Sei sulla pagina 1di 235

InfO
D=*
Ev3'

<R>

I
Titulo do original:

Electrical Machine Dynamics I

Direitos para o Brasil reservados à Centrais Elétricas


Brasileiras S.A. - ELETROBRÂS

Av. Presidente Vargas, 624 - 109 andar


Rio dè Janeiro - RJ
1979

F I C H A C A T A L O G R Ã F I C A

Mello, F.P. de w
M527d Dinâmica das máquinas elétricas I |por| F.P. de
Mello. Trad. |de| Arlindo R.Mayer e Somchai Ansuj .
Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria,
1979.
224p. ilust. 23cm (Curso de Engenharia em
Sistemas Elétricos de Potência - Série P T I , 4)

Título original: "Electrical Machine Dynamics I"


I. Mayer, Arlindo Rodrigues, 1940 - (trad.) II.
A n s u j , Somchai, 1949 - (trad.) III. Título

CDD 621.313 3
CDU 621.313 3
Obra publicada
Com a colaboração
do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico
da CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A — ELETROBRÁS
em Convênio com a
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA — UFSM
APRESENTAÇÃO

Há cerca de 10 anos vem a ELETROBRÂS patrocinan­


do a realização de Cursos na área de Sistemas Elétricos
de Potência, visando o aperfeiçoamento de engenheiros
eletricistas das Empresas do Setor de Energia Elétrica.
Assim, cerca de 200 profissionais, nesse período, recebe­
ram formação a nível de Mestrado, tanto no exterior como
no Brasil, em obediência a currículos estabelecidos pela
ELETROBRÂS, tendo em vista as necessidades detectadas por
seu pessoal especializado.

Como resultado da experiência de realização des­


ses e de outros Cu r s o s , por vezes contando com a partici­
pação de professores estrangeiros especialmente contrata­
dos para reforçar as equipes docentes nacionais, vêm sen­
do publicados livros especializados em regime de co-
edição com Universidades, e â conta de Recursos do Fundo
de Desenvolvimento Tecnológico da ELETROBRÂS.

É constante a preocupação desta Empresa em


apoiar as Instituições de Ensino Superior, razão pela qual,
entre outras ações, têm sido sistematicamente oferecidas
vagas a docentes universitários, sempre que grupos de en­
genheiros são enviados ao exterior para freqüência a cur­
sos especiais ainda não oferecidos regularmente no Brasil.
Isso tem propiciado mais rápida resposta das Universidades
no atendimento de necessidades especiais no Setor de Ener­
gia Elétrica, inclusive pela imediata implantação de tais
cursos no País, a mais baixo custo e possibilitando am­
pliar a faixa de atendimento de profissionais das Empre-.
sas.

Em uma dessas ações, a ELETROBRÂS contratou com


o Power Technologies, Inc. - P.T.I., de Schenectady -USA,
a ministraçãó de um curso especial em Sistemas Elétricos,
e constante dos tópicos que se seguem:
1 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência
2 - Teoria das Linhas de Transmissão
3 - Releamento - Características e Princípios
Fundamentais de Operação dos
Relês
4 - Coordenação de Isolamento
5 - Operação Econômica e Planejamento
6 - Dinâmica e Controle da Geração
•7 - Dinâmica das Máquinas Elétricas
8 - Métodos Probabilísticos para Projeto e
Planejamento de Sistemas Elétricos
9 - Economia das Empresas de Energia Elétrica
Esses tópicos, na forma como foram inicialmente
ministrados pela equipe do P.T.I., e posteriormente re­
produzidos por outros docentes brasileiros em diversas
oportunidades, constituem, a nosso ver, uma fonte de in­
formações capaz de proporcionar uma formação equilibrada
de profissionais de alto nível que se destinam âs Empresas
de Energia Elétrica e que delas precisem ter inicialmente
boa visão técnica de conjunto. Posteriormente tais profis­
sionais poderão aprofundar seus estudos em tópicos especí­
ficos, conforme necessário ãs suas áreas de atuação.

Foi, pois, com esta intenção que a ELETROBRÂS de­


cidiu adquirir ao P.T.I. os direitos de reprodução do Cur­
so, e contratou com a Universidade Federal de Santa Maria
a tradução e edição do mesmo, visando sua distribuição às
Empresas do Setor de Energia Elétrica e demais Institui­
ções de Ensino Superior que ministram cursos na área de
Engenharia Elétrica. Estamos certos de que a divulgação
desse material, agora em língua portuguesa,atingirá apre­
ciável número de profissionais e estudantes universitários
proporcionando-lhes um nível de aperfeiçoamento mínimo ho­
je desejável naquelas Empresas, e ao mesmo tempo consti­
tuindo-se em obra de referência para docentes especiali­
zados.

Arnaldo Rodrigues Barbalho


Presidente da ELETROBRÂS
PREFÁCIO

Raros são os livros publicados em português so­


bre Sistemas Elétricos de Potência. Isso fez com que os
professores do Departamento de Engenharia e professores que
atuam no Curso de Põs-Graduação em Engenharia Elétrica,da
Universidade Federal de Santa Maria, aceitassem o desafio
de realizar a estafante, porém, atraente tarefa de tradu­
ção, revisão e acompanhamento na impressão do Curso orga­
nizado por Power Technologies, Inc. - P T I , e cujos direi­
tos de reprodução foram adquiridos pela ELETROBRÂS.
Foi muito valiosa, para a realização desta ta­
refa, a união e o espírito de equipe de um conjunto de
professores que, além de suas atividades docentes, admi­
nistrativas e de pesquisa, passaram a dedicar-se a mais
essa importante tarefa.
Ê nosso dever deixarmos assinalados os nossos a-
gradecimentos a todos os que contribuiram para a elabora­
ção dessa obra. Destacamos a ajuda prestada pelo Diretor do
Centro de Tecnologia, Prof. Gilberto Aquino Benetti, pelo
Diretor da Imprensa Universitária, Prof. José Antonio M a ­
chado, pelo Chefe do Departamento de Engenharia Elétrica,
Prof. Wilson Antônio Barin, pelo Coordenador do convênio UFSM/
ELETROBRÂS, Prof. Arlindo Rodrigues Mayer, como também pelos
Professores Waldemar Correia Fuentes, Nilton F abbrine Nor-
berto V. Oliveira.
Pela Companhia Estadual de Energia Elétrica -CEEE -
tiveram participação destacada, nesta realização, o Eng9
Paulo Roberto Wilson, Coordenador do Convênio CEEE/UFSM ,
e os Engenheiros José Wagner Kaheler e Fritz Stemmer, to­
dos eles Professores visitantes do CPGEE da UFSM.
Nossos agradecimentos ã Professora Celina Fleiq
Mayer e ã Jornalista Veronice Lovato Rossato, pelos seus
vários serviços de revisão. E ã Professora June Magda Scham-
berg pelo seu auxílio na organização das fichas catalográ-
ficas dos vários volumes.
Nossos agradecimentos, também, ao datilografo U-
byrajara Tajes e ao desenhista Dêlcio Bolzan.
Aos Professores Ademir Carnevalli Guimarães e
Hélio Mokarzel, da Escola Federal de Engenharia de Itaju-
bã, agradecemos a gentileza de nos terem enviado a tradu­
ção parcial de alguns dos volumes, os quais serviram como
valiosas referências em nosso trabalho.

Finalmente, nosso dever deixar registrado


nossos agradecimentos à Centrais Elétricas Brasileiras
S.A. - ELETROBRAS, por seu apoio e confiança em n5s depo­
sitados.

De rb1ay Ga1vão
Reitor
SUMÁRIO

PROGRAMA DE ESTUDO ................................. 1


Capitulo 1 - INTRODUÇÃO ............................ 3
Capítulo 2 - DESCRIÇÃO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA ... 5
Capítulo 3 - DESENVOLVIMENTO DAS EQUAÇÕES BÁSICAS. 10
Fluxo e enlaces de fluxo na armadura.......... . 13
Enlaces de fluxo no rotor...................... 17
Equações de tensão.............................. 18
A transformação d, q, o ......................... 20
Enlaces de fluxo do rotor em ccmpónentes d, q, o . 24
Enlaces de fluxo da armadura em componentes d,
q# 0 .............................. * .............. 24
Equações de tensão em componentes d, q, o .... 26
Conjugado e potência............................ 29
Resumo das equações básicas.................... 31
Capítulo 4 - SISTEMA POR UNIDADE .................. 34
Equações gerais..........................'....... 35
Estator .......................................... 36
Rotor............... 38
Escolha de kVA base do rotor................... 41
Escolha da corrente base do rotor............. 45
Resumo - Equações por unidade.................. 47
Circuitos equivalentes...... 52
Capítulo 5 - COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SlNCRONAS-
OPERAÇÃO EM REGIME PERMANENTE ....... 54
Saturação desprezada............................ 54
Operação em circuito aberto.................... 61
Efeito da saturação............................. 63
Saturação em máquinas de rotor cilíndrico............ 64
Saturação em máquinas de pólos salientes............. 66
Capitulo 6 - COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS-
ANÃLISE TRANSITÓRIA .................. 69
Métodos operacionais de analise da maquina........... 70
Reatâncias transitória e subtransitõria e
constantes de tempo da ma q u i n a ................. 75
Resumo das constantes da m a q u i n a .............. 85
Constantes fundamentais..................... 85
Constantes de t e m p o .... ...................... 86
Indutâncias deriv a d a s ....................... 87
Curto-circuitos................................. 87
Correntes de falta simétricas iniciais - Curto-
circuito trifãsico.............................. 95
Constantes de tempo de curto-circuito do rotor....... 101
Efeito de impedância externa.................... 106
Transitórios na corrente de campo.............. no
Conjugados de curto-circuito.................... 118
Capítulo 7 - MODELOS DAS MÁQUINAS ..... ........... 129
Maquinas de pólos salientes sem amortecedores..........129
Maquinas de pólos salientes ocm amortecedores........ 134
Maquinas de rotor cilíndrico com amortecedores....... 141
Capítulo 8 - FALTAS DESEQUILIBRADAS ............... 142
Curto-circuito entre duas fases............ 142
Harmônicos - Curto-circuito entre duas fases.......... 149
Procedimento pratico de calculo para falta entre duas
fases.............................................. 151
Curto-circuito entre fase e n e utro........... 152
Harmônicos - Curto-circuito entre fase e neutro...... 154
Falta de duas linhas para a terra............. 156
Reatância de seqüência negativa................ 159
Resistência de seqüência negativa.............. 160
Impedância de seqüência zero.................... 161
Potência no entreferro e no eixo da maquina para
faltas desequilibradas.................... 163
Capítulo 9 - MÁQUINAS DE INDUÇÃO ................... 166

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --------- --------- .---- , 174

PROBLEMAS.................. . -..................... . 17 5
Sessão Tópicos Estudo Recomendado

I Descrição da Páginas 3 a 51
maquina síncrona
Desenvolvimento das Apêndice B do livro
relações básicas. Dinâmica e Controle
Enlaces de fluxo, da Geração
t e nsões, correntes
Problemas n9 1 e 2
Transformação d ,q ,o
Sistemas por unidade

II Sistemas por unidade Páginas 52 a 68


Circuitos equivalentes Problema n9 3
Diagrama vetorial no
regime permanente
Saturação

III Comportamento da Páginas 69 a 105


maquina síncrona-
Análise transitória
Problemas n9 4 e 5
Curtos-circuitos

IV Comportamento da Páginas n9 106 a 163


máquina síncrona-
Análise transitória Problemas n9 6 e 7
Faltas desequili­
bradas

V Potência no entre- Páginas 163 a 174


ferro e no eixo
Máquinas de indução Problemas n9 9 e 10
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO

0 comportamento dinâmico de maquinas em Sistemas


de Potência é de importância fundamental para o desempenho
global e continuidade do fornecimento de potência. Neste li­
vro tentamos desenvolver uma compreensão do comportamento de
maquinas com deduções de modelos e técnicas de modelagem ba­
seadas nas leis físicas que descrevem os fenômenos pertinen­
tes relacionados a fluxos, tensões, correntes e velocidades
rotacionais. Daremos mais ênfase ao desenvolvimento e com­
preensão das características do comportamento dinâmico de
máquinas do que â exploração de métodos de projeto de má­
quinas .
Tradicionalmente, o comportamento de maquinas tem
sido examinado sob condições de regime permanente e sob con­
dições transitórias. Algumas vezes, a ligação entre as duas
condições não tem sido muito clara. Varias simplificações
foram usadas no passado para aproximar os efeitos sob con­
dições transitórias. Tentaremos apresentar o assunto como
um tratamento unificado, onde as equações de regime perma­
nente surjam naturalmente da solução geral.

No tratamento da teoria dos circuitos CA temos

representado o gerador síncrono por uma fonte ideal de ten­

são através de uma impedância.


Fig. 01

Este ê um conceito muito útil, mas pode servir co­


mo uma restrição desnecessária no entendimento do desempenho
das maquinas síncronas. A fim de explanar o desempenho das ma­
quinas, com esse modelo simplificado, necessita-se adotar al­
guns conceitos artificiais como a mudança das tensões da fon­
te e a mudança das reatâncias.
Sob um ponto de vista conceituai, é melhor começar
dos primeiros fundamentos e visualizar a tensão gerada cano o
produto do fluxo pela velocidade angular. A FEM, assim ob­
tida, ê a fonte de tensão que ê ligada â rede CA através da
reatânciá de dispersão e da resistência do estator.
O comportamento do fluxo do entreferro, como fun­
ção da carga da maquina, da excitação, e t c . , é regido por
equações diferenciais que definem sua resposta a estas va­
riáveis. Desta forma, o modelo do gerador ê descrito canona
FicTura 02 .

Fig. 02

Com este comentário introdutório, desenvolveremos


agora as equações que descrevem o comportamento da máquina,
a partir das equações fundamentais de fluxo, FMM, tensão e
corrente.
CAPITULO £.

DESCRIÇÃO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA

A Figura 03 é uma representação esquemática de uma


máquina síncrona de dois pólos. Os enrolamentos do estator
são trifásicos, uniformemente distribuídos com centros de­
fasados de 120°.
As equações básicas são as mesmas para máquinas com
mais de dois pólos, visto que a armadura é igualmente enro­
lada com conjuntos correspondentemente múltiplos de bobi n a s .
Portanto, se definimos as equações em termos de graus elé­
tricos, onde 180 graus elétricos é o ângulo entre pólos nor­
te e sul adjacentes, o número de pares de pólos rião fará n e ­
nhuma diferença na maneira de se analisar uma máquina.
A relação entre graus elétricos e mecânicos é:
p /2 (graus mecânicos) = graus elétricos
onde p /2 é o número de pares de p ó l o s .
Examinemos, primeiramente, a força magnetomotriz
produzida por correntes senoidais equilibradas passando pe­
lo estator. A distribuição dós enrolamentos em volta do es­
tator é usualmente projetada para fornecer um formato de curva
bastante senoidal, com pouco conteúdo harmônico.; Como ilus­
tração, entretanto, examinemos o caso da-Figura-Õ4r-que -de-
'jj C ,/> *
senvolve o enrolamento de um alternador trifasico com duas
ranhuras por polo por fase e u m *enrolamentio dé 'paáso 5/6. As
ranhuras são rotuladas por numeròs, e- as ?lettasV Ã>B è Ç in­
dicam os lados das bobinas para as fases a, b e c. Os cír-
A w ro — o — rooi-^oi

Fig.
Fig. 03

04
culos em volta das letras representam os lados de trás da
bobina. Os enrolamentos de passo 5/6 significam que os la­
dos da bobina marcados com A, que se acham no alto da ranhu­
ra 1 e na base da ranhura 6 , estão na mesma bobina. Os lados
da bobina para as três fases estão deslocados de 120°. Os
lados da frente da bobina estão delimitados por linhas pon­
tilhadas .
Examinemos as condições no instante em que a cor­
rente da fase "a" estã no pico da senõide, ou seja, i = I .
A partir das relações de fase indicadas na Figura 04, as
correntes nas fases i, e i serão i, = -I /2 e i = -I / 2 .A
b c b m c m
força magnetotriz desenvolvida ao longo da periferia do es-
tator ê prontamente estabelecida pela superposição das con­
tribuições de cada bobina carregando o valor apropriado da
corrente no instante em questão. Vê-se que isto aproxima uma
senõide com o pico colocado mais ou menos no centro da fase
Ha " . Com um grande número de ranhuras, a distribuição dos
enrolamentos pode ser feita de maneira a fornecer uma dis­
tribuição espacial da FMM quase puramente senoidal. Isso é
desejável para se minimizar perdas e interferências telefô­
nicas devidas aos harmônicos.
Se examinarmos, agora, as condições em um instan­
te posterior, digamos 90 graus elétricos mais tarde, e re­
petirmos o procedimento com os valores de corrente para es­
te instante, ou seja, i = 0 , i, = + (/ 3/ 2 )I , i = -(^572)1
notaremos que a onda da FMM avançou, agora, 90° em sua dis­
tribuição espacial.
Um estudo gráfico da onda de FMM, em instantes su­
cessivos de tempo, dá uma concepção visual do ruovimento de
campos magnéticos girantes. Estes campos girantes ocorrem so­
mente em máquinas polifãsicas, tanto síncronas como de in­
dução. A velocidade de rotação da onda da FMM em volta da
periferia do estator é proporcional à freqtiência das corren­
tes da armadura e, para condições de regime permanente no­
minais, ê exatamente igual à velocidade de rotação da onda da
FMM, devido ao movimento do campo do rotor em máquinas sín­
cronas .
O efeito de rotação da onda da FNMpode ser deduzido
matematicamente, como segue:
Seja a o ângulo que define um ponto na periferia
do estator, em relação ao centro da fase "a". .A seguir, con­
siderando uma distribuição espacial, senoidal, equilibrada e
uniforme das bobinas das fases ao longo das ranhuras do es­
tator, a contribuição da FMM em cada fase, em qualquer ins­
tante, é proporcional a:

FMM oc i cos a
a ,a
oc cos (a - 2ir/3) (01)
Ab
FMM oc cos (a + 2 it/3)
c 1c
onde i, e i são os valores instantâneos das correntes
y b c
nas três f ases.
Para correntes senoidais equilibradas com ampli-
tude máxima I e freqüência a), podemos escrever
m

i = I se n ü)t
a m
= I se n (wt - 2ir/3) (02)
Lb m
= I se n (wt + 2 tt/3)
m

onde escolhemos arbitrariamente a contagem de tempo t, a par­


tir do instante em que i está passando através de zero e au­
mentando .
De (01) e (02), a onda total da FMM é proporcio­
nal a:

• FMM I [sencot cos a + sen(wt - 2tr/3) cos (a - 2 it/3)

+ sen (cot + 2ir/3) cos (a + 2 tt/3)J (03)

Por meio de identidades trigonométricas (03) ê re­


duzida a:

FMM •“ 3/2 I sen (wt - a) (04)


m

A expressão (04) mostra que a onda de FMM caminha ao longo


da periferia, com uma velocidade w. Portanto, para condições

de operação com velocidade síncronae correntes equilibradas


no estator, a onda de FMM, produzida por essas correntes,
parece estacionária quando vista do rotor.

A Figura 05 ilustra este fato, mostrando a estru­


tura do rotor relativa â FMM do estator.

Fig. 05

Na Figura 05 é também mostrada a FMM devida ã ex­


citação no campo do rotor. A FMM líquida, que produz fluxos
através do entreferro, ê obtida pela superposição destes dois
componentes. A fase da FMM de reação da armadura relativa à
FMM de excitação de campo ê uma função da carga, tanto em
amplitude como em fator de potência.
CAPITULO 3

DESENVOLVIMENTO DAS EQUAÇÕES BÁSICAS

Nesta seção desenvolveremos, dos primeiros prin­


cípios, as equações fundamentais que descrevem a máquina. O
desenvolvimento inclui a importante transformação d, q, con­
duzindo às equações de Park, que são universalmente usadas
para descrever o comportamento da máquina.
Embora o desenvolvimento seja direto, o perigo é
ficarmos confundidos com a terminologia e símbolos. Por esta
razão ê apresentada aqui, e mostrada esquematicamente na Fi­
gura 06, uma descrição introdutória do desenvolvimento.

19 Passo

A máquina ê composta de um numero de enrolamentos


no estator e no rotor. As características eletromagnéticas
desses enrolamentos e a estrutura magnética associada podem
ser expressas com a ajuda da teoria fundamental de circui­
tos, relacionando enlaces de fluxo a correntes, através das
auto e mutuas indutâncias. As indutâncias* básicas dos enro­
lamentos (auto e mútua) são definidas pela letra minúscula
l com o subscrito apropriado, ou seja:
ANALISE D£ MAQUINAS SlNCRONAS

EIXO
»d

Fig. 06

ENROLAMENTO ESTRUTURA
ENR0LAMENT0 f MAGNÉTICA
a
L = INDUTANCIA PRÓPRIA
m m aa DO ENROLAMENTO a
ENR0LAMENT0S L,,= INDUTANCIA PRÕPRIA
DO ESTATOR TT DO ENROLAMENTO f
t{ L .= INDUTANCIA MOTUA
ENR0LAMENT0 aT ENTRE ENROLAMENTOS
DO ROTOR

o o
Fig. 07
29 Passo

As indutâncias dos enrolamentos físicos básicos


são descritas como funções trigonométricas da posição do ro­
tor com relação ao estator. Os coeficientes constantes, que
entraram nestas expressões trigonométricas para a indutân-
cia, são denominados com letras maiusculas, isto é:

1 L ,, cos 0
afd afd

onde é uma constante igual à indutância mútua entre o


campo e o enrolamento da fase "a", na posição de máximo a-
coplamento entre estes dois enrolamentos (0 = 0o ).

39 Passo

Os enlaces de fluxo são, então, expressos em ter­


mos das correntes dos enrolamentos (ia , i^, ic , para os en­
rolamentos das fases e i ^ , i ^ , i^ , etc. para os enrola­
mentos do rotor) e das indutâncias (auto e mútuas) que, por
seu lado, são expressas como funções trigonométricas da po­
sição do rotor. Nestas relações, as combinações das corren­
tes de fase, multiplicadas pelas funções trigonométricas do
ângulo do rotor das expressões das indutâncias, sugerem o
uso de componentes d, q, e das relações de transformação:

i^ = 2/3 [i cos 0 + i^ cos (0 - 120°)+ic cos (0+120°)]

i =-2/3 [ia sen 0 + i^ cos (0 - 120°)+ic cos (0+120°)]

49 Passo

As equações dos enlaces de fluxo para os enrola­


mentos do rotor são, em seguida, expressos como função das
correntes dos enrolamentos do rotor e dos componentes d, q,
das correntes da armadura. As equações assim obtidas possuem
correntes d, q multiplicadas por termos de indutâncias cons­
tantes.
59 Passo

A transformação d, q ê também aplicada aos enlaces


de fluxo e tensões da armadura. As equações de tensão dos
enrolamentos da armadura
a *a
ea ri
dt a

são assim expressas em termos das variáveis de transformação


d, q conduzindo às equações de Park
a#
lea = -ar* * “♦q * rla)

FLUXO E ENLACES DE FLUXO NA ARMADURA

0 fluxo produzido por uma FMM dada é uma função da


relutância do circuito magnético sobre o qual a FMM age.
A relutância de um material é definida como a re­
lação da ação da FMM sobre ele e o fluxo resultante

onde
R = relutância
$ = fluxo em webers
F = força magnetomotriz (ampêres-espiras)

A relutância da trajetória fechada do fluxo através do fer­


ro do estator, através do entreferro, através do ferro do
rotor e de volta do entreferro, é uma relutância composta,
constituída de contribuições devidas ao entreferro e âs par­
tes de ferro.

R = RA + R± (06)

A permeância é a recíproca da relutância. Visto ser


a relutância inversamente proporcional â permeabilidade do
material, uma grande contribuição para esta relutância é <3e~
vida ao entreferro.
Visualizando o circuito magnético para as forças
magnetomotrizes no estator, notamos que a permeância deste
circuito ^mudará com a posição do rotor, graças às variações
no entreferro. Isso ê mais pronunciado no caso de maquinas
de põlos salientes.
Em geral, esta variação será periódica, c o m u m p e ­
ríodo igual ao espaço entre pólos. Uma boa estimativaé a de
que esta variação é senoidal. Portanto, a permeância do cir­
cuito magnético, conforme visualizado de um ponto fixo no
estator, poderia ser expressa como uma função do ângulo en­
tre aquele ponto e a localização do centro de um pólo no ro­
tor, ou seja,

P = PQ + P 2 cos 2 0 (07)

onde 0 é a distância angular entre o ponto no estator e o


centro de um pólo. A permeância é uma propriedade que entra
na determinação da indutância de enrolamentos. Realmente, a
indutância de uma bobina pode ser definida como a relação dos
enlaces de fluxo na bobina para a corrente da bobina que pro­
duz esses enlaçamentos de fluxo. Quando a permeância é in­
dependente do fluxo, a indutância ê uma constante. A partir
da teoria do acoplamento magnético de circuitos, conforme ê
usado na análise de transformadores, para qualquer instante
de tempo dado, podemos definir indutância própria e mutua
entre circuitos da armadura e circuitos do rotor e escrever
fluxo total no circuito
como

Z i + Z , i. + Z i
aa a ab b ac c

+ Z r: Z , , i, , + Z
afd i f d + akd kd (08)

onde
£ ^ = auto-indutâncias do enrolamento "a" no estator
aa

&ak = indutâncias mútuas entre os enrolamentos "a" e ”b"

Zac = indutâncias mutuas entre os enrolamentos "a" e "c"

são indutâncias mútuas entre o enro-


afd akd' akq
lamento "a" no estator e o campo do rotor, amortecedor
do eixo direto e do amortecedor do eixo em quadratura
respectivamente.
Neste ponto deveriamos deixar claro o que queremos
dizer com eixos d e q, e circuitos :amortecedores e de campo.
Observando as faces dos pólos do rotor, a Figura
08 identifica os eixos d e q, bem como os circuitos do rotor
compostos de circuitos de campo, amortecedor de eixo d e a-
mortecedor de eixo q.

Fig. 08

O eixo d esta localizado no pico da onda da FMM produzida


pelo campo, enquanto que o eixo q esta 90 graus elétricos
adiantado. Hã numerosas trajetórias fechadas para correntes
no rotor. Elas podem ser concentradas em circuitos equivalen­
tes, conforme segue:

1. Um circuito de campo que carrega a corrente contínua


do c ampo.
2. Um circuito equivalente fechado, que enlaça o fluxo
do eixo d, chamado de enrolament;o amortecedor do ei­
xo d. Em maquinas de pólos salientes, isso é composto
de barras condutoras, deliberadamente inseridas na
face do pólo. Em maquinas de rotor cilíndrico de fer­
ro sólido produzem um efeito amortecedor equivalente.
3. Um ou mais circuitos fechados equivalentes, concên­
tricos com o eixo q, chamados de amortecedor do eixo
q.
Se a maquina fosse um dispositivo estático,as vá­
rias indutâncias em (08) seriam constantes como no caso de
um transformador. Na máquina síncrona, entretanto, por causa
do movimento do rotor, estas indutâncias de enrolamento da
armadura são uma função da posição do rotor. Da discussão an­
terior sobre a variação da permeância em função da posição
do rotor, be.m como da consideração do acoplamento variável
entre circuitos do rotor e circuitos da armadura em função
da posição do rotor, segue-se que as indutâncias mútuas en­
tre circuitos do rotor e do estator são:

l COS 6 (09)
afd L afd
íakd
, ,
~ L akd
COS 0 (10 )

lakq
,
L akq
sen 0 (11 )

onde L L .- e L , são constantes; e são os valores mã-


afd' akd akq
ximos destas indutâncias mútuas que ocorrem quando os cir­
cuitos de campo correspondentes estão concêntricos com o cir-
(0 = 0 ).

As equações para as indutâncias mútuas das outras


fases "b" e "c" são semelhantes àquelas para a fase " a " e x ­
ceto que o ângulo 0 é substituído por (0 - 2 tt/ 3) e (0 + 2tt/3) ,
respectivamente.

A indutância própria na fase "a", £ , tem a for-


aa
ma da equação da permeância (0 7) .

I L + L cos 2 0 (12 )
aa aao aa2

Da geometria da trajetória magnética, fica evidenciado que


a indutância mútua entre as fases do est a t o r ê um mínimo toda
vez que o eixo q bissecciona o ângulo entre as fases,ou se­
ja:
O*

+ir/3) (13)
li

L abo + L ab 2 cos
-Q

<2e

L + L _ cos (29 -ir/3) (14)


*ac = aco ac 2
Por causa da simetria, os coeficientes L , , L , L, são
abo aco' bco
todos iguais, como também são os coeficientes ' Lac2 /Lbc2

L aa 2 ' Lb b 2 e L cc 2 *

Quando as equações (12), (13) e (14), bem como as


semelhantes a estas, com deslocamento de fase apropriado
para as fases "b" e "c", são substituídas em (08) ou em ex­
pressões anãlog .s para as fases "b" e "c", notamos que a ex­
pressão do enlace de fluxo, em termos de correntes de fase
instantâneas, torna-se uma função da posição do rotor.

Uma tal expressão está incluída na equação (15) ,


para ilustrar a forma. Expressões semelhantes, com mudanças
apropriadas nos subscritos, são aplicadas ãs fases "b" e "c".

-i (L + L „ cos 20) ■L , (i, + i )


a aao aa 2 abo b c

+ L „ i, cos (20 + 60°) + L _ i cos (20 - 60)


aa 2 b aa 2 c

+ L ... i CJ cos 0 + L . , , . cos 0 (15)


afd fd akd kd
- L , i, sen 0
akq kq

ENLACES DE FLUXO NO ROTOR

Os enlaces de fluxos nos circuitos do rotor podem


ser escritos usando-se as equações (09), (10) e (11) para as
indutâncias mútuas entre os circuitos do estator e os cir­
cuitos do rotor. As auto-indutâncias dos circuitos do rotor
são constantes, desde que as permeâncias dos circuitos mag­
néticos nos eixos d e q sejam constantes.
As equações de enlaces de fluxo do rotor são es­
critas como:

COS'0
^fd L ffd 1 fd + L fkd 1kd L afd

+ i^ cos (0 - 2ir/3) + i cos (0 + 2ir/3)


i cos 0 +
kd L fkd xfã + Lkkd 1kd " L akd a
cos (0 - 2 tt/ 3) + i cos ( 9 + 2ir/3) (17)

kq senô + sen ( 0 - 2tt/3 )


Lkkq ■^kq + L akq ^
+ i sen (0 + 2 tt/3) (18)
c

Aqui, Lkkd e Lkkq s^° aS auto-indutancias dos circui­


tos do campo, do amortecedor de eixo direto e do amortece­
dor de eixo em quadratura, respectivamente. L^^ é a in-
dutância mútua entre o campo e o amortecedor de eixo dire­
to. Devemos notar que não hã acoplamento magnético entre os
eixos d e q, visto serem eles órtogonais, ou seja, deslo­
cados de 90°.

EQUAÇÕES DE TENSÃO

As leis da indução eletromagnética aplicadas a um


circuito fechado ou bobina, como é mostrado na Figura 09,
podem ser expressas como:

e = --- r i (19)

r
-VWSAr

Fig. 09

onde e ê a tensão que aparece nos terminais da bobina, ij; é


o enlace de fluxo na bobina, i ê a corrente circulando na
bobina e r ê a resistência da bobina. Observemos as direções
da tensão e corrente na Figura 09.

A equação (19) aplicada ao caso de um circuito es-


tático, como o da bobina de um transformador ou linha de trans­
missão, pode ser expressa como:

e = L - - ■■ - r i (20 )
dt

onde L = — ê a indutância do circuito. Deve ser salien­


tado que a equação (20 ) é um caso especial da equação geral
(19), para o caso do circuito estático e linear.

Em geral,a taxa de variação do enlace de fluxo


dty/dt pode ser composta de termos devidos a correntes va­
riantes (ação transformadora), bem como de termos devidos a
enlaces de fluxo sendo cortados por rotação ou movimento,
ou de termos devidos a alterações das propriedades magnéti­
cas, como ocorre com a saturação de materiais magnéticos.

A equação (19) aplicada a circuitos da armadura


torna-se:
dip
a
— r -J
a dt a

d^b
— r (20 )
b dt db

d^c
r X
c dt c

Aplicada ao circuito de campo, dá

fd
(21 )
'fd dt + rfd 1fd

Notemos que a escolha de sinais é devida ã definição da di­


reção da corrente relativa à tensão através do enroiamento.
No caso do campo, ê costume considerar a corrente fluindo no
campo, como um resultado da tensão e ^ aplicada.
De modo semelhante, para os circuitos amortecedores nos ei­
xos direto e em quadratura, temos:
d^i
rkd
0 = (22 )
dt + rkd 1kd
dijj
kq
0 = dt
+ r, i, (23)
kq kq

Os zeros no lado esquerdo de (22) e (23) provêm da natureza


fechada dos circuitos, com tensão aplicada nula.

As equações (20) a (2 3) pode riam ser resolvidas, des­


sa forma, com as relações dos enlace de fluxo descritas em
termos das correntes reais da fase e do rotor, e indutâncias
que são funções de posições do rotor (veja equações (15) , (16),
(17) e (18)).

As equações,em termos destas variáveis, são não-


lineares e bastante complicadas. Concluímos que um tratamen­
to matemático mais simples e mais elegante pode ser obtido
pelo uso de novas variáveis transformadas para circuitos, ten­
sões e fluxos.

A TRANSFORMAÇÃO d, q, o

0 estudo das expressões (16), (17) e (18) mostra


que, nas equações de enlaces de fluxo do rotor, as correntes
da armadura- se combinam de uma maneira clara, envolvendo a
posição do rotor, conforme segue:

Para o eixo d:

1 cos 0 + i, cos (0 - 2 tt/ 3) + i cos (0 + 2 tt/3)


a b c

0 é oângulo do qual o eixo direto está adiantado do centro


da fase "a"; e, para o eixo q:

i sen 0 + i, sen (0 - 2 tt/ 3) + i sen (0 + 2 tt/3)


a b c

Isso leva à definição de novas variáveis definidas como i^ e


1 por:
q
i, = K i cos 0 + i, cos(0 - 2 tt/3) (24)
d a b

+ i cos ( 0 + 2 /3)
c

i = -K i sen 0 + i, sen (0 - 2 tt/ 3)


q L a k

+ i sen(0 + 2 tt/ 3)
c
O valor da constante K ê escolhido de modo que,para
as correntes senoidais equilibradas i , i, , i_ com intensi-
a o c
dade de pico I :
r m

i = I sen u)t
a m

= I sen(o)t - 2 tt/3) (26)


m

i = I sen(o)t + 2 tt/3)
c m

As intensidades de pico de i, e i são iguais a I .


c d q ^ m

Substituindo-se (26) em (24) e (25):

i, = K I sen wt cosQ + I sen (cot - 2ir/3) oos(0 - 2tt/3)


d [ m m

+ I^seníwt + 2ir/3) cos (0 + 2tv/3)

= K 3/2 I sen (ajt - 0) (27)


m

i = -K Im sen totsenO + I^seníuit - 2tr/3)sen(0 - 2ir/3)


q

+ I ms e n (o )t + 2 ir/3)sen (0 + 2tr/3)j

= -K 3/2 I cos (cot - 0) (28)

Escolhendo-se K = 2/3, temos:

id = 2/3 j^ia *cos0 + ifa cos (0 - 2ir/3) + i c cos (0 + 2ir/3)


(29)
que, para correntes equilibradas, como em (26)

= I sen (wt - 0 )
m

iq = “ 2/3 £iasen0 + ibsen(0 - 2ir/3)

+ icsen(0 + 2ir/3) 1
que, para correntes equilibradas, como em (26):

= -I cos(wt - 6 )
m

As equações (29) e (30) são chamadas as transfor­


mações d e q das correntes trifãsicas. Para generalizar com­
pletamente, ou seja, para dar completa liberdade aos valores
das correntes de fase ia , i^ e ic , precisamos expressá-las
por meio de três novas variáveis, das quais duas foram se­
lecionadas como i, e i . Uma terceira variável conveniente ê
d ^ q
a corrente se seqüência zero definida como:

i = 1/3 |i + i, + i I (31)
o ' a b cl

Sob condições equilibradas, ou quaisquer condições nas quais


i + i, + i = 0 , i será igual a zero.
a b c ' o ^

As equações (29), (30) e (31) podem ser expressas,


convenientemente em notação matricial, como:

2/3 cos6 2/3 cos (9-2ir/3) 2/3 cos (9+2ir/3) i


a

i = -2/3 sen6 -2/3 sen (0-2tt/3) -2/3 sen(6+2ir/3) (32)


q *b

i 1/3 1/3 1/3 i


o c

A transformação inversa de (32) é:

cos e - sen 0 1 i
d

cos (6- 2 tt/3) - sen(0 - 2ir/3) 1 i (33)


q

cos (0 — 4ir/3) - sen (0 - 4it/3) 1 i


o

Transformações semelhantes se aplicam a enlaces de fluxo e


tensões, ou seja, as tensões nas fases e , e , e podem ser,
a d c
de modo semelhante, transformadas em componentes e^, e^ e
eQ e vice-versa.
0 significado físico dos componentes i^ e i é que
eles são proporcionais aos componentes da FMM nos eixos di­
reto e em quadratura, respectivamente, produzidos pela re­
sultante de todas as três correntes da armadura i , i, e i .
a b c
No caso das correntes equilibradas de freqüência w e uma
velocidade de rotor oj* , as equações (27) e (28) tornam-se:

1 , = I sen (wt - a)'t + 0) (34)


d m

i = -I cos(o)t - io't + çó) (35)


q m

onde 0 = w 't - 0 éo ângulo entre o eixo d e centro da fa­


se "a". Se a freqüência das correntes do estator é síncrona
com a freqüência do rotor, então, co = m' e (34) e (35) tor­
nam-se :

= I sen 0 (36)
id m
i = -I cos 0 (37)
q m

As equações (36) e (37) mostram que os componentes i^ e i^


são quantidades CC (constantes) para o caso das correntes de
armadura equilibradas, com freqüência síncrona e com a velo­
cidade do rotor. Este fato combina muito bem com o conceito
da onda rotativa de FMM gerada pelas correntes da armadura
equilibradas, descritas no Capítulo 1. Esta onda daEflM ca­
minha com a mesma velocidade do rotor e, portanto, em rela­
ção ao rotor, a onda parece estacionada. O fato de que, em
operação de regime permanente equilibrado, as correntes i^
e i são quantidades CC, merece ser lembrado especialmente
porque, mais tarde, na construção de diagramas vetoriais de
regime permanente, i^ e i^ são tratados como fasores que re­
presentam a distribuição espacial das forças magnetomotrizes.
Isto pode ser confundido facilmente com fasores represen­
tando quantidades CA.

Em (34) e (35) , quando u ^ u ', i , e i serão se-


ci q
nõides com freqüência de escorregamento de (w - w ') . Isto a-
contece no caso de motores de indução para os quais w > to',
e de geradores de indução para os quais w < io'.
ENLACES DE FLUXO DO ROTOR EM COMPONENTES d, q, o

Expressando as equações de enlaces de fluxo do ro­


tor, as equações (16), (17) e (18), em termos de i, e i for-
Q q
necem:

*fd 2 L ±
" L ffd A fd + L fkd 1kd 2 Lafd d (38)

3
*kd = L fkd i fd + Lkkd 1kd 2 akd1d (39)

(40)
^kq ■^kkq ±kq " 1
2 L akq
v iq

0 fato de que o componente "i^ 1 não entra nas equações de


enlaces de fluxo do rotor é significativo. Significa que
componentes de seqüência zero da corrente da armadura não
produzem nenhuma FMM líquida através do entreferro. Este fato
é evidenciado, também, na expressão básica para FMM, devido
âs correntes da armadura, conforme deduzido de:

FMM a i^cos0 + i^cos(0 - 2tt/3) + i^cosí© + 2tt/3) (41)

Para qualquer componente i de seqüência zero, a substituição


de i = i, = i = i em (41) mostra que a FMM, devida a estes
a b c o
componentes, é nula.
Todas as indutâncias de (38) a (40), excluindo os efeitos de
saturação, são constantes.

ENLACES DE FLUXO DA ARMADURA EM COMPONENTES d, q, O

O uso das mesmas transformações d, q, o (32),para


enlaces de fluxo e correntes, converte as equações de enla­
ces de fluxo da armadura (15) em equações de componentes d,
q, o de enlaces de fluxo da armadura.
Isto quer dizer que as novas variáveis são:

= 2/3 ij^^cosO + ^ c o s ( 0 - 2 tt/ 3) + i|;cc o s (0 + 2 tt/3)


=-2/3 h|> sen0 + i|>,sen(0 - 2ir/3) + \p sen(0 2 tt/3) J
4 L a. D ^
(42)

*o = 1/3 [*a + *b + *c]

e existem equações semelhantes para i^, i e iQ .


Este processo é um exercício em álgebra e identidades trigo-
nométricas, que gera as seguintes equações de enlaces de flu­
xo da armadura:

iK = -(L +L , +3/2 L „)i,+L £Ji £J+L . ,i. ,


d aao abo aa 2 d afd fd akd kd (43)

4> = - (L +L , -3/2 L „)i +L , i. (44)


rq aao abo aa 2 q akq kq

= - (L -2L , )i (45)
ro aao abo o

Definindo um novo conjunto de indutâncias da armadura como:

+ L , + 3/2 L _) (46)
d ^L aao abo ' aa 2

, = (L + L , - 3/2 L _) (47)
q aao abo ' aa 2

, = (L - 2L , ) (48)
o aao abo

as equações de enlaces de fluxo da armadura tornam-se:

=-L ,i , + L c , i,., + L , ,i, , (49)


'"d d d afd fd akd kd

=—L i + L . i, (50)
q q akq kq
•H
A

(51)
II
1

*o
0
0

Notemos que as equações (49), (50) e (51), em termos das va­


riáveis transformadas, contêm todos os termos de indutância
constantes. Esta ê a razão básica para o uso dos componentes
d, q, o, ao trabalharmos com problemas de máquinas elétri­
cas .
Embora as variáveis d, q tenham completo signifi­
cado físico quando aplicadas a condições no rotor, seu sig­
nificado relativo ãs quantidades do estator é algo mais abs­
trato, sendo uma transformação matemática, da mesma maneira
que no caso com componentes simétricos.

EQUAÇÕES DE TENSÃO EM COMPONENTES d, q, o

(Equações de Park)

As equações básicas de tensão para os circuitos


da armadura são:

d<|<.
- ri
ea = dt

diK
- n. (52)
eb dt


e = - ri
c dt

As equações de transformação de tensão são:

e^ = 2/3 |eaoos0 + e^oosíe - 2ir/3) + eccos(0 + 2rr/3)J

eg = -2/3 Fe^senO + e^sen(0 - 2ir/3) + ecsen(0 + 2tt/3)J (53)

e = 1/3 (e + e, + e )
o a b c

A substituição de (52) em (53) e o uso das relações de trans­


formação d-q para correntes geram:

cnj>
ÓOS0 + cos (0 - 2ir/3) + oos(0 -ri
ed 2^3 dt dt + 2”/3) d T

di|i. di|v av
c
e = -2/3 sen(0 -sr + sen(0 - 2 tt/3) + sen(0 + 2 tt/3) -ri
q dt dt q
d*o .
eo dt rlo

Expressando , ik e i|j em termos de ip , tp e ip com o uso


Ka' yb d' yq
da transformação inversa (33) :

ip = cos 0 \p, -sen 0 íp + ip


Ya rd yq yo

= c o s (0 " 2 7 r / 3 ) ,l'd ” s e n <e ” 2ir/3) t|> +i|>0 (55)

ip = cos (0 - 4n/3)ip, - sen (0 - 4ir/3) i|> + t|>


c a C[o

Diferenciando (55) com relação a "t":

ãp. chp ch|>


de d0
dt = ^ ã 3^ 6 dt + 0030 d T 0036 cft " ***« dt + dE

dhb
dt -^d sen (0 -2 T r/3 )|| + oos ( 0 - 2 i r / 3 ) ~ - \pL cos (0 -2 r r /3 )^

chp_ dijj
- sen (9-2u/3) -gS + (56)

dl^c d0 dito. ia
-gjr- = ~ ií»dsen(0-4Tr/3)^ + cos (0-4tt/3) ~ - ^qoos(0-4ir/3)^r

dtp ch|>
- sen (0-4ir/3)-^r? +
dt dt

Substituindo as equações (56) na primeira equação de (54):

2
-t|j,cos0 sen 0^ + cos 20-^^ - ip cos 20
ed 3 d dt dt dt

<3sp cUp
- sen0 oos0 + oos0 ~ -t|j cos ( 0 - 2 tt/ 3 ) sen ( 0 - 2 tv/ 3 ) ^ -

dip
+ oosz (0-2tt/3) ~^r ~ ^ c o s 2 (0-2tt/3) ^ —£
- sen(0-2Tr/3)oos(0-2ir/3)-^
dt dt
dij;
+ oos (6-2ir/3)-^^ - ^oos (0-4ir/3) sen (0 - 4 tt/ 3 ) ^ + oos2 (0-4ir/3)-^

2 dfi <%, <*0


- (0-4ir/3)^£ + sen(0-4ir/3)<x>s(e-4Tr/3)-^^ +oos(0-4ir/3) dt

- n. (57)

Reunindo o? termos nas equações (57) e simplificando com i-


dentidades trigonométricas:

1 ♦ 59+ ía sen 20 + sen ( 2 0 - 4 i r / 3 ) +sen ( 2 0 - 8 tt/ 3 )


•a-! 2 wd dt dt

^d . d0 j (l+oos20) + | (1+oos (20-4ir/3))


dt vq dt

+ j (1+cos (20-8ir/3)) - ri. (58)

Simplificando ainda mais a equação (58) pelo re­


conhecimento de que:

sen 20 + sen (20 - 4ir/3) + sen (20 - 8ir/3) = 0

e de que a expressão que se multiplica

u
d0 3
^3t” - ^q dt
It 6 d9uad a f' e n t a o ' (58) se reduz a:

difi
d|_ _ ri (59)
ed " dt q dt d

Um procedimento semelhante, levado a efeito pela substitui­


ção de (56) na segunda e terceira equações de (54) , gera:

di|i
e = — t M . . ri (60)
q dt rd dt q

dt.
e = - ri (61)
o dt
As equações (59), (60) ^ (61) são chamadas equações de Park,
em honra de R. H. Park que desenvolveu seu uso.
Essas equações estão em forma bastante semelhante
a das equações de uma bobina estática, exceto pelos termos
rotacionais de "fem" - \p - e \ ^ - resultantes do mo-
dt rd dt q
vimento do rotor, onde d 0/dt = o) = velocidade angular do ro­
tor em radianos elétricos por segundo.
Estes termos rotacionais de nfem" são os termos
d^d
dominantes das equações (59) e (60). Os termos d ^ d
são,algumas vezes, referidos como termos de ação de transfor­
mador. Notemos que, sob condições de regime permanente com
correntes senoidais equilibradas nas fases da armadura, os
fluxos iK e íp , bem como as tensões e,, e e as correntes i.,
„ d rq d' q dtb, d^u d'
i sao quantidades CC (ou seja, os termos — d t ” e — dt s^°
nu l o s ) . Hã muitas condições em que estes termos podem ser
retirados das equações sem causar erros de nenhuma signifi-
cância. Em outras situações, como as que encontraremos na
determinação de conjugados de curto-circuito, transitório e
deslocamento CC em correntes de curto-circuito, estes ter­
mos têm um importante papel e não podem ser desprezados.
Em muitos textos referentes a máquinas síncronas,
o símbolo d/dt ê representado pelo operador "p". Nesta for­
ma, as equações de Park são:

e d = P^d - *q P0 - rid (621

e = pii;- + iKp 6 - ri (63)


q rrq rdr q

e = pijj - ri (64)
o o o

CONJUGADO E POTÊNCIA

A potência instantânea medida nos terminais da má­


quina é dada por:

P = e i + e, i, + e i
L a a b b c cj
Em termos de componentes d, q, o, a expressão pa­
ra potência ê:

P = 3/2 e ..i + e i + 2e i (65)


d d q q o o

Sob operação equilibrada normal, com eQ e iQ nulos:

P = 3/2 e.i. + e i (6 6 )
d d q q

Se não houvesse perdas na maquina, nem alteração na energia


magnética armazenada, o conjugado seria igual a P/o), onde m
é a velocidade do rotor.
Uma analise mais completa da expressão para potên­
cia pode ser obtida pela substituição de (59), (60) e (61)
em (65), dando:

d<i>d . d 0 . . *jç[ <» ■ A


3/2
I V dt ^ +*d dt ‘ rlq +2io "dt" -rlo>
dt " rid)+1q (~dt

(67)

Os termos de (67) podem ser reordenados como:

P = 3/2 (i + i - V + 2i ° ) + 3/2(i <K - ijit) d0


d dt q dt o dt qyd drq dt

2 2 2
- 3/2 r (i, + i + 2i ) (68 )
/ d q o

Esta equação pode ser interpretada como:

Saída de potência = (taxa de redução da energia magnética da armadura)


+ (transferência de potência através do entreferro)
- (perda por resistência da armadura)

O conjugado do entreferro pode ser obtido a partir do segun­


do termo de (68 ), dividindo-se a potência do entreferro pe­
la velocidade d 0/dt do rotor.

T 3/2 i - (69)
q d

A equação (69) poderia também ter sido deduzida da conside­


ração bãsica de forças atuantes em condutores, como sendo o
produto de correntes vezes o fluxo.

RESUMO DAS EQUAÇÕES BASICAS

Recapitulemos rapidamente o desenvolvimento des­


tas equações básicas:

1. Os enlaces de fluxo foram deduzidos para cada enro-


lamento físico do estator e rotor, usando correntes
reais de fase, correntes reais do rotor, auto-indu-
tâncias mútuas entre os enrolamentos, ou seja:

£aa1a+í'abÍb+ílac:Lc+í'afd:Lfd+£akdÍkd+2'akq;Lkq (08)

2. Os valores das indutâncias foram estabelecidos como


função da geometria do circuito magnético e da po­
sição do rotor, ou seja:

1 L + cos 2 0 (12 )
aa aao aa 2

cos 0 (09)
^afd = L afd

l . = L , + cos (20 + tt/3) (13)


ab abo L ab 2

3. Vimos que
cuitos do estator e do rotor, em termos das indu­
tâncias fundamentais de enrolamento e correntes b á ­
sicas, envolvem termos de indutâncias não lineares
variando senoidalmente com a posição do rotor.
As expressões básicas para tensão da forma:
_ dx/;
n (19)
dt
podem ser escritas para todo circuito. Entretanto,
usando as equações dos enlaces de fluxo, expressas
em termos de correntes e indutâncias de fase, as e-
quações de tensão resultantes são não linearese com­
plicadas .
5. A transformação d, q, o foi introduzida pelo reco­
nhecimento de um agrupamento lógico de correntes,
multiplicado por funções trigonomêtricas apropria­
das do ângulo do rotor relativo ao centro da fase
"a". Com essas transformações de variáveis, a forma
das equações torna-se um conjunto de equações algé­
bricas lineares para fluxos enlaçados e equações dife­
renciais lineares para tensões. A transformação d,
q, o para toda variável Y, tal como corrente,tensão
ou enlaces de fluxo, ê:

/ N
2 /3 oos0 2 /3 c o s (0 -2 tt/3 ) 2 /3 cos (0+2 tt/3 )
Yd

Y - 2 /3 sen8 - 2 /3 sen (0 -2 tt/3 ) - 2 /3 sen(0+2Tr/3)


q

Y 1/3 1 /3 1/3
l o J

e a transformaçao inversa ê:

Y 1 COS 0 - sen 0 1
a Ya

= cos (0—2tt/3) - sen(0-2n/3) 1 Y


Yb q

Y cos (0-4tt/3 - sen(0-4Tr/3) 1 Y


c o
V. y J

onde Y seria ip, e , ou i.

6 . Em termos das variáveis transformadas i^, i^ e iQ ,


as equações de enlaces de fluxo do rotor tornam-se
equações lineares com termos de indutância constan­
tes , ou seja,

- 3/2 (38)
*£d " L ffd ± fd + L fkd L afd 1d

- 3/2 (39)
^kd L fkd 1 fd + Lkkd '''kd L akd ^d

3/2 L i (40)
^kd Lkkq '''kq akq q

7. De maneira semelhante, expressos em termos de variã-


veis d, q, o, as equações de enlaces de fluxo da ar­
madura tornam-se equações lineares com termos de in-
dutâncias constantes, conforme segue:

( 49)
Ld1d + L afd 1fd + L akd 1kd

-L i + L + L ( 50)
q q q akq kq akq kq

*o -L i ( 51)
o o

8 . As equações de tensão básicas, quando expressas em


termos de componentes d, q, o, transformam-se nas bem
conhecidas equações de Park relacionando tensões a
fluxos, taxas de variação de fluxos, velocidades ro-
tacionais e correntes, ou seja,

d*d de
- ip ri ( 59)
dt q dt

dip
q + * de
( 60)
dt + d dt

dip
Yo ri ( 61)
e
o dt o

9. As equações de tensão para as bobinas do rotor são:


dxp
fd -t-
e ( 21 )
fd dt rfd xfd

0 d*kd (2 2 )
dt rkd kd

0 d*kq ( 23)
dt rkq ikq
CAPÍTULO

SISTEMA POR UNIDADE

A finalidade fundamental do desenvolvimento de um


sistema por unidade para as maquinas slncronas ê permitir que
a forma das equações que descrevem a maquina possam ser ex­
pressas em termos de um circuito elétrico equivalente.
O comportamento das variáveis da maquina é, assim,
melhor entendido pela visão, que é trazida por um circuito
equivalente, e as leis familiares que regem o comportamento
dos mesmos.
Os passos, no desenvolvimento que segue, são:
1. Expressar as equações da maquina (em componentes d-q)
em valores por unidade, dividindo as variáveis por
quantidades base apropriadas.
2. A escolha dos kVA bases do rotor e do estator é es­
tabelecida pela conveniência de se ter indutâncias
mutuas recíprocas entre o rotor e o estator nas e-
quações de enlaces de fluxo.
3. A escolha das correntes base dos enrolamentos do ro­
tor é estabelecida pelo desejo de se ter a mesma in-
dutância mutua em p.u. entre os circuitos da arma­
dura e do rotor, da mesma forma que é feita a esco­
lha das correntes base nos transformadores que con­
duzem a um circuito equivalente, sem a necessidade
de relações de transformação ideais.
EQUAÇÕES GERAIS

No que foi exposto anteriormente, as unidades pa­


ra as diversas variáveis foram:

i = ampêres
= weber-espiras
FMM = ampêres-espiras
e = volts
R = ohms
L = henrys
e = radianos
t = segundos

Há muitas vantagens em se expressar equações em


forma normalizada ou adimensional. Isto requer uma discussão
d© sistema por unidade tratado neste Capítulo.
Visto que, com o sistema por unidade, os termos da
equação tornam-se adimensionados através da divisão das va­
riáveis e dos parâmetros por seus valores "base", é fácil
perder de vista as dimensões que precisam necessariamente
permanecer implícitas. Por exemplo, quando a freqüência ba­
se é tomada como freqüência nominal, a indutância por uni­
dade torna-se igual ã reatância por unidade. Em alguns tex­
tos, os símbolos de reatância (X) são usados onde, na ver­
dade, deveriam ser usados símbolos de indutância (L).
Em todas as equações básicas anteriores, as cor­
rentes e tensões foram expressas como valores instantâneos.
No caso das quantidades senoidais do estator, elas foram ex­
pressas em termos dos valores de pico de onda senoidal.Deve
ser lembrado que, na escolha de quantidades base, uma vez
que tensão, corrente e freqüência tenham sido escolhidas,as
bases para variáveis restantes ou parâmetros de circuitos,
tais como enlaces de fluxo, resistência, indutância, etc.,
são automaticamente estabelecidas pelas equações fundamen­
tais, como por exemplo:

'base
^base 03
ebase
^base
1base

base 'base
base
base ^base 1base

Outro ponto a ser lembrado ê que, na dedução de


quantidades por unidade, as variáveis devem ser divididas
por suas bases apropriadas. Por exemplo, se o valor da ten­
são é um valor de pico, ;para que- seja expresso em valor por
unidade, ele deve ser dividido pela "tensão de pico base".

Definiremos agora quantidades "base", como segue:

ESTATOR (70)
e , = valor pioo da tensão nominal de linha para neutro
s Dase (volts)
= valor de pioo de corrente de linha nominal (ampê-
s base
resj
u) , = velocidade síncrona = 27rfn = 377 rad/s paramãqui-
Dase nas de 60 Hz U

s base
(ohms)
Js base
1s base

^base
(henrys)
s base
ase

es base
(weber-espiras)
s base Ls base "Ssase 0) ,
base

Na definição de uma potência base ou volt-ampêre


base, seguindo as práticas em análise de transformadores e
de circuitos trifãsicos de sistema de potência, os volt-am-
pêres trifásicos base são definidas como:

(71)
3(> VAbase - 3 E s base x 3s base

onde E , ê a tensão eficaz da linha para o neutro


s base

E = e , , /=• volts
s base s base//2

e I ê a base de corrente eficaz na fase


*s base = is base//? am?êres

Portanto, 3* V A ^ = 3/2 (es fcase) U s b a s e >

6 VSbase = ^ 2 <es base» (is base»

Usando as definições acima, façamos a conversão das


equações básicas de Park (60) e (61) em equações por unida­
de. Daqui em diante, todas as quantidades com uma barra se­
rão entendidas como estando em valores por unidade. Tomemos
a equação (59):

e
d*d de
d ri (59)
dt dt

Dividindo-a toda por e i , definida por (70]


s o ase

dijr n
de
dt (e
's base s base íes base^ dt ^e s base^
(76)

Usando as equações (70) , onde eg base = ^ s A a s e e onde e


s base
Z , i , , e lembrando que a> = d0/dt a equação (76)
s base s base ^
torna-se:

e,= - (^ -- ) (— u )
d dt (^ ) ã s e base base 00 base s base s base

e ( ^d J “ “ ( r )( id > (77)
d
(<w } dt

Em (77), as unidades t são segundos. Também ê co­


mum expressar-se a equação por unidade (77), em termos de u-
ma unidade de tempo não-dimensional, cuja b a s e e definida por:

1_______ segundos
t
base (rads./s)
03 base

= tempo em que a onda elétrica de 60Hz percorre


1 radiano.
Portanto, tempo por unidade é:

ü), t (78)
base
^ase

Substituindo (78) em (77) :

( ) - ( i|> )• u> - r (79)


ed =
dt

Todas as variáveis em (79) são em valor por unidade, com


bases conforme definidas anteriormente.
De modo semelhante, as outras equações podem ser
expressas na forma por unidade como:

dijj _ _
e — + 4*j • w (80)
q at d
dij;
yo r i (81)
e
o o
dt

Notemos que a)
0)
pode também ser expressa como:
ü),
base

d6 1 d9
ü)
dt Cl),
base dt

ROTOR

Os princípios básicos de transformação de equações


â forma por unidade são os mesmos, tanto para as equações do
rotor como para as equações do ciruito do estator. No caso
das equações do estator, por causa da simetria, as quanti­
dades base para cada uma das 3 fases foram escolhidas iguais,
e a idéia de ter uma base diferente para cada fase nunca sur­
giu.
No caso dos circuitos do rotor, estes são circui­
tos acoplados desiguais e, portanto, a escolha da base para
cada circuito deve ser feita seguindo-se as mesmas regras de­
senvolvidas para quantidades base nos enrolamentos de um
transformador. Lembremo-nos de que a base volt-ampêre de en-
rolamentos estáticos acoplados deve ser escolhida com o mes­
mo valor, para que o circuito equivalente por unidade tenha
impedâncias mutuas que sejam recíprocas. Os enrolamentos de
campo e os amortecedores no rotor são estáticos em relação
um com o outro; e são acoplados, isto ê, todos os enrola­
mentos do rotor do eixo d (de campo e amortecedor) são aco­
plados uns com os outros. Da mesma forma, todos os circui­
tos amortecedores do eixo q são acoplados uns com os o u t r o s ,
embora não sejam acoplados aos circuitos do eixo d. Portan­
to, para assegurar reciprocidade entre circuitos do rotor,
eles deveriam ter a mesma base volt-ampêre.
Outra importante consideração, na escolha de quan­
tidades base nos circuitos do rotor, diz respeito aos efei­
tos de acoplamento com os enrolamentos do estator.
Lembremo-nos das equações de enlaces de fluxo da
armadura (49), (50) e (51), que reescreveremos abaixo in­
cluindo, para generalização, mais de um amortecedor em cada
eixo

(50)

ib = -L i (51)
oo

Expressando estas , em forma por unidade:

*s base Ls base 's base Ls base 1fd base *s base

L
akd ^kd1 **kd-, base
L ----- *— ) (1— 1-----)
s base kd-j base s base

L
akd
L (i-------- > ^ ------
kdg base s base
e, de maneira semelhante, para as equações (50) e (51)
Notemos que ainda não formulamos as relações en-
tre i_, , , i, , em (82). Definindo, em
fd base kd 1 base kd
(82) : 2 base
-afd
-afd (83)
^ s base^
's base
Vd base
"akd.
‘akd. (84)
^ s base ^
"s base M
kd-j base

"akd.
"akd. (85)
('s base .
"s base ' i , ’
kd^ base
Podemos reescrever (82) como

' Ldi d + La f d i fd + Lakd 1i kd 1 + Lakd 2i kd2 + (86 )

Através de desenvolvimentos análogos podemos colocar (30) e


(51) em valores por unidade, na forma mostrada por (87)
e (88)

' ■ V q + Lakq1’ kq1 + Lakq2'kq2 * ••• (87)

*0 - - roTo (88)

onde

_____ kakq^ 1kqi base


(89)
Lakql Ls base ^ ’ s base ^

_____ kakq„ 7kq0 base


2 = rs base
W ~ < r -7— )
s base
Tomemos, agora, as equações de enlaces de fluxo do
rotor (38), (39) e (40), novamente generalizadas para incluir
a possibilidade de mais um circuito amortecedor.

%d Lffd1fd + Lfkd-j1kd] + '-fkd^kdg +

* - 3/2 (38)
Lafd1d

- 3/2 (39)
♦kd, Lfkd-j1fd + Lkkd]1kd1 + Lkd12\ d 2 Lakd]1d

♦kdj
= Lfkd2’fd + Lkd211kd] + Lkkd21kd2 + ....

- 3/2 (39A)
Lakd21d

- 3/2 (40)
\ ” Lkkq]1kq1 kq12 kq2 ^kq^q

- 3/2 (40A)
ar
OO

kkq2 kq2 Lakq21q


= X z 1kq-,

onde L r , L, , , L, . ... são as auto-indutancias do cam-


ffd kkdl kkd2
po de eixo direto, circuito amortecedor 1 e circuito amor­
tecedor 2 , respectivamente, e termos como ^ ^ ^ 2 denotam a
indutância mútua entre os circuitos amortecedores 1 e 2 .

ESCOLHA DE kVA BASE DO ROTOR

Na parte que se segue, vamos nos limitar à ilus­


tração dos métodos para desenvolvimento da forma por unida­
de das equações (38) e (39). Por analogia, todas as equações
necessárias para as equações restantes serão óbvias.

Dividindo os termos de (38) e (39) pelas quanti­

dades base apropriadas:


-ffd Lfkd, 1kd, ^..base
•'fd 'fd . ----------- L_ (_------ !--------) — !____
ip
fd base ufd base 'fd, kfd base \d, base fd base
base I

Lfkd„ 1kd kd.


-----} ( J ^ a s e )
*"fd base \d£ base Vd base

3 afd , 'd w s base »


9 I \i ) Vj )
Lfd base s base Vd base (91)

onde j;,ase L fd base'*'fd base

*kd L-fkd
j 1 'fd
1 ( fd base ^
(t
^kd-j base kkd.j base V d base ^kd-j base

Lkkd, "'kd, 'kd 1kd0 1kd0base


12
1 (? 1 -) + 2 -) (r - 1----)
Lkd, base 'kd, base Lkd,base 'kd„base ’kd,base
'1 '1 V

3 akdl s base
9 1 (
'tí - 9- ) ' (
'li
kd^ base s base kd-j base (92)

onde

Kkd Lkd, , 1k d 1 ,
1 base 1 base 1 base

A partir dos termos em (91), podemos definir as


indutâpcias por unidade, como segue:

■afd
= L
fda
^ fd base^
fkd
1
= L
fkd.
^ fd base^ (94)
"fd base
’kd
1 base

Lfkd,
-fkd.
(95)
fd base,
fd base b ------ )
'kd2 base

"ffd
-ffd (96)
-fd base

A equação (91) pode agora ser escrita, na forma por unidade,


como:

^fd Lffd nfd + Lfkd] 1kd] + Lfkd2 \ d 2 ' Lfda ’d (97)

De modo semelhante, a equação (92) pode ser escr i t a ina for-


ma por unidade, como:

^kd] Lkd]f V d + Lkkd] 1kd] + Lkd12 \ d z " Lkd1a ''d (98)

onde

"akd.
= L
kdi a
7kd, base (99)
â i
(r- 1----- )
3 kdl base *s base

-fkd
1 (100)
= L
kd-jf
1kd-| base

kdl base (ifd base ’

"kkd
1 = L,
'kd
(102)
'kd
base 12
"kd-jbase « rkd^
- 1-------->
base

Examinemos, primeiramente, os termos mútuos em


(97) e (98) L Para que estes sejam recípro-
fdk, kd^f
cos, devemos igualar as equações (94) e (100), do que con­
cluímos :

Lfd base(’fd base ) , LM) base base ,


'kd1 base V d base
ou

(103)
^fd base ^fd base^ *"kd-j base ^kd-j base^

A equação (103) confirma simplesmente que, para se obter in-


dutâncias mútuas recíprocas por unidade, entre quaisquer dos
dois circuitos estáticos, os volt-ampères base, em ambos os
circuitos, devem ser os mesmos. Isso é deduzido da equação
(10 3) , multiplicando-se ambos os lados por ^ ase e usando a
identidade:

ubase Lbase "''base ebase.

A seguir examinemos os termos mútuos entre os cir­


cuitos do rotor e da armadura e vice-versa nas equações (97 )
e (86 ) , ou nas equações (9 8 ) e (87) .
Para que os termos mútuos sejam recíprocos em (97)
e (86 ) :
Lafd ~ Lfda

ou seja, das definições de L &fd e L fda em (83) e (93 ):

'afd 'afd
^ s base^ ç fd base^
's base vifd base 3 fd base vi
s base
isto e;
2 2 2
L s base ^s base^ ~ 3 L fd base ^ f d base^ (104)

Pela multiplicação de ambos os lados da equação (104)


por ü), , e usando a identidade w, L, i. = e,
r base base base base base,
temos:

2 ebase '"'s base e fd base ^fd base (105)

De (74) observamos que (105) é equivalente a es­


tabelecer, para que as indutâncias mútuas em valor por uni­
dade entre os circuitos do rotor e da armadura sejam recí­
procas, que a base volt-ampêre, nos circuitos do rotor, de­
ve ser igual aos volt-ampêres eficazes trifásicos base es­
colhidos para o estator.
Uma dedução semelhante, usando as equações (98) e
(87), irã fornecer a mesma conclusão em conexão com a exi­
gência de indutâncias mútuas recíprocas em p.u. entre qual­
quer outro circuito do rotor e armadura.

ESCOLHA DA CORRENTE BASE DO ROTOR

Tendo concluído que todos os circuitos do rotor


deveriam ter sua base volt-cunpêre igual aos volt-ampêres tri-
fãsicos base escolhidos para o estator, a prõxima decisão diz
respeito â escolha de uma tensão ou corrente base paraoscir­
cuitos do rotor.
Nesta escolha somos levados pelo desejo de desen­
volver, tão simplesmente quanto possível, um circuito equi­
valente de maneira o mais semelhante possível ao que ê fei­
to no caso de transformadores onde, pela escolha apropriada
das bases de tensão para os enrolamentos, os circuitos equi­
valentes podem ser deduzidos sem necessidade de interposi-
ção de transformadores ideais.
Com referência a (49) e (50) , as auto-indutâncias
da armadura e dos enrolamentos de eixos d e q podem ser
subdivididas em um componente de dispersão correspondente aos
enlaces de fluxo de dispersão que não enlaçam o rotor, e um
componente mutuo correspondente aos enlaces de fluxo que en­
laçam o r o t o r , ou seja:

+ L (106)
Ld = £d ad

L = + L (107)
q J£q aq

Devemos notar que as indutâncias de dispersão nos eixos d e


q são em geral consideradas iguais e designadas . Esta a-
proximação é, geralmente, justificada, especialmente no ca­
so de máquinas de rotor cilíndrico (ou de pólos lisos).
Agora, de modo semelhante aos desenvolvimentos de
circuitos equivalentes nos transformadores, podemos evitar a
interposição de transformadores ideais entre os enrolamentos
no circuito equivalente, tomando as bases de maneira tal
que todas as reatâncias mútuas por unidade, entre os enro­
lamentos, sejam iguais.
Com referência â (86 ), (87) e (89), vamos impor a
condição de q u e :

Lad = Lafd = Lakd1 " Lakd2 (108)

= L = L (109)
'aq akq-<.1 akq.
“*"«2

De (108) e usando (83) (84) e (85) :


L. Lafd
"ad
= Lafd
"ad 's base s base
's base -)
fd base
"akd
1
akd. ^ s base ^
's base 1kdj base

^akd0
= Lakd.
s base ^
kd2 base
Da equação (110) deduzimos as relações entre as bases de cor­
rente para os vários circuitos no eixo d.

i fd base ( ■dd ) i, base


Lafd s

/ - \i (tâí<L) i
kd-jbase 'i ' 's base '* ' 'fd base
akd1 "akd1

( afd \ i
í Í T ^ - ) *s base
kd„base Lakd_ lLakd2 fd base

bakd^
( 111)
' w ,1 X base

De maneira semelhante, para o eixo q:

'kqi base " X X <s base

~aq akcji
kq2 base -
- (

'L >Ç base ‘ 'l~ 'l) 'kq,
■ (l--- i, base (112 )

Completamos, agora, a dedução das constantes por unidade pa­


ra vim sistema de representação de máquinas síncronas,conhe­
cido como o sistema recíproco por unidade.
As diversas equações serão aqui repetidas para uma
referência mais rápida.
RESUMO - EQUAÇÕES POR UNIDADE

Enlaces de fluxo do estator (113)

( Lü + Lad^ ''d + Lad nfd + Lad 1kd] + Lad \ d ? + ***

+ Laq^ nq + Laq \ q ^ + Laq \ q 2

% = - roTo

Notemos que L + Lad = L

e LZ + Laq

Enlaces de fluxo do rotor (114)

^d = " Lad ’d + Lffd V d + Lfkd] 1kd] + Lfkd2 \ d 2

^kd-j = " Lad ’d + '-fkd^fd + Lkkd] \ d } + Lkd12 \ d 2

’í>Kd2 = " Lad U + Lfkd21fd + Lkd]2 1kd] + Lkkd2 1kd2

^kq^ " “ Laq 1q + Lkkq1\ q 1+ Laq 1kq£

^kq2 ” " Laq *q + Laq ikq1 + Lkkq2 \ q 2

Notemos que as diversas auto-indutâncias em valor por uni­


dade podem ser subdivididas em um componente de dispersão e
um componente mutuo com o estator q u e , pela escolha do sis­
tema por unidade, ê L , no eixo d e L no eixo q, ou seja:
^ ad aq
Lffd Lad + Lfd

^kkd-j *"ad + ^kd-j

*"kkd2 ^ad + ^ 2

Lkkq1 = Laq + Lkq]

Lkkq2 ~ Laq + ^kq2

Devemos notar que os componentes de dispersão en­


tre os circuitos do rotor seriam como segue:
Indutância de dispersão entre o amortecedor kd^ e
campo

L k k d 1 “ L fkdi

Indutância de dispersão entre o amortecedor d^ e


amortecedor d^

= L - L
kkd, kd
12

Enquanto que, para serem perfeitamente generali­


zadas, as indutância mútuas por unidade entre os circuitos
do rotor devem ser diferentes da indutância mútua por uni­
dade entre os circuitos do rotor e da armadura (L^) / faz-se
usualmente a aproximação’ = L
ad
12

Tensões do estator (115)


L - *q » - rid
ed = dt
— \b + Ü)i W - ri
. .n
dt q d q
— ijT" - r i ”
eo =
dt 0 °
Tensões do rotor (116)
'fd £ *fd + rfd !fd

0
dY ^kd-j+ rkkd] 1kd1 + rkd]2 \ d 2

0 — ipi-. ri.j ii.j + r,.,. i


kk2 kd2
dt kd2 + kd12 kdl
0 TI Kkncj-j +r kkq^ + r,
dt kq*j ^12 ^^2

0
dt ^kcl2 + r,cq12 1|cql + r,ckq 1|<q2
Notemos que, nas equações do rotor acima, os termos r.
________ _ _ kd12'
r, são, então, resistências mútuas por unidade entre os
k q 12
circuitos amortecedores.

Potência e conjugado (117)

A equação (65) , expressa em valores por unidade na


base de potência trifãsica (74), torna-se:

p = e .T. + e T + 2 e T
d d q q 00

De modo semelhante, a equação do conjugado por u­


nidade é:

T = T \b , - T . ú
q yd d rq

Quantidades base por unidade (118)

Em todas as equações por unidade acima, as quan­


tidades base são as seguintes:

e valor de pico da tensão nominal da linha para 0 neu­


s base tro no estator
i valor de pi 00 da corrente nominal na linha
s base

E tensão eficaz nominal da linha para 0 neutro no es-


s base -
takac = es base 7 75
I corrente eficaz nominal na linha = i , / /I
s base - s base
30 ase = 4 (e s base s base
) = 3(E
s base s base
E
's base s base
Js base
‘s base "s base

(Lad>
■ -L
fd base ~ S base
(Lafd>

,Laa» - i
kd base ~ s base
(Lakd1)
(L )
ag
kq base (L , ) i
akqx s base

30 VA base _ 3
fd base ~ 2 ad
x fd base

(^ f d _ )
Js base
/2 ad

'fd base (30 VA) base


fd base ,2
'fd base (I
fd base

'fd base
'fd base w
base

(30 VA) base


Z. , base =
kd c \2
^ k d baseJ

kd base
Jkd base 0) base

segundos para sistemas de 60 Hz


'base a) , 377
base

Notemos que, expressas neste sistema de unidades,


as indutâncias por unidade têm o mesmo valor que as rea-
tâncias por unidade X^.
CIRCUITOS EQUIVALENTES

Embora o comportamento de máquinas síncronas pos­


sa ser analisado diretamente de uma solução das equações de
desempenho, relacionando fluxos, tensões e correntes
conforme resumido nas equações (113) a (118), é mais útil
visualizar o significado destas equações, exprimindo-as na
forma de circuitos equivalentes. O velho adágio "uma gravu­
ra vale mais que mil palavras" poderia ser bem errpregado neste
contexto, como "um circuito equivalente vale mais que uma dú­
zia de equações" (*).

Neste desenvolvimento limitaremos a representação


para incluir um circuito amortecedor em çada eixo. A técni­
ca básica pode ser aplicada de modo semelhante,para incluir
mais circuitos amortecedores quando necessário.
O conjunto de equações (113) e (114), juntamentê
com as equações de tensão do rotor (116), estão representa­
das, convenientemente, em termos dos circuitos equivalentes
dos eixos d e q da Figura. 10.

CIRCUITO EQUIVALENTE PARA 0 EIXO d

CIRCUITO EQUIVALENTE PARA 0 EIXO q

Fig. 10

(*) A partir desta seção, todas as variáveis e parâmetros


da máquina serão usados na forma por unidade; a barra
acima da variável, para designar valor em p.u. será omitida.
Notemos que os circuitos equivalentes acima modelam as e-
quações dos enlaces de fluxo da armadura e as relações de
correntes, tensão e enlaces de fluxo do rotor expressas em
termos de componentes d e q. Estes circuitos não resolvem as
equações de tensão da armadura (115) mas, simplesmente, es­
tabelecem a relação entre os enlaces de fluxo da armadura
ty, e tf; , correntes da armadura i , e i e outros enlaces de
Td q d q
fluxo, correntes e tensões do rotor da máquina.
O termo no circuito equivalente da Fi­
gura 10 é, geralmente, pequeno e freqüentemente desprezado,
o que equivale a fazer a estimativa de que = La<j* Nes~
te caso, o circuito equivalente do eixo d torna-se como o da
Figura 11.

LL

onde
Lf ” L ffd " Lad (119)

e (120)
Lkd = Lkkd ” Lad

O comportamento da máquina, sob uma variedade de


situações transtõrias e de regime permanente, pode ser de­
duzido da solução das equações representadas por estes cir­
cuitos, juntamente com fis equações adicionais necessárias
representando a armadura e o sistema conectado. Desenvolve­
remos, primeiramente, as equações que descrevem a operação
da máquina em regime permanente.
CAPITULO 5

COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS


-O P E R A Ç Ã O EM REGIME PERMANENTE

SATURAÇÃO DESPREZADA

O familiar diagrama vetorial de regime permanente


da ma q u i n a , para operação em uma dada carga de regime per­
manente, será agora deduzido desprezando-se a saturação.

Faz-se referência ao circuito equivalente da Fi­


gura 11 e às equações de tensão por unidade do estator (115) .

Consideremos o caso de uma máquina que opera como


um gerador fornecendo potência a uma barra infinita em seus
terminais.

Sejam as tensões de fase da máquina em valores por


unidade:

e = e cos (w t)
d

= e cos (u> t - (121 )

e = e cos (ca t +
c °

Seja também a corrente de fase por unidade, que


está sendo suprida pelo gerador:
i = 1 COS (<1> t - 0)
d

ib = 1 COS (u t - ^ - 0) (122)

ic = Í COS (ü) t + ^1 - 0)

Aplicando as transformações d, q, o de (32) em (121):

e d = -| £eacos0 + e^cos (6- ^ ) + e ccos( 0+ -4^-)J

e
| jje^senS + e ^ s e n O —^ - ) + e c s e n ( 0 + -4 ^ -)J (123)

^ e + e, + e
o 3 I a b cj

onde 0 = wt - 0 é o ângulo entre o eixo d e o centro da


o
fase "a". Visto estarmos examinando uma operação de regime
permanente, a velocidade por unidade do rotor, w, ê a mesma
da freqüência w das ondas de corrente e tensão.

Substituindo (121) em (123):

e, = e cos 0
d o
(124)
e = e sen 0
q o

De modo semelhante para as correntes (122):

id = i cos (0 - 0)
(125)
iq = i sen (0Q - (?)

As equações (124) e (125) mostram que, para operação de re­


gime permanente equilibrada, e d , e^, id e i são quantidades
constantes (CC). Com isto em mente, olhemos as equações de
enlaces de fluxo e de tensão.
As equações de tensão do estator (115), sob con­
dições de regime permanente, t o m a m - s e :
e = +1Í)A - ri
eq vd q

Visto que, para condições equilibradas de regime


permanente:

~ffF e ^q) = 0 e w = lí0

Observando as equações de tensão do rotor (116) e


visualizando-as a partir do circuito equivalente da Figura
1 1 , para condições de regime permanente, podemos fazer to­
das as taxas de variação dos enlaces de fluxo iguais a zero,
de o n d e :

efd ' ’fd rfd

1kd ' 0
(127)

*kq ' °

Também as equações de enlaces de fluxo, para estas condições,


tomam-se:

*"ad V d " *"d ^d

♦q ' - Lq 1q

(128)
♦fd * Lffd 'fd ' Lad ’d

*kd * Lad <1fd - *d>

Das equações (127), i fd que, quando usada na equa-

ção (128), fornece:


(129)

(130)

Lembrando que as equações (129) e (130) represen­


tam enlaces de fluxo em eixos ortogonais, podemos desenhar
estas equações como veto r e s , conforme é mostrado na Figura
12. Embora todas as quantidades nas equações acima se jam es­
calares, elas podem ser expressas, simbolicamente, como ve­
tores onde todas as quantidades do eixo q estejam 90° adian­
te das quantidades do eixo d. Uma escolha de relações veto-
riais seria ter o eixo d como eixo real e o eixo q como eixo
imaginário. Devemos lembrar que estes eixos giram no espaço
â velocidade elétrica do rotor e, neste sentido, estão con-
ceitualmente relacionadas ao fasor que representa uma quan­
tidade CA, a qual gira em velocidade síncrona. A Figura 12
define as tensões e correntes em forma vetorial.

11 m e°
A
€q = jeq

A A
‘d * «d e d = «d
Fig. 12
Escrevendo-se o sinal " para denotar uma quantidade veto-
rial, podemos estabelecer:
A A A

*d = 1d ^d = *d ed = ed

A A
(1 3 1 )

1q = j Í q *q B j *q 6q = j e q

e quações
A partir das < (1 2 1 ) e (1 2 4 ) :

e e cos 9q + je sin 9Q (1 3 2 )
= ed + j 6 q =

Notemos-que a equação (1 3 2 ) foi deduzida de uma definição de


e^ = e cos (ü)t) e 0 = (u)t-0 ) , (0 é o ângulo pelo qual o e i -
xo d está adiantado do centro da fase "a") . Em t = 0, o ei­
xo d está atrasado da fase "a" de 0q . Portanto, podemos ver
que exprimir "e " no plano dos eixos d-q equivale a alinhar
a
o vetor "e " com e conforme dado pela equação (132) da qual
a
se nota que e a está adiantado do eixo d de 0Q . Na dedução
do diagrama vetorial, são necessárias relações geométricas
para localizar os eixos d e q, dadas a tensão e a corrente
do terminal da máquina. Isto será feito pelas seguintes re­
lações de vetor, também descritas no diagrama da Figura 13.
Por definição, o eixô d é o eixo real e o eixo q ê o eixo
imaginário.
Tomemos as equações (129) e (130) expressas na
forma vetorial:

'fd (133)

4V = -J (134)
Lq ’ q

Substituindo as equações (133) e (134) em (126) e


exprimindo-as em forma vetorial (embora w = 1,0, e o s L e X
sejam iguais, as dimensões de X estão implícitas nas equa-
ções de tensão):

x q "*q • r i d
(135)

en = j efd ' J d ^'d - J ri


fd

J efd ^ ~ ^ Xfq1 1'hd ” J


^ Vrtd q; ^'d “ j rl [136)
fd

Combinando (135) e (136):


A A

ed + eq ' ed + 3 eq

* 3 Vo <5^> - JXq (1d+Jfq> - 3 « W ''d

(137)
- r (id+Õiq)

Transpondo a equação (137) :

Xad
ed + j 6q + ^1d+^1q ^ r+^Xq } = j efd " j < v y U
(138)
J Eq
O lado esquerdo da equação (138) forma um vetor ao longo do
eixo q, como está evidente pelo fato de que todos os termos
do lado direito são imaginários, portanto no eixo q. A ten­
são fictícia E é obtida somando-se ã tensão terminal ê, um
aumento de tensão devido a corrente da armadura i através da
impedância (r + j X ^ ) . 0 ângulo de fase de relativo a "e"
localiza o ângulo do eixo q relativo ao ângulo da tensão ter­
minal na fase "a". Notemos que a tensão E é usada somente
q
para determinar o ângulo do eixo q, e não tem nenhum outro
significado físico.
A tensão de campo, ou melhor, corrente de campo:

4) - ifd ad
efd « rfd

pode ser facilmente determinada da equação (138).


O procedimento para determinar as relações de re­
gime permanente, partindo das condições de tensão e de cor­
rente nos terminais (Figura 13) é:

1. Tomemos como referência a tensão nos terminais ê = e.


Partindo do conhecimento da carga, determinemos a
corrente i em amplitude e fase relativa a ê (i=|i |/8 ).

Fig. 13

2. Façamos a soma vetorial:

Êq = e + i (r+j Xq) = |Eq|/i

Notemos que ô ângulo 6 é conhecido como o ângulo de potência


interno da máquina. Esta variável terá maior significado quando
for discutido o assunto de estabilidade. A direção do eixo q
é determinada pela direção Ê^.

3. Os componentes d e q de tensão e corrente podem ser,


~ A A
agora, determinados pela decomposição de e e 1 nos
eixos d e q:
e^ = e sen 6
e = e COS 6
q

= i sen (6 - 0)
Ad

i = i COS (6 - 0)
q

4. A FMM interna do campo e ^ — ---- ou é de-


fd _
terminada a partir de qualquer das seguintes equações que
são equivalentes, conforme vemòs no diagrama vetorial da Fi­
gura 13.

i., X . = E + (X.-X ) i.
fd ad q d q d
(139)
= e + ri + X, i .
q q d d

Devemos notar, que a saturação não foi, a c i m a ,levada em con


sideração. Também devemos compreender que a expressão

rfd

somente ê igual a i ^ Xa(j em regime permanente.

OPERAÇÃO EM CIRCUITO ABERTO

A operação em circuito aberto de regime permanen­


te é analisada, tendo-se i^ = 0 , e i^ = 0 nas equações aci­
ma. Quando isso é feito, observamos que:

e E = e (140)
q q -fd ad

e e, = 0 .
d
Em todas as deduções acima notamos que a quanti­
dade significativa no campo é Xa<j i ^ que, em valor por uni­
dade, tem uma magnitude comparável à magnitude da tensão.
No caso da operação em circuito aberto de regime permanente,
X e e.
ad fd q

Portanto, em vez de falarmos sobre a corrente de


campo em ê costumeiro e conveniente falar sobre

Xad 1 fd em p ’u *
Da dedução das quantidades por unidade,observamos
que, para se obter um circuito equivalente com indutâncias
mútuas recíprocas, a base volt-ampêre no campo tem que ser
igual â base volt-ampêre trifãsica do estator. Visto que,na
operação real, os volt-ampires de campo são da ordem de 0,5%
dos volt-ampêres do estator, o valor de e ^ por unidade,pa­
ra condições típicas de operação, acabariam sendo um número
da ordem de 0,005 p.u.
Por esta razão, outro conjunto de quantidades por
unidade é geralmente usado na analise de operação de maqui­
na. Ainda preservando as relações do sistema por unidade com
indutâncias mútuas recíprocas, definiremos uma variável a-
dicional como:

et = X . i_, (141)
I ad fd

que é uma variável proporcional â corrente de campo i ^ , de


modo que, quando i ^ = 1 / X ^ p.u., E^ .= 1/0 p.u. Novamen­
te, em circuito aberto, desprezando a saturação, quando E =1,0,
ou (tensão por unidade) = 1 ,0 .
O ponto a lembrar é que E^ ê proporcional â corrente ou FMM
de campo e não â tensão de campo.
A tensão de campo é somente proporcional â corrente de cam­
po, no regime permanente, ou seja:
e,
'fd
no regime permanente (142)
■fd
'fd

Quando a tensão de campo ê objetivada, a equação (141) pode


ser expressa usando-se a equação (142), como:

ad
(143)
fd 'fd
fd

T e m o s , a g o r a , uma nova variável proporcional ã tensão de campo E ^ .


Observemos q u e , em regime permanente:

E., = E -r = X , i-, = X , —
fd I ad fd ad r ^

e todas estas quantidades são iguais a 1,0 p.u., quando e


a
ou = 1,0. Notemos também que, quando = 1,0, é da
ordem de 0,005.

EFEITO DA SATURAÇÃO

As relações de circuito aberto, que acabaram de


ser deduzidas, são mostradas na Figura 14.

c _ Xqd
E,d" Tfã e,<l
Fig. 14

Essa figura mostra a relação em linha reta "não sa­


turada" entre a tensão da armadura E em p.u. e a excitação
de campo em p.u. E^ = X ^ i ^ , ou tensão de campo era p.u. (E^ por
unidade recentemente definida) .
Os efeitos da saturação são indicados na Figura 14,
mostrando que a excitação real é maior que a mostrada pela
linha reta, também conhecida como a linha do entreferro■ A
quantidade de excitação "S", em excesso àquela mostrada pe ­
la linha do entreferro, necessária devido à saturação,ê uma
função do nível de fluxo nas partes saturãveis da m a quina.
A curva de saturação do circuito aberto ê geral­
mente fornecida como parte dos dados em parâmetros de máqui­
na. Para prevermos os efeitos da saturação sob condições de
carga, seria necessário uma grande quantidade de informação
sobre a distribuição de fluxo nas várias partes do ferro. En­
tretanto, as aproximações são feitas e a curva de saturação
em circuito aberto é geralmente usada nestas aproximações.
As aproximações envolvem a determinação do nível de fluxo
interno correto da máquina que, quando usado com as carac­
terísticas de saturação em circuito aberto, dá a quantidade
certa do efèito da saturação sob condições de carga.
Certo numero de métodos que levam em conta a sa­
turação foram apresentados no passado. Alguns desses estão
bem descritos nas referências 2 e 3 da Bibliografia (Capí­
tulo 5) .
Descreveremos aqui métodos que estão sendo usados
atualmente em representações de máquinas síncronas em com­
putador. Para o caso de máquinas de rotor cilíndrico, o mé ­
todo usado é semelhante ao descrito na referência 4.

SATURAÇÃO EM MÃQUINAS DE ROTOR CILÍNDRICO

E feita a hipótese de que a relutância da traje­


tória magnética é quase homogênea em volta da periferia do
rotor (L - = L ) e que o efeito da saturação pode, portan-
ao. aq
to, ser representado por variações percentuais iguais, na
indutância do entreferro L , e L . Nesta técnica, as üni-
ad aq
cas indutâncias que se saturam são estas indutâncias mútuas
estator-rotor L . e L
ad aq
Uma consideração mais rigorosa da saturação deve­
ria reconhecer que algumas das indutâncias de dispersão de
campo também se saturam. Enquanto estes refinamentos não a-
fetam a solução de regime permanente, e que serão tratados
na discussão de representações computacionais da máquina,
apresentaremos o método que pode ser caracterizado como téc­
nica do "fator de saturação".
Com referência ã Figura 14 e ao circuito equiva­
lente da Figura 11, a relação linear na linha do entreferro
da curva de saturação do circuito aberto é entre Ea = i[>a^
e X ^ i ^ e / pela escolha do sistema por unidade, esta rela­
ção linear tem uma inclinação de 1,0. Em todo ponto onde a
curva de saturação se desvia da linha do entreferro,confor­
me ê mostrado na Figura 15, a inclinação X a{j i ^ / E a é maior
que 1,0. Seja esta inclinação, chamada " k " , o fator de sa­
turação. A Figura 15 mostra também este fator de saturação,
traçado como função da tensão, do entreferro.

O procedimento consiste em determinar, a partir da


tensãô do terminal e condições da corrente, a tensão do en­
treferro em p.u., ou fluxo ^a(j. A seguir, é determinado o
fator saturação "k", correspondendo a esse nível de fluxo que
que se lê na Figura 15. Os valores de Xa(j e X são ajusta­
dos para valores saturàdos, dividindo-se os mesmos pelo va­
lor "k".

Especifioamente, a ordem seria esta:


1. Encontre o fluxo do entreferro, partindo da tensão
terminal e da carga.
A A A
A /\

' ^ad + yaq = e + (1) (r + j Xü)

2. Determine k em f(j^_|)

3. Ajuste valores de e X , conforme segue;

XH - Xad = (Xd - X*>


ads ~r — k—

ísa , <xq - V
aqe

4. Prossiga com o método normal de construção do dia­


grama vetorial, conforme descrito na Figura 13, u-
sando as constantes ajustadas, como:

XH " X0

x„ - h

5. Obtenha E , o valor de excitação baseado no diagra-


±s
ma vetorial com valores de reatância saturados.

6 . A corrente de campo real é, então, k É n

SATURAÇÃO EM MÃQUINAS DE P O L O S 'SALIENTES

Em maquinas de pólos salientes, por causa do en­


tre ferro muito maior no eixo q, o fluxo neste eixo raramen­
te experimentara saturação. Portanto, no caso de maquinas de
pólos salientes, a saturação é úma função do fluxo no eixo
d, em vez do fluxo total, como no caso das maquinas de rotor cilín­
drico. Visto que a saturação não ocorre no eixo q, serã e­
vidente, da construção do diagrama vetorial da Figura 13,que
o ângulo de potência <5 da maquina não serã afetado pela sa­
turação, no caso da maquina de põlos salientes, enquanto notamos que
a saturação, através de seus efeitos em e X^, no caso da maquina de
rotor cilíndrico, afeta de fato o ângulo de potência ô. Estes efei­
tos serão discutidos mais tarde sob o assunto "estabilidade”.

0 procedimento para determinar a corrente de cam­


po sob condições de carga em regime permanente para maquinas
de põlos salientes ê:

1. Construa o diagrama vetorial normal como na Figura


13, localizando o eixo q a partir do ângulo de ,
com relação â tensão nos terminais.

Ê = ê + Í(r + j X ) = |E|/ô
q q q --------

2. Como anteriormente, obtenha os componentes d e q de


tensão e corrente.

e sen <5
(D

II
II
CD

e COS 6
iQ
■H

i sen (6 - 0)
II

i = i sen (6 - 0)
q

onde 0 é o ângulo do fator de potência da carga aplicada â


maquina.

3. Determine um nível de flúxo no eixo d, do qual a quan­


tidade de saturação serã deduzida. Este nível de flu­
xo é geralmente obtido somando-se uma queda na "rea-
tância transitória" ao fluxo do eixo d representan­
do algum nível de dispersão de campo. A reatância
"transitória" serã discutida posteriormente. Algumas
vezes, este valor de reatância é tomado como reatãn-
cia de dispersão ou de Potier.
4. Da curva de saturação do circuito aberto, determine
o componente de X ^ i ^ = S, que é devido â satura­
ção a uma tensão em p.u. igual a e* .
Si
5. Determine a parte não saturada de ( i ^ ^a ma“
neira normal; veja a equação (139):

(ifd Xad>. e + ri + (139)


q q vd 'd

6 . Obtenha a corrente de campo real ( i ^ x ad^ s ' a<^-c^-°_


nando â (139) o componente "S" deduzido no item 4.

+ "S"
(i fd 'ad ) ad )
s u
CAPITULO 6
COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SINCRONAS
- ANÁLISE TRANSITÓRIA
As equações básicas da máquina, resumidas nas e-
quações (113) para os enlaces de fluxo do estator, nas e-
quações (114) para os enlaces de fluxo do rotor, nas equa­
ções (115) para as tensões do estator e nas equações (116)
para as tensões do rotor, definem o comportamento de uma má­
quina, dadas as equações adicionais necessárias, reladonancfo
tensões a correntes no sistema ao qual a máquina está co­
nectada.
Considerável visão adicional pode ser conseguida
pela redução destas equações, com a eliminação de variáveis
e simplificação de efeitos transitórios, se os olharmos em
termos de soluções de valor inicial e de valor final. Como
resultado destas reduções, certos parâmetros básicos da má­
quina têm sido deduzidos e amplamente u s a d o s , tais como rea-
tância transitória, reatância subtransitõria, constantes de
tempo de circuito aberto do campo e dos amortecedores, etc..
Nesta seção deduziremos estes métodos simplifica­
dos de análise dos transitórios da máquina, mostrando suas
relações com as equações básicas deduzidas até aqui. A sa­
turação será desprezada neste tratamento que necessariamente
usa métodos de análise de sistemas lineares. 0 tratamento
dos efeitos da saturação será incluído na seção que trata
dos modelos de máquinas, os quais são usados em simulações
computacionais do comportamento da máquina.
MfiTODOS OPERACIONAIS DE ANÁLISE DA MAQUINA

Restringiremos este tratamento a uma máquina re­


presentada por um amortecedor e circuito de campo no eixo d
e um amortecedor no eixo q. Métodos semelhantes podem ser
estendidos a representações mais complexas que incluem a-
mortecedores múltiplos. São supostas condições equilibra­
das; portanto, os componentes de seqüência zero são elimi­
nados .

As equações básicas são escritas abaixo em forma


operacional. Lembremo-nos de que, com o sistema por unidade,
mantêm-se recíprocas as indutâncias mútuas estator-rotor.

L ad ~ L afd ~ L akd

L
aq L akd

De acordo com a prática usual , faremos também a hipótese de


que as indutâncias mútuas em p.u., entre os circuitos do ro-
tor no eixo d, são iguais a L a d , ou seja,

L fkd L ad

Para ajudar na visualização das equações, desenharemos no­


vamente os circuitos equivalentes na Figura 16.

Fig. 16
Enlaces de fluxo do estator

^(s) ■ Ld V s) + "ad W'fd s) + l ad


,h W'kd' s ) (144)

L„ i (s) + L i. (s) (145)


V s) q q aq kq '

Enlaces de fluxo do rotor

ffàU) *"ad ^ d ^ + + k'ad


n H^ís) (146)
ffd 'fd' 'kd'

\ d (s) = " Lad 1d(s) + ad W'fd' s) + L‘kkd


0lfA W s) (147)
‘kd’

(148)
V s) Laq + Lkkq \q^S^

Tensões do estator

ed (s) = s^d (s) - (o) - ipq (s) to - r i d (s)

eq (s) = s^q (s) - ipq (o) + ^d ( s ) w - r i q (s)

Tensões do rotor

efd(s) = s*fd(s) - +f<Jto) * rfd ifd(s) (151)

0 * s*kd(s) (152)
- ' W 0* + rkd 'kd15*

0 - s*kq(s) (153)
-V o* + rkq 'kq(s>

Os símbolos (o) que seguem uma variável denotam


condições iniciais em t = 0. Todas as equações podem ser
expressas eia termos de alterações em torno do ponto de ope­
ração inicial, caso em que os termos de condição inicial de­
saparecem e as variáveis nas equações representam altera­
ções a partir dos valores iniciais
Exprimindo as equações de tensão do rotor (151) ,
(152) e (153) em forma incrementai e substituindo os termos
de enlaces de fluxo pelas suas equações (146) , (147) e (148)
também em forma incrementai, obtemos um conjunto de três e-
quações relacionando as correntes incrementais Ai^(s), Ai^(s) ,
Ai, ,(s) e Ai, (s) em termos de Ae-, (s) :
kd kq fd
A partir dessas equações, as correntes Ai^(s) ,
Aikd(s) e Ai^gís) P°dem ser expressas em termos de Ae^^(s) ,
Aid (s) e Aiq (s) •

Essas expressões são:

AW S) = ÃXsT { £r kd+Lkkds^ A<W S)

+ s Lad (rkd + slkd] Al'd(s)} <154>

41kd(s) ' WT 5 Ladiefd(s) *

(155)
s Lad*-rfd + s Lfd^ Ald ^ }

Airt(s) (156)
AV S) = rkq * s \
kkq

onde

Lkkd = Lad + Lkd

Kkq “ ^aq + *"kq

Lffd = Lad + Lfd

A(s) » s2 (Lkk(j Lffd - La<j2)

+ s ^Lkkd rfd + Lffd rkd^

+ rkd rfd
Quando essas equações para correntes do rotor são substi­
tuídas nas equações (144) e (145) de enlaces de fluxo do es-
tator (em forma incrementai), Aift^ís) e At^ís) são expressas
como função de Aef(j(s) , Ai^ís) e Ai^(s), como nas seguintes
equações:

A<í>d(s) = G(s) Aefd(s) - Ld(s) Aid(s) (157)

M ‘q(s) = - Lq(s) Aiq(s) (158)

onde

Lad ^rkd + s Lkd^ (159)


G(s)
m ------------

s Lad ^ Lkd+ Lfd* s + ^rkd+ rfd^ (160)


U*) - ^ ÃCÜ

s L
= L. (161)
Lq ($ )
<s ”kkq * V

As equações (15 7) , (158) e (154) dão expressões operacionais


entre as variáveis dependentes significativs Aip^ís) , Aip (s)
e Ai^^(s) e as variáveis independentes A e ^ ( s ) , Ai^(s) e
Aig (s) .
Todas essas equações se aplicam à representação da
máquina dos circuitos equivalentes da Figura 16. Enquanto
que estes circuitos equivalentes são bastante adequados para
uma variedade de propósitos, nos casos em que é necessária
uma maior precisão na determinação das correntes do rotor,
pode não ser adequada a hipótese de que indutâncias mútuas
em p.u. entre os circuito do rotor sejam iguais à indutância
mútua entre o rotor e o estator L Nestes casos, um cir­
cuito equivalente, que permite que seja outra que não
L e mostrado na Figura 17.
H L f k d ‘ L od

L k k d ” L fk d

r kd

Para este circuito, as equações operacionais são:

Alf d ^ = A*(s) {(rkd+sLkk<PAefd(s)

+ sLad ^ Lkkd"Lfkd^ s + rkd] Ald ^ } (162)

A^(s) = .G*(s) Aefd(s) - Ld*(s) Aid (s) (163)

A*q(s) = - Lq(s) Aiq(s) (158)

G*(s) _ Lad ^rkd + ^Lkkd“Lfkd^ (164)


Ã*Xil

sLad2 ^Lkkd+Lffd~^Lfkd ^ rkd+rfd ^


A*(s)

A*(s) , s2(LkkdLffd~Lfkd2^+s^Lkkdrfd+Lffdrkd^

+rkdrfd (166)
Um outro circuito equivalente comumente usado,que ê adequado
para muitos estudos, ê o que despreza os amortecedores,con­
forme ê mostrado na Figura 18.

Fig. 18

Para e sta representação, as equações são:

Aifd(s) ‘ {Aef d ^ + sLadAld ^ }

A^d(s) = G**(s) Aefd(s) - Ld**($) Aid(s) (167)

Aipq(s) = - Lq (s) Aiq(s) (168)

A**(s) = rfd + sLffd (169)

G**(s) _ Lad
(170)
A**(s)

. , sLad2 (171)
Ld**(s)
d rfd + sLffd

Lq**(s) (172)
■ Lq

FEATANCIãS TRÃNSITORIAE SUBTRflNSITORIAE CONSTANTES CE TEMPODAM&QUINA

As reduções das equações b á sica s re a liz a d a s acima


com a elim inação de v a riá v e is dependentes, t a i s como corren­
tes do r o to r, levam a equações op eracion ais entre enlaces de
fluxo do estator, tensão de campo e correntes do estator.
Dependendo do circuito equivalente básico escolhido para re­
presentar os efeitos do rotor, estas expressões operacio­
nais tomam a forma das várias expressões G(s) , G* (s) , G**(s) ,
L d (s), Ld *(s), L d **(s), Lg (s), Lg*(s) e Lg **(s), desenvol­
vidas na seção anterior.
A Figura 19 ê útil na visualização da represen­
tação básica da máquina.

Fig. 19

Desenvolvemos os blocos G ( s ) , L,(s) e L (s) . En-


a q
tretanto, para a solução completa, as correntes do estator
i.(s) e i (s) devem ser determinadas a partir de relações
vJ. Si
adicionais que envolvem as relações entre tensão e corrente
no estator e no sistema conectado. Notemos que, embora os
enlaces de fluxo dos eixos d e q e correntes na máquina se­
jam basicamente desacoplados, a interação entre estes ocor­
re através das equações tensão/corrente do estator e do sis­
tema conectado, representadas dentro do bloco de linhas pon­
tilhadas da Figura 19. Antes de desenvolvermos estas rela­
ções tensão/corrente adicionais que incluem o sistema conec­
tado, examinemos a reação do fluxo da máquina a alterações na
tensão do campo, mantendo corrente constante (equivalente a
condições de circuito aberto), e a reação a alterações nas
correntes da armadura.

Sob condições de circuito aberto, i^ e i são nu­


las e o único bloco ativo na Figura 19 ê G ( s ) , que ê a fun­
ção de transferência entre o fluxo do eixo direto e a ten­
são de campo. Examinemos G ( s ) . Na representação mais sim­
ples, a expressão para G ( s ) , dada pela equação (170) , é:

A^d(s)
G(s)
Aefd(s) Lffdi (173)
r fdn + s
rfd J

Da equação (173):

Lad4efd<s>
A^d(s) =
(174)
rfd [1 + s
rfd

AEfd(s)
(175)
J ^ S ?

onde A E ^ = A e ^ Lad^r fd' como defini ^0 anteriormente,


na equação (143).* E ® a constante de tempo
em circuito aberto do campo. Notemos que, escolhendo E ^ co­
mo variável, há uma relação biunívoca entre e E ^ , na au­
sência de saturação.
A equação (175) indica que, para condições de cir­
cuito aberto, o fluxo da armadura e, portanto, a tensão, res­
ponde exponencialmente a uma variação na tensão de campo,
còm uma constante de tempo correspondente à constante de
tempo L/R de campo da Figura 20.
AEfd

Fig. 20

Tomemos agora o mesmo caso de circuito aberto,ex­


ceto o uso de uma representação mais detalhada para a máqui­
na, como na Figura 16. Usando as equações (157) e (159):

[1 ♦ S
rkd
A\J>d(s) ^ fd(5) (hkjri , Lffd)ic2 Lad(Lkd+Lfd)+LkdLfdj
kd fd rfdrkd

í1 + sTkd^
(176)
fd ?
(1 + s (T-j+T2) + s‘ T ^ )

onde

_ Lkd . Lffd
Tkd T1 =
rkd * rfd

_ Lkkd. 1
(Lkd
T2 T3 = Lffd
rkd * rkd

A equação (176) pode ser expressa na forma fatorada como:


(177)

onde T' e T" são as principais constantes de tempo da


máquina, as quais podem ser obtidas fatorando-se o denomi­
nador da equação (176) . Tal procedimento envolveria a solu­
ção de uma equação quadrãtica, e os valores de e T"^o
seriam expressões bastante complicadas em termos de T^, T2
e t 3.

Entretanto, devido aos valores relativos das resistências do


campo e amortecedor, ê usualmente maior que T e, da
mesma forma, ê maior que T 2 ou T^. Portanto, a aproxi­
mação (1+sT^) (l+sT^), como fatores do denominador da equa­
ção (176), é bastante satisfatória. Estas constantes de tem­
po são definidas como constantes de tempo do campo e do a-
mortecedor em circuito aberto.

(178)

(179)

Observemos que, neste sistema por unidade, a unidade de tem­


po é l/mQ = 1/377 segundos. Assim, os valores das constantes
de tempo nas equações (178) e (179) devem ser divididos por
377 para serem expressos em segundos. Observemos também que
a indutância efetiva no cálculo de é, por assim dizer, a indutância
de entrada, conforme é visto pelo amortecedor(cctn armadura em circuito
aberto).
A resposta de a uma alteração em degrau de E ^ , a partir
da equação (.180.).

(1 ♦ sTkd)

**d<5) = iE,d<S) d * ST'0) (1 + sT3o)

é mostrada na Figura 21, onde o efeito do amortecedor vai


diminuir a velocidade do aumento inicial do fluxo, devido ao
fator (1+sTj^) /(l+sT'^o ) , no qual, como pode ser visto das
equações respectivas, T-^ ê da ordem de duas vezes T ^ .

Com referência â Figura 19, olhemos os termos da


"indutância" operacional (s ) e L^(s). Estes termos descre­
vem a maneira pela qual uma alteração nas correntes do es-
tator i^ e i resulta em alterações nos enlaces de fluxo da
armadura e . Visto que a velocidade angular por uni­
dade u foi escolhida como "um" para velocidade nominal, os
valores por unidade de o>L e X são os mesmos. Do mesmo modo,
os termos da tensão rotacional e = ijj u têm os mesmos va­
lores por unidade que ij). Por estas razões, ê comum usarmos
os símbolos em lugar de L^, e t c . .
Tomemos, primeiramente, o caso da Figura 18, onde
os efeitos do amortecedor são desprezados.
Da equação (171)
2
sLad__
L/*(s) = L (171)
d + sL
ífT ffd
Lembrando que e que + L^, a equa­
ção (171) pode ser reduzida a:

Ld<' + r 7 Td o s>
Ld**(s) = (181)
0 * sTdo>

onde LadLfd
Ld = Lad + Lí ; Ld = Ll +
Lffd

T. _ (182)
d° ' rfd

0 parâmetro ê chamado indutância transitória, expressa mais


comumente como reatância transitória X'.
d
Usando os teoremas do valor inicial e do valor fi­
nal, a equação (181) mostra que, sobre uma alteração de de­
grau na corrente Ai^, a alteração inicial dos enlaces de fluxo
ou, em outras palavras, a queda ou aumento inicial de ten­
são é = -L^ Ai^. A alteração final é Aij»^ = -L^ Ai^. A
equação (181) mostra que a indutância ou reatância da má­
quina para rápidas alterações é L^, enquanto que para o re­
gime permanente é L^. A Figura 22 mostra a alteração no en­
lace de fluxo de eixo direto A ^ em função do tempo para uma
alteração repentina no componente do eixo direto da corren­
te Ai^.

Aid

t ------ ►

/
Notemos que a transição a partir do valor inicial = -L^ Ai^
para o valor final Ai^ ocorre com a constante de tempo
T1
ao"
A representação do eixo em quadratura, na Figura
18, não tem um amortecedor; portanto, sua indutância efeti­
va não é uma função do tempo, àty = L Ai .
q ^3
Examinemos agora as características de resposta no
tempo das indutâncias operacionais que correspondem ao cir­
cuito equivalente da Figura 16, onde os amortecedores estão
representados.
A equação (160) para L^(s) pode ser reduzida â forma:

L (S) - Ld 1 ' + (V V s + W > (183)


d 0 + (T^Tg) s + T1T3s 2)
onde T^, T 3 e foram previamente definidas em conexão com
(176). Os outros parâmetros são:

1
(Lfd + .
S dLA)
I I = tlM*
fd

(L
kd kd Ld >

1
(L
kd + _1 + J _ + _ L ) = u
kd L I |
Lad Li Lfd

Como anteriormente, na discussão do termo G(s) para o mesmo


circuito equivalente, o denominador de (183) pode ser apro­
ximado pelos fatores (1+T^q ) (1+T^ ). De modo semelhante,
o numerador de (183) pode ser aproximado por (l+T^s)(1+TgS)
= (1+Tj.s) (1 + T ”, s) , onde T ' e T ^ são conhecidos como as ocns-
tarites de tempo transitória e subtransitõria de eixo dire­
to, em curto-circuito.
A expressão para L^fs) torna-se aproximadamente:
O+TJsHl+TJs) Ld
Ld(s> (184)
(1+Tdos^ 1+Tdos>

Observemos que as indutâncias equivalentes, que figuram nas


expressões (L/R) para e T M^ , são:

(Lfd (185)

e
1
^Lkd + _ 1_ + J L + _ L ) (186)
Lad L£. Lfd

Definindo como anteriormente, (182), a indutância ou rea-


tância transitórias por unidade,

I + *~ad*~fd _ X’
L Ad
d * Lffd '

e L"^ a indutância subtransitória por unidade,

Ld = li + J _ + J _ +”X = Xd (187)
Lad Lfd Lkd

notamos que
Td (188)
= L
4
d T do
e que

Td Td (189)
= L
Ld d TdoTdo

Observemos a forma das indutâncias L' e L ” . Com referência


a d
ao circuito equivalente da Figura 16, pode-se ver que ê
a indutância de entrada equivalente, vista dos terminais,
com o amortecedor removido e com a resistência do campo fei­
ta igual a zero. De modo semelhante, L*^ é a indutância de
entrada ou indutância "Thévenin", vista dos terminais, com
campo e amortecedor incluídos e resistências iguais a zero.
A resposta do fluxo do eixo d da armadura a uma
variação repentina n^ corrente da armadura é mostrada na Fi­
gura 23. Pode ser vista, também, através da aplicação dos
teoremas de valor inicial e final para a equação (184) que,
usando (188) e (189), pode também ser expressa como:

ET V < 1+s ET Tdo>


= Ld (Hs T’0)(l+s TJ0) ifd(s)

Fig. 23

Observemos que este comportamento pode ser visto


em termos da máquina inicialmente apresentando uma indutân­
cia L", chamada "subtransitõria", que dá lugar a uma indu-
d
tância intermediária L' chamada "transitória" e ,finalmente,
d
mais gradualmente, para a indutância de regime permanente
final L,.
d
Uma dedução semelhante para a indutarxCia opera­
cional do eixo em quadratura dá:
l:
L 0+s T' )
Q qo L, 0 « Tq>
(190)
V s> = c +s v (,+S V

onde

L(t ■ La, * Ll

L' = I ' LaqLk11


q 1 V Lk,

~kkq
T*
qo
kq

T» = —L_ (i + — — )
q "kq kq Laq + Lkq

RESUMO DAS CONSTANTES DA MÃQUINA

A tabela seguinte contém um resumo das constantes


fundamentais da máquina deduzidas para as duas representa­
ções de circuito «quivalente mais freqüentemente usadas, as
da Figura 16, incluindo um amortecedor em cada eixo, e da
Figura 18, sem amortecedores.

Constantes Fundamentais (em p.u.)

r = resistência do estator
a
r^ = resistência do campo
r, , = resistência do amortecedor do eixo d
kd
r^ = resistência do amortecedor do eixo q
= indutância mútua estator/rotor do eixo d
indutância mútua estator/rotor do eixo q
aq
indutância de dispersão do estator
L , + L n = L _ = indutância síncrona do eixo d
ad
L + L„ = L = indutância síncrona do eixo q
aq £ q
indutância de dispersão de campo
L fd =
indutância de dispersão do amortecedor do eixo d
Lk d =
indutância de dispersão do amortecedor do eixo q
Lkq "
= = auto-indutância do campo
L ffd =
= L . + L, - = auto-indutância do amortecedor do eixo d
Lkkd ad kd
=L + L, = auto-indutância do amortecedor do eixo q
Lkkq aq kq ^

Constantes de Tempo

T' constante de tempo transitória de eixo direto,


do em circuito aberto

L 0L ,
T, = (t + l ad constante de tempo transitó­
•fd fd Laa+Lí ria de eixo direto, em cir­
cuito aberto

L ,L ,
ipH (LH + = 4 ^ - ) constante de tempo subtran­
do sitória de eixo direto, em
'k-d kd L ad+ L fd
circuito aberto

ip n 1 constante de tempo
rkd subtransitõria de ei-
eixo direto, em cur­
to-circuito

T' (L, + L ) constante de tempo transitória de


qo kq aq eixo em quadratura,em curto-circui­
kq
to

L L0
T* = (L, + =- constante de tempo rransit^ria
kq L + L. de eixo em quadratura, em cur­
kq aq £
to circuito

T. n = constante de tempo de dispersão do amortecedor


kd rkd do eixo d

NOTA: Tqo e Tq S^° ^re<3^entemente designadas e , e


chamados constantes de tempo subtransitõrias em circuito
aberto e em curto-circuito. O autor prefere chamá-las "tran­
sitórias" visto que isto permite reservar o termo "subtransi-
tõria" para o efeito de um segundo amortecedor.

Indutâncias Derivadas

L - + L. indutância síncrona do eixo d


Ld = ad £

L ad fd
+ indutância transitória do
L + L -,
ad fd eixo d

T' 1
d
= L. = indutância sub-
TJL m li = L,
do do transitória do
ad kd fd eixo d

L = L + L n = indutância síncrona do eixo q


q aq £

T' L Lk
L* = L 7=7-3- = l o + -— a3- — 3— = indutância transitória do
q q T £ L + L.
^ ^ qo aq kq eixo q

NOTA: L* ê algumas vezes designada L M e chamada indutância


subtransitória do eixo q.
Notemos também que, durante todo tempo, as cons­
tantes estão em por unidade na base de tempo, que ê 1/377
segundos. Isto ê, T em segundos = T p.u./377.

CURTO-ClRCUITOS

Uma analise das propriedades das indutâncias ope­


racionais L , (s) e L (s), nas Figuras 19 (21 ou 22) e 23, dã
uma boa base para a compreensão do comportamento da maquina
sob alterações repentinas, tais como as devidas a curto-cir­
cuito ou chaveamento de cargas.
Tomemos o caso de um curto-circuito aplicado su­
bitamente, começando de uma condição de carga inicial espe­
cífica. A fim de solucionar para as novas correntes que a-
parecerão após o instante de aplicação do curto-circuito,as
equações da transformada L devem levar em consideração as condições i-
niciais. Uma maneira de se levar em consideração as condições iniciais
ê definir as variáveis em termos de suas relações, a partir dos valores
iniciais, ou seja:

*d " *do + « d /

ou jj,
^d(s) = — + ATd(s) (191)

'd = 'do + 4id


ou

id(s) = ~ + Aid(s) (192)


e, de modo semelhante, para todas as variáveis.
As equações (157) e (158) relacionam alterações de enlaces
de fluxo a alterações na excitação e alterações nas correntes.
At|>d(s) = G(s) Aefd(s) - Ld(s) Aid(s) (157)

A*q(s) = - Lq(s) Aiq(S) (158)

Em adição ãs equações (157) e (158), temos equações de tensão no esta-


tor que devem ser colocadas em forma total em lugar de incranental. fi­
las são, então, igualadas a zero, para especificar as condições de cur­
to-circuito (e^ = e^ = 0). De (149) e (150):
Si|>d(s) - *d (0) - tpq(s) u - rid (s) = 0 (193)

si|>q (s) - * (o) + *d (s) to - riq (s) = 0 (194)

Em termos das variáveis incrementais, tais ocmo nas equações (191) e


(192), as equações (193) e (194) tomam-se:
4», 1
sA^(s) - m - AiJ>a(s) u - r - rAid(s) =

ou
sAip d(s) - At|» (s) 0) - rAid(s) = 1 (<l>qo M + rid0)
(195)

l(s)
v '=
SA*|>q(s) + A^d(s) o» - rAiqUy "—
s (- i
s Wb.'w +’ ri
rdo qo)
1 'qo' (196)
Notemos que os lados direitos das equações (195) e (196) podem também
ser expressos ocmo -e^/s e -e /s. respectivamente.
Substituindo as equações (157) e (158) em (195) e (196), e
resolvendo para Ai^ís) e Aiq(s):
4 . (s) = [ ^ r +sG(s)“ fd]tr+siq(S)] + [ ! a o +G(s)4efd0)] Li)(s)a)

[r+slH(s)]tr+sL (s)] + L ( s ) L . ( s K
c ia7 i

C“ r G(s) Aefd(s) + ^ (r+sLd(s) - Ld(s) w]


Aiq($)
[>+sLd(s)][r+sL (s)] + L (s) L.(s) (D (198)

G(s) , L^(.s) e L (.s) sao expressões operacionais derivadas


das representações de circuito equivalente.
Na análise do significado das equações (197) e (198)
podemos expandi-las com as equações operacionais para G(s),
L^(s) e Lg(s) e tomar a transformada inversa de Laplace da
equação de ordem elevada resultante. (Com (s) , uma expressão
de segunda ordem, e L (s), uma expressão de primeira ordem,
_ ^3
a equação característica em (197) e (198) torna-se um poli-
nômio de quinta ordem em "s".)
Em vez de executar uma grande quantidade de álge­
bra, ilustraremos os efeitos fundamentais com algumas sim­
plificações e daremos as expressões detalhadas para a cor­
rente de curto-circuito, conforme deduzido na referência 1 .
Seja o curto-circuito trifásico aplicado aos ter­
minais da máquina no instante t = 0. E seja 0 a fase do
O
eixo d/ relativa ao centro da fase "a", em t = 0 .
A natureza das correntes de fase, logo após a a-
plicação do curto-circuito, é mostrada na Figura 24.

Uma inspeção na Figura 24 revela que as correntes


têm um componente CC superposto ao compor\ente CA. O compo­
nente CC, em cada fase, surge do fato de que os enlaces de
fluxo da armadura não podem mudar instantaneamente; portan­
to, a corrente da armadura, em cada fase, deve começar de
seu valor inicial (que poderia ser nulo, no caso de uma má­
quina em circuito aberto).
Fig. 24

Podemos ver que as envolventes dos componentes CA


decaem como funçãò do tempo. Isso é devido ao decréscimo do
fluxo nos circuitos do rotor, de acordo com as constantes de
tempo do rotor.
Vamos desenvolver primeiramente o valor inicial dos
componentes CA e componentes CC associados da corrente.Para
simplificar, podemos deixar de lado, no momento, os efeitos
do decréscimo de fluxo no rotor, admitindo resistências nu­
las’no rotor (constantes de tempo infinitas).
Sob tal estimativa de resistências nulas no cir­
cuito do rotor, as equações (184) e (190) para L, (s) e L (s)
Q q
tornam-se:

Ld (s ) = L"d (199)
Substituindo as equações (199) e (200) em (197) e (198), e
mantendo a excitação constante ( A e ^ = 0) :

e L" (D+e, fr+s L" 1


qo q d o 1______ q J
Aiçi (s) =
s [(r2+L “q L", «,2 >+s r (L-d + L ’q )+s 2 L"a L"q ]
(201 )

e ^ (r+s L", )-e , L" a)


41 <s) > --------- , --------3 2 _ , ---------3------ -----------------------------
q s[(r
* +L"q Ld”, u )+s r(L", r\ +L"rr )+s L"rlrr-* L" 1
d q
(202 )

Observemos que em todas essas e q u ações, com a es­


colha de oi = 1,0, esta pode ser retirada das equações. Pre­
ferimos conservar w nas equações para preservar a clareza
dimensional e para auxiliar a conversão a outras bases de
tempo diferentes da base t = l/wo .
O denominador das equações (201 ) e (202 ) pode ser
expresso como:
0 r(L" + L" 0
s L" L" [s 2 +s- _ â _ _ 9 +
, _
,.,2
’+ 2 L'' L" ^-I (20 3 )
d q L
d q w d q

Visto que r <<L'^ ou > a expressão (203) pode ser apro­


ximada por:

s L", L" (s 2 + 2ç <d s + w2) (204)


d q

(L" + L" )
onde r = _E_ d <L
s o /.x T »» n
2 ü) L" L' t

d q

O fator quadrãtico na expressão (204) ê a equação caracte­


rística de uma senõide amortecida com freqüência "w". Note­
mos que, no sistema por unidade, para o qual estas equações
são escritas, a base de tempo freqüentemente e s c o l h i d a ê 1A >0
segundos; portanto, uma freqüência de w = 1,0 é igual a oíq
rad/s.
As equações L \ para as equações (201) e (202) são:

Ai, = A + B sen (wt + Y j )


d d
Ai = C + D e~^ü)t sen (o>t + y ) (206)
q 'q

onde
e o j L" + e, r
_22 _ do
A = (207)
r + L ” L", a)
q d

e a) L" + e, r + e, (-ç + j /l-ç ) L " w


qo o q ______ d o _______ d o ______
B =
(/l-ç 2 )L'^ L” (-ç + j A ^ ç 2)

(208)

(/l-ç2 ) L ” w
-1 -1
Y j = tg i cú L " + e, (r - ç L " ~lõ) -tg
qo q do q
-c
(209)

e r-e, L" w
„ _ qo do d
(210 )
r + L" L" o)
q d

e r-e, L '1 oo + e L 'V üj (- ç + j Z 7 ?


qo do d qo d J
D = ( 211 )
/l-ç 2 L '' L'' ü) (-Ç + j /l-ç2 )
Si '“*

-1 -1 /l-ç 2
Y = tg - tg
'q y e (r ç L '* w) - e, x,, -Ç
qo ^ d do d
(212 )

Para r = 0

/e 2+,
= ÍH 2 + / qo
-T3

W L".
3

c 'qo

e
(213)
II

COS ô •
= rd
3
Q)

-i e
0

4. I a ° sen (0)t + tg 1 -32 -90°)


II
1

0)L 1 0) L ! -e
do

__o
sen ô - sen (o)t + 6 ) (214)
03L *1
onde
2 2
ô = tg
3
e, /e
do qo
e e
o - /
/
e,
do
+e
qo

Das equações (213) e (214), vemos que Ai^ e Ai^ são, cada
uma, compostas de um termo constante e um termo senoidal de
freqüência fundamental. As correntes de fase reais A i ^ A i ^ ,
Aic , podem ser obtidas usando-se as equações de transforma­
ção inversa (33).

Ai = Ai. cos (wt + 0 ) - Ai sen (wt + 0 )


a d o q o

(o) coâ ô - cos (wt + 6 ) cos (wt + 0^


WL"
d

(o)
sen 6 - sen (wt + 6 ) sen (wt + 0 )
wL" O
q
(2i5:

Por meio de identidades trigonométricas, a equação (215) ê


reduzida a:

1 ^ 1 cos (0- 6 )+ cos 6 cos(wt+ 0 )


“ a - - X"
d q j ° X d °

e
+ °- sen
X"
q

(o) i
cos (2wt + 6 + 0 )
2 X1 O
^3" qJ (216)

Notemos que esta é a alteração na corrente na fase "a". Foi


deduzida admitindo-se que não houve perda resistiva na ar­
madura ou no rotor.. Ela é composta de um componente CC (pri­
meiro termo), um componente de freqüência fundamental (se­
gundo e terceiro termos) e um pequeno componente de freqüên-
cia dupla, devido ã saliência do subtransitõrio (quarto ter­
mo) . Observemos que o componente CC ê de magnitude tal que
Ai = 0 em t = 0. Este componente surge por causa dos ter-
a
mos d^/dt nas equações de tensão do estator (115).
A hipótese de resistência nula do rotor dã cons­
tantes de tempo infinitas no circuito do rotor, o que sig­
nifica que os enlaces de fluxo do subtransitõrio são manti­
dos indefinidamente. Quando o efeito das resistências do ro­
tor esta incluído, os componentes CA de corrente de fase
(componente CC das correntes d e q) decairão com as cons­
tantes de tempo de curto-circuito bãsicas do rotor, confor­
me ê mostrado da Figura 24.
A hipótese da resistência nula da armadura dã um
componente de deslocamento CC de corrente de fase que não
decai (componente de freqüência fundamental não amortecido
das correntes d e q ) . Quando a resistência da a r m a d u r a r e s ­
ta incluída, o componente de freqüência fundamental de Ai^
e Ai , nas equações (213) e (214), ê amortecido pelo termo
c-tÇ; onde:
r (LJ * LJ)
Ç = 2 Ljd L"q

e 1/ç é conhecido como a constante de tempo da armadura.


Notemos que, na equação (216), 0q é o ângulo do
eixo d relativo ao centro da fase "a” , em t = 0 . 0q simples­
mente determina oinstante de tempo no qual o curto-circui­
to é aplicado. O ângulo ô = tg ^ ( e ^ / e ^ ) a uma função da
carga inicial na maquina. Na ausência de carga, 6=0 e a e-
quação se reduz a:
0

Aia = ' ^ d + q "2 ^ C0S 9

6 e
+ cos + 8) - (jpr - jp-) “ 2 ^ - COS ( 2ü)t + 0 ) ( 2 1 7 )
Ad d q

Equações semelhantes se aplicam a Ai^ e A i s u b s t i t u i n d o -


se 0 por (0 - 2ir/3) e (0 + 2tt/3) , respectivamente.
Observemos que o componente de freqüência funda­
mental de i , para este caso de ausência de carga inicial na
a
maquina, é uma função de X 1' somente. Um estudo do procedi­
mento para estabelecer o diagrama vetorial na Figura 13 re­
vela que não haverã nenhum fluxo de eixo q, no caso de uma
maquina sem carga; portanto, os resultados da equação (217)
não são de surpreender.
No caso de uma maquina altamente carregada, apro­
ximando o limite de estabilidade, 6 se aproximara de 90°,
caso em que a equação (216) torna-se:

0
Ai = - (^tt ^ jçii) 2
d q

+ sen (ut + 0) + ( w - 4 ) ^ sen (2u>t + 6) (218)


Xq d Aq á.

Na equação (218), o componente de freqüência fundamental de


Ai é, agora, uma função de X " , pela razão básica de que,
a q
sob estas condições, o fluxo da maquina acha-se no eixo q.

CORRENTES DE FALTA SIMÉTRICAS INICIAIS - CURTO-CIRCUITO TRIFASICO

Nas equações (213) e (214) deduzimos as expressões


para as alterações iniciais nas correntes Ai^ e À i ^ .
De modo semelhante, a equação (216) ê para as alterações j_-
niciais na corrente de fase Ai^. Uma inspeção das equações (213) , (214)
e (216) mostra claramente que os componentes CC em Ai^ e Ai , que são
eQ/X^ cos 6 e e^/X^ sen ô, respectivamente, transformam-se diretamente
o' q
em componentes de freqüencia fundamental de Ai^ que são eQ/X^ cos ô.cos
(cot + 6) e eQ/Xq sen ô.sen (cot + 0). A alteração no componente de fre­
qüência fundamental da corrente de fase Ai pode também ser expressa,em
a
termos de fasores, como:
^ Q
, e0 sc" S -| J ( » t + 8)
Ai = [ w cos 6 - jJ -- v
yTI-- J S [219)
a Xd Xq

onde 6 =o ângulo de fase entre o eixo d e o centro do en-


rolamento da fase "a".
Se tomássemos o eixo d como sendo o eixo de refe­
rência, a equação (219) poderia também ser expressa como:
Ai = AiA + Ai (220 )
a d q

onde

( 221 )
Ald

(2 2 2 )
AÍq

Para se obter as correntes totais i, e i , devemos somar os


d q
valores iniciais de i, e i
do qo
Definindo as tensões atras das reatâncias subtran-
sitõrias e '1 e e " como:
do qo

edo edo edo + ^Xq edo + J1qo ^Xq

= e . - i X" [223)
do qo q

eqo = je5o = jeqo + J'X^ - J (eq0 + W c P


+ ndo J*d (224)

Das equações (22 3) e (224):

- j(e" - e )
iJ = i = __ 92___ 9°: (225)
do do j Xj

e . - ej
do do
■q° X»
Combinando as equações (225) e (221), (226) e (222) para ob­
termos as correntes totais, temos:

A e
3 <*;<.> = _9° (227)
'do + Ai. j*5
X"
a

A A

(228)
+ iÍq

Essas equações podem ser visualizadas em tentos dos


diagramas vetoriais da Figura 25.

Fig. 25

O diagrama à esquerda é o diagrama vetorial de re­


gime permanente, para estabalecer as condições iniciais.Ele
é desenhado, seguindo os procedimentos descritos em conexão
com o diagrama vetorial da Figura 13.
Incluído nesse diagrama vetorial está a formação
das "tensões atrás das reatâncias subtransitõrias", e '' e
e" , conforme foi definido nas equações (223) e (224). Es-
sas tensões correspondem âs tensões geradas pelos enlaces de
fluxo subtransitõrios.
O diagrama â direita mostra a dedução das corren­
tes de curto-circuito. Basicamente, a maquina é representa­
da por fontes nos eixos d e q iguais a e e e . A rea-
tância da máquina ê representada por X e X^ nos dois
eixos.
Visto que normalmente X 555 X'^ , a prática de des­
prezar a saliência subtransitõria ê frequentemente justifi­
cada, e o procedimento se torna o de estabelecer uma tensão
equivalente atrás da. reatância subtransitõria.
A

e0 + <0 JX" (229)

A corrente de curto-circuito ê, então, simplesmente:

(230)

As deduções de expressões para correntes de curto-


circuito foram iniciadas a partir das equações básicas de
tensão do estator da máquina, (193) e (194), das quais os
componentes da corrente de fase do curto-circuito foram es­
tabelecidos como: um componente CC decaindo com uma cons­
tante de tempo da armadura, um componente CA fundamental e
um pequeno componente de freqtiência dupla, devido à saliên­
cia subtransitõria.
Será mostrado, agora, que os componentes CA de cor­
rentes de fase podem ser deduzidos das equações básicas, des-
prezando-se os termos dij;/dt nas equações de tensão do esta­
tor.
Conforme antes mencionado, esses termos dão os
componentes CC da corrente de fase que, quando superpostos
aos componentes CA, garantem que não há nenhuma alteração
instantânea na corrente CA. Quando escrevemos as equações de
tensão do estator, desprezando os termos dip/dt, e expres­
sando estes em função de variáveis incrementais como nas e-
quações (195) e (196), temos:

0) - A^q (s) Ü) r- s r Aid (s) = 0 (231)


+ ÍÍ0 „ + ^ d (s) „ - r Aiq(s) - 0 (232)

As equações (231) e (232) podem ser expressas como:

0
- A*q(s) a, - r Aid(s) = 1 (<|>qoü) + rid()) = - -f- (233)

0
+ A^(s) a) - r Aiq(s) = l (-^do^+riqo) = - -f- (234)

Substituindo Ai^ e AiJjg, em função de Ai^ e Ai^, como nas e-


quações (.157) e (158) (com Aefd=0) , as equações (233) e (234)
tornam-se:

'do
Aiq(s) (Lq(s) m) - rAÍd(s) =- (235)

- rAi (s) - o, Ld(s) Aid(s) = . !h o (236)


s

Resolvendo para Ai^ e Ai^, a partir das equações (235) e (236)

Aid(s) (237)
“2 Lq(s* + 1-2

- f “ Ld(s) + r ^
(238)
“2 Lq^s^ Ld(s) + r2

Novamente fazendo a hipótese de que r = 0 e subs-


tituindo L (s) e L^(s) por seus valores subtransitõrios
q
L" e L 11 , as equações (237) e (238) tornam-se:
q ci

Aid(s) (239)
5 Xd

Aiq(s) -j$r (240)

que foram os mesmos resultados obtidos anteriormente.


As alterações na corrente de fase Ai^ são obtidas
aplicando-se a transformação d-q inversa aos componentes de
alteração da corrente d-q:
e_ cos 6 e. e sen ô
_ do _ o_____
Ald - = ° X!1 e Aiq r
Q Q ^ Q

ou seja

e cos 6 e sin 6
A*ía = --- yn---cos(a)t + 9 ) + --- y-n— sen (cot + 0 ) ,
a Ad Aq (241)
que é equivalente à equação (219).
Observemos que o pequeno componente de freqüência
dupla devido a saliência subtransitõria na equação (216) não
aparece na equação (241) . Portanto, retirando os termos dij>/dt
nas equações básicas, elimina tanto o componente de deslo­
camento CC como o pequeno componente do segundo harmônico
(que ê produzido pelo componente de deslocamento CC reagin­
do na saliência).
No calculo das correntes de curto-circuito, ê su­
ficiente deduzir o componente de freqüência fundamental si­
métrico. Os componentes CC podem ser deduzidos,simplesmente,
observando-se a alteração instantânea em cada corrente de
fase no instante do curto-circuito. A quantidade do deslo­
camento CC, em cada fase, serã igual a esta alteração ins­
tantânea e de sinal contrario.
CONSTANTES DE TEMPO DE CURTO-CIRCUITO DO ROTOR

No tratamento anterior, os termos de indutância


operacional L,(s) e L (s) foram tomados como seus valores
Q C[
iniciais L", i L" para se deduzir o valor inicial da oor-
d q
rente de curto-circuito. Vamos explorar, agora, os efeitos
dos fluxos do rotor ao se tornarem desmagnetizados, como u-
ma função do tempo. O efeito pode ser entendido como sendo
devido a uma alteração transitória nas indutâncias .aparen­
tes da máquina, conforme anteriormente descrito na Figura 23.
Vimos que o efeito de se desprezar os termos dip/dt nas e-
quações de tensão da armadura foi o de se p e r d e r , na solução,
o componente de deslocamento CC da corrente, sem afetar o
componente de freqüência fundamental. Continuando a usar es­
ta simplificação e, ainda, a fim de tornar a álgebra mais
simples, admitindo que r = 0, as equações (237) e (238) tor­
nam-se :

A i d (s ) e q° eqo (242)
s w Ld (s) S Xd (s)

"edo _edo
Ü q (s) (243)
s W Lq (S) s y $)

Para L..(s) e L (s) podemos substituir as equações operacio-


nais previamente deduzidas, equações (184) e (190) que,quan-
do multiplicadas por a) podem ser também expressas cornos

Xd (1 ♦ T;s )(1 ♦ Tj.)


(244)
V S' " (1 + T
do^ 1'
+"Tdos>

(1 + sT')
(245)
Xq(s)
x« c ♦
Substituindo-se as equações (244) em (242) e (245) em (243)
-e
do o + st'
qo') (247)
Aiq(5) = s Xn (1 sj
+ Tq

Expandindo as equações (246) e (247) por frações parciais e


tomando-se a transformada L

- t/T’
Aij(t) !go + __
Xd x ___i_) T"
d TJj Tj Td

T"
Tio ‘do,
Sqo (1 " T^} ° * ~ t/T"
(248)
x ( K - U v e
Xd <1J Tj Td

do edo <t;0 - t;> *-t/Tq


A i q(t) = (249)
X x ----- n —
q q

As equações. (248) e (.249) podem ser entendidas como os com­


ponentes direto e em quadratura das correntes de fase de fre-
qüência fundamental, conforme deduzido na equação (219).
Examinando primeiramente Ai^(t), notamos que ele
ê composto de um termo constante e /X^, conhecido como o
componente de regime permanente, e de dois termos que decres-
cem exponencialmente, decaindo com as constantes de tempo de
curto-circuito transitória e subtransitõria, e T^, res­
pectivamente. Estas constantes de tempo características fo­
ram mencionadas anteriormente na dedução de L^(s) e L^(s) em
(184) e (190) .
Um ponto interessante é que estas constantes de
tempo de curto-circuito são relacionadas às constantes de
tempo de circuito aberto por:

XJ
— T1 (250)
Tá ■ Xd 'do
TII (251)
d

T (252)
q

Fazendo aproximações na equação (248), baseadas no fato de


que e são pequenas, comparadas a e T ^0 * podemos
expressar:

Ai. = fgo + e_ 1 t/Td


'qo X
xd xd

- t/TJ
+ e (
ly ii rr) (253)
qo v
Ad

A Figura 26 mostra esses componentes de Ai^.

Fig. 26
A corrente subtransitõria é. composta de todos os três termos
da equação (253), que em t = 0 é:

A i» = Í9 0 (254)
á Xd

A corrente transitória ê constituída do primeiro e do segun­


do termos da equação (253). Em t = 0, esta corrente ê:

m
d' = X. <25s>

A corrente de regime permanente ê dada pelo primeiro termo:

(256)
Aid

Todas as alterações acima são alterações na corrente, a par­


tir do valor inicial de regime permanente i^Q .
Com um procedimento anãlogo àquele desenvolvido nas
equações (223) a (228) (onde, para obter a corrente subtran-
sitória total i-, +Ai" = i", formamos uma tensão atras da rea-
do d d'
tância subtransitõria e" = e + i_ X" e, então, obtivemos
qo qo do d '
i^ = eq Q/x^ ) podemos, de maneira semelhante, formar tensões
atras das reatâncias transitória e síncrona e obter a cor­
rentes transitória e em regime permanente como:

eqo * ^dc/d _ eqo (257)


= 1do + A1d X1
Ad Xd

e + 1 ,-X,
qo do d Ex
(258)
= ido + Aid

Um procedimento semelhante ê seguido para as correntes do


eixo em quadratura,
A Figura 27 ilustra a construção do diagrama ve-
torial para estabelecer as varias tensões internas, a partir
das condições de carga iniciais, e para determinar as corren­
tes de curto-circuito de regime permanente, transitório e
subtransitõrio.

EIXO q$

Fig. 27
EFEITO DE IMPEDÂNCIA EXTERNA

Em seções anteriores foi explorado o caso de um


curto-circuito trifãsico nos terminais da maquina. Agora se­
rá examinado o efeito de um curto-circuito através de uma
impedância externa.
A inclusão da impedância externa [ + L£ s] pode
ser visualizada como equivalente â modificação da indutân-
cia de dispersão da armadura e da resistência da armadura
da m á quina, como ê mostrado na Figura 28.

r + RE lE + l£

r 4 Re L e + L£
O- — ... r r w v -

Laq

o-----------
EIXO q

Fig. 28

A análise será idêntica a do caso do curto-circuito trifá-


sico, exceto que as impedâncias operacionais serão, agora,
modiTficadas para incluir os componentes externos.
Seguindo o mesmo procedimento da equação (231) e
seguindo as expressões, com a omissão dos termos di|;/dt da
armadura, as equações (233) e (234) tornam-se:

- A<j>q(s) ü> - (r+RE) Aid(s) = l t>qo“> + (r+RE) W


^ d(s) u - (r+R£) Aiq(s) = + (r+R'E) ''qol

■ - ? Ceqo - REÍqo] (260)

Su b s t i t u i n d o [ L q(s) + L^] Aiq(s) e - [Ld(s) + L^] Aid(s)

para A^(s) e Ai^ís) e resolvendo para Ai d(s) e Aiq(s):

*-6qo m ^Lq^s^ LE^ * ^r+RE^ ^edo"RE1do^ (26i)


Aid(s)
s (o)2[Lq(s)+LE][Ld(s)+LE] + [r+R£]2}

Ai (s) ' Ced o - ¥ do] “ [Ld(s)+LE] + [r+RE] fcqçrVqo^ (262)

s {lo^q^^E-^d^^E^ + f^E^ ^

A expansão das equações (261) e (262) , a determinação das raí­


zes do denominador e a inversão por frações parciais leva à
resposta no tempo de Ai^ e Ai^. Esta ê uma tarefa bastante
tediosa e ilustraremos os efeitos analisando alguns casos
extremos.
Primeiro, os valores de Aij, Ai' e Ai., bem como
d d d'
os valores correspondentes das alterações na corrente do ei­
xo em quadratura podem ser obtidos a partir das equações
(261) e (262) pela substituição de a)L^(s) , respectivamente,
por X^, X^ e X^ e de o)L^(s) , respectivamente, por X^ e X^.
O procedimento é direto, e a determinação das cor­
rentes totais segue a mesma técnica da seção anterior, a sa­
ber, a de encontrar as tensões internas iniciais da máquina
(atrás das reatâncias subtransitõria, transitória e síncro-
na) e, então, determinar as correntes através da aplicação
destas tensões a um circuito composto das reatâncias de má­
quina apropriadas, em série com a impedância externa.
Quando isto ê feito, as correntes totais iniciais

sSo! rç + ¥ + e5o [ re +
'3 * ----- ;-------------------- (263)
(RE+rr + [X"+XE] [XJj+XE]

eío [RE + ^ - edo tX3 + XE^


ij! * --------------------------- (264)

(R£tr)2 + [X"+X£] [XJ + X£]

E expressões similares se plicam, com as devidas alterações


nas tensões e reatâncias internas, aos valores transitório e
de regime permanente das correntes.
Olhemos agora o efeito da impedância externa so­
bre as constantes de decaimento do fluxo do rotor, que, no
caso de um curto-circuito total, eram T", T' e T' definidas
d d q
nas equações (250) , (251) e (252).
Tomemos, primeiramente, o caso em que a impedân­
cia externa é apenas reativa, ou seja, Rg = 0 e desprezemos
r.
O denominador das equações (261) e (262) dã as raí­
zes, das quais são deduzidas as constantes de tempo de de­
caimento. Substituindo as expressões operacionais para L^(s)
e L ^ ( s ) , esta equação característica do denominador torna-
se :

[xq H«T')+XE(nsT^): [Xq(l+sTj)(l+sTq)+XE(l+sTj0)(l+sTqo)]

(265)

<XE+Xd>,
’ [V XEH1+5Tq o T ^ a [ ( X d« E) ( l +sT'0 ^ í f ) ( H s T 3o £XE+X
$ d,]
7 *?
As constantes de tempo podem ser reconhecidas como:

(266)

•i c. a
dz do (xE + Xdy (267)

(268)

Notemos que, quando XE = 0, essas constantes de tempo tor­


nam-se iguais ãs constantes de tempo de curto-circuito e,
quando Xg tende para o infinito, elas aproximam as constan­
tes de tempo de circuito aberto. O efeito da resistência ex­
terna Rg nas constantes de tempo será ilustrado tomando-se
o caso em que os efeitos do amortecedor são desprezados, ou
seja:

0 + sT')
Xd(s) = Xd (1 + sT'0)

A equação característica para (261) torna-se:

.= (XqXd + Re2) [ 1 + s (269)


A constante de tempo efetiva é:

T'
dz (270)

TRANSITÓRIOS NA CORRENTE DE CAMPO

Nas seções anteriores tratamos dos efeitos de alterações re­


pentinas nas impedâncias da rede nas correntes do estator da maquina. A
tensão de campo foi considerada constante. Essas mesmas alterações re­
pentinas nas impedâncias da rede (curto-circuito ou cargas de impacto)
produzem alterações transitórias nas correntes de campo e dos amortece­
dores. Realmente, para se manter os enlaces de fluxo constantes no ins­
tante após a alteração, devem ser induzidas correntes nos circuitos do
rotor, que cancelem o efeito desmagnetizante das correntes aumentadas
da armadura. i
Examinaremos estes efeitos tomando,primeiramente
o caso em que a maquina é representada sem amortecedores,
conforme descrito no circuito equivalente da Figura 1 8 e re­
petido aqui, por conveniência, na Figura 29.

o-

Fig. 29
As equações, conforme previamente deduzido de (167) a (171),
são:

M . Agfd(s) t sLaáAid ^ ) ]
Aifd(s) r + s L (271)
ta rfd SLffd

ou

Ae^(s)
' ^ c^ ]+ Í T r ^ T ^ > <272’

Lembremo-nos que L , i c , foi definido como E T e L , e,-,/r.-,


ad fd I ad fd fd
como E r ,.
fd
A equaçao (272) pode também ser expressa como:

, s [L^ ]2
AL
ad1fd ' AE1 = AEfd [HiTj;:l + rfd l'+sTdoJ M<|(S)
Outras equações de enlaces de fluxo deduzidas de (167) a (172)
e de (181) a (182) são:
L\
AC L . (1 + T’ s)
AE.p . d L . do '
( 1 ^ 4 ) AEd<*>

Aipq(s) = - LqAiqfs) (-75)

Vamos resolver para o transtõrio da corrente de campo,no ca­


so de um curto-circuito trifãsico nos terminais da máquina,
começando da carga inicial nula, ou seja, tensão normal e con­
dição de circuito aberto (e = l, 0 ,en = 0 ) .
v qo ' ' do
Como antes, as equações da tensão da armadura, em
termos de alterações, estão nas equações (195) e (196),aqui
repetidas. Notemos que os termos di|>/dt foram incluídos.

sAi^s) - Aipq (s)m - rAid = -- = 0 (195)


sA^q(s) + A^d(s)cu - rAiq = . !ao
s
(196)

Tomando, primeiramente, o caso de ausência de alteração na


excitação de campo, ou seja, ÀE^d = 0 , substituindo as equa­
ções (274) e (275) em (195) e (196) e resolvendo para Ai^,
obtemos (isto pode ser deduzido também pela substituição em
(196) ) :
a) e , L (s)
Aid (s) = (276)
s r + s n , (s) r+sL (s) +
d L q J q

onde L (s) = L (277)


q q
d t t x
Ld d + s
q T do>
L h (s ) = (278)
(' + STd„>

Fazendo a estimativa r = 0 (lembremo-nos de que r controla


a taxa de redução do componente de deslocamento CC da arma­
dura) :

_______ qo (279)
Ai h (s ) =
sL.(s) ( s Z + co2 )

qo 0 + sT' o ’)
v__________d
(280)

sLd < 1 + s LT Td o )(s2 + “ 2 >


d

Substituindo a equação (280) em (273) e admitindo AE^d = 0,


temos:

__________ qo_________
AEj(s) - ALac,ifd(s)
rfd
LdTd (s + T r) (s2 + “2)

Usando as ré1ações:

2
L
ad
L
ad + L f
T
d

Lad * Lf
'do rfd

A equação (281) pode ser expressa como:

AEj(s) = ___ qo v d á'


V. (s+ jr) (s2 + a)2) (282)
d ‘d

A L da equação (282) é:

AE 'QO “t/Td
I [e - COS 0)t] (283)

Lembrando que E Iq = i f<j0= eqo' a corrente de campo to­


tal pode ser estabelecida como E + AE^ e é ilustrada na
Figura 30 (somente a variação).

Fig. 30
Notemos que a variação na corrente de campo ê cons­
tituída de dois componentes: um componente CC abrupto que de­
cai exponencialmente com a constante de tempo de curto-cir­
cuito do campo T^, e um componente de freqüência fundamen­
tal que é devido ao componente de frequência fundamental de
i^, ou o componente de deslocamento CC das correntes de fa­
se . A hipõtese da resistência da armadura r = 0 leva a não
haver atenuação para o componente de freqüência fundamental.
Lembremo-nos de que o componente da freqüência fundamental
de i^, ou componente de deslocamento CC das correntes de fa­
se, realmente decai com a constante de tempo da armadura que
ê finita para r > 0 .
A analise acima poderia ser estendida ao caso em
que os efeitos do amortecedor estão incluídos. As correntes
transitórias do amortecedor seriam semelhantes aos transi­
tórios na corrente de campo. Elas decaem, naturalmente,para
zero, visto que as correntes dos amortecedores são nulas em
regime permanente.
Ignorando o componente da freqüência fundamental
da corrente de campo, notamos que o teorema do enlace de flu­
xo constante, inicialmente, força a corrente de campo a sal­
tar para contrabalançar o efeito da desmagnetização da cor­
rente da armadura Ai^. Isto equivale a fazer com que a ma­
quina pareça ter uma reatância menor, a reatância transitó­
ria X^, conforme vimos quando tratamos da forma das corren­
tes de curto-circuito. Visto que a excitação não foi mudada,
o salto na corrente de campo não pode ser sustentado e de­
cai para o valor original com a constante de tempo do curto-
circuito característica.
De modo semelhante ao caso de uma perda abrupta de
carga, onde as correntes de carga iniciais i^Q e i^Q são re­
duzidas a zero, podemos usar a equação (271), com Ai^(s) =
-i^o /s e ver que, para este caso, a corrente de campo é:

2.
*~ad h o
La<l1fd<s) =
fd h + sT‘do>
Isso significa que a corrente de campo L cai abrupta-
ad fd
mente d e :

^ad ^do
t*H - K ) f do
rfdTdo

e gradativamente volta ao seu valor original ccm a constante de tempo


T', . Visto que o circuito foi aberto, não há correntes de deslocamento
do ^
oc na armadura, para produzir as correntes de freqüência fundamental no
rotor.
A Figura 31 mostra o transitório da corrente de
campo, para o caso de rejeição de carga.

O efeito das alterações na tensão do campo pode ser


determinado por superposição. No caso de curto-circuito tri-
fãsico, usando as equações (197) simplificadas para o caso
de r = 0 , e levando em consideração somente os efeitos de al­
terações na tensão do campo A e ^ :
G(s) Aef .(s)
4 i d(s) • ------j - j j y — (284)
devido a Ae.^

Aiq(s) = 0

Para o caso da máquina sem efeitos amortecedores, a equa­


ção (284) pode ser expressa como:
LadAefd(s)
Ald(s)

LadAefd(s) (285)
rfdLd L1 + sTy

Para uma alteração em degrau, Ae- (s) = A e ^ / s . Tomando-se


L ^ da equação (285):

AE,. -t/Ti
Aid(t) 5 - ^ [1 - A
devido (286)
a Aefd

onde ad .
AEfd
rfd fd
Agora, para esse caso, a alteração na corrente devida ao curto-circuito,
desprezando o componente de deslocamento CC e desprezando os efeitos do
amortecedor, ê deduzida da equação (253) corto:

= !flÇ + e (1 _ _ J_)e~t/Td
Aid(t) Xq lxd Xd (287)
devido ao curto-circuito

onde, para o caso de uma máquina inicialmente em circuito


aberto com tensão nominal, e = E£, .
' qo fdo
Das equações (287) e (286) , se o efeito da alte­
ração na excitação ê o de contrabalançar o efeito desmagne-
tizante transitório do curto-circuito que altera o valor da
corrente do valor inicial e / X ’ para e /X,, então:
qo' d c qo d

T? " - * â* * v % ■ fc1 • £

ou
Xd,
AEfd = Efdo
X*
*d

A Figura 32 mostra o efeito de alteração na tensão


de excitação sobre a corrente de curto-circuito. O valor de
A E ^ acrescentado a E £^0 dá a excitação máxima. Com as ex-
citatrizes rotativas convencionais, alterações na tensão de
excitação não podem ocorrer instantaneamente, e isto
acrescenta algum atraso â resposta. Entretanto, com a mo­
derna excitação tipo tiristor, podem ser obtidas alterações
quase instantâneas na E ^ , e ° efeito do regulador de ten­
são é limitado primariamente pela tensão máxima E^^H- AE^.

c , V X d,
A E fd Efdo ---1

Fig. 32
CONJUGADOS DE CURTO-CIRCUITO

A expressão para o conjugado foi deduzida:

1 = 3/2 c y d • y q]

Em por unidade a relação é:

(288)
T = [V d ‘ V q ]

Examinemos a forma dos conjugados para a condição


do curto-circuito trifãsico. Todas as variáveis na equação
(288) foram definidas anteriormente (equações (157), (158),
(197) e (198)), e a expressão para o conjugado poderia ser
deduzida pela substituição direta de expressões para fluxos
e correntes. O uso da forma completa das expressões opera­
cionais para fluxos e correntes resultará em uma expressão
de conjugado bastante complicada e, como anteriormente, fa­
remos simplificações que permitam uma melhor visão dos efei­
tos básicos.
Para o caso onde as alterações na excitação não
são consideradas, ( A e ^ = 0 ), onde a velocidade rotacional é
um valor nominal constante, e onde são procurados os valores
iniciais de correntes e fluxos, as expressões para Ai^(s) e
Ai^(s) são dadas nas equações (201) e (202) . Com a posterior
hipótese simplificadora de qué a resistência da armadura r = 0,
as expressões para Ai^(t) e Ai^(t) foram dadas nas equações
(213) e (214) .
Estas são aqui repetidas por conveniência,
e.
Ai. nr [cos 6 - COS (u>t + 6)] (213)

Ai =- y? [sen 6 - sen (wt + 6 )]


q *q
Usando os equivalentes no domínio do tempo, nas equações
(157) e (158), com A e ^ feito igual a zero, temos:

A^d = ~Ld Ald (289)

% -L" Ai (290)
q q

As correntes totais i, e i são:


d q

'd " ‘do d

'q * V + 411
Expressões semelhantes se aplicam aos fluxos.
Podemos seguir o desenvolvimento para inclusão das
condições iniciais nas equações (223) a (228) e obter umaex-
pressão geral para conjugados de curto-circuito trifãsico,
incluindo o efeito da carga inicial. Por outro lado, visto
que o objetivo aqui é desenvolver uma compreensão dos fenô­
menos, podemos tomar o caso de máquinas inicialmente em cir­
cuito aberto em tensão e velocidade nominais, caso em que:

'do 0 » tqo
n = 0

e e
qo = _o
do 0) 0)
(291)

e
\b = - e. , = 0
rqo do/o)

6 = 0
J
Com essas hipóteses, as correntes e fluxos a serem inseri­
dos na equação (288) são (de (213), (214), (289), (290)):
7TT [ 1 - COS U )t]
Ad

i 0 )t
q

— COS ü )t
*do + A^c O)

ib = \b + M s e n cot
yq rqo yq 03

E a expressão do conjugado ê:

e e
T ~ r- s e n cot c o s o>t + Y ""- 0 “ cos sen ^
Xq Ad

s e n cot — [— ir ] sen 2 u t (292)


2 LX^
q

Da equação (292) , notamos que o conjugado do curto-


circuito é composto de um termo de freqüência fundamental e
um termo de freqüência dupla devido â saliência do subtran-
sitõrio (quando este componente desaparece ) .0 con­
jugado médio é zero, conforme poderia se esperar da hipóte­
se da resistência da armadura nula. 0 conjugado de pico po ­
de ser bastante alto (para um valor de X^ = 0,15 p.u., este
valor do conjugado de pico poderia alcançar perto de 7 p.u.) .
Notemos que a estimativa de r = 0 leva a uma ex­
pressão senoidal não amortecida (292). Quando é usado um va­
lor finito de r, a expressão resultante conterá um termo de
2
conjugado CC produzido pelas perdas ri e atenuaçao dos com­
ponentes senoidais com a constante de tempo da armadura T
a
previamente encontrada na discussão das correntes de curto-
circuito .
Notemos que, nesta dedução de conjugados de curto-
circuitos transitórios, as equações de tensão da armadura de­
vem incluir os termos d^/dt. Estes são os termos que fazem
surgir as correntes de deslocamento CC da armadura e os com­
ponentes alternativos do conjugado. A referência (1) deduz
uma expressão simplificada para o conjugado de curto-circui­
to incluindo o efeito da resistência da armadura,fazendo-se
a hipótese de que = X^, e que as resistências do rotor
são desprezíveis (não havendo redução dos enlaces de fluxo
do ro t o r ) .

2
T = -jjjr-- 2 [e~at (Xd sen 1 ~ r cos + r3 (293)
Xd + r

onde a = r/X^

A Figura 33 mostra a forma do conjugado de curto-


circuito.

O efeito das resistências do rotor será agora e-


xaminado. Tomemos novamente o caso de um curto-circuito, a
partir de uma condição de circuito aberto, para a qual as e-
quações (291) são validas. Em vez de tomar as indutâncias da
máquina como os valores subtransitõrios, vamos expressá-los
em forma operacional. A seguir, usando a equação (291)er=0
nas expressões (197) e (198) deduzidas anteriormente, temos:

v (294)
y s> -
5 Ld (s) (s2+U2)

(295)
V s)
s L (s) ( s V )

Para ilustrar os efeitos das resistências do circuito do ro­


tor, faremos a hipótese simplificadora de que as indutâncias
operacionais L. (s) e L (s) são de primeira ordem, ou seja,
_ Sl
expressões da constante de tempo simples.

, . Ld ♦ sLd h Ld <’ + sTá> (296)


Ld(s) 1 + sTd ‘ (1 * sTd)

L + sL‘ T L 0 ♦ sTq )
_ q q q _ q (297)
Lq(s) 1 ♦ sTq (l1 + s^q)

onde
Td “ Tio e T, ■ Tio

Substituindo as equações (296) e (297) em (294) e (295), e


tomando a L ^ através de frações parciais, as expressões de
tempo para as correntes tornam-se:

e e m [T, - T’] T’ - t/T'


i.(t) - -f- + -2— i— d
d wLd L . [m2 Ti2 + 1]

1 /2
®o n + “2 l ,2]
ü)L
sen (wt + y) (298)
d [1 + o2 r,2]1/2

onde i u T. , to Tj
Y = (tg 1 - tg -y-4 - 90°)
1
e
- e0 [Tg ~ Tq] e - t/T'q
iQ(t) = — õ 2
q l„ o + t: u ]

n . 2 T 2-,1/2
eQ D + o) T ]
+ ——: 5 i in S6n (ut + 6) (299)
“ Lq [1 + T,Z]1/Z

onde
8 = tg ü)T ü)T '
q q

A referência (1) desenvolve um interessante con­


ceito da impedância "parada" da máquina, vista dos terminais
da armadura. Esta ê a impedância de sL^(s) e sL^(s) com s = ja).
Substituindo s = jt*) nas equações (296) e (297), temos:

j» Ld (1 + j»T')
Zd(j«) = j» Ld(ju.) = -- (] + jü)Td)

= Rd (u) + jXd (a))

onde

xd CTd - Tdl (300)


Rd (w)
n + J i d2]

xd * “2 W (301)
Xd(w)
[1 + J- Td2]

e
Xd = wLd*
Equações semelhantes valem para o eixo q com as alterações
apropriadas nos subscritos.
Expressando (297) e (298) em termos destas impe-
dâncias "paradas" recentemente definidas, vem:

1 "t/Ti -] _i Xd(o))
1d= e {Td+ z 2(W) e +Zd (w) sen(<ot-tg R ^ y )} í302)

onde ______________
Zd (w) = /Rd (w) + Xd (ü))

y»)
= e {- ■t/T; ♦ cos (rnt - tg-1 X> ) (303)
z„z <u) X M

As expressões (302) e (303) sugerem que as respos­


tas da corrente i^ e i poderiam ser também deduzidas da a-
plicação de tensões -sen(wt) e -cos(cot) aos circuitos com
impedâncias operacionais sL^(s) e sL (s) , conforme é mostra­
do na Figura 34.

Fig. 34
Esse resultado pode ser também deduzido de uma inspeção das
equações (294) e (295), as quais podem ser escritas como:
e a)
(294)
(s‘2~ +, ^ 2
M s) =
[V s)]
eA S 1
iq{s) " , 4 - T . [- sLq(s)] (295)
M (S + ü) )

As equações (294) e (295) estão na forma de:

i( s ) = e(s) I j ç j ]

onde
e a)
e^(s) = ;£[eQ sen
= ~2------2 =-^leo sen wt]
S + ü)

5o
e„(s) = -5
+ 0) T -----
1 J
2 =^ f e0 eos utl
Observemos que as tensões aplicadas e^ís) e e^ís) são senõi-
des não amortecidas porque r foi feito igual a zero.
Usando as equações (156) e (157) com as condições
iniciais apropriadas (290), temos:

♦d (*> = -1---- Ld(s) 'd*5’

(304)
5T ' Ld<5>

*„(S) = -Lq (s ) iQ(s) (305)

Substituindo as equações (304) e (305) em (294) e (295), vem:


e„ üj
o
(S +. U)2 ,)s
= (306)

(307)
V s) =V + U2
Tomando a transformada inversa de Laplace:

e
iMt) 0)
COS (Jjt (308)

(309)
ib (t) = — - sen wt
rq v ' oi

Usando as expressões no tempo para i^, i^, e ^ na equa­


ção (288):

T . 'J. ( V I . + V i l + e02 + Rd<“ > Vi ’ t/T i ) sen ut


2 z / M z 2 («) xd i

eo2 Rq(“) “t/Tq cos ut


? e
Zq2(“ )

+ / -1 Ra<“ >
[ZqW sen (2ut + tg

-i rh (“ )
sen (2«t + tg (310)

Resumindo este desenvolvimento sobre conjugados de curto-


circuito trifãsicos, as várias expressões que foram deduzi­
das s ã o :
- A equação (292) , para o caso onde todas as resistên­
cias da armadura e do rotor são supostas iguais a ze­
ro.
- A equação (293), para o caso onde a resistência da
armadura está incluída, mas a saliência subtransitõ-
ria ê desprezada (X^ = X^j) e as resistências do ro­
tor são supostas iguais a zero.
- A equação (310) , na qual a resistência da armadura ê
desprezada e os circuitos do rotor são aproximados
pela impedância operacional com uma constante de tem­
po simples em cada eixo.
Uma inspeção cuidadosa da forma destas expressões
revela que o conjugado de curto-circuito trifãsico, para uma
condição inicial de circuito aberto, é constituído dos se­
guintes componentes:
1. Um componente de freqüência fundamental determinado
primariamente por X^.
2. Um componente unidirecional, devido às perdas ri
na armadura, onde i é o componente da freqüência fun­
damental da corrente da armadura.
3. Um componente de freqüência dupla do conjugado, que
ê devido à saliência subtransitõria.
4. Um componente unidirecional do conjugado, produzido
2
pelas perdas ri do rotor, onde i e o componente CA
das correntes do rotor, ou seja, o oonponente CC das
correntes da armadura.
Devemos observar que os componentes do conjugado
em 1, 3 e 4 são produzidos pelo componente de deslocamento
CC da corrente da armadura que decai com a constante de tem­
po da armadura. Esta constante de tempo não figura na equa­
ção (309) devido â hipótese de r = 0. Quando a resistência
da armadura ê considerada, a expressão aproximada do conju­
gado torna-se:

1 t-W , X
V Tn-) e sen 2t]
(311)
q *d

onde
rcxfrxp

V11 v 11 Y11 f /T * v11


(, . % ,-WTS ♦ e tn* ♦ J l
'd d

XH
M _d
Td = Tdo X-

Ti = Tido X.

O cálculo dos conjugados do curto-circuito é importante pa­


ra o projeto apropriado das fundações da máquina e resistên­
cia dos eixos de acoplamento., etc..
A sincronização fora de fase produz conjugados que
são ainda mais severos que os de curto-circuito. Os mesmos
métodos podem ser usados para resolver conjugados de sin­
cronização fora de fase. As referências(2,3,4) contêm in­
formação útil sobre este assunto.
CAPITULO 7
MODELOS DAS MÁQUINAS

Na simulação do comportamento dinâmico de Siste­


mas Elétricos de Potência, as maquinas são representadas na
forma de modelos que podem ser executados em computadores
analógicos ou através de computação digital.
Estes modelos são expressos em termos dos parâme­
tros derivados (L^, T do' e t c -^ em vez ^os parâmetros o-

As seções seguintes mostram a dedução dos modelos das má­


quinas .

MÃQUINAS DE PQLOS SALIENTES SEM AMORTECEDORES

A Figura 18 do Capítulo 6 mostra o circuito equi­


valente básico para os eixos d e q da máquina de pólos sa­
lientes , sem o efeito dos amortecedores. A figura é repeti­
da aqui por conveniência.

EIXO d

L oq EIXO q

Fig. 35
A curva de saturação de circuito aberto discutida
na Figura 14 do Capítulo 5 ê também mostrada aqui, na Figu­
ra 36.

1,0

Fig. 36

S representa a ccmponente de FMM, requerida pela sa­


turação. Em circuito aberto, S pode ser expresso como função
da tensão terminal que é proporcional ao fluxo interno da
máquina. Sob condições de carga,o valor da tensão ou fluxo
que -determina S da curva é usualmente tomado como a tensão
atrás da reatância transitória, ou tensão proporcional aos
enlaces do campo.

O circuito equivalente da Figura 35 define as se­


guintes relações:

Eixo d

onde f (i|>.
= Componente da FMM relativa à saturação.

*fd • *ad = Lfd ifd - r r f <313>


aa

onde a hipótese ê que a saturação do fluxo de dispersão do


campo esta em proporção com a saturação do fluxo mutuo do
entre ferro, como a indutância de dispersão do campo es­
ta para a indutância mutua L ^ .

^d " ^ad “ " LA *d (314)

Das equações (312) e (313) , eliminando i|>

tfd <Lad * Lfd> 'fd - <’ ♦ f Ò - <dLad (31M

Multiplicando a equação (315) por L e trans­


pondo^

I c e1
• - a d
-ad V d ~ Lffd vfd
i
1. * f (-1)
Lffd d (316)

Relembrando as relações entre as indutâncias de­


rivadas e as indutâncias do circuito equivalente como s e g u e :

1. - . + Lad Lfd
d ' L*

Ld ’ L« t L ad

~ad
(La - Li)
"ffd

e aplicando estas na equação (316):

(317)
Lad 1fd = ~è + (Ld ' Ld} 1d + f Ò

A equação de tensão de campo é :

efd = Ht ^fd + rfd 1fd


Multiplicando a equação (318) por L ^ / r ^ :

'ad d ad , , ,
rfd fd dt rXJ vfd ad 'fd
fd

Lffd d_ Lad , . . .
rfd dt Lffd vfd Lad V d (319)

ou

"fd ^do dt [-2-3


L ü) + Lad ifd (320)

onde

efd Lad
"fd
rfd

~ffd
Tdo
rfd

Usando as equações (313), (314) e (315) para ex-


pressar ^ como função de i|>^ e i^:

«■ad * Lí U

*fd ' Lfd ’fd + f ^ V d

. . ^fd_ _ Lad Lfd . . Ííd f r%


fd Lffd ^fd Lffd d Lad “

+ {24 f [ Ü ] . . i
Lad L a)J l d
L
ad
L [Lfl + y Lfd]
ffd *fd Lffd

(321)
*d Xd

Eixo q

Da Figura 35, a única relação para o eixo q é:

V ' <Laq + Lí> ' ‘ V q (322)

As relações (320), (321), (317) para o eixo d e


(322) para o eixo q estão descritas no diagrama de blocos da
Figura 37.

a
'q

Fig. 37
maquinas de p Ol o s salientes com amortecedores

A Figura 38 mostra os circuitos equivalentes para


os eixos d e q de uma máquina de pólos salientes com amor­
tecedores .

Lkq

rkq

Eixo d

As relações de enlace de fluxo para o eixo d são:

(323)
^ad = La d W d + \ d ^ ^

(324)
li), . - . = Lxj i^j " l_a(j f (~
Yfd Yad fd fd 'w '
^ - tad Li 1d (326)

De (323) e (324), eliminado temos:

*fd = ^Lad + Lfd^ V d + Lad ^*kd ' ^ " (1 + f O

Ou multiplicando por L a(^/L ff^ e transformando:


2 (
I i = _ 4 ) + f (Ia.) (327)
Lad V d ^fd llkd ^ 'w '

Relembrando as relações entre as indutâncias do


circuito equivalente e as indutâncias derivadas:

L< = L + Lad_lld
d * Lffd

1
L* +
J _ + _ L + JL
L_j
'ad LfJ
fd L,kd

Lí, + Lad

Ld - Ld ~ad
-ffd

As equações (327) tornam-se:


E*
-ad Tfd
)
■ fá0 + <LH - lh ) *h - (Lrf - LA) K kd
, * f (?)
0 ) (328)

Em seguida resolvendo para iv a partir de (323) e (325) :


kd'

(329)
^kd = Lad (ifd " V + (Lad + Lkd} 1kd ~ f O
Substituindo L ^ i ^ de (328), (329) torna-se:

(Lkd + L.
ad Lfd) i = w, . Ü + (Lad Lfd} .
1 ‘kd ^kd 1 L^.
-ffd oj
-ffd ' \
Também:
\ d - id lü :326)

Substituindo da equação (325) :

= ^kd ' Lkd nkd 'd 4

Substituindo i ^ da equação (330)

"kd
^ = 'Pkd (*kd "
Lad Lfd
(Lkd + Lad + Lfà

Lad Lfd Lkd


- [L. + ■] \ (331)
1 Lkd (Lad + Lfd) + Lad Lfd J d

Outras relações são:

_ <Ld - L*><Ld -
"kd Ld -LJ

Lad Lfd
Lffd = Ld * 4

_ Lad ^Ld "


’ f d 4 ^ 7
Então, (331) torna-se:

, , 4 - L3 , 4 Ld - 4 .
*<• 4 d L j - ^ + - i p v 4 4

(332)
- ♦ 3 - 1d L"d

De (332) os estados são e E^/oo, que são obti­


dos da integração das equações do rotor.
d\p
fd
çfd " rfd V d + dt

Multiplicando por L ^ / L ^ e transformando:

* * //„ , , 1 rit
Lf f / f d í<e« L f f d - L ^ La . l 1f d ) d‘

ou seja:
ü
U)
T do Efd _ Ladnfd dt (333)

Também

di|>
kd
itJ r. . + = 0
kd kd dt
ou

kd - i \ d rk d dt (334)

Usando (329) para i ^ / em (334)

- F1 I L i
kd = - kd r... / q\, ad Lfd d t J4.
^ 7 c^ - (^ + ^ 7 ^ T ] dt
L, , + -
kd
■ffd

E'
q
0l>!kd (JL) + (Ld ' LA} ^ dt
T do
T

Finalmente, usando (328) e (329):

I11
_q_ i (Ld - Ld)(Ld ' 'ÜL
Lad1fd 0) (Ld‘Ld) V — TTi rT2 0) " ^kd-1d^Ld
(Ld ' Li>

E'
+ f (-H-)
v -ü) '
Um sumário das equações de eixo d é:

L ' - L" E' L" - L0


*5 ■ *kd < r ^ > * 7?

"d s *3 - *<1L3

^ =_Tk ^ ^ + (Ld ' ll) id] dt

Eq/a) tJ q ^ ^Efd ‘ Lad V d ] dt

Ld
Lad nfd -]
Ld

Ld><Ld - LP 3

(Ld - L,)2

De modo semelhante podem ser derivadas as equaçõés


para o eixo q, considerando um único amortecedor.
A Figura 39 é um diagrama de blocos dessas equa­
ções .
Deve ser notado que, com a hipótese de u = 1, as
indutâncias L e reatâncias X = wL têm o mesmo valor emp.u. ;
assim, ê costume estarem os parâmetros, no diagrama de blo­
cos ,"expressos em X em lugar de L, e tensões e em lugar de
enlaces de fluxo \p.-
Capítulo 7 Modelos das máqui]
VALORES TlPICOS CURVA DE S A T .

Xd * 1,0 Eq x odIfd
Xq * 0,75 0 0
X*d *0,30 0,72 0,72

XM
d « 0,22 0,90 1,00

X“q ■0,22 ltl 1,44

7 "do 2 1^0 =0,06 5 1,35 2,50

W 5 5,5 s

Diagrama de blocos dos geradores de pólos salientes


Fig. 39

4^
O

ica das Máquinas Elétricas I


Modelo dos geradores de rotor cilíndrico
Fig. 40
MÃOUINAS DE ROTOR CILÍNDRICO COM AMORTECEDORES

O tratamento para as maquinas de rotor cilíndrico ê mui­


to semelhante ao derivado para as maquinas de põlos salien­
tes exceto q u e , devido aos efeitos do rotor solido, é mais
preciso representar o eixo q com dois enroiamentos amor­
tecedores equivalentes, como na Figura 41.

Lkq2

rkq 2

A saturação também é tratada diferentemente,pois


ela afeta ambos os eixos d e q.
0 diagrama de blocos da Figura 40 mostra o modelo
para as máquinas de rotor cilíndrico.
CAPÍTULO O

FALTAS DESEQUILIBRADAS

As correntes que fluem, devido a condição de falta


desequilibrada, podem ser resolvidas pela imposição de equa­
ções de restrição que definem a falta. As equações resul­
tantes são complexas e não-lineares. Soluções rigorosas em
forma fechada das equações, incluindo os efeitos da resis­
tência da armadura e do rotor, são ex.tremamente complexas e
devemos fazer hipóteses simplificadoras para obter alguma
visão dos efeitos básicos.

O caso geral de uma máquina sob carga, sofrendo um


súbito curto-circuito desequilibrado, pode ser resolvido ri­
gorosamente por simulação das equações pertinentes da máqui­
na e das equações que descrevem as relações entre tensões e
correntes deduzidas das condições de falta. O método geral,
bem como os resultados simplificados que podem ser obtidos
com hipóteses apropriadas, serão ilustrados com exemplos de
faltas desequilibradas típicas.

CURTO-CIRCUITO ENTRE DUAS FASES

As equações que definem a condição de curto-cir­


cuito de linha para linha em relação à configuração da Fi­
gura 42, s ã o :
Fig. 42

e.b - e c = 0 (335)

^ = 0 (336)

i bK + i c„ = 0 (337)

Estas equações expressas em termos de componentes d, q e o


tornam-se:

e . s e n 6 + e cos 6 = 0 (338)
d q

cos 0 = i se n 6 (339)

= 0 (340)

onde 0 = wt + 0Q .

As equações (338) até (340) juntamente com as e-


quações do sistema e da máquina, que relacionam as correntes
aos fluxos e os fluxos e taxas de variação dos fluxos ãs ten­
sões, formam um conjunto de equações suficientes para a so­
lução das correntes.

Para conseguir uma visão, consideremos o caso sim­


ples de uma máquina em circuito aberto sofrendo um súbito
curto-circuito entre duas fases.
As equações (335) até (340) ainda se aplicam. Pa­
ra este caso, as correntes de falta são também as correntes
da máquina» Para simplificar mais ainda, consideremos nulas

as resistências da armadura e do rotor. As equações de ten­

são são:

ed (341)

(342)
~à +

As equações de fluxo de corrente são:

♦d * *do • V d (343)

4) = - i L" (344)
*q q q

Substituindo as equações (343) e (344) em (341) e (342) te­

mos :

di .
= - LA
" -rr- - inL" (345)
d d dt q q

di
0 = — L*1 t ip, ” i jLj (346)
q q dt rdo d d

O uso das equações (345) e (346) em (338) fornece:

[ - Ld a r + v y 9 * 3 F 1 + ♦do - W COS e = 0 (347)

Combinando os termos e observando que:

- L3 a r sen 9 • L2 jd cos 9 =-Ld a r [íd sen 9]


(3.0
(e notemos que ^ = o) = 1 ,0 )

Lq 1q se" 9 - Lq 3 ^ cos 9

Lq dt ^'q cos 9J

A equação (347) pode ser escrita como:

Ht [Ld id sen 9 + Lq \ cos 9] = ^do cos 9 (348)

ou, integrando,

Ld *d sen 9 + L5 jq cos 9 = «"do sen 9 * ♦do Sen 9o (349)

Usando a equação (339) em (349):

i d [ l d sen 9 + LJ 5?* gl ^d0 [sen 0 + sen 0oJ


1

ou
o
!Í>do [sen 9 + sen 9Q sen
(350)
t = ? ~2
L"rí sen^9 + L"a cos^g

4>do [sen 9 cos 9 + sen 9q cos 9]


(351)
L*dJ sen^9 + L"
q cos^9

Examinemos a natureza de i^ e i nas equações a-

cima. As equações (350) e (351) podem ser colocadas na for­

ma:
^do [ser* ® + sen sen 9-^ (352)
L" + (L" - L" ) cos20

4<do [sen 9 cos 9 + sen 0Q cos 9]


(353)
y + (L“ - LJ) cos 20

Tomemos, primeiramente, o caso onde (sem saliência

subtransitõria). Vemos que i, e i têm um termo CC constan-


a q
te (componente de seqüência positiva ou fundamental da cor­

rente de fase) e um termo de segundo harmônico (seqüência

negativa) e um termo de freqüência fundamental produzido pe ­

lo componente de deslocamento CC. Da equação (352) , ccm LJJ = L^,

vem:

^ cos 2 0 i|^d0 sen 0Q


do rdo sen 0 (354)
2 Ld

t
CC
f
29 harmônico fundamental
f
i
'{'do Sen 2 9
I
do Sen 9 cos 9 (355)
2 L” Ld

Da hipótese de carga inicialmente nula, não hã n e ­

nhum fluxo inicial do eixo em quadratura e, portanto, nenhum


termo CC em i .
q
As correntes de fase são deduzidas com a equação
de transformação apropriada (i^ = cos (0-120°)-i sen(0-12O°))
fornecendo, apõs a compactação apropriada com identidades tri-
gonométricas:

V ^ c o s <8 - 90») ♦ * (356)


D Ld 1 Ld 2 ~ \

freqüencia fundamental deslocamento CC

O uso de transformações de componente simétrico, para o com­


ponente da freqüencia fundamental de i^ e i , fornece os com­
ponentes de seqtiência positiva e negativa da freqüencia fun­
damental , como s e g u e :

2.
*1 * 5 * a fb + a‘fc>

& q cos (9 - 90°)(a - a j

do
cos e (357)
2 LJ

4 . 1 / 4 . -24
'2 (ia
3 v a + a ifa + a 1c)

= cos (0 - 90°)(a2 - a)

vdo
cos 0 (358)
2 LJ

Estes resultados poderiam ter sido deduzidos diretamente da


inspeção das equações (354) e (355) para id e iq . A inten-
/ 2 + i 2 fornece a intensidade
sidade do componente CC de /i^
da corrente de fase de seqüência positiva.
Pode ser também demonstrado que, se correntes de
seqüência negativa passam pelo estator:

1 = ia2 c°s (0 + 0 )

1b = ía2 cos (0 + ^+ 12°) (359)


1 = I a2 cos (9 + 0 " 1 2 0)

As correntes d e q correspondentes são segundo-harmônicos ou


correntes de freqílência dupla

id = Ia2 cos (20 + 0 )

, (360)
i = - I a2 sen (20 + 0)

Usando este fato, os termos do segundo-harmônicos nas equa­


ções (354) e (355) poderiam ser traduzidos diretamente em
componentes de seqüência negativa, não tendo que passar a-
través dos processos da equação (358).
Evidentemente, as correntes de fase de freqüência
fundamental poderiam ter sido deduzidas com o uso de compo­
nentes simétricos, como na Figura 43.

onde é a reatância da máquina para correntes de seqüên­


cia positiva, e é a reatância para correntes de seqüên-
cia negativa. A natureza de ê dependente do tempo, varian­
do de X" a X,, conforme visto na discussão de curto-circuitos
trifãsicos e comportamento equilibrado da máquina. X^ é a
reatância da máquina para correntes de seqüência negativa, que
vêm a ser as correntes do segundo harmônico no sistema de
referência d-q. Nesta freqüência elevada de segundo har­
mônico, a impedância da máquina é a impedância subtransitõ-
ria. A reatância de seqüência negativa é definida como a re­
lação da tensão reativa na armadura de freqüência fundamen­
tal, devida ao componente de seqüência negativa de freqüên­
cia fundamental da corrente na armadura, para este componen­
te da corrente, com o rotor girando à velocidade síncrona e
o enrolamento de campo curto-circuitado através da excita-
triz. Como a onda da FMM, produzida pelas correntes de se­
qüência negativa, gira em velocidade síncrona, na direção
oposta à da rotação do rotor, a reatância apresentada varia
rapidamente daquela do eixo direto para aquela do eixo em
quadratura. Ela é aproximadamente igual a:

Xg = 2 (XJ!j.+ ) (361)

HARMÔNICOS - CURTO-CIRCUITO ENTRE DUAS FASES

Quando os efeitos da saliência subtransitõtia es­


tão incluídos, a corrente da falta mostrará harmônicos, co­
mo pode ser visto nas equações (352) e (353), as quais podem
ser combinadas na equação de transformação apropriada para
dar:

S3 i>d0 (sen 0 - sen 0Q) (362)


*b = «-d + K - Ud - L") cos 20

A referência 1 (Apêndice A) tem expressões da série de Fou-


rier da forma:
Tj-=-- ,jje|?A----- õõ * — --- [sen 0 - b sen 30 + b2sen 50
A+B - (A-B) cos 20 A + L

- ....]
onde
/ÃB - A
b =
/M + A

A+B - (A-B) cos 29 = ^ ~ b C0S 20 + ^ C0S 40" *

da qual, a equação (36 2 ) pode ser escrita como:

^ *d0 r.. „ L . c2
[sen 0 - b sen 30 + b sen 50 ...]
b d + v^jTET
d q

ã * d O Se " 90 rl
[y - b cos 20 + b cos 40 ...] (363)
d q

onde

atví - l"
b = _ q.— ^
s ü h j + lã
d q d

Na equação (363) vemos que, se e são iguais,


b será diferente de zero e a corrente de falta será compos­
ta da freqüência fundamental (sen 6 ) e harmônicos ímpares
(38, 58, e t c . ) , bem como um componente CC e harmônicos pa­
res (28, 48, etc.) que são produzidos pelo fluxo intercep­
tado .
Limitando nossa atenção aos componentes fundamen­
tais
/3 ú
'do
Ib
L" + Á ^ Ã J
d d q
notamos que o mesmo resultado poderia ser deduzido por com-

ferença entre a media geométrica e a média aritmética é pe­


quena , ou seja,

Outra equação para , que surge de um tratamento semelhan­


te para o caso de curto-circuito entre fase e neutro, ê:

(364)

PROCEDIMENTO PRÃTICO DE CÃLCULO PARA FALTA ENTRE DUAS FASES

Mostramos que a corrente de falta contém um com­


ponente de freqüência fundamental, um componente CC e har­
mônicos pares e ímpares. Desprezando os componentes harmô­
nicos, o componente de freqüência fundamental é calculado
por meio de componentes simétricos, com o uso do circuito
da Figura 43, onde a reatância de seqüência positiva, como
no caso de faltas equilibradas, sofre mudanças devido â re­
dução do enlaçamento de fluxo do rotor.
A corrente de falta inicial é obtida fazendo-se
= X^. A expressão da corrente, incluindo os efeitos da
redução do fluxo, para o caso de uma maquina inicialmente
sob condições de circuito aberto, é dada por:
X" + X
onde Z

do X^ + X
2

Xd + X2
Ti
Td do Xd + X
2
Assim, no que concerne às correntes de seqüência
positiva de freqüência fundamental, a máquina .se comporta
como se fosse para o caso de uma falta equilibrada através
de uma impedância externa X2 .
A corrente de deslocamento CC seria calculada da
fundamental e do conhecimento do instante de tempo no qual
a falta ocorreu. Sua intensidade em cada fase seria tal que

^ C C + ^freq.fund.^t=o -
A constante de tempo de redução da corrente do des­
locamento CC, como anteriormente, é dada por:

T (366)
a

CURTO-CIRCUITO ENTRE FASE E NEUTRO

As condições do terminal para um curto-circuito


entre fase e neutro, com a máquina inicialmente em circuito
aberto, são:

e 0
a
(367)
i
b

Expressando a equação (36 7) em termos dos componentes d e q ,


temos:

e . cos 0 - e sen 0 + e = 0 (368)


d q o

= -i COS 0
q
Também

= + (370)
2 cos 0

Como anteriormente, admitindo nulas as resi stên-


cias do rotor e da armadura e substituindo as equações (345)
e (346) em (368), temos:

ài di
f - i•« __£
L Ld d t + Vip cos 9 - c- Lí d t1 + *do - VS3 0
di
- L (371)
o dt
Combinando os termos e notando que:

- LJ ^ cos 9 ♦ i dL5 « n 0 - - cos 93

di j
L" ^ sen 0 + i L" cos 9 = L" -nr [ i sen 0 ]
qdt qq q dt q

A equação (371) é reescrita como:

jt [ - L!1 i . cos 9 + L" i sen 9 - X i l = if>. * sen 0 (372)


dt d d 9 9 o oJ do

Integrando e usando as equações (369) e (370) :

i .sen 9 L. i j
[- q " — cos
id cos 9 ' Lq --------
0 2 =cos 9 J cos 9
- ^do
(373)

+ \l>. cos 9 rt
Resolvendo para i, e i ydo o
c d q:

2 i|^0 [cos 9 - cos 0 Q] cos 9

2L" cos2 0 + 2 L" sen29 + L


d 9 0

2 ^ [cos 9 - cos 9 0] cos 0


L" + L" + L + (L" - L“ ) cos 29
d 9 0 ' d 9
-2 [cos 0 - cos 0n] sen 0
q (375)
^ " L;
d + L"
q + Lo + (Ldj - L")
q cos 20

Para o caso onde a saliência subtransitõria ê desprezada,


as equações (374) e (375) fornecem:

^Hn
U = |» + L" + L' [1 + COSA20 " 2 C0S Jo C0S 6] (376 )
d q o 4 T ♦

qq 20 h a r m ô n i c o freqüencia fundamental

’q =
I
L„ + f,? +'L - [ - sen 20 + I
2 cos 0Q sen 0] (377)

10 ‘ L" [C0S 6 ' C0S 0O] (378)


d q o

,A corrente de seqüência positiva pode ser deduzida direta­


mente do componente CC na equação (376). O componente de se­
qüência negativa, igualmente, corresponde aos termos de se­
gundo harmônico nas equações (376) e (377) . As correntes de
fase de deslocamento CC correspondem ao componente da fre-
qüência fundamental em i. e i .
d q

HARMÔNICOS - CURTO-CIRCUITO ENTRE FASE E NEUTRO

Quando a saliência subtransitõria ê levada em con­


ta, a corrente de fase i , obtida da transformação apropriada d,
q, o para a fase, e do uso das equações (374) ,(375) e (370) ,
ê:
3 ií*d0 [cos 0 - cos 0Q]
i =nr
L" + L" + L + (L)! - L") cos 20 (379)

Isto pode ser expandido em séries infinitas, usando as ex­


pressões da serie de Fourier na referência 1, Apêndice A.
A equação torna-se:
1a [cos 0 + Iv0 cos 30

+ bQ^ cos 50 + . . . ]

3 »do cos 6o 1 2
[~2 + bQ cos 20 + bQ cos 40 + . . . 3

4 *riví
(380)

onde

Como no caso da falta de linha para linha, a corrente de fa­


se tem um componente de freqüência fundamental e harmônicos
ímpares, cujas intensidades estão relacionadas a este com­
ponente fundamental e ao fator de saliência transitória bQ .
O termo constante (CC) e os harmônicos pares es­
tão relacionados ao instante de tempo no qual o curto-circuito
ocorreu. Notemos que, se 0q = 90°, ou seja, cos 0Q = 0, ne­
nhum termo CC ou harmônicos pares surgiriam.
A inspeção da expressão para o termo de freqüên­
cia fundamental, na equação (380), mostra que, para se ob­
ter o mesmo resultado pelo uso do método dos componentes si­
métricos, o valor da reatância de seqüência negativa ê:

/ ~ n x7" xn
h ■ + - 2a
conforme previamente mencionado na equação (364) .
Podemos notar que esta expressão tantém fornece X2=X£

quando e que, embora seja diferente da expressão


X2 = y/xd^"q P ara a falta de linha para linha,para mui­
tas situações práticas, a diferença em valor numérico não é
significativa.
O componente de freqüência fundamental da corren­
te de falta entre fase e terra, com a inclusão dos efeitos
da redução do fluxo, torna-se:

-t/Td
3 -^do t<X". + x! + ) e £-9
*d + X2 + Xo

+ (x ; , e 0
" t/Td«.-g
+ x 9 + x0
d 2 o X<) + X2 + V

+ (381)
Xd +

onde

T„ . T„ <Xd + X 2 + X o>
V g d° + X2 + V

Ti = Ti <Xd * X2 + V
‘ -9 “ (xd + X2 + X0)

FALTA DE DUAS LINHAS PARA A TERRA

0 caso da falta de duas linhas para a terra pode


ser enfrentado de maneira semelhante. As equações são bas­
tante complicadas. Entretanto pode ser demonstrado que o mé-
todo básico dos componentes simétricos ê aplicável para se
determinar o componente fundamental da corrente. Neste caso
o valor de é dado por:

[x; » yfta X" (xa * 2X„)/(X; + 2x0 )]2x0_____________

[2 X0 + / x j + 2 X 0 )(*"t2X0 ) - / f x j X5)(X5+2X0 )/(X"+2X0 )]

(382)

A expressão (382) fornece para os casos limites de X = 0 e


o
X = °°:
o
Para X = 0 2 X" X"
o X .
*3 + x;

Para X = «»
o X,2 = / X"d X'r
q

As expressões para as correntes de freqüência fundamental são:

■t/TJ
Mg
lal = ^do + XeJ * (X^ + Xe) J e

•t/Jd
Zlg
. f 1 1 A
M x 'i + xe ) ' (Xd
(Xrf + X
x eJ‘
j'

____ 1
TV?

onde

x2 X
V I
_ T“ <xdU + xe>
Cr
' do (x ; + xe )

. r , <Xd + X e>
'do X . + X„
d e

'a2 i x° i (384)
al % + V

X2
(385)
'ao = *al ( X9 + X ~
2 o

Destes desenvolvimentos, ê evidente que o compor­


tamento da maquina pode ser analisado com componentes simé­
tricos. As correntes de seqtiência positiva são prontamente
determinadas, representando-se a maquina como uma fonte de
seqüência positiva em série com a reatância de seqüência po­
sitiva da maquina, e carregando-a com a combinação apropria­
da de impedâncias de seqtiência negativa e seqüência zero,
que representam a falta na questão. A Figura 44 mostra as
representações para os três tipos de falta discutidos pre-
viamente.

icr-*ix0X2
+x2

Fig. 44
REATÂNCIA de sequência negativa

Três definições da reatância de seqüência negati­


va foram deduzidas do ponto de vista de ajustar os valo­
res da corrente de falta calculada pelo método dos componentes
simétricos, com os valores calculados com o uso dos compo­
nentes d-q-o.
Outra definição da reatância de seqüência negati­
va pode ser deduzida aplicando-se correntes de seqüência ne­
gativa da freqüência fundamental na maquina e resolvendo-se
para tensões resultantes de freqüência fundamental de se­
qüência negativa. A relação das tensões com as oprrentes, en­
tão, dã a reatância de seqüência negativa.

que correspondiam às correntes de fase da freqüência funda­


mental de seqüência negativa I ^ / eram:

Id = Ia2 cos (20 + 0)

(360)
1 = Ia2 sen (29 + 0)

Desprezando a resistência da armadura, as equações de tensão


são:

(2Xd " V Ja2 sen (20 + 0)

cos (20 + 0) (386)


As tensões de fase sao:

X" + X"
d____q Ia2 sen (0+0) + f (X^-X^) Ia2 sen (30+0)

X" + X"
d___ g. Ia2 sen (0+12O°+0) + § (X^j-X^) Ia2 sen (30+0)

>a 2 s e n (9-12O H 0) ♦ f (*d " X5> SÈ" (39+0)

O primeiro termo corresponde ao componente de se-


qüência negativa da tensão; portanto, a reatância de seqüên-
cia negativa, por esta dedução, torna-se = (X^ + X^)/2.
Esta é a definição de X 2 mais comumente aceita.

RESISTÊNCIA DE SEQÜÊNCIA NEGATIVA

As correntes de seqüência negativa fazem surgir


2
correntes de freqüencia dupla no rotor e perdas i r corres­
pondentes no rotor, que são, em parte, supridas pela potên­
cia transferida pelo eixo. O valor da resistência de seqüên­
cia negativa pode ser deduzido da potência transferida do
estator, devida âs correntes de seqüência negativa.
Uma maneira de deduzir este valor é por meio de um
teste, pelo qual tensões de seqüência negativa (rotação de
fase reversa) são aplicadas a uma maquina girando em velo­
cidade síncrona, e são feitas medidas da potência transfe­
rida do estator.
A teoria da maquina de indução, tratada na próxi­
ma seção, ê útil para a compreensão da perda de potência de
seqüência negativa e, portanto, para a dedução da resistên­
cia de seqüência negativa.
A Figura 45 mostra o circuito equivalente de uma
maquina de indução com simetria em ambos os eixos d e q . (Pa­
ra o caso de eixos d e q assimétricos, o circuito seria uma
média dos dois e i x o s ) .
Este circuito equivalente pode representar condi­
ções para componentes de seqüência negativa de tensões e de
correntes, notando-se que, com o ròtor em velocidade sín-
crona, o valor do escorregamento s ê -2. A resistência equi­
valente rr (l-s)/s, representando a transferência de potência
do estator para o eixo, torna-se -r / 2 , indicando que o ei-
2 r
xo fornece potência no total de 1 ^ x r^/ 2 , ou seja, metade
das perdas no rotor.
A resistência de seqüência negativa é, portanto,
aproximadamente igual a r + r^/ 2 , visto que ê relativa­
mente alto, de modo que seu efeito em paralelo pode ser des­
prezado. Esta resistência correponde a:

transferência de potência de seqüência negativa do estator

IMPEDÃNCIA DE SEQÜfiNCIA ZERO

No Capítulo 3, na dedução dos componentes d, q, o


foi mostrado que, devido â distribuição, espacial das fases
ao longo do estator, os componentes de freqüência fundamen­
tal de seqüência zero das correntes (correntes iguais em ca­
da fase) não produzem nenhuma FMM líquida através do entre-
ferro. A impedância para as correntes de seqüência zero ê
devida somente aos enrolamentos do estator. O circuito e-
quivalente de seqüência zero da maquina é, portanto, repre­
sentado como na Figura 46.

t
Eo E0S- 10 ( r + jX0)

O exposto acima serve para o caso onde a distri­


buição espacial dos enrolamentos do estator produz uma onda
senoidal pura de periodicidade correspondente ao espaço en­
tre os pólos no rotor. Esta distribuição espacial usualmen­
te não é puramente senoidal e, portanto, é composta de har­
mônicos mais elevados.
Assim, para as correntes dadas i , i, e i , nas
^ a b c
fases do estator, a contribuição espacial do terceiro har­
mônico devido a estas correntes seria:

F m = K ^cos 3y + i^cos 3(y-120°)+iccos 3(y+120°) (387)

Para um conjunto equilibrado de correntes,tal co­


mo a seqüência positiva ou negativa, as quais têm resultante
nula, a equação (387) mostra que não hã FMM líquida produ­
zida devido aos harmônicos resultantes da distribuição es­
pacial do enrolamento. Entretanto, para correntes de seqüên-
cia zero, tal como i^ = i^ = i = I cos o)t, a substituição
deste valor na equação (387) fornece:

31
Fm = cos (3y + rnt) + cos (3y - mt)
2

= 31 cos 3 y cos rnt

Do ponto de vista do rotor que gira em velocidade síncrona,


y = rnt, e esta onda FMM, devida às correntes de seqüência
zero, ê:
31 cos 3 ü)t cos ü)t = — I jcos 4 ojt + cos 2 cotj

Ela consiste de componentes de segundo e quarto harmônicos


que induzem correntes no rotor e correspondente aquecimento
do r o t o r .

p o t En c e a n o e n t k e f e k r p e n o e i x o d a m Aq u i n a p a r a f a l t a s dese q u i l i b r a d a s

A potência elétrica líquida real transferida do


eixo é de interesse na determinação do comportamento da ma­
quina durante condições de falta.
Da teoria dos componentes simétricos, a potência
média, em qualquer ponto dado em um circuito em por unidade
da base de potência trifãsica, é:

E, I-, COS 0^ + E0 cos 0„ + E I cos


1 1 2 2 2 O o

A potência no entreferro pode ser deduzida somando-se a per­


da da potência no estator ã potência de saída nos terminais
da máquina.
Tomemos o caso de uma falta de uma linha para ter­
ra, através de alguma resistência. O diagrama de seqtiência
da rede é mostrado na Figura 47, dando equações das variá­
veis de seqüência.

Fig. 47
Usando a equação (389) , a potência PT nos termi­
nais e:

cos 0-| + cos e2 + COS 0. (389)

Da Figura 47, onde a única fonte ativa ê E ^ , temos:

V1 I, cos 01 = I,2 3rf + I02r0 + I22r2

= I * [3rf + rQ + r2]

(390)

1^2I I ^2I cos = ~ *2 r2 = ~ *1 r2

|Vj|I| cos 0 = - I 2r = - I 2r
1 0 11 0 1 0 0 0 1 0

Portanto, usando a equação (390) em (389):

P 3r
T f ■

Agora a perda de potência no estator é:

I) r-j + I2 restator + *o ro

onde a perda de potência de seqüência negativa é apenas a-


quela devida âs perdas no estator. Lembremo-nos de que a re­
sistência de seqüência negativa r^ ê constituída de restator+
r^/ 2 , onde r^ ê a resistência equivalente do rotor.

A potência total no eixo é aquela transferida a-


través do entreferro, mais aquela convertida para suprir as
perdas do rotor. Lembremo-nos que metade das perdas do ro­
tor da seqüência negativa é suprida pela conversão da ener­
gia de seqüência positiva, enquanto que a outra metade é su­
prida pela conversão da potência mecânica. Portanto, a po­
tência total no eixo ê:
da fonte de da potência
seqüência positiva mecânica

+
'i2 t3rf , r i ' restator

I]2 [3rf + r} + r2 + rQ] + I£2 (r2 - r )


estator

visto que Ix = I2 = I0 e r2 = restator + r/2.

A equação (391) mostra que a potência do eixo po­


de ser deduzida a partir do circuito equivalente da Figura
47, calculando-se a potência de seqüência positiva da fonte
e somando o conjugado de freio fornecido mecanicamente,dado
pelo segundo termo em (391) . O efeito de faltas desequilibradas
de um ponto de vista da potência da carga é determinado a-
propriadamente pela conexão das redes de seqüência zero e ne­
gativa, da maneira adequada, conforme é necessário para de­
terminar as correntes de seqüência correspondendo â falta particular. A
potência de seqüência positiva resultante em uma tal ccnexão representa
a potência real fornecida eletricamente pela máquina.
Devemos notar que a potência no eixo calculada desta
maneira não inclui componentes, devido a perdas geradas por
correntes harmônicas e por correntes de Foucault.
A dedução acima justifica o método de representa­
ção do efeito de carga de faltas pela conexão das redes de
seqüência zero e negativa, agindo como uma carga na fonte de
seqüência positiva. Quando os efeitos de aceleraçãoe de re­
tardamento no eixo são vistos, a potência fornecida mecani­
camente através do efeito do motor de indução pode ser acres­
centada.
CAPÍTULO 9

MÁQUINAS DE INDUÇÃO

Os circuitos equivalentes de uma máquina síncrona


e as teorias de representação dos efeitos das máquinas sín-
cronas podem também ser aplicados para representar a ope­
ração das máquinas de indução. Uma simplificação é imedia­
tamente possível, ou seja, devido à construção simétrica do
rotor, os circuitos equivalentes dos eixos d e q são idên­
ticos nas máquinas de indução. Além disso não há fontes de
excitação no rotor.
A Figura 48 mostra o circuito equivalente dos ei­
xos d e q para uma máquina de indução. Para simplicidade,os
efeitos do rotor são representados por somente um circuito
em cada eixo.

Ll rl

Fig. 48
A máquina de indução é caracterizada pela opera­
ção assíncrona, ou seja, a velocidade do rotor w ' é dife­
rente da velocidade da onda FMM estabelecida pela freqüên-
cia das correntes de seqílência positiva equilibrada no es­
ta tor, ü).
A diferença entre a velocidade do rotor e a velo­
cidade síncrona é chamada de escorregamento, s = oo - ui* - Se
a) e o)' são expressos em por unidade com tü como base, s ê o
escorregamento por unidade. Usando transformações d, q, obte­
mos as quantidades da armadura ao longo dos eixos ortogonais
fixos no rotor.

ed * § [ea cos w t + eb cos («‘t-120) + ec cos (oj't+120)]

e„ = - 4 [ea sen u>'t + eh sen (w't-120) + e sen (u't+120)]


CJ o a D C
(392)

Para tensões equilibradas com freqtiência ü>, temos:

ea = e sen wt
a

e^ = e sen (üot-120)

ec = e sen (tut+120) (393)

A equação (392) torna-se:

e sen st
edl (394)

= - e cos st
qi
Isto é, os componentes d e q da tensão da armadura tornam-
se quantidades senoidais com a freqüência do ésoorregamento .
Escrevendo as equações de tensão para o estator
(subscrito 1 ):
di|j
dl
'dl dt " ^oi
yql 0-s) - >iidi = e sen st
(395)
di|>
+ 4<dl0-s) - r]iql = - e cos st
"ql dt

e para o rotor (subscrito 2 ):

d*d2 .
dt 0
^d2r2 =

(396)

“V + 0
dt iq2r2 =
onde

♦dl ' (Ll+Lm^ 1dl+1d2 Lm

♦d2 = ‘ Lm1dl+1d2^L2+Lm^
(397)
*ql = - <L, V 'ql+1q2Lm
II
CVJ

" Sn1dl +
cr

Substituindo a equação (397) em (395) e (396):

e sen st = - O-l+Lm)-^ + lm (1"s)-riidl

-e cos st - - ( L ^ ) + Lm - C(L1+Lm )id-id2Lm3

di di
d2
L + (L9+Lm )
m dt 2 m dt + nd2r2

di„., di
0 conjunto das equações (398) é formado por equações dife­
renciais lineares com tensões senoidais aplicadas com a fre-
qüência de escorregamento st. Portanto, há uma solução de re­
gime permanente, para a qual as variáveis dependentes i^,
iql' ^dl e ^ql s®° tamk®m quantidades alternativas na fre-
qüência de escorregamento. A solução do conjunto pode ser ob­
tida com o uso de números complexos.
Definindo:

edl = *■ <En,eJSt> «. Kfí. E ^ 5*}


II
-Oru

(399)

Da equação (399):
m >

ti

!hl à E
Q ã

- JE

onde E ê o valor eficaz.

Se I ^ , Iql' Jd2 e Iq2 sao os fasores represen­


tando os valores eficazes das variáveis senoidais i,,, i , ,
dl ql
i d2 e iq 2 com freqüência s, então, as equações (398) podem
ser escritas como:

E = - js (L1+Lm) I dl

A /V

(400)
+ Iql'Iq2Lm^ *''s* ' r1'dl

-JE - - Js (L,+Lm) í q) * JsLroÍ q2

CO-,+1») I d, - w 0 -s ) (401)
rl‘ql
(402)

(403)

A solução destas equações, ou considerações de simetria,for­


nece rã:

(404)

Usando a equação (404) em (400) e simplificando:

(405)

Dividindo a equação (402) por s:

(406)

As equações (405) e (.406) podem ser representadas pelos cir­


cuitos equivalentes na Figura 49, onde a base de tempo é 1/co
e onde todas as quantidades estão na freqüência de escorrega-
mento. Convertendo para componentes de fase (transformação
inversa d , q ) , temos:

e E sen st cos (1-s) t


a

+ /2E cos st sen (1-s) t

(407)
= E sen (t)

e de maneira semelhante para correntes:

*31 = ã ^1 S6n (t) (408)


Fig. 49

Portanto, o circuito equivalente para a máquina de indução


para quantidades de fase em regime permanente é dado pela Fi­
gura 50, onde a base de tempo é dada em segundos.

jwLj jüiLg

Aqui todas as quantidades são fasores na freqüência do es-


tator.
Visto que a perda por resistência real por fase no
- 2 - '„
rotor e I 2 r2 , o balanço da potência transferida ao rotor e:

f - h ZT - h 2 r2 * h 2 <409)

Esta é a potência mecânica transferida ao eixo. Outra forma


familiar do circuito equivalente ê mostrada na Figura 51,on­
de a potência no rotor, é identificada como a perda por re-
, 2 2
sistencia I 2 r 2 e potência do eixo I 2 .r2 (l - s)/s.

Fig. 51

O sentido das correntes ê mostrado, para o caso da operação,


como um motor de indução, caso em que "s" é positivo,ou se­
ja, a velocidade do rotor ê menor que a velocidade síncro-
na, e a transferência de potência para o eixo ê positiva, co­
mo pode ser visto na equação (409) . Evidentementé ,se a trans­
ferência de potência através do entreferro de um motor de
2
indução e PAG = i 2 r 2/s, então, a perda de potência real no
rotor é ^-2r2'
Visto também que Pm = <i)'T, onde Pm = potência do
eixo, T = conjugado e w ' = (1-s), é a velocidade no eixo,da
equação (409), temos:

T = i
*2 s
^ — (410)

O circuito equivalente do motor de indução pode tam­


bém ser deduzido da seguinte analise dos conceitos fundamen­
tais de corrente alternada em regime permanente. O estator
e o rotor do motor são análogos aos enrolamentos de um trans­
formador. Com o rotor estacionário (rotor bloqueado),o caso
é análogo àquele do transformador com secundário curto-cir-
cuitado.
Considerando as bobinas de uma fase do estator,
a tensão nos terminais desta fase pode ser expressa como:

E1 * Em l + h ( r l + j x l } (4 1 1 )

onde E. é a tensão induzida devida ao fluxo do entreferro,


ml
ê a reatância de dispersão das bobinas e é a resistên­
cia das bobinas do estator. Para cpndições de regime perma­
nente equilibrado, todas as variáveis da equação (411) , in­
cluindo a tensão induzida E ,, devem ser senõides de fre-
qüência fundamental. O fluxo do e n t r e f e r r o é o resultado lí­
quido da FMM produzida pelas correntes do rotor e do esta­
tor. A FMM produzida por correntes equilibradas do estator
de freqüência fundamental resulta em uma onda que gira em
velocidade síncrona ao longo da periferia do estator. Isto
foi deduzido na discussão dos enrolamentos do estator de uma
máquina síncrona. A FMM produzida pelas correntes do rotor
deve, igualmente, resultar em uma onda que gira em velocida­
de síncrona em relação ao estator. Se o rotor é estacioná­
rio, isso ê automaticamente produzido pelas correntes do ro­
tor de freqüência fundamental, que são induzidas de maneira
bastante semelhante ao caso do transformador. Com o rotor a
alguma velocidade w', onde s = to - io' = esoorregamento, a FMM
girando sincronicamente em relação ao estator recebe con­
tribuição das correntes do rotor de freqüência de escorregamen-
to, produzindo rotação da FMM em relação ao rotor â freqüên­
cia de esoorregamento, o que, acrescentado à velocidade do
rotor, resulta em uma FMM girando sincronicamente com rela­
ção â estrutura estacionária do estator.
Se a tensão induzida no estator pela onda de flu­
xo que gira sincronicamente é representada pelo fasor Em 1 ,
então a mesma onda de fluxo induz uma tensão s E ^ de freqüência do
esoorregamento no rotor. É esta tensão que faz surgirem as cor­
rentes de freqüência de esoorregamento no rotor, ou seja:

sEml = ^R2 + ^ sX2^ 12 (412)

onde é a reatância de dispersão do rotor, medida na fre­


qüência fundamental de fornecimento.
Dividindo a equação (412) por s:

Eml ■ <413)

O fluxo do entreferro é o resultado das FMM, devido â cor­


rente do estator 1 ^ e corrente do rotor 1^.
Expressando esta equação em termos de reatância
magnetizante jX^, temos:

Eml = jXm (I1"I2). (414>


As condições das equações (411), (413) e (414) são preenchi­
das pelo circuito equivalente da Figura 51.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. C. Concordia, "Synchronous Machines", John Wiley &


Sons, Inc. New York, 1951.

2. Electrical Transmission and Distribution Reference


B o o k , Westinghouse Electric Corporation, Fourth
Edition.

3. S.B. Crary, "Power System Stability", Vol. I, John


Wiley & Sons, Inc., New York, 1945.

4. Fitzgerald and Kingsley, "Electric Machinery",


McGraw Hill Book Co., 1952.
PROBLEMAS

PROBLEMA N? 1

Componentes d-q-o

A transformação d-q-o (Eq. 32) transforma as ten­


sões, correntes e enlaces de fluxo da máquina síncrona em
relação aos novos eixos de referências:eixos direto, em quadra-
tura e seqílência zero. Os eixos d-q relativos aos eixos das
fases são mostrados abaixo:

A) Para uma carga equilibrada e ligada aos terminais de


um gerador, as correntes de fase instantâneas são:

i = I .sen (cot + 0) ; i, = I .sen (rnt + 0 - 120°)


a m d m
*
i = I .sen (cot + 0 + 120°)
c m

1) Encontre i^. i e i
d' q o
2) Qual é a freqtiências dessas correntes ?

B) Para uma falta entre fase e terra na fase a,noster­


minais de um gerador solidamente aterrado, as cor-
rentes de fase instantaneas sao:

i = I .sen (cot - a) ; i, = í = o
a m b c
onde a é um defasamento constante arbitrário.
d Encontre os componentes d-q-o da corrente.
2 ) Que freqüências existem nessas componentes ?

e) Na aplicação abrupta de uma falta trifásica, apare­


cem componentes CC nas correntes de fase. Sejam es­
tes os componentes CC:

I
a
= 1 /2;
m' '
i, = I / 2 ;
b nr '
Lc = - I m
cc
D Encontre os componentes d-q-o desses componentes CC
das correntes de fase.
2) Qual a freqüincia desses componentes ?

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N9 1

A) 1) id = 2/3 [ia COS 0 + cos(e - 2ir/3) + ic cos (6 + 2tt/3)]

= 2/3 Im [sen(tüt + 0) cos üit + sen (wt + 0 -2ir/3)cos (wt - 2ir/3)

+ sen(a)t + 0 + 2tt/3) cos(ü)t + 2ir/3)]


I
= — [sen(2wt + 0)+sen 0 + sen(2ü)t + 0 -4ir/3) + sen 0

+ sen(2u)t + 0 + 4tt/3) + sen 0]

= I sen 0
m
De modo semelhante:

i = -2/3 [iasen 0 + ±bsen(0 - 2ir/3)+icsen(0 + 2tt/3)]

= -I COS 0
m

*0 - 1/3 + *b + ^ “ 0
2) e i são grandezas CC.

B) 1) = 2/3 [i sen(ü)t - a) cos cot]

= 1/3 [sen(2a)t - a) + sen (-a)]


i =-2/3 [i sen(wt - a) sen wt]
q *• m
= 1/3 [cos (-a) - cos( 2w t - a ) ]
i = 1/3 [i sen(ut - a)l
o L m J

2) As freqüências em e i são CC e segunda harmôni­


ca. A freqüência em i é a fundamental.

I I
C) 1) = 2/3 cos (üt + — cos(o)t - 2tt/3) -I^c os (o)t + 2tt/3)]

= -I cos (cot + 2 tt/ 3)


m

I I
i = -2/3 [— sen cot + sen(o)t - 2ir/3)-Imsen (wt + 2tt/3)J

= I sen(wt + 2ir/3)

= i = 1/3 [i /2 + I /2 - I 1 = 0
o L m m' mJ

2) Freqüencia fundamental w.

PROBLEMA N9 2

EIXO d

\
Supondo que os enrolamentos das fases a, b, c, são
enrolamentos trifãsicos equilibrados e distribuídos senoidal-
mente ao longo da periferia do estator, e que a permeância
do circuito magnético, ao longo dos eixos d e q,sejam, res­
pectivamente, P, e P , mostre que o componente da indutância
prõpria do enrolamento de fase, que varia com um período de
180°, ê igual ao componente variável similar da indutância
mutua entre os enrolamentos das fases; ou seja, mostre que:

o = |
aa aao + Laa2 cos 26
e
+ La a 2 cos 2 ( 6 - 6 0 ° )
^ab ^“abo

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N9 2

Considere a corrente unitária na fase "a” , e que o


eixo d esteja 0o adiantado em relação ao centro magnético da
fase a.
Então os componentes do fluxo do entreferro, ao
longo dos eixos d e q, são:

0 d = P d cos 0

0 = -P sen 0
q q

O enlace de fluxo com a fase "a" é obtido da re­


solução desses fluxos ao longo do eixo da fase "a", com uma
constante k de proporcionalidade.

*a k 6^ cos 6 - k 6 sen 6
q
2 2
kP^ cos 6 + sen 0
"q
,P . + P ) ,P . - P \
kK ( d 2 -V u (d q) cos 20
2
-J- = L + L cos 20
i_ aa„ aa9
a o c.

onde (P d + Pq)
'aa.

(P , - P )
L = k v d____ q/_
aa^

O enlace de fluxo com a fase "b", devido acorrente


unitária na fase " a " , ê obtido pela resolução de 0^ e 0^ ao
longo do eixo da fase "b".
0
ij>b = 0d cos (0 - 120°) - 0q sen (0 - 120u);
Ox
= kP^ cos0 cos(0 -120°) - kPq sen0 sen(0 -120°)

Pd + % , Pd - P
= -k + -- ? q cos 2 ( 0 - 60°)

-r— = L,h + L cos 2(0 - 60°)


1a abo aa2

P.+ P
onde d____ a
Lab = -k
o

Pj - Pn
_d____ q
Laa2 = k

PROBLEMA N? 3

Para a máquina do Problema n9 2:

a) Calcule a corrente de campo, em arepères, que dará 1


p.u. de tensão na armadura, na linha de entreferro,
em circuito aberto.
b) Qual é a tensão de campo, em volts, para essa con­
dição ?
SOLUÇÃO DO PROBLEMA N9 3

a) ^ d ^ d = X '°

. *. I 1/0 1,124 p.u.


fd
0,89

I . .base 2.100 A
fd

Portanto, a corrente de campo, que origina 1 p.u.


de tensão na armadura, na linha de entreferro, em circuito
aberto é:

1,124 x 2.100 = 2.360 A

p.u.
b) 6 fd

0,0081 ohms
x 1,124 p.u 0 ,000401 p.u.
22,7 ohms

e,.,volts 0,000401 p.u. x e fdbase


fd
VA base
0,000401 x -j--------
fd base

1 .000.000 x 103
0,000401 19,1 volts
2.100

O mesmo resultado pode ser obtido por:

e fd = i fd (A) x rfd (ohms)

= 2.360 x 0,0081 = 19,1 volts

Notemos que esse valor de tensão em volts ê conside­


rado como base E ^ d ; ou seja:

^fd base ~ ^r fd ^ e fd base


ad

isto é, a tensão de campo, em regime permanente, produz 1,0


p.u. de tensão na linha de entrefeírro, em circuito aberto.
Da relação acima, é evidente que:
E fd = e fd base _ Xad

e fd E fd base rfd

PROBLEMA N 9 4

Os circuitos equivalentes da máquina de pólos sa­


lientes são dados a seguir:

Ud

rkd

-nmr-

Lq(s)=Xq(s) -aq

com as seguintes constantes:

0,11 0 ,0005
rfd "

r ad * 1 ,3 7 kd = 0,015
i"1

II

0,16 0,20
Q.
-h

r kq "
0,15 0,85
r kd ■ *-aq
1»-

0,030
II
cr

a) Expresse as impedâncias operacionais X^(s) e ís) ,


como uma relação de polinômios em s.

b) Fatore essas expressões e expresse-as na forma:


0+Td's)(UTd"s) Xd
*d<s)
(,+TV > ( ' * T d0"s)

X (1+S T ')
V * > ■ i 1+sTqo'■)'

c) Compare estas constantes de tempo fatoradas com os


valores aproximados fornecidos pela expressão da p a ­
gina 81.

d) Um condensador síncrono descrito por esses circuitos


estã operando com potência ativa zeroe com 0,5 p.u.
de carga capacitiva (sub-excitado) e sob tensão ter-
minal unitária. Obtenha o diagrama vetorial em re­
gime permanente, e forneça o valor da corrente de
excitação X ^ . T .

e) Uma oscilação sustentada por uma causa externa re­


sulta em flutuação de correntes reativas de 0 ,1 p .u.,
em uma freqüência de 0,2 Hz. Calcule as flutuações
correspondentes na tensão e na corrente dé campo nos
terminais do condensador síncrono. Considere a ten­
são de excitação constante

g) Uma oscilação sustentada por uma causa externa re­


sulta em flutuações de 0,1 p.u. em torno do ponto ze­
ro da corrente ativa. Quais são as flutuações cor­
respondentes na tensão e corrente de campo, nos ter­
minais do condensador ? Considere a tensão de exci­
tação constante.
SOLUÇÃO DO PROBLEMA N? 4

a) e b)

s l ad2 [ ( r kd * rfd> * (Lkd * Lfd) s J___________


Lo<s> ■ ld -
s ^LkkdLffd‘ Lad2* * s *4kdrfd + Lffdrkd*+ rkdrfd

(Veja a equação (160)).

s 1,3^ [0,0155 + 0,31 s]


* 1.41
s 20 , 4 5 x 1,46 - 1 ,3 2) + s (1,45 x ,0005 + 1,46 x ,015)

+ 0,015 x 0,0005

0,1 Is

L
= s2 0,079 + s 0,00580 + 1 ,4 1 x 0.0075 x 10~3
d(s) S2 0,428 + s 0,0226 + 0,0075 x 10"3

Raí ze s :
numerador: s = 0,0019
s = 0,0716
d e n o m in a d o r: s = 0 ,05015
s = 0 ,3 4 9 x 10
1,41 (1 + 526 s)(1 + 14 s) ^
Ld(s) " Xd(s) (V +19T9 s )(1 + 286Õ~s)

s Laq_
L_ - 0 96 - ___s Q>85
Lq(s) = Xq(s) u,yo 0,03 + 1,05 s
trkq + s Lkkq

= 0,96 (1 + 9,93 s)
(1 + 35 s)

Lffd _ 1,46
c) Tdo 2920
0,0005

L
j 11 = 1 (l j- _f_ÍÉ) =__ ]_ (0 15 + P-^P -
x-I?-3.) = 19 5 |
'do rkd 'Lkd ' Lffd • 0,015 ^u>l5+ 1,46 1 i^= |

KT = L* + ^ r = 0,n
L " = L +
1 1
Ld 4
= 0,11 +
J_ +_L + 1 , 1 , 1
U j
‘ad L,.j
kd Ufd T73 0,15 0,16

= 0,1832

Ldü t s t £ W » 1 t s r f Tdo'
*d(s) O * s Td0')(l + s Trf„" )
do

_ 1,41 (1 + 521 s)(l + 14,18 s)


” (1 + 19,5 s)(l +2920 s)

d) Ai
EI ~ Xa d 1fd

= 1,0 - 0,5 x -X eixo q


= ^ F
= 0 ,2 9 5 p. u.
! EI Xad1fd 1dXd lXc

i e ix o d
e) Ai^ = 0,1 sen (0,2 x 6,28 t ) , t em segundos

= 0,1 sen (0,2 x t) , t em p.u. = 0,1 e^ü)*:

onde ü) = 0,2 x ■

= 0,00333
Aeg (jaj) = - Ai d (jw) Xd (jtú)

dijj
(desprezando os termos — - *3 )

= ~ 0>1 x 1,41 (l+526xj 0,00333)(l+14xj 0,00333)


(1+19,9xj 0,00333)(1+2860 x j 0,00333)

= ~ 0>1 x 1,41 (1+ j 1,75)(1+ j 0,0467)


(1 + j 0,0663) (1 + j 9,52)

X d (ju>) = 0,296 / -24,9° note que X ' = 0,252

Ae (jw) = 0,0296 / 155,1° p.u.

Flutuações na tensão terminal Ae = Ae^ = 0,0296 p.u.

Ai
sLad (rkd + sLkd>
Ai
fd
A(s)

Veja equação (154), com Ae 0


fd
com s = jrn = j 0,00333

0,1 x j 0,00 333 x 1,3 (0,015 + j 0,00333 x 0,15)


- 0,428 (0,00333) 2+ j 0,0226 x 0,0033 + 0 ,0075 x 10

Ai-fd = 0,086 3 p.u.

jwt
Flutuações da corrente ativa = Ai^ = 0,le

0) = 0,00333

Ae , = - AtO = Ai X
d rq q q

0,1 x X (1+ jO,93 x 0,00333)


Ae, (jm) = Ai X (jco)=------- ^3--- ---------------
q q (1 + j 35 x 0,00333)

= 0,1 x 1,008 / 6,64°

Aed = 0,0944

O efeito na tensão terminal ê desprezível porque:

2 2
e + e
q

2e Ae = 2e, Ae, + 2e Ae
o do d qo q

Desde que e dQ = 0
Ae - 0

Notemos que já foi desprezado o termo d ^ / d t em seu efei­


to sobre Ae , e o termo diK/dt em seu efeito sobre Ae,.
q rd d

Se Aip = 0,0944 x sen (0 ,0033 t)

dij> _
Então: — % q— = 0,0033x0,094xcos (0 ,0033t) 0
PROBLEMA N9 5

f
■O

Em uma maquina de rotor cilíndrico, operando em


circuito aberto, na tensão e velocidade nomi n a i s , é desli­
gado seu campo e, simultaneamente, inserido um resistor de
descarga.
Calcule a corrente de cairpo, tensão de campo e tensão na
armadura para as seguintes condições, desprezando a satura-
çao
a) O circuito equivalente para o eixo d da maqui­
na é representado sem os efeitos do amortece­
dor, como esta indicado abaixo:

— rm x

Base trifãsica = 100.000 kVA

rfd = 0,0005 p.u.


Corrente de cairpo para 1 p.u. de tensão na linha de entre-
ferro = 1.000 A
Rssistor de descarga do cairpo = 0,228 ohms

b) Repita o calculo, considerando, agora, os efei­


tos do amortecedor, como estã representado pelo
circuito equivalente que segue.
L*

Lkd

rkd

= 0.0005 p.u.
"fd
= 9 s
Táo
= 0,2 p.u.
*kd
= 0,995 p.u.
kd

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N9 5

a)

-Jí.

Dado T' = 9 s = ■ Ifd x 1


do (jÚ
-fd

= 9 x rr , x
•* L ffd fd

= 9 x 0,005 :

L = L + Ti
ffd ad fd

= 1,7 - 1,3
L fd

Dados: I,.,L , = 1,0


fd ad '
1.000 A
Ifd
H 1,0 1,0
p .u.
II
M-i
L ad X '3

base = 1.000 x 1,3


’fd
= 1.300 A

,___ 30 VA base 10.000 x 10 '


Também: e „ base = — £— :
— r----- = 77.000 volts
fd I-, base 1.300
fd

fd base 77.000
= 59,2 ohms
rfd base = ~T 1.300
fd base

A resistência de descarga do campo, Rp, expressa em p.u. ê:

°5f92228 = 0,00385

As condições do circuito, no instante da aplicação da resis­


tência de descarga e desligamento da fonte de excitação,são
descritas pela equação diferencial abaixo, a qual ê resol­
vida pelo método da transformada de L a p l a c e .

dl
fd
0 = L
ffd dt + Ifd (rfd + RD )

0 L ffd s If d (s) L ffd Ifdo + Ifd (rfd + RD }

p.u.
fdo 1.3

L ffd I fdo
‘* Tfd(.s) (r_ + R_) + s L
[ f fd]

1,7/1,3
(0,00385 + 0,0005)1
1 ,7 [s + 1,7 J
0,769
(s + 0,00256)
-0,00256t
If d (t) = °'769e
Corrente de campo = 0,769 e 0'^65t (t em segundos)

„ . , , , > t radianos
Note que t (segundos) = -------------

Tensão de campo; e ^ = Rp 1 ^ = 0,769 x 0,00385 p.u.

= 0,769 x 0,00395 x 77.000 volts

ooo volts
= - 228 14. e-0,965t

e £ . era 0,769 x 0 ,0005 x 77.000


fdo *

= 29,6 volts (condição inicial)

Tensão da armadura em p.u. =

= T
L - = 1,3 nca e-0,965t
Í i xo 0,769
ad fd
-0,965t
= 1,0 e

b) Considerando os efeitos dos amortecedores

Lkd

r kd

I
fd (s)[ (rfd+RD )+Lffds]+Ikd L adS L ffd ^fdo

I (s) L ,s + I. . (r, , t sL. . , )


fd ad kd v kd kkd L ad Ifdo

Note que I., = 0


kdo

e
L ,s
L ffd Ifdo ad

Lad Xfdo (rkd + sLk k d }

L
(rfd + RD 5 + L ffdS ad

L ad
^.s + sL. , ,)
(rkd kkd

1,7/1,3 l,3s
1,3/1,3 (0,005 + sl,5)

(0,00435 + sl,7 s 1,3


l,3s (0,005 + sl,5)

___________ 0,00654 + s 0,66___________


0,2175 x 10-4 + s 0,01503 + 0,86s2

, x _ 0,00654 + s 0,66
Xfd S 0,86 (s + 0,0159)(s + 0,001582)

Tomando a transformada inversa:

I _ , = K i£ -0,001582 t + - 0 ,0159t
fd 1 2

0,00654 - 0,66 x 0,001582


K,
0,86 (0,015.9 - 0,001582)

= 0,4466

0,00654 - 0,66 x 0,0159


K,
0,86 (0,001582-0,01582)

= 0,323

I fd = 0,446 e-°'596t + o,323 e~6t

Ikd = 0,3535e-0,596t - 0,3535e”6t

Tensão da armadura = ^d p.u. = (Ifd + Ik d ) L ad


= 1,04 e
-0,5961
' 0,04 e 6t

Tensão de campo (p.u.)

= «D Xfd

= 0,00385 x [0,446 e- 0 ' 596t + o , 323 e_6t]

= (0,00172 e“ ° '596t + 0,001244 e ~ 6 t ) p.u.

= (132,5 e + £ v o ]_ts
PROBLEMA N9 6

Ilustre o conceito de reatância transitóriae ten­


são atrás da reatância transitória, reatância síncrona e ten­
são atrás da reatância síncrona, no caso de um condensador
síncrono inicialmente operando em 0,5 p.u. de potência rea­
tiva (sub-excitado), sujeito a uma falta trifásica no lado
de alta tensão do transformador.

e = 1,0

X t = 0,10

Q = 0,5

Suponha que o circuito equivalente do eixo d do condensador


(desprezando os amortecedores) seja:

onde: L
£ = 0,15 p.u.

L ad = X '3 P-u '

L fd = °'4 P-u -
= 0,0005 p.u.

1
do 377
SOLUÇÃO DO PROBLEMA N9 6

Desprezando os amortecedores, a corrente de curto-


circuito pode ser caracterizada por dois valores:
1 . 0 valor inicial (transitório) determinado pela di­
visão da tensão inicial atrás da reatância transi­
tória até a falta.
2 . O valor final (regime permanente), determinado pela
divisão da tensão inicial atrás da reatância síncro-
na, pela reatância em regime permanente até a falta.
A reatância transitória do condensador é:

0,456

A reatância síncrona do condensador é:

Xd = xad + X * ' 1 '45 P ’u

A tensão atrãs da reatância transitória, nas con­


dições iniciais', é:

e + jlX^ = 1,0 + (j 0,5) (j 0,456)

e' = 1,0 - 0,228 = 0,275


q

A corrente inicial (transitória) é:

0,772
1,39 p.u.
0,456 + 0,10

A tensão atrãs da reatância síncrona, nas oondições


iniciais, é:

e + jlX^ = 1 + (j 0 , 5 ) (j 1,45)
E = 1 - 0,725 = 0,275

A corrente final (regime permanente) é:

0,275
i = 0,1775 p.u.
d 1,45 + 0,10
A transição do regime transitório para o regime per-
manente ocorre com a constante de tempo efetiva.

mi = rp, U d + V = 9 x (0,456 + 0 ,10 )


(1,45 + 0,10)
dZ do (Xd + V

= 3,24 seg.

Portanto, desprezando a corrente de deslocamento CC,


o valor simétrico da corrente de curto-circuito (valor CC de

■V ê:

'I -i ,-t/TU
1d (X. + X,.) + h x T T •]
d • ~t' (xd + V (xd + V

= 0,1775 + [1,39 - 0,1775] e-t/3,24

= 0,1775 + 1,2125 £-t/ 3 '24

0,1775

Prove esses resultados, a partir das equações bá­


sicas. Despreze os efeitos do deslocamento CC, omitindo os
termos dij//dt, nas equações de tensão na armadura.
Equação de tensão na armadura:

e = iú (i , ( 1 )
q d

Equação da corrente na armadura, obtida da condi­


ção da rede após o curto-circuito:
e
i = -3-
d

Equação do enlace de fluxo na armadura:


Equação do enlace de fluxo no rotor:

i = I rJ (L j + L-j) - i, L j
yfã fd ad fd d ad ( 4 )

Equação de tensão no rotor:

d*fd +
( 5 )
e fd dt rfd Jfã

Todas as equações são algébricas, exceto a (5), que


é equação diferencial, expressa abaixo em forma de Transforma­
da de Laplace, como segue:

( 6 )
e f d <s) = ^ f d 13» - +fdo + rfd W 31

onde é a condição inicial determinada a partir das con­


dições de carga antes do curto-circuito, e e^^(s) = e^/s,
onde e ^ ê igualmente determinada das condições iniciais de
carga. N,o que segue, to será considerado como 1,0; então, os
L e X serão usados um pelo outro.

De (1) , (2) e (3) :

i, X = iK
d d rd

i, X^ = I ^ X , - i , (X , + X.)
d t fd ad d ad Z

fd ad
ou ( 7 )
Xã (X
ad + X * + V
Substituindo (7) em (4) e multiplicando por X _ ^ (X_^+X^) :

2
Ic JC , X ,
, AA
ad X
, ,
_ x v fd ad ad
e- ' i. \ ^ j l.pjx
1 <Xad + X fd> £d " fd ad <Xad + h + V (Xad + Xfd>

Substituindo (8 ) em (6 ), vem:
ad
T 5 x „Xf x M ' s « a d V (s)
ad fd <Xad + X£ + V <Xad + Xfd>
X
r£d(XadIfd>(s) ad
<xad + V Xad + X£d fd°

e,-, X , X
OU fd ad ad
s X , + X ,, X , + X_, rfdo
ad fd ad fd
í s >
X
'fd ad
+ s [1 - ■]>
lX , + X „
ad fd (Xad + X£ + V (Xad + xfd>

e usando (7)
X , e-,
ad r fd . i
Xad + Xfd S W
id (s) =

fd ad
(X , + X„ + X j {-
ad Z t' X , + X.., + s [l- ) 3
ad fd (xad + x£ + xt> (Xad + Xfd>

ou seja:

Xad [ efd + W l
id (s> ■
X * I
SX (X +
ffd d
xt) [í - ,Y ,aQ„ , ,Y— r] [s + ------ --------
(Xd + Xt) ( X f f d ) J L 2
X
ad
ffd [!-•
L (Xa+Xt)XffdJ

onde: X , = X , +
ffd ad fd

X, = X , + X„
d ad Z

Tomando a inversa de Laplace da equação (9):


-e-.X
fd ad yfáo ad
=
r £d'Xd + X t» X
ad
<Xd + X t ) X f£d 1
<xd + v x ffa

X X
f fd ad
T =
[>-
"fd <Xd + V (Xf£d>

Mas, das condições iniciais, usando (3):

X , l_, = r|», + i , (X , + X.)


ad fdo do do ad %

= iK + id (X,) = E t (10 )
M o do d I

e da equação (5):

'fd r fdIfd

’fd
= E ( 11 )
I X
ad

Também da equação (4):

.. = l „ (X . + X-,) - i. X .
rfdo fd ad fd do ad

X X
ad ad
X--, rfdo fdo ad do X--,
ffd ffd

E I - "do (xd - xá }

il>, + i, XJL = e 1
rdo do d qo

Usando (11) e (12) em (10):


+ (- l22_ M e ' tA
id (t)
xd + xt xd + x t

C«l + V + ffd

- + { ____ 32 1 } e-t/TdZ
x x' +
Xd + Xt d ' xt Xd + X t

Onde
X
ad
TdZ Tdo t1
« d + x t> ‘W '

<x f t X t) t<x * + V +

« d + v
= T
do
« d + x t>

Este ê o mesmo resultado jã obtido anteriormente.

Outra maneira de abordar o problema é:

Comece com a equação (7):

If , X ,
fd ad
( 7 )
d ^ a d + W (Xad+W (xd+Xt>

Agora visualize E^ como sendo a tensão interna a-


trãs da reatância síncrona, que pode mudar transitoriamente.
Ou seja, em vez de se visualizar o fenômeno transitório co­
mo sendo causado pór uma variação da reatância, pode-se vi­
sualizá-lo como sendo causado por uma variação da tensão in­
terna Ej, ou FMM da corrente de campo, atras da reatância
síncrona constante. A expressão para esta "tensão interna",
ou FMM da corrente de campo, e:
'fdo xad
^ ____xad
^
xad
^X. Kfdo
ad fd fd,
EI (s) =
X*?fâ[a)
X
fd ad
+ s [l -
X ,+X_
ad fd IXad+V Xt)(Xaci+Xfd J ' (13)

que pode ser expressa como:

e,, X ,
fdo ad
Ej (s)
(X +X. ) (X ’+X )
s r d nr]
fd 0 + P - ( y f + Y d [T do
á (xd+xt )
T áo (Xd+xt>

(14]
^fdo Xad

(X +X ) (x'+x )
r fs + _Ji____ d__ rT i ______2__
fd L Táo (Xd+Xt )J L d° (Xd+Xt )J

onde
X, = x . + X.
d ad £

X .X_,
x> = x + ad fd
d " * X ad+Xfd

X
X ad+ X fd f fd
T'
do
rfd fd

A expressão inversa de Laplace da equação (14) ê:


-t/T;dZ
E l(t) = K s + KT S

(x d + xt )
onde T' = T', ^ v v
dZ do (X, + X, )

e rj X ,
K = fdo ad X ad, 1*,
s fdo Io
rfd
- et + ^fdoX ad
kt = Io (X'+X.)
r _ ,T 1 d t
"fd^do (X^X,)
d t

^fdoX ad
(x d + xt )
E t +
Io
X ffd <Xd+V
(X' + X. )
E + e ' ___ d
Io qo (X' + X, )

Então:
Ej(t) = E Jo + AEj(t)

onde AE (t) ê o transitório da FMM da corrente de campo:

(X. + X j
--t/T*
dZ
“ i - 1- q o B 4 t, - « IoJ
Tj
a t

Usando a equação (7) para a corrente da armadura:

E T (t)
1d (t) = X +X
d t

-
E, 01
Io . r _ — 32- .-t/Tl
dZ
X X,+X
i+xt L xá+xt di+xt i

PROBLEMA N9 7

Encontre o componente de freqüência fundamental da


corrente de curto-circuito, durante um curto-circuito trifã-
sico nos terminais do gerador descrito abaixo, quando o mes­
mo é submetido, inicialmente, à carga nominal com tensão e
fator de potência também n o m inais.
Determine as correntes para os períodos subtran-
sitõrio, transitório e em regime permanente, tanto pelo mé­
todo de duas reações como pelo método do circuito equiva­
lente, para efeito de comparação.

E" Eq E‘ -o
-O
•— rm v ■r n r - •— t c t -
r a+jXd" r Q+ j X d ' ro + i x d

-o o-
SUBTRANSITORIO TRANSITÓRIO STNCRONO

Máquina 1 -• 500.000 kVA; 0,8 f.p

Xd = 1,6 X =1,45
4
0,30
Xd' =
X ’= 0,70 Xg " = 0 , 2 1
q
y »— 0,18
xd

1. Qual é a tensão de excitação Ej ? D e sp re z e a satura­


ção. Use o método das duas reações.

E~ =

q
2. Quais são as tensões atrás das reatâncias subtran-
sitõrias ?

E II
q
II
E
d

3. Qual é a intensidade da corrente de curto-circuito,


imediatamente após o curto-circuito ?
ii
I
d
i" =
n
I
q

4. Usando o circuito equivalente da Figura la, qual o


valor de E" ?

E" =

Qual o valor de I" imediatamente após o curto-circuito ?

I" =

5. Quais são os valores das tensões E^ e E^ atrás da


reatância transitória ?
6 . Qual ê a intensidade da corrente de curto-circuito,
cerca de 4 ciclos após o início do curto-circuito ?

Zd
I’ =
I' =
q
Usando o equivalente da Figura lb, quais são os va­
lores de E' e I ' ?

E'

I' =

7. Qual será a corrente de curtò-circuito em regime per^


manente, desprezando a ação do regulador de tensão ?

a) Calculada pelo método das duas reações.


b) Calculada pelo circuito equivalente da Figura lc.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N? 7

1. = e + ijx

= 1,0 sen 31,8° = 0,526

= 1,0 cos 31,8° = 0,85


Ov
= 1,0 sen (31,8 + 36,85) = 0,93

= 1,0 cos (31,8 + 36,85) = 0,364 /


q /
E = e +i,x"
q d d
= 0,85 + 0,93 x 0,18
= 1,017

E = e,-i x ”
d q q

= 0,526 - 0,364 x 0,21

= 0,450
E "
3 i 18 = __ 3_
°• a ~ »« ’ 5 '64

I " =
q
Ed, =
x "
j
?'!»0
0,21
=-2 . 1 4 p.u.
c

I" = / (5,64) 2 + (2,14)^" = 6,03 p.u.

4. E" = e + (£)jxd "

= 1,0 + (0,8 - jO ,6 ) jO ,18 = 1,108 + jO ,144

= 1,118

E"
I" =
-Vrrir- = 6 -2 p -u '
5. E ’ = e + i . x ,1
q q d d

= 0,85 + 0,93 x 0,30 = 1.129 p.u.

= e, - i ,x ' = 0,526 - 0,364 x 0,70


Ed ' d d q
= 0,271 p.u.

Id' - ------ k r w - = 3 -76 p -u -

I ' = ã = -0,271 q 287 p u


q x ' 0,70 V'*0 ' P ’U *
q

I' = / 3 , 7 6 2 + 0,3872 *= 3,78 p.u.

6. E' = e + ijx^' = 1»® + (0/8 - j 0 ,6) j0,30

= 1,18 + jO ,24 = 1,202 p.u.

1,202 - =
11 4,0 p .u.
0,3

+ 0,85 + 0,93 x 1,6


W

(a)
0)
II

V a *
H

tf

= 2 ,34
2,34 2,34
=
1,6 = 1 ,462 p.u.
xd Xd
(b) E e + ij = 1 ,Ò + (0,8 - j0 ,6 ) j l ,6

1,96 + j l ,28 = 2,34

2 34
I ~{f£ = 1,46 p.u.

PROBLEMA N9 8

O alternador de põlos salientes do problema n9 3,


parte C, estava fornecendo potência 0,8, quando desligou o
disjuntor do gerador.
a) Calcule a tensão e corrente de campo transitórias nos
terminais do gerador, supondo não haver saturação e
permanecer constante a tensão de excitação.Despreze
os efeitos do amortecedor.

d ' q ' d do
b) A saturação limitará essa tensão. Qual será a tensão
terminal em regime permanente ? A curva de saturação,
em circuito aberto, é dada pelos seguintes pontos:

e
ad Ifd
o
CO

0,8
1,0 0,95
1,07 1,0
1,25 1,1
1,5 1,2
2 ,0 1,3
3,0 1,4

c) Desenhe o diagrama para computador analógico, que


forneça a solução transitória para esse problema,in­
cluindo os efeitos da saturação. A constante de tem­
po efetiva, quando se considera a saturação, é maior
ou menor do que quando a saturação é desprezada ?

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N9 8

a) Condições iniciais desprezando a saturação:


E Q = e + jixg = 1,0 + (0,8 - j 0 ,6 ) j O ,9 = 1,7 / 25°

eq = l,0cos 25° = 0,906; iq = l,0<x>s (25° + 36,85°) = -0,471

ed = l,0sen 25° = 0,4225; id = l,0sen (25° + 36,85°) = 0,88

eq = eq + 1dXd = 0,908 + 0,88 x 0,25 = 1,126

E]; = eq + idXd = 0,908 + 0,88 x 1,4 = 2,138 =

A abertura do disjuntor faz com que a corrente vã a zero.


Isto ê :

Aid =-0,880

Ai =-0,471
q

Da Figura 19, Capitulo 6:

AiJ>d (s) = -Aid (s) Ld (s)

A\J> (s) = -Ai (s) L (s)


q q q

Também, para t > 0:

e = eqo + Aeq = eqo + Aii


>
q T<

ed - ed + 4ed = edo - 4*d

Desprezar os amortecedores significa considerar a máquina


como representada pela Figura 18.
b) A tensão terminal em regime permanente, considerando
a saturação, ê■obtida da curva de saturação para XadIfd=2,138:

e = 1,34 p.u.

c) As equações são:
(e_, ~ r,,i,,) dt + ip ( 2
fd fd fd fd rfdo

Lfd

'fd

ou

Lad^fd / ad 'fd ad
(---- e n - L á . J d t + ip ( 3 )
Lffd fdo L
Lffd fd Lffd ad fd ffd

X X L
ad
e ,- X ) dt + i|>__ ( 4 )
X,., rfd T' r„ fd ad fd fdo L,-,-,
ffd do fd ffd

CURVA DE SATURACAO
5 DE CIRCUITO ABERTO

L'
L , (1 + T' s]
d L, do
__________d v
(Ver Equação 181)
Ld (S) (1 + sT' )
do

L (s) = L
q q

0,880 1,4 (1 + 1 , 785s)


Ai^ís) = - A i d ( s ) L d ( s)
s x (1 + slO)

Aipq (s) = -Ai (s)L (s) = x 0 ,'


q q
. T-1 1,23 (1 + l,785s) , n -t/10
Aeq(t) = A^(t) = L ; (1 + --1Q/----- = 1,23 - l,01e

Ae , (t) = A\p (t) = -0,9 x 0,471 = -0 ,4225

-t /10
e(t)=e +Ae = 0,908 + 1 , 2 3 - 1,0le
q qo q ' '

ed ( t ) = edQ + Aed = 0,4225 - 0,4225 = 0

-t /10
e = eq(t) = 2,138 - l,01e

Transitório na corrente de campo

X ,1, = 2,138
ad fdo '

3 L ad M d (s)
iXadIfd^s) ‘ rfd + s L ffd

L ad 3 Aid (3)
L ffd ' 13 + 1/Táo>

Das páginas 81 a 83:

T• = T + ad £d = indutância transitória no eixo d


d 1 L ad+ L fd

L, = L. + L , = indutância síncrona no eixo d


d £ ad

fd ad
ad [1 - ■ -] =
Lad+L Jffd

‘ad *fd'“' (Ld Ld }


'“d - " ' ■ (s + 1/ T ' ) Aid (s)
do

-1,15 x 0,88 s _ - 1,01


s(s + l/Td o ) <s +
-t/10
AXad I (t) = -1,01c

t/10
X ad If d (t) = X ^ ICJ + AX , I^,(t) = 2,138 - l,01e‘
ad fdo ad fd

-t /IO
e = 2 , 1 3 8 - 1 ,0 1 c

t/10
[ ^ ' " ’V o d l , d = 2 .,1 3 8 - l,O I<

Não considerando a saturação:

^fd L ffd 1fd L ad1d

OU

X
ad ad
( 5 )
X j *fd = V f d
f fd x £fd d

Note q u e :

X X
ad e = E
X «d - x d»'
ffd rfd fd fd

O diagrama analógico sem saturação seria:

Incluindo a saturação, e fazendo a hipótese de que a satu-


raçao ê função de E^, ou:
X
ad
x ffd rfd
uma curva de saturação de circuito aberto. Supondo, também,
que e se saturam em igual porcentagem, tal que sua
relação não se altera, podemos escrever:

X ad h d = V Xd ' Xá> + f 1 1

Da curva de saturação de circuito aberto

O ganho de realimentação com saturação ê maior do que sem sa­


turação. Então a constante de tempo efetiva será menor.

PROBLEMA N9 9*
3
2
1

Uma máquina opera com tensão em seus terminais de


1,0 p.u. e com uma carga estática resistiva também de l,0 p.u.,
quando ocorre um curto-circuito entre fase e terra nos ter­
minais da máquina, através de uma resistência r^ de falta.

Calcule, desprezando os efeitos da saturação e da


variação de velocidade:

1 . 0 valor eficaz inicial da corrente de falta de fre-


qüência fundamental.
2 . 0 valor eficaz da corrente de falta do gerador com
freqüência fundamental, após terem cessado os efei­
tos amortecedores.
3. O valor em regime permanente da corrente de falta do
gerador, supondo que a maior tensão entre duas fa-
ses seja regulada para 1,0 p.u.
da máquina:

= 0,13 r = 0 ,03
xd a
X* = 0,17 = 0 ,07
q r2
= 0 ,28 r = 0 ,03
xá o
= 1,40 = 0 ,10
xd rf
X = 0,90
q
X = 0,05
o

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N? 9

Determine as condições iniciais:

E = 1,0 + 1,0 (0,03 + j0,9)


<3
= 1,03 + j0,9 = 1,367/41,14°

eqQ = 1,0 oos 41,15° = 0,752

edQ = 1,0 sen 41,15° = 0,659

i = 1,0 cos (41,15° + 0°) - 0,752


go
ido = 1,0 sen (41,15° + 0°) = 0,659

Subtransitõrio:

e" = e + i, X" = 0,752 + 0,659 x 0,13 0,6664


qo qo do d

= e, - i X ” = 0,659 - 0,752 x 0,17 = 0,531


do do qo q

Transitório:
X' = X = 0,9; X' = 0,28
q q d '
e' = e + i X' = 0,742 +0,659 x 0,28 = 0,9365
qo qo do d

i' = e , - i X' = 0,659 -0,752 x 0,9 = 0


do do qo q

Uma falta fase-terra, através da resistência de falta rf, pode


ser visualizada como se estivesse sendo aplicada ao circui­
to de seqüência positiva do gerador uma impedância adicional
correspondente a: 3r^ + Inped. Seq. Neg. + Imped. Seq. Zero.

Fig. P 1

Considera-se que a carga é ligada entre duas fases, a qual,


portanto, não aparece na rede de seqüência zero.
1. Considerando a saliência:
A impedância total nos terminais do gerador pode ser
calculada como uma combinação série-paralelo d e :

X, = / 1—,,
/ + 1— , T
1 dl ql
Seja a impedância equivalente = R + jX .
ifl =If2

Fig. P 2
Os componentes da corrente de falta são identi­
ficados como 1 ^ , 1^2 e If Q . Os componentes d e q de seqílên-
cia positiva podem ser determinados de:

Subtransitõrio eq = iq l <r+R)+Í'dl<Xd+X)
( 1 )
ej = i ^ ( r +R)-i“q l (X^X)

Transitório
eq - i q l < « K > +i'al(Xá+X)
( 2 )
e á - 1a i ,r+R,' V xq +x)

Resolvendo (1) para


i J l e ^ 1=

e" (X" + X) + e" (r+R)


i" = Q Ç__________ É________
dl (X" + X)(X" + X) + (r+R)
q d

-e" (X" + X) + e" (r+R)


i» _ a a _____2_______
ql (X^ + X)(X£ + X) + (r+R )2

/ 2 2*
Corrente de seqüencia positiva do gerador = / i ^ + i ^

i M — y i 11 ^ _i Tn 2
11 + '-ql

[(Ri-r)2+(X+X£) 2J■+e"2 [ (R+r) 2+ (X+X")2]+2e^e" (R+r) (X"-X£)

(X^ + X) (X£ + X) + (r+R)2

As correntes de falta 1 ^ = I”2 = I£Q podem ser obti­


das pela distribuição através da rede da Figura P 2.

(r9 + jX»)R L2
£r o + 3Xo + Rl 2 + r 2 + jX2 + 3rJ ®L1
R + jX =
(F0 + jx0 ) R- 9
R , + r + jX +-±----- r + 3r.
^ jI o j o R^2 + r2 + 3^2 f

X" + X"
üse X 2 = — 3 _ -- 3- = 0/15
[0,03 4- jO ,05 + + 10Í15)1 + ° fl X 3J 1 '°

1,0 + 0,03 + jO ,05 + (°r0i >+o 7j 0+,1j5o,i V ° + 0,1 x 3

_ 0,4134 + jO ,1784 _ „ „ or
1,4134 + j O ,1784 0,302 + 30,085

r + R = 0,332; X + X" = 0,215; X + X" = 0,255


d q

/~õ ~,5312 [0,3322+0,2152] +0,66642 [0,3322+0,2552] +


____________________ 4-2x0 ,5 31x0,6664x0,04x0,33
11 =
0,215 x 0,255 4- 0,3322

. /T . 5312 x 0,395 2 4- 0,66642 x 0,4182 4- 0,0094


0,165

= 2,20

1,0
T" = 1 " = T" = i" x __ ________________ = 1,55 p.u.
fl f2 fo 1 1,4134 4- j O ,1784

Corrente de falta subtransitõria = 3 x 1,55 = 4,65 p.u.

2. Corrente de falta transtõria incluindo a saliênciaé


igualmente obtida com:

e' = 0; e' = 0,9365


q
+
-rd

O
X

332; X
II
yQ -

+
*
II

X
X

>.2[(Rfr) 24-(X-H?C)2]+ 2 e ^ (R4-r) (X^-X^)


/ s^2 [(R4-r)24-(X4-x^r]+e^2
J g ________________ .
(X'4-X) (XÍ4X)4-(r4-R)'
q d

= ^,03652 |~0,3322 4- 0.9852] _ 2,075 p.u.


(0,985) (0,365 ) 4- 0,3322
I' = I' = I' = 2,075 x -- 1,0 = 1,457 p.u.
fl f2 fo ' i t 413 + jO ,1784

Corrente de falta transitória = 3 x 1,457 = 4,37 p.u.

Se não for considerada a saliência (prática comum):

Rede de seqüência positiva:

e" = 1,0 + 1,0 (,03 + jO ,13)

= 1,038

e ’ = 1,0 + 1,0 (0,03 + j 0,28)

= 1,068

1,038
-' ---------- x ------ 1,0
L—
I"
fl r + jX^ + R + jX 1,4134 + j0,1784

1,038 x 1,0
= 1,84 p.u.
(0,332 + jO,215)(1,4134 + j0,1784)

Corrente de falta subtransitória = 3 x 1,84 = 5,52 p.u.

Igualmente:

1,068 x 1,0
= 1,518
fl (0,332 + 10,365)(1,425/ 7,19°

Corrente de falta transitória — 4,55 p.u.

3. Suponha a excitação igual a ( n o eixo q) :

/e t 2 [(R+r) 2 + (X + X J ] 2
Regime permanente i^ =
(X+X ) (X+X,) + (r+R)
q d

R + r = 0,332; X + X, = 1,485; X + X = 0,985


' ' d q
1,522 E
^ ^
------- = 0,9 72 E t
1,572 1

Ifl X1 X 1 ,425*/T7l9 = °'682 E x

V 2 (tensão de seq. neg.) = -j z ~ -0,682 E (Q/07+10/15)1,0^


fl 2 ' ' 1 1,07 + j0,15

= -0,682x0,1531/ 57° Ej. = -(^HMSE j /jst o

VQ (tensão de seq. zero) = -ifl Zq = -0,682 x (-0,03 + j0f05)E

= -0,0398 E / 59°

V. (tensão de seq. positiva) = -V - v + t-


1 2 o J fl f

= [0,1045/ 570 + 0,0398/ 59° + 3x0,682x0,10] E

= [0,282 + j0,122] Ej

Maior tensão entre duas fases = V, = V (a2 - a) + V (a - a2)


Jdc 1 2

= |{ [0,282+jO ,122] (-j^) - 0,1045/ 570 (i^)}El|= /3 (para 1 p.u>)

OU ,

EI = 0,355 = 2,82 P *u *

Corrente de falta em regime permanente = 0,682 E x 3

= 1,92 x 3

= 5,77 p.u.

PROBLEMA N9 10

üm motor de indução de rotor enrolado de 1.000 HP


apresenta a possibilidade de se inserir a resistência R no
rotor, para controlar a velocidade e limitar a corrente de
partida.
O desempenho do motor pode ser obtido, aproxima-
damente, do circuito equivalente e das constantes em p.u.,
abaixo:

,02 p.u.
rl = 0 ,
025 p.u.
r2 = 0 ,
R = 0 kVA base = Potência
nominal em HP x 0,746
X

= X 2 = 0,15
i—1

X ,0 p.u.
m = 5,
R = 100 p.u.
m ^

1. Com a resistência externa do rotor igual a zero,


qual é a corrente de partida, supondo que se apli­
que 100 % de tensão no e s t a t o r ?

2. Qual ê o conjugado ou torque de partida, e quais as


perdas no rotor e as perdas totais ?

3. Para qual valor de escorregamento o motor produz o m ã -


<ximo conjugado ?

4. Qual ê o valor do conjugado mãximo ? Expresse em p. u.


e em pê/libra, supondo que a velocidade síncrona se­
ja 600 r.p.m.

5. Qual valor de resistência externa do rotor limitara


em 2 p.u. a corrente de partida ?

6 . Qual é o valor do mãximo conjugadoe o escorregamen­


to correspondente, quando a resistência do rotor as­
sume valor igual ao do Item 5, acima ?
SOLUÇÃO DO PROBLEMA N? 10

1. Z de partida (para rotor bloqueado, s = 1,0)

+ ri + jx !
____+ _J_ + _I_
r2 + ]X2 =>Xm Rm

+ 0,02 + j O ,10
+ -L + - L
0 ,025+j0 ,15 j5 100

+ 0,02 + j 0,10
1,091 - j 6 ,69

Z = 0,0238 + j O ,1459 + 0,02 + j0,10 + |0,2497]

= 0,0438 + jO ,2459

Corrente de partida = q 2497 = ^ p.u.

2. Conjugado de partida = perdas no rotor = 1 2 ^

r. 0,0238 + jO ,1459 n 2 _ „ 0_,0


“ [4 x 0,025 + jO ,15 J x 0,025 0,378 p.u.

Perdas totais = 4 x 0,0438 = O^^TOp^u.

3. Conjugado = I 2 r g/s
Para expressar o conjugado como função da tensão aplicada e do
escorregamento, considere o circuito equivalente:

r |'+ j X , ' '2/s

Este circuito ê equivalente ao anterior, onde:

R jX.
m m
= Tensão Thêvenin = V.,
— + r1 + jx1 )

m 3Xi
m

e r^ + jX^ = impedância Thêvenin

R
1 + i +
jX.
m m ri + j x i

Do que esta acima, tem-se:

■r
2 2 V l1?' r2

' W + o ^ + V 2]

T 2
+ x2) s
+ r2 >

Vdu - udV
O conjugado máximo ocorre quando dT/ds = 0 = 0
ou s e j a ,' qu a n d o :

[(r11s+r2)2+ (X11+X2)2s2]-s [2 (r^s+r^ r11+2s (X^+X^ 2] = 0

OU
2 r,„ 1
[(x1 + x2) + ri ]

ou seja:

s=—
1 1 2
1 + (X1 + V

Para T ,s= .. ---_ ------- -------- 0,10 p.u.


maX /o ,019 32 + (0,098 + 0,15) 2

onde rj ^
1 + —K- +
100 j5 0,02 + j0,10

1
0,01-j0,2+l,92-j9,61 1,93 - j9,81

= 0,0193 + jO ,098

Observe que esse valor ê muito próximo de r^ + jX^

4. O valor do conjugado máximo é obtido substituindo s = 0,10


na expressão do conjugado

V1 r2 S
1— 1

2 2
■><

)2 + s
1— 1

1
Vn
1 1
+
onde v 1 100 j5
= 0,98 V x
1
1 1
+
100 j5
0,98 x 1,0 x 0,025 x 0,1
= 1,87 p.u.
(0,00193 + 0 ,025)2 + (0,098 + 0,15)2 x 0,01

V.
Expressão para =

2 [r/ + + (x/ + X ^ 2]

T em pés. libras = 1,87 x T.


m r base

_ 1000 HP x 550 pés.libras/seg. HP


8.750 pês .libras
base (600r.p.m. x 1/60 x 2tt) rad/seg.

T = 16.380 pês.libras
m = " — -..r.

V
5. 1
= 2,0
(r11 + r 2 + R) i j (X11 + X2 )

1
1 _ 0,98
(rll + r2 + R) + 3 < V + V = T7Õ 2,0

r, + R = / 0 , 4 9 2 - 0,2482 = 0,422
1 2

R = 0,422 - 0,0443 = 0,378 p.u.

I2
6. _____ V = 1,87 p.u.
2 [r11 + / r ^ + (X11 + X2 )2']
como antes

Note que Tmax ê independente da resistência do rotor. A re­


sistência apenas afeta o valor do escorregamento, para o qual
o conjugado máximo ocorre.
I2
s para T , , 1 = (0.422,- 0,0193) =
max T
/ r 2 + (Xl + X) 2 0,025

Este resultado tem significado apenas matemático, p o i s s não


pode ser maior que 1,0. Então, Tmax = Tpartida

T2 (r2 + R)
4 x 0,403

1,61 p.u.

r2 2 r2
IMPRENSA UNIVERSITÁRIA - UFSM

CAPA-REINALDO PEDROSO

Potrebbero piacerti anche