Sei sulla pagina 1di 2

Racismo e Racismos (até 12/10)

Após a leitura do texto de O. Nogueira, que discorre sobre o racismo de marca


(Brasil) e racismo de origem (Estados Unidos), comente acerca das diferenças e
similaridades entre ambos, afinal podem existir diferentes processos sociais de
construção do racismo, porém racismo marca (física e psicologicamente) e mata.
Lembre das regras: cada um de nós deve realizar uma postagem e interagir com
dois colegas!

O autor, logo nos parágrafos iniciais, conceitua e faz uma distinção de fácil
assimilação do que vem a ser racismo de marca e racismo de origem:

“[...] Quando o preconceito de raça se exerce em relação à


aparência, isto é, quando toma por pretexto para as suas
manifestações os traços físicos do indivíduo, a fisionomia, os
gestos, o sotaque, diz-se que é de marca; quando basta a
suposição de que o indivíduo descende de certo grupo étnico
para que sofra as conseqüências do preconceito, diz-se que é de
origem.” (p.292)

Dentre as diferenças de ambos é importante destacar:

“1. Quanto ao modo de atuar: o preconceito de marca


determina uma preterição, o de origem, uma exclusão
incondicional dos membros do grupo atingido, em relação a
situações ou recursos pelos quais venham a competir com os
membros do grupo discriminador. Assim, um clube recreativo,
no Brasil, pode opor maior resistência à admissão de um
indivíduo de cor que à de um branco; porém, se o indivíduo de
cor contrabalançar a desvantagem da cor por uma superioridade
inegável, em inteligência ou instrução, em educação, profissão e
condição econômica, ou se for hábil, ambicioso e perseverante,
poderá levar o clube a lhe dar acesso, “abrindo-lhe uma
exceção”, sem se obrigar a proceder da mesma forma com
outras pessoas com traços raciais equivalentes ou, mesmo, mais
leves.

Nos Estados Unidos, ao contrário, as restrições impostas


ao grupo negro, em geral, se mantêm, independentemente de
condições pessoais como a instrução, a ocupação etc. Tanto a
um negro portador de PhD (doutor em filosofia, título altamente
respeitado naquele país) como a um operário, será vedado
residir fora da área de segregação, recorrer a certos hospitais,
freqüentar certas casas de diversões, permanecer em certas salas
de espera, em estações, aeroportos etc., utilizar-se de certos
aposentos sanitários, fontes de água etc., ainda que varie de uma
região para outra e, mesmo, de uma localidade para outra, a
amplitude de situações em que se impõem restrições.” (p. 293)

É importante asseverar que, apesar de não ter sido objeto da pesquisa do autor,
um fato que contribui para a compreensão das distintas configurações do racismo
estrutural em ambos os países, foi como se procedeu à pós-abolição de cada um.
Enquanto nos EUA houve uma providência por parte do Estado em subsidiar o negro,
ainda que de forma precária e muito desigual em relação ao branco, como a concessão
de terras, escolas, hospitais etc. exclusivos para pessoas de cor, tais iniciativas
colaboraram para uma maior unidade, ou resistência, por parte dos negros. O racismo,
portanto, era uma política segregacionista de Estado. Já no Brasil, o homem negro foi
posto à “própria sorte”, indo residir em locais carentes, estando em sua maioria à
marginalidade social. E, alguns para compensar a desvantagem social e “superar” o
racismo, buscaram se destacar por inteligência ou instrução, em educação, profissão,
condição econômica, empreendedorismo etc.

Portanto, como se percebe em parágrafos posteriores, Oracy Nogueira,


diferencia racismo de marca e de origem como, o primeiro incidirá preponderantemente
pela cor cujas vítimas eventualmente só percebem sua ocorrência quando de forma
direta. E o segundo estaria mais intrinsecamente ligado a uma cadeia sucessória do
grupo étnico.

Potrebbero piacerti anche