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Jornal da Imagem
Caderno 2 Este encarte contém casos diversos enviados pelos leitores do Jornal da Imagem
Caso 1
Figuras • H
istória clínica
3, 4, 5 e 6
– RM pélvica A.A.S.S., sexo feminino,
mostra lesão 29 anos, casada, natural e
expansiva com procedente de Ituiutaba – MG.
isossinal em T1
e hiperssinal Queixa de leucorréia e
em relação ao metrorragia há seis meses.
miométrio em G2P2A0 fez uso de
Figura 1 – Ultra-Sonografia mostra aumento T2, envolvendo antibiótico local (creme
difuso do colo uterino a cérvix, o
vaginal), sem melhora.
fórnice e a
parede anterior Citopatológico 14 de agosto
da vagina, com de 2006 – negativo para
extensão p/ neoplasia. Duas biópsias
o paramétrio colo útero em serviço
esquerdo externo com resultados:
1ª agosto/2006 – cervicite
crônica
Figura 2 – TC da pelve sem contraste
evidencia lesão espontaneamente densa 2ª setembro/2006 –
envolvendo o colo uterino processo inflamatório
com atipias leves
Caso 2
• H
istória clínica
A.J.B.F. Sexo feminino; 8 meses admitida
em 18/08/2007 para pesquisa de foco
infeccioso. Queixa principal: Febre (38-
38,5º C) há 14 dias associada à coriza nasal
e irritabilidade. Exame físico: Hidratada,
Descorada (2+/4+). Ausculta cardíaca
e respiratória: sem alterações. Massa
abdominal endurecida, palpável em
flanco esquerdo. Peso = 9,7kg. Durante a
internação a paciente persiste com picos
febris diários. Laboratório: Leucocitose, Figura 2 – Fase pós-contraste, evidenciando realce da lesão
Anemia. Proteína C Reativa aumentada. Figura 1 – Massa retroperitoneal heterogênea, predominantemente
Realizou Tomografia computadorizada hipoatenuante. Fase pré-contraste
de abdome (Figs. 1 e 2) e exame
anátomo-patológico.
Jornal da Imagem
São Paulo | JANEIRO | 2008
Caso 2 Autor: Paulo Eduardo Codelo Rebelo. Preceptora: Dra. Ula passos
Neuroblastoma
Diagnóstico fância depois da luecemia e dos tumo- que 50 %, nas adrenais. Clinicamente Referências bibliográficas
Neuroblastoma res cranianos. Originam-se das cristas apresentam-se como massa intra-ab- 1. Daneman A.. Adrenal neoplasm in
neurais, sendo a maioria encontrada dominal ou como doença metastática. children. Semi roentgenol. 1988; (23.
Discussão nas glândulas adrenais, e menos fre- Podem apresentar-se como um nódulo 205-215).
O neuroblastoma é o tumor sólido qüentemente em vários locais ao longo ou como grandes massas, sendo que 2. Finklestein JZ. Neuroblastoma. The
extra-cranial mais comum da infância. da cadeia simpática. 75 % deles surgem calcificações são freqüentemente en- challenge and frustration. Hematol On-
É o terceiro tumor mais comum na in- em região intra-abdominal, sendo contradas em seu interior. col. Clin North An 1987; 1: 675-694.
Caderno 2
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Caso 3
• H
istória clínica
Paciente de
13 anos, sexo
feminino, branca,
apresentando
massa abdominal
palpável há
alguns meses com
episódios de dor
pélvica. Exames
Figura1 – US no plano sagital demonstra Figuras 2 e 3 – TC com meio de contraste iodado mostra cavidade vaginal e endometrial
útero aumentado de volume e cavidade dilatadas preenchidas por líquido (sangue) entre o reto e a bexiga laboratoriais
endometrial repleta de líquido com debris normais.
que indica a característica hemática Realizado uma
ultra-sonografia
(US) e tomografia
Figura 4 (RM blade T2 sagital), Figura 5 computadorizada
(RM T1 TSE axial) e Figura 6 (RM T1 TSE FS (TC) de pelve.
axial) – um segundo paciente para exemplo,
evidencia cavidade vaginal dilatada com
alta intensidade de sinal que representa, em
T1, seu encurtamento devido ao conteúdo
hemático que a preenche. Há uma discreta
dilatação da cavidade endometrial
Caso 4
• H
istória clínica
Paciente de 74 anos,
sexo feminino,
branca, natural
de São Paulo,
com quadro de
dor abdominal Figuras 2, 3 e 4 – TC na fase arterial
mostra dilatação de alças jejunais
no quadrante
com nível hídrico, não encontrado nos
superior direito segmentos ileais. Há três cálculos no
que irradiava- interior de cada segmento jejunal,
se para o dorso onde o dominante oblitera, de forma
associado a êmese bastante clara, o lúmen entérico
e febre. Exames Figura1 – TC na fase
laboratoriais portal mostra a presença
de ar no interior da vesícula
mostraram biliar comprovando fístula
leucocitose com bilioentérica
desvio para
esquerda. Realizado
uma tomografia
computadorizada
(TC) para melhor
investigação.
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Íleo biliar
Diagnóstico pelo quadro de colecistite calculosa, gástrico, recebe o nome de “síndrome mesmos podem estar circundados por
Íleo biliar repetidas colangiopancreatografias en- de Bouveret”. O íleo biliar acomete mais gás na alça intestinal obstruída. Deve-se
doscópicas retrógradas e como compli- pacientes entre 65 a 75 anos, sendo os enfatizar que os cálculos de colesterol
Discussão cação de esfincterotomia endoscópica, homens mais afetados que as mulheres têm usualmente baixa densidade (pró-
O íleo biliar representa um quadro de podendo produzir obstrução intestinal, (1: 4) e aumenta com a idade. As mu- xima da água), mas geralmente com
obstrução mecânica intestinal causada todavia uma combinação de oclusão lheres obesas também fazem parte do anel calcificado. É bastante específico,
por impactação de um ou mais cálculos mecânica e espasmo intestinal. Os cál- grupo de risco. A apresentação clínica o sinal de colapso da vesícula biliar com
no interior do lúmen intestinal. Ele culos tendem a impactar no duodeno, se dá com dor abdominal aguda, tipo pneumobilia, pela TC.
ocorre em 1-2% de todos os casos de ligamento de Treitz, válvula íleo-cecal, cólica (20-30%), intermitente, náusea,
obstrução intestinal mecânica. Para que cólon sigmóide (quando comprometido vômito, febre, distensão e constipação. Referências bibliográficas
isso ocorra, é necessário surgir uma fís- por diverticulite) ou qualquer outra área Nas mulheres idosas geralmente o diag- 1. Federle MP, et al. Diagnostic imaging
tula entre a vesícula biliar e o duodeno, de estreitamento intestinal. Cálculos nóstico é tardio ou não feito. Os achados abdome. Salt Lake City, Utah: Amir-
ou menos comumente, com o estômago, adicionais silenciosos proximais podem gerais por imagem estão relacionados sys, 2004.
jejuno ou cólon. Geralmente um grande abrir um novo quadro em 5-10% casos. com a Tríade de Rigler, representada por 2. Robbins & Cotran. Patologia. Rio de
cálculo (diâmetro > 2.5 a 3 cm) confi- A situação particular da impactação de obstrução intestinal, ar na árvore biliar e Janeiro; Elsevier 7ºed: 2005.
nado no interior da vesícula biliar passa cálculo biliar já no duodeno, com con- ectopia dos cálculos. A TC melhor revela 3. Semelka RC. RM de Abdomen y Pélvis.
pela perfuração parietal determinada seqüente dificuldade de esvaziamento os cálculos, mostrando também que os New York; Marban: 2005.
Caderno 2
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Caso 5
Figura 1 – TC (com Figura 2 – RM (T1, • H
istória
janela de partes moles T2 e T1 com saturação clínica
e óssea) demonstra de gordura) evidencia
remodelagem e alarga- formação nodular Paciente
mento ósseo associado no espaço epidural, do sexo
a formação tissular com determinando discreta masculino,
densidade maior que a atrofia de pressão sobre 69 anos,
do saco dural, que se es- a parede posterior de
L4. Lesão com baixo apresentando
tende para o forame de
conjugação e obscurece sinal T1 e T2 contendo lombociatalgia
a raiz de L4 áreas puntiformes de à esquerda.
“flow void” e reforço Nega história
heterogêneo pelo pregressa de
gadolínio trauma.
Figura 3 – RM (T1 e T2) mostra lesão com situação extra-dural em Figura 4 – RM (T1 pré e pós-gadolínio) demonstrando
contato com o saco dural e raiz foraminal de L4 à esquerda reforço heterogêneo da lesão
Caso 6
• H
istória clínica
V.C., masculino, 68 anos, Figura 2 – Tomografia de
admitido em 27 de julho de 2007, quadril evidencia luxação e
queixando-se de dor de forte deformidade da cabeça femoral
intensidade em quadril direito há associada a corpos livres
osteocondrais e densidades
cerca de 10 dias. Nega história de de partes moles adjacentes
trauma. Antecedente de artropatia ao quadril direito
prévia do joelho esquerdo.
Ao exame físico: bom estado
geral, afebril, com aumento de Figura 1 – Radiografia
volume do quadril direito e dor simples de quadril Figura 3 – RM
à palpação sem sinais flogísticos. evidenciando importante coronal T2 evidencia a
deformidade da articulação alteração de sinal na
Sem défict neuromuscular. medular óssea direita,
coxofemoral direito.
Radiografia em 2006 sem Lado esquerdo apresenta assim como as lesões
alterações em quadril direito. artropatia prévia de partes moles e o
Realizados nova radiografia derrame articular
(fig.1), cintilografia óssea,
tomografia computadorizada
(fig. 2) e Ressonância
magnética (figs.3 e 4).
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São Paulo | JANEIRO | 2008
Caso 6 Autores: Drs. Adriano Ferreira da Silva e Samuel Alves Costa Pereira
Caso 7
• H
istória clínica Figura 1 Figura 2
W.F.S, 19 anos, sexo – Lesão – RM axial T2
masculino, procedente expansiva evidenciando
heterogênea área central de
de São Paulo-SP. Deu na região do flow-void,
entrada no pronto socorro seio cavernoso, circundada de
da ORL, apresentando em íntimo sinais de alta e
epistaxe volumosa pela contato com baixa intensi-
narina direita, evoluindo a carótida dade, dispostos
com sudorese profusa e em camadas
taquicardia. Exame físico:
descorado (+++/IV),
taquicárdico (FC: 120 bpm),
hipotenso (80x40 mmHg). Figura 3 – RM Figura 4
Otoscopia: presença de axial T1 Pós – Angiografia
cerúmen. Rinoscopia: gadolíneo da lesão
Coágulos em fossas nasais, evidenciando a
sem massas detectáveis. artéria de ori-
Antecedentes: Acidente gem associada
à lesão
com motocicleta há 06
meses. Exames radiológicos:
TC de crânio (fig. 1),
ressonância magnética (figs.
2 e 3) e angiografia (fig. 4).
Caso 8
• H
istória clínica
A. T. 49 anos, natural e procedente de São
Paulo/SP. Assintomática na admissão, ao
realizar teste ergométrico como exame de
rotina para acompanhamento de HAS, o
médico identificou que a mesma “cansava
demais”(SIC), tendo feito radiografia
de tórax (fig.1) e encaminhada para o
ambulatório de doenças intersticiais. AP: HAS,
hipotireoidismo, hérnia de hiato, professora,
exposição a pássaros. Nega tabagismo e
etilismo. Exame físico: BEG, eupnéica FC:
Figura 1 – Raio X evidenciando opacidades intersticiais difusas bilateralmente Figura 2 – TCAR evidenciando pequenas imagens nodula- 68 FR: 16 IRPM. Auscultas respiratória e
res difusas, com áreas de aprisionamento aéreo, formando cardíaca sem alterações. Realizou espirometria,
padrão de mosaico, e presença de bronquiectasias e tomografia computadorizada de tórax de alta
resolução (TCAR- fig. 2), seguido de biópsia
transbrônquica.
Jornal da Imagem
São Paulo | JANEIRO | 2008
Caso 8 Autores: Samuel Alves Costa Pereira, Adriano Ferreira da Silva e Dr. Cássio Gomes Reis dos Santos
Hiperplasia de células
neuroendócrinas pulmonares
Diagnóstico às doenças pulmonares crônicas e ao há- na faixa etária de 46 a 78 anos. Sob o lavado broncoalveolar na maioria das
Hiperplasia de células neuroendócrinas bito de fumar, todavia, estudos recentes ponto de vista radiológico, na TCAR, os vezes mostra linfocitose.
pulmonares. evidenciam que a hiperplasia idiopática principais achados são: o espessamento
ocorre na sua maioria, em pacientes do interstício peribroncovascular, asso- Referências bibliográficas
Discussão não-fumantes e que não apresentam um ciado a pequenas imagens nodulares, 1. Aguayo SM, Miller YE, Waldron JA,
Sabe-se que o pulmão fetal é rico em histórico de doenças pulmonares pre- com ou sem áreas de aprisionamento et al. brief report: Idiopathic diffuse
células neuroendócrinas situadas nas gressas. Ela pode apresentar sintomas aéreo, formando padrão de mosai- hyperplasia of pulmonary neuroendo-
paredes dos brônquios e bronquíolos característicos de doenças pulmonares co; presença de áreas de atelectasia e crine cells and airways disease. N Engl
terminais, que participam da regulação crônicas, tais como: tosse seca e dispnéia bronquiectasias. Nódulos, que quando J Med 1992;327: 1285-1288.
parácrina do pulmão em desenvolvimen- progressiva. O diagnóstico pode, ainda, maiores que 5mm, serão considerados 2. Davies SJ, Gosney JR, Hansell DM,
to, ao contrário do que ocorre com os ser incidental, aparecendo durante a tumores carcinóides, normalmente, et al. Diffuse idiopathic pulmonary
adultos, em que estas células são raras. A investigação de outras patologias. A apresentados em uma massa única. As neuroendocrine cell hyperplasia: an
hiperplasia das células neuroendócrinas duração média pré-diagnostico desta do- provas de função pulmonar evidenciam under-recognised spectrum of disease.
pulmonares é freqüentemente associada ença é de 8 anos, acometendo indivíduos um padrão obstrutivo ou misto e o Thorax 2007; 62: 248-252.