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Sobre a noção de etnocídio, com especial atenção ao caso brasileiro

O genocídio e o etnocídio, apesar da diferença entre ambos, estão relacionados,


pois o primeiro trata do extermínio sistemático de um povo, (que o autor “toma de
empréstimo” o conceito do antropólogo francês Robert Jaulin, seria ação direta ou
imediata, eliminação física), enquanto o segundo é o extermínio de uma cultura, por um
processo que visa a destruição sistemática do modo específico de vida (técnicas de
subsistência e relações de produção, sistema de parentesco, organização comunitária,
língua, costumes e tradições) de povos diferentes.

É o que se depreende já na introdução do artigo com o que, a meu ver, nos trás
uma visão foucaultiana, onde impera o "fazer viver e deixar morrer”, um verdadeiro
ESTADO DE EXCEÇÃO, a indivíduos que são relegados a categoria de subcidadãos
brasileiros:

“... toda decisão política tomada à revelia das instâncias de formação


de consenso próprias das coletividades afetadas por tal decisão, a
qual acarrete mediata ou imediatamente a destruição do modo de
vida das coletividades, ou constitua grave ameaça (ação com
potencial etnocida) à continuidade desse modo de vida. É passível de
tipificação antropológica como etnocídio todo projeto, programa e
ação de governo ou de organização civil (missões religiosas
proselitistas, por exemplo) que viole os direitos reconhecidos no
capítulo VIII da Constituição Federal de 1988 (“ Dos Índios”), em
particular mas não exclusivamente aqueles mencionados no caput do
art. 231, que sancionam a existência — e portanto o direito à
persistência — de “sua [dos índios] organização social, costumes,
línguas, crenças e tradições, e o direito originário sobre as terras que
ocupam” (p.1)

Portanto, o ato de destruir, por meio do assassinato em massa de um grupo


humano ou etnia, é denominado genocídio. Já o ato de destruir qualquer traço
remanescente de uma cultura, seja material, como símbolos ou obras artísticas que
possuem representação cultural, seja imaterial, como uma língua ou uma crença
religiosa, é denominado etnocídio ou genocídio cultural.

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