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Direito Empresarial – Thiago Carapetcov

Aula 17 | Estabelecimento Empresarial – Elementos Especiais e Concorrência

SUMÁRIO

1. ELEMENTOS ESPECIAIS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL ........ 2


1.1. IMÓVEL ................................................................................................................... 2
1.2. PONTO EMPRESARIAL ....................................................................................... 2
1.3. TRABALHO ............................................................................................................. 2
1.4. AVIAMENTO .......................................................................................................... 3
1.5. CLIENTELA ............................................................................................................ 3
1.6. TÍTULO DO ESTABELECIMENTO ................................................................... 4
2. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA .............................................................. 4
3. REVISÃO .................................................................................................................... 5

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1. ELEMENTOS ESPECIAIS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL


O professor reuniu toda a literatura, a começar pelo Professor Oscar Barreto Filho, e
trouxe todas as dúvidas que ela tem para que o aluno esteja firme em prova.

1.1. IMÓVEL
A primeira dúvida discutida foi se o imóvel faz parte ou não do conjunto de bens.
Durante a aula foi exposta uma série de raciocínios evolutivos. O tratadista, Carvalho de
Mendonça vai trazer a posição, mas antes é importante observar o que dizem algumas
doutrinas.
Nesse sentido, alguns escritores dizem ser o estabelecimento empresarial um conjunto
de bens, que trazem consigo valores de bens móveis, então os imóveis não se enquadram no
estabelecimento empresarial.
Para Carvalho de Mendonça, e para a maioria da doutrina, o imóvel vai se enquadrar
como um elemento do estabelecimento empresarial apenas quando ele for de propriedade do
empresário.

1.2. PONTO EMPRESARIAL


Outra dúvida é sobre ponto empresarial. O ponto empresarial é o local onde é exercida a
atividade, cuja importância reside no fato de que ali é onde os vínculos vão existir, com o ente
público e com os clientes. O ponto empresarial é tão relevante que recebe proteção de várias
áreas do direito. No direito administrativo, por exemplo, quando ocorre a desapropriação, se
pede indenização quanto ao ponto empresarial, com base no direito de propriedade ou no
direito contratual se for um imóvel alugado.
Então, o ponto empresarial gera efeitos relevantes e é considerado um elemento
incorpóreo do estabelecimento empresarial.
Nesse âmbito, não se deve confundir o ponto empresarial com bem imóvel, até porque o
ponto empresarial pode ser virtual. Por esse motivo um inquilino é protegido pelo ponto
empresarial, se o poder público desapropria, ele tem direito à indenização.

1.3. TRABALHO

 Será que o trabalho é um bem do estabelecimento empresarial?


O direito empresarial, há muitos anos, discutia se o trabalho poderia ser incluído como
bem para ser alienado. O professor fala do tempo em que as pessoas eram vistas como coisas,
da escravidão. Esse debate, segundo o professor, é ridículo, e não deve ser objeto de estudos
do aluno.
O trabalho, é obvio, não pode ser incluído num patamar como um bem que o empresário
utiliza para exercer sua atividade. O trabalho está ligado ao direito da personalidade, ligado ao
direito constitucional, não ao direito empresarial, portanto não deve ser incluído como um dos
bens do estabelecimento. Isso é ridículo, segundo o professor.

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1.4. AVIAMENTO

 Aviamento significa a capacidade de gerar riquezas. Essa capacidade de gerar


riquezas está ligada ao conjunto de bens ou não?
EXEMPLO: Um salão de beleza luxuoso é montado no sertão nordestino, todavia os
habitantes daquele local têm outros anseios, como a água ou a saúde, que não a beleza
exterior. Ali se tem o melhor conjunto de bens, mas não geram riquezas.
Diante do caso do exemplo, a maioria da doutrina vai dizer que o aviamento não está
ligado ao conjunto de bens, isto é, não está ligado ao conceito de estabelecimento empresarial.
Fran Martins e Maximilianus Fuhrer, em contrapartida, representam a doutrina minoritária
dizendo que o aviamento está incluído nos bens que compõe o estabelecimento empresarial.
Assim como o professor Thiago Carapetcov juntamente com o professor Aloysio
Álvares Cruz, também representam uma doutrina minoritária, entendendo que a capacidade de
gerar riquezas está ligada a forma como é administrada a atividade, ou seja, está ligada ao
conceito de empresa, atividade econômica organizada, não ao conceito de estabelecimento
empresarial.
A corrente majoritária é dita pelo professor Ricardo Negrão, desembargador do TJSP, e
por Oscar Barreto Filho, a qual estabelece que o aviamento não é um elemento, nem bem, mas
sim, um valor, que pode ser agregado na hora da venda.
Resumindo, o aviamento não é um bem do estabelecimento empresarial, mas é um valor
que deve ser ponderado na hora da venda.

1.5. CLIENTELA
A clientenla é o conjunto de pessoas que habitualmente consomem o produto ou o
serviço. É diferente de freguesia, porque na clientela se tem o relacionamento.

 A clientela está ligada ao conjunto de bens ou não?


São duas correntes: a primeira diz que depende, existe uma clientela ligada ao
empresário e outra ligada aos bens.
EXEMPLO: O professor frequenta determinada pizzaria em Ipanema-RJ só porque
conhece os donos, um casal de italianos que fazem a melhor pizza do RJ. Ele só frequenta
aquela pizzaria por causa deles. De modo que no dia que eles venderem a pizzaria e forem
embora para Itália, ele não a frequantará mais.
A clientela ligada ao empresário é, portanto, esse grupo de pessoas que consomem
produtos e serviços só pelos donos. Assim quando esses donos venderem o conjunto de bens
não poderão acrescentar valores por causa dessa clientela, porque o novo dono não levará
esses clientes. Desta feita, não tem nada a ver com o conjunto de bens.
Já outra clientela é aquela ligada ao conjunto de bens, isto é, ao estabelecimento.
EXEMPLO: Um cliente que frequenta determinada academia porque a aparelhagem o
agrada.

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Assim, para a primeira corrente, existe uma possibilidade de a clientela ser enquadrada
como um bem, quando estiver ligada ao estabelecimento.
Porém, para a maioria da doutrina a clientela não é um elemento do estabelecimento, ou
seja, não é um dos bens, assim como no caso do aviamento é apenas um valor que pode ser
atribuído ao estabelecimento. Juridicamente, assim sendo, é impossível vender a clientela,
visto que ela não é um bem, é um valor.

1.6. TÍTULO DO ESTABELECIMENTO


O título do estabelecimento é o letreiro que fica em cima da loja. Ele não faz parte do
estabelecimento empresarial, pois não é um bem, não é protegido pela parte geral do direito
empresarial, no máximo é protegido por outros argumentos, como a questão da propriedade
industrial, a Lei 9.278/1996, como a proteção do art. 186, do Código Civil (ato ilícito) mas
inexiste registro para o título do estabelecimento.
A junta comercial, observe-se, é onde se registra o nome empresarial, no INPI será feita
a marca, mas o título do estabelecimento é protegido por outros motivos, tal como a
concorrência desleal. Deste modo tudo isso é propriedade industrial, não parte geral do direito
empresarial. Assim não restam dúvidas de que o título empresarial não é um bem do
estabelecimento empresarial.

2. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA


O debate de concorrência é livre entre as partes. Destarte, é possível estipular no
contrato de trespasse se o vendedor pode concorrer com o comprador. Nesse sentido, os
julgados do STJ só não permitem que esse debate perca a razoabilidade em duas atmosferas:
na territorial e na temporal.
Veja-se que quando o contrato não fala nada sobre concorrência, aí será aplicável o
artigo 1.147 do Código Civil, o qual dipõe o que segue:
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste
artigo persistirá durante o prazo do contrato.

Cuidado! Quando se fala em razoabilidade, ela descrita no contrato não pode ferir o
tempo, o espaço, a livre iniciativa, a profissão livre, etc.
Ademais o enunciado 490 CJF da Jornada de Direito Civil determina, in verbis:
Enunciado 490 CJF – Jornada de Direito Civil
A ampliação do prazo de 5 anos de proibição de concorrência pelo alienante ao adquirente do
estabelecimento, ainda que convencionada no exercício da autonomia da vontade, pode ser revista
judicialmente.

Ou seja, quando visualizado no contrato um prazo de não concorrência, se feriu a


razoabilidade o judiciário poderá analisar.

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3. REVISÃO
Nesse bloco, tivemos dois capítulos, o primeiro tratando de elementos do
estabelecimento empresarial e o segundo sobre concorrência. A primeira observação foi se o
imóvel faz parte ou não do estabelecimento empresarial, e vimos que somente fará parte se for
de propriedade do empresário. Quanto ao ponto empresarial foi visto que faz parte do
estabelecimento empresarial, é um elemento incorpóreo.O trabalho, por sua vez, não é um
bem. Não pode ser enquadrado como um bem.
No que se refere ao aviamento, enquanto capacidade de gerar riquezas, apesar de
existirem divergências, a posição majoritária, do professor Ricardo Negrão e do professor
Oscar Barreto Filho, diz que não é um bem, mas sim um valor.
A clientela, por seu turno, consiste no conjunto de pessoas que habitualmente
consomem aquele produto ou serviço, também é um valor, não um bem, conforme posição
majoritária. Apesar de no dia a dia acontecer (venda de cartela de clientes), a clientela não
pode ser vendida.
O título de estabelecimento, no que lhe concerne, pode ser protegido por outros
motivos, mas não no estabelecimento empresarial. Não é um bem e não tem registro.
Ademais, o último capítulo foi dedicado à cláusula de não concorrência. Destacou-se
que a concorrência pode ser acordada livremente, só não pode agredir a razoabilidade, no
tocante ao tempo e ao espaço. Se não houver nenhum acordo sobre isso, será utilizada a regra
do art. 1.147, ou seja, não poderá haver concorrência pelo prazo de cinco anos. Se acontecer
qualquer problema, as condições de concorrência poderão ser discutidas judicialmente.
OBSERVAÇÃO: O professor diz serem os pontos mais fortes da aula a natureza
jurídica e o trespasse.

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