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DIREITO CIVIL. 2 Os incapazes não são representados , mas sim assistidos.

Podem praticar só
alguns atos da vida civil. Relativamente incapazes
jurídica Ficam entre a capacidade plena e a incapacidade total.São eles : os maiores de 16 e menores de 18
1. O sujeito do direito anos; viciados, os que por doença mental tem discernimento reduzido; os pródigos ( os que não tem
2. personalidade discernimento para gerir seu patrimônio, colocando em risco sua sobrevivência e a de seus
3. capacidade dependentes.
4. incapacidade
4.1 incapacidade absoluta Pessoa jurídica PJ
4.2 incapacidade relativa É um conjunto de pessoas e bens que visam a consecução de determinados fins
5. Pessoas jurídicas .É quem tem direitos e deveres. Requisitos:
5.1 Classificação das pessoas jurídicas
5.2 Inicio da existência legal da pessoa jurídica a) organização de pessoas ou bens
5.3 capacidade da pessoa jurídica b) licitude dos propósitos ou fins
5.4 Fim da pessoa jurídica c) capacidades jurídicas reconhecidas pela norma civil
Classificação das pessoas.
Sujeito; objeto (mediata, imediata) fato, ato e negócio jurídico são elementos da relação jurídica
O sujeito do direito 1) Quanto à nacionalidade: nacional ou estrangeiro. Ver onde a pessoa foi
Kelsen diz que sujeito do direito é tudo sobre o qual incide o feixe jurídico, inclusive coisas. Alguns registrada.
incluem a natureza, animais , etc( jeanine não considera eles sujeitos, sendo necessário a existência de 2) Quanto à sua estrutura interna: universita personalis e universitas bonorum .
representação de uma pessoa física no caso de dano a animais e objetos materiais). A 1a. refere-se a um conjunto de pessoas que apenas coletivamente exercem seu direito. Ex:
Personalidade associações.
Aptidão para adquirir direitos e assumir responsabilidades. É 1 marca que acompanha todo o ser O 2o. refere-se a 1 conjunto patrimonial destinado a um fim. O que dá unidade. Ex: fundações
humano .Se não acompanha , há morte civil (a pessoa inexiste para fins jurídicos) 3) Quanto à capacidade:
Ordem civil: pessoa é quem nasce com vida (respira fora do útero) e tem um registro civil. A direito publico externo (Estado e organizações internacionais) pessoas jurídicas de direito público
personalidade é um conceito básico de existência jurídica. NASCEU TEM PERSONALIDADE. interno-
MAS AO ATINGIR A MAIORIDADE SE TEM A CAPACIDADE DE EXERCÍCIO. TER ligado à administração direta ( união ,estados, municípios, territórios,
DIREITOS E OBRIGAÇOES. CAPACIDADE DE GOZO. pessoas jurídicas de direito publico ligadas à administração indireta: podem ser autárquicas ( órgãos
descentralizados criados por lei p/ o exercício de 1 atividade para 1 bem comum Ex. inss, ufsc) e
Sujeito do direito fundações de direito publico : quando a lei delimita um patrimônio para a realização de um fim
Pessoa que seja maior de 18 anos e em posse das faculdades mentais. Há administrativo
dificuldade em considerar animais, objetos como sujeitos do direito porque Pessoas jurídicas de direito privado:
não teriam obrigações nem responsabilidade. fundações ( sem fins lucrativos) e autarquias.
*ninguém pode investir esperando o lucro privado.
Incapacidade absoluta Associação : grupo de pessoas que se reúnem em torno de interesses comuns
Restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. É vista como exceção não econômicos ( apesar de poderem criar patrimônio através de doações)Ex:
"visa proteger os portadores de 1 existência jurídica admirável. Eles são clubes recreativos, escritórios de advocacia ( não tem lucro por que os
representados por terceiros que exercem o direito em seus nomes. São advogados ganham em função da advocacia, que é considerado serviço de ordem
inimputáveis. publica ou seja, teoricamente todos tem que ter acesso ao serviço deles).
Sociedades civis: possuem fins lucrativos. Reunião de pessoas p/ex empresas
Os atos cometidos por incapazes são nulos. São, de acordo com CC: os menores de 16 anos ; os que de informática, escritórios .Não vendem um produto mas sim uma sociedade
por enfermidade ou doença mental não possuam discernimento para os atos da vida civil. Os que empresarial.
mesmo que por causa transitória não puderem manifestar sua vontade; os ausentes ( os que se afastam
de seu domicilio sem dar noticia ou os que desaparecem sem que seu corpo seja achado) .Para esses Inicio da existência legal da pessoa jurídica.
casos são escolhidos curadores.
Ato jurídico nulo -> não tem efeito A pessoa tem seu inicio , em regra , com um ato jurídico ou normas.Há
Ato jurídico anulável -> tem efeitos mas, por queixa , pode ser retirado. diferenças na verificação no inicio desta existência.Iniciam-se em razão de
Incapacidade relativa fatos históricos (ex. criação da onu), também por criação institucional;
leis especiais, tratados internacionais (corte de Haia).
l) Bens alienáveis : bens disponíveis no mercado ( podem ser comprados e vendidos)
Pessoa jurídica de direito privado: origem na vontade humana. É um ato m) Bens inalienáveis bens não disponíveis no mercado ( patrimônio publico, órgãos , luz solar, etc.
constitutivo ( escrito por pessoas em que são analisadas objetivos, etc). Negócio jurídico e ilícito
1. Fato jurídico
Fim - extinção da pessoa jurídica. 1.1Ordinário
Direito publico: decurso do prazo 1.2Extra-orsdinário
Direito privado: tempo; vontade dos membros ( maioria) falta de pluralidade dos sócios (abandono, 2.Ato jurídico
morte, etc); determinação legal, ato governamental, dissolução judicial. 3.Negócio jurídico
Sujeito de direito nem sempre é pessoa. 4.Ato ilícito.
1o. Elemento da relação jurídica. Objeto da relação jurídica Fato Jurídico: Elemento que dá origem ao direito subjetivo, impulsionando a relação jurídica. "
1 objeto imediato e objeto mediato Seriam os acontecimentos previstos em norma de direito em razão dos quais nascem , se modificam,
2.Bens subsistem e se extinguem as relações jurídicas. O fato jurídico liga o sujeito ao objeto
2.1 Corporais e incorporais Fato jurídico ordinário
2.2 Moveis, semoventes e imóveis Fato que independe da vontade do sujeito, mas que produzem efeito jurídico
2.3 Fungíveis e infungíveis ( nascimento, maioridade, morte).
3. Divisíveis e indivisíveis
4. Singulares e universias Fato jurídico extraordinário
5.Alienáveis e inalienáveis Não dependem exclusivamente da vontade do sujeito. Decorrem de acidente
natural ou são feita por terceiros. Quando se trata de causa natural é tido
Objeto imediato como " força maior".
É uma prestação devida ( obrigação). Podem ser: Ato jurídico (há normatização prévia)
a ) Obrigações de dar, entregar ou restituir uma coisa Um evento que depende exclusivamente da vontade do sujeito, ocasionando fato previsto em lei
b) obrigação de fazer (compra e venda ,casamento, adoção...) " evento que depende da vontade do sujeito. Em sentido
c)obrigação de não fazer. estrito, objetivo a mera realização da vontade do agente, gerando consequências previstas em lei."

Ilícito difere de obrigação de não fazer. Negócio jurídico


Não fazer é obrigação porque se refere apenas a espaço privado. Se fosse em qualquer lugar seria Há possibilidade no ordenamento para que as partes estabeleçam vontades particulares ,
ilícito. desde que permitida por lei. " Normas estabelecidas pelas partes que podem auto-regular, nos limites
legais, seus próprios interesses". Contrato é fonte de direito.
Objeto mediato Ato ilícito (Ver art. 186 do Código civil)
Coisas materiais ou imateriais que possuem valor monetário e que podem Todo ato praticado em desacordo com a ordem jurídica violando o direito de terceiros (ex: não
servir de objeto a uma relação jurídica ( bens) Os bens dividem-se em: pagamento de dividas) " Atos praticados em desacordo com a ordem jurídica vigente, violando o
direito de terceiro.
a) corpóreo: coisas com existência material Defeitos dos Negócios Jurídicos
b) incorpóreos: não tem existência material ou tangível, mas que possuem valor econômica ( ex:
direitos autorais) » Juliana Alessi
c) Bens móveis; os que podem ser removidos sem alteração da substancia ,
como mesas cadeiras, etc. Resumo: No presente artigo buscou-se aclarar a ideia acerca dos defeitos dos negócios jurídicos com
d) Semoventes: bens com movimento próprio ( carro, animal, embarcações...) explanação acerca dos defeitos em específico, além de elencar os dispositivos legais acerca do tema.
e) Imóveis: não podem ser removidos porque se perde a substancia do objeto (casa) Primeiramente foi feito uma abordagem geral e após isto foi especificado cada um dos vícios, seja de
f) Fungíveis: podem ser substituídos por outros de mesma espécie ( roupas, consentimento, seja social, juntamente com seus artigos correspondentes no Código Civil Brasileiro de
canetas...) 2002. Trazendo ainda passagens de obras de escritores bem conceituados, acerca do tema.
g) Infungíveis: não podem ser substituídos ( quadros, objetos de valor Palavras-chave: Defeitos. Vícios. Negócios Jurídicos. Código Civil.
sentimental...)
h) Bens divisíveis: podem ser fracionados em partes iguais.  INTRODUÇÃO
i) Bens indivisíveis..não podem ser divididos em partes iguais. Inicio a explanação acerca do tema “defeitos do negócio jurídico” com um trecho da obra de Silvio de
j) Bens singulares- considerados individualmente Salvo Venosa: “A vontade é mola propulsora dos atos e dos negócios jurídicos. Essa vontade deve ser
k) Bens universais; conjunto de bens que possuem identidade própria. manifestada de forma idônea para que o ato tenha vida normal na atividade jurídica e no universo
negocial. Se essa vontade não corresponder ao desejo do agente, o negócio jurídico torna-se suscetível partes. Isto porque aqui o erro recai sobre as características secundárias da coisa, não alterando a
de nulidade ou anulação”. Assim, temos a presença dos defeitos do negocio jurídico quando não for validade do negócio, ou seja, se mesmo conhecida a realidade o negócio seria realizado. O erro
verificada a real e idônea vontade do contratante. acidental é na maioria das vezes sanável e incapaz de viciar o ato.
DESENVOLVIMENTO ·        Erro de direito: também conhecido por error juris. É o erro que diz respeito à norma jurídica
Os defeitos do negocio jurídico consistem em negócios onde não se foi observada a real vontade do disciplinadora do negócio, ou seja, consiste em um conhecimento equivocado ou falso entendimento
agente, havendo a presença de fatos que tornem tal negócio nulo ou anulável. Ter-se-á a presença do sobre a norma legal. Não sendo em geral causa de anulabilidade do negócio jurídico.
primeiro elemento quando a vontade do autor for totalmente tolhida, e o segundo será verificado Outras espécies de erro: erro consistente numa falsa causa, erro de cálculo, aceitação da manifestação
quando o vicio persiste apenas até o momento que se toma conhecimento de tal e se busca a anulação de vontade errônea pelo declaratário, erro escusável.
do negocio. O Código Civil Brasileiro de 2002 traz cinco espécies de defeitos do negócio jurídico: Acerca do presente tema temos as explicações de Maria Helena Diniz e Silvio Rodrigues:
dolo, erro, coação, simulação e fraude contra credores.                         “O erro deriva de um equívoco da própria vítima, sem que a outra parte tenha
Os defeitos do negócio jurídico dividem-se em vícios de consentimento (que abrange o erro, o dolo, a concorrido para isso”. (DINIZ, 2009).
coação, o estado de perigo e a lesão) e vícios sociais (engloba a fraude contra credores).                         “Não é todo e qualquer erro que a Lei admite como causa de anulabilidade, é mister que
1. Erro o erro seja substancial, que seja escusável e que seja conhecido ou pelo menos possível de ser
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro conhecido pelo outro contratante, de forma que se for mero erro acidental, não restará margem para
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do ação anulatória. (SÍLVIO RODRIGUES,2007).
negócio. 2. Dolo
Art. 139. O erro é substancial quando: Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
I – interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu
essenciais; despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato
desde que tenha influído nesta de modo relevante; ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omis são dolosa, provando-se que sem ela o
III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio não se teria celebrado.
negócio jurídico. Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
o é a declaração direta. Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional,
viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
pessoa cogitada. Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. reclamar indenização.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação Essa espécie de vício equivale a todo ato malicioso ou fraudulento empregado pela outra parte ou por
de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. terceiro, fazendo com que a parte contratante manifeste, equivocadamente, seu consentimento de
Caracteriza-se por uma noção não verdadeira sobre algo o que veio a influenciar o autor quando da maneira prejudicial a sua vontade livre ou ao seu patrimônio. O prejuízo poderá ser tanto de ordem
realização do negócio jurídico. Isso pode ocorrer por total desconhecimento do declarante ou por moral, como econômica. O dolo difere do erro por ser provocado, sendo o erro espontâneo. Para ser
representação errônea da realidade. No entanto, o erro apenas será causa de anulabilidade do negócio caracterizado o dolo há necessidade de se ter presente os seguintes requisitos: intenção de induzir o
jurídico se for substancial ao ato, ou seja, for essencial, escusável, real e efetivo. Essa é a modalidade declarante a praticar o ato jurídico, utilização de recursos fraudulentos graves, que esses artifícios
de vício onde o erra acontece única e exclusivamente por culpa do agente, ou seja, ele engana-se sejam a causa determinante da declaração de vontade, que procedam do outro contratante ou se vindo
sozinho. O erro pode ser dividido em duas espécies: erro de fato e erro de direito. de terceiro, o outro contratante dele teve conhecimento. Há inúmeras espécies de dolo, entre eles: dolo
·         Erro de fato: é aquele que recai sobre um fato voltado ao negócio realizado. O erro de fato, por principal ou essencial (aquele que dá causa para realização do negócio, acarreta anulabilidade), dolo
sua vez, subdivide-se em erro essencial e erro acidental. acidental (aquele sem o qual o negócio teria sido realizado da mesma forma, a diferença é que ele
a.    Erro essencial ou substancial: é que aquele erro sem o qual o negócio jurídico não teria sido acarreta maior onerosidade ao contrato, por isso não induz a anulabilidade), dolus bonus (o simples
realizado, ou seja, o erro atinge o objeto principal da negociação. Tendo papel decisivo quando da exagero na qualidade da coisa, não leva a anulabilidade), dolus malus (emprego de artifícios mais
determinação de vontade do declarante. Cabe ainda ressaltar que nessa modalidade de vício se o maliciosos e que invalidam o negócio jurídico, não leva a anulabilidade), dolo positivo ou comissivo
declarante conhecesse o verdadeiro estado das coisas não teria concluído o negócio jurídico de jeito (quando o agente utiliza de artifícios positivos, ou seja, qualidades falsas sobre o objeto do negócio
nenhum. O erro essencial pode ser: Erro de Negócio, Erro de Objeto, Erro de Substância do Objeto jurídico), dolo negativo ou omissivo (é a omissão silencio intencional de uma das partes a respeito de
e/ou Erro de Pessoa. qualidade que a outra parte tenha ignorado, aqui há necessidade de induzimento a pratica do negócio
b.    Erro Acidental: essa modalidade de erro não é por si só suficiente para anulabilidade do negócio jurídico), dolo de terceiro (quando o terceiro se manifesta mancomunado com a parte a fim de enganar
jurídico, havendo necessidade de que o magistrado examine a situação em busca da real intenção das a outra parte do negócio jurídico), dolo do representante (aqui não se fala em terceiro pelo fato de que
o representante age como se fosse o próprio representado, precisa-se verificar o conhecimento do                         “Não é a coação, em si, um vício da vontade, mas sim o temor que ela inspira, tornando
representado acerca dos atos dolosos do seu representante), dolo bilateral (quando a presença do dolo defeituosa a manifestação de querer do agente”. (GONÇALVES, 2009)
está na intenção de ambas as partes, aqui a lei não ria amparar qualquer um das partes).                         “Entre os vícios que podem afetar o negócio jurídico, a coação é o que mais repugna a
3. COAÇÃO: consciência humana, pois é dotado de violência”. (VENOSA, 2005)
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado 4. ESTADO DE PERIGO
temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente
circunstâncias, decidirá se houve coação. onerosa.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá
temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. segundo as circunstâncias.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor É o vício caracterizado pela situação de extrema necessidade vivida por alguém que precisa salvar-se
reverencial. ou salvar alguém de sua família de grave dano que deverá ser conhecido pela outra parte, assume
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter obrigação excessivamente onerosa a fim de obter socorro. A diferença entre coação e estado de perigo
conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidaria mente com aquele por perdas e é que naquele o perigo é criado pelo agente, neste a situação aflitiva apresenta-se espontaneamente. No
danos. entanto, há possibilidade de se manter o ato realizado por meio da redução do valor prometido como
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que pagamento ao valor tido como justo. Trata-se, como se nota, de um abuso da situação.
aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as
perdas e danos que houver causado ao coacto.
Coação consiste no defeito onde, para determinar que um indivíduo concorde com o negócio jurídico a 5. LESÃO
ser realizado contra sua vontade, tem-se a efetiva pressão sobre ele, seus bens ou sua honra, ou seus Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se
parentes ou familiares, seja com emprego de violência física ou psicológica. Esse é o defeito do obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
negócio jurídico mais repugnante em face da violência exercida sobre o coagido. Esta coação poderá § 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi
ser absoluta – quando há violência física e esta é fato essencial para a realização de tal negocio – ou celebrado o negócio jurídico.
relativa – aqui a violência será moral, ou seja, há presença de ameaça. Na primeira espécie de coação § 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte
temos que o negocio jurídico será nulo, isto porque não há qualquer consentimento da vítima (ex.: favorecida concordar com a redução do proveito.
Pegar a mão da vítima à força para assinar um documento). Já na segunda espécie temos ato anulável, Lesão é o prejuízo proveniente de um negócio jurídico onde um indivíduo acaba perdendo, seja por
visto que o agente tem a opção de escolha em suas mãos, podendo, assim, aceitar ou não a coação (ex.: estado de necessidade ou por inexperiência, a noção do real, assim como do justo, se obrigando ao
Assine este documento, caso contrário morrerá um membro da sua família ou alguém que assina um pagamento de prestação desproporcional ao valor da prestação do contrato no momento de sua
documento mediante tortura.). Para que o vício fique caracterizado há necessidade de alguns celebração. Tal desproporção há de ser manifesta, não sendo necessário que o agente induza a vítima
pressupostos, os quais são: a coação como causa do ato, a coação precisa ser grave, a ameaça precisa ou tenha prejudicial intenção quando da realização do ato. Quando verificado o aproveitamento do
ser injusta, ameaça precisa ser atual ou iminente, o prejuízo precisa recair sobre a pessoa ou os bens do agente quanto a situação de inferioridade da vitima – elemento subjetivo – e o lucro desproporcional –
paciente, ou pessoa de sua família. Neste ultimo o CC abre uma exceção quando considera que o grau elemento objetivo –, temos o instituto da lesão e a possível anulação do ato. No entanto tem-se no § 2°
de amizade entre o agente e a vítima da possa ser tamanho que o intimide a ponto de forçá-lo a prática do art. 157, CC, a possibilidade de aproveitamento do negócio jurídico, o que pode ocorrer quando o
de tal ato. Quando da análise da coação o magistrado precisa levar em conta todas as condições da favorecido concordar em diminuir o proveito recebido. O instituto da lesão está intimamente ligado ao
vítima que possam influir na gravidade da ameaça, condições estas elencadas no art. 152 do CC. da boa fé, buscando proteger o individuo prejudicado por tal situação e ajustar as cláusulas
Quando a coação for exercida por terceiro e o beneficiado pelo ato tem ou deveria ter conhecimento excessivamente onerosas proveniente do contrato viciado.
disto a responsabilidade será solidaria entre eles. Porém, não tendo conhecimento a parte, ou não tendo A esse respeito temos Silvio Salvo Venosa e Carlos Rodrigues Gonçalves:
proveito no negócio, continua válido o negócio, respondendo por perdas e danos o coator. Não basta a                         “A ação judicial contra lesão visa à restituição do bem vendido, se se tratar de compra e
simples ameaça ou o temor reverencial, isto porque, para viciar a vontade do contratante, a coação tem venda, ou restabelecimento da situação anterior, quando possível. Há faculdade de evitar tal deslinde
que ser grave ao ponto de causar temor considerável na vítima, pois, ao contrário, não haverá vício de com a complementação ou a redução do preço, conforme a situação, o que não desnatura o caráter
vontade. Não caracterizará coação a ameaça do exercício normal de um direito ou o simples temor típico da ação. Fundamentalmente, seu objeto é o retorno ao estado anterior. A pretensão pode conter
reverencial. Importante ressaltar, que nem toda ameaça configura coação, vício de consentimento. É pedido subsidiário ou alternativo, portanto.” (VENOSA, 2005
necessário que reúna os pressupostos elencados anteriormente. Na coação a vontade deixa de ser                         “Lesão é, assim, o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as
espontânea com o resultado de violência contra ela. A figura da coação não é reduzível a qualquer prestações de um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou
outro vício, guardando visível autonomia. Para que se configure, porém, a coação capaz de anular o inexperiência de uma das partes”. (GONÇALVES, 2009)
negócio, deve existir relação de causalidade entre a ameaça e a declaração. 6. FRAUDE CONTRA CREDORES
Para reforçar a explicação acerca do tema temos Carlos Rodrigues Gonçalves e Silvio de Salvo
Venosa:
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor                         “Diz-se haver fraude contra credores, quando o devedor insolvente, ou na iminência de
já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos torna-se tal, pratica atos suscetíveis de diminuir seu patrimônio, reduzindo, desse modo, a garantia que
credores quirografários, este representa, para resgate de dívidas." (VENOSA, 2009)
como lesivos dos seus direitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. Considerando que o Código Civil busca a efetiva aplicação do princípio da boa-fé tais institutos foram
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. criados com o intuito de proteger e conferir maior segurança aos contratantes quando da conclusão
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a negocial. Através do todo contido acima se vislumbra o entendimento dos conceitos e a exposição dos
insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. dispositivos que versam acerca dos defeitos dos negócios jurídicos.
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, REFERÊNCIAS
aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Parte Geral. 20.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
interessados. RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: Parte Geral. 34.ed. São Paulo : Saraiva, 2007.
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 5.ed. São Paulo : Atlas, 2005.
corresponda ao valor real. VADE MECUM SARAIVA, 2009.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a
pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam
procedido de má-fé.
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não
vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de
credores, aquilo que recebeu.
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o
devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção
de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo
sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante
hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada. Prescrição e Decadência
A fraude contra credores consiste em um devedor insolvente, ou na iminência de se tornar insolvente,
diminuir seu patrimônio com o intuito de não dispor de bens suficientes para dar quitação a dívidas Publicado por Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes
anteriores a tal redução.    Isto porque o patrimônio do devedor responde por suas dívidas. Este vício
geralmente irá decorrer da prática de atos legais, a ilicitude está na finalidade do ato, ou seja, causar Resolução da questão 21 Direito Civil
prejuízos a terceiros. O meio pelo qual se busca o reconhecimento da fraude é a proposição de Ação 21 . A respeito das diferenças e semelhanças entre prescrição e decadência, no Código Civil, é correto
Pauliana ou Revocatória movida o devedor insolvente, contra quem ele contratou de modo fraudulento afirmar que:
e contra terceiros adquirentes de má-fé, buscando a restauração da garantia dos bens patrimoniais. No (A) a prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto a decadência gera a extinção do
entanto, em alguns casos, tal negócio não é anulado. Isto irá ocorrer quando da presença de um terceiro direito subjetivo.
de boa-fé no negócio, visto que esse não conhecia a situação de insolvência do devedor. Para se ter (B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, enquanto os prazos decadenciais
caracterizada a fraude contra credores há necessidade de alguns requisitos, quais sejam: anterioridade legais não se suspendem ou interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito absolutamente
do crédito (o crédito precisa existir antes da prática fraudulenta), consílio fraudatário (presença de má- incapaz, contra o qual não corre nem prazo prescricional nem decadencial.
fé), eventus dammi (necessário prejuízo ao credor). Podendo ela se apresentar através das seguintes (C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, mesmo após consumadas.
espécies de negócio: atos de transmissão gratuita de bens ou de remissão de dívidas, atos a título (D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a decadência
oneroso, pagamento antecipado de dívidas vincendas, constituição de direitos de preferência a um ou pode ser declarada de ofício pelo juiz.
alguns dos credores. NOTAS DA REDAÇAO
Para fixar melhor tema cabe citar Silvio Rodrigues e Silvio Salvo Venosa: Inicialmente convém trazer um conceito sobre cada um dos institutos:
                        “Que o insolvente, ou seja, aquele indivÍduo cujo patrimônio é menor que suas dividas, - Prescrição é a perda de uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento; é a
ao alienar bens de seu patrimônio, de certo modo, está dispondo de valores que nem mais lhe perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo.
pertencem em virtude de estarem vinculados ao pagamento de seus débitos. (RODRIGUES, 2007) - Decadência é a perda de um direito que não foi exercido pelo seu titular no prazo previsto em lei; é a
perda do direito em si, em razão do decurso do tempo.
Importante:
A prescrição é só de direitos subjetivos patrimoniais e relativos, ou seja, nem todo direito subjetivo I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
prescreve. Não prescrevem os direitos subjetivos extrapatrimoniais e absolutos. II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
Toda decadência é um direito potestativo, mas nem todo direito potestativo submete-se à decadência, III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
porque aqueles que não possuem prazo prescrito em lei não podem decair. Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
Características: I - pendendo condição suspensiva;
Prescrição II - não estando vencido o prazo;
Decadência III - pendendo ação de evicção.
- a prescrição é um instituto de interesse privado; Art. 200 . Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a
- é renunciável, tácita ou expressamente; prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
- os prazos prescricionais não podem ser modificados pela vontade das partes; Art. 201 . Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a
- pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita; obrigação for indivisível.
- admissibilidade de suspensão e interrupção do prazo prescricional; Seção III
- pode ser conhecida pelo juiz de ofício. Das Causas que Interrompem a Prescrição
Art. 202 . A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: I - por despacho
- é de interesse público; do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma
- não admite renúncia; da lei processual;
- pode ser conhecida a qualquer tempo ou grau de jurisdição; II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
- os prazos decadenciais não admitem suspensão e interrupção; III - por protesto cambial;
- o juiz deve conhecer de oficio. IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; V - por
qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que
(A) a prescrição acarreta a extinção do direito potestativo, enquanto a decadência gera a extinção do extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único . A prescrição
direito subjetivo . interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a
Incorreta. interromper.
Como mencionado acima, o raciocínio é inverso. Art. 203 . A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.
Esclarecemos que, direitos potestativos são aqueles que conferem ao titular o poder de fazer produzir Art. 204 . A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a
efeitos pela simples manifestação de vontade. Aqui todos os efeitos decorrem da manifestação de interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
vontade do titular. Por só depender do titular ele não pode ser violado. O direito potestativo é sempre 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção
de interesse público. efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
Alguns direito potestativos possuem prazo para o seu exercício, outros não. Alguns exigem chancela 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros
estatal para o seu exercício e outros não (homologação). herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
Já direito subjetivo é aquele que confere ao titular a possibilidade de exigir de alguém um 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
comportamento. Caso esse comportamento for isolado, surge para o titular uma pretensão de exigir CAPÍTULO II
judicialmente esse comportamento ou a reparação do dano correspondente. Da Decadência
O direito subjetivo desprovido de pretensão não passa de uma mera faculdade jurídica, isto porque o Art. 207 . Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,
direito subjetivo é caracterizado pela pretensão e sem pretensão ele não passa de uma mera faculdade suspendem ou interrompem a prescrição.
jurídica. (C) não se pode renunciar à decadência legal nem à prescrição, mesmo após consumadas.
(B) os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos, enquanto os prazos decadenciais Incorreta.
legais não se suspendem ou interrompem, com exceção da hipótese de titular de direito absolutamente Os dispositivos que tratam deste tema no Código Civil são os artigos:
incapaz, contra o qual não corre nem prazo prescricional nem decadencial. Art. 191 . A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo
Correto. de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do
Sobre esse tema, transcrevemos os artigos mais importantes do Código Civil: interessado, incompatíveis com a prescrição.
Seção II Art. 209 . É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição (D) a prescrição é exceção que deve ser alegada pela parte a quem beneficia, enquanto a decadência
Art. 197 . Não corre a prescrição: pode ser declarada de ofício pelo juiz.
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; Incorreta.
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; Por fim, o Código Civil é expresso ao trazer as regras e exceções sobre este tema.
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela. Art. 193 . A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
Art. 198 . Também não corre a prescrição: Art. 210 . Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211 . Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau
de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
1. SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Súmula 147. A prescrição de crime falimentar começa a correr da data em que deveria estar encerrada
a falência ou do trânsito em julgado da sentença que a encerrar ou que julgar cumprida a concordata.
Súmula 150. Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação
Súmula 153. Simples protesto cambiário não interrompe a prescrição.
Súmula 264. Verifica-se a prescrição intercorrente pela paralisação da ação rescisória por mais de
cinco anos.
Súmula 383. A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e meio, a
partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a
interrompa durante a primeira metade do prazo.
Súmula 443. A prescrição das prestações anteriores ao período previsto em lei não ocorre, quando não
tiver sido negado, antes daquele prazo, o próprio direito reclamado, ou a situação jurídica de que ele
resulta.
Súmula 592. Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da prescrição, previstas no
Código Penal.
Súmula 607. Na ação penal regida pela Lei nº. 4.611-65, a denúncia, como substitutivo da portaria, não
interrompe a prescrição.
Súmula 632. É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de
segurança.

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