Sei sulla pagina 1di 8

Parte integrante da Edição nº 353 – Janeiro de 2008

Jornal da Imagem

Caderno 2 Este encarte contém casos diversos enviados pelos leitores do Jornal da Imagem

Caso 1
Figuras • H
 istória clínica
3, 4, 5 e 6
– RM pélvica A.A.S.S., sexo feminino,
mostra lesão 29 anos, casada, natural e
expansiva com procedente de Ituiutaba – MG.
isossinal em T1
e hiperssinal Queixa de leucorréia e
em relação ao metrorragia há seis meses.
miométrio em G2P2A0 fez uso de
Figura 1 – Ultra-Sonografia mostra aumento T2, envolvendo antibiótico local (creme
difuso do colo uterino a cérvix, o
vaginal), sem melhora.
fórnice e a
parede anterior Citopatológico 14 de agosto
da vagina, com de 2006 – negativo para
extensão p/ neoplasia. Duas biópsias
o paramétrio colo útero em serviço
esquerdo externo com resultados:
1ª agosto/2006 – cervicite
crônica
Figura 2 – TC da pelve sem contraste
evidencia lesão espontaneamente densa 2ª setembro/2006 –
envolvendo o colo uterino processo inflamatório
com atipias leves

Caso 2
• H
 istória clínica
A.J.B.F. Sexo feminino; 8 meses admitida
em 18/08/2007 para pesquisa de foco
infeccioso. Queixa principal: Febre (38-
38,5º C) há 14 dias associada à coriza nasal
e irritabilidade. Exame físico: Hidratada,
Descorada (2+/4+). Ausculta cardíaca
e respiratória: sem alterações. Massa
abdominal endurecida, palpável em
flanco esquerdo. Peso = 9,7kg. Durante a
internação a paciente persiste com picos
febris diários. Laboratório: Leucocitose, Figura 2 – Fase pós-contraste, evidenciando realce da lesão
Anemia. Proteína C Reativa aumentada. Figura 1 – Massa retroperitoneal heterogênea, predominantemente
Realizou Tomografia computadorizada hipoatenuante. Fase pré-contraste
de abdome (Figs. 1 e 2) e exame
anátomo-patológico.
 Jornal da Imagem
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 1 Autores: Dras. Christinni Ferreira Neves e Cristine Norwig Galvão

Linfoma não – Hodgkin primário do colo uterino


• Exame físico: BEG, corada, eupneica, Discussão A RM é considerada o melhor exame primary cervical non-Hodgkin’s
acianótica. ACV, AR sem alterações. Linfoma do trato genital feminino de imagem para estadiamento local. A lymphoma:
• Abdome: sem visceromegalias é raro, sendo mais usual a infiltração forma de apresentação comum é um au- 3 case reports. Canadian
• Toque vaginal: colo todo secundária em doenças avançadas e mento difuso e simétrico da cérvix e/ou Association of Radiologists
infiltrado/duro e fixo no terço corresponde a cerca de 2% dos linfomas corpo, sem interrupção do endométrio Journal 1998;49 (4) : 250 a 252.
superior da vagina extra-nodais, e a 0,008% dos tumores ou do epitélio cervical. 3. Clarke DP, et al. Case report:
• Exame especular: similar aos cervicais primários. Acomete mais fre- Tende a ter isossinal ao miométrio Magnetic Resonance Imaging in
achados do toque vaginal qüentemente a cérvix e a vagina, e menos nas seqüências ponderadas em T1 e hi- Primary Cervical Limphoma: the Role
• Toque retal: grande massa comumente o corpo uterino. perssinal em T2, com realce homogêneo in Diagnosis and Follow-up. Clinical
pélvica fixa, comprimindo o reto, Linfoma cervical primário acomete pós- contraste. Diagnóstico histológico Radiology 1998;53: 383 a 385.
com paramétrio esquerdo usualmente mulheres dos 20 aos 80 anos, é feito a partir de espécimes obtidas 4. Kawakami S, et al. MR Appearance
acometido até a parede pélvica. com média de 40 anos. Os sintomas e de biópsias. Tratamento proposto é a of Malignant Lymphoma of the
• Ausência de linfonodomegalias os achados do exame físico são ines- quimioterapia com ou sem radioterapia. Uterus. Journal of Computer
palpáveis pecíficos e os mais comuns em ordem Diagnóstico diferencial deve ser feito Assisted Tomography 1995 ;19 (2):
• Feito nova biópsia outubro/2006 decrescente são: sangramento vaginal; com carcinoma de células escamosas; 238 a 242.
– cervicite crônica com infiltrado secreção vaginal; massa pélvica; descon- processos inflamatórios; sarcomas. 5. Kim YS, et al. MR imaging of
linfóide forto pélvico; dispareunia. primary uterine lymphoma.
• Conização novembro/2006 Geralmente tem um bom prognós- Referências bibliográficas Abdominal Imaging 1997;22:
• Solicitado exames de estadiamento tico, exceto quando há envolvimento 1. Katsuyuki A, et al. Malignant 441 a 444.
dos ovários. Lymphoma of the uterus. Cancer 6. Okamoto Y, et al. MR Imaging of
Diagnóstico O tipo histológico mais freqüente 1993; 72 (6) : 1959 a 1964. the Uterine Imaging-Pathologic
Linfoma não – hodgkin primário do é o LNH, difuso de grandes células, 2. Mehta M, Thurston W. Magnetic Correlation. RadioGraphics
colo uterino fenótipo B. resonance imaging appearance of 2003;23: 425 a 445.

Caso 2 Autor: Paulo Eduardo Codelo Rebelo. Preceptora: Dra. Ula passos

Neuroblastoma
Diagnóstico fância depois da luecemia e dos tumo- que 50 %, nas adrenais. Clinicamente Referências bibliográficas
Neuroblastoma res cranianos. Originam-se das cristas apresentam-se como massa intra-ab- 1. Daneman A.. Adrenal neoplasm in
neurais, sendo a maioria encontrada dominal ou como doença metastática. children. Semi roentgenol. 1988; (23.
Discussão nas glândulas adrenais, e menos fre- Podem apresentar-se como um nódulo 205-215).
O neuroblastoma é o tumor sólido qüentemente em vários locais ao longo ou como grandes massas, sendo que 2. Finklestein JZ. Neuroblastoma. The
extra-cranial mais comum da infância. da cadeia simpática. 75 % deles surgem calcificações são freqüentemente en- challenge and frustration. Hematol On-
É o terceiro tumor mais comum na in- em região intra-abdominal, sendo contradas em seu interior. col. Clin North An 1987; 1: 675-694.
Caderno 2 
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 3
• H
 istória clínica
Paciente de
13 anos, sexo
feminino, branca,
apresentando
massa abdominal
palpável há
alguns meses com
episódios de dor
pélvica. Exames
Figura1 – US no plano sagital demonstra Figuras 2 e 3 – TC com meio de contraste iodado mostra cavidade vaginal e endometrial
útero aumentado de volume e cavidade dilatadas preenchidas por líquido (sangue) entre o reto e a bexiga laboratoriais
endometrial repleta de líquido com debris normais.
que indica a característica hemática Realizado uma
ultra-sonografia
(US) e tomografia
Figura 4 (RM blade T2 sagital), Figura 5 computadorizada
(RM T1 TSE axial) e Figura 6 (RM T1 TSE FS (TC) de pelve.
axial) – um segundo paciente para exemplo,
evidencia cavidade vaginal dilatada com
alta intensidade de sinal que representa, em
T1, seu encurtamento devido ao conteúdo
hemático que a preenche. Há uma discreta
dilatação da cavidade endometrial

Caso 4
• H
 istória clínica
Paciente de 74 anos,
sexo feminino,
branca, natural
de São Paulo,
com quadro de
dor abdominal Figuras 2, 3 e 4 – TC na fase arterial
mostra dilatação de alças jejunais
no quadrante
com nível hídrico, não encontrado nos
superior direito segmentos ileais. Há três cálculos no
que irradiava- interior de cada segmento jejunal,
se para o dorso onde o dominante oblitera, de forma
associado a êmese bastante clara, o lúmen entérico
e febre. Exames Figura1 – TC na fase
laboratoriais portal mostra a presença
de ar no interior da vesícula
mostraram biliar comprovando fístula
leucocitose com bilioentérica
desvio para
esquerda. Realizado
uma tomografia
computadorizada
(TC) para melhor
investigação.
 Jornal da Imagem
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 3 Autora: Dra. Adriana Ferraiolo de Freitas – CURA – Imagem e Diagnóstico – SP

Obstrução congênita da vagina (hematometrocolpo)


Diagnóstico simples ou septo, que resulta de uma congênita) em recém-nascidas com ou níveis de sangue ou de líquido-detrito
Obstrução congênita da vagina (hema- falha da perfuração formado na junção atresia vaginal, mas não nas pacientes no útero ou na vagina. Ocasionalmente
tometrocolpo). do seio urogenital e dos ductos de mül- com hímen imperfurado. Os achados as trompas uterinas podem ficar reple-
lerianos pareados. Uma causa menos na ressonância magnética (RM), na TC tas de sangue. Quando há um aumento
Discussão freqüente é a síndrome de Mayer-Roki- e na US de hidrocolpo (dilatação vagi- volumétrico expressivo da vagina e
A obstrução vaginal congênita pode tansky-Kuster, com um anlage uterino nal) ou hidrometrocolpo (vagina e útero do útero podemos ter obstrução dos
ser detectada no período neonatal ou na ativo. As recém-nascidas acometidas dilatados) são de uma massa tubular de ureteres, gerando hidronefrose. Neste
menarca. Na recém-nascida, a obstrução abrem o quadro com massa pélvica ou linha média, repleta de líquido, situada caso apresentado, o exame ginecológico
vaginal é causada por atresia vaginal abdominal palpável secundária à produ- entre a bexiga e o reto. A vagina contém detectou um hímen imperfurado.
ou cervical, estenose de alto grau, um ção e ao acúmulo excessivo de secreções a maior parte do líquido/sangue e tem
septo transverso ou uma membrana vaginais ou uterinas durante a vida in- um tamanho que pode variar de cinco Referências bibliográficas
imperfurada. O septo vaginal transverso tra-uterina decorrente da estimulação a nove vezes mais que o útero, estando 1. States LJ, Bellah RD. Imaging of the
é causado pela ausência de canalização hormonal materna. Já as adolescentes localizado entre o reto e a bexiga. A pediatric female pélvis. Semin Roent-
da placa vaginal, que geralmente ocorre abrem um quadro de dor abdominal vagina distendida tem uma parede fina genol 1996;31:312.
na junção dos terços médio e superior baixa cíclica ou massa abdominal ou têm e de difícil percepção, em geral está pre- 2. Siegel MJ. Tomografia Computadori-
da vagina e está associado a anomalias uma história de amenorréia. Observa- enchida por sangue, enquanto o útero zada do Corpo em Pediatria. Rio de
renais. Nas adolescentes, o mais prová- se uma maior associação de anomalias tem uma parede muscular mais espessa, Janeiro; Guanabara-Koogan: 2001.
vel é que a obstrução vaginal seja em congênitas (ânus imperfurado, atresia que capta o meio de contraste iodado. 3. Semelka RC. RM de Abdomen y Pélvis.
decorrência de um hímen imperfurado esofagiana ou duodenal e cardiopatia Podem ser detectados restos celulares New York; Marban: 2005.

Caso 4 Autora: Dra. Adriana Ferraiolo de Freitas – CURA – Imagem e Diagnóstico – SP

Íleo biliar
Diagnóstico pelo quadro de colecistite calculosa, gástrico, recebe o nome de “síndrome mesmos podem estar circundados por
Íleo biliar repetidas colangiopancreatografias en- de Bouveret”. O íleo biliar acomete mais gás na alça intestinal obstruída. Deve-se
doscópicas retrógradas e como compli- pacientes entre 65 a 75 anos, sendo os enfatizar que os cálculos de colesterol
Discussão cação de esfincterotomia endoscópica, homens mais afetados que as mulheres têm usualmente baixa densidade (pró-
O íleo biliar representa um quadro de podendo produzir obstrução intestinal, (1: 4) e aumenta com a idade. As mu- xima da água), mas geralmente com
obstrução mecânica intestinal causada todavia uma combinação de oclusão lheres obesas também fazem parte do anel calcificado. É bastante específico,
por impactação de um ou mais cálculos mecânica e espasmo intestinal. Os cál- grupo de risco. A apresentação clínica o sinal de colapso da vesícula biliar com
no interior do lúmen intestinal. Ele culos tendem a impactar no duodeno, se dá com dor abdominal aguda, tipo pneumobilia, pela TC.
ocorre em 1-2% de todos os casos de ligamento de Treitz, válvula íleo-cecal, cólica (20-30%), intermitente, náusea,
obstrução intestinal mecânica. Para que cólon sigmóide (quando comprometido vômito, febre, distensão e constipação. Referências bibliográficas
isso ocorra, é necessário surgir uma fís- por diverticulite) ou qualquer outra área Nas mulheres idosas geralmente o diag- 1. Federle MP, et al. Diagnostic imaging
tula entre a vesícula biliar e o duodeno, de estreitamento intestinal. Cálculos nóstico é tardio ou não feito. Os achados abdome. Salt Lake City, Utah: Amir-
ou menos comumente, com o estômago, adicionais silenciosos proximais podem gerais por imagem estão relacionados sys, 2004.
jejuno ou cólon. Geralmente um grande abrir um novo quadro em 5-10% casos. com a Tríade de Rigler, representada por 2. Robbins & Cotran. Patologia. Rio de
cálculo (diâmetro > 2.5 a 3 cm) confi- A situação particular da impactação de obstrução intestinal, ar na árvore biliar e Janeiro; Elsevier 7ºed: 2005.
nado no interior da vesícula biliar passa cálculo biliar já no duodeno, com con- ectopia dos cálculos. A TC melhor revela 3. Semelka RC. RM de Abdomen y Pélvis.
pela perfuração parietal determinada seqüente dificuldade de esvaziamento os cálculos, mostrando também que os New York; Marban: 2005.
Caderno 2 
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 5
Figura 1 – TC (com Figura 2 – RM (T1, • H
 istória
janela de partes moles T2 e T1 com saturação clínica
e óssea) demonstra de gordura) evidencia
remodelagem e alarga- formação nodular Paciente
mento ósseo associado no espaço epidural, do sexo
a formação tissular com determinando discreta masculino,
densidade maior que a atrofia de pressão sobre 69 anos,
do saco dural, que se es- a parede posterior de
L4. Lesão com baixo apresentando
tende para o forame de
conjugação e obscurece sinal T1 e T2 contendo lombociatalgia
a raiz de L4 áreas puntiformes de à esquerda.
“flow void” e reforço Nega história
heterogêneo pelo pregressa de
gadolínio trauma.

Figura 3 – RM (T1 e T2) mostra lesão com situação extra-dural em Figura 4 – RM (T1 pré e pós-gadolínio) demonstrando
contato com o saco dural e raiz foraminal de L4 à esquerda reforço heterogêneo da lesão

Caso 6
• H
 istória clínica
V.C., masculino, 68 anos, Figura 2 – Tomografia de
admitido em 27 de julho de 2007, quadril evidencia luxação e
queixando-se de dor de forte deformidade da cabeça femoral
intensidade em quadril direito há associada a corpos livres
osteocondrais e densidades
cerca de 10 dias. Nega história de de partes moles adjacentes
trauma. Antecedente de artropatia ao quadril direito
prévia do joelho esquerdo.
Ao exame físico: bom estado
geral, afebril, com aumento de Figura 1 – Radiografia
volume do quadril direito e dor simples de quadril Figura 3 – RM
à palpação sem sinais flogísticos. evidenciando importante coronal T2 evidencia a
deformidade da articulação alteração de sinal na
Sem défict neuromuscular. medular óssea direita,
coxofemoral direito.
Radiografia em 2006 sem Lado esquerdo apresenta assim como as lesões
alterações em quadril direito. artropatia prévia de partes moles e o
Realizados nova radiografia derrame articular
(fig.1), cintilografia óssea,
tomografia computadorizada
(fig. 2) e Ressonância
magnética (figs.3 e 4).
 Jornal da Imagem
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 5 Autores: Drs. André Della Barba Barros e Enrico Granzotto.


Orientadores: Drs. Mauro Brandão e Mario Lorenzatto – Clínica Radiológica Documenta – Ribeirão Preto/SP

Hemangioma cavernoso epidural


Diagnóstico ponderadas em T2, o sinal da lesão é sutil pelo gadolínio, porém não costumam reservando-se a radioterapia para lesões
Hemangioma Cavernoso Epidural intenso, pouco menos que o do líquido determinar erosão óssea, ainda que existam irressecáveis ou pacientes com algum tipo
cefalorraquidiano. Freqüentemente, a casos na literatura relatando tal alteração. de contra-indicação cirúrgica.
Discussão lesão se caracteriza por estender-se até No caso relatado, o caráter atípico da
O hemangioma cavernoso é um tumor o forame intervertebral, mas este usual- lesão é evidenciado pelo amoldamento Referências bibliográficas
raro que representa 4% dos tumores espi- mente não está alargado. ósseo da porção posterior do corpo ver- 1. Lee JP, Wang DJ, Wai YY, Ho YS. Spi-
nhais extradurais. A maioria dos pacientes Os principais diagnósticos diferenciais tebral e estruturas do arco posterior (visto nal extradural cavernous hemangioma.
está na faixa etária dos 40 aos 60 anos, com devem ser feitos com schwannomas e hér- na TC), além de um discreto reforço Surg Neurol 1990;34:345-351.
ligeira predileção pelo sexo feminino. O nias atípicas. Os schwannomas costumam pelo agente paramagnético. Essas duas 2. Félix A, Koerbel A, Hanel RA, Cichon
nível torácico costuma ser o mais acome- determinar erosão óssea e apresentam características são mais freqüentemente E, Araújo JC. Angioma Cavernoso
tido e a apresentação clínica clássica é a reforço pelo agente paramagnético mais encontradas em schwannomas e hérnia Espinhal Epidural: Relato de Caso. Arq
compressão medular lenta e progressiva. intenso que os hemangiomas, entretanto discais, respectivamente. Neuropsiquiatr 2001;59(2-B):440-443.
A ressonância magnética é o exame em alguns casos há predomínio das células As complicações dos hemangiomas es- 3. Chhabra A, Batra K, Satti S, Patel S,
de escolha para o diagnóstico, e as ima- Antony B (paucidade celular organizada pinhais incluem hemorragia subaracnóide, Feitell S, Gonzales C, Faerber E, Koe-
gens ponderadas em T1 mostram mais com predomínio de componente mixói- hematoma epidural, hematomielia e lesões nigsberg RA. Spinal Epidural Space:
freqüentemente um sinal de intensidade de), que devido à sua maior porção cística compressivas da medula e das raízes. Anatomy, Normal variations, and
semelhante àquele da medula e músculo. reforçam menos, tornando ainda mais A ressecção cirúrgica é a conduta Pathological Lesions on MR Imag-
A captação do contraste é homogênea ou difícil essa diferenciação. No caso das mais apropriada para o tratamento dos ing. Neurographics Vol. 5 Issue 1, em
discretamente heterogênea. Nas imagens hérnias migradas, exibem um reforço mais hemangiomas cavernosos epidurais, http://www.neurographics.org.

Caso 6 Autores: Drs. Adriano Ferreira da Silva e Samuel Alves Costa Pereira

Osteomielite / artrite séptica do quadril


em adulto por via hematogênica
Diagnóstico estreptococos são os principais agen- seqüestros, mais evidentes na tomografia partes moles com perda da integridade
Osteomielite / artrite séptica do quadril tes causadores, enquanto nos adultos, computadorizada. A cintilografia óssea dos planos fasciais e efeito de massa.
(Biópsia óssea evidenciou a presença de os estafilococos são mais comuns. No deve preceder as radiografias simples,
Staphilococcus epidermidis). adulto, a artrite séptica pode ocorrer pois o diagnóstico da infecção pode ser Referências bibliográficas
devido à fusão da placa epifisária, mas as confirmado até em 48h após o início 1. Erdman et al.Osteomyelltis: Char-
Discussão infecções por via metáfisária são menos dos sintomas, ocorrendo áreas de hiper- acteristics and Pitfalls Of Diagnosls
A osteomielite hematogênica ocorre comuns. Os principais achados radioló- captação 3 a 4 horas após a injeção do with MR Imaging. Radiology 1991;
durante o período de crescimento, mas gicos incluem: aumento de partes moles, radionuclídeo. A ressonância magnética 180:533-539.
todas as idades podem ser afetadas, mais evidentes em crianças. Osteoporose evidencia em sua fase aguda áreas de 2. Sheldon et al. Imaging of Intraarticular
sendo encontrados casos mesmo em localizada, que, aparece após 10-14 dias baixo sinal da medular óssea em T1 e alto Masses. Radiographics 2005; 25 (1):
idade avançada, embora pouco comum. após o início dos sintomas. Cerca de sinal em T2, com realce pós-contraste na 114-115.
Ela ocorre a partir de um foco distante, três semanas depois aparecem áreas de medula e nas partes moles adjacentes, as- 3. Sutton D. Tratado de Radiologia Diag-
geralmente cutâneo. Em lactentes os destruição óssea como o invólucro e os sim como se visualizam os abscessos de nóstica, 6ª ed., vol. 1, 2003.
Caderno 2 
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 7
• H
 istória clínica Figura 1 Figura 2
W.F.S, 19 anos, sexo – Lesão – RM axial T2
masculino, procedente expansiva evidenciando
heterogênea área central de
de São Paulo-SP. Deu na região do flow-void,
entrada no pronto socorro seio cavernoso, circundada de
da ORL, apresentando em íntimo sinais de alta e
epistaxe volumosa pela contato com baixa intensi-
narina direita, evoluindo a carótida dade, dispostos
com sudorese profusa e em camadas
taquicardia. Exame físico:
descorado (+++/IV),
taquicárdico (FC: 120 bpm),
hipotenso (80x40 mmHg). Figura 3 – RM Figura 4
Otoscopia: presença de axial T1 Pós – Angiografia
cerúmen. Rinoscopia: gadolíneo da lesão
Coágulos em fossas nasais, evidenciando a
sem massas detectáveis. artéria de ori-
Antecedentes: Acidente gem associada
à lesão
com motocicleta há 06
meses. Exames radiológicos:
TC de crânio (fig. 1),
ressonância magnética (figs.
2 e 3) e angiografia (fig. 4).

Caso 8
• H
 istória clínica
A. T. 49 anos, natural e procedente de São
Paulo/SP. Assintomática na admissão, ao
realizar teste ergométrico como exame de
rotina para acompanhamento de HAS, o
médico identificou que a mesma “cansava
demais”(SIC), tendo feito radiografia
de tórax (fig.1) e encaminhada para o
ambulatório de doenças intersticiais. AP: HAS,
hipotireoidismo, hérnia de hiato, professora,
exposição a pássaros. Nega tabagismo e
etilismo. Exame físico: BEG, eupnéica FC:
Figura 1 – Raio X evidenciando opacidades intersticiais difusas bilateralmente Figura 2 – TCAR evidenciando pequenas imagens nodula- 68 FR: 16 IRPM. Auscultas respiratória e
res difusas, com áreas de aprisionamento aéreo, formando cardíaca sem alterações. Realizou espirometria,
padrão de mosaico, e presença de bronquiectasias e tomografia computadorizada de tórax de alta
resolução (TCAR- fig. 2), seguido de biópsia
transbrônquica.
 Jornal da Imagem
São Paulo | JANEIRO | 2008

Caso 7 Autores: Drs. Ronald Trindade, Luiz Pedroso e Ula Passos

“Pseudo” aneurisma traumático da artéria


carótida interna intracavernosa
Diagnóstico tríade clássica. Ocasionalmente, além pelo aneurisma, o déficit visual pode bem definido e regular. A angiografia,
Pseudo-aneurisma traumático da artéria do nervo óptico, pode haver acome- ser tardio, e até mesmo bilateral. Nas como exame padrão-ouro, identifica
carótida interna intracavernosa timento de outros pares cranianos, imagens por ressonância magnética, a suas paredes irregulares, ausência de
principalmente os de trajeto intraca- forma clássica dos aneurismas gigantes colo verdadeiro, enchimento tardio,
Discussão vernoso (III, IV, V, VI). Epistaxe é parcialmente trombosados apresenta- e localização intra-esfenoidal típica,
Aneurismas traumáticos da artéria relatada como sintoma mais freqüente, se como uma área central de flow-void, indicando a sua natureza secundária.
carótida interna são raros, acometendo ocorrendo geralmente em até seis me- circundada de sinais de alta e baixa
as porções petrosa, supra-clinoidea ou ses após o trauma. No trauma de face, intensidade, dispostos em “camadas”, Referência bibliográfica
intracavernosa, esta responsável por a perda da visão geralmente é imediata, traduzindo uma mistura de meta-he- 1. Traumtic Aneurysma of the Internal
60% dos casos descritos na literatura. principalmente quando há lesão direta moglobina e hemossiderina. Ao lado Carotid Artery: A late Finding presen-
Antecedente de fraturas de face, amau- do nervo óptico ou da artéria oftálmi- do aneurisma, identifica-se a artéria de ting as a mass in the sphenoid sinus.
rose unilateral e epistaxe constituem a ca. No caso de compressão extrínseca origem, representada por um flow-void ANJR 1996; 17: 222 – 225.

Caso 8 Autores: Samuel Alves Costa Pereira, Adriano Ferreira da Silva e Dr. Cássio Gomes Reis dos Santos

Hiperplasia de células
neuroendócrinas pulmonares
Diagnóstico às doenças pulmonares crônicas e ao há- na faixa etária de 46 a 78 anos. Sob o lavado broncoalveolar na maioria das
Hiperplasia de células neuroendócrinas bito de fumar, todavia, estudos recentes ponto de vista radiológico, na TCAR, os vezes mostra linfocitose.
pulmonares. evidenciam que a hiperplasia idiopática principais achados são: o espessamento
ocorre na sua maioria, em pacientes do interstício peribroncovascular, asso- Referências bibliográficas
Discussão não-fumantes e que não apresentam um ciado a pequenas imagens nodulares, 1. Aguayo SM, Miller YE, Waldron JA,
Sabe-se que o pulmão fetal é rico em histórico de doenças pulmonares pre- com ou sem áreas de aprisionamento et al. brief report: Idiopathic diffuse
células neuroendócrinas situadas nas gressas. Ela pode apresentar sintomas aéreo, formando padrão de mosai- hyperplasia of pulmonary neuroendo-
paredes dos brônquios e bronquíolos característicos de doenças pulmonares co; presença de áreas de atelectasia e crine cells and airways disease. N Engl
terminais, que participam da regulação crônicas, tais como: tosse seca e dispnéia bronquiectasias. Nódulos, que quando J Med 1992;327: 1285-1288.
parácrina do pulmão em desenvolvimen- progressiva. O diagnóstico pode, ainda, maiores que 5mm, serão considerados 2. Davies SJ, Gosney JR, Hansell DM,
to, ao contrário do que ocorre com os ser incidental, aparecendo durante a tumores carcinóides, normalmente, et al. Diffuse idiopathic pulmonary
adultos, em que estas células são raras. A investigação de outras patologias. A apresentados em uma massa única. As neuroendocrine cell hyperplasia: an
hiperplasia das células neuroendócrinas duração média pré-diagnostico desta do- provas de função pulmonar evidenciam under-recognised spectrum of disease.
pulmonares é freqüentemente associada ença é de 8 anos, acometendo indivíduos um padrão obstrutivo ou misto e o Thorax 2007; 62: 248-252.

Potrebbero piacerti anche