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1- Um quadrupolo é um sistema discreto de cargas composto por duas cargas

positivas e duas negativas, de modo a formar dois dipolos elétricos. As


cargas estão dispostas nos vértices de um quadrado, de lados 2L,
simetricamente localizadas em relação a origem, como mostrado na figura
abaixo.

𝑄 2𝐿 −𝑄
+ −

𝑃
2𝐿 0 𝑥

−𝑄
− +𝑄

a) Calcule a força elétrica sobre uma carga pontual Q colocada sobre o ponto
P.
b) Obtenha o potencial elétrico no ponto P.
c) Determine o Campo Elétrico no ponto P.
d) Avalie o potencial elétrico e o campo elétrico em x=0 e x=L e discuta a
estabilidade deste sistema.
𝑦
𝑄 −𝑄
Solução
a)
+ −
𝑟⃗ = 𝑥𝑖̂, Note que
𝑟⃗
𝑟⃗1′ = 𝐿𝑖̂ + 𝐿𝑗̂ 𝑟⃗ − 𝑟⃗1′ = (𝑥 − 𝐿)𝑖̂ − 𝐿𝑗̂
2𝐿 𝑥
𝑟⃗2′ = −𝐿𝑖̂ + 𝐿𝑗̂ 𝑟⃗ − 𝑟⃗2′ = (𝑥 + 𝐿)𝑖̂ − 𝐿𝑗̂ 0
𝑟⃗3′ = −𝐿𝑖̂ − 𝐿𝑗̂ 𝑟⃗ − 𝑟⃗3′ = (𝑥 + 𝐿)𝑖̂ + 𝐿𝑗̂
𝑟⃗4′ = 𝐿𝑖̂ − 𝐿𝑗̂ 𝑟⃗ − 𝑟⃗4′ = (𝑥 − 𝐿)𝑖̂ + 𝐿𝑗̂
− +
−𝑄 2𝐿
+𝑄
|𝑟⃗ − 𝑟⃗1′ | = √(𝑥 − 𝐿)2 + 𝐿2
|𝑟⃗ − 𝑟⃗2′ | = √(𝑥 + 𝐿)2 + 𝐿2 |𝑟⃗ − 𝑟⃗4′ | = √(𝑥 − 𝐿)2 + 𝐿2

|𝑟⃗ − 𝑟⃗3′ | = √(𝑥 + 𝐿)2 + 𝐿2

A força resultante sobre uma carga colocada sobre o eixo x dentro do quadrado
será: 𝐹⃗R = 𝐹⃗𝑄,𝑄 + 𝐹⃗𝑄,𝑄 + 𝐹⃗𝑄,𝑄 + 𝐹⃗𝑄,𝑄
1 2 3 4

onde 1 𝑄1 𝑄 𝑄2 (𝑥 − 𝐿)𝑖̂ − 𝐿 ̂𝑗

𝐹𝑄,𝑄1 = ′
(𝑟⃗ − 𝑟⃗1 ) = −
4 𝜋 𝜀0 |𝑟⃗ − 𝑟⃗1′ |3 4 𝜋 𝜀0 3
[(𝑥 − 𝐿)2 + 𝐿2 ]2
1 𝑄2 𝑄 𝑄2 (𝑥 + 𝐿)𝑖̂ − 𝐿 ̂𝑗
𝐹⃗𝑄,𝑄2 = (𝑟⃗ − 𝑟⃗2
′)
=
4 𝜋 𝜀0 |𝑟⃗ − 𝑟⃗2′ |3 4 𝜋 𝜀0 [(𝑥 3
+ 𝐿)2 + 𝐿2 ]2
1 𝑄3 𝑄 𝑄2 (𝑥 + 𝐿)𝑖̂ + 𝐿 ̂𝑗
𝐹⃗𝑄,𝑄3 = (𝑟
⃗ − 𝑟
⃗3
′)
= −
4 𝜋 𝜀0 |𝑟⃗ − 𝑟⃗3′ |3 4 𝜋 𝜀0 [(𝑥 3
+ 𝐿)2 + 𝐿2 ]2
1 𝑄4 𝑄 𝑄2 (𝑥 − 𝐿)𝑖̂ + 𝐿 ̂𝑗
𝐹⃗𝑄,𝑄4 = ′
(𝑟⃗ − 𝑟⃗4 ) =
Assim, 4 𝜋 𝜀0 |𝑟⃗ − 𝑟⃗4′ |3 4 𝜋 𝜀0 [(𝑥 3
− 𝐿)2 + 𝐿2 ]2

𝐹⃗R = 𝐹⃗𝑄,𝑄1 + 𝐹⃗𝑄,𝑄2 + 𝐹⃗𝑄,𝑄3 + 𝐹⃗𝑄,𝑄4

𝑄2 𝐿 1 1
𝐹⃗R = [ 3 𝑖̂ − 3 𝑗̂]
2 𝜋 𝜀0 [(𝑥
− 𝐿)2 + 𝐿 ]2
2 [(𝑥 + 𝐿)2 + 𝐿 ]2
2

b) O potencial elétrico pode ser obtido por


𝑁
1 𝑄𝑖
𝑉(𝑟⃗) = ∑
4 𝜋 𝜀0 |𝑟⃗ − 𝑟⃗𝑖′ |
𝑖=1

1 𝑄1 𝑄2 𝑄3 𝑄4
𝑉(𝑟⃗) = ( + + + )
4 𝜋 𝜀0 |𝑟⃗ − 𝑟⃗1 | |𝑟⃗ − 𝑟⃗2 | |𝑟⃗ − 𝑟⃗3 | |𝑟⃗ − 𝑟⃗4′ |
′ ′ ′

𝑄 1 1 1 1
𝑉(𝑟⃗) = (− + − + )
4 𝜋 𝜀0 √(𝑥 − 𝐿)2 + 𝐿2 √(𝑥 + 𝐿)2 + 𝐿2 √(𝑥 + 𝐿)2 + 𝐿2 √(𝑥 − 𝐿)2 + 𝐿2

𝑉(𝑟⃗) = 0

c) O campo elétrico pode ser obtido a partir da força elétrica obtida na


expressão a),
𝐹⃗𝑅
𝐸⃗⃗R =
𝑄

𝑄𝐿 1 1
𝐸⃗⃗R = [ 3 𝑖̂ − 3 𝑗̂]
2 𝜋 𝜀0 [(𝑥
− 𝐿)2 + 𝐿 ]2
2 [(𝑥 + 𝐿)2 + 𝐿 ]2
2
2- Determine o vetor campo elétrico e o potencial escalar em todos os pontos do
espaço (R1<r, R1<r<R2, r>R2) produzidos por uma esfera oca espessa de raio
interno é R1 e externo R2, com uma carga total Q, para os seguintes casos:
a) esfera não-condutora e uma carga uniforme distribuída em todo o volume.
b) esfera metálica e em equilíbrio eletrostático.
c) Particularize os resultados para uma esfera sólida com raio R.
Suponha agora, um condutor esférico isolado de raio é R1 = 4 cm cujo potencial
é 9000V referente ao aterramento. Em seguida, é circundado por uma camada
condutora esférica concêntrica, com raio interno R2 = 8 cm e externo R3 = 10 cm,
isolada e com carga total nula. Determine as cargas e potenciais no condutor
interno, bem como na camada condutora, para os seguintes casos:
d) Condutor interno e camada condutora isolados.
e) Se a camada condutora estiver conectada ao solo.
f) Se a camada for isolada novamente e o condutor for conectado ao terra por um
fio condutor que passa por um pequeno orifício na camada.

Solução:
a) A casca esférica espessa (aqui também chamaremos de coroa esférica),
neste caso, tem uma densidade volumétrica de carga uniforme ρ em cada
ponto entre R1 e R2, que pode ser calculada aplicando:
𝑄 = ∫𝑉 𝜌 𝑑𝑉 𝑄 = 𝜌 ∫𝑉 𝑑𝑉
4
𝑄 = 𝜌𝑉 𝑄 = 𝜌 𝜋(𝑅23 − 𝑅13 )
3
3𝑄
𝜌=
4 𝜋(𝑅23 −𝑅13 )

Por causa de sua simetria, a lei de Gauss é aplicada, considerando uma superfície
esférica gaussiana (figura abaixo), concêntrica com a distribuição de carga e
passando pelo ponto onde queremos calcular o campo. Em cada ponto dentro de
uma esfera cujo raio é r ≤ R1, o campo é nulo, pois a carga interna é zero:
𝐸(𝑟≤𝑅1 ) = 0
Devido à simetria da distribuição de carga, o campo
elétrico em qualquer outro ponto da superfície
gaussiana será radial, para fora, e com a mesma
magnitude em todos os pontos da superfície. Duas
expressões diferentes são obtidas para o campo elétrico,
dependendo do ponto a ser estudado, se ele está fora ou
dentro da casca esférica espessa (P e P na Fig. ao lado),
uma vez que a carga interna para a superfície gaussiana
tem uma carga diferente expressão.
Vamos primeiro considerar o ponto P, fora da coroa. O
fluxo através da superfície gaussiana passando por P é
Ψ𝐸 = ∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = ∫ 𝐸 𝑑𝑠 = 𝐸 ∫ 𝑑𝑠 = 𝐸 (4 𝜋 𝑟 2 )
𝑆 𝑆 𝑆
onde 4πr² é a área da superfície esférica, com raio r . Observamos que a carga
total dentro da superfície gaussiana é toda a carga da coroa esférica (cinza na
figura). Se a lei de Gauss for aplicada, o fluxo é
𝑞𝑖𝑛𝑡 𝑄 𝜌 4𝜋(𝑅23 − 𝑅13 )
Ψ𝐸 = = = .
𝜀0 𝜀0 3 𝜀0

Se igualarmos as duas expressões anteriores para o fluxo e o resolvermos, obtemos


o campo em um ponto externo P,
𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
E(𝑟≥𝑅2 ) = ,
3 𝜀0 𝑟 2

expressão que coincide com o campo produzido por uma carga pontual Q
localizada no centro da coroa esférica. Na verdade, o campo produzido por uma
carga pontual, conhecido da lei de Coulomb, pode ser calculado aplicando a lei de
Gauss a uma superfície esférica aleatória cujo centro está na carga.

Para conhecer o campo em um ponto P (Fig. acima), dentro da coroa esférica, o


mesmo procedimento é seguido. Montamos uma superfície concêntrica esférica,
com raio r, passando por P. A expressão do fluxo através de uma superfície de
raio r é a mesma, mas como R1 ≤ r ≤ R2, a carga interna da superfície gaussiana
não é a carga total da coroa, mas apenas a região cinza escura na figura. Se
calcularmos
𝑞𝑖𝑛𝑡 𝑄 𝜌 4𝜋(𝑟 3 − 𝑅13 )
Ψ𝐸 = = =
𝜀0 𝜀0 3 𝜀0
and then, fromΦ𝐸 = E4π 𝑟2 , the field at a point P’ inside the spherical crown is
obtained,
𝜌 (𝑟 3 − 𝑅13 ) 𝑄 𝑟 3 − 𝑅13
E(𝑅1 ≤𝑟≤𝑅2 ) = = .
3 𝜀0 𝑟 2 4 𝜋 𝜀0 𝑟 2 𝑅23 − 𝑅13
Juntando os dois resultados e expressando o campo como um vetor, resulta
0, 𝑟 ≤ 𝑅1
3 3 3 3
𝑄 𝑟 − 𝑅1 𝜌 (𝑟 − 𝑅1 )
𝑟̂ = 𝑟̂ , 𝑅1 ≤ 𝑟 ≤ 𝑅2
𝐸⃗⃗ = 4 𝜋 𝜀0 𝑟 𝑅2 − 𝑅1
2 3 3 3 𝜀0 𝑟 2
𝑄 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
𝑟̂ = 𝑟̂ 𝑟 ≥ 𝑅2
{ 4 𝜋 𝜀0 𝑟 2 3 𝜀0 𝑟 2

onde 𝑟̂ (𝑎⃗𝑟 ) é o vetor unitário radial em coordenadas esféricas. O campo em um


ponto na superfície esférica externa pode ser calculado usando qualquer uma das
expressões, tornando r = R2:
𝑄 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
𝐸⃗⃗(𝑟=𝑅2 ) = 𝑟̂ = 𝑟̂ .
4 𝜋 𝜀0 𝑅22 3 𝜀0 𝑟 2

Se a esfera fosse sólida, com raio R, os resultados podem ser obtidos substituindo
R1 = 0 e R2 = R:
𝑄 𝑟 𝜌𝑟
2 3
𝑟̂ = 𝑟̂ , 𝑟 ≤ 𝑅
4 𝜋 𝜀0 𝑟 𝑅 3 𝜀0
𝐸⃗⃗ =
𝑄 𝜌 𝑅3
2
𝑟̂ = 𝑟̂ 𝑟 ≥ 𝑅2
{4 𝜋 𝜀0 𝑟 3 𝜀0 𝑟 2

E o campo em um ponto da superfície seria:


𝑄 𝜌𝑅
𝐸⃗⃗(𝑟=𝑅) = 𝑟̂ = 𝑟̂
4 𝜋 𝜀0 𝑅2 3 𝜀0
Para determinar o potencial em qualquer ponto, calculamos a diferença de
potencial entre aquele ponto e o infinito, com potencial nulo. Como a circulação
do campo eletrostático é independente do caminho, tomamos a direção radial a
partir do ponto onde E e dl são paralelos, como mostrado na Fig. abaixo.
Para um ponto externo P temos, se circularmos o campo E entre P e o infinito
(veja figura abaixo), que
∞ ∞

𝑉𝑃 − 𝑉∞ = 𝑉𝑃 = ∫ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = ∫ 𝐸(𝑟=𝑅2 ) dr


𝑃 𝑟

𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
=∫
3 𝜀0 𝑟 2
𝑟

𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
=− | .
3 𝜀0 𝑟 𝑟
Então,

𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 ) 𝑄
𝑉𝑃 = = .
3 𝜀0 𝑟 4 𝜋 𝜀0 𝑟

Pode-se observar como o potencial dado pela coroa esférica carregada em um


ponto externo é o mesmo que uma carga pontual, localizada no centro, com a
mesma carga, criaria. Se o ponto P' está dentro da coroa esférica, de onde
precisamos circular de P' ao infinito, as expressões de campo são diferentes
dependendo de onde circulamos, dentro ou fora da coroa esférica. A diferença
potencial é obtida a partir de
∞ 𝑅2 ∞

𝑉𝑃′ − 𝑉∞ = 𝑉𝑃′ = ∫ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑙⃗ = ∫ 𝐸(𝑟≤𝑅2 ) dr + ∫ 𝐸(𝑟≥𝑅2 ) dr


𝑃′ 𝑟 𝑅2
𝑅2 ∞
𝜌 (𝑟 3 − 𝑅13 ) 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
=∫ dr + ∫ dr
3 𝜀0 𝑟 2 3 𝜀0 𝑟 2
𝑟 𝑅2
2 𝑅2 𝑅2 ∞
𝜌𝑟 𝜌 𝑅13 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
= | + | − | .
6 𝜀0 𝑟 3 𝜀0 𝑟 𝑟 3 𝜀0 𝑟 𝑅 2
O potencial será
𝜌 (𝑅23 − 𝑟 2 ) 𝜌 𝑅13 1 1 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
𝑉𝑃′ = + ( − )+
6 𝜀0 3 𝜀0 𝑅2 𝑟 3 𝜀0 𝑅2

Se o ponto (P’') está no furo (Fig. Cima), então r ≤ R1, dado que o campo no furo é
nulo, a circulação do ponto P’' até o raio interno da coroa R1 também é nula. O potencial
do ponto P’' é igual ao do ponto P' localizado na superfície esférica interna, com r = R1.
Se o resultado anterior for especificado para r = R1, o resultado será:

𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 ) 𝜌 𝑅13 1 1 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )


𝑉𝑃′′ = + ( − )+
6 𝜀0 3 𝜀0 𝑅2 𝑅1 3 𝜀0 𝑅2

Se todos os resultado são juntados,


𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 ) 𝜌 𝑅13 1 1 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
+ ( − )+ , 𝑟 ≤ 𝑅1
6 𝜀0 3 𝜀0 𝑅2 𝑅1 3 𝜀0 𝑅2
𝜌 (𝑅23 − 𝑟 2 ) 𝜌 𝑅13 1 1 𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 )
𝑉= + ( − )+ , 𝑅1 ≤ 𝑟 ≤ 𝑅2
6 𝜀0 3 𝜀0 𝑅2 𝑟 3 𝜀0 𝑅2
𝜌 (𝑅23 − 𝑅13 ) 𝑄
= 𝑟 ≥ 𝑅2
{ 3 𝜀0 𝑟 4 𝜋 𝜀0 𝑟

b) Se a coroa esférica é metálica e está em equilíbrio eletrostático, a carga é


distribuída apenas em sua superfície externa, como pode ser deduzido das
propriedades do condutor vistas na aula teórica. Para obter campo elétrico
nulo dentro do condutor, a coroa deve ser carregada em sua superfície
externa com densidade superficial uniforme. Essa densidade pode ser obtida
a partir de:
𝑄 = ∫ 𝜎 𝑑𝑆 𝑄 = 𝜎 ∫𝑆 𝑑𝑆 = 𝜎 4 𝜋 𝑅22
𝑆
𝑄
𝜎 = 𝜋 𝑅22
4

O campo nos pontos internos (r <R2) é nulo, devido à simetria da distribuição de


carga. Para obter o campo elétrico produzido pela coroa em pontos externos a ela,
e devido ao fato de a simetria do problema ser análoga à do exercício (a),
procedemos como foi feito logo acima. Usamos as mesmas superfícies gaussianas
(Fig. 1), mas apenas mudando que o fato que a carga Q está apenas na superfície.
O fluxo através da superfície esférica de raio r é, como aconteceu com o caso
anterior,
Φ𝐸 = 𝐸 4 𝜋 𝑟 2
se a lei de Gauss é aplicada a um ponto externo P à coroa esférica (r >R2), o
resultado é
𝑞𝑖𝑛𝑡 𝑄 4𝜋 𝑅22 𝜎
Φ𝐸 = = =
𝜀0 𝜀0 𝜀0
Ao resolvê-lo, o resultado para um ponto externo P é:
𝑄 𝜎 𝑅22
E(𝑟≥𝑅2 ) = =
4 𝜋 𝜀0 𝑟 2 𝜀0 𝑟 2

a mesma expressão dependendo da carga total Q que no exercício (a). Se for


expresso com notação vetorial, os resultados serão:

0, 𝑟 < 𝑅2
𝐸⃗⃗ = { 𝑄 𝜎 𝑅22
𝑟̂ = 𝑟̂ 𝑟 > 𝑅2
4 𝜋 𝜀0 𝑟 2 𝜀0 𝑟 2

onde 𝑟̂ (𝑎⃗𝑟 ) é o vetor da unidade radial para coordenadas esféricas. Como o campo
nos pontos externos à coroa metálica é igual ao da seção (a), se for feita a mesma
referência (infinito), o potencial também é o mesmo para os pontos fora da coroa.
Para pontos dentro dela, dado que o campo é nulo nesses pontos, o potencial não
muda e tem o mesmo valor que na superfície da coroa. Então,
𝑄 𝜎 𝑅2
= , 𝑟 ≤ 𝑅2
4 𝜋 𝜀0 𝑅2 𝜀0
𝑉=
𝑄 𝜎 𝑅22
= 𝑟̂ 𝑟 ≥ 𝑅2
{4 𝜋 𝜀0 𝑟 𝜀0 𝑟
d) Observe que a distribuição de carga não é conhecida. O condutor esférico isolado terá
certa carga q1, já que seu potencial não é zero. Se a expressão de potencial para um
condutor esférico for aplicada a partir das questões anteriores deste exercício, resulta
𝑞1
𝑉=
4 𝜋 𝜀0 𝑅1

De onde a carga do condutor q1 é obtida,


𝑞1 = 4 𝜋 𝜀0 𝑅1 𝑉 = 40 𝑛𝐶

Se o condutor estiver rodeado pela camada condutora, na figura ao


lado, as cargas de ambos os condutores são reorganizadas, até que
o equilíbrio seja alcançado. Como o condutor A está isolado, a carga
q1 permanece, e essa carga só pode estar em sua superfície externa.
Devido à simetria esférica da figura, ela estará uniformemente
distribuída na superfície e, portanto, o campo elétrico dentro do
condutor é nulo. Na camada condutora B, as cargas são distribuídas
de forma que o campo dentro dela seja nulo. Se a lei de Gauss for
aplicada a uma superfície gaussiana totalmente dentro do condutor
(linha descontínua na figura),

𝑞𝑖𝑛
Ψ𝐸 = ∮ 𝐸⃗⃗ ∙ 𝑑𝑆⃗ = 0 = 𝑞𝑖𝑛 = 0 = 𝑞1 + 𝑞𝐵,𝑖𝑛 ,
𝜀0
𝑆
onde qB,in é a carga da superfície interna da camada condutora B. Deve-se observar que
o fluxo é nulo porque o campo em todos os pontos na superfície é zero. Portanto
𝑞𝐵,𝑖𝑛 = −𝑞1 .
Se o princípio da conservação da carga é aplicado ao condutor B, a superfície externa
carregada de B é
𝑞𝐵 = 0 = −𝑞1 + 𝑞𝐵,𝑒𝑥𝑡

𝑞𝐵,𝑒𝑥𝑡 = −𝑞1
A distribuição de cargas é como mostrada na figura acima.
O potencial em qualquer ponto é derivado da superposição de potenciais criados por cada
uma das distribuições de carga. Para cada distribuição, como obtida anteriormente é
aplicada para o condutor A, a distância r de qualquer ponto interno P ao centro é menor
(ou igual) que a distância do centro às distribuições de carga (r ≤ R1, r <R2, r <R3),
então resulta
1 𝑞1 𝑞1 𝑞1 1 1 1
𝑉𝐴 = ( − + ) = 8.99. 109 . 40. 10−9 ( − + ) = 8100𝑉.
4 𝜋 𝜀0 𝑅1 𝑅2 𝑅3 0.04 0.08 0.1
Para o condutor B, a distância r de qualquer ponto interno P ao centro resulta em r>
R1, r ≥ R2, r ≤ R3, então se aplicarmos o potencial obtido na questão anterior,
1 𝑞1 𝑞1 𝑞1 10−9
𝑉𝐵 = ( − + ) = 8.99. 109 . 40. = 3600𝑉.
4 𝜋 𝜀0 𝑟′ 𝑟′ 𝑅3 0.1
e) Conectando a camada condutora ao solo, Fig. ao lado, equalizamos os
potenciais do condutor B e do solo. O potencial de terra é tomado como
referência (0 V) e, portanto,
𝑉𝐵 = 0.
Visto que não há diferença de potencial entre B e terra, não pode existir nenhum campo
elétrico entre eles (devido a 𝐸⃗⃗ =−∇V). O campo é nulo em B, assim como fora do
condutor B. De ∇ · 𝐸⃗⃗ = ρ / ε0), obtém-se que na superfície externa do condutor B não
podem haver cargas. As outras distribuições de carga permanecem as mesmas, como visto
reaplicando o raciocínio da questão (c). Pode-se observar como o condutor B aterrado
não possui carga nula (não é um sistema isolado), mas permanece com carga negativa.
Se o potencial obtido anteriormente for aplicado, o resultado para o condutor A é,
1 𝑞1 𝑞1 1 1
𝑉𝐴 = ( − ) = 8.99. 109 . 40. 10−9 ( − ) = 4500𝑉.
4 𝜋 𝜀0 𝑅1 𝑅2 0.04 0.08
Um dispositivo como esse, um condutor aterrado que circunda o outro, é a base de escudos
eletrostáticos e é chamado de gaiola de Faraday. Mesmo que a carga ou o potencial dentro
dele sejam alterados, o campo elétrico e o potencial fora dele são sempre zero. Além disso,
qualquer campo elétrico externo não afetaria o campo elétrico nem o potencial dos
condutores.

f) Se a camada condutora B for desconectada do solo, sua carga, −q1 = −40 nC, permanece
e se distribui entre a superfície interna e externa de B,
−𝑞1 = −𝑞2′ + −𝑞3 ′

como pode ser visto na figura ao lado.

O condutor A não mantém mais sua carga, pois está aterrado. A nova
carga é chamada de q 1. Aplicando o raciocínio da seção (a), a carga
na superfície interna do condutor B será
𝑞2′ = −𝑞1′ .
Também se sabe que o potencial do condutor A é zero, pois está aterrado. Se a equação
para o potencial obtida anteriormente for aplicada ao condutor A, o resultado é
1 𝑞1 ′ 𝑞2 ′ 𝑞3 ′
𝑉𝐴 = 0 = ( − + )
4 𝜋 𝜀0 𝑅1 𝑅2 𝑅3
𝑞1 ′ 𝑞2 ′ 𝑞3 ′
− + =0
0.04 0.08 0.1

Com essas três equações, os novos valores das cargas são obtidos,
4 5
4 𝑞3′ = − 𝑞1 = −22.2𝑛𝐶.
𝑞1′ = 𝑞1 = 17.8𝑛𝐶, 𝑞2′ = − 𝑞1 = −17.8𝑛𝐶, 9
9 9
Se a equação para o potencial for aplicada, obtemos o potencial para o condutor B
1 𝑞1 ′ 𝑞2 ′ 𝑞3 ′ 9 −9
22,2. 10−9
𝑉𝐵 = ( − ′ + ) = 8.99. 10 . 40. 10 (− ) = −2000𝑉.
4 𝜋 𝜀0 𝑟′ 𝑟 𝑅3 0.1
3) Considere um capacitor de placas retangulares, de dimensões a × b, cuja
disposição é como mostra a figura abaixo.

𝐿
Observe que a placa da esquerda está levemente inclinada de um ângulo 𝜃
em relação à vertical. A placa da direita está disposta na vertical. A região
entre as placas do capacitor está preenchida com por vácuo e a região onde
as placas mais se aproximam é L.
𝑎𝜀0 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
a) Mostre que a capacitância para este capacitor é 𝐶 = [1 + 𝑏 ]
𝑡𝑔(𝜃) 𝐿
b) Mostre que para 𝜃 ≪ 1,
𝜀0 𝐴 𝑏 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐶 ≈ cos(𝜃) [1 − ]
𝐿 2𝐿
Lembre-se: Expansão do Logaritmo em série de Taylor:
𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥𝑛
ln(1 + 𝑥) = 𝑥 − + − + ⋯ + (−1)𝑛+1 +⋯
2 3 4 𝑛
c) Discuta o resultado para 𝜃 → 0 a partir do resultado obtido em b).

Solução: Para esse capacitor, não podemos utilizar simplesmente a expressão


𝜀0 𝐴
𝐶=
𝐿 ,
pois a distância L entre as placas varia dentro dele. Entretanto, essa pressão ainda
poderá ser utilizada se pensarmos nesse capacitor como sendo constituído por
infinitos capacitores ligados em paralelo, cada um com uma área infinitesimal dA,
como mostra a figura abaixo.

𝑦
𝜃

𝑠 𝑥 𝑏

𝐿
Na figura, vemos que os capacitores, que estão muito ampliados para maior
clareza, ficam a uma distância l=L+y da placa direita, sendo que y, uma função
de s, indica a posição do capacitor em relação à origem situada no canto inferior
esquerdo. A área dA do capacitor vale dA=adx, onde a é o lado que não aparece
na figura. Precisamos relacionar y e x, o que é feito por meio da tangente do
ângulo 𝜃, já que
𝑦
𝑡𝑔(𝜃) =
e portanto, 𝑥
𝑦 = 𝑥 𝑡𝑔(𝜃)
Assim, a capacitância infinitesimal para um dos capacitores é
𝜀0 𝑑𝐴 𝜀0 𝑎 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝐶 = 𝑑𝐶 = 𝑑𝐶 = 𝑎𝜀0
𝑙 𝐿+𝑦 𝐿 + 𝑥 𝑡𝑔(𝜃)

Para calcular a capacitância total, devemos somar os capacitores. Como eles estão
em paralelo, isto é feito mediante integração das capacitâncias, desde x=0 até o
valor x=X, que é dado por
𝑋
𝑐𝑜𝑠(𝜃) =
𝑏
onde b é o comprimento do lado do capacitor que aparece na figura. Desta
expressão, temos
𝑋 = 𝑏 𝑐𝑜𝑠(𝜃)
e desse modo,
𝑋 𝑋 𝑋
𝑑𝑥 𝑑𝑥
∫ 𝑑𝐶 = ∫ 𝑎𝜀0 𝐶 = 𝑎𝜀0 ∫
𝐿 + 𝑥 𝑡𝑔(𝜃) 𝐿 + 𝑥 𝑡𝑔(𝜃)
0 0 0
𝑎𝜀0 𝑋
𝐶= [𝑙𝑛(𝐿 + 𝑥 𝑡𝑔(𝜃))]0
𝑡𝑔(𝜃)
𝑎𝜀0
𝐶= [ln(𝐿 + 𝑋 𝑡𝑔(𝜃)) − ln(𝐿)]
𝑡𝑔(𝜃)
𝑎𝜀0 𝐿 + 𝑋 𝑡𝑔(𝜃)
𝐶= ln [ ]
𝑡𝑔(𝜃) 𝐿
𝑎𝜀0 𝐿 + 𝑏 𝑐𝑜𝑠(𝜃) 𝑡𝑔(𝜃)
𝐶= ln [ ]
𝑡𝑔(𝜃) 𝐿
ou
𝑎𝜀0 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐶= 𝑙𝑛 [1 + 𝑏 ]
𝑡𝑔(𝜃) 𝐿
que é a capacitância do capacitor.

b) Quando 𝜃 é bem pequeno, podemos expandir o logaritmo em série de Taylor,


através de
𝑥2 𝑥3 𝑥4 𝑥𝑛
ln(1 + 𝑥) = 𝑥 − + − + ⋯ + (−1)𝑛+1 +⋯
2 3 4 𝑛
e, considerando os dois primeiros termos desta série, temos:
𝑎𝜀0 𝑏 𝑠𝑒𝑛(𝜃) 𝑏 2 𝑠𝑒𝑛(𝜃)2
𝐶≈ [ − ]
𝑡𝑔(𝜃) 𝐿 2 𝐿2
𝑎 𝑏 𝜀0 cos(𝜃) 𝑏 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐶≈ [1 − ]
𝐿 2𝐿
𝐴 𝑏 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝐶 ≈ 𝜀0 cos(𝜃) [1 − ]
𝐿 2𝐿
c) Note que, quando 𝜃 → 0, obtemos a capacitância
𝜀0 𝐴
𝐶=
𝐿
Como era esperado, pois 𝜃 = 0 corresponde ao capacitor paralelo usual.
4- Considere um condutor cilíndrico produzido a partir de liga nicromo (níquel-
cromo), que possui uma seção reta A=2x10-6 m² e um comprimento L=1,25m.
Esse condutor é enrolado e utilizado como resistência num aquecedor caseiro,
conhecido popularmente como “rabo quente” e será ligado em 110V. Responda o
que se pede:
a) Qual a resistência do fio a 20C?
b) Qual é a potência dissipada pelo fio ao ser ligado em uma tensão de 110V?
c) Em quanto tempo este dispositivo ferve 0,8 litros de água?
Solução: a) A resistência do fio pode ser obtida a partir da equação
𝐿
𝑅=𝜌
𝑆
e precisamos da resistividade da liga níquel-cromo à temperatura considerada.
Essa grandeza vale, segundo tabela consultada na referência
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicromo).

𝜌 = 1,0 × 10−6 𝛺. 𝑚
A resistência fica então:
1,25
𝑅 = 1,0 × 10−6
2,0 × 10−6
𝑅 = 0,625 𝛺

b) Para calcular a potência, podemos usar:

𝑉2
𝑃=
𝑅
1102
𝑃=
0,625
𝑃 = 19360𝑊
c) O volume de 0,8L de água corresponde a 0,8 dm³ , 0,8 x 10-³ m³ . Como a
densidade da água é
𝜌𝑎𝑔𝑢𝑎 ≅ 1000 𝑘𝑔/𝑚³

𝑚𝑎𝑔𝑢𝑎 ≅ 0,8 × 10−3 1000 = 0,8𝑘𝑔

Para que a água ferva, sua temperatura deve atingir 100°C, e lembrando que seu
calor específico vale
𝐽
𝑐𝑎𝑔𝑢𝑎 = 4180
𝑘𝑔 °𝐶
Vemos que precisamos transferir para ela uma quantidade de calor dada por:
𝑄 = 𝑚𝑐 ∆𝑇
𝑄 = 0,8 . 4180. (100 − 20)
𝑄 = 267520𝐽
Considerando que a potência dissipada pela resistência é constante, temos:
𝑄
𝑃=
∆𝑡
𝑄 267520
∆𝑡 = ∆𝑡 = ∆𝑡 = 13,82𝑠
𝑃 19360

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