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Capitulo

Trigonometria
5

5.1 Arcos da Circunferência

Dados dois pontos distintos A e B sobre uma circunferência, esta

fica dividida em duas partes. Cada uma dessas partes, que incluem

A e B, é denominada arco de circunferência .

Em particular, se os pontos A e B coincidem, eles determinam dois

arcos: um deles é um ponto (denominado arco nulo) e o outro é a

circunferência (denominado arco de uma volta).

5.1.2 Medidas de Arcos

Se queremos comparar os tamanhos de dois arcos somos

naturalmente levados a estabelecer um método que permite saber

qual deles é o maior ou se são iguais. Este problema é resolvido

estabelecendo-se um método para medir arcos.

128
Medida de um arco em relação a um arco unitário ( não nulo

e de mesmo raio que ) é o número real que exprime quantas vezes

o arco u cabe no arco . Olhando para a figura abaixo nota-se que

o arco u cabe 6 vezes no arco , então a medida do arco é 6, isto

é, arco 6∗ .

5.1.3 Grau

Definimos como 1 grau, que denotamos por 1º, o arco equivalente a

1/360 da circunferência, isto é, em uma circunferência cabem 360º.

Ex.:

O grau comporta ainda os submúltiplos, minuto (´) e segundo (”), de

forma que:

1º =60’ e 1’=60".

129
5.1.4 Grado

É a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da

circunferência na qual estamos medindo o arco.

5.1.5 Radiano

Definimos 1 radiano como o arco cujo comprimento é igual ao raio

da circunferência onde tal arco foi determinado.

5.1.6 Comprimento de um arco

Sabemos que a medida de um arco em radianos é o número que

indica quantas vezes um arco, de comprimento igual ao raio, cabe

no arco medido, isto é:

Em uma circunferência de raio 1, temos que o comprimento é

2 . Em outras palavras, uma volta completa (360°) sobre a

circunferência de raio 1 equivale ao arco de 2π rad.

130
Por tanto, meia volta equivale:

Ex.: Transforme 150° em radianos.


Usar regra de três simples

180 ∗ ! " 150 ∗ "

150 ∗
!
180 Usar as regras de multiplicação

5
! "
e divisão

" em graus.
$%
&
Ex.: Transforme

'
Usar regra de três simples

(

2
180 ∗ " !∗ "
3

120
! Simplificar as variáveis iguais.

! 120

131
5.1.7 Ângulos

O ângulo ao centro α é definido pelas duas semi-rectas da figura 1.

Este é o ângulo mais pequeno definido pelas duas semi-rectas, o

outro ângulo definido pelas semi-rectas é o ângulo β, que é de

abertura visivelmente maior que o ângulo α. Por definição, uma

volta completa no plano define o ângulo de 360º, isto é, * + , 360 .

O ângulo α aumenta se a abertura aumentar no sentido indicado

pela seta. Em trigonometria, especialmente quando se usam funções

trigonométricas, é costume usar outra unidade para os ângulos em

vez da indicada: é o radiano. É definido de tal forma que um ângulo

de π radianos é igual a 180º, isto é: "- . / 180 . Em que π é o

número irracional π=3,1415927..., definido pelo quociente entre o

perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro.

5.1.7.1 Classificação de ângulos

Ângulos Representatividade

Ângulo Nulo: * 0

Ângulo Agudo: 0 < * < 90

132
Angulo Recto: * 90

Angulo Obtuso: 90 < * < 180

Angulo Raso: * 180

Angulo Giro: * 360

5.2 Triângulos

São figuras geométricas definidas numa superfície plana,

constituídas por três segmentos de recta cujas extremidades se

unem. Sejam então três segmentos de recta, de comprimentos x, y e

z. Quando unidas as extremidades, definem ângulos internos α, β e

γ. Seja α o ângulo mais pequeno definido pelos segmentos de

comprimentos x e y.

Ex.:

5.2.1 Propriedades dos triângulos

Propriedade 1: Todos os triângulos, quaisquer que sejam, que a soma

dos ângulos internos seja 180º, isto é, α + β + γ = 180º. Isto verifica-se

sempre para todos os triângulos constituídos sobre uma superfície

plana.

133
Propriedade 2: A soma do comprimento de dois lados quaisquer é

sempre maior que o comprimento do terceiro lado.

5.2.2 Semelhança de triângulos

Dois triângulos dizem-se semelhantes quando são homotéticos, isto

é, quando existe uma homotetia entre os dois triângulos – os lados

dos triângulos são proporcionais entre si. Das seguintes relações de

semelhança, conclui-se que os dois triângulos a considerar são

homotéticos:

• Três lados proporcionais [LLL], ou três ângulos iguais entre si


[AAA];
Este caso é trivial, e resulta da definição de homotetia que foi agora

apresentada. O efeito produzido por [LLL] ou por [AAA] é o mesmo,

e equivalem-se entre si: dois triângulos com ângulos iguais entre si

têm lados correspondentes com comprimento de igual proporção, e

vice-versa.

• Dois lados proporcionais e um ângulo igual [LLA];


Aqui, dois lados dos triângulos são proporcionais, e um dos ângulos

de um triângulo tem igual abertura ao do ângulo correspondente

no outro triângulo: α = α’ e x’/x = y’/y. Consequências: z’/z obedece

à mesma proporção entre os comprimentos dos lados, e os ângulos

correspondentes nos dois triângulos são iguais entre si.

134
• Dois ângulos iguais e um lado proporcional [LAA];
Dois ângulos quaisquer são iguais. Tem-se α = α’, β = β’, e um valor

para x’/x. Então resulta que o terceiro ângulo é igual para os dois

triângulos, e que os lados são proporcionais.

5.2.3 Classificação de triângulos

1. Quanto aos ângulos internos

a) Triângulo acutângulo

Todos os ângulos internos são agudos, isto é, têm um valor inferior

a 90º (mas nunca igual).

b) Triângulo rectângulo

Um dos ângulos internos é recto; portanto temos α = 90º. Os

restantes ângulos internos são necessariamente agudos, pois a sua

soma tem de ser igual a 90º, visto a soma dos ângulos internos de

um triângulo ter de ser 180º. Logo, esses dois ângulos são

complementares.

c) Triângulo obtusângulo

Um dos ângulos internos é obtuso, isto é, tem entre 90º e 180º; é o

caso do ângulo 90º < α <180º. A soma dos restantes ângulos internos

é inferior a 90º, visto ser condição obrigatória que a soma dos três

ângulos 180º. Claro, os restantes ângulos internos são agudos, pois

não ultrapassam 90º: a sua soma é até inferior a 90º.

135
2. Quanto ao número de lados/ângulos iguais

a) Triângulo equilátero

Todos os lados são iguais. Todos os ângulos internos são iguais: α = β

= γ. Como a soma dos ângulos internos é sempre 180º, forçosamente

α = β = γ = 60º. É um triângulo agudo, pois todos os ângulos são

menores que 90º. Como o nome indica, é “equilátero” – todos os lados

medem o mesmo: x = y = z.

b) Triângulo isósceles

Temos dois lados iguais (y e z, por exemplo), e dois ângulos iguais.

Caso y = z, temos α = β ≠ γ ; ou seja, são iguais os ângulos não comuns

aos lados iguais (α e β não são comuns aos lados x e y, que são iguais).

c) Triângulo escaleno

Todos os lados e ângulos respectivos são diferentes.

5.2.4 Relações Trigonométricas de Triângulo Rectângulo

Em trigonometria, os lados dos triângulos rectângulos assumem

nomes particulares, apresentados na figura a baixo. O lado mais

comprido, oposto ao ângulo recto θ, chama-se hipotenusa; os lados

restantes, ligados ao ângulo recto, chamam-se catetos.

136
5.2.5 Teorema de Pitágoras

O geómetra grego Pitágoras (570 – 501 a.C.) formulou o seguinte

teorema, que tem hoje o seu nome, e que relaciona a medida dos

diferentes lados de um triângulo rectângulo:

``A soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da

hipotenusa´´.

Ou seja, se x e y forem o comprimento dos dois catetos e h o

comprimento da hipotenusa, ter-se-á: x² + y² = h².

5.2.6 Razões Trigonométricas

a) Seno de α, é o quociente do comprimento do cateto oposto ao

ângulo α pelo comprimento da hipotenusa do triângulo, ou

seja:
2 2 3 /2 5
/ .*
ℎ-3 2 . / ℎ

b) Coseno de α, é o quociente do comprimento do cateto adjacente

ao ângulo α pelo comprimento da hipotenusa do triângulo, ou

seja:
2 2 "6 // .2 !
/*
ℎ-3 2 . / ℎ

c) Tangente de α, é o quociente dos comprimentos do cateto

oposto pelo cateto adjacente, ou seja:


2 2 3 /2 5
27*
2 2 "6 // .2 !

137
d) Co-tangente de α, é definida como o recíproco da tangente de

α:
2 2 "6 // .2 !
27*
2 2 3 /2 5

Nota: Pelas definições em c) e d), e segundo as definições em a) e b),

podemos ver ainda que:


/ .* 5 ⁄ℎ 5 /* ! ⁄ℎ !
27* 27*
/* ! ⁄ℎ ! / .* 5⁄ℎ 5

e) Secante e co-secante de α, definem-se ainda as funções secante

de α e co-secante de α como, respectivamente:


1 ℎ 1 ℎ
/ * / *
/* ! / .* 5

Ex.: determine as razões trigonométricas do ângulo α num

triângulo rectângulo como mostra a seguinte figura.

Usando as relações trigonométricas teremos:


3 4
/ .* ⟺ / .* 0.6 /* ⟺ /* 0.8
5 5

3 4
27* ⟺ 27* 0.75 27* ⟺ 27* 1.3
4 3

5 5
/ * ⟺/ * 1.67 / * ⟺ / * 1.25
3 4

138
5.2.7 Razões Trigonométricas de Ângulos Complementares

Como:
<
/ .* / .,

<
/* /,

<
27* 27,
<

<
27* 27,
<

Olhando para as relações trigonométricas torna-se fácil concluir

que: / .* /,; /* / .,; 27* 27, 27* 27,

Tendo em consideração de que dois ângulos são complementares

quando a soma de suas medidas é 90º, e olhando para a propriedade

1 dos triângulos de que α + β + γ = 180º e como γ = 900, logo: α + β =

90º.

Se, α + β = 90º (ângulos complementares). Logo: β= 90º- α e α = 90º -

β são ângulos agudos.

Assim chegamos as seguintes conclusões:

139
/ .* />90 − *@
/* / .>90 − *@
27* 27>90 − *@
27* 27>90 − *@

Em outros termos diremos de que: O seno de um ângulo é igual ao

cosseno de seu complemento, o cosseno de um ângulo é igual ao seno

do seu complemento.

Ex.: Quais são os complementos dos seguintes ângulos:

ABC( />90 − 30 @ DEAF

DEAG / .>90 − 45 @ ABCG

HI 27>90 − 50 @ DHIG

DHIJ 27>90 − 75 @ HI

5.2.8 Relação Fundamental De Trigonometria

140
Do triângulo acima se usarmos o teorema de Pitágoras
> $
+ <$ $@
, podemos chegar a formula fundamental da

trigonometria:

$ < $ $ $ < $
$
+ <$ $
⟺ K L + M N K L ⟺K L +M N 1

Como:
<
/ .* /*

Logo:
ABC' O + DEA' O

N.B.: existem muitas formas de chegar a esta relação.

/*
&
Ex.: Determine o / .* sabendo que
P
.


Q : / .$ * + / $* 1
Logo:

3 $ 9 16
/ . *+M N $
1 ⟺ / .$ * 1− ⟺ / .$ *
5 25 25

16 G
/ .* S ⟺ ABCO
25

141
5.2.9 Ângulos Notáveis

O ( G F T
ABCO 1 √2 √3
2
0 1
2 2
DEAO √3 √2 1
2
1 0
2 2
HIO 0 √3 1 √3 ∞
3
DHIO ∞ √3 1 √3 0
3

5.3 Círculo Trigonométrico

Define-se como ciclo trigonométrico a toda circunferência

orientada, de raio unitário e centro no sistema de coordenadas

cartesianas. Por convenção, o ponto A (1,0) é a origem da

orientação, o sentido positivo é o sentido anti-horário e negativo no

sentido horário.

O ciclo trigonométrico é dividido em quadrantes determinados

pelos eixos cartesianos:

1º Quadrante – contém a extremidade dos arcos entre

0 90 0 $ ".
%

2º Quadrante – contém a extremidade dos arcos entre

90 180 ".
%
$

142
3º Quadrante – contém a extremidade dos arcos entre

180 270 ".


&%
$

4º Quadrante – contém a extremidade dos arcos entre

270 360 2 ".


&%
$

A origem dos arcos no ciclo trigonométrico é o ponto A, que

corresponde a 0. Caminhando no sentido anti-horário, encontramos

".
%
$
os arcos positivos, por exemplo o arco

Para localizar os arcos negativos, caminhamos, a partir de A, no

sentido horário. Observe a localização do arco de, − ".


%
$

5.3.1 Arcos côngruos

Na figura, temos o arco que tem origem em A e extremidade em B

".
%
W
correspondente a

143
Podemos dar uma volta completa no ciclo, parando novamente em

B.

%
W
Como a partir de rad demos uma volta completa no ciclo (360° ou

2π rad), então o valor desse arco será:


+8 9
+2 "
4 4 4

Se forem duas voltas completas:

+ 16 17
+2∗2 "
4 4 4

Nb.: Os ângulos assim, obtidos são denominados de ângulos

côngruos.

Concluindo, podemos dar quantas voltas quisermos sobre a

circunferência, obtendo arcos com extremidades em B. Podemos

expressar os arcos com extremidades em * rad da seguinte

maneira:
O + X ∗ ' ,X ∈ ℤ

144
"
%
\
Ex.: Obtenha a expressão geral dos arcos com extremidades em

numa volta completa.

Como:
! * +] ∗2 ,] ∈ ℤ
Logo:

! + 2 ,] ∈ ℤ
6
5.3.2 Variação do sinal de seno

Ao arco está associado o ângulo α; sendo o triângulo OBC

retângulo, podemos determinar o seno de α:

^^^^
/ .* ⟹ / .* ^^^^
1

Observe que ^^^^ ^^^^^, portanto podemos substituir ^^^^ por ^^^^^
`a `a,

obtendo assim:

ABCO ^^^^.
bc

De maneira geral, se quisermos determinar o seno de um arco,

basta projetar sua extremidade sobre o eixo Oy, que chamaremos

de eixo dos senos.

145
Como o ciclo trigonométrico tem raio 1, para qualquer arco α, temos

que:
− ≤ ABCO ≤

5.3.3 Sinais

O eixo dos senos possui a mesma orientação que o eixo Oy; acima do

zero, o sinal é positivo e, abaixo do zero, o sinal é negativo. Temos

então:

Arcos com extremidades no


primeiro ou segundo
quadrantes têm seno positivo.

Arcos com extremidades no


terceiro ou quarto quadrantes
têm seno negativo.

5.3.4.1 Cosseno

O ângulo α está associado ao arco . No triângulo retângulo OMB,

calculamos o cosseno de α:

146
^^^^^
`a
/* ⟹ /* ^^^^^
`a
1

Portanto, para determinar o cosseno de um arco, basta projetar sua

extremidade sobre o eixo x, que chamaremos de eixo dos cossenos.

Observe as figuras:

Como o raio do ciclo trigonométrico é 1, para qualquer arco α, temos:

− ≤ DEAO ≤
Sinais

Os arcos que têm extremidades


no primeiro ou quarto
quadrantes possuem cosseno
positivo.

147
Os arcos que têm extremidades
no segundo ou terceiro
quadrantes possuem cosseno
negativo.

5.3.4.2 Tangente

Na figura a baixo, traçamos, no ciclo trigonométrico, uma reta

paralela ao eixo dos senos, tangente ao ciclo no ponto A.

No triângulo retângulo OAT, temos:


^^^^
e
27*
^^^^
`

^^^^
Como o raio é igual a 1, então ` 1, logo:

HIO ^^^^
fg

Essa reta é chamada de eixo das tangentes. Observe que a tangente

de α é obtida prolongando-se o raio OP até interceptar o eixo das

tangentes.

148
5.3.4.3 Sinais

Pela observação das figuras a seguir, podemos concluir que:

No primeiro e terceiro
quadrantes, a tangente é
positiva

No segundo e quarto
quadrantes, a tangente é
negativa

Pode-se concluir para o cotangente pois este como sendo o inverso

da tangente fazendo apenas uma aplicação directa de quocientes

de sinais ela nos dá os sinais. Resumidamente poder-se-á apresentar

um quadro resumo dos sinais, como mostra o quadro a baixo.

ABCO
Iº Q IIº Q IIIº Q IVº Q

DEAO
+ + - -

HIO
+ - - +

DEHIO
+ - + -
+ - + -

5.4 Redução ao primeiro quadrante

O círculo trigonométrico é usualmente dividido segundo regiões

denominadas quadrantes. Existem certos ângulos para os quais as

149
funções trigonométricas tomam valores fáceis de determinar, e que

convém ter sempre presente. No entanto, alguns desses ângulos

podem cair noutros quadrantes que não o 1º, e nesse caso convém

reduzi-los ao 1º quadrante, até porque as tabelas trigonométricas

apresentam ângulos que dizem respeito a esse quadrante.

5.4.1 Redução do 2º quadrante ao 1º quadrante K ' < O < L

/ .* / .> − * @
/* − /> − *@
27* −27> − *@
27* − 27> − *@

Ex.: Reduz ao 1º quadrante / .135 /120 .


ABC ( / .>180 − 135 @ DEA ' − />180 − 120 @

/ .135 / .>45 @ /120 − />60 @

√' 120 −
/ .135 '
'

5.4.2 Redução do 3º quadrante ao 1º quadrante K < O < L


(
'

/ .* −/ .>* − @
/* − />* − @
27* 27>* − @
27* 27>* − @

Ex.: Reduz ao 1º quadrante / .210 27225 .

ABC' −/ .>210 − 180 @ HI'' 27>225 − 180 @

/ .210 −/ .>30 @ 27225 27>45 @

/ .210 − √'
' 27225
'

150
5.4.3 Redução do 4º quadrante ao 1º quadrante K ' < O < ' L
(

/ .* −/ .>2 − * @
/* />2 − *@
27* −27>2 − *@
27* − 27>2 − *@

Ex.: Reduz ao 1º quadrante /300 27310 .

DEA( />360 − 300 @ DEHI( − 27>360 − 315 @

/300 />60 @ 27315 − 27>45 @

/300 √'
' 27315 −
'

5.5 Ângulos superiores a 360º

De maneira geral, quando um arco é maior que 360º, podemos

proceder da seguinte maneira para encontrar a medida do seu

ângulo correspondente entre 0º e 360º:

* 360
.

Onde, O é o ângulo dado, o C é o número de voltas e o é o angulo

procurado.

Ex.: Determine o menor arco não-negativo côngruo a 1.000°.

1000 360
−720 2
'

151
Em 1000º, deu 2 voltas e 280º corresponde ao 3º quadrante que é o

angulo procurado.

Ex.: determine / .
$h%
\
.

29 ∗ 180 5220
/ .i j / .i j
6 6 870 360
−720 2
/ .>870 @ ⟹ / .>150 @

/ .150 / .>180 − 150 @

/ .150 / .>30 @

1
/ .150
2

5.6 Funções trigonométricas como funções reais de variável real

5.6.1 Periodicidade

Uma função f é periódica se existir um número real 3 > 0 tal que

l >! + 3 @ l>! @, ∀! ∈ l. Neste caso, o menor valor de p que satisfaz

tal condição é chamado período de f.

O gráfico de uma função periódica é caracterizado por ter seu

“desenho” se repetindo. Assim, para desenharmos a curva toda,

basta desenharmos a parte correspondente a um período e copiar à

direita e à esquerda infinitas cópias da parte desenhada.

152
Em caso geral, o seno e cosseno têm período igual a 2 e tangente

período igual a .

Generalizando:
5 / .>]! @
'
Xg ' ⟹g
5 / >]! @ X

5 27>]! @ Xg ⟹g
X

Ex.: Determine o período de cada função.

a) 5 3/ .>2!@ e ⟹e
$%
$

b) 5 /K3!n5L e ⟹e
$% o %
&n &
P

c) 5 27p!n2q e ⟹e 2
%
on
$

153
5.6.2 Gráfico da função seno: r> @ ABC> @

ABC
0 0
1
2
0
3 −1
2
2 0

Estudo completo:

1. Domínio: IR

2. Contradomínio: s−1; 1t

3. Paridade: Impar

4. Período: 2

5. Sinal

Positiva Negativa

Quadrantes 1ºQ e 2ºQ 3ºQ e 4ºQ

6. Zeros da função: ! ] , ] ∈ ℤ; ! u0, , 2 v

7. Máximo da função: 1, w ." ! + 2] , ] ∈ ℤ


%
$

8. Mínimo da função: −1, w ." ! + 2] , ] ∈ ℤ


&%
$

154
9. Monotonia:

Crescente Iº Q e IVº Q
Decrescente IIº Q e IIIº Q

5.6.2.1 Gráfico da função cosseno: r> @ DEA> @

DEA
0 1
0
2
−1
3 0
2
2 1

Estudo completo:

1. Domínio: IR

2. Contradomínio: s−1; 1t

3. Paridade: Par

4. Período: 2

5. Sinal:

Positiva Negativa
Quadrantes 1ºQ e 4ºQ 2ºQ e 3ºQ

6. Zeros da função: ! ] , ] ∈ ℤ; ! x , y
% &%
$ $

155
7. Máximo da função: 1, w ." ! 2] , ] ∈ ℤ

8. Mínimo da função: −1, w ." ! + 2] , ] ∈ ℤ

9. Monotonia:

Crescente IIIº Q e IVº Q


Decrescente Iº Q e IIº Q

5.6.2.2 Gráfico da função tangente: r> @ HI> @

HI
0 0

2
0
3 ∄
2
2 0

Estudo completo:

1. Domínio: ℝ\ x!: ! ≠ $ + ] , ] ∈ ℤy
%

2. Contradomínio: ℝ

3. Paridade: Impar

4. Período:

156
Positiva Negativa
5. Sinal:
Quadrantes 1ºQ e 3ºQ 2ºQ e 4ºQ

6. Zeros da função: ! ] , ] ∈ ℤ; ! u0, , 2 v

7. Máximo e Mínimo da função: ∄

8. Monotonia: Crescente em todo o domínio.

5.6.2.3 Gráfico da função cotangente: r> @ DEHI> @

DEHI
0 ∄
0
2

3 0
2
2 ∄

Estudo completo:

1. Domínio: ℝ\u!: ! ≠ ] , ] ∈ ℤv

2. Contradomínio: ℝ

3. Paridade: Impar

4. Período:

Positiva Negativa
5. Sinal:
Quadrantes 1ºQ e 3ºQ 2ºQ e 4ºQ

6. Zeros da função: ! ] , ] ∈ ℤ; ! x , y
% &%
$ $

7. Máximo e Mínimo da função: ∄

8. Monotonia: Decrescente em todo o domínio.

157
5.6.2.4 Gráficos de funções do tipo: r> @ ± ± •ABC>X + C@

Para demostrar este tipo de gráfico torna-se necessário começar

com exemplos mais simples de modo a perceber as translações nas

verticais assim como nas horizontais e ainda as elasticidades.

É de notar que:

± : Indica a movimentação do gráfico para cima ou para baixo em

±a unidades;
± E •: Indica a concavidade;

•: Indica influência na amplitude em b unidades;

X: Influência o período, quanto maior o k mais o gráfico fica

encolhido, isto é, menor período e quanto menor o k maior o seu

período;

C: Movimenta o gráfico na horizontal sem destorce-lo.

Ex.: € ABC>( @

ABC(
0 0
1
6
0
3
−1
2
2 0
3

1. Domínio: ℝ

2. Contradomínio: s−1; 1t
$%
&
3. Período:

4. Zeros da função: ! x0, & , y


% $%
&

158
Ex.: € (ABC

(ABC
0 0
3
2
0
3 −3
2
2 0

1. Domínio: ℝ

2. Contradomínio: s−3; 3t

3. Período: 2

4. Zeros da função: ! u0, , 2 v

Ex.: € ABC +

ABC +
0 1
2
2
1
3 0
2
2 1

1. Domínio: ℝ

2. Contradomínio: s0; 2t

3. Período: 2

4. Zeros da função: ! x$y


&%

159
Ex.: € + 'ABC K L
'
+ 'ABC K L
'
0 1
3
2 1
3 −1
4 1

1. Domínio: ℝ

2. Contradomínio: s−1; 3t

3. Período: 4

Ex.: € −' + DEA

−' + DEA
0 0
−2
2
−4
3 −2
2
2 0

1. Domínio: ℝ

2. Contradomínio: s−4; 0t

3. Período: 2

4. Zeros da função: ! u0, 2 v

160
5.7 Fórmulas trigonométricas

5.7.1 Fórmula da soma de ângulos

/ . >* + , @ / . >* @ />, @ + / .>, @ />* @

/>* + , @ / >* @ />, @ − / .>*@/ .>, @

27>*@ + 27>, @
27>* + , @
1 − 27>*@ ∗ 27>, @

5.7.1.1 Fórmula da diferença de ângulos

/ . >* − , @ / . >* @ />, @ − / .>, @ />* @

/>* − , @ / >* @ />, @ + / .>*@/ .>, @

27>*@ − 27>, @
27>* − , @
1 + 27>*@ ∗ 27>, @

Ex.: calcule / .>75 @, />15 @ 27>105 @, usando as formulas de adição

e da diferença.

Q : J G +(
• 7 : / .>75 @ / .>45 + 30 @

/ .>45 + 30 @ / .>45 @ />30 @ + / .>30 @ />45 @

√2 √3 1 √2 √6 √2 √6 + √2
/ .>45 + 30 @ ∗ + ∗ ⟹ +
2 2 2 2 4 4 4

161
Q : G −(
• 7 : />15 @ />45 − 30 @

/ .>45 − 30 @ />45 @ / >30 @ + / .>45 @ / .>30 @

√2 √3 1 √2 √6 √2 √6 + √2
/ .>45 + 30 @ ∗ + ∗ ⟹ +
2 2 2 2 4 4 4

Q : G +F
• 7 : 27>105 @ 27>45 + 60 @

27>45 @ + 27>60 @
27>45 + 60 @
1 − 27>45 @27 >60 @

1 + √3 1 + √3 1 + √3 1 + 2√ 3 + 3
27>45 + 60 @ ⟹ ∗ ⟹ −2 − √3
1 − 1 ∗ √3 1 − √3 1 + √3 1−3

5.7.1.2 Fórmula de duplicação de ângulos

/ .>2*@ 2/ .>*@ />*@

/>2*@ / $ >* @ − / . $ >* @

]
‚ 6 : * ≠ + ] * ≠ + ,] ∈ ℤ
2 4 2

2 ∗ 27>*@
27>2*@
1 − 27$ >*@

/ >* @ />2*@
√o$
o$
Ex.: dado calcule

162
Q : / .$ >*@ + / $ >* @ 1

ƒ 7 : / .$ >*@ 1− / $ >*@

$
√12 12 132
/ . *@
$>
1− / *@ ⟺ 1 − i
$>
j ⟺1− ⟺ / .$ >*@
12 144 144

12 132 120 5
/>2*@ / $ >* @ − / . $ >* @ ⟹ − ⟹− ⟹−
144 144 144 6

5.7.1.3 Fórmula de Bissecção de ângulos

* 1− />* @
/ .K L S
2 2

* 1+ / >* @
/K L S
2 2

* 1− />*@
27 K L S
2 1+ />* @

Ex.: calcule / .>22 30´@

45
Q : 22 30´
2
√2
45 1 − />45 @ 45 1− 2
$ >22
ƒ 7 : / . 30´@ / . i $
j⟹ ⟹ / .$ i j
2 2 2 2

163
45 2 − √2 …2 − √2
/ .$ i j ⟹
2 4 2

5.7.1.4 Fórmula de transformação de adição em produto

Soma:
*+, *−,
/ . >* @ + / . >, @ 2/ . M N∗ /M N
2 2

*+, *−,
/>*@ + />,@ 2 /M N∗ /M N
2 2

/ .>* + , @
27>*@ + 27>,@
/* ∗ /,

Diferença:
*−, *+,
/ .>*@ − / .>,@ 2/ . M N∗ /M N
2 2

*+, *−,
/>*@ − />, @ −2/ . M N∗/ .M N
2 2

/ .>* − ,@
27>*@ − 27>, @
/* ∗ /,

Ex.: ABC>( @ − ABC> @

3! − ! 3! + !
/ .>3! @ − / .>!@ 2/ . M N∗ /M N ⟹ 2/ .>! @ />2! @
2 2

2/ .>! @p1 − 2/ .$ >!@q ⟹ 2/ .>! @ − 4/ .& >! @

164
Ex.: ABC>JO@ + ABC> O@ − ABC>(O@ − ABC>O@

/ .>7*@ + / .>5*@ − / .>3*@ − / .>*@

p/ .>7*@ + / .>5*@q − p/ .>3* @ + / .>*@q

7* + 5* 7* − 5* 3* + * 3* − *
2/ . M N /M N − 2/ . M N /M N
2 2 2 2

2/ .>6*@ />* @ − 2/ .>2*@ />*@

2 />*@p/ .>6*@ − / .>2* @q

6* − 2* 6* + 2*
2 />*@ i/ . M N−/ .M Nj
2 2

2 />*@s2/ .>2*@ />4! @t

4 />*@2/ .>2*@ />4! @

5.8 Resolução de triângulos quaisquer

165
5.8.1 Teorema dos senos
Num triângulo qualquer, as medidas dos lados são proporcionais às

medidas dos senos dos ângulos opostos a ele.

/ .> @ / . >< @ / .> @

5.8.2 Teorema dos cossenos


Num triângulo qualquer, o quadrado da medida de um lado é igual

à soma dos quadrados das medidas dos outros dois, menos o duplo

produto entre as medidas desses dois lados e o cosseno do ângulo por

eles formados.

$
<$ + $
− 2< /> @

Ex.: A figura mostra o trecho de um rio onde se deseja construir

uma ponte AB. De um ponto P, a 100m de B, mediu-se o ângulo APB

= 45º e do ponto A, mediu-se o ângulo PAB = 30º. Calcular o

comprimento da ponte.

166
Usando a lei dos senos temos:

/ .> @ / .><@

100 ∗ / .>45 @ 50√2


⟹! ⟹ ! ⟹! 100√2
ABC>G @ ABC>( @ / . >30 @ 1n
2

Ex.: Dois lados de um triângulo medem 6m e 10m e formam entre

si um ângulo de 120º. Determinar a medida do terceiro lado.

Representando geometricamente a situação, temos:

Usando a lei dos cossenos, teremos:

$
<$ + $
− 2< /> @

1
!$ 10$ + 6$ − 2 ∗ 6 ∗ 10 />120 @ ⟹ ! $ 136 − 120 M− N ⟹ ! $ 136 + 60
2

!$ 196 ⟹ ! 14

5.9 Equações Trigonométricas

Sejam l>!@ 7>!@, duas funções trigonométricas da variável x,

resolver equações trigonométricas l >! @ 7>! @ significa determinar

o conjunto solução.

167
Quase todas as equações trigonométricas reduzem-se a uma das três

equações seguintes:

/ .* / .,
/* /,
27* 27,

Denominadas, por esse motivo equações fundamentais. É necessário

saber resolver as equações fundamentais para poder resolver as

restantes equações trigonométricas.

5.9.1 Equação do tipo ABCO ABC†

Se, / .* / ., ^^^^^o ,
`‡ então as imagens de * , no ciclo

trigonométrico estão sobre a recta r que é perpendicular ao eixo

dos senos no ponto P1, isto é, estão em P ou P´.

Há, por tanto duas possibilidades:

* , têm a mesma imagem, isto é, são côngruos;

* , têm imagens simétricas em relação ao eixo dos senos, isto

é, são suplementares.

Em resumo, temos:

168
* , + 2]
/ .* / ., ⟹ ˆ
* − , + 2]

Ex.: ABC ABC

Œ ! + 2] Œ! 5
+ 2]
5
Š
Š Š
Š
/ .! / . ⟹ ⟹
5 ‹ ‹

Š
Š Š
Š 4
! − + 2]
‰ 5 ‰! 5
+ 2]

4
‚ •! ∈ Ž•: ! + 2] ! + 2] •
5 5

Ex.: ABC(
√'
'

2]
Œ 3! + 2] Œ! +
Š 4 Š 12 3
Š Š
√2
/ .3! / . ⟹ ⟹
2 4 ‹ ‹
Š
Š3! Š
Š 2]
− + 2]
‰ 4 ‰! 4
+
3

2] 2]
‚ •! ∈ Ž•: ! + ! + •
12 3 4 3

5.9.2 Equação do tipo DEAO DEA†

Se /* /, ^^^^^$ , estão as imagens de * , no ciclo trigonometrico


`‡

estão sobre a recta r que é perpendicular ao eixo dos cossenos no

ponto P2, isto é, estão em P ou P´.

169
Há, portanto, duas possibilidades:

* , têm a mesma imagem, isto é, são côngruos;

* , têm imagens simétricas em relação ao eixo dos cossenos,

isto é, são suplementares.

Em resumo, temos:
* , + 2]
Œ
Š
/* /, ⟹

Š
‰* −, + 2]

Ex.: DEA DEA

Π! 5
+ 2]
Š
Š
/! / ⟹
5 ‹ ‚ x! ∈ Ž•: ! + 2] ! − + 2] y
Š
Š 5 5
‰! − + 2]
5

Ex.: DEA K − L
G

170
Œ! − 4 0 + 2] Œ! 4
+ 2]
Š
Š Š
Š
/ K! − L 1 />0@ ⟹ ⟹
4 ‹ ‹
Š
Š Š
Š
‰! − 4 0 + 2] ‰! 4
+ 2]

‚ x! ∈ Ž•: ! + 2] y
4

5.9.3 Equação do tipo tgO HI†

Se 27* 27, ^^^^, então as imagens de * , estão sobre a recta r


`e

determinada por ` e, isto é, estão P ou P´.

Há, portanto, duas possibilidades:

* , têm a mesma imagem, isto é, são côngruos;

* , têm imagens simétricas em relação ao centro do ciclo,

isto é, são explementares >* + , 720 @.

Em resumo, temos:
* ,+]
Œ
Š
27* 27, ⟹

Š
‰* −, + ]

171
Ex.: HI

Π! 4
+]
Š
Š
27! 1 27 ⟹
4 ‹ ‚ x! ∈ Ž•: ! +] y
Š
Š 4
‰! − +]
4

Ex.: HI(
]
Π3! +] Π! +
Š 4 Š 12 3
Š Š
27! 1 27 ⟹ ⟹
4 ‹ ‹
Š
Š3! Š
Š ]
− +]
‰ 4 ‰! −
12
+
3

]
‚ •! ∈ Ž•: ! + •
12 3

5.10 Equações trigonometricas dentro de intevalos condicionados

Quando desejamos obter as soluções de uma equação pertencentes a

um certo intervalo I, seguimos a sequência de operações a baixo:

Resolvemos normalmente a equação, não tomando conhecimento

do intervalo I, até obtermos a solução geral;

Obtida a solução geral, onde necessáriamente aparece a variavel k

interira, atribuimos a k todos os valores inteiros que acarretem ! ∈

Ž.

O conjunto solução será formado pelos valores de x calculados com

os valores escolhidos para k.

172
Ex.: Determinar ! ∈ s0, 2 t, tal que 'ABC .

Œ ! + 2] Œ! 6
+ 2]
6
Š
Š Š
Š
1
2/ .! 1 ⟹ / .! ⟹ ⟹
2 ‹ ‹

Š
Š Š
Š 5
! − + 2]
‰ 6 ‰! 6
+ 2]

5
‚ •! ∈ Ž•: ! + 2] ! + 2] •
6 6

Se queremos 0 ≤ ! ≤ 2 , devemos substutuir a k o valor 0, então:

5
‚ •! ∈ Ž•: ! ! •
6 6

Ex.: quais são os arcos do intervalo fechado s0, 2 t, tais que o seu

seno é igual ao seno do seu dobro?


! 2] > @
Œ 2! ! + 2] Œ
Š Š

/ .2! / .! ⟹ ⟹
‹ ‹
Š Š 2]
2! − ! + 2] ><@
‰ ‰! 3
+
3

Œ] 0⟹!
3
Š
Š
] 0⟹! 0 5
‘’ > @ ⟹ ˆ ‘’ >•@ ⟹ ] 1⟹! “ •0, , , , 2 •
‹ 3 3
] 1⟹! 2 Š
Š 5
‰] 2⟹!
3

5.11 Inequações Trigonométricas

Sejam, f e g duas funções trigonométricas de variável x. Resolver a

inequação l >! @ < 7>! @ significa obter o conjunto solução.

173
Quase todas as inequações trigonométricas podem ser reduzidas a

inequações de um seguintes seis tipos:

/ .! > Q /! > Q 27! > Q


/ .! < Q /! < Q 27! < Q
• • •
• • •

Onde, m é um número real dado. Por esse motivo, estas seis são

denominadas inequações fundamentais. Assim, é necessário saber

resolver as inequações fundamentais para poder resolver outras

inequações trigonométricas.

5.11.1 Inequação do tipo ABC > ’


Marcamos sobre o eixo dos senos o ponto P1 tal que ^^^^
`‡o Q.

Traçamos por P1 a recta r perpendicular ao eixo. As imagens dos

reais x tais que / .! > Q estão na intersecção do circulo com o semi-

plano situado acima de r.

Finalmente, descrevemos os intervalos aos quais x pode pertencer,

tomando o cuidado de partir de A e percorrer o ciclo no sentido

anti-horário até completar uma volta.

174
Ex.: Resolver a inequação ABC −
√'
'
.

5
Œ 0 + 2] ≤ ! < + 2]
√2 Š 4
/ .! − ⟹
2 ‹7
Š + 2] < ! < 2 + 2]
‰4

+ 2] < ! < + 2] estaria errado pois, como


”% P%
W W
Nota-se que escrever

>
”% P%
W W
, não existe x algum neste intervalo.

5.11.1.2 Inequação do tipo ABC < ’


Marquemos sobre os eixos dos senos o ponto P1 tal que ^^^^^
`‡o Q.

Traçamos por P1 a recta r perpendicular ao eixo. As imagens dos

reais x tais que / .! < Q estão na intersecção do ciclo com o semi-

plano situado abaixo de r.

175
Finalmente, partindo de A e percorrendo o ciclo no sentido anti-

horário até completar uma volta, descrevos os intervalos que

convêm ao problema.

Ex.: Resolva a inequação ABC < '.

Œ 0 + 2] ≤ ! < + 2]
1 Š 6
/ .! < ⟹
2 ‹5
Š + 2] < ! < 2 + 2]
‰6

5.11.1.3 Inequação do tipo DEA > ’


^^^^^$
Marcamos sobre o eixo dos cossenos o ponto P2 tal que `‡ Q.

Traçamos por P2 a recta r perpendicular ao eixo. As imagens dos

reais x tais que /! > Q estão na intersecção do ciclo com o semi-

plano situado à direita de r.

Ex.: resolva a inequação DEA >


√(
'
.

176
Œ 2] ≤ ! < + 2]
√3 Š 6
/! > ⟹
2 ‹11
Š + 2] < ! < 2 + 2]
‰ 6

5.11.1.4 Inequação do tipo DEA < ’


^^^^^$
Marcamos sobre o eixo dos cossenos o ponto P2 tal que `‡ Q.

Traçamos por P2 a recta r perpendicular ao eixo. As imagens dos

reais x tais que /! < Q estão na intersecção do ciclo com o semi-

plano situado à esquerda de r.

Ex.: Resolva a inequação: DEA < − '.

177
1 2 4
/! < − ⟹ + 2] < ! < + 2]
2 3 3

5.11.1.5 Inequação do tipo HI > ’


Marcamos sobre o eixo das tangentes o ponto T tal que ^^^^
e Q.

Traçamos a recta ^^^^. As imagens dos reais x tais que 27! > Q
`e

estão na intersecção do ciclo com o ângulo `•–.

Ex.: Resolva a inequação HI > .

Π+ 2] < ! < + 2]
Š 4 2
27! > 1 ⟹
‹3 3
Š + 2] < ! < + 2]
‰4 2

Que podem ser resumidos em:

+] <! < + ]
4 2

178
5.11.1.6 Inequação do tipo HI < ’
Marcamos sobre o eixo das tangentes o ponto T tal que ^^^^
e Q.

Traçamos a recta ^^^^. As imagens dos reais x tais que 27! < Q
`e

estão na intersecção do ciclo com o ângulo –`• .

Ex.: Resolva a inequação 27! < √3.

Œ 0 + 2] ≤ ! < 3 + 2]
Š
Š
4
27! < √3 ⟹ + 2] < ! < + 2]
‹2 3
Š3
Š
‰ 2 + 2] < ! < 2 + 2]

179
Exercícios

1. Qual é o comprimento de uma circunferência de raio 20cm?

2. Completa a tabela a baixo:

n4 5 n 2
Grau 00 300 600 900 2100 2700 3000 3150
4
Radiano
Seno


Cosseno


Tangente
Cotangente

3. Calcule em graus a medida a medida do angulo —<.

4. Calcule o comprimento l do arco , definido numa

circunferência de raio 10cm, por um angulo central de 600.

5. Reduz ao primeiro quadrante os seguintes ângulos:

a) / .120 , /135 , 27150


b) /210 , 27 225 , 27240

180
c) 27300 , / .315 , /330
d) / .1110 , 271845 , / .2250

6. Determine as razões trigonométricas do triângulo ˜ .

7. Determine a medida x em cada triângulo:

a)
b)

8. Determine o valor de x nas figuras.

a)
b)

9. Um observador de 1,70 m vê um pássaro no alto de um prédio

sob um ângulo de 60°. Sabendo que o observador está a 30 m

do prédio, determine a altura do prédio.

181
10. Simplifique as seguintes expressões:

/ K + !L
%
$
a)

b) / . K − !L
&%
$

/K − !L
&%
$
c)

d) / . K $ + !L
&%

/ K $ + !L
&%
e)

11. Mostre que:


/ . >2 − ! @ /> − !@
−/ .! /!
3
27 K 2 + !L 27 K 2 − !L

12. Resolva as seguintes equações:

a) / .! −
√$
$

b) / .! 1
/!
o
$
c)

/! −
√&
$
d)

e) 272! 27!
f) 275! 273!

13. Determine x tal que 0 < ! < 2 /2!


o
$

14. Determine x tal que 0 < ! < 276! 272!

15. Num triângulo ABC, temos ˜ 30 , • 45 √2. Determine

a medida do lado b.

182
16. A água utilizada na casa de um sítio é captada e bombeada

do rio para uma caixa-de água a 50m de distância. A casa

está a 80m de distância da caixa de água e o ângulo formado

pelas direções caixa de água-bomba e caixa de água-casa é de

60º. Se, se pretende bombear água do mesmo ponto de

captação até a casa, quantos metros de encanamento são

necessários?

17. Trace os seguintes gráficos:

a) l>!@ / .$

b) l>!@ 1 + 2/ . K! − W L
%

c) l>!@ 2 − 3 /!

Gabarito

√3 √2 √3 √3 √3
.ƒ 125.6 Q , (. 17 11´ 19´´ G. 10.472 Q @i ,− , − j <@ i− , 1, j
2 2 3 2 3

√3 √2 √3 1
@ i− ,− , j , "@ M , 1, 1N F. / .> @ 0,8, /> @ 0,6, 27> @ 1,3
3 2 2 2

J. @ ! √58 Q, <@! 4√14 Q . @ 2,5 <@9√2 T. 53,6 . @ − / .! <@ − /!


5
@ − / .! "@ − /! @ / .! ' @ / •! + 2] ! − + 2] •
4 4
5
<@ / x! + 2] y @ / x! ± + 2] y "@ / •! ± + 2] •
2 3 6

183
] 5 7 11
@ / u! ] v l@ / •! , ] 3 • (. / • , , , • G. . / x0, , y
2 6 6 6 6 2
.< 2, F. 70Q
17.a)

17.b)

17.c)

184

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