir as competéncias quanto a celebracao de outros contratos no ambito da presente Lei; ) definir as competéncias quanto a autorizagao de transmissio de direitos e alteracdes superve- niientes dos contratos; ©) exercer as demais airibuigdes que the esto come- tidas pela presente Lei e demais legislacéo aplicével. : ‘Axnico 11 (Tipos do contratos) ~~ A realizago de operagies petroliferas esti sujeita a prévia celebraco de um contrato que pode ser: @) de reconhecimento, 5) de pesquisa € produgio; > ©) de oleodito ou gasoduto. ‘Annco 12 (Contrato de reconhecmento) 1, © contrato de reconhecimento concede o direito de realizar trabalhos preliminares de pesauisa e avaliagao na rea abrangida, através do levantamentes_aéro-espaci terrestres © ouiros incluindo estudos geoffsicos, geoqui ‘micos, paleontolégicos, geoldgicos ¢ toposréficos 2. O contrato de reconhecimento é celebrado em regime de exclusividade por um perfodo maximo de dois anos © permite a realizacto de perfuragGes até a profundidade de cem metros abaixo da superficie ou do fundo do mar. 5. O titular do direito de reconhecimento tem direito de preferéncia na celebracao do contrato de pesquisa e pro- GugFo se. seis meses antes de expirar o seu direito, requerer € celebrar um contrato de pesquisa ¢ producio “Axmo0 13 (Contrato de pesquisa © producio) 1. O contrato de pesquisa e producdo atribui o direito exclusivo de pesquisa € produgdo de petréleo, bem como 42-0) 6 direito nio exclusivo de consiruir e operar sistemas de oleoduios ou gasodutos para efeitos de transporte de petréleo bravo ou gis natural produzidos na drea do eon: trato, salvo se houver disponibilidade de acesso a um sisiema de oleoduto ox gasoduto jé existente sob termos © condigées comerciais aceitiveis. 2. Salvo se for necessario algum tempo adicional para completar 0 trabalho levado & cabo para avaliar uma descoberta, © dirsito exclusivo de pesquisa de petro nfo exeede oito anos e deve ser sujeito as disposigies sobre 0 abandono de areas constantes do contrato. 3. No caso de uma descoberta, o titular do direito de pesquisa e produgdo pode manter o direito exclusivo de ileter @ sabilho inicio cenito de ume drea es cificada para avaliagao ou determinagao do valor comercial da descoberta por um periodo adiconal que nao deve exceder dais ans cu, no easo, de uma deseaberta de gs natural nfo. associado, por um periodo adicional. nao superior a oito anos. be \7 EF 4. O titular do direito de pesquisa ¢ produgao pode manter, em conformidade com o plano de desenvol- vimento aprovado pelo Conselho de Ministros, o direito exclusivo de desenvolver e produzir petréleo na érea de desenvolvimento e produgao por um perfodo que no exceda trinta anos, a contar da data da aprovacdo do plano de desenvolvimento. ‘Anco M4 (Contrato de oleoduto ou gasoduto) 1. © contrato de oleoduto ou gasoduto concede o dirsito de contituire operar oleadutos ou gasodutos para de transporte de petréleo bruto ou gas natural, nos casos em que estas operacbes nfo estejam eabertas por um contrato de pesquisa ¢ producio. 2. 0 eontrato de oleoduto ou gasoduto & acompanhado do respectivo plano de descavolvimento que dele faz parte integrante ‘Annico 15 (Unitteario) © deptsito de petréleo, que se situe parte numa érea de contrato e parte noutra rea de contrato, deve ser desenyolvide © operado conjuntamente ao abrigo de um acordo de unificago que deve ser submetido & aprovacio da entidade competente, ‘Anrico 16 (Queima de gis natural) 1. A queima de gés natural s6 & permitida nos termos 1 definir pelo Governo se se_demonstrar no plano de desenvolvimento, ou num pedido especial que todos os métodos alternatives sobre o destino a dar ao gés natural impedem o desenvolvimento comercial do depésito. 2. Nao € exigida autorizagio quando a queima de gis natural se destina a realizacao de testes ou a verificacao de instalagGes ou por razGes de segurance. Agno 17 (Obrigesdes dos ttulares do d'reito de reconhec’mento, ‘de pesquisa © produgao © de oleoduto ou gasodu‘o) 3s titulares do direito de reconhecimento, de pesquisa © produciio e de oleoduto ou gasoduto obrigam-se, na parte que thes for aplicével e com as necessérias ads- piacdes. a: 4@) realizar as operagGes petroliferas nos termos da presente Lei, do Regulamento de Operacies 42-4) I SERIE — NUMERO 8 Petroliferas, bem como da demais legislactio aplicayel e das boas préticas relativas a campos petroliferos; b) reportar & entidade competente sobre qualquer descoberta na frea do contrato; ©) mo caso de uma descoberta comercial, elaborar © submeter entidade competente © plano de desenvolvimento para 0 depésito de petréleo em conformidade com o Regulamento de Ope- ragdes Petroliferas; 4) elaborar © submeter 2 aprovasio prévia o plano de desenvolvimento, bem como qualquer alte- ragdo significativa subsequente; e) submeter entidade competente um plano de desmobilizagio, com antecedéncia nao infe- rior a dois anos com rela¢do ao termo previsto da produgao; J) indemnizar os lesados em virtude de perdas ou anos resultantes da realizagio de operagées petroliferas, nos termos desta Lei; #) dar preferéncia aos produtos e servigos mogam- bicanos quando competitivos em termos de prego e compardveis em termos de qualidade e * fornecimento; ‘h) quando 0 interesse nacional assim o requerer, dar preferéncia ao Governo na aquisicéo do petrs- leo produzido na érea do contrato, nos termos 8 regulamentar. Axmico 18 (Acesso de torceiros a oleodutos ov gasodutos) 1. O titular do direito de oleoduto ou gasoduto ou o titular do direito de pesquisa e produgio tem a obrigagao de transportar, sem discriminacdo e em termos comerciais aceitéveis, 0 petréleo de terceiros, conianto que’ 4a) haja capacidade disponivel no sistema de oleaduto ‘ou gasoduto; hhajam problemas ténicos insuperdveis ave excluam 0 uso do sistema de oleoduto ou gaso- duio para satisfazer os pedidos de terceiros b) 2. Se a capacidade disponivel no sistema de oleoduto ‘ou gasoduto for insuficiente para acomodar os pedidos de terceitos, os titulares do direito de oleoduto ou gasoduto, ou do direito de pesquisa e producfio sfo obrigados a aumentar a capacidade do sistema de oleoduto ow gaso- dduto para que, em termos comercialmente aceitiveis, os pedidos de terceiros possam ser satisfeitos, contanto que: @) tal aumento ndo cause um efeito adverso sobre a integridade técnica ou a optracao segura do sistema de oleoduto ou gasoduto: 5) os terceiros tenham assegurado fundos suficientes para suportar 0s custos do pedido de aumento da capacidade. 5. Qualquer disputa sobre termos comercialmente acei tivels para o transporte de petréleo através do sistema de oleoduto ou gasoduto, sobre a sua capacidade nfo com- prometida cu ainda sobre o proposto aumento da capaci- dade, é submetide arbitragem ou as autoridades judiciais, competentes, nos termos da Ici Axrico 19 (Propriedade dos dados) 1. Todos os dados obtidos a0 abrigo de qualquer con- {rato previsto na presente Lei sio propriedade do Estedo. 2. Os termos e condigdes do exercicio de direitos sobre cos dados sao fixados em regulamento © no respective eontrato, CAPITULO IV Terra © ambiente ‘Axrigo 20 (Uso aproveitamento da terra © servidio de pessagom) 1. © uso e aproveitamento de terras para realizagdo de operacées petvoliferas rege-se pela legislacéo sobre uso © aproveitamento da terra, sem prejuizo do estabelecido ‘nos nidmeros seguintes, 2. Para efeitos de realizagio de operagdes petroliferas, a duracdo do direito de uso ¢ aproveitamento da terra € compativel com o estabelecido no respectivo contrato. 5. Os terrenos onde se enconiraim as instalagoes e uma faixa circundanie a ser definida por regulamento, consi- deram-se zonas de proteccao parcial, nos termos da legis- Jago sobre uso e aproveitamento da terra 4. O titular do direito de exercicio de operagdes petro- liferas que, por forca do exercicio dos seu direitos na rea abrangida pelo contrato, cause danos as culturas, solos, construgdes ou benieitorias ou determine a trans feréncia dos utentes ou ocupantes legais das terras d. respectiva area de contrato, incorre na obrigacao de indemhizar os titulares dos referidos bens e 0s transferidos. 5. Sem prejuizo do pagamento das indemnizacdes que forem devidas, o titular do direito de realizago de opera- Bes petroliferas pode exigir a constituigao de servidoes de passagem, em conformidade com a legislagéo em vigor, para aseso aor loeis onde as operasoespetroliferas sio realizadas, © avesso 20s locais de operacdes petroliferas nas Aguas . na plataforma continental © na zona econdmica exclusiva e demais zonas de juris dicao maritima € definida pela Lei n.° 4/96, de 4 de Janeiro, e demais Tegislacdo aplicavel Anmoo 22, \inspeceso) 1. O Governo pode inspeccionar os locais, incluindo o% cdificios e instalagdes, onde estejam a ser realizadas ope- ragies. petroliferas. 2. Para a realizacdo da inspeccio 0 Governo pode indiear uma entidade independente oa comissio eriada para 0 efeito 3. Os termos e condigdes em que & realizada a inspec- Ho referida nos nimeros anteriores sao estabelecidos por regulamento. ‘Annigo 23 (Proteceéo © seguranca ambiental) 1, Para além de levar a cabo as suas operagdes de acordo com as boas priticas relativas a campos petro- liferos, o titular dos direitos de pesquisa e 0 deve realizar as operagGes petroliferas em conformidade com a legislago ambiental e outra apticavel, bem como os respectivos contratos, com o fim de: a) assegurar que nfo haja danos ou destruigées ecoldgicas causados pelas operagées petroli= feras © que, quando inevitiveis estejam em conformidade com padres internacionalmente aceites, devendo para este efeito realizar ¢ 24 DE FEVEREIRO 2001 submeter &s entidades competentes, para apro- vasio, de estudos do impacto ambiental, in- cluindo medidas de mitigacio deste impacto: b) controlar o fluxo ¢ evitar a fuga ou a perda do petréleo descoberto ou produzido na rea de contrato; ©) evitar @ danificagao do reservat6rio de petréleo; 4) evitar a destruicao de terrenos, do lencol freético, frvores, culturas, edificios ou outras infra: -estruturas © bens; ©) limpar 0s locais apds 0 termo das operacées petroliferas © cumprir com os requisitos para fa restauracéo do ambiente; f) garantir a seguranga do pessoal na planificagao ¢ realizagiio de operagies petroliferas © tomar medidas preventivas quando a sua seguranca fisica estiver em risco; &) reportar & entidade competente sobre © mimero de descargas operacionais e acidentais, derrames ¢ desperdicios © perdas resultantes das opera- 66es petroliferas © titular de direitos ao abrigo da presente Lei deverd sar na condugao de operagées petwoliferas de forma Segura ¢ efectiva com o fim de garantir que seja dado um destino as Sguas poluidas e ao desperdicio de petréleo de acordo com os métodos aprovados, bem como 0 encerra- mento seguro de todos os furos © pogos antes do set abandono, CAPITULO v Regime fiscal ‘Axnco 24 (Principios gora's) L. As pessoas singulares e colectivas titulares do direito do exervicio de operacdes petroliferas, ficam sujeitas ao Pagamento dos seguintes encargos fisca 4@) os impostos previstos no Cédigo dos Impostos sobre o Rendimento; b) 0 Imposto sobre a Producio do Petréleo (Royalty). ©) © Imposto sobre Valor Acrescentado e 0 Imposto sobre Constimos Fspecificos devidos nas ope- rages realizadas; ) a Contribuigdo Predial Urbana ¢.a Sisa, estabe- Tecidos nos termos da lei; €) 05 Direitos Aduancinos previstos na Pauta Adus- neira: f) 08 Tmpostos Autérquicos que forem devidos; ¢ &) outros impostos e taxas estabelecides por lei 2. Fi autorizado 0 Conselho de Ministos « fixer em regime fiscal especial as formas de tributacio, as taxas ¢ os beneficios fiscais © sduanedton Splick eh oetaede de pesquisa, desenvolvimento producao de petréleo, alterando, se necessétio for, para esta actividade, as dis- P Cédigo dos Impostos sobre o Rendimento. 3. Compete a0 Conselho de Ministros’inventariar as receitas resultantes das operacdes petroliferas e publicité- tas. periodicamente. Axmico 25 lomposto sobre a Produce de Petréleo) 1. O Imposto sobre a Produgio de Petréleo incide sobre 0 petréleo produzido no pais, sendo sujeito da obri- gagfio do imposto o produtor. 420) 2. O titular dos direitos de pesquisa © producio paga © Imposto sobre a Produgio do Petréleo (Royalty) a partir da area de desenvolvimento © produedo, em conformidade com as taxas a serem graduadas por decreto do Con- selho de Ministros, entre dois a quinze por eento, 3. A cobranga do Imposto sobre a Producéo do Pets Jeo ¢ cfectuada em espécie ou em dinheiro, & opglo do Conselho. de Ministros. 4. Nos casos em que o imposto pago em dinheiro, o mesmo deve ser calculado em conformidade com os pregos acordados através do contrato, se se tratar de gés natural ¢ na base dos pres itemacionais, tatandoe de pets io rato. CAPITULO VI Disposicées transitérias e finais Axertoo 26 (Contratos om execucso) Os coniratos em execugdo celebrados ao abrigo da Lei ne 3/81, de 3 de Outubro, relatives & pesquisa © produ- so de petréleo continuam vélidos, passando a ser regidos, pela presente Lei, em tudo 0 aue nio ccntrarie o clau- suilado contrattalmente. Arrigo 27 (Resolueso de disputas) 1. As disputas relativas & interpretagie © aplicagio da presente Let, do Regulamento de Operacdes Petroliferas ¢ dos termos e condicces dos contratos devem ser solucio- nnados, primeito, por negociacao, 2. Se a disputa nfo puder ser resolvida por acordo, a questo pode ser submetida & arbitragem oti is autorida- des judiciais competentes. 3. A arbitragem entre o Estado de Mogambique © os investidores estrangeiros deve ser conduzida em confor- midade com: @) @ Lei ne 11/99, de 12 de Julho, que rege a Arbitragem, a Coneiliagfio ¢ a Mediagio como meios alternatives de resolucdo de conflitos: ) as regras do Centro Internacional da Resolugéo de Diferendos Relativos a investimentos entre Estados e Nacionais de outros Estados (ICSID), aprovadas em Washington em 15 de Marco de 1965, on segundo a Convengio sobre a Reso- lucdo de Diferendos entre Estados ¢ Nacionais de outros Estados: ©) as regras fixadas no Regulamento do Mecanismo Suplementar, aprovado a 27 de Setembro de 1978, pelo Conselho de Administracio do Centro Internacional para a Resolucio de Dife- rendos Relativos a Investimentos, se a entidade estrangeira no preencher as condicdes de nacionalidade previstas no artigo 25 da Con d) as regras de outras instncias internacionais de reconhecida reputacdo em conformidade com 9 que as partes tiverem acordado nos contratos previstos na presente Lei, desde que tenham expressamente especificado nos contratos as condig6es para a sua implementacao, incluindo a forma de designagdo dos drbitros'e © prazo a tomada de decisio. See 42-6) ‘Aznico 28 (Regulamento de Operecdes Petroliferas) 1. Compete ao Conselho de Ministros aprovar, ao abrigo desta Lei, o Regulamento de Operagées Petroliferas, que deve incluir, entre outras matérias, as seguintes: a) modalidades, termos ¢ condigies dos contratos; b) préticas de’ operagdes petroliferas, incluindo a gestao de recursos, seguranca, satide e protec 0 ambiental; ©) submissio de planos, relatsrios, dados, amostra informagdo © contas pelos tittlares de direitos nos termos dos diferentes contratos; 4) wiilizagio de sistemas de oleodutos ou. gasodutos 2. © Rogulamento de- Operagées Petroliferas deve ser aprovado no periodo de cento ¢ oitenta dias apds a entrada ‘em vigor da presente Lei Axnico 29 (Rogulamentacio) Compete ao Conselho de Ministros regulamentar a presente Lei ‘Axnioo 30 (Revogaeio) E revogada a Lei n° 3/81, de 3 de Outubro © demais legislaco coniréria a presente Lei ‘Axmioo 31 (Entrada em vigor) ‘A presente Lei entra em vigor trinta dias apts a sua publicagao no Boletim da Republica. Aprovada pela Assembleia da Reptiblica, aos 21 de Dezembro de 2000.—O Presidente da Assembleia da Repiiblica, Eduardo Joaquim Mulémbwe. Promulgada em 21 de Fevereiro de 2001. Publiquese. Presidente da Repiblica, Joaquin ALBERTO Ciissano, ee COUSELHO DE MINISTROS Decreto n 3/2001 de 20 do Feverso Verificando-se uma variacio nos precos dos combus- tiveis Iiquidos superior a trés por cento, em média, e no eas do JET At, do petréleo de iluminacao © do gassleo superior a 20%, 0 Conselho de Ministros, ao abrigo do disposto no n° 3 do artigo 46, do Decteto n° 1/97, de 28 de Janeiro, decreta: Artigo 1. B aprovada a tabela de pregos dos combust veis, em anexo, que é parte integrante deste. diploma. ‘Art. 2. Este Decreto entra em vigor a partir do dia 22 de Fevereiro de 2001, ‘Aprovado pelo Conselho de Ministros Publiquese Primefro-Ministro, Pescoal Manuel Mocurnbi. I SERIE—NOMERO 8 Tabela de Precos de Combustiveis 1, Precos méximos de venda a. granel a praticar pelas Aistribuidoras & porta dos terminais ocednicos em Maputo © Lingamo (Matola), para os GPL (Gas de Petréleo Lizue- feito), Beira © Nacala, para os restantes produtos, nas unidades indicadas: GPL— Gis Butano © Propano 9 511,00 MT/Kg Gasolina 8.465,00 MT/litro Peiroleo de Aviagao (Jet Fuel) 4 356,00 MI/litro Petrleo de Muminacto 3.92200 MT/litro Gassleo Fuel dleo 6 742,00 MT/litro 5.337,00 MT/litro 2. Pregos méximos a praticar nos postos de venda ¢ nos postos de.abastecimento de combustiveis, situados nas cireunscricées territoriais das cidades de Maputo e Matola, para os GPL e de Maputo, Beira e Nacala para os restan- tes produtos, nas unidades indicadas: GPL— Gés Butano © Propano Gasolina os. Petréleo de Aviacao (Jet Fuel) Renrseo de uminacio Gaséleo Fuel dleo «| 10 310,2 MT/litro 8:800,00 MT/litro 4.644,00 MT/litro 4210,00 MT/litro, 7080.00 MT/litas. 539100 MT/it Decteto n° 4/2001 do 20 do Fovero'ro A captaco de recursos financeitos e de poupangas enquadra-se na realizagio dos objectivos da politica eco- némica do Governo que visa a estabilizacao da moeda nacional, o equilfbrio da producZo e do consumo, como premissas indispensiveis para 0 normal funcionamento do, mercado, ‘Assim, com a finatidade de diversificar as fontes de financiamento do Estado, contribuiindo, através desta via, ara a dinamizacio do mercado nacional de capitais, tomase necessério a emissio de Obrigagdes do Tesouro, estes termos, no uso das competéncias atribuidas pelo artigo 2 da Lei n2 2/2001, de 12 de Janeiro, © Consetho de Ministros decreta: Artigo 1.—1. E autorizada a Ministra do Plano Finangas @ contrait um empréstimo interno, amortizé. denominado «Obrigagées do Tesouro—2001/I», até & importincia total de setecentos bilides de meticais. 2. © empréstimo «Obrigagdes do Tesouro— 2001/I» seré representado por sete milhOes de obrigacées, que sero emitidas em moeda nacional, com o valor nominal de cem mil meticais cada. 3. O servigo da divida das «Obrigagdes do Tesouro — 2001/I>, nomeadamente 0 pagamento de juros © reem- Pe eerie Hie 6 inangas, 4. As «Obrigasies do Tesouro—2001/I» serio emi tas por um prazo de dex anos t Art. 2.—1. As «Obrigacdes do Tesouro— 2001/1» serdo representadas por valores mobilirios eseriturais, nfo havendo por isso lugar a emissao fisica de titulos. 2. Por despacho da Ministra do Plano ¢ Finangas, as «Obrigagdes do Tesouro — 2001/I» poderao ser colo- cadas através de um sindicato de instituigdes finaneeiras. 3. A organizacio do sindicato de instituigdes.finan- ceiras ¢ a eolocagdo da emissio poderé ser efectuada por um intermedisrio financeiro seleccionado para o feito.

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