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Guia de Profissões

H
Odontologia
abilidade manual, coordenação moto- clínica geral, em que
ra, meticulosidade e atenção concen- o profissional restau-
trada. Esses são alguns atributos ra, extrai dentes e im-
essenciais para quem deseja exercer a planta próteses; a
profissão de odontólogo. A Odontologia é a dentística restaura-
ciência focada no tratamento e no estudo da dora, voltada para as
saúde bucal. O profissional de Odontologia características ana-
não só trata como também previne as tômicas, funcionais e
doenças bucais, através de exames dos den- estéticas dos dentes;
tes, gengivas, bochechas, lábios e língua. Ele a endodontia, que
elabora o diagnóstico e o tratamento, extrai trata as alterações na
ou restaura dentes, fazendo a correção polpa e na raiz dos
estética, a limpeza e ensinando como tratar dentes; a estomato-
da higiene bucal. logia, com a qual são realizados diagnósti- Curso de Graduação em Odontologia, inseri-
As disciplinas básicas do curso de Odonto- cos e tratamentos de doenças da boca; a da no Projeto Político Pedagógico do Curso,
logia, que tem duração média de quatro a implantodontia, que trata do implante de dispondo-a em 10 períodos, sendo os pri-
cinco anos, são: Fundamentos da Anatomia próteses isoladas, parciais ou completas meiros períodos para a formação básica e os
Humana, Genética Humana, Biofísica e Fisio- (dentaduras) nos maxilares; a odontologia períodos seguintes para a formação profis-
logia, Microbiologia e Imunologia, Para- legal, com a qual o profissional realiza sional.
sitologia e Micologia, Patologia Geral, Farma- exame e perícia judicial e elabora atestados O aluno, para concluir o curso, necessita cur-
cologia, Cirurgia Bucal e Anestesiologia, e laudos técnicos, também utilizada na sar todas as disciplinas da Estrutura Curricu-
Dentística, Endodontia, Oclusão, Periodontia, identificação de cadáveres pela arcada lar, ser aprovado no TCC e ter obtido, no
entre outras. dentária; e a odontopediatria, que trata de
mínimo, 120 horas de disciplinas optativas
Existem diversas especialidades como a problemas bucais e dentes de crianças.
(conhecimentos transversais).
O profissional de Odontologia poderá atuar,
Portanto o Currículo Pleno envolve 209 crédi-
ainda, na área de ortodontia, que trata da
alteração da mordedura e da posição dos tos obrigatórios, perfazendo um total de
dentes com aparelhos; na patologia bucal, 4.770 horas/aulas, correspondentes a 100
em que realiza exame laboratorial para iden- teóricos e 109 práticos (o crédito teórico cor-
Índice tificar doenças; na periodontia, cuidando das
gengivas e dos ossos que dão sustentação
responde a 15 horas/aula, e a prática, 30
horas/aula).
aos dentes, fazendo cirurgias, raspagens e A conclusão do curso é prevista para 5 anos,
implantes; na prótese dentária, projetando e podendo chegar até 7 anos e meio. O aluno,
LITERATURA confeccionando próteses de dentes dani- no primeiro período, cursa disciplinas que
Perscrutando o texto ................ Pág. 03 ficados ou substituiindo os destruídos, resta- permitem introduzi-lo no conhecimento inicial
belecendo disfunções na mordedura e na das ciências da saúde. Recebe informações
(aula 121) mastigação. A radiologia é outra área de a respeito da promoção da saúde orientada
atuação, bem como a traumatologia e a
QUÍMICA cirurgia bucomaxilofacial, em que são diag-
para integração à saúde e, no período
seguinte, para os Fundamentos de Assis-
Cinética química ....................... Pág. 05 nosticados traumatismos, lesões e anomalias tência ao Paciente. Nesse período, os alunos
na boca, na face e no sistema estomatog-
(aula 122) são orientados a conhecer seu curso, como
mático (os órgãos que envolvem o sistema
funciona dentro da UEA e a história do seu
de mastigação, como maxilar, mandíbula e
GEOGRAFIA gengiva) e feitas cirurgias, implantes,
curso, de forma a incentivá-lo na sua
transplantes e enxertos para recuperá-los. profissão.
A degradação do meio ambiente
Nas disciplinas pré-clinicas de laboratórios,
................................................... Pág. 07 O curso da UEA
são feitos exercícios para controle da coor-
Na UEA, o ingresso no curso é feito através denação motora, tirando o peso da mão e
(aula 123) do concurso vestibular com o oferecimento permitindo os toques intermitentes no mane-
de 100 vagas, sendo 50 para a capital e 50
MATEMÁTICA para o interior do Estado. Seguindo as Diretri-
jo da alta rotação. Nos anatômicos, são feitas
dissecações em cadáveres humanos, para
Polinômios e Equações algébricas zes Nacionais dos Cursos de Graduação,
que o aluno possa localizar os pontos anatô-
estabelecidas pelo MEC, os estudantes de
................................................... Pág. 09 Odontologia são preparados com uma micos intrateciduais, muito úteis quando
formação generalista, humanista, crítica e intervir nas anestesias e nas cirurgias buco-
(aula 124)
reflexiva para atuar em todos os níveis de maxilo-faciais, para observar o trajeto de ner-
FÍSICA atenção à saúde, com base no rigor técnico vos, artérias, músculos, articulações etc, na
e científico, capacitado ao exercício de cavidade bucal e nas adjacências.
Eletrodinâmica II ...................... Pág. 11 atividades referentes à saúde bucal da popu- Após concluir o curso, o cirurgião-dentista
(aula 125) lação, pautado em princípios éticos, legais e deve ampliar os seus conhecimentos através
na compreensão da realidade social, cultural de cursos de aperfeiçoamento, responsáveis
PORTUGUÊS e econômica do seu meio, dirigindo sua pela educação continuada, ou nos cursos de
atuação para transformação da realidade em
Concordância Verbal I ............ Pág. 13 especializações. Essas especializações
benefício da sociedade. podem ser oferecidas pelas Universidades
(aula 126) Tomando como referência as Diretrizes ou pelas Associações de Classe, sempre
estabelecidas pelo MEC em articulação com seguindo as normas do Conselho Regional
Referências bibliográficas ...... Pág. 15 o Ministério da Saúde, a Coordenação do de Odontologia, responsável pelo reconhe-
Curso organizou a Estrutura Curricular do cimento da especialidade.

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b) O pronome átono em “mas te vais sem
deixar rastros” tem função de objeto
indireto.
c) O adjetivo “soltas” tem função de
adjunto adnominal.
d) O verso “mas te vais sem deixar rastros”
Aula 121
corresponde gramaticalmente a “mas te
vais sem os deixar”.
Texto e) Pode-se trocar “rastros” por “rastos”
Samba-canção para ser sem prejuízo gramatical.
acompanhado de regional
04. Observe a estrofe seguinte:
Anibal Beça
Mulher de um sonho distante Arapuca
Mulher de um sonho distante não sei se existes de fato
na névoa densa da noite sei da maneira que chegas 01. (FGV) Muitas pessoas costumam
eu te sabia em mim no clique de algum retrato permanecer ...... espera de soluções
dispersa em minha canção apontadas quer pela religião, quer pela
Escolha a alternativa em que o “se” te- ciência, mesmo que caiba ...... elas
Eu te queria tão próxima nha o mesmo valor do usado em “não duvidar de postulados ...... que todos são
de luz e raio constante sei se existes de fato”. submetidos.
pra te dizer tantas coisas a) Se ela existisse, seu nome seria As lacunas da frase acima estão
como o mais comum amante “paixão”. corretamente preenchidas por
b) Se ela existe de verdade eu não sei.
a) à – à – a d) a – a – à
Sussurrar no teu ouvido c) Sei que não se pode amar uma mulher
b) à – a – a e) a – a – a
palavras soltas ao vento imaginária.
c) à – à – à
mas te vais sem deixar rastros d) Emergirei do meu sonho se ela vier ao
dona e senhora do tempo meu encontro. 02. (FGV) Assinale a alternativa em que a
e) Se você a vir por aí, diga-lhe que meu ausência da preposição, antes do
Mulher de um sonho distante sonho não feneceu. pronome relativo que, está de acordo com
não sei se existes de fato a norma culta.
05. Observe a estrofe seguinte:
sei da maneira que chegas
a) É uma quantia vultosa, que o Estado não
no clique de algum retrato Eu te queria tão próxima
dispõe: falta-lhe numerário.
de luz e raio constante
b) Vi claramente o bolso que você pôs o
Mas teu rosto não me foge pra te dizer tantas coisas
dinheiro.
nem teu riso enigmático como o mais comum amante
c) Não interessava perguntar qual a agência
nesse mistério que explode
Escolha a alternativa em que a regência que o remetente enviou a carta.
como um flash fotográfico
do verbo “querer” iguala-se à usada no d) A garota que eu gosto não está namorando
verso 1 da estrofe. mais. Chegou a minha oportunidade.
Mulher sem nome consomes
a) Mulher sem nome, apesar de não te e) Essa era a declaração que o alcaide insistia
minha sede de ficar
conhecer, quero-te muito. em fazer.
nas asas de tua gruta
b) Mulher de um sonho distante, quero-lhe
meu abrigo meu luar 03. (FGV) Assinale a alternativa em que o uso
mais que o ar que respiro.
dos verbos fazer, haver e ser está de
c) Quero-lhe muito, mamãe.
Nesse instante és meu apelo acordo com a norma culta.
Aumentando esse tesão d) Despede-se aqui o filho que muito lhe
quer. a) Ele não se olhava no espelho haviam três
só te quero verdadeira
e) Ele a amava, mas não a queria para dias. A esposa se queixava muito daquela
se teu nome for paixão
esposa. situação.
(Suíte para os habitantes da noite,
b) Faziam dias alegres naquele verão. Muito
1995, pág. 112/113) 06. Observe a estrofe seguinte: calor e muita mulher bonita.
Perscrutando o texto Eu te queria tão próxima c) Não houveram mais casos de dengue nas
de luz e raio constante redondezas, desde a intervenção do
01. A mulher retratada no poema asseme- pra te dizer tantas coisas médico.
lha-se à cultuada pelos poetas: como o mais comum amante d) Meu maior incômodo são as aves noturnas
a) do Arcadismo; que vêm fazer ninho no forro da casa.
Assinale a alternativa em que a função
b) da Primeira Geração do Romantismo; e) E agora são meio-dia. As pessoas que
sintática da palavra (ou expressão) sub-
c) da Segunda Geração do Romantismo; fazem a sesta se dirigem a casa.
linhada iguala-se à de “tantas”, subli-
d) do Simbolismo;
nhada na estrofe. 04. (FGV) Está correta a flexão do verbo
e) do Parnasianismo.
a) Eles a adotaram e fizeram-na feliz. grifado na frase:
02. Predominam, no poema, versos: b) Nos meus sonhos, eu a chamo de a) Alguns cientistas até crêem que existe, no
a) com rimas soantes; paixão. universo, uma ordem que ultrapassa a
b) com rimas toantes; c) Mulher de um sonho distante, eu a compreensão dos homens.
c) em redondilha menor; tenho como musa. b) Muitas vezes, no decorrer da história, o
d) em redondilha maior; d) Mesmo sabendo que você não existe, progresso científico deteu-se em nome dos
e) prosaicos e heterométricos. eu a desejo tanto. dogmas religiosos.
e) Há em mim muitos sonhos irrealizáveis. c) Em todos os tempos, adviram situações de
03. Sobre a estrofe seguinte, assinale a
conflito, devido tanto a posturas religiosas
afirmativa incorreta. 07. Observe a estrofe seguinte:
quanto a descobertas científicas.
Sussurrar no teu ouvido Mas teu rosto não me foge d) Até hoje, representantes das altas esferas
palavras soltas ao vento nem teu riso enigmático religiosas vêm o desenvolvimento científico
mas te vais sem deixar rastros nesse mistério que explode como um inimigo da fé popular.
dona e senhora do tempo como um flash fotográfico e) Descobertas científicas, em todo tempo,
a) Pode-se escrever o primeiro verso
O sujeito de “explode” é: anteporam-se à aceitação de dogmas,
assim, sem prejuízo semântico:
questionando-os.
“Sussurrar-te no ouvido”. a) o substantivo “mistério”;
b) o substantivo “riso”;
c) o pronome “que”; Momento da dissertação
d) a seqüência “como um flash fotográfico”;
e) o substantivo “rosto”. PONTUAÇÃO I
Vírgula proibida
08. Observe a estrofe seguinte:
1. Separar o sujeito do verbo
Nesse instante és meu apelo
A vírgula não pode separar o sujeito do verbo
Aumentando esse tesão quando juntos, sem outros termos intercala-
só te quero verdadeira dos.
se teu nome for paixão
Julgue os períodos seguintes quanto ao uso
Assinale a alternativa em que todas as da vírgula.
palavras sejam masculinas, como a. ( ) Todos nós, devemos participar da recu-
Caiu no vestibular “tesão”. peração de menores abandonados.
a) ênfase, hematoma, caudal Sujeito de “devemos participar”: “Todos
A Camões
b) aguardente, bacanal, ferrugem nós”.
Quando n’alma pesar de tua raça c) sanduíche, tapa, cal b. ( ) Todos nós, dentro dos nossos limites,
A névoa da apagada e vil tristeza, d) clã, libido, dó devemos participar da recuperação de
Busque ela sempre a glória que não passa, e) telefonema, tracoma, alface menores abandonados.
Em teu poema de heroísmo e de beleza.
Sujeito de “devemos participar”: “Todos
09. Na estrofe seguinte, há:
Gênio purificado na desgraça, nós”.
Tu resumiste em ti toda a grandeza: Mas teu rosto não me foge
c. ( ) Convém às autoridades competentes,
Poeta e soldado... Em ti brilhou sem jaça nem teu riso enigmático
que não percam mais tempo no comba-
O amor da grande pátria portuguesa. nesse mistério que explode
te ao narcotráfico.
como um flash fotográfico Sujeito de “convém”: a segunda oração.
E enquanto o fero canto ecoar na mente
Da estirpe que em perigos sublimados a) uma única oração; d. ( ) Todos nós sem exceção, devemos parti-
Plantou a cruz em cada continente, b) duas orações; cipar da recuperação de menores aban-
c) três orações; donados.
Não morrerá, sem poetas nem soldados, d) quatro orações; Sujeito de “devemos participar”: “Todos
A língua em que cantaste rudemente e) cinco orações. nós”.
As armas e os barões assinalados.
(Manuel Bandeira) 10. Observe, na estrofe da questão anterior, 2. Separar o verbo do seu complemento
a forma “explode”. Assinale a alternati- A vírgula não pode separar o verbo do seu
01. (FGV–2004) O poema de Manuel
va em que a frase contém forma do ver- complemento quando não há outros elemen-
Bandeira pode ser classificado como
bo explodir condenada pela norma cul- tos intercalados entre eles.
pertencente ao gênero:
ta da língua. Julgue os períodos seguintes quanto ao uso
a) épico; d) oratório;
b) lírico; e) sacro. a) Se a paixão ameaça deprimi-lo, é da vírgula.
c) dramático; melhor que ela exploda de uma vez. a. ( ) Agora, que o período eleitoreiro passou,
b) Se ela fosse uma mulher real, a paixão o povo só quer, que os políticos cum-
02. (FGV–2004) Assinale a alternativa que já teria explodido. pram metade das promessas feitas em
melhor corresponde à análise do texto A c) Que mistério explodirá se você não campanha.
Camões.
aparecer?
b. ( ) Agora, que o período eleitoreiro passou,
a) Composto por um poeta do Modernismo, d) Explodi, paixão ingrata, e acabai com o povo só quer, sem muito alarde, que
rende uma homenagem somente temática meu sofrimento. os políticos cumpram metade das pro-
ao bardo português, não acolhendo, na e) Depois do discurso, o público explodiu messas feitas em campanha.
forma, semelhanças com estilos anteriores.
em ovações.
b) Manuel Bandeira é poeta modernista de c. ( ) Só queremos, se não for muito incômo-
feições românticas, mas, no texto em do, que ela assine todos os papéis.
Dificuldades da língua
questão, foge a essa tendência ao realizar d. ( ) Olhamos para o céu e vimos, à seme-
um poema de caráter inovador e DEITAR ou DEITAR-SE? lhança de um disco, uma luminosidade
iconoclasta. Quando deitar equivale a estender-se, lan- intensa.
c) O texto, apesar de escrito no século XX, çar-se ao comprido, sobre leito, sofá ou no e. ( ) Vários órgãos do Governo Federal vão
guarda diálogo com a tradição literária, chão, é pronominal: deitar-se. iniciar, a partir do próximo mês, várias
utilizando-se do soneto, forma muito
1. A um sinal do diretor, todos deitaram no operações de combate à prostituição
utilizada por Camões.
chão. (errado) infanto-juvenil.
d) O texto enquadra-se nas propostas de
uma poesia libertária e social, como 2. A um sinal do diretor, todos se deitaram 3. Separar orações adjetivas restritivas
prevista pelo Modernismo. no chão. (certo) A vírgula não pode separar orações adjeti-
e) Manuel Bandeira constrói um poema de 3. Aqui, no interior, o povo deita cedinho. vas restritivas: aquelas que encerram uma
caráter simétrico, com rimas ao estilo (errado) idéia dentre outras, indispensável à compre-
camoniano, mas nada há, no conteúdo do ensão do período.
texto, que remeta diretamente às obras do 4. Aqui, no interior, o povo deita-se cedi-
nho. (certo) Julgue os períodos seguintes quanto ao uso
poeta português.
da vírgula.
5. Deite de bruços, minha filha. Preciso exa-
03. (FGV–2004) Assinale a alternativa em a. ( ) O homem, que age com honestidade,
miná-la. (errado)
que se encontre termo com função consegue envelhecer em paz.
sintática idêntica à de “as armas e os 6. Deite-se de bruços, minha filha. Preciso
b. ( ) O homem que age com honestidade
barões assinalados” (v. 14). examiná-la. (certo)
consegue envelhecer em paz.
a) a glória (verso 3) 7. Você pode deitar com muitos homens,
c. ( ) O Brasil, com que todos sonhamos, ain-
b) em ti (verso 7) mas um de cada vez. (errado)
da está em construção.
c) o amor da grande pátria portuguesa 8. Você pode deitar-se com muitos homens,
(verso 8) d. ( ) O Brasil com que todos sonhamos ain-
mas um de cada vez. (certo) da está em construção.
d) da estirpe (verso 10)
e) a língua (verso 13) e. ( ) As mulheres, que lutam por igualdade,
conseguem o reconhecimento social.

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do complexo ativado seja maior. Logo, quanto
maior a concentração dos reagentes, maior será
Química a velocidade da reação.
Pressão
Professor Pedro CAMPELO Com o aumento da pressão, aumenta a probabi-
lidade de ocorrerem colisões efetivas. E, conse-
qüentemente, aumenta a velocidade da reação.
Aula 122 Notar que a pressão só influencia quando houver,
pelo menos, uma substância gasosa como rea-
Cinética química gente. Um aumento de pressão num sistema em
A cinética química é uma ciência que estuda a reação implica um contato maior entre os reagen-
velocidade das reações químicas. A velocidade da tes, pois o volume do sistema diminui. Desse
reação recebe, geralmente, o nome de taxa de modo, haverá um número maior de partículas 01. (UFMG 95) O gráfico a seguir representa a
reação. A taxa de reação está relacionada com as reagentes por unidade de volume (a concentração variação de energia potencial quando o
concentrações dos reagentes, o estado particular aumenta), o que possibilita um maior número de monóxido de carbono, CO, é oxidado a
dos reagentes (estado físico, estado nascente dos colisões entre as partículas. Conseqüentemente, a CO2 pela ação do NO2, de acordo com a
gases, estado cristalino ou amorfo dos sólidos, do velocidade da reação se torna maior. O efeito da equação:
fato de os reagentes estarem ou não em solução pressão é considerável apenas quando
substâncias na fase de agregação gasosa CO(g) + NO2(g) CO2(g) + NO(g)
e, nesse caso, a natureza do solvente irá influir na
velocidade da reação), a temperatura, a eletricida- participam da reação. Com relação a esse gráfico e à reação
de, a luz, a pressão, a presença de catalisadores e ENERGIA DE ATIVAÇÃO acima, a afirmativa FALSA é
dos produtos de reação. Energia de ativação é a energia inicial necessária
Sua importância é muito ampla, já que se relacio- para que uma reação aconteça.
na com temas como, por exemplo, a rapidez com Para ocorrer uma reação química entre duas
que um medicamento atua no organismo ou com substâncias orgânicas que estão na mesma
problemas industriais, tais como a descoberta de solução, é preciso fornecer uma certa quantida-
catalisadores para acelerar a síntese de algum de de energia, geralmente na forma de calor, que
produto novo. favoreça o encontro e a colisão entre elas. A
FATORES QUE ALTERAM A VELOCIDADE DAS energia também é necessária para romper
REAÇÕES ligações químicas existentes entre os átomos de a) a energia de ativação para a reação direta é
A rapidez ou a velocidade com que se formam ou cada substância, favorecendo, assim, a ocorrên-
cerca de 135kJmol–1.
se rompem as ligações dependem da natureza cia de outras ligações químicas e a síntese de
uma nova substância a partir de duas iniciais. b) a reação inversa é endotérmica.
dos reagentes.
c) em valor absoluto, o ∆H da reação direta é
Temperatura CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA UMA
Temperatura: grau de agitação das partículas que REAÇÃO cerca de 225kJmol–1.
aumenta a probabilidade de colisões. d) em valor absoluto, o ∆H da reação inversa é
Conhecido como modelo de colisão, existem três
Com o aumento da temperatura, também aumen- coisas necessárias, nesta ordem, para que uma cerca de 360kJmol–1.
ta o número de moléculas com energia igual ou reação aconteça: e) o ∆H da reação direta é negativo.
superior à energia de ativação. Havendo mais As moléculas devem colidir para reagirem.
moléculas com energia maior ou igual à de ativa- 02. (Cesgranrio 95) Dado o diagrama de ental-
Contudo, se duas moléculas simplesmente coli-
ção, aumenta a velocidade da reação. Com o dem, elas não irão sempre reagir; portanto a
pia para a reação X+Y→Z a seguir, a ener-
aumento da temperatura, as moléculas se agitam ocorrência de uma colisão não é sempre o sufi- gia de ativação para a reação inversa
mais, fazendo com que a probabilidade de coli- ciente. A segunda exigência é que: Z→X+Y é:
sões efetivas aumente. Assim, a velocidade da Exista bastante energia (energia de ativação)
reação aumenta. Alimentos na geladeira demoram para que as duas moléculas reajam.
muito mais para estragar do que no ambiente. Isso Esta é a idéia de uma transição de estado; se
porque as reações químicas feitas pelos duas moléculas colidem, elas devem afastar-se
microorganismos decompositores são retardadas uma da outra, caso elas não possuam energia
pela temperatura baixa. suficiente para superar a energia de ativação e
Há uma regra que foi formulada no século XIX pelo transpor a transição de estado (ponto de mais
holandês Jacobus Henricus van’t Hoff que diz que alta energia). Finalmente, a terceira condição é:
um aumento de 10 graus Celsius na temperatura A molécula deve ser orientada mutuamente de
do sistema que irá reagir duplica a velocidade da forma correta. a) 60 kcal. b) 35 kcal. c) 25 kcal.
reação. Hoje, sabe-se que essa regra apresenta Para a reação ocorrer entre duas moléculas que d) 10 kcal. e) 0 kcal.
várias exceções, mas ela é, muitas vezes, útil para colidem, elas devem colidir em uma orientação
se fazerem previsões aproximadas do 03. (Fei 95) A combustão do butano (C4H10)
correta e possuir um aporte de energia mínimo.
comportamento da velocidade de certas reações. Quando as moléculas se aproximam, suas correspondente à equação:
Ela é conhecida como Regra de Van’t Hoff. eletrosferas se repelem mutuamente. Para supe- C4H10 + (13/2)O2 → 4CO2 + 5H2O +
Superfície de contato rar essa repulsão, é necessário energia (energia Energia
Se, numa reação, atuam reagentes em distintas de ativação), a qual é tipicamente provida pelo Se a velocidade da reação for 0,05mols
fases, o aumento da superfície de contato entre calor do sistema; isto é, a energia de translação, butano-minuto, qual a massa de CO2 pro-
eles aumenta a velocidade das reações. Consi- vibração e rotação de cada molécula, embora, duzida em 01 hora?
derando, por exemplo, uma reação entre uma algumas vezes, pela luz (fotoquímico) ou campo a) 880g b) 264g c) 8,8g
substância sólida e uma líquida, quanto mais elétrico (eletroquímico). Se existe bastante ener- d) 528g e) 132g
reduzida a pó estiver a substância sólida, maior é gia disponível, a repulsão é superada, e as molé-
a superfície de contacto entre as partículas de Massas atômicas: C=12u; O=16u; H= 1u
culas se aproximam o suficiente para que a atra-
ambas as substâncias e, portanto, maior é a ção entre elas provoque um rearranjo das liga- 04. (UFES 96) Para uma reação de 2ª ordem,
possibilidade de essas partículas colidirem umas ções covalentes em que a concentração é dada em mol/L e
com as outras. Quando as temperaturas são baixas para uma
Presença de um catalisador
o tempo é dado em segundos, a unidade da
reação em particular, a maioria das moléculas
Os catalisadores aumentam a velocidade de uma constante de velocidade será
(mas não todas) não irá ter energia suficiente
reação química, mas não participam da formação a) s–1 b) mol.L–1.s–1 c) mol–1.L.s–1
para reagir. Contudo haverá quase sempre um
dos produtos, sendo completamente regenerados certo número de moléculas com bastante d) mol–2.L–2.s–1 e) mol–2.L–2.s–1
no final. Atuam ao promover rotas de reação com energia a qualquer temperatura, porque a
menor energia de ativação. O reagente acelera a
05. (UFMG 94) A elevação de temperatura
temperatura é uma medida da energia média do
reação, pois diminui a energia de ativação das aumenta a velocidade das reações
sistema, sendo que moléculas individuais podem
moléculas, mas não participa da reação, ou seja, ter mais ou menos energia que a média.
químicas porque aumenta os fatores
não ocorre nenhuma mudança nos elementos Aumentando a temperatura, a proporção de apresentados nas alternativas, EXCETO
químicos da reação, e o catalisador continua moléculas com mais energia do que a energia de a) A energia cinética média das moléculas.
intacto. ativação cresce proporcionalmente , e, b) A energia de ativação.
Concentração dos reagentes conseqüentemente, a velocidade da reação c) A freqüência das colisões efetivas.
O aumento da concentração dos reagentes pro- cresce. Tipicamente, a energia de ativação é d) O número de colisões por segundo entre as
move o aumento do número de colisões entre as considerada como sendo a energia em quilojoule moléculas.
moléculas. Isso faz com que a probabilidade de necessária para que 1 mol de reagente reaja. e) A velocidade média das moléculas.
colisões efetivas acontecerem para a formação

5
TEMPERATURA nio gasosos são virtualmente inertes à tempera-
A temperatura é um parâmetro físico (uma função tura ambiente, mas reagem rapidamente quando
de estado) descritivo de um sistema que expostos à platina, que, por sua vez, é o catalisa-
vulgarmente se associa às noções de frio e de dor da reação.
calor, bem como às transferências de energia Catalisadores sintéticos comerciais são extrema-
térmica, mas que se poderia definir, mais exa- mente importantes. Aproximadamente um terço
tamente, sob um ponto de vista microscópico, de todo material do produto nacional bruto dos
como a medida da energia cinética associada ao Estados Unidos da América envolve um proces-
movimento (vibração) aleatório das partículas so catalítico em alguma etapa entre a matéria-
que compõem um dado sistema físico. prima e os produtos acabados. Como um cata-
A diferença de temperatura permite a transferên- lisador torna possível a obtenção de um produto
cia da energia térmica, ou calor, entre dois ou final por um caminho diferente (por exemplo,
01. (UFPE 95) Você está cozinhando batatas e mais sistemas. Quando dois sistemas estão na uma barreira de energia mais barata), ele pode
fazendo carne grelhada, tudo em fogo mesma temperatura, eles estão em equilíbrio afetar tanto o rendimento quanto a seletividade.
baixo, num fogão a gás. Se você passar térmico, e não há transferência de calor. Quando O catalisador pode diminuir a energia de ativa-
as duas bocas do fogão para fogo alto, o existe uma diferença de temperatura, o calor é ção, aumentando assim a velocidade da reação.
que acontecerá com o tempo de preparo? transferido do sistema de temperatura maior para Tipos de catalisadores
a) Diminuirá para os dois alimentos o sistema de temperatura menor até atingir um
Os catalisadores podem ser porosos, peneiras
novo equilíbrio térmico. Essa transferência de
b) Diminuirá para a carne e aumentará para as moleculares, monolíticos, suportados, não-
calor pode acontecer por condução, convecção
batatas suportados.
ou radiação (veja calor para obter mais detalhes
c) Não será afetado sobre os diversos mecanismos de transferência CATÁLISE
d) Diminuirá para as batatas e não será de calor). As propriedades precisas da A catálise é a mudança de velocidade de uma
afetado para a carne temperatura são estudadas em termodinâmica. A reação química devido à adição de uma subs-
e) Diminuirá para a carne e permanecerá o temperatura tem também um papel importante tância (catalisador) que praticamente não se
mesmo para as batatas em muitos campos da ciência, entre outros a transforma ao final da reação. Os aditivos que
Física, a Química e a Biologia. reduzem a velocidade das reações se chamam
02. (UFPE 96) O gráfico a seguir representa a A temperatura é diretamente proporcional à inibidores. Os catalisadores agem provocando
variação de concentração das espécies A, quantidade de energia térmica num sistema. um novo caminho reacional, no qual têm uma
B e C com o tempo: Quanto mais energia térmica se junta a um menor energia de ativação.
sistema, mais a sua temperatura aumenta. Ao
Existem dois tipos de catálise: homogênea, na
contrário, uma perda de calor provoca um abai-
qual o catalisador se dissolve no meio em que
xamento da temperatura do sistema. Na escala
ocorre a reação, e, nesse caso, forma um reativo
microscópica, esse calor corresponde à transmi-
intermediário, que se rompe; e heterogênea, em
ssão da agitação térmica entre átomos e molé-
culas no sistema. Assim, uma elevação de tem- que se produz a absorção dos reagentes na
peratura corresponde a um aumento da veloci- superfície do catalisador; a catálise heterogênea
dade de agitação térmica dos átomos. é freqüentemente bloqueada por impurezas
Muitas propriedades físicas da matéria como as denominadas “venenos”.
suas fases ( estado sólido, líquido, gasoso, plasma Catalisadores têm amplo emprego na indústria,
Qual das alternativas a seguir contém a ou condensado de Bose-Einstein), a densidade,a por exemplo, no processo de fabricação de áci-
equação química que melhor descreve a solubilidade, a pressão de vapor e a condu- dos (como ácido sulfúrico e ácido nítrico), hidro-
reação representada pelo gráfico? tibilidade elétrica dependem da temperatura. A genação de óleos e de derivados do petróleo.
a) 2A + B → C temperatura tem também um papel importante no Todos os organismos vivos dependem de catali-
b) A → 2B + C valor da velocidade das reações químicas. É por sadores complexos chamados enzimas, que
c) B + 2C → A isso que o corpo humano possui alguns meca- regulam as reações bioquímicas.
nismos para manter a temperatura a 37°C, visto Ao contrário do que se possa imaginar, a tempe-
d) 2B + C → A
que uma temperatura um pouco maior pode ratura não funciona como catalisador, apesar de o
e) B + C → A resultar em reações nocivas à saúde, com conse- aumento desta acelerar a reação. Porém entende-
03. (UFV 96) A formação do dióxido de car- qüências sérias. A temperatura controla também o se por catalisador aquele composto que acelera a
tipo e a quantidade de radiações térmicas emitidas
bono (CO2) pode ser representada pela reação química diminuindo a energia de ativação
pela área. Uma aplicação desse efeito é a lâmpada dela, o que não ocorre com a elevação da
equação incandescente, em que o filamento de tungstênio é
C(s) + O2(g) → CO2(g). temperatura, que propicia um aumento da
aquecido eletricamente até uma temperatura com energia do meio reacional e não uma diminuição
Se a velocidade de formação do CO2 for que uma quantidade notável de luz visível é
da energia de ativação.
de 4mol/minuto, o consumo de oxigênio, emitida.
Na catálise homogênea:
em mol/minuto, será: A temperatura é uma propriedade intensiva de
– Os reagentes e o catalisador encontram-se na
a) 8 b) 16 c) 2 um sistema, o que significa que ela não depende
do tamanho ou da quantidade de matéria no mesma fase, que, geralmente, é líquida;
d) 12 e) 4 – A reação evolui através de espécies
sistema. Outras propriedades intensivas são a
intermediárias com menor energia de ativação;
04. (Unitau 95) Seja a reação de decom- pressão e a densidade. Ao contrário, massa e
volume são propriedades extensivas e depen- – A reação tem mais do que um passo;
posição: 2N2O5 → 4NO2 + O2. – Os metais de transição estão normalmente
dem da quantidade de material no sistema.
Podemos afirmar que: envolvidos.
TAXA DE REAÇÃO
a) a velocidade da reação pode ser calculada Exemplos de catalisadores usados na catálise
pela expressão v=k[N2O5]2. Em Química e, mais especificamente, na área de homogênea:
cinética química, taxa de reação ou, um tanto
b) a velocidade da reação pode ser calculada – Íons de metais de transição;
impropriamente, velocidade de reação é uma
na forma: v=k[NO2]4.[O2].[N2O5]2. – Complexos de metais de transição;
medida da rapidez com que uma reação se
c) a ordem global da reação é 5. – Ácidos e bases inorgânicos;
efetua. De modo mais preciso, é a taxa de varia-
d) é uma reação endotérmica, por causa do O2. – Enzimas.
ção das concentrações dos reagentes e produ-
e) é uma reação exotérmica, por causa do NO2. tos, divididos pelos respectivos coeficientes Na catálise heterogênea:
estequiométricos, independentemente do sinal – O catalisador e os reagentes/produtos encon-
05. (Unitau 95) Na reação de dissociação algébrico obtido. tram-se em fases diferentes;
térmica do HI(g), a velocidade de reação é CATALISADOR – Acontece em lugares ativos da superfície do
proporcional ao quadrado da concentra- catalisador;
Um catalisador é tudo aquilo que facilita reações
ção molar do HI. Se triplicarmos a concen- químicas sem ser nelas consumido, como enzi- – Os gases são adsorvidos na superfície do
tração do HI, a velocidade da reação: mas ou materiais ionizados. catalisador, formando ligações fracas com os
Definição átomos metálicos do catalisador.
a) aumentará 6 vezes.
Um catalisador é uma substância que afeta a Exemplos de catalisadores que entram na catáli-
b) aumentará 9 vezes.
velocidade de uma reação, mas emerge do se heterogênea:
c) diminuirá 6 vezes. – Os metais de transição;
processo inalterada. Um catalisador, normalmen-
d) diminuirá 9 vezes. te, muda a velocidade de reação, promovendo – Óxidos de metais de transição;
e) diminuirá 3 vezes um caminho molecular diferente (mecanismo) – Zeólitos;
para a reação. Por exemplo, hidrogênio e oxigê- – Sílica/alumina.

6
na concentração de um produto que já existe na
Geografia natureza. No efeito estufa, ocorre uma
concentração cada vez maior de gás carbônico.
Já na abertura de buraco na camada de ozônio,
Professor HABDEL Jafar dá-se o inverso. O lançamento dos gases
clorofluorcarbonos reduz a concentração de
ozônio, expondo todos nós a uma radiação solar
Aula 123 mais intensa e mais perigosa.
Dano ambiental também ocorre quando se intro-
A degradação do meio duz, num ecossistema, quaisquer substâncias,
ambiente embora naturais, mas que lhes são estranhas. O
petróleo é um produto natural. Mas, quando é
Princípio 1 despejado, por acidente, em qualquer lugar da
Os seres humanos estão no centro das preocupa- natureza, provoca uma agressão gravíssima aos 01. (G1) São as principais alterações ambientais
ções com o desenvolvimento sustentável. Têm ecossistemas afetados.
Há, ainda, o caso da introdução de produtos
causadas pelo ritmo frenético da urbaniza-
direito a uma vida saudável e produtiva, em har-
monia com a natureza. artificiais em algum ecossistema. Desde o ção e o aparecimento de novas megacida-
Princípio 2 advento da Revolução Industrial, o homem não des, nas últimas décadas, em países subde-
Os Estados, de conformidade com a Carta das parou de produzir substâncias e materiais senvolvidos:
Nações Unidas e com os princípios do Direito artificiais que acabam indo parar nos rios, solos a) geração de grandes volumes de resíduos
Internacional, têm o direito soberano de explorar ou lixões. Isso danifica o meio. Muitas vezes, o
estrago é tão extenso e profundo, que a área sólidos, poluição d'água e da atmosfera.
seus próprios recursos, segundo suas próprias
dificilmente se recupera. b) globalização e poluição atmosférica.
políticas de meio ambiente e desenvolvimento, e
a responsabilidade de assegurar que atividades Retirada da cobertura vegetal c) coleta seletiva de resíduos e investimentos no
sob sua jurisdição ou controle causem danos ao No planeta, as florestas tropicais e equatoriais comércio.
meio ambiente de outros Estados ou de áreas remanescentes são, em grande parte, responsá- d) minimização do déficit habitacional e coleta
além dos limites da jurisdição nacional. veis pelo equilíbrio ecológico. Elas são também o seletiva de resíduos.
(Declaração do Rio sobre meio ambiente e repositório de grande parte da biodiversidade
desenvolvimento – 1992 – e Índice da Agenda 21. IN: e) diminuição do nível de instrução da
existente. Atualmente, o avanço capitalista sobre
Santos, Celeste Leite dos. Crimes contra o meio as franjas sul e oriental da Amazônia Brasileira população e aumento do setor informal.
ambiente. Responsabilidade e sanção penal. p.194-195 coloca essa imensa área sob o risco de
anexo II. Ed. Juarez de Oliveira.São Paulo.2002). destruição. A agricultura, a mineração, a extração
02. (Cesgranrio) A industrialização européia teve
Desde que aprendeu a criar animais e a plantar, indiscriminada de madeira, as construções de como base energética o uso do carvão
o homem precisou modificar o ambiente que o hidrelétricas, as queimadas são as atividades mineral. Até hoje, mesmo com a ampliação
cercava. Alterar o ambiente para produzir alimen- humanas que mais contribuem para reduzir as do uso de petróleo, da energia hidrelétrica e
tos era necessário. A vida em comunidade, a áreas florestadas da Terra. das usinas nucleares, o carvão permanece
segurança contra as intempéries naturais, o Em função disso, tem-se a redução e até a
perigo de ataques de grandes animais ou a extinção da biodiversidade nos locais atingidos como importante fonte energética, principal-
invasão de povos inimigos obrigaram esse ser a por essas práticas. O aumento da temperatura, a mente nos países da Europa Oriental.
promover uma série de adaptações na paisagem diminuição da pluviosidade são exemplos das Ocorre, porém, que a queima do carvão
que o cercava. As civilizações buscam sempre conseqüências mais prováveis. Os rios podem mineral, em grandes quantidades, pode
explorar e intervir nos ambientes naturais visando ser assoreados por materiais trazidos pelas
a condições mais ideais, ao crescimento demo- enxurradas, que provocam cheias mais provocar o aumento do volume do óxido de
gráfico e ao bem-estar material. Os impactos acentuadas e a diminuição do tempo de enxofre na atmosfera e, com isso, o fenôme-
ambientais decorrentes da ação do homem permanência das águas na bacia hidrográfica. no do(da):
podem ocorrer em escalas local, regional e Os solos empobrecem em virtude da retirada da a) redução da ionosfera
global. vegetação. O rebaixamento do nível do lençol
b) vento geotrópico.
Na natureza, há recursos que são renováveis e os freático pela diminuição da infiltração compro-
que não se renovam. Com o desenvolvimento mete não só a vegetação local, mas também o c) rarefação do ar
tecnológico, parcelas cada vez maiores desses nível dos rios no período de estiagem. Com os d) formação do ozônio.
recursos estão sendo consumidas. A população, desmatamentos, acelera-se o processo de e) chuva ácida.
por outro lado, manteve crescimento sempre desertificação com conseqüências imprevisíveis
positivo, apesar dos momentos em que para o clima do planeta. 03. (UEG) A água da chuva é normalmente ácida.
ocorreram aumentos nas taxas de mortalidade A desertificação Porém a presença de poluentes no ar atmos-
(provocada pelas crises de fome ou ocorrência
Chamamos de desertificação “a degradação das férico (ácido sulfúrico, ácido clorídrico, trióxido
de pestes e guerras) e da tendência atual da
diminuição das taxas de natalidade. terras nas zonas áridas, semi-áridas e subúmidas de enxofre, dióxido de nitrogênio) torna a
Durante muito tempo, a regra básica da economia secas, resultante de fatores diversos como as água da chuva mais ácida ainda. Sobre esse
variações climáticas e as atividades humanas”.
era a obtenção de lucro a qualquer custo. Nesse
(Agenda 21 da Eco–92). fenômeno, é INCORRETO afirmar:
sentido, florestas inteiras desapareceram na a) As áreas mais afetadas pelas chuvas ácidas
Europa. Mudava-se o leito dos rios para adequá- A desertificação pode ser provocada pelo uso
los a alguma obra de engenharia. A construção intensivo do solo pela agricultura. Técnicas estão no Hemisfério Norte, principalmente nos
de barragens não levava em consideração o inapropriadas de irrigação e cultivo podem Estados Unidos, no Canadá e nos países
ecossistema fluvial, o tipo de solo das redondezas desencadear a perda irreversível de uma área. Os
europeus.
e a vegetação que seria inundada. desmatamentos são os grandes vilões quando o
tema é a abertura de processos de b) As indústrias na Alemanha, no Reino Unido e
A mineração abria profundas feridas no solo para
arrancar os minerais úteis ao avanço industrial. desertificação, pois quebram o frágil equilíbrio do na França emitem grande quantidade de
Os dejetos, resultantes do processo de lavagem ecossistema atingido. poluentes contribuindo para acidificar os
e separação dos minerais, eram lançados, sem a Na maioria das áreas desertificadas, verificam-se lagos da Escandinávia.
menor preocupação, nos rios, lagos naturais ou problemas ligados à fome, à desnutrição, ao
analfabetismo, à diminuição da renda e do con- c) No Brasil, esse fenômeno não ocorre de
crateras abertas no terreno. Animais foram
sumo nas áreas rurais. Mesmo que essas pesso- forma significativa em função do recente
caçados até o extermínio. Outros foram
apreendidos até o risco de desaparecimento. as migrem para as áreas urbanas, persiste, processo de industrialização e da
Tudo isso apenas para suprir os mercados com ainda, a pobreza, a desestruturação familiar, o desconcentração industrial.
suas peles, sua gordura, sua carne ou apenas desemprego e a falta de moradia. Como conse-
qüência, temos a destruição da biodiversidade, a d) As chuvas ácidas causam impactos também
para terem suas cabeças exibidas como troféus na cobertura vegetal; algumas florestas não
de caça nas salas de algum entediado milionário erosão dos solos, a formação e o avanço de
norte-americano. dunas. Por outro lado, reduzem-se os recursos estão resistindo a essa agressão, como é o
Rios, a exemplo do Tamisa (atravessa Londres), hídricos e as áreas cultiváveis. Aumenta-se o caso da Floresta Negra.
hoje recuperado, viraram verdadeiros repositó- desemprego e a estagnação econômica das
rios dos esgotos residenciais e industriais. Os áreas afetadas. 04. (Ufla) Sabe-se que as queimadas são
oceanos, por muito tempo, foram depósitos de A agricultura e o meio ambiente prejudiciais ao meio ambiente, com efeitos
lixo radioativo das potências nucleares. Os Produzir alimentos e matéria-prima para a indús- imediatos sobre o clima. Os efeitos
parques industriais lançavam toneladas de tria sempre foi a responsabilidade da agricultura e imediatos das queimadas são apontados
poluentes na atmosfera como se esses materiais da pecuária. Apesar disso, essas atividades
desaparecessem por encanto. nas alternativas a seguir, EXCETO:
podem provocar danos à natureza. A expansão da
Meio ambiente é o conjunto dos elementos e agricultura implica mudanças no meio original. O a) Aumento do "buraco" na camada de ozônio.
fatores físicos, químicos e biológicos, naturais e desmatamento, a preparação do solo (aragem) e b) Elevação da temperatura do ar.
artificiais, necessários à sobrevivência das espé- a introdução de fertilizantes e defensivos, quando c) Impossibilidade de a área devastada reter a
cies. Impacto ambiental é toda ação ou atividade não manipulados com o devido cuidado, mais
humana ou natural que provoque bruscas energia do sol e gerar fluxos ascendentes de ar.
prejudicam do que ajudam a humanidade. A pa-
alterações no meio ambiente. Podemos perceber dronização das culturas quebra a cadeia alimentar d) Não formação de chuvas.
que há dano ambiental quando ocorre alteração local, podendo provocar o desaparecimento de

7
espécies de animais ou a proliferação sem No outono ou no inverno, quando a temperatura
controle de alguns. diminui, essa situação inverte-se. O ar próximo do
É possível evitar a progressão desses problemas. solo (agora mais frio) não é aquecido. Por não
Tomando-se algumas medidas de prevenção, ascender, a poluição fica concentrada rente à
minimizam-se os efeitos colaterais dessas ativida- superfície. Por algumas horas, até que o solo se
des. O plantio em curvas de nível pode reduzir aqueça, não há a subida do ar. Essa paralisia
muito a perda de nutrientes do solo. O terracea- momentânea da atmosfera concentra os
mento nas áreas íngremes reduz a velocidade de poluentes, agravando a qualidade do ar, que fica
escoamento da água, evitando-se a erosão dos
irrespirável. Em vários lugares onde esse
solos. A associação de culturas, além de proteger o
solo do impacto direto das águas da chuva e das fenômeno acontece, registram-se aumentos nos
enxurradas, possibilita a diversificação da produção casos de internações provocadas por problemas
e o combate à fome dos trabalhadores rurais. respiratórios. Muitos pacientes chegam ao óbito
em conseqüência do agravamento desses males.
A difícil preservação dos recursos hídricos
01. (UFPel) APOCALIPSE JÁ... As chuvas ácidas constituem outro sério proble-
Já começou a catástrofe que se esperava Há muito tempo, o homem joga lixo nos rios, ma de agressão à atmosfera. Trata-se da preci-
lagos e mares. Até o advento da Primeira Revo- pitação das gotas de águas (chuva, neblina),
para daqui a 30 ou 40 anos. A ciência não lução Industrial, muito do que se jogava eram carregadas de ácido nítrico (HNO3) e sulfúrico
sabe como reverter seus efeitos. materiais que se decompunham em pouco (H2SO4).
O derretimento do Ártico, a elevação do nível tempo. Entretanto os avanços tecnológicos da Esses ácidos são resultantes de reações quími-
do mar, o avanço das áreas desérticas, o Revolução Industrial não só possibilitaram o
cas que ocorrem na atmosfera a partir da pre-
aumento da produção, mas também elevaram o
aumento da intensidade dos furacões, entre volume de lixo lançado nas águas. O pior disso sença de enxofre (dióxido de enxofre: SO2). Essa
outras, são algumas das mudanças de gran- tudo é que grandes somas de materiais não são substância, por sua vez, é lançada à atmosfera
recicláveis, o que acaba provocando a morte de pelas indústrias, pela queima de carvão ou pela
des proporções causadas pelos altos níveis queima de derivados de petróleo pelos veículos
animais e plantas aquáticos, diminuindo a
do aquecimento global. potabilidade da água e reduzindo de vez a automotores.
"Veja", 21/06/06. [adapt.] capacidade de esses sistemas se renovarem. Essas chuvas têm efeito corrosivo e atingem não
Esse aquecimento global é conseqüência Grande parte dos oceanos e mares, principalmen- só as edificações, os rios, os lagos, os veículos,
do desequilíbrio em um processo natural. te nas regiões costeiras, onde se concentra a entre outras coisas, mas também todos os seres
maior parte da fauna marinha, encontra-se violen- vivos. Provocam problemas respiratórios nos
Com base em seus conhecimentos e nas in- tamente poluída. A água é severamente atingida seres humanos e animais. Podem destruir as
formações anteriores, é correto afirmar que o pela escalada desenvolvimentista da sociedade matas, poluir os solos e contaminar as águas
processo que sofre o desequilíbrio respon- capitalista. “Mais de 1,2 bilhão de pessoas não superficiais.
sável pelo aquecimento global se refere dispõem de água potável para beber, e 1,8 bilhão O efeito estufa é um fenômeno conhecido desde
de pessoas não dispõem de saneamento o fim do século XIX. Naquela época, havia cientis-
a) às ilhas de calor, resultantes da elevação das adequado. A água limpa salvaria a vida de 2 tas que já se preocupavam com a interferência das
temperaturas médias nas áreas urbanizadas milhões de crianças a cada ano. Todos os anos, as atividades humanas no equilíbrio térmico
das grandes cidades, em comparação com as doenças decorrentes da água imprópria custam à
atmosférico. Apontavam os riscos associados às
zonas rurais. Índia 73 milhões de dias de trabalho.” (Nagle e
Spencer. Advanced Geography. Oxford University emissões de carbono (CO2) e a outros gases
b) à inversão térmica, resultante da concentração Press, p. 137. 1997.). como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
do ar frio nas camadas mais baixas, As principais fontes de poluição das águas são O aumento da concentração desses gases na
impedindo sua dispersão. os derrames de petróleo, em razão dos acidentes atmosfera provou ser o responsável pelo au-
com embarcações. Os efluentes industriais e mento da temperatura do ar atmosférico. O uso
c) às chuvas ácidas, resultantes da elevação cada vez maior de carvão e petróleo como com-
residenciais sobrecarregam os cursos de águas
exagerada dos níveis de acidez da atmosfera que cortam as cidades. O chorume do lixo orgâ- bustíveis, a partir da Revolução Industrial, criou
em conseqüência do lançamento de poluentes nico depositado em lixões a céu aberto e nos uma camada muito resistente à passagem da
produzidos pela atividade humana. aterros sanitários acaba atingindo os lençóis irradiação terrestre. Essa, por sua vez, é refletida
subterrâneos, comprometendo por completo a de volta à superfície, contribuindo sobremaneira
d) ao efeito estufa, que consiste na retenção do
qualidade da água dos rios e igarapés nas suas para o aumento da temperatura média do pla-
calor irradiado pela superfície terrestre e pelas imediações. O lixo sólido despejado pelas po- neta. O derretimento de parte das calotas polares
partículas de gases e água existentes na pulações ribeirinhas no leito dos igarapés e e o aumento do nível médio dos oceanos
atmosfera. lançado pela tripulação dos navios polui seria- provocariam um desequilíbrio em escala plane-
mente o ecossistema marinho e fluvial. O uso tária. Homens, plantas e animais estariam em
e) aos ciclones extratropicais, que são excessivo de adubos orgânicos e o manuseio
provocados pela interação entre ventos, risco.
inadequado de agrotóxicos contaminam as
águas subterrâneas e os rios. A mineração preju- Atualmente, vivemos sob a ameaça dos proble-
pressão atmosférica e altas temperaturas,
dica seriamente o meio ambiente quando os mas provocados pela abertura de buraco na
comuns em zonas tropicais. camada de ozônio. A camada de ozônio tem
resíduos da lavagem dos minerais são
depositados em lagos naturais ou em bacias de importância vital para a vida no planeta Terra. Ela
02. (Enem) Os plásticos, por sua versatilidade e absorve grande parte da radiação ultravioleta
decantação que não foram construídas com as
menor custo relativo, têm seu uso cada vez devidas especificações técnicas. oriunda do Sol, filtrando-a. Essa radiação direta
mais crescente. Da produção anual Uma atmosfera poluída processa-se em comprimentos de ondas que são
brasileira de cerca de 2,5 milhões de prejudiciais para quase todas as formas de vida.
A poluição do ar é provocada, principalmente, Nos humanos, a exposição às radiações
toneladas, 40% destinam-se à indústria de por atividades industriais, pela frota de ultravioleta intensas pode provocar câncer de
embalagens. Entretanto esse crescente automotores e pelas queimadas. As refinarias de
pele, inflamação da córnea e redução das
aumento de produção e consumo resulta petróleo, as fábricas de celulose, de fertilizantes,
defesas imunológicas.
de ácido sulfúrico, de cimento e as siderurgias
em lixo que só se reintegra ao ciclo natural são as principais fontes dessa poluição. Certos compostos químicos de origem artificial
ao longo de décadas ou mesmo de séculos. Essas atividades liberam para a atmosfera grande são capazes de acelerar a destruição das molé-
quantidade de partículas sólidas em suspensão e culas de ozônio. Rompe-se, assim, o equilíbrio
Para minimizar esse problema, uma ação natural que mantém a camada protetora. Os prin-
gases nocivos às plantas, aos animais e ao
possível e adequada é homem. Os rios, os lagos, os solos, os mares e cipais implicados nessa destruição e o dese-
a) proibir a produção de plásticos e substituí-los oceanos também são seriamente atingidos por quilíbrio são os CFCs (clorofluorocarbonos), que
por materiais renováveis como os metais. essa carga de material em suspensão quando podem permanecer ativos na atmosfera por mais
b) incinerar o lixo, de modo que o gás carbônico precipitada pelas chuvas. de um século.
Óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, hidro- Nas grandes cidades, ocorre outro problema
e outros produtos resultantes da combustão carbonetos, clorofluorocarbonos (CFC) e uma associado à concentração de concreto e asfalto e
voltem aos ciclos naturais. infinidade de outros produtos, isolados ou asso- à poluição atmosférica. O crescimento desor-
c) queimar o lixo para que os aditivos contidos ciados, vão comprometer a qualidade do ar denado, a ausência de áreas verdes e a inefi-
na composição dos plásticos, tóxicos e não- atmosférico. Os impactos ambientais provocados ciência de um planejamento urbano agravam
pela poluição atmosférica podem ocorrer em esse fenômeno. Trata-se das “Ilhas de calor”.
degradáveis sejam diluídos no ar. escalas local, regional e global. Nos centros dessas manchas urbanas, a reflexão
d) estimular a produção de plásticos recicláveis A Inversão Térmica é um fenômeno natural que
de calor para a atmosfera é enorme. Nesses
para reduzir a demanda de matéria-prima não- ocorre em vários lugares do planeta. Sozinha,
não configura dano à natureza. O problema locais, a concentração de poluentes no ar tam-
renovável e o acúmulo de lixo. bém é muito grande. O resultado disso é que a
surge quando ela ocorre em áreas que apresen-
e) reciclar o material para aumentar a qualidade tam grande concentração de poluentes. temperatura eleva-se, pois a dissipação de calor
do produto e facilitar a sua comercialização A circulação atmosférica acontece quando o ar fica prejudicada. Em direção à periferia, nota-se
mais aquecido pela irradiação terrestre sobe e uma diminuição gradativa da temperatura. É que,
em larga escala.
depois desce ao se resfriar. Esse movimento nessas áreas, a densidade de construções e de
constante ajuda a dispersar os poluentes das asfalto, sendo menor, diminui a reflexão de calor
camadas próximas do solo. para a atmosfera.

8
coeficientes de x2 e x3 devem ser iguais a
zero. Então:
Matemática m2-1=0 ⇒ m2=1 ⇒ m=±1
m+1=0 ⇒ m=–1
Professor CLICIO Freire Portanto o polinômio é do 1.°grau se m=–1.
Identidade de polinômios
Aula 124 a) Polinômio identicamente nulo (ou simplesmen-
te polinômio nulo) é aquele cujo valor
Polinômios e equações numérico é igual a zero para todo valor da
Algébricas variável x. Indicamos P ≡ 0 (polinômio nulo) .
Definição Para um polinômio P(x) ser um polinômio nulo,
Seja C o conjunto dos números complexos é necessário e suficiente que todos os seus 01. Calcular o valor numérico do polinômio
(números da forma a+bi, onde a e b são coeficientes sejam nulos (iguais a zero) . P(x) = x3 – 7x2 + 3x – 4 para x = 2.
números reais, e i é a unidade imaginária tal que b) Polinômios idênticos – São polinômios iguais.
i2 = –1). Se P e Q são polinômios idênticos, escrevemos 02. Determinar os valores reais de a e b para
Entende-se por polinômio em C a função: P ≡ Q . É óbvio que, se dois polinômios são que o polinômio x3+6x2+ax+b seja um
P(x) = aoxn+a1xn–1+a2xn–2+ ... +an–1x+an, onde idênticos, então os seus coeficientes dos cubo perfeito.
os números complexos ao, a1 , ..., an são os coe- termos correspondentes são iguais.
ficientes, n é um número natural, denominado A expressão P ≡ Q é denominada identidade . 03. (UESB) Se P(x) = xn–xn–1+xn–2– ... +x2–
grau do polinômio, e x é a variável do polinômio. Exemplo: Calcular a,b e c, sabendo-se que x+1 e P(–1)=19, então n é igual a:
Exemplo : x2–2x+1 ≡ a(x2+x+1)+(bx+c)(x+1). a) 10 b) 12 c) 14
P(x) = x5+3x2 – 7x+6 Resolução: Eliminando os parênteses e d) 16 e) 18
ao=1, a1=0, a2=0, a3=3, a4=–7 e a5=6 somando os termos semelhantes do segundo
O grau de P(x) é igual a 5. membro, temos: 04. (UBERL) Se P(x) é um polinômio tal que
Nota: Os polinômios recebem nomes particula- x2–2x+1 ≡ ax2+ax+a+bx2+bx+cx+c 2P(x) + x2P(x–1) ≡ x3 + 2x + 2, então P(1)
res a saber: –Binômio: possuem dois termos. 1x2–2x+1 ≡ (a+b)x2+(a+b+c)x+(a+c) é igual a:
Exemplo: r(x)=3x+1 (grau 1). Agora igualamos os coeficientes correspon- a) 0 b) –1 c) 1
–Trinômio: possuem 3 termos: Exemplo: dentes: d) –2 e) 2
q(x)=4x2 + x – 1 (grau 2).
05. As soluções da equação Q(x) = 0, em que
A partir de 4 termos, recorre-se à designação
Q(x) é o quociente do polinômio
genérica: polinômios.
x4–10x3+24x2+10x–24 por x2–6x+5, são:
Valor numérico do polinômio
Sendo m um número complexo (lembre-se de Substituindo a 1ª equação na 2ª: a) –1 e 5 b) –1 e –5 c) 1 e –5
que todo número real é também um número com- 1+c = –2 ⇒ c=–3. d) 1 e 5 e) 0 e 1
plexo), denominamos valor numérico de um poli- Colocando esse valor de c na 3ª equação, temos:
06. (UESP) Se o polinômio P(x)= x3+mx2– 1 é
nômio P(x) para x=m, ao valor P(m), ou seja, o a – 3=1 ⇒ a=4.
divisível por x2+x–1, então m é igual a:
valor que obtemos substituindo x por m. Colocando esse valor de a na 1ª equação, temos:
4+b=1 ⇒ b=–3. a) –3 b) –2 c) –1
Exemplo:
Resposta: a=4, b=-3 e c=–3. d) 1 e) 2
Qual o valor numérico do polinômio p(x)=
x3–5x+2 para x= –1? Aplicação: 07. (UEL) Dividindo-se o polinômio x4+2x3
Teremos, substituindo a variável x por x= –1 Sendo P(x) = Q(x) + x2 + x + 1 e sabendo que –2x2–4x–21 por x+3, obtém-se:
p(–1) = (–1)3–5(–1)+2 = –1+5+2=6? p(–1)=6. 2 é raiz de P(x) e 1 é raiz de Q(x) , calcule o valor
de P(1) – Q(2) . a) x3–2x2+x –12 com resto nulo;
Raiz (ou zero) de um polinômio
Solução: b) x3– x2+3 com resto 16;
O número complexo m é raiz ou zero do
Ora, se 2 é raiz de P(x), então sabemos que P(2)=0 c) x3–x2–13x + 35 e resto 84;
polinômio P(x) quando P(m)=0 .
e, se 1 é raiz de Q(x), então Q(1)=0. Temos, então, d) x3–x2–3x + 1 com resto 2;
Exemplo: i é raiz do polinômio P(x) = x2+1, pois
substituindo x por 1 na expressão dada: e) x3–x2+x–7 e resto nulo;
P(i)=0.
Lembre-se de que i2 = –1, ou seja , o quadrado P(1)=Q(1) + 12 + 1 + 1 ∴ P(1)=0 + 1 + 1+ 1 = 08. (UEL) Se o resto da divisão do polinômio
da unidade imaginária é igual a –1. 3. Então P(1)=3. Analogamente, poderemos p = x4–4x3–kx– 75 por (x – 5) é 10, o valor
O número natural 2 é raiz do polinômio P(x)= escrever: de k é:
x3–2x2–x + 2 , pois P(2)=0. P(2)= Q(2)+22+2+1 ∴ 0=Q(2)+7,logo Q(2)=
a) –5
Exercícios resolvidos: –7.
b) –4
01. Sabendo-se que –3 é raiz de P(x)=x3+4x2– ax Logo P(1) – Q(2) = 3 – (–7) = 3 + 7 = 10.
c) 5
+ 1, calcular o valor de a. Divisão de polinômios
d) 6
Resolução: Se –3 é raiz de P(x), então P(–3)=0. Efetuar a divisão de um polinômio P(x) por outro e)
P(–3)=0 ⇒ (–3)3+4(-3)2–a.(–3)+1 = 0 polinômio D(x) não nulo significa determinar um
3a = –10 ⇒ a=–10/3 único par de polinômios Q(x) e R(x) que 09. Sejam m e n determinados de tal modo
Resposta: a=–10/3 satisfazem às condições: que o polinômio x4–12x3+47x2 + mx+n
02. Calcular m∈IR para que o polinômio 1) P(x) = D(x) . Q(x) + R(x) . seja divisível por x2–7x+6. Então m+n é
P(x)=(m2–1)x3+(m+1)x2–x+4 seja: (Analogia → 46:6=7 e resto 4 ∴ 46=6.7+4). igual a:
a) do 3.°grau b) do 2.°grau c) do 1.°grau 2) gr R(x) < gr D(x), onde gr indica o grau do a) 72
Solução: polinômio. b) 0
(a) para o polinômio ser do 3.°grau, os coefici- Notas: c) –36
entes de x2 e x3 devem ser diferentes de 1) se R(x)=0 , então dizemos que P(x) é divisível d) 36
zero. Então: m2–1≠0 ⇒ m2≠1 ⇒ m≠1 por D(x). e) 58
m+1≠0 ⇒ m≠–1 2) se gr P > gr D, então gr (P:D) = gr P – gr D .
Portanto o polinômio é do 3.° grau se m≠1 e 3) não se esqueça de que o grau do resto é 10. Para que o polinômio 2x4–x3+mx2–nx+2
m≠–1. sempre menor que o grau do divisor . seja divisível por x2–x–2, devemos ter:
(b) para o polinômio ser do 2.° grau, o 4) se gr P(x) < gr D(x), então Q(x) = 0 e R(x) = a) m = 1en=6
coeficiente de x3 deve ser igual a zero e o P(x) . b) m = –6 e n = –1
coeficiente de x2 diferente de zero. Então: 3.1 – Resto da divisão pelo binômio x – a. c) m = 6en=1
m2–1=0 ⇒ m2=1 ⇒ m=±1 Teorema do resto: o resto da divisão de P(x) por d) m = –6 e n = 1
m+1≠0 ⇒ m≠–1 x – a é igual a P(a) . e) m = 6 e n = –1
Portanto o polinômio é do 2.°grau se m=1. Demonstração: Podemos escrever P(x)= (x–a).
(c) para o polinômio ser do 1.°grau, os Q(x)+R(x);

9
Logo, fazendo x=a, vem imediatamente que: o grau de uma equação, o que se consegue
P(a)= (a – a) . Q(a) + R(a), de onde se conclui dividindo P(x) por x – b, aplicando Briot-Ruffini.
que P(a)=R onde R é o resto da divisão . P3 – Se o número complexo a+bi for raiz de
Conseqüência : Se P(a)=0, então R=0 (R=resto) P(x)=0 , então o conjugado a – bi também será
e, portanto, P(x) é divisível por x – a. raiz.
Exemplo:
Exemplo: Qual o grau mínimo da equação
Determinar o quociente de P(x)=x4+x3–7x2+9x–1
P(x)=0, sabendo-se que três de suas raízes são
por D(x)=x2+3x–2.
os números 5, 3+2i e 4–3i.
Resolução: Aplicando o método da chave, temos:
Ora, pela propriedade P3, os complexos
conjugados 3–2i e 4+3i são também raízes.
Logo, por P1, concluímos que o grau mínimo de
01. (AMAN–RJ) A soma das raízes da equação x4–
x3–4x2+4x = 0 é igual a: P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui, no mínimo,
a) 0 b) 1 c) –4 5 raízes.
d) 4 e) n.d.a. P4 – Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes
Solução: x4– x3– 4x2+ 4x = 0 iguais a m, então dizemos que m é uma raiz de
A soma das raízes é dada por –b/a, onde: grau de multiplicidade k.
a = 1, b = –1, c = –4, d = 4 e e = 0 Exemplo: a equação (x – 4)10 = 0 possui 10
Verificamos que:
Então –b/a = –(–1)/1 = 1(Letra B) raízes iguais a 4. Portanto 4 é raiz décupla ou de
02. (UFPR) A média aritmética das raízes da multiplicidade 10 .
equação x3 – x2 – 6x = 0 é: Exemplo:
O dispositivo de Briot-Ruffini
a) 1 b) 1/3 c) 8/3 (1) A equação x3 = 0 possui três raízes iguais a 0,
d) 7/3 e) 5/3 Serve para efetuar a divisão de um polinômio P(x)
ou seja, três raízes nulas com ordem de
Solução: x3 – x2 – 6x = 0 por um binômio da forma (ax+b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da multiplicidade 3 (raízes triplas).
a = 1, b = –1, c = –6 e d = 0
divisão do polinômio P(x)=3x3–5x2+x–2 por (2) A equação do segundo grau x2–8x+16=0
A média aritmética das raízes m,n e p é dada por:
(x–2). possui duas raízes reais iguais a 4, (x’= x’’= 4).
m+n+p –b/a –b –(–1)
–––––––– = –––– = –––– = ––––– = 1/3 Resolução: Dizemos, então, que 4 é uma raiz dupla ou de
3 3 3a 3.1
ordem de multiplicidade dois.
03. (CESGRANRIO–RJ) A soma das raízes de
P5 – Se a soma dos coeficientes de uma
x4+1=0 é:
equação algébrica P(x) = 0 for nula, então a
a) 1 b) –1 c) 0
unidade é raiz da equação (1 é raiz).
d) i e) –i
Solução: x4 + 1 = 0 Exemplo: 1 é raiz de 40x5 –10x3 + 10x – 40 = 0,
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade
A soma das raízes é dada por –b/a = –0/1 = 0 pois a soma dos coeficientes é igual a zero.
inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.
P6 – Toda equação de termo independente nulo
04. (UFSE) A soma e o produto das raízes da Resposta: Q(x)=3x2+x+3 e R(x)=4.
equação x3 + x2 – 8x – 4 = 0 são, respectivamente: Para a resolução desse problema, seguimos os admite um número de raízes nulas igual ao
a) – 8 e – 4 b) – 8 e 4 c) – 4 e 1 seguintes passos: menor expoente da variável.
d) – 1 e 4 e) 4 e 8 1) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes Exemplo:
Solução: x3 + x2 – 8x – 4 = 0 do dividendo ordenadamente na parte de cima (1) A equação 3x5 + 4x2 = 0 possui duas raízes
a = 1, b = 1, c = –8, d = –4 da “cerquinha”. nulas .
S = –b/a = –1/1 = –1 2) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido (2) A equação x100+x12=0 possui 100 raízes,
P = –d/a = –(–4)/1 = 4 abaixo. das quais 12 são nulas!
05. (FGV–SP)– A soma e o produto das raízes da 3) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coefi- P7 – Se x1, x2, x3, ... ,xn são raízes da equação
equação x4 – 5x3+ 3x2+ 4x – 6 = 0 formam qual ciente repetido abaixo e somamos o produto
aoxn + a1xn–1 + a2xn–2 + ... + an = 0, então ela
seguinte par de valores? com o 2.° coeficiente do dividendo, colocando
pode ser escrita na forma fatorada:
a) –5; 6 b) 5; – 6 c) 3; 4 o resultado abaixo deste.
ao(x – x1).(x – x2).(x – x3). ... . (x – xn)= 0
d) 1; 6 e) 4; 3 4) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número
colocado abaixo do 2.° coeficiente e somamos Exemplo: Se – 1 , 2 e 53 são as raízes de uma
Solução: x4 – 5x3+ 3x2+ 4x – 6 = 0
o produto com o 3.° coeficiente, colocando o equação do 3.° grau , então podemos escrever:
a = 1, b = –5, c = 3, d = 4, e = –6
resultado abaixo deste e, assim, (x+1) . (x–2) . (x–53) = 0, que, desenvolvida, fica:
S = –b/a = –(–5)/1 = 5
sucessivamente. x3 – 54x2 + 51x + 106 = 0.
P = e/a = –6/1 = –6
5) Separamos o último número formado, que é Relações de Girard
06. (PUC–PR)– Se a, b e c são raízes da equação
igual ao resto da divisão, e os números que São as relações existentes entre os coeficientes e
x3– 4x2– 31x + 70 = 0, podemos afirmar que log2(a
ficam à esquerda deste serão os coeficientes as raízes de uma equação algébrica.
+ b + c) é igual a:
do quociente. (1) Para uma equação do 2.° grau, da forma
a) 4 b) 0 c) 1
Equações Algébricas ax2+bx+c=0 , já conhecemos as seguintes
d) 2 e) n.d.a.
Solução: x3– 4x2– 31x + 70 = 0 Sendo P(x) um polinômio em C, chama-se equa- relações entre os coeficientes e as raízes x1
A=1, B=–4, C=–31, D=70 ção algébrica à igualdade P(x) = 0. Portanto as e x2: x1 + x2 = –b/a e x1.x2 = c/a.
a, b e c são raízes raízes da equação algébrica são as mesmas do (2) Para uma equação do 3.° grau, da forma ax3+
log2(a + b + c) = log2(–B/A) = log2(–(–4)/1) = polinômio P(x). O grau do polinômio será também bx2+cx+d = 0, sendo x1, x2 e x3 as raízes,
log24 = 2 o grau da equação. temos as seguintes relações de Girard:
Exemplo: 3x4 – 2x3 + x + 1 = 0 é uma equação
07. (UNESP–SP)– Consideremos a equação x2+ ax x1 + x2 + x3 = – b/a
do 4.° grau .
+ b = 0. Sabendo-se que 4 e –5 são as raízes x1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/a
dessa equação, então: Propriedades importantes:
x1.x2.x3 = – d/a
a) a = 1, b = 7 b) a = 1, b= –20 P1 – Toda equação algébrica de grau n possui (3) Para uma equação do 4.° grau , da forma
c) a = 3, b = –20 d) a = –20, b = –20 exatamente n raízes. ax4+bx3+cx2+dx+e=0, sendo as raízes
e) a = b = 1 Exemplo: a equação x3 – x=0 possui 3 raízes, a
iguais a x1, x2, x3 e x4, temos as seguintes
Solução: x2+ ax + b = 0 saber: x=0 ou x=1 ou x=–1. Dizemos, então, que
relações de Girard :
4 e –5 são as raízes o conjunto verdade ou conjunto solução da
x1+x2+x3+x4 = –b/a
4 + (–5) = –a/1, então a = 1 equação dada é S = {0, 1, –1}.
4.(–5) = b/1, então b = –20 P2 – Se b for raiz de P(x)=0 , então P(x) é divisível x1.x2+x1.x3+x1.x4+x2.x3+x2.x4+x3.x4 = c/a
por x–b . x1.x2x3+x1.x2.x4+x1.x3.x4+x2.x3.x4 = –d/a
Esta propriedade é muito importante para abaixar x1.x2.x3.x4 = e/a

10
R
Req = ––––
n
Física • A resistência equivalente à de uma associação
de resistores em paralelo é menor que a menor
Professor Carlos Jennings das resistências associadas.
3. Associação mista:
Associação mista é aquela em que existem
Aula 125
resistores associados em série e em paralelo,
como na associação esquematizada abaixo:
Eletrodinâmica II
Associação de Resistores
1. Em série:
Resistores estão associados em série quando Na montagem, temos três resistores de resistências R1
estão interligados de modo a estabelecer um = 100Ω, R2 = 30Ω, R3 = 60Ω, um reostato de
único caminho para a corrente elétrica. Assim, a resistência R4 (variável de 0 a 80Ω) e um fio ideal F.
corrente que passa por um deles é a mesma que
passa pelos demais. Esse tipo de associação é a)
freqüentemente utilizado na iluminação de Curto-circuito
árvores de natal. Dois pontos estão em curto-circuito quando
Consideremos n resistores de resistências R1, R2, existe um condutor ideal conectado entre eles. A
..., Rn associados em série. Estabelecendo uma ddp entre esses dois pontos é igual a zero. Por
ddp U entre os terminais A e B da associação, os isso, em cálculos de circuitos, os dois pontos Determine a resistência equivalente RAB entre os
resistores são percorridos por uma mesma podem ser considerados coincidentes. terminais A e B, considerando R4 = 80Ω.
corrente de intensidade i e ficam submetidos à b) Determine a intensidade de corrente elétrica em
ddp U1, U2, ..., Un, respectivamente, sendo cada R1, R2 e R3, quando é aplicada uma ddp U =
uma delas uma parte de U. 300V entre A e B, com R4 = 0.
Resistência equivalente à da associação (Req) é Solução:
aquela que um único resistor deveria ter para que a) Como as extremidades de um fio ideal estão no
a mesma ddp U produzisse nele uma corrente de mesmo potencial, associando uma letra a cada nó,
mesma intensidade.
cuidando para que nós interligados por um fio ideal
recebam a mesma:
GERADOR ELÉTRICO EM CIRCUITOS
Em
Grandezas características de um gerador
elétrico
Quando um gerador não participa de um circuito,
ou seja, quando ele não é percorrido por uma
corrente elétrica, existe, entre seus terminais
Então: (pólos) A e B, uma ddp ε, denominada “força” seguida, marcamos todos os pontos que receberam
A intensidade de corrente i é igual em todos os eletromotriz (fem). No caso das pilhas comuns, letras, sem repetição, mantendo os terminais em
resistores. ε = 1,5V, e, no caso de baterias de automóvel, ε posições extremas.
U = U1 + U2 + ...+ Un = 12V. É bom que se diga: a denominação de
Req . i = R1 . i + R2 . i+ ...+ Rn . i “força” eletromotriz é inadequada, pois não se
Req = R1 + R2 + ...+ Rn (resistência equivalente trata de força, mas de energia por unidade de Agora, redesenhamos o esquema, observando que
entre os pontos A e B). carga. (na figura 1) R1 está entre A e B, R2 está entre B e C,
2. Em paralelo: Como todo condutor real, o gerador apresenta R3 está entre C e B, e R4, entre A e C.
uma resistência elétrica r, denominada
Resistores estão associados em paralelo quando resistência interna do gerador.
estão interligados de modo a se submeterem a
uma mesma ddp U, estabelecendo mais de um
caminho para a corrente elétrica. Esse tipo de
associação é usado, por exemplo, na iluminação
de uma residência.
Consideremos n resistores de resistências R1,
R2.R3 30.60
R2, ..., Rn associados em série. Estabelecendo RCB = –––––––– = –––––– ⇒ RCB = 20Ω
R2 + R3 30+60
uma ddp U entre os terminais A e B da
associação, a ddp será igual a U em todos os
resistores e neles serão estabelecidas correntes Circuito simples 80Ω
elétricas de intensidades i1, i2, ..., in: Assim se denomina um circuito em que um +
gerador alimenta um resistor. 20Ω
=
100Ω
Essa resistência de 100Ω está em paralelo com R1,
que também é igual a 100Ω :
100 100
RAB = ––––– = ––––– ⇒ RAB = 50Ω
n 2
b) R4 = 0 significa que o reostato tornou-se um
O gerador estabelece, entre os terminais do condutor ideal:
resistor, uma ddp U que é menor que a força
Então: eletromotriz ε, como veremos adiante. Note que
A ddp U é igual em todos os resistores. o sentido (convencional) da corrente é de (–),
i = i1 + i2 + ... + in para (+) dentro do gerador, e de (+) para (–) fora
U U U U dele, ou seja, é de (+) para (–) no resistor.
–––– = –––– + –––– + ... + –––– ⇒
Req R1 R2 Rn Generalizando a informação: Redesenhando o esquema, temos:
1 1 1 1 Elementos em que a corrente passa de (–) para
⇒ –––– = ––– + –––– + ... + ––––
Req R1 R2 Rn (+) estão fornecendo energia elétrica (são os U=
Essa expressão dá a resistência equivalente geradores). R1 .
entre os pontos A e B. Elementos em que a corrente passa de (+) para i1 →
Anote aí: (–) estão recebendo energia elétrica (são os 300
resistores e os receptores). =
• Cálculo prático para apenas dois resistores em
paralelo: Anote aí: quando um gerador alimenta dois ou 100
R1.R2 mais resistores, temos um circuito que pode ser . i1 → i1 = 3A
Req = ––––––––– reduzido a um circuito simples, bastando calcular
R1 + R2 U = R2 . i2 → 300 = 30 . i2 → i2 = 10A
• n resistores de resistências iguais a R, em a resistência equivalente à da associação dos U = R3 . i3 → 300 = 60 . i3 → i3 = 5A
paralelo: vários resistores alimentados.

11
Equação do gerador Gerador ideal
Diz-se de um gerador hipotético cuja resistência
interna r é igual a zero. É simbolizado por:

U=ε–r.i Nesse gerador, não há desperdício de energia,


U = ddp aproveitada pela lâmpada. por isso seu rendimento é igual a 1, ou seja,
ε = ddp gerada. 100%.
r . i = ddp “perdida” dentro do gerador. Anote aí: na resolução de exercícios, muitas
Potências no gerador vezes, somos obrigados a considerar o gerador
01. Determine o gerador equivalente entre os ideal, quando não temos informação sobre sua
Potd: é a potência elétrica desperdiçada pelo
pontos A e B: gerador, em razão de sua resistência interna. resistência interna.
Significa quantos joules de energia elétrica são Associação de geradores
dissipados inutilmente dentro do gerador, em 1. Em série:
cada segundo. O pólo positivo de um gerador é ligado ao pólo
Potd = r . i
2
negativo do gerador seguinte. Considere n
Potu: é a potência elétrica útil do gerador, ou geradores de forças eletromotrizes ε1, ε2, ..., εn,
seja, a potência que o gerador fornece a quem e resistências internas r1, r2, ..., rn, respectiva-
ele alimenta. Significa quantos joules de energia mente, associados em série:
elétrica o gerador efetivamente fornece, em cada
segundo.
Potu = U . i
Pott: é a potência elétrica total produzida pelo Sendo εeq e req a força eletromotriz e resistência
gerador, obtida pela soma da potência útil com a interna do gerador equivalente à associação,
Caiu no vestibular desperdiçada. Significa quantos joules de algum temos:
tipo de energia (química, no caso das pilhas) são εeq = ε1 + ε2 + ...+ εn
Calcule a resistência R para que a resistência transformados em energia elétrica, em cada
req = r1 + r2 +... + rn
equivalente entre A e B seja RAB = 35Ω. segundo.
Pott = Potu + Potd = U . i + r . i2 2. Em paralelo:
Pott = (U + r . i) . i → Pott = ε . i Os pólos positivos dos geradores são ligados
Rendimento elétrico de um gerador juntos, o mesmo ocorrendo com os pólos
negativos. Considere n geradores iguais, cada
É a grandeza adimensional (sem unidade,
um deles com força eletromotriz ε e resistência
porque resulta da razão entre grandezas de
interna r, associados em paralelo.
mesma natureza) ç que informa qual a fração da
potência total é aproveitada como potência útil.
Pot U.i U
η = ––––u = –––– = –––– (0 ≤ η < 1)
Pott ε .i ε
Solução: Intensidade de corrente elétrica num circuito
As resistências de 10Ω, 20Ω e 30Ω estão em série, simples
uma vez que são atravessadas pela mesma Num circuito simples, temos:
No gerador: U = ε – r . i Sendo εeq e req a força eletromotriz e resistência
corrente elétrica. interna do gerador equivalente à associação,
No resistor: U = R . i
Essas resistências equivalem a: Então: ε – r . i = R . i → ε = (R + r) . i temos:
10Ω + 20Ω + 30Ω = 60Ω ε = Σ Resistências . i εeq = ε
A resistência R pode ser a resistência equivalente r
req = –––
à associação de uma quantidade qualquer de n
As resistores. Anote aí: na prática, não é comum associar, em
paralelo, geradores de diferentes forças
eletromotrizes, porque podemos ter geradores
Aplicação
alimentando outros geradores. Os alimentados
Um gerador de fem ε = 12V, e resistência interna funcionariam como receptores elétricos.
r = 1Ω está ligado a um resistor de resistência R
resistências de 40Ω e 60Ω estão em paralelo = 3Ω. Vantagens e desvantagens das associações
de geradores
porque se ligam aos mesmos pontos C e D,
estando submetidas à mesma ddp. A resistência Nas associações (I) e (II), cada pilha tem "força"
eletromotriz e e resistência interna r.
equivalente é dada por:
1 1 1
–––– = ––– + –––– ⇒ RCD = 24Ω
RCD 40 60 Calcule:
a) a intensidade da corrente elétrica no circuito;
Poderíamos, também, usar o cálculo prático para b) a ddp U entre os terminais do gerador (ou do
dois resistores em paralelo: resistor, pois é a mesma);
40.60 2400 c) a potência útil do gerador;
RCD = ––––––– = –––––– ⇒ RCD = 24Ω d) a potência desperdiçada dentro do gerador;
Vamos discutir a vantagem e a desvantagem de
40+60 100 e) a potência elétrica total gerada;
cada uma:
f) o rendimento elétrico do gerador.
Em (I), as pilhas estão associadas em série.
Solução:
As Então:
a) ε = Σ Resistências . i
12 = (3 + 1) . i → i = 3A
εeq = ε1 + ε2 + ...+ εn
b)No gerador: U = ε – r . i = 12 – 1 . 3 = 9V
εeq = ε + ε + ε → εeq = 3ε (vantagem:
Ou no resistor: U = R . i = 3 . 3 = 9V multiplica a força eletromotriz).
c) Potu = U . i = 9 . 3 = 27W (poderia ser também req = r1 + r2 +... + rn
R . i ou U /R)
2 2 req = r + r + r → req = 3r (desvantagem:
d)Potd = r . i = 1 . 3 = 9W
2 2 aumenta a resistência interna).
três resistências que restaram estão em série: e) Pott = ε . i = 12 . 3 = 36W (poderia ser Em (II), as pilhas estão associadas em paralelo:
RAB = R + 24 + 1 também Potu + Potd) εeq = ε (desvantagem: mantém a força
Potu 27 eletromotriz dos geradores associados).
Como RAB = 35Ω: f) η = ––––– = ––– = 0,75 = 75% (poderia ser r r
Pott 36 req = ––– → req = ––– (vantagem: diminui a
35 = R + 24 + 1→ RAB = 10Ω U n 3
também η = –––)
ε resistência interna).

12
3. EXISTIR
Português Existir é verbo sempre pessoal (ter existên-
cia real; ser; haver). Nessas condições, po-
Professor João BATISTA Gomes
de-se garantir que:
a) a oração tem sujeito (simples ou compos-
to), normalmente posposto ao verbo;
Aula 126
b) o verbo existir é intransitivo;
Concordância Verbal I c) o verbo existir concorda com o sujeito.
Veja construções certas e erradas:
1. FAZER (impessoal)
1. Deve existir fortes razões para a sua de-
Fazer é verbo impessoal (sem sujeito) quan-
sistência. (errado)
do indica: CONCORDÂNCIA ESPECIAL
2. Devem existir fortes razões para a sua de-
a) tempo passado (determinado período de VERBO PARECER
sistência. (certo)
tempo); 4. Deve haver fortes razões para a sua de-
Quando o sentido de parecer é “dar a impressão”,
b) temperatura (estado atmosférico ou fenô- sistência. (certo)
seguido de infinitivo, admite duas construções:
meno meteorológico). 5. Entre nós, não pode existir grandes dife-
renças. (errado) a) Parecer no plural e infinitivo no singular – A
Nessas condições, pode-se garantir que:
6. Entre nós, não podem existir grandes di- concordância é normal, ou seja, só quem se
a) a oração tem sujeito inexistente; ferenças. (certo) flexiona é o verbo parecer (nesse caso,
b) o verbo fazer é transitivo direto; 7. Entre nós, não pode haver grandes dife- auxiliar).
c) o verbo fazer fica sempre na terceira pes- renças. (certo)
soa do singular; Veja exemplos analisados:
8. Sempre existirá vozes discordantes, mas
d) na indicação de tempo decorrido, não acei- estarei otimista. (errado) 1. Os ribeirinhos pareciam temer as
ta o advérbio atrás. 9. Sempre existirão vozes discordantes, mas conseqüências da cheia.
Veja construções certas e erradas: estarei otimista. (certo) Período simples (oração absoluta).
1. Fazem anos que não vou a São Gabriel Verbo parecer: auxiliar.
da Cachoeira. (errado)
4. SER (impessoal)
Ser é verbo impessoal (sem sujeito) quan- Verbo temer: principal e transitivo
2. Faz anos que não vou a São Gabriel da
do indica tempo, data ou distância. Nessas direto.
Cachoeira. (certo)
3. Devem fazer frios terríveis no sul do Bra- condições, pode-se garantir que: 2. Por causa das máquinas, os prédios
sil. (errado) a) a oração tem sujeito inexistente; pareciam tremer.
4. Deve fazer frios terríveis no sul do Brasil. b) o verbo ser é de ligação; Período simples (oração absoluta).
(certo) c) o verbo ser concorda sempre com o pre-
5. Devem fazer uns dez anos que ela me Verbo parecer: auxiliar.
dicativo.
abandonou. (errado) Verbo tremer: principal e intransitivo.
Veja construções certas e erradas:
6. Deve fazer uns dez anos que ela me aban-
1. Era dez horas da manhã quando o desas- b) Parecer no singular e infinitivo no plural –
donou. (certo)
tre aconteceu. (errado) Concordância verbal estranha, mas correta.
7. Podem fazer, se muito, uns três anos que
nos separamos. (errado) 2. Eram dez horas da manhã quando o de- Nesse caso, parecer não é verbo auxiliar:
8. Pode fazer, se muito, uns três anos que sastre aconteceu. (certo) sozinho, constitui a oração principal do
nos separamos. (certo) 3. Eram meio-dia e meia quando ela retornou. período.
9. Estivemos aqui faz mais de dois anos (errado)
Veja períodos analisados:
atrás. (errado) 4. Era meio-dia e meia quando ela retornou.
(certo) 1. Os ribeirinhos parecia temerem as
2. HAVER (impessoal) 5. Devia ser onze horas quando a festa co- conseqüências da cheia.
Haver é verbo impessoal (sem sujeito): meçou. (errado) Período composto por subordinação
6. Deviam ser onze horas quando a festa (duas orações).
a) quando indica tempo passado (determi-
começou. (certo)
nado período de tempo); Oração principal: “parecia” (verbo
7. Hoje, é quinze de maio. (errado)
b) quando significa existir. 8. Hoje, são quinze de maio. (certo) parecer = intransitivo).
Nessas condições, pode-se garantir que: 9. Hoje, é dia quinze de maio. (certo) Oração subordinada substantiva
a) a oração tem sujeito inexistente; subjetiva reduzida de infinitivo: “Os
b) o verbo haver é transitivo direto;
5. CONCORDÂNCIA COM PRONOMES ribeirinhos temerem as conseqüências
c) o verbo haver fica sempre na terceira
DE TRATAMENTO da cheia”.
pessoa do singular; Você, vocês – Todo e qualquer pronome de Período com oração subordinada
d) na indicação de tempo decorrido, não acei- tratamento corresponde, para efeito de con- desenvolvida: “Parecia que os
ta a palavra atrás. cordância, à terceira pessoa. Na prática, po- ribeirinhos temiam as conseqüências da
Veja construções certas e erradas: demos igualar os pronomes de tratamento ao
cheia”.
pronome você(s).
1. Houveram muitas desistências. (errado) 2. Por causa das máquinas, os prédios
2. Houve muitas desistências. (certo) Equívocos – Como os pronomes de tratamen- parecia tremerem.
3. Haviam dúvidas sobre a ação dos polici- to iniciam-se por vossa, (Vossa Senhoria,
ais. (errado) Período composto por subordinação
Vossa Excelência, Vossa Magnificência etc.),
4. Havia dúvidas sobre a ação dos policiais. cria-se a confusão com vós, envolvendo tan- (duras orações).
(certo) to a concordância verbal quanto a nominal. Oração principal: “parecia” (verbo
5. Entre nós, não podem haver aborrecimen- parecer = intransitivo).
Veja construções certas e erradas:
tos. (errado)
1. Vossa Senhoria estais convidado para a Oração subordinada substantiva
6. Entre nós, não pode haver aborrecimen-
inauguração do clube. (errado) subjetiva reduzida de infinitivo: “Os
tos. (certo)
7. Devem haver outros meios para frear a 2. Vossa Senhoria está convidado para a prédios temerem”.
violência urbana. (errado) inauguração do clube. (certo) Período com oração subordinada
8. Deve haver outros meios para frear a vio- 3. Nesse caso, Vossa Excelência estais com
desenvolvida: “Parecia que os prédios
lência urbana. (certo) a razão. (errado)
tremiam”.
4. Nesse caso, Vossa Excelência está com
a razão. (certo)

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5. Vossa Majestade sois um homem admirá- 2. Precisa-se de digitadoras. (certo)
vel. (errado) 3. Aspiravam-se, na infância, às aventuras
6. Vossa Majestade é um homem admirável. pela floresta. (errado)
(certo) 4. Aspirava-se, na infância, às aventuras pela
7. Vossa Senhoria e vossos assessores es- floresta. (certo)
tão convidados para o baile. (errado) 5. Tratam-se, neste caso, de fenômenos iso-
8. Vossa Senhoria e seus assessores estão lados. (errado)
convidados para o baile. (certo)
6. Trata-se, neste caso, de fenômenos isola-
9. Vossa Excelência e vossa família têm lu-
dos. (certo)
gar reservado para assistir ao show.
7. Assistem-se, com constância, a cenas de
(errado)
01. (UFMA) ............. fazer muitos anos que violência pela tevê. (errado)
se .............. os ......................... 6. SE = PRONOME APASSIVADOR 8. Assiste-se, com constância, a cenas de
As lacunas acima se preenchem violência pela tevê. (certo)
SE = PA – Quando o verbo transitivo direto
corretamente, pela ordem, com: (ou transitivo direto e indireto) estiver apas- 9. Pouco se obedece às leis de trânsito nesta
sivado pelo pronome se, concordará normal- cidade. (certo)
a) Deviam, esperavam, pseudo-milagres
b) Devia, esperavam, pseudos milagres mente com o sujeito. Nessas condições, po-
8. BATER, SOAR E DAR
c) Deviam, esperava, pseudo-milagres de-se garantir que:
d) Devia, esperavam, pseudomilagres Os verbos bater, soar e dar, na indicação de
a) A partícula se é pronome apassivador
e) Deviam, esperava, pseudosmilagres horas, concordam regularmente com o sujei-
(indica voz passiva sintética).
to (sino, relógio). Na falta de sujeito explícito,
02. (FGV) A concordância está de acordo b) A oração, por estar na voz passiva, não
a concordância dever ser feita com a expres-
com a norma padrão na frase: tem objeto direto. A palavra ou expres-
são numérica.
são com “cara” de complemento verbal
a) Tratam-se de opiniões diversas sobre um e
é, na verdade, o sujeito da oração. Veja construções certas e erradas:
outro campo, que marcaram o
desenvolvimento da humanidade. c) Para fazer a mudança da passiva para a 1. O sino da igrejinha bateram doze longas
b) São aspectos – seja da ciência, seja da ativa, retira-se o se e coloca-se o verbo badaladas. (errado)
religião – que ultrapassa nossa possibi- na terceira pessoa do plural. 2. O sino da igrejinha bateu doze longas ba-
lidade de compreensão do universo. Veja construções certas e erradas: daladas. (certo)
c) Há conceitos, derivados diretamente do 3. No sino da igrejinha, bateram doze longas
1. Conserta-se fogões e geladeiras. (errado)
Evangelho, que podem ser interpretados de 2. Consertam-se fogões e geladeiras. badaladas. (certo)
maneira que os torne extremamente (certo) 4. No sino da igrejinha, bateu doze longas
nocivos. 3. Aluga-se quartos. (errado) badaladas. (errado)
d) Sabe-se que as pessoas temem as des- 4. Alugam-se quartos. (certo) 5. Bateu nove horas no relógio da praça: era
cobertas científicas, pois as vê como pre- 5. Faz-se trabalhos de macumba em domi- o sinal esperado. (errado)
judiciais, muitas vezes, à humanidade. cílio. (errado) 6. Bateram nove horas no relógio da praça:
e) Mesmo os postulados da ciência podem 6. Fazem-se trabalhos de macumba em do- era o sinal esperado. (certo)
trazer, embutido neles, ensinamentos muito micílio. (certo) 7. Bateu nove horas o relógio da praça: era
próximos da dúvida e da tolerância. 7. Pode-se fazer, com esses troncos, móveis o sinal esperado. (certo)
03. Assinale a opção em que a norma culta rústicos. (errado) 8. Soou onze horas no relógio da fábrica.
da língua foi respeitada. 8. Podem-se fazer, com esses troncos, mó- (errado)
veis rústicos. (certo) 9. Soaram onze horas no relógio da fábrica.
a) No passado, faziam belos dias de sol por
aqui. Veja a mudança correta da voz passiva (certo)
sintética para a voz ativa:
b) Em dezembro próximo, vão fazer dois
1. Nos últimos tempos, tem-se recebido mui-
Caiu no vestibular
anos que me casei.
c) Eles se mudaram daqui faz mais de dois ta denúncia de corrupção. (voz passiva (FGV) A concordância deixa de seguir a
anos atrás. sintética) norma padrão, na frase:
d) A família inteira migrou para a capital faz 2. Nos últimos tempos, têm recebido muita
a) Registram-se, hoje, nas famílias mais po-
anos. denúncia de corrupção. (voz ativa)
bres, taxas de natalidade maiores que a
e) Eles não moram mais aqui. Mudaram-se 3. Aqui, aceitam-se tíquetes-alimentação.
(voz passiva sintética) média brasileira.
fazem mais de cinco anos.
4. Aqui, aceitam tíquetes-alimentação. (voz b) O número de pobres cresce mais do que
04. Opte pela construção gramaticalmente ativa) as possibilidades de geração de riqueza.
correta. 5. Alugam-se quartos. (voz passiva sintéti- c) As condições de pobreza são perpetua-
ca) das, num círculo vicioso, pois não
a) Faz-se trabalhos de macumba em do-
micílio. 6. Alugam quartos. (voz ativa) existem postos de trabalho suficientes.
b) Mesmo com ameaça de pesadas multas, d) Muitos empregados foram beneficiados
7. SE = PRONOME QUE INDETERMINA com as mudanças nas relações
não se obedece às leis de trânsito.
O SUJEITO trabalhistas, melhorando as condições
c) Assistem-se, constantemente, a cenas de
apelação sexual na tevê. SE = PIS – Quando o pronome se indeter- de vida.
d) Nesta casa, aspiram-se a dias melhores. mina o sujeito, o verbo fica, obrigatoriamente, e) Com isso, cresceu as diferenças
e) Nesse caso, podem-se, dentro dos limites na terceira pessoa do singular. Nessas con- regionais entre o Sudeste e o Nordeste,
que um pleito impõe, esperar uma dições, pode-se garantir que: região sujeita a um clima inóspito.
campanha mais limpa. a) A partícula se é pronome que indetermina
o sujeito (PIS). Arapuca
05. Opte pela construção gramaticalmente
correta. b) O se vem sempre ligado (antes, depois (FGV) A concordância verbal está
ou no meio) a um verbo transitivo indi- correta em:
a) Há mais de dez minutos que lhe espero.
reto ou intransitivo ou de ligação.
b) Há mais de dez minutos que a espero. a) Está em liquidação cerca de vinte lojas.
c) A mais de dez minutos que a espero. c) A oração (sempre na voz ativa) não acei- b) Costumam haver muitas ofertas.
d) A mais de dez minutos que lhe espero. ta mudança para a voz passiva.
c) Fazem cinco minutos que cheguei.
e) Há mais de dez minutos que espero-a. Veja construções certas e erradas: d) Existem mudanças imprevistas.
1. Precisam-se de digitadoras. (errado) e) Dez quilos de arroz são muito.

14
Gabarito do Calendário
número anterior 2008
Aprovar n.º 20

Aulas 190 a 198


DESAFIO QUÍMICO (p. 3)
01. D;
02. A;
03. B;
04. E;
05. A;
LEITURA OBRIGATÓRIA
DESAFIO QUÍMICO (p. 4) Último credo
01. C;
02. C; Augusto dos Anjos
03. D;
Como ama o homem adúltero o adultério
04. C;
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
EXERCÍCIOS (p. 4) Amo o coveiro este ladrão comum
01. C;
02. A; Que arrasta a gente para o cemitério!
03. C;
04. C; É o transcendentalíssimo mistério!
05. C; É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
DESAFIO LITERÁRIO (p. 5) É a morte, é esse danado número Um,
01. D; Que matou Cristo e que matou Tibério.
02. A;
03. D;
04. D; Creio como o filósofo mais crente,
05. D; Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui...
DESAFIO HISTÓRICO (p. 7)
01. E;
02. D; Creio, perante a evolução imensa,
03. E; Que o homem universal de amanhã vença
04. C; O homem particular que eu ontem fui!
DESAFIO HISTÓRICO (p. 8)
01. B; Vandalismo
02. D;
Augusto dos Anjos
03. C;
Meu coração tem catedrais imensas,
DESAFIO FÍSICO (p. 9)
01. C; Templos de priscas e longínquas datas,
02. C; Onde um nume de amor, em serenatas,
03. D; Canta a aleluia virginal das crenças.
04. A;
05. D;
06. B; Na ogiva fúlgida e nas colunatas
07. B; Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
DESAFIO FÍSICO (p. 10)
01. A; E as ametistas e os florões e as pratas.
02. 44;
03. a) 0,04Ω ; Como os velhos Templários medievais
b) 72W;; Entrei um dia nessas catedrais
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 11) E nesses templos claros e risonhos ...
01. E;
02. E; E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
03. D;
No desespero dos iconoclastas
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 12) Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
01. B;
02. E;
Versos a um coveiro
03. A;
Augusto dos Anjos
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 13)
01. C; Numerar sepulturas e carneiros,
02. D; Reduzir carnes podres a algarismos,
03. B; Tal é, sem complicados silogismos,
04. A;
A aritmética hedionda dos coveiros!
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 14)
01. A;
Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
02. C;
03. C; Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
04. D; Na progressão dos números inteiros
05. D; A gênese de todos os abismos!

Oh! Pitágoras da última aritmética,


Continua a contar na paz ascética
Dos tábidos carneiros sepulcrais

Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,


Porque, infinita como os próprios números
A tua conta não acaba mais!

15
LÍNGUA PORTUGUESA REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. FTD, 2001.
3. ed. São Paulo: Ática, 1996. SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo:
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de Janeiro: Fundo de Cultura, 1960. BIOLOGIA
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da língua AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de
portuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996. Biologia das células: origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.
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