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Tipologia e Gênero Textual

• Tipologia Textual = espécie de sequência


teoricamente definida pela natureza
linguística de sua composição.

• Gêneros Textuais = formas típicas de


enunciados usados nas situações reais de
comunicação e definidos por sua ação, função,
propósito, intenções ou interesses. Apresenta
função social.

Luiz Antônio Marcuschi


Características das tipologias Objetivo e temática Marcas linguísticas de destaque

Descrição Identificar, localizar e qualificar seres , objetos, lugares, Substantivos, adjetivos e advérbios (modo e intensidade,
apresentando características físicas ou psicológicas. principalmente); verbos no presente ou pretérito imperfeito
do indicativo.

Narração Relatar fatos, acontecimentos, ações, numa sequência temporal. Vebos, advérbios e conjunções (tempo, lugar...); verbos no
presente ou pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito
do indicativo e futuro do pretérito.

Exposição Discutir, informar ou expor um tema, numa organização lógica, Operadores discursivos (conjunções, preposições e
mostrando relações de causa/efeito, contraposição e outros. expressões denotativas), modalizadores (ex.: talvez, sem
dúvida, provavelmente e outros), verbos no presente do
indicativo.

Argumentação Defender ponto de vista, opinião, por meio de argumentos numa Operadores discursivos (conjunções, preposições e
organização lógica, mostrando relações de causa/efeito, expressões denotativas), modalizadores (ex.: talvez, sem
contraposição, dialogismo e outros. dúvida, provavelmente e outros), verbos no presente do
indicativo.

Injunção Dar ordens, apresentar regras e procedimentos a serem Verbos com valor imperativo (mesmo que não estejam no
seguidos. modo imperativo, mas no infinitivo, por exemplo), pronomes
(você, vocês).
Tipologia Objetivos Características Exemplos de gêneros nos quais
predomina

Narrativo Narrar ou relatar fatos, reais ou  Verbos de ação: "Eu vinha andando e vi a Conto maravilhoso, fábula, lenda,
fictícios. mulher". crônica, anedota, diário, notícia,
 Verbos no passado: pareceu, refugiou-se, relato pessoal, relato histórico,
buscavam, vendiam, enriqueciam. biografia, autobiografia, conto,
 Marcadores temporais: logo, depois, novela, romance, narrativa de
antes, em seguida, certo dia, ontem. aventura, narrativa de ficção
 Presença de um conflito, isto é, um científica, narrativa de enigma,
acontecimento que complica a situação narrativa mítica, narrativa fantástica.
inicial da história ou do relato.
Descritivo Descrever seres, paisagens e  Verbos de estado: ser, estar, parecer. Anúncio classificado, cardápio, laudo
conceitos.  Presente do indicativo: “está lá no alto”, técnico, memorial descritivo
“não há árvores”. (sequências descritivas são muito
 Formas nominais do verbo: “posto à janela” comuns em todos os gêneros
(particípio), “espiando o mundo” (gerúndio). narrativos).
 Adjetivações (“cabeça branca, braços
pálidos”) e comparações (“Uma mulher
como as de antigamente.”)

Expositivo Expor informações, transmitir Seminário, palestra, conferência,


conhecimentos  Linguagem objetiva. verbete de enciclopédia, resumo,
 Verbos no presente. resenha, reportagem, relatório,
 Predomínio da 3ª pessoa. exposição oral, entrevista.
Argumentativo Defender um ponto de vista; opinar  Apresentação de argumentos segundo Debate, editorial, artigo de opinião,
empregando argumentos para uma organização lógica. manifesto, carta aberta, carta de
convencer o interlocutor.  Estabelecimento de relações de causa e solicitação, carta de reclamação,
efeito. carta de leitor.
 Estrutura formada por introdução,
desenvolvimento e conclusão.
 Verbos no presente.
Injuntivo (persuasivo Fazer com que o interlocutor tome
ou instrucional) alguma atitude; instruir, orientar  Verbos no imperativo: faça, beba, coma. Anúncio publicitário, regras de jogo,
comportamentos. receita, manual de instruções,
regulamento, livro de autoajuda.
Sequência textual Genêro textual: Carta pessoal
Descritiva Brasília, 15 de fevereiro de 2016.
Injuntiva Meu caro amigo, Siqueira,
De uns dias para cá deixaste de me telefonar, de me escrever, de me procurar. O que está se passando? Acaso andas aborrecido
comigo? Não me deixes apreensivo. Alivia-me essa angústia que tange meu coração. Mande-me notícias sem demora.
Descritiva A reforma da minha casa, Siqueira, já está num estádio bem avançado. Precisas ver como ficou minha biblioteca. As estantes
feitas com madeira de lei em tom escuro ocupam três das quatro paredes do aposento e vão do chão ao teto. Lembras-te a
minha preocupação com a claridade do ambiente? Podes acreditar que a iluminação ficou excelente, com lâmpadas
fluorescentes embutidas e uma luminária em cima da minha mesa de trabalho. Acabei optando por um tampo de vidro
temperado para a mesa, consoante a tua sugestão.
Expositiva Meu amigo, da última vez que me enviaste uma mensagem, pediste-me para eu opinar sobre o gênero da palavra “presidente”.
No caso específico dessa palavra, etimologicamente deveria ser considerada comum de dois gêneros: o presidente/a presidente;
no entanto, o uso como palavra biforme (o presidente/a presidenta) está consagrado na nossa língua e tem registro formal. Esse
é um caso de grafia que, com o tempo, se desviou do processo formador original. Se tiveres dúvida, consulta o Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras – documento oficial de registro das palavras que
fazem parte do nosso léxico – e poderás comprovar o que afirmo.
Narrativa A propósito, Siqueira, em uma aula recente, me veio à lembrança um fato narrado pelo eminente professor Napoleão Mendes
de Almeida. Certa vez, o mestre recebeu em sua casa um ex-empregado em busca de uma nova oportunidade de trabalho. O
professor lhe disse: “Infelizmente, não posso dar-lhe emprego, pois a vaga está preenchida. Por que você não procura naquela
fábrica lá da esquina?” – questionou. Ao que o rapaz, muito humilde, respondeu: “Não há vagas.” Napoleão estranhou a
construção usada pelo rapaz e interpelou-o: “Como soube você disso?” “Está escrito lá!” – completou o rapaz.
Argumentativa O proeminente professour usa esse exemplo como mote para chamar-nos à atenção sobre a responsabiidade que temos de ter
no ensino aos que estão à nossa volta. Napoleão preleciona: “Ensinemos, mostremos, escrevamos certo, que todos lerão e
falarão sem erro. Tenhamos cuidado especial no que escrevemos aos de pouca cultura, esmeremo-nos em redigir avisos aos
público; pelos olhos aprenderão; vendo certo, transmitirão a verdade; vendo disparates, tornar-se-ão praticantes e propaladores
do erro. Se o erro se divulga, se o erro toma foros de lei, é porque, mais do que o analfabetismo, a negligência impera.” E digo
mais, Siqueira: nós somos formadores de opinião, que estamos labutando na mesma seara, que praticamente o mesmo mister,
devemos ser mais responsáveis com a língua escrita, sobretudo. Comungo, pois, da mesma lição do insigne mestre.
Injuntiva Vou ficando por aqui, meu grande amigo. Espero que estejas bem, ao lado dos teus, e tenho rezado para que Deus continue
iluminando teu caminho de homem correto e de pai de família exemplar. Depois de tantos anos de amizade, continuo nutrindo a
mesma admiração e um profundo respeito para contigo. Fica com a certeza, também, de que me sinto muito orgulhoso de fazer
parte de teu rol de amizade. Um fraterno abraço de teu eterno amigo.
Édison Antunes Nóbrega

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