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Conceitos
Embora existam variações, o esquema básico de um poço equipado para produzir por
gas-lift é mostrado na figura a seguir. Ao longo da coluna de produção estão distribuídos
alguns mandris de gas-lift contendo cada um uma válvula de gas-lift. O gás é normalmente
injetado através do espaço anular revestimento coluna de produção e penetra na coluna por
meio das válvulas especialmente desenhadas para essa finalidade.
Cada método apresenta vantagens e desvantagens de aplicação. A seleção do mais
adequado para um determinado poço ou campo depende de vários fatores, tais como: razão
gás-líquido, vazão, índice de produtividade do poço (IP), produção de areia, entre outros.
Equipamentos
- Cega, que não possibilita a circulação de fluidos enquanto estiver assentada. Serve para
reservar uma posição estratégica na coluna para uso futuro;
- Válvula de Orifício, contêm internamente uma sede com um orifício circular. Normalmente
são instaladas na profundidade limite de operação, ou seja, ocupam a posição no mandril mais
profundo. Sua única função é oferecer resistência à passagem do gás do revestimento para a
coluna de produção, permitindo assim certo nível de controle por parte do técnico de
operação;
- Válvula de pressão ou calibrada, permitem um controle mais refinado sobre a vazão de gás.
Para baixa pressão de gás no anular a válvula permanece fechada, porém, em pressões mais
altas, estabelece um equilíbrio entre o gás fora do fole e o nitrogênio dentro do fole, o que
leva a haste a se afastar do orifício, permitindo a passagem de gás.
Para habilitar a injeção de gás pela válvula operadora de gas-lift, se faz necessário,
inicialmente, realizar a operação de descarga do poço. Esse processo consiste em retirar o
fluido de amortecimento que preenche a coluna de produção e o anular, e elevá-lo a superfície
através de uma injeção contínua e controlada de gás, a fim de colocar o poço em produção.
No sistema de gas-lift contínuo é muito importante ter controle sobre a injeção do gás,
pois é um dos principais condicionantes da eficiência do sistema. Nesse sentido, a válvula
controladora (motor valve) permite o controle na entrada do anular e a válvula operadora de
gas-lift realiza o controle na entrada da coluna de produção.
Aplicações
Vantagens:
Desvantagens:
Gas-lift intermitente
Conceitos
Existem dois tipos principais de injeção de gás lift, porém ambos com os mesmos
componentes principais: a fonte de gás a alta pressão (compressores), o controlador de injeção
de gás na superfície (choke), as válvulas de gás lift e os equipamentos para separação e
armazenamento dos fluidos produzidos. A diferença básica entre os tipos de gás lift é o
período de injeção do gás na coluna. No gás lift contínuo o gás é injetado continuamente por
uma válvula sempre aberta, já no gás lift intermitente o gás é injetado em períodos de tempo
por uma válvula que se mantém fechada e só se abre no momento de injeção do gás.
O tempo de ciclo pode ser dividido em três períodos distintos: período de alimentação;
período de elevação da golfada; período de redução de pressão.
Equipamentos
O gas-lift intermitente requer uma elevada vazão periódica de gás para imprimir uma
grande velocidade ascendente à golfada. Para isso necessita de válvulas com maior orifício e
abertura rápida, visando diminuir a penetração do gás na golfada de líquido, uma vez que
normalmente não existe elemento de separação entre o gás injetado e o líquido.
Equipamentos de superfície:
- Válvulas tipo pressão operadas pelo revestimento: utilizadas tanto como válvulas de
descarga como operadoras. A válvula de descarga possui a função de retirar o fluido de
amortecimento, quando da operação de partida do poço (Kick-off). Quando utilizada como
válvula operadora, tem por função controlar a injeção de gás na coluna de produção. As
válvulas desse tipo mais utilizadas são de fole carregado, não balanceadas e sem mola. Na
ilustração a seguir estão discriminadas as principais partes da válvula, assim como é mostrado
seu posicionamento na coluna de produção, no interior de um mandril.
- Válvulas tipo pressão operadas pelo fluido: utilizadas como válvulas operadoras. Essas
válvulas são utilizadas somente como operadoras. A ilustração a seguir representa uma
válvula deste tipo, indicando as áreas em que atuam a pressão de anular e a pressão da coluna
de produção. Pode-se observar que, em condições de operação, é a pressão da coluna que
atua na área de fole, determinando a abertura da válvula. A pressão de anular atua somente na
área de porta da válvula, tendo pouca influência na abertura da válvula.
Quando se utiliza esse tipo de válvula não é necessário utilizar intermitor de ciclo na
superfície, uma vez que a ciclagem do poço é determinada pelo crescimento da golfada de
líquido na coluna de produção, no fundo do poço. Quando atinge uma altura, correspondente
a determinado valor de pressão hidrostática, ocorre a abertura da válvula, com injeção de gás
e envio da golfada para a superfície. O conhecimento da pressão estática do poço e da curva
de crescimento de pressão no fundo é determinante para a utilização deste tipo de válvula.
Bastante utilizada em poços com completação dupla, onde não é possível fazer o controle de
gás por intermitor na superfície devido a diferentes características das duas zonas produtoras.
Espaçamento das válvulas de gas-lift: assim como no GLC, a localização da válvula de topo
(última válvula de baixo para cima) na elevação intermitente é de extrema importância.
Depende da pressão estática de fundo do poço e do fluido de amortecimento utilizado, no caso
de ser necessário amortecer o poço para equipá-lo. A maior parte dos poços intermitentes tem
pressão de fundo muito baixa. Caso não apresentem a tendência de produzir durante as
operações de restauração, pode ser dispensável amortecê-los, uma vez que o nível estático
deve estar bastante baixo. Nesse caso, a válvula de topo pode ser posicionada na
profundidade do nível estático. Entretanto, se o poço for amortecido até a superfície, a válvula
de topo será espaçada de acordo com a pressão de partida disponível no compressor e com a
densidade do fluido de amortecimento. As demais válvulas são espaçadas de maneira
semelhante à adotada para o GLC, igualando ao mesmo nível de líquido as pressões no
interior da coluna de produção e a pressão no espaço anular do poço. Os pontos críticos do
processo de descarga ocorrem quando se passa da injeção de gás por uma válvula para a
injeção pela válvula imediatamente abaixo. O comprimento mínimo da golfada que deverá
ser lançada para a superfície é igual à distância entre as duas válvulas.
Volume de gás necessário para a elevação intermitente: a elevação intermitente eficiente
requer um volume de gás de injeção superior ao de uma operação de fluxo contínuo eficiente.
No GLC a expansão e gaseificação do gás de injeção são utilizadas desde a pressão na coluna
de produção em frente à válvula operadora até a pressão de fluxo na cabeça do poço. A
energia contida no gás produzido pelo reservatório também é totalmente aproveitada na
elevação dos fluidos. No GLI, a pressão do gás de injeção que está sob a golfada no instante
em que ela chega à superfície é perdida na linha de produção, não contribuindo para o
processo de elevação. O mesmo acontece com a energia do gás vindo do reservatório, que é
produzido sozinho enquanto a golfada se acumula no fundo do poço.
Tipos de instalação
Instalação sem válvula de pé: Nesse tipo de instalação se utiliza um packer para vedar o
espaço anular, porém não se utiliza válvula de pé na base da coluna de produção. A ilustração
a seguir, representa esse tipo de instalação.
Após o poço ser descarregado, o packer não permite o retorno de fluido para o anular,
uma vez que todas as válvulas de gas-lift possuem válvula de retenção (checo valve). Possui
como desvantagem a alta contrapressão em frente aos canhoneados durante a elevação da
golfada.
Instalação com válvula de pé: Nesse caso a instalação é semelhante à anterior, com exceção
de uma válvula de pé que é colocada na extremidade inferior da coluna de produção,
conforme representado na ilustração a seguir:
Este é o tipo de instalação mais comum em poços que produzem por gas-lift
intermitente. A finalidade da válvula de pé é evitar que, durante a injeção de gás na coluna de
produção, a pressão do gás injetado empurre de volta para a formação parte dos fluidos
produzidos. Pelo exposto, é recomendável que se instale uma válvula de pé na maioria das
instalações intermitentes, uma vez que é bastante provável que aumente a produção diária do
poço. A instalação com válvula de pé é aplicável, principalmente, em poços de baixa pressão
estática, independentemente do índice de produtividade ser alto ou baixo.
Instalação com câmara de acumulação: Uma instalação com câmara de acumulação é um tipo
de instalação fechada, na qual o gás de injeção entra pela parte superior da golfada de líquido
a ser produzida. É um tipo de instalação usado para produzir, até o limite econômico, poços
de baixa pressão de fundo, sejam eles de baixa ou alta produtividade. Existem dois tipos de
câmaras de acumulação: a convencional, formada por dois packer e a câmara insertável. Para
cada um dos dois tipos de câmaras de acumulação, são apresentados dois arranjos diferentes
nas instalações de fundo de poço, conforme as ilustrações a seguir:
Em muitos casos, poços com pressão de fundo extremamente baixas (menos que
7kg/cm²) têm sido produzidos através de câmaras de acumulação. Há casos em que uma
câmara insertável é instalada abaixo do intervalo canhoneado do poço, e o enchimento da
câmara se dá por gravidade, com pressão de fluxo no fundo do poço praticamente igual à
pressão do separador. Dentre as principais limitações para a utilização de câmaras, pode-se
citar:
Produção excessiva de areia, uma vez que dificulta tanto a retirada de uma câmara
insertável como as operações com arame.
Aplicação
Normalmente, sua aplicabilidade se restringe a poços com baixa pressão de fundo (alto
ou baixo IP) e poços com alta pressão de fundo, mas baixo IP. Como consequência, este é um
método aplicável a poços que produzem baixas vazões.
Conceitos
Gás-lift
Bombeio Mecânico com Hastes (BM)
Bombeio Centrífugo Submerso (BCS)
Bombeio por Cavidades Progressivas (BCP)
Esse sistema é utilizado na Bacia Potiguar, Sergipe, Alagoas, Bahia e Espirito Santo. É
usado também em testes de poços na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
A rotação do rotor produz o deslocamento dos fluidos dentro das cavidades. Isso significa
dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. A
energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e
rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de
hastes e a rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de
indução utilizando-se um acoplador mecânico denominado cabeçote.
Equipamentos
Estator;
Rotor.
O estator é composto de um tubo de aço revestido internamente com elastômero. O rotor
é constituído de material metálico de formato excêntrico. O rotor das bombas de cavidades
progressivas é usinado com precisão a partir de aço 1040 ou 1050 e revestido com uma
camada de cromo para intensificar a resistência à abrasão. O conjunto, quando o rotor está
inserido dentro do estator, forma uma série de cavidades isoladas umas das outras por linhas
de interferência ou selagem ou contato.
Aplicações
Vantagens:
• Maior adaptação à produção de óleo viscoso, fluidos com alta viscosidade (18,5 x10-6
m2/s) e baixa (5,5 x10-6 m2/s);
• Capacidade de produção com altas concentrações de areia
• Baixo investimento inicial, menor custo com relação ao Bombeio Mecânico (BM)
Desvantagens:
• Sensibilidade a aromáticos CO 2 e H 2 S ;
O acompanhamento de um poço que está produzindo por BCP é feito através de testes
de produção, verificação de vibrações no cabeçote e registros de sonolog. Vibrações no
cabeçote ou ruído anormal podem significar rolamento defeituoso, falta de óleo
lubrificante no cabeçote ou choque das hastes contra a coluna de produção. A verificação
constante da pressão na cabeça do poço é importante no acompanhamento de poços que
produzem por este método. O aumento gradativo da pressão pode significar parafinação
da linha de produção.
Equipamentos:
Equipamentos de superfície:
Equipamentos de subsuperfície:
Aplicação
Vantagens
Trabalha com poços que produzem alto teor de água e baixa razão Gasóleo (RGO);
Tem flexibilidade quanto a utilização em vários tipos de poços;
Produz em poços com fluidos viscosos e com alta temperatura;
Baixa poluição visual;
Desvantagens
Bibliografia:
ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/FranciscoJTV.pdf
http://camposmarginais.blogspot.com/2011/12/o-bombeio-por-cavidades-progressivas.html
http://camposmarginais.blogspot.com/2012/03/bombeio-centrifugo-submerso.html
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/265668
http://camposmarginais.blogspot.com/2012/03/o-metodo-gas-lift.html
http://www.petroleo.ufc.br/index.php?option=com_content&task=view&id=389&Itemid=56
https://arquivos.info.ufrn.br/arquivos/2015163011def02402306600d14c82511/TCC_-
_2014.2_-_Joo_Maria_de_Gois_Junior.pdf
Onde, o primeiro termo da equação é a perda de carga devido à fricção que representa
entre 5 a 20% da perda de carga total; o segundo, devido à elevação (coluna hidrostática),
representa entre 80 a 95%; e, o terceiro, devido à aceleração, que normalmente é
negligenciado nos cálculos, sendo considerado somente em caso onde haja alta velocidade de
escoamento ou mudanças significativas na velocidade.
Para cada vazão de injeção de gás tem-se uma curva TPR associada, pois cada vazão
diferente corresponde a uma mudança do gradiente de pressão. Desta forma, o cruzamento da
curva de IPR com as curvas de TPR medida para diversas vazões de injeção de gás gera a
curva de desempenho do sistema.
No entanto, nem sempre o ponto ótimo do sistema para uma melhor produção é o
ponto mais econômico do sistema, visto que quanto maior a injeção de gás, maior o custo do
projeto. Além disso, é importante entender que o aumento da produção não aumenta
indefinidamente com o aumento da injeção. Esse fenômeno só é verdade enquanto o efeito de
perda de pressão por elevação é maior do que por atrito. Em síntese, para que se tenha um
desempenho satisfatório é necessário projetar o sistema para operar em valores ótimos. E para
isso, o controle das seguintes variáveis é de suma importância: Vazão e pressão de injeção do
gás, profundidade da válvula operadora de gas-lift e o mínimo diferencial de pressão no qual
operará a válvula.
Para o estudo de caso a seguir foi utilizado a ferramenta PIPESIM. O PIPESIM é uma
ferramenta computacional para análise de sistemas de produção de óleo e gás em regime
permanente. O software possui módulos individuais que podem ser usados para uma larga
escala de aplicações, incluindo: modelagem de poços, análise nodal, otimização da elevação
artificial, modelagem de instalações de produção e de tubulações bem como planejamento de
exploração de um campo produtor.
O modelo utilizado para caracterização dos fluidos será o black oil, em detrimento do
composicional, pois apresenta aplicação computacional mais simples e tem um amplo uso na
indústria petrolífera. E a escolha dos dados está baseada em poços que se assemelham aos da
Bacia de Campos/RJ com características diferentes entre si.
Analise de surgência
Com auxílio do módulo Lift Gás Response Curves localizado no menu Artificial Lift
do PIPESIM também foi possível realizar simulações objetivando a obtenção da vazão ótima
de injeção de gás, da pressão ótima do gás de injeção, da profundidade ótima para
assentamento da válvula operadora. Pode-se ainda avaliar o diferencial de pressão que a
válvula operadora pode ser submetida.
Para essa análise, foi utilizada uma pressão de injeção de 1000 psig e temperatura de
superfície de 50 °F. Além disso, para sensibilidade das curvas foram inseridas dois
parâmetros de diferencial de pressão (DP): 150 e 250 psig, além de variar a vazão de injeção
de 0 a 5 MMscf/d. O gráfico a seguir mostra o resultado da simulação.
Analisando o gráfico, percebe-se que imprimindo um diferencial de pressão de 150
psig à válvula operadora, a vazão de produção se mostra mais alta. Além disso, usando esse
DP, a profundidade ótima de instalação da válvula é maior, fazendo com que o sistema dentro
da coluna de produção seja gaseificado com mais eficiência. Os resultados dessa simulação
estão dispostos na tabela seguinte.