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CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Antonio Roberto da Costa


Olá, aluno(a),

A partir deste material, vamos estudar o que chamamos de Contabilidade Empresarial.


Os conceitos que fazem parte desta etapa de nossos estudos referem-se à Estrutura
Conceitual Básica da Contabilidade. Vamos então começar pela Origem da
Contabilidade.

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1 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

1.1 A origem da contabilidade


A contabilidade surgiu baseada em princípios filosóficos e em regras estabelecidas
previamente e não por lei constitucional ou fiscal como muitos acreditam. Ela foi
utilizada como método de organização de valores, mensuração do crescimento do
patrimônio e de resultados alcançados, assim mantendo o dono e os usuários
informados das suas necessidades.
A evolução da contabilidade se deu de tal forma que se confunde com o
desenvolvimento da humanidade. Estudos sobre as civilizações na Antiguidade
mostram que o homem primitivo sempre cuidou das suas riquezas por meio da
contagem e do controle de seu rebanho. Pesquisadores detectam sinais de existências
das contas trazendo-nos os primeiros exemplos de contabilidade a 4000 a.C,
aproximadamente, na civilização sumério-babilônica.
O aperfeiçoamento da contabilidade se deu de acordo com as influências e
conveniências de cada período histórico. Exemplos de grandes marcos históricos que
desencadearam a progressão das ciências contábeis são o surgimento da moeda e da
escrita, o descobrimento do continente americano e a invenção da máquina a vapor. O
desenvolvimento econômico e as mudanças tanto sociopolíticas como culturais de
cada época estiveram interligados com a progressão da história da contabilidade.
Com o aumento da complexidade das atividades econômicas, o homem também
precisou aperfeiçoar o método de avaliação da sua situação patrimonial.
A evolução da contabilidade pode ser delimitada a partir de duas grandes escolas:
a. Italiana: se espalhou na Europa após o surgimento do método das partidas dobradas
no século XIV, sendo divulgada em 1494 com a obra de Luca Pacioli, Summa de
Arithmetica, Geometria proportioni et propornalità. A escrituração teve relevância a
partir do surgimento dessa escola, da qual também surgiram os registros patrimoniais
e métodos de avaliação.
b. Americana: dela vêm os princípios fundamentais da contabilidade com as regras de
toda a escrituração e análise contábil.

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No Brasil, a contabilidade tem legislação própria e surgiu por volta de 1754, quando
ainda era colônia de Portugal. A formação do profissional da área contábil foi iniciada
com a autorização da criação do curso Aula de Comércio, sob a supervisão da junta de
comércio em Lisboa. Conforme o tempo foi passando, a contabilidade se aprimorou
até que se chegou à Lei 6.404/76 das sociedades por ações, que existe até a
atualidade, como também à Lei 11.638/07 que insere o Brasil nas normas
internacionais da contabilidade.

1.2 Conceitos, Objetivos e usuários da contabilidade


De acordo com Padoveze (2016), a contabilidade é uma ciência social, que tem como
objetivo o controle econômico de uma empresa ou entidade. Ainda segundo o autor, o
objetivo principal da contabilidade é se apresentar como fonte fundamental de
informações em nível econômico e financeiro por meio dos relatórios que compõem
demonstrações contábeis.
Outro objetivo importante é que a contabilidade se trata de um instrumento de gestão
de controle de uma empresa para mensurar seus resultados financeiros, e, por sua vez,
a análise desses resultados permite que a organização possa projetá-los em
investimentos de recursos.
Mais um objetivo é que a contabilidade visa informar e permitir a cada usuário a
avaliação da situação econômica financeira da empresa, por exemplo, para os sócios,
gerentes, administradores, fornecedores, bancos, governos, ou seja, todos os
stakeholder internos e externos da empresa, com a elaboração das demonstrações
contábeis, como Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Balanço Patrimonial,
que são os principais relatórios usados para as tomadas de decisões.

1.3 Fundamentos da contabilidade

De acordo com a Resolução 1282/10 do CFC, os principais Princípios, Postulados e Convenções


de Contabilidade são:

- Princípio, ou Postulado da Entidade;


- Princípio ou Postulado da Continuidade;
- Princípio da Oportunidade;

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- Princípio do Registro pelo Valor Original;
- Princípio da Competência;
- Princípio da Prudência.
- Convenção da Objetividade
- Convenção do Conservadorismo
- Convenção da Materialidade
- convenção da Consistência

1.3.1 Postulados
De acordo com Padoveze (2016), os fundamentos são elementos vitais e básicos que
estruturam a contabilidade atual. São eles:
1.3.1.1 Entidade: diz respeito à contabilidade de uma entidade, empresa, entidade, de
modo que sua escrituração não deve ser confundida com a de seus
proprietários.
Exemplo: o Senhor Patinhas, sócio da empresa Xiririka Comércio de Alimentos, reside no
mesmo prédio onde está locada a sede da empresa. A empresa utiliza o andar térreo
para suas atividades, e o sócio, o andar superior como residência. Existe apenas um
contrato de locação do imóvel e o valor do aluguel é de $ 2.000,00 (dois mil). De acordo
com o princípio da entidade, não podemos considerar o total do aluguel ($ 2.000,00)
como despesa da empresa, e sim atribuir parte para a empresa e parte para o
proprietário.

1.3.1.2 Continuidade: diz que a empresa deve ser avaliada com a hipótese de que não
será extinta. Sendo assim, se houver o encerramento de uma empresa, o
critério de avaliação de seus bens ativos será realizado de forma diferenciada,
ou seja, enquanto existir a empresa a contabilidade continuará exisitindo.
Exemplo: A empresa Xiririka necessita contrair um empréstimo bancário para aquisição
de um veículo, que será utilizado para entrega de mercadorias aos seus clientes.
Considerando a continuidade da empresa, o banco concede o empréstimo, pois existe a
expectativa de geração de resultados futuros que serão capazes de honrar as parcelas
do mesmo.
1.3.1.3 Princípio da Oportunidade: Tem como preocupação básica o reconhecimento,
nos registros contábeis, de todas as variações patrimoniais ocorridas na
empresa, de forma que as informações contábeis representem fielmente

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a situação do patrimônio em determinado período, utilizando para este fim
(sempre que possível) a documentação hábil e comprobatória de todas as
transações.

Exemplo: Ao registrar todas as operações ocorridas no mês de junho na empresa


Xiririka, o contador percebe a falta do recebimento do comprovante referente ao
consumo de água. No entanto, sabe-se que a despesa ocorreu, não tendo apenas o
documento no momento; portanto com base neste princípio, o contador registra essa
despesa pelo valor do período anterior (maio). Nesse caso estamos considerando em
junho a mutação do patrimônio da empresa por um valor aproximado, mas não
deixaremos de registrar o fato.
1.3.1.4 Princípio do Registro pelo Valor Original: Todos os elementos patrimoniais
devem ser registrados pela contabilidade, por seus valores originais (valor de
aquisição), expressos em moeda corrente no país, incluindo-se ainda todos os
gastos necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios para a
empresa, podem estes ser presentes ou futuros. No caso de transações em
moeda estrangeira, estas devem ser transformadas em moeda nacional no
momento do seu registro contábil.

Exemplo: A empresa Xiririka adquiriu um terreno no valor de $ 70.000,00 (setenta mil),


onde deseja construir um novo prédio com o objetivo expandir suas operações.
Passado algum tempo, a empresa recebe informação que nas proximidades do terreno
será construído um Centro Empresarial, o que valorizou o imóvel em $ 30.000,00
(trinta mil). Embora o valor de mercado do terreno seja de $ 100.000,00 (cem mil) a
contabilidade manterá seu valor em $ 70.000,00 (setenta mil), pois de acordo com este
princípio não podemos alterar o valor desse bem que faz parte do patrimônio da
empresa.

1.3.1.5 Competência de exercícios: É aplicado na contabilização tanto das receitas


quanto das despesas de uma empresa. É uma dupla de princípios que
regularizam os resultados, que são:
Princípio da realização.
Princípio do confronto das despesas com as receitas.
Já que é vital compreender tais princípios para a plena compreensão das peças

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contábeis, faremos uma breve explicação. Para uma despesa ou receita, há dois
momentos a serem considerados na contabilização dos fatos referentes a
elementos patrimoniais: momento econômico (ocorrência ou geração) e
momento financeiro (efetivação através do pagamento ou recebimento).

Realização da receita
Este princípio consiste em como se deve considerar realmente a receita, isto é, como é
realizada ou efetuada.
Autores admitem que se deve considerar a receita de um produto no momento em
que o vendemos. Por outro lado, há consenso entre os contadores de que se deve
considerar a receita de venda do produto apenas quando ele tiver sido entregue ao
cliente, levando em consideração algumas condições básicas, como:
• avaliação de mercado objetiva para o preço do produto;
• realização de todos os esforços de produção;
• condições de avaliar as despesas relativas ao produto a ser vendido.

Confronto das despesas com as receitas


Trata-se das receitas realizadas a serem confrontadas no mesmo período das despesas
que a geraram, ou seja, a apuração do resultado de período consideradas as receitas
realizadas com diminuição das despesas sacrificadas para sua obtenção.

1.3.1.6 Princípio da Prudência: Diante de duas alternativas, igualmente válidas, para a


quantificação da variação patrimonial, devemos adotar o menor valor para os
bens ou direitos e o maior valor para as obrigações.

Exemplo: um colaborador da empresa Xiririka entra na justiça trabalhista pedindo $


40.000,00 de indenização. O contador da empresa procura um advogado e solicita-lhe
sua opinião sobre o processo. O advogado informa que existe a possibilidade de 50%
do colaborador ganhar a causa e de 50% de não receber nada. Seguindo o princípio da
prudência, o contador resolve provisionar o valor de $ 40.000,00 como uma
contingência trabalhista (exigibilidade).

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1.3.6 Convenções
Trata-se de restrições aos princípios contábeis e também são normas de caráter
prático a serem observadas como guias, o que facilita a vida do contador.

1.3.6.1 Objetividade
Significa que o contador quando realizar uma escrituração de um fato, precisa se
alicerçar nos elementos objetivos, tirando a subjetividade no lançamento contábil.

1.3.6.2 Conservadorismo
Diz respeito a uma convenção e, na dúvida, o contador deve optar pela forma mais
conservadora de escrituração. Por exemplo, na dúvida lançar todas as despesas,
porém, não lançar com as receitas se houver dúvidas.

1.3.6.3 Materialidade
Esta convenção está ligada à análise do custo/benefício da informação.

1.3.6.4 Consistência ou uniformidade


Aqui, o contador deve aplicar critério de uniformidade no tempo. Se ele adotou
determinado critério de avaliação de um ativo ou passivo, deverá adotar o mesmo ao
longo dos anos constantemente.

1.4. Noções básicas (patrimônio, bens, direitos e obrigações)


1.4.1 Patrimônio
Segundo Padoveze (2016), o Patrimônio, é o conjunto de bens, direitos e obrigações
que pertence a uma empresa ou entidade.
De acordo com Saporito (2018), o patrimônio, refere-se ao acervo de bens e direitos,
assim como os recursos que os financiam.
1.4.2 Bens
Qualquer coisa que possa satisfazer uma necessidade do homem e seja suscetível de
avaliação econômica, ou seja, ter preço. Os bens são classificados em:
• Tangíveis: têm existência física. Por exemplo: carro, dinheiro, casa etc.
• Intangíveis: são chamados de abstratos ou imateriais, por não terem existência
física. Por exemplo: marcas e patentes, direitos autorais, etc.

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1.4.3 Direitos
São bens sobre os quais exercemos domínio, mas não estão sobre a posse de terceiros
e aparecem no patrimônio como valores a receber. Por exemplo: clientes ou duplicatas
a receber, títulos a receber, etc.

1.4.4 Obrigações
São bens que se encontram sobre nossa posse e o domínio sobre eles é exercido por
terceiros. Aparecem no patrimônio como valores a pagar. Por exemplo: duplicatas a
pagar, títulos a pagar, etc.

1.5 Estática patrimonial (ativo, passivo, patrimônio líquido, situação do patrimônio


líquido, formação e variações do patrimônio)

1.5.1 Formação do patrimônio


Para se constituir uma empresa, é preciso que se tenha, inicialmente, um Capital. A
palavra Capital é usada para representar o conjunto de elementos que o proprietário
da empresa possui para iniciar suas atividades. Observe os exemplos nos quadros a
seguir:
Quadro 1 − Balanço patrimonial/Representação de patrimônio: exemplo de
formação de um patrimônio que inicia suas atividades com $100.000 em dinheiro

ATIVO PASSIVO
Bens Patrimônio Liquido
Caixa 100.000 Capital social 100.000

Total 100.000 Total 100.000


Fonte: elaborado pelo autor

Quadro 2 − Balanço patrimonial/Representação de patrimônio: exemplo de compra


de mesas e cadeiras, à vista, para uso da empresa, no valor de $50.000

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ATIVO PASSIVO
Bens Patrimônio Líquido
Caixa 50.000 Capital social 100.000
Móveis e utensílios 50.000

Total 100.000 Total 100.000


Fonte: elaborado pelo autor

Quadro 3 − Balanço patrimonial/Representação de patrimônio: Exemplo de depósito


de $30.000 no banco Mercosul S.A

ATIVO PASSIVO
Bens Patrimônio Líquido
Caixa 20.000 Capital social 100.000
Bancos conta movimento 30.000
Móveis e utensílios 50.000

Total 100.000 Total 100.000


Fonte: elaborado pelo autor

1.6 Situação líquida do pratrimônio


O Patrimônio Líquido (PL) consiste na diferença entre o Ativo (A) e o Passivo (P).
Não podemos imaginar que uma empresa apresente o seu Ativo ou Passivo Negativos.
Assim, os elementos patrimoniais poderão assumir somente os seguintes valores.
A > ou = 0 P > ou = 0 PL > ou < 0

Com base na equação do balanço (A – P = PL), podemos afirmar que, em dado


momento, o patrimônio da empresa poderá assumir uma das seguintes situações:
1.6.1 Quando A > P, teremos PL > 0
Revela existência da riqueza própria.

Ativo Passivo

Bens 30 Obrigações 30

Direitos 20 Situação Líquida 20

TOTAL 50 TOTAL 50

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1.6.2 Quando A > P e P = 0, teremos PL > 0
Revela inexistência de dívidas (Passivo)

Ativo Passivo

Bens 30 Obrigações 0

Direitos 20 Situação Líquida 50

TOTAL 50 TOTAL 50

1.6.3 Quando A = P, teremos PL = 0

Revela inexistência de riqueza própria. Podemos citar o exemplo de uma empresa


que possui bens a sua disposição que ainda não foram pagos.
Ativo Passivo

Bens 50 Obrigações 50

Situação Líquida 0

TOTAL 50 TOTAL 50

1.6.4 Quando P > A, teremos PL < 0


Revela má situação, ou seja, a existência de “Passivo a Descoberto” (PL Negativo).

Ativo Passivo

Bens 15 Obrigações 50

Direitos 5 Situação Líquida (30)

TOTAL 20 TOTAL 20

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Referências
SAPORITO, Antonio. Contabilidade Geral, São Paulo: Pearson, 2018.

OOCITIES. Princípios Fundamentais de Contabilidade. Disponível em:


<http://www.oocities.org/univix/principios1.htm> Acesso em: 06 de setembro de
2018.

PADOVEZE, C. L. Contabilidade Geral, São Paulo: Pearson, 2016.

SCRIBD. Apostila de Contabilidade - Prof. Alberto. Disponível em:


<https://pt.scribd.com/document/80175130/Apostila-de-Contabilidade-Prof-Alberto-
1> Acesso em: 06 de setembro de 2018.

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