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FACULDADE SANTA MARIA DA GLÓRIA

SMG
MARINGÁ

CURSO DE DIREITO

Pessoa jurídica como beneficiária da usucapião

Weiller Emerich Almeida


Fernando Alexandre da Silva
Deyvid Thiago Aparecido Farfus

Maringá
2017
Sumário
Introdução 3
2- Usucapião 4
3 - Personalidade da Pessoa Jurídica 6
4 - Pessoas Jurídicas 6
4.1 - De direito privado 6
4.2 - De direito público 6
5- Conclusão 8
6- Referências 9
7- Anexo: 10
Introdução

Neste trabalho apresentaremos que pessoas jurídicas também podem adquirir por usucapião,
mesmo que sejam de direito público. Quanto às sociedades de fato, leciona NASCIMENTO¹
que estas não podem usucapir, mas sim seus membros, formando um condomínio ordinário
sobre o imóvel. Será exposto também, a possibilidade de usucapir de direito privado e de
direito público, bem com a personalidade da pessoa Jurídica.
Não existe qualquer exigência especial quanto ao legitimado ativo para a ação de usucapião.
Dessa forma, o usucapiente pode ser qualquer pessoa que tenha capacidade de direitos na
órbita civil. Mesmo os absolutamente incapazes podem propor ação de usucapião, desde que
representados por quem a lei indicar.
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2- Usucapião

A posse é requisito fundamental, embora não o único, para o usucapião (ou a usucapião, pois
a palavra admite também o gênero feminino, assim adotado pelo Código Civil de 2002).
Desse modo, a aquisição da propriedade pelo usucapião é um dos principais efeitos da posse.
Usucapir é adquirir a propriedade pela posse continuada durante certo lapso de tempo.
Oportunamente, estudaremos neste livro as modalidades de usucapião e o papel da posse em
cada uma delas. Com relação ao código de 1916, o presente código deve ser visto sobre uma
nova perspectiva com relação à propriedade quanto a sua função social.
Como o usucapião é a melhor forma de atribuir moradia ou dinamizar a utilização da terra, há
um novo enfoque no instituto. Alie-se a isso a orientação da constituição de 1988, que realça
o instituto e alberga modalidades mais singelas do instituto. Desse modo, a ideia básica no
presente diploma é no sentido de que as modalidades de usucapião situam-se no tempo do
período aquisitivo, mais ou menos longo.

Sob esse novo pálio deve ser atentamente analisado o art. 1238:

Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu
um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no
Cartório de Registro de Imóveis.

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor
houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de
caráter produtivo.

O usucapião extraordinário, de quinze anos, tal como está descrito no caput, independe de
título e boa-fé. Com isso se identifica com o usucapião extraordinário do antigo código. No
entanto, há modalidade de usucapião para aquisição do imóvel em dez anos disciplinado no
parágrafo do dispositivo e que também independe de título e boa-fé. Desse modo, temos no
mais recente diploma duas modalidades de usucapião extraordinário, com dois prazos
diversos. Tal como se apresenta na dicção legal, o prazo do usucapião, que independe de
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título e boa-fé, fica reduzido a dez anos, possibilitando a aquisição da propriedade quando o
possuidor houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual ou quando nele houver
realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Esta última hipótese, por sua natureza,
dirige-se para o imóvel rural, mas não exclui a aplicação também para o imóvel urbano.

Sob esse atual diapasão, nessas situações é desnecessária a investigação subjetiva da boa-fé
do possuidor no caso concreto, em qualquer caso. Em ambas as situações preponderará o
aspecto objetivo do fato da posse, o corpus, ficando o aspecto subjetivo transladado da boa-fé
para exclusivamente a análise da posse ad usucapionem. Portanto, ex radice, no exame de um
lapso prescricional aquisitivo nos termos do descrito no parágrafo do artigo, o juiz deve
examinar a utilização do imóvel e a intenção do usucapiente de lá se fazer presente para
caráter social ao ampliar a possibilidade de usucapião e dispensa o requisito da boa-fé. A
perda da propriedade imóvel pelo antigo proprietário pelo usucapião, se houver, reside então,
como é evidente, na sua inércia em recuperar a coisa, nesse período de dez anos.

O usucapião ordinário é disciplinado pelo art. 1242:

“Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com


justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.”

Como se nota, trata-se aqui do mesmo prazo de dez anos do usucapião extraordinário do
parágrafo único do art. 1238. No entanto, como apontamos liminarmente, lá se cuida de
usucapião extraordinário que dispensa o justo título e a boa-fé, mas que exige o requisito da
moradia ou realização de serviços de caráter produtivo no local. No caso concreto, pode
ocorrer que o usucapiente, ao requerer a aquisição da propriedade, o faça com fundamento no
art. 1.242, mas, subsidiariamente, por preencher os requisitos do art. 1.238, peça que o juiz
reconheça o usucapião extraordinário, se forem discutíveis a boa-fé ou o justo título.
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3 - Personalidade da Pessoa Jurídica


A pessoa jurídica é titular de alguns direitos fundamentais, como por exemplo, o direito a
propriedade, a imagem. Segundo o STF e a Constituição Federal, a pessoa jurídica de direito
público também é titular de alguns direitos fundamentais, conforme determina o art. 5º, CF, in
verbis :

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...

Conclui-se, portanto, que os direitos fundamentais lavrados na Constituição Federal de 1988


conferem a pessoa jurídica o direito à imagem, e, consequentemente, qualquer ofensa a esta
imagem merece a devida proteção, pautada danos extrapatrimoniais e voltada para o amparo
de toda a sociedade.

4 - Pessoas Jurídicas

4.1 - De direito privado


Pode usucapir, mas com algumas restrições, porque alguns modelos de usucapião exigem
que o exercício possessório sejam para exercício de moradia. E pessoa jurídica de direito
privado não mora, tem sede (estabelecimento comercial).

Todos os usucapião que exigirem moradia, não serão acessíveis para pessoa jurídica de
direito privado.

4.2 - De direito público


Via de regra, não pode usucapir, porque não está subordinada ao regime de direito privado.
É aplicado lei específica. Nunca tomaria a posse do bem de outrem, porque isso é um ilícito
civil. E pessoa jurídica de direito público não comete ilícito, age dentro da legalidade.
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Contra quem pode usucapir o Código não diz, mas diz contra quem não pode usucapir:
pessoas jurídicas de direito público. Bens públicos não estão sujeitos a usucapião – art 102
CC e Súmula do STF e STJ. Também não se pratica usucapião contra aquelas pessoas que
não correm prescrição, artigo 197 e 198, exemplo: entre pais e filhos, entre cônjuges na
constância do casamento.
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5- Conclusão
A Justiça de São Paulo considera que um bem público pode ser objeto de ação de usucapião
por uma empresa. A decisão vale apenas para casos que envolvam bem dominial já
desafetado, ou seja, aqueles que não servem ao uso comum (praças e ruas) ou especial
(escolas e hospitais). Assim, entram na lista terras e terrenos. O entendimento é da 9ª Câmara
de Direito Privado do Tribunal de Justiça do estado, que rejeitou recurso interposto pela
Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) contra decisão que favorecia
a empresa Coppersteel, que tenta obter o título do terreno que ocupa. A decisão, do dia 22 de
maio, foi por maioria de votos.
“A norma constitucional que estabelece que os bens públicos são insuscetíveis de usucapião
deve ser interpretada de acordo com a destinação do bem. E o bem já desafetado não tem mais
destinação pública”, afirmou a relatora, desembargadora Lucila Toledo. Para ela, a
possibilidade de usucapião de bem público é garantida de acordo com a “função social” da
empresa.

Conclui-se que, o usucapião, para pessoa jurídica, e sua estrutura, proporciona a proteção
jurídica com intuito, principal, de dar uma função social a posse e propriedade, porém,esta
finalidade destina-se ao benefício social, e se não cedermos, o instituto civil do usucapião as
pessoas jurídicas, segundo desembargadora Lucila Toledo, estaríamos desconsiderando o
entendimento do princípio da “função social”

Soma-se a este entendimento a decisão judicial, em anexo, favorecendo a empresa


COPPERSTTEL deferindo seu pedido de Usucapião.
Com o exposto acima, e a evolução do Direito, acreditamos que brevemente, este instituto
civil, obterá sua codificação jurídica, elevando a matéria a que lhe é de direito, acima da
formalidade.
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6- Referências

http://www.conjur.com.br/2012-jul-03/empresa-direito-usucapiao-bem-publico-utilidade-tj-sp

http://s.conjur.com.br/dl/copersteel.pdf

http://s.conjur.com.br/dl/acordao-usucapiao.pdf

https://www.jusbrasil.com.br/diarios/39139428/djsp-judicial-1a-instancia-interior-parte-ii-01-08-2012-
pg-1385

http://www.haradaadvogados.com.br/retrocessao-parcial-de-imovel-desapropriado-amigavelmente/

http://www.sinprofaz.org.br/2014/clipping/o-itbi-na-compra-e-venda-de-imoveis/pagina-9

https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/2436395/apelacao-com-revisao-cr-6133834600-sp

VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direitos reais. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
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7- Anexo:
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO "
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA
ACÓRDÃO REGISTRADO(A) SOB N° *03606297*
Trata-se de ação de usucapião extraordinária ajuizada por Coppersttel Bimetalicos Ltda.
contra Município de Campinas e Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S.A -
EMDEC. Diz a inicial que a autora completou os requisitos necessários ao reconhecimento da
prescrição aquisitiva em relação ao imóvel objeto de matrícula 120.513, do 3o CRI da
Comarca de Campinas, pretendendo , seja declarada sua usucapião.
A sentença, acatando a tese da imprescritibilidade do bem público de qualquer natureza,
extinguiu o processo sem apreciação do mérito, entendendo ser o pedido impossível
juridicamente.
Relata que a empresa está instalada na área há mais de 30 anos, conta com 300 funcionários e
desempenha relevante função social. Diz que não é invasora de bem público nem posseira
sem justo título, tendo participado de plano de desenvolvimento patrocinado pelo Poder
Público. Defende que a propriedade deve atender à sua função social e que se o próprio
Município "desafetou" a área para comercializá-la e a recorrente pagou pelos lotes, não há
motivos para que não se reconheça a prescrição aquisitiva.

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