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O positivismo como “física social: O positivismo como “física social”

a sociologia de Augusto Comte

Texto-Base: COMTE, Augusto. “O espírito positivo é mais apto que o


Contexto político-social dos escritos de
espírito teológico-metafísico para organizar a sociedade e sistematizar a Comte é de agitação e fervilhamento
moral” In: Discurso sobre o Espírito Positivo (1844). São Paulo: Abril
Cultural, 1978 (Os Pensadores). [Segunda Parte, p. 66-78] revolucionário (1830-1848)
Leitura complementar: COMTE, Augusto. “Condições do estabelecimento do regime positivo”. In: Discurso sobre o
Espírito Positivo (1844). São Paulo: Abril Cultural, 1978 (Os Pensadores). [Terceira Parte, p. 79-94]
A burguesia avançava em sua busca por hegemonia
COMTE, Augusto. “Primeira lição”. In: Curso de Filosofia Positiva (1830). São Paulo: Abril Cultural, 1978 (Os Pensadores).
[p. 01-20]
política e ideológica e a classe operária começava a
dar os passos importantes na sua organização
(...) já que convém fixar uma época para impedir a divagação das No âmbito do mundo natural, dois séculos depois
idéias, indicarei a data do grande movimento impresso ao espírito
humano, há dois séculos, pela ação combinada dos preceitos de dos escritos de Descartes e Bacon, as ciências naturais
Bacon, das concepções de Descartes e das descobertas de Galileu,
como o momento em que o espírito da filosofia positiva começou a fizeram considerável progresso no conhecimento e
pronunciar-se no mundo, em oposição evidente ao espírito teológico
e metafísico [p. 8]
domínio das forças da natureza
 Não existia uma ciência para o conhecimento
Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA sistematizado e domínio do mundo social

O positivismo como “física social” O positivismo como “física social”

Estado positivo como último estágio da construção POSITIVO = “o REAL frente ao quimérico, o ÚTIL
do conhecimento frente ao inútil, o CERTO frente ao incerto”
3º ESTÁGIO

1º. Estágio: TEOLÓGICO FÍSICA SOCIAL  FILOSOFIA POSITIVA 


Método: “[...] o espírito humano, reconhecendo a
POSITIVISMO  SOCIOLOGIA
2º. Estágio: METAFÍSICO Estágio mais elevando do conhecimento impossibilidade de obter noções absolutas,
estes são estágios necessários ao amadurecimento das renuncia a procurar a origem e o destino do
formas de entendimento e explicação do mundo universo, a conhecer a causa mais íntima dos
fenômenos, para preocupar-se unicamente em
 Filosofia POSITIVA marca o amadurecimento do descobrir, graças ao uso bem combinado do
espírito humano raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a
 tem como máxima fundamental a idéia baconiana de saber, suas relações invariáveis de sucessão e
que “somente são reais os conhecimentos que repousam similitude” [p. 04]
sobre fatos observados” [p. 5]

O positivismo como “física social” O positivismo como “física social”

 Não se busca a essência das coisas, mas apenas a Paradigma newtoniano da gravidade como fator
vinculação entre os fenômenos modelar para a ciência moderna e também para a
“Quer se trate dos menores quer dos mais sublimes física social
efeitos, do choque ou da gravidade, do pensamento
ou da moralidade, deles só podemos conhecer as
diversas ligações mútuas próprias à sua realização,
sem nunca penetrar no mistério de sua produção” [p. 49]
 “Nossas pesquisas positivas devem essencialmente
reduzir-se, em todos os gêneros, à apreciação
sistemática daquilo que é, renunciando a descobrir
sua primeira origem e seu destino final...” [p. 49]
O positivismo como “física social” O positivismo como “física social”

 Daí, ser propriedade fundamental da  Positivismo representa a superação da


exclusividade da estática (ordem) presidida pelo
proposta positivista o vislumbramento das leis
predomínio teológico, assim como a dissolução do
gerais da sociedade, fundamentado no “revolucionarismo” insustentável que caracteriza a
conhecimento das “leis lógicas” dos preponderância do progresso [pp. 66-67]
fenômenos
 Positivismo busca “demonstrar de modo
 Estática: condições orgânicas de que irrevogável que o progresso constitui, como a ordem,
dependem determinadas funções (aptidão uma das duas condições fundamentais da civilização
para agir) / Dinâmica: marcha efetiva do moderna” [p. 67] ---> ver p. 69
desenvolvimento humano (ação efetiva) [13-  Representa a conciliação entre a “conservação” e o
15] “melhoramento” Progresso dentro da ordem sintetiza o que se entende por
HUMANIDADE: dogma fundamental da sabedoria humana

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 Centralidade da MORAL / Crise moral na modernidade  Centralidade da MORAL
 “A antipatia crescente que o espírito teológico  Assistência teológica não é indispensável à moral
inspirava justamente à razão moderna afetou para Comte: cristianismo católico universalizou a moral
gravemente muitas importantes noções morais, não “Deve-se reconhecer, é verdade, que em geral a
somente relativas às maiores relações sociais, mas introdução de qualquer regra moral teve por toda parte
também concernentes à simples vida doméstica, e até de operar-se primeiramente sob inspirações
mesmo à existência pessoal. Um cego ardor de teológicas(...).
emancipação mental levou, de resto, de maneira Os preceitos morais, como todos os outros,
exagerada, a erigir algumas vezes o desdém passageiro foram, cada vez mais, levados a uma consagração
por essas máximas salutares em uma espécie de louco puramente racional, na medida em que o vulgo
protesto contra a filosofia retrógrada, donde pareciam se tornou capaz de apreciar a influência real de
emanar exclusivamente” [p. 73] cada conduta sobre a existência humana,
individual ou social” [p. 72]

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 Racionalização da MORAL, conservando aspectos
Moral religiosa é contrária à essência da vida
positivos da moralidade cristã e outras perspectivas
social moderna  objetivo é a salvação
pessoal/individual  “Cumprindo assim o grande ofício social que o
catolicismo não mais exerce, esse novo poder moral
utilizará cuidadosamente a feliz aptidão da filosofia
Nela, a sociedade é entendida como “simples correspondente para incorporar espontaneamente a
aglomeração de indivíduos”, de reunião “tão sabedoria de todos os diversos regimes anteriores (...).
fortuita quanto passageira”, na qual os Quando a astronomia moderna afastou
homens estão “ocupados cada um com a sua irrevogavelmente os princípios astrológicos, não
deixou de conservar preciosamente todas as noções
própria salvação” [p. 77]
verdadeiras obtidas sob seu domínio – o mesmo
aconteceu com a química em relação à alquimia” [p. 76]
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Ao contrário da moral católica, o positivismo prevê a Noção de felicidade vinculada a bem público se
primazia da sociedade sobre o indivíduo sobrepõe ao parâmetro pessoal de felicidade
“...o homem propriamente dito não existe, existindo Felicidade deixa de ocupar a dimensão sobrenatural
apenas a Humanidade, já que o nosso desenvolvimento
da “vida eterna” e passa a ter o sentido de felicidade
provém da sociedade” [p. 77]
terrena [p. 78]
Experiência positiva leva a formação de uma moral
essencialmente humana  Idéia de SOLIDARIEDADE tem lugar central na
 Idéia de FELICIDADE está associada ao BEM PÚBLICO organização social positivista
“Não somente a ativa procura do bem público será, sem Prevalência da “ligação de cada um a todos, sob uma
cessar, considerada como o modo mais próprio de multidão de aspectos diferentes, de maneira a tornar
assegurar comumente a felicidade privada graças a uma involuntariamente familiar o íntimo sentimento de
influência ao mesmo tempo mais direta e mais pura e, solidariedade social, convenientemente desdobrado
finalmente, mais eficaz” [p. 77] para todos os tempos e lugares” [p. 77]

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TRABALHO é expressão privilegiada da solidariedade


Ideia de harmonia social fundada no  daí, qualquer trabalho ser digno de
cumprimento de papel prescrito pela reconhecimento
moral  “Aliando-se e aplicando-se por sua natureza a todos
 “Seu primeiro e principal resultado os trabalhos práticos, tendem, ao contrário, a
confirmar ou mesmo inspirar o gosto por eles, quer
social consistirá em formar enobrecendo seu caráter habitual, quer adoçando suas
solidamente uma ativa moral universal, consequências penosas. Conduzindo, de resto, a uma
prescrevendo a cada agente, individual sadia apreciação das diversas posições sociais e das
e coletivo, as regras de conduta mais necessidades correspondentes, predispõe a perceber
conformes à harmonia fundamental” que a felicidade real é compatível com todas e
quaisquer condições, desde que sejam desempenhadas
[p. 86] com honra e aceitas convenientemente” [p. 85]

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Saber positivo reforça o gosto pelo trabalho prático, Poder político: política popular adequada
reforçando também a aceitação dos “lugares sociais” só é possível com o POSITIVISMO
e seus papéis definidos
 “Esta [a educação metafísica], a que reconhecemos
o exercício duma ação social muito perturbadora Saber positivo rompe com o engodo da
para as classes letradas, tornar-se-ia muito mais perspectiva de participação no poder
perigosa se fosse estendida aos proletários, onde político
desenvolveria, além do desgosto pelas ocupações
materiais, ambições exorbitantes” [p. 85] Substituição por um “programa social”,
mais afeito aos interesses reais do
proletariado [p. 85]
O positivismo como “física social”
O positivismo como “física social”
“Se o povo está agora e deve permanecer a
Ao invés da “vã e tempestuosa partir desse momento indiferente à posse
discussão dos direitos”, a “a fecunda e direta do poder político, nunca pode renunciar
salutar apreciação dos diversos deveres à sua indispensável participação contínua no
essenciais” poder moral. Este é o único verdadeiramente
acessível a todos, sem perigo algum para a
Ao invés da “posse direta do poder ordem universal, muito pelo contrário: traz-
político” a “indispensável participação lhe grandes vantagens cotidianas, autorizando
contínua no poder moral”  Exigência cada um, em nome duma comum doutrina
aos governos o cumprimento dos fundamental, a chamar convenientemente as
deveres essenciais [p. 86-87] mais altas potências a seus diversos deveres
essenciais”. [p. 86]

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