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UTFPR – UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus Medianeira – PR
Medianeira DAMAT – Departamento de Matemática e Estatística
Curso: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I – 2019/1

Prof: Lucas S. Ribeiro


http://www.md.utfpr.edu.br/professores/index.php?idusuario=193

Viver a vida sabiamente


Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu
coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos
caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos;
sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus
a juízo.
Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua
mocidade, antes que venham os maus dias, e
cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não
tenho neles contentamento;

Eclesiastes 11: 9 e 12: 1

Agosto, 2019
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CONTEÚDO
1.  CONJUNTOS NUMÉRICOS ......................................................................................................... 4 
1.1  INTERVALOS NUMÉRICOS ................................................................................................ 5 
2.  FUNÇÕES ....................................................................................................................................... 6 
2.1  FUNÇÕES ALGÉBRICAS ..................................................................................................... 7 
2.1.1  FUNÇÃO POLINOMIAL ................................................................................................ 7 
2.1.2  FUNÇÃO MODULAR ................................................................................................... 11 
2.2  FUNÇÕES TRANSCENDENTES ........................................................................................ 15 
2.2.1  FUNÇÃO EXPONENCIAL ........................................................................................... 15 
2.2.2  FUNÇÕES LOGARÍTMICAS ....................................................................................... 15 
2.2.3  FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ............................................................................... 17 
2.2.4  FUNÇÕES HIPERBÓLICAS: ........................................................................................ 23 
2.3  FUNÇÃO INVERSA ............................................................................................................. 32 
2.4  FUNÇÃO COMPOSTA......................................................................................................... 37 
3.  LIMITE ......................................................................................................................................... 45 
3.1  LIMITES LATERAIS ............................................................................................................ 47 
3.2  LIMITES NO INFINITO ....................................................................................................... 48 
3.3  LIMITES INFINITOS ........................................................................................................... 50 
3.4  CÁLCULO DE LIMITES: LIMITES INDETERMINADOS ............................................... 52 
3.5  LIMITES NOTÁVEIS OU FUNDAMENTAIS .................................................................... 57 
3.6  CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO ............................................................................... 59 
4.  DERIVADA .................................................................................................................................. 65 
4.1  INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA E GERAL DA DERIVADA ..................................... 66 
4.2  REGRAS DE DIFERENCIAÇÃO ........................................................................................ 67 
4.3  DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA) .................................... 73 
Derivada da composta da função logaritmo natural................................................................... 75 
4.4  DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA .......................................................................................... 80 
4.5  DERIVADA DA FUNÇÃO INVERSA ................................................................................ 81 
4.6  DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NA FORMA PARAMÉTRICA ..................................... 84 
4.7  DERIVADAS DE ORDERM SUPERIOR OU SUCESSIVAS - f(n): Derivada de ordem n. 86 
4.8  DIFERENCIAIS E INCREMENTOS.................................................................................... 90 
4.9  TAXAS RELACIONADAS .................................................................................................. 92 
4.10 APLICAÇÕES DA DERIVADA: TEOREMAS SOBRE FUNÇÕES DERIVÁVEIS ......... 98 
4.10.1 REGRAS DE L’HSOPITAL .......................................................................................... 98 
4.10.2 TEOREMA DE ROLLE ............................................................................................... 105 
4.10.3 TEOREMA DO VALOR MÉDIO (OU DE LAGRANGE) ......................................... 107 
4.11 EXTREMOS DE FUNÇÕES: MÁXIMOS E MÍNIMOS ................................................... 109 

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4.12 ASSÍNTOTAS ..................................................................................................................... 114 
4.13 PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO ..................................................................................... 116 
5.  ANTIDERIVADA OU INTEGRAL INDEFINIDA................................................................... 124 
5.1  INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA INTEGRAL INDEFINIDA .............................. 125 
5.2  INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL ..................... 128 
5.3  INTEGRAL POR PARTES ................................................................................................. 133 
5.4  INTEGRAÇÃO DAS DERIVADAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS
135 
5.5  SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA EM INTEGRANDOS TRIGONOMÉTRICOS 139 
5.6  INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES SENO E COSSENO DE ARCOS DIFERENTES .......... 143 
5.7  INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR MEIO DE FUNÇÕES PARCIAIS ... 144 
6.  INTEGRAL DEFINIDA ............................................................................................................. 151 
6.1  SOMA DE REIMANN ........................................................................................................ 154 
6.2  TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO ................................................................ 157 
6.3  COMPRIMENTO DE ARCO .............................................................................................. 160 
6.4  VOLUME DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO .................................................................... 166 
6.5  ÁREA DE UM SÓLIDO DE REVOLUÇÃO ..................................................................... 168 
6.6  INTEGRAIS IMPRÓPRIAS ................................................................................................ 173 

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1. CONJUNTOS NUMÉRICOS

Os primeiros números conhecidos foram os números contáveis, ou seja, o conjunto dos


Números Naturais, representado por IN, isto é:

N = {0, 1, 2, 3, ...}

A = {x / x  N}

As operações com os números naturais foram responsáveis pela criação dos números
negativos, assim:

x+a=b => x = b – a,

onde a e b são números naturais.

Estes números, juntamente com os números naturais formam o conjunto dos Números
Inteiros, representado por Z, isto é:

Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

A = {x / x  Z}

A resolução de equações do tipo

a
bx = a => x
b

com a e b números inteiros onde b ≠ 0, pode levar ao surgimento de números não inteiros. Desta
a
forma, os números da forma com a e b números inteiros e b ≠ 0 formam um conjunto de
b
números, denominado Números Racionais, representado por Q. E os números (frações) decimais
infinitos não periódicos são denominados Números Irracionais, representados por I. São exemplos
de números irracionais: , e, 2 , 3 , 5 , ...

Observando a reta numerada, vemos que a todos os pontos foram atribuídos números. Temos,
então que, a reunião dos números racionais com os números irracionais se denomina conjunto dos
Números Reais, representado por R.

Como o cálculo envolve números reais, vejamos algumas definições e propriedades


fundamentais destes números, embora não tenhamos interesse em mostrar como estas propriedades
são tiradas dos axiomas e teoremas.

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a  b  b  a
1) Comutativa: a, b  R => 
a b  b a

a  (b  c)  (a  b)  c
2) Associativa:  a, b e c  R => 
a (b c)  (a b) c

 a  R,  0  R / a  0  0  a  a
3) Existência de elemento neutro: 
 a  R, 1  R / a  1  1  a  a

4) Elemento oposto:  a  R,  (  a )  R / a  (  a )  (  a )  a  0

5) Elemento inverso:  a  R,  (a 1 )  R / a  (a 1 )  (a 1 )  a  1

6) Distributiva:  a , b, c  R  a  (b  c )  a  b  a  c

1.1 INTERVALOS NUMÉRICOS

Intervalos são conjuntos infinitos de números reais. Geometricamente, correspondem a


segmentos de reta sobre um eixo coordenado. Por exemplo, se a < b, então o intervalo aberto de a
até b, denotado por (a , b), é o segmento de reta que se estende de a até b, excluindo-se os extremos;
e o intervalo fechado de a até b, denotado por [a , b], é o segmento de reta que se estende de a até b,
incluindo-se os extremos.

Estes intervalos podem ser expressos na notação de conjuntos como

(a , b) = {x  R / a < x < b}

[a , b] = {x  R / a < x < b}

. Um intervalo pode incluir um extremo, mas não outro. Estes intervalos são chamados semi-
abertos (ou, algumas vezes, semi-fechados). Além disso, é possível um intervalo estender-se
indefinidamente em uma ou em outra direção, escrevemos + no lugar do extremo direito, e para
indicar que o intervalo se estende indefinidamente na direção negativa, escrevemos -, no lugar do
extremo esquerdo. Os intervalos que se estendem entre dois números reais são chamados de
intervalos finitos, enquanto que os que se estendem indefinidamente em uma ou em ambas as
direções são chamados de intervalos infinitos.

Notação de intervalo Notação de conjunto Representação geométrica


[a , b] {x  R / a < x < b}
[a , b[ {x  R / a < x < b}
]a , b[ {x  R / a < x < b}
]- , b] {x  R / x < b}
]a , [ {x  R / x > a}
]-  , [ {x / x  R}
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2. FUNÇÕES
SITUAÇÕES - PROBLEMA

Identifique as variáveis envolvidas em cada situação e analise a veracidade das afirmações:


1- A área de um círculo depende da medida do raio da circunferência. Isto é, A = r². Portanto,
dizemos que A é uma função de r.

2- A população P de um país depende do tempo t. Isto é, com o passar do tempo a população pode
aumentar ou diminuir, então, dizemos que P é função de t.

3- Durante uma viagem de automóvel é feita uma tabela associando a cada hora a distância
percorrida pelo carro desde o início do percurso, medida em quilômetros marcados no odômetro.
Isso significa que a distância percorrida é função do tempo gasto no percurso. d  80 t

5- A medida do lado de um quadrado determina sua área, isto é, a área do quadrado é função da
medida do lado, ou seja, A   2 .

Definição: Uma função f é uma lei (uma relação) para a qual cada elemento x de um conjunto A faz
corresponder exatamente um elemento chamado f(x), em um conjunto B.

Exemplos:

a) A B b) A B

1 1 1 1
3 3 3 4
5 5 -3 9

A B
c) d)
2 1

-3 5

O termo função significa que há uma correspondência única e exprime uma relação de
dependência entre as grandezas.
Na prática, identificamos as grandezas com seus valores e dizemos que a variável y é função
da variável x. Muitas vezes, traduzimos a expressão y é função de x por: y depende de x; x
determina y ou ainda a cada x é associado um único y.
Muitas situações reais envolvem várias grandezas. Para expressarmos uma das grandezas em
função da outra, é necessário fixar (considerar constantes) as demais. Assim, o gráfico de uma
função y = f(x), é o conjunto dos pares ordenados (x, f(x)), e para cada valor de x existe um único
correspondente f(x).

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DOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO

Para identificarmos o domínio de uma função y = f(x), analisamos os valores que a variável
independente pode assumir, isto é, se ela tem alguma restrição ou não. O domínio de uma função é
o intervalo representado pela projeção do gráfico sobre o eixo das abscissas. E a imagem é o
intervalo representado pela projeção do gráfico sobre o eixo das ordenadas.

y
I y1
M y0
A y2
G
E y3
M

x0 x1 x2 x3 x
DOMÍNIO

CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES


As funções são classificadas em:

  Polinomiais
 
 A lg ébricas  Racionais   Inteiras
  
   Fracionárias

   Irracionais




   Exponencial
   Logarítmicas

 Transcende ntes 
   Trigonométricas diretas e inversas
   Hiperbólicas diretas e inversas

2.1 FUNÇÕES ALGÉBRICAS


2.1.1 FUNÇÃO POLINOMIAL

Seja f : R ––> R definida por f(x) = anxn + an–1xn – 1 + ... + a0, com ai, i = 0; 1; ... ; n,
constantes reais, an ≠ 0, n  N e n é o grau do polinômio. As funções constante, identidade, lineares
e quadráticas são exemplos de funções polinomiais.

y = -x + 1 y=x–1

Função do 1º grau. f(x) = ax + b

* O gráfico corta o eixo y em b.

* Se, a > 0, a função é crescente

e o gráfico é inclinado p/ direita.


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* Se, a < 0, a função é decrescente

e o gráfico é inclinado p/ esquerda.

Função do 2º grau: f(x) = ax² + bx + c y = x2 + 2x – 3


* O gráfico corta o eixo y em c. a>0
* Se, a > 0, a parábola tem concavidade para cima.
* Se, a < 0, a parábola tem concavidade para baixo.
* xv   b

e yv 
2a 4a

* f(x) = 0, tem-se as raízes ou zeros da função


y = -x² – 2x + 3 a<0

É possível também expressar x = f(y) e, neste caso, a função passa a ser escrita como x = ay2 + by +
c cujo gráfico tem a forma:
x = y2 +1 x = y2 – 2y – 3

Aplicações práticas das parábolas

Faróis de carros e/ou lanternas: Se colocarmos uma lâmpada no foco de um espelho com a
superfície parabólica e esta lâmpada emitir um conjunto de raios luminosos que venham a refletir
sobre o espelho parabólico do farol, os raios refletidos sairão todos paralelamente ao eixo que
contém o "foco" e o vértice da superfície parabólica. Esta é uma propriedade geométrica importante
ligada à Ótica, que permite valorizar bastante o conceito de parábola no âmbito do Ensino
Fundamental.

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Antenas parabólicas: Se um satélite artificial colocado em uma órbita geoestacionária emite um
conjunto de ondas eletromagnéticas, estas poderão ser captadas pela sua antena parabólica , uma
vez que o feixe de raios atingirá a sua antena que tem formato parabólico e ocorrerá a reflexão
desses raios exatamente para um único lugar, denominado o foco da parábola, onde estará um
aparelho de receptor que converterá as ondas eletromagnéticas em um sinal que a sua TV poderá
transformar em ondas que por sua vez significarão filmes, jornais e outros programas que você
assiste normalmente.

Radares: Os radares usam as propriedades óticas da parábola, similares às citadas anteriormente


para a antena parabólica e para os faróis.

Lançamentos de projéteis: Ao lançar um objeto no espaço (dardo, pedra, tiro de canhão) visando
alcançar a maior distância possível tanto na horizontal como na vertical, a curva descrita pelo objeto
é aproximadamente uma parábola, se considerarmos que a resistência do ar não existe ou é pequena.

Resistência dos materiais: O diagrama do momento fletor de uma viga submetida a uma caga
uniforme é uma parábola.

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Relação entre o discriminante e a concavidade

Podemos construir uma tabela que relaciona o sinal do discriminante com o sinal do coeficiente do
termo dominante da função polinomial.

a>0 a<0
Delta A parábola no plano cartesiano concavidade concavidade
(boca) para cima (boca) para baixo

 > 0 Corta o eixo horizontal em 2 pontos

 = 0 Toca em 1 ponto do eixo horizontal

<0 Não corta o eixo horizontal

Exemplos) y = x3 – x y = x4 – 5x² + 4

Aplicação da função Cúbica: Considere uma caixa em forma de paralelepípedo formada por
cortes de quadrados nos cantos de uma folha retangular medindo 16 por 30.

Solução:

x = comprimento dos lados dos quadrados cortados

V = volume (em cm³) da caixa resultante

V(x) = 480x – 92x² + 4x³

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2.1.2 FUNÇÃO MODULAR

 x, se x  0
O módulo de um nº é dado por | x |  
 x , se x  0

 x  1 , se x  1
Exemplo f(x) = | x + 1| = 
 x  1, se x  1

 x 2  4 , se x  2 ou x  2
Exemplo y = | x² – 4| =  2
 x  4 , se  2  x  2

 x  2 , se x  2
Exemplo f(x) = -| x – 2| = 
 x  2 , se x  2

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2.1.3 FUNÇÃO RACIONAL
p( x)
São funções definidas como o quociente de duas funções polinomiais, isto é, f ( x)  ,
q( x)
onde q(x) ≠ 0. O domínio da função racional é o conjunto dos reais excluindo todos os valores de x
tais que q(x) ≠ 0:

Aplicações da função racional:

1) Considere uma caixa de base quadrada (paralelepípedo) com tampa de forma que, cheia,
tenha V = 3m³ de água. Determine a função que calcula a área total desta caixa.

2 x3  12
Solução: At = 2x2 + 4xy; V = x2 y = 3 At   f ( x)
x

2) Se uma lata fechada com volume de 16 cm³ deve ter a forma de um cilindro circular reto,
Determine a função que calcula a área total da lata.

2 r 3  32
Solução: At = 2πr2 + 2πrh; V = πr2h = 16π At   f (r )
r

Função Crescente: Diz-se que uma função y = f(x) é crescente em um intervalo x ϵ [a, b], se, e
somente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes ao intervalo [a, b] tem-se: x2 > x1, f(x2) > f(x1). Isto
é, as variáveis são diretamente proporcionais.

Função Decrescente: Diz-se que uma função y = f(x) é decrescente em um intervalo x ϵ [a, b], se, e
somente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes ao intervalo [a, b] tem-se: x2 > x1, f(x2) < f(x1). Isto
é as variáveis são inversamente proporcionais.

Função Par: Uma função f : A  B é par se, para qualquer x pertencente A, tem-se f(x) = f(-x).
Numa função par, para valores simétricos do domínio, obtém-se a mesma imagem, o gráfico é
simétrico em relação ao eixo y.

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Função Ímpar: Uma função f : A  B é ímpar se, para qualquer x pertencente A, tem-se f(-x) = -
f(x). Numa função ímpar, para valores simétricos do domínio, obtém-se imagens opostas, o gráfico
é simétrico em relação à origem.

1
Exemplo1) Seja f (x)  .
x
D = ℝ∗ e im = ℝ∗
x2 > x1 ⇒ f(x2) < f(x1), logo, a função dada é
decrescente em D.
1 1
f ( x)   f (  x)     f (x)
( x) x
Logo, a função dada é ímpar.

Exemplo2) Seja f(x) = x2 + 1.


D = ℝ e im = 1, ∞
Para x < 0, x2 > x1 ⇒ f(x2) < f(x1), logo, a função dada é
decrescente.
Para x > 0, x2 > x1 ⇒ f(x2) > f(x1), logo, a função dada é
crescente.
f(-x) = (-x)2 + 1 = x2 + 1 = f(x)
Logo, a função dada é par.

Propriedades

Proposição 1: Toda função f cujo domínio é ℝ ou um intervalo I simétrico em relação à origem,


pode ser escrita como a soma de uma função par e uma função ímpar.

Demonstração: Sejam g e h duas funções obtidas de f e dadas por:

f ( x)  f ( x) f ( x)  f (  x)
g ( x)  e h( x) 
2 2

f ( x )  f ( x)
Note que g (  x)    g ( x)
2

E que h(-x) = h(x). Assim, g é uma função ímpar e h é uma função par. Para encerrar a prova note
que f(x) = g(x) + h(x). Uma função ímpar.

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Proposição 2: A soma de duas funções de mesma paridade mantém a paridade.

Demonstração: Sejam f e g duas funções ímpares definidas em ℝ ou um intervalo I simétrico em


relação à origem. Assim,

(f + g)(-x) = f(-x) + g(-x) = -f(x) – g(x) = -(f + g)(x)

De modo análogo, se f e g são duas funções pares,

(f + g)(-x) = f(-x) + g(-x) = f(x) + g(x) = (f + g)(x)

Proposição 3: O produto de duas funções f e g de mesma paridade é uma função par, isto é, se f e g
são funções pares ou ímpares, então a função h(x) = (f g)(x) é uma função par.

Demonstração : Sejam f e g duas funções ímpares definidas em ℝ ou um intervalo I simétrico em


relação à origem. Assim, f(-x) = -f(x) e g(-x) = -g(x), logo:

h( x )  f (  x )  g (  x )    f ( x )     g ( x )   f ( x )  g ( x )

De modo análogo, se f e g são duas funções pares,

h( x )  f (  x )  g (  x )  f ( x )  g ( x )

Proposição 4: O produto de duas funções f e g de paridades distintas é uma função ímpar.

Demonstração: Sejam f e g duas funções ímpares definidas em ℝ ou um intervalo I simétrico em


relação à origem. Assim, f(-x) = f(x) e g(-x) = -g(x), logo:

h( x )  f (  x )  g (  x )  f ( x )    g ( x )    f ( x)  g ( x )

Proposição 5: A derivada de uma função par é uma função ímpar e a derivada de uma função ímpar
é uma função par.

Demonstração: Seja f uma função par e considere a função g(x) = f’(x). Sendo f uma função par,
f(-x) = f(x) para todo 𝑥 ∈ ℝ. Derivando ambos os lados desta expressão, tem-se:

f '(-x) = f’(x) => -f’(-x) = f’(x) => -g(-x) = g(x)

ou seja, g(x) é uma função ímpar. A segunda parte da proposição é análoga.

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2.2 FUNÇÕES TRANSCENDENTES
2.2.1 FUNÇÃO EXPONENCIAL

Dado um número real “a”, tal que a > 0 e a  1, chamamos função exponencial de base “a” a
função f de R em R que associa a cada “x” real o número ax. f : R  R.

f(x) = k ax + b, com k e b  R, sendo y = b assíntota horizontal.

2.2.2 FUNÇÕES LOGARÍTMICAS

Considerando-se dois números “x” e “a” reais e positivos com a  1, a > 0 e x > 0, existe
sempre um número “y” tal que: ay = x. A esse expoente “y” damos o nome de logaritmo de “x” na
base “a” e definimos como:

y = loga (x)  ay = x

De modo geral: y = k loga (x) + b, em que k e b  R, sendo x = b assíntota vertical.

Aplicações de funções exponenciais e logarítmicas:

a) JURO COMPOSTO: Se a taxa de juros é de i por cento ao ano, pagável (isto é, composta) k
nk
 i
vezes ao ano, uma quantia C de dinheiro torna-se após n anos: M  C 1   .
 k

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Exemplo 1) Um homem deposita R$ 5000,00 a juros de 6% a.a. Em quanto tempo ele terá um
montante de R$ 8954,24.
a) se o juro é pagável anualmente;
b) se o juro é pagável trimestralmente?
Solução
a) M = 5000(1 + 0,06)t  8954,24 = 5000(1,06)t
logo t  10 anos

b) M = 5000(1+ 0,06/4)4t  8954,24 = 5000(1 + 0,015)4t


logo t  9 anos e 9 meses

b) CRESCIMENTO BIOLÓGICO

Muitas leis de crescimento biológico são representadas pela equação N  N o  R t , onde N é


o número de indivíduos de uma população no instante t, No é o número inicial de indivíduos da
população no instante zero e R > 0 é a taxa de crescimento.

Exemplo 2) O número de indivíduos de uma população de bactérias no instante t é definido pela


função f (t) = 30.31095t, sendo t o tempo dado em minutos. Em quanto tempo esta população chegará
a 11100 bactérias?

Solução

11.100 = 30 (31095 t)

370 = 31095t

log(370) = 1095t.log(3)

1095 t = log(370)/log(3)

t  0,29 s

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Exemplo 3) Certo tratamento médico consiste na aplicação, no paciente, de uma determinada
substância. A quantidade Q da substância que permanece no paciente, t horas após a aplicação, é
dada, em miligramas, por Q  2501 0,1t . Determine: (1,0 ponto)

a) A quantidade de substância em mg aplicada ao doente; Q(0) = 250 mg

b) A quantidade de substância em mg que permanece no paciente após 8 h. Q(8) = 3,017 mg

2.2.3 FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Definição (Função Trigonométrica): Dado um ângulo, cuja medida em radianos é x, chama-se de


função seno ou função cosseno a função que associa a cada 𝑥 ∈ ℝ uma única imagem chamada f(x)
e indica-se por:

f(x) = sen(x) ou f(x) = cos(x).

com D = ℝ e Im = [-1 , 1].

Genericamente escreve-se: f(x) = a sen(bx + c) + d ou f(x) = a cos(bx + c) + d

A função é periódica e o período é P  2 


b

b => é a frequência da função

d => é o deslocamento vertical

c => é o deslocamento horizontal

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Exemplo1) f(x) = 2sen(x) + 1 D = R; A = 2; im = [-1, 3]

sen( x)   
Exemplo 2) y  tg( x)  D  x  R / x   k ,  k  Z  e im = ℝ
cos(x)  2 

período = 

cos( x)
Exemplo 3) y  cotg( x)  D   x  R / x  k ,  k  Z  e im = ℝ
sen( x)

período = 

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1
Exemplo 4) y  sec( x)  período = π
cos( x)
  
D  x  R / x   k ,  k  Z  e im = ∞, 1 ∪ 1, ∞
 2 

1
Exemplo 5) y  cossec( x)  período = π
s en( x)
  
D  x  R / x   k ,  k  Z  e im = ∞, 1 ∪ 1, ∞
 2 

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Aplicações de funções trigonométricas:

Exemplo1)

Exemplo 2)

Exemplo 3) Conforme mostra a figura em anexo, uma câmera é montada em um ponto a 900 da
base de um foguete. Quando lançado, o foguete sobe verticalmente e o ângulo de elevação da
câmera é constantemente ajustado para seguir a base dele.

a) Expresse a altura como uma função do ângulo de elevação. x = 900tg()

b) Determine o domínio e a imagem da função.

c) Calcule a altura do foguete quando seu ângulo de elevação for  /3.


x = 1558,84m

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Exemplo 1) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função y = 2x + 4.

Solução: Neste caso não há nenhuma restrição para a variável x, que é a variável independente,
portanto:

D = {x  R / x = R} ou D=R

Im = {y  R / y = R} ou Im = R

1
Exemplo 2) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função y  .
x2

Solução: Aqui temos uma função racional, isto é, a variável independente está no
denominador. A restrição que temos é que:

x+20 => x  -2

D = {x  R / x  -2} ou D = R – {2}

Im = {y  R / y = R*}

Exemplo 3) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função y  2 x  4 .

Solução: Neste caso, temos uma função irracional, isto é, a variável está no radicando. A
restrição é que:

2x – 4  0 => x2

D = { x  R / x  2} ou D = [2 , )

Im = {y  R / y  0} ou Im = [0 , )

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Exemplo 4) Analise o domínio, a imagem e esboce o gráfico da função y² = x + 5.

Solução: Aqui temos que: y   x5

x+50 => x  -5

D = { x  R / x  -5} ou D = [-5 , )

Im = {y  R / y = R} ou Im = R

ou Im = (- , )

EXERCÍCIOS

1) Analise as seguintes funções determinando o domínio, a imagem e esboço do gráfico.

a) y = 8x  5 b) y = x 2  16

1
c) y = x 2  5x  4 d) y =
x 5 2

2 1 2
e) f ( x )  f) f ( x )  x 8
x 2

g) f(x) = 6 – 5x + x² h) y = ex + 1

i) f(x) = 2sen(x) j) f(x) = sen(2x)

k) y = 3cos(x) l) f(x) = cos(3x)

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2.2.4 FUNÇÕES HIPERBÓLICAS:

Certas combinações de ex e e-x aparecem frequentemente em aplicações da matemática que


recebem nomes especiais. Três destas funções são: seno hiperbólico, cosseno hiperbólico e tangente
hiperbólica. Os valores destas funções estão relacionados com as coordenadas dos pontos de uma
hipérbole equilátera. E vale salientar que estas funções não são periódicas.

x  cos(t )
Deve-se lembrar que as equações paramétricas  , com 𝑡 ∈ 0 , 2𝜋 , representam um
 y  sen(t )
círculo de raio unitário x² + y² = 1, pois x² + y² = cos²(t) + sen²(t) = 1.
x  cosh(t )
Analogamente, as equações  , com 𝑡 ∈ ∞ , ∞ , representam uma parte
 y  senh(t )
(metade direita) da curva x² – y² = 1 chamada hipérbole equilátera unitária. Esta é a razão pela
qual estas funções são chamadas de funções hiperbólicas.

Função Cosseno Hiperbólico:

e x  e x
definida por y  cosh( x)  , onde o D = ℝ e Im = [1, +[.
2

Função Seno Hiperbólico:

e x  e x
definida por y  senh( x)  , onde o D = ℝ e Im = R.
2

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OBSERVAÇÃO: Relação entre as funções exponenciais, com base e, e as funções seno


hiperbólico e cosseno hiperbólico.

ex e x ex e x
y ; y e y = senh(x); y ; y e y = cosh(x);
2 2 2 2

Função tangente hiperbólica:

e x  e x
definida por y  tgh( x)  , onde D = ℝ e Im = ]-1, 1[.
e x  e x

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Função Cotangente Hiperbólica:

e x  e x
definida por y  cot gh( x)  , onde D = ℝ* e Im = ]-, -1[  ]1, +[.
e x  e x

Função Secante Hiperbólica:


2
definida por y  sec h( x )  x  x , onde D = ℝ e Im = ]0, 1].
e e

Função Cossecante Hiperbólica:

2
definida por y  cos sec h( x)  , onde D = ℝ* e Im = ]-, 0[  ]0, +[.
e  e x
x

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Identidades das funções hiperbólicas:

i) cosh²(x) – senh²(x) = 1

ii) senh(x) + cosh(x) = ex

iii) cosh(x) – senh(x) = e-x

iv) 1 – tgh2(x) = sech2(x)

v) 1 – cotgh2(x) = cossech2(x)

vi) senh (x + y) = senh(x) cosh(y) + cosh(x) senh(y)

vii) cosh (x + y) = cosh(x) cosh(y) + senh(x) senh(y)

viii) senh(2x) = 2senh(x) cosh(x)

ix) cosh(2x) = cosh2(x) + senh2(x)

cosh( 2 x )  1
x) senh 2 ( x ) 
2

cosh( 2 x )  1
xi) cosh 2 ( x ) 
2

Aplicações das funções hiperbólicas:

As funções hiperbólicas surgem em movimentos vibratórios, dentro de sólidos elásticos, e


mais genericamente, em muitos problemas nos quais a energia mecânica é gradualmente absorvida
pelo meio ambiente. Elas também ocorrem quando um cabo flexível e homogêneo é suspenso entre
dois pontos, como as linhas telefônicas entre dois postes. Tais cabos formam uma curva chamada
catenária (em latim, catena significa “cadeia ou corrente”).

O CABO SUSPENSO

Um cabo flexível homogêneo é suspenso por suas extremidades em dois pontos de altura igual e a
única força atuando sobre ele é seu próprio peso. É claro que o cabo descreve uma curva, como
mostra a figura abaixo, obtida no site:

http://teachers.sduhsd.k12.ca.us/Activities/Matching/answers/Catenary.htm.

Qual a equação desta curva?

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Galileu (1564-1642) achava que era uma parábola. Jungius, em 1669, argumenta que Galileu estava
errado. Mas só em 1691 é que Leibniz, Huyghens e Johann Bernoulli dão sua equação, respondendo
a um desafio colocado por Jacob Bernoulli. Leibniz a chama de catenária (do latim catena que quer
dizer corrente).

A catenária, que é a curva descrita pelo cabo suspenso, é então o gráfico do cosseno hiperbólico:

 x
f ( x)  a cosh    b  a
a

H
onde a  e sendo  a densidade de massa do cabo; g a aceleração da gravidade e H é a tensão
g
no ponto mais baixo da curva.

Alguns exemplos da “natureza”

GRÁVIDA

OVO

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TEIA DE ARANHA

Aplicações da curva catenária para Física e Engenharia:

Ponte Hercílio Luz, Florianópolis, Brasil

TÚNEIS

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LÂMPADAS

IOGURTES E FERMENTOS

FUNDOS DE LATAS

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PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES

Função Injetora

Uma função f de A em B é injetora se, e somente se, dois elementos distintos quaisquer do
domínio de f possuem imagens distintas em B. Sendo x1  A e x2  A, temos: x1  x2, f(x1)  f(x2).

Função Sobrejetora

Uma função f de A em B é sobrejetora se, e somente se, Im(f ) = B, onde B é CD(f ).

Função Bijetora

Uma função f de A em B é bijetora se, e somente se, é injetora e sobrejetora.

Reconhecimento de função injetora, sobrejetora ou bijetora através do gráfico

Devemos analisar o número de pontos de interseção das retas paralelas ao eixo x, conduzidas
por cada ponto (0, y) em que y  B (contradomínio de f)

1º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um só ponto ou não cortar o gráfico, então a função é
injetora.

Exemplo 5)
f: R  R b) f: R+  R
f(x) = x f(x) = x2

2º) Se cada uma das retas cortar o gráfico em um ou mais pontos, então a função é sobrejetora.

Exemplo 6)
f: R  R b) f: R  R+
f(x) = x -1 f(x) = x2

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3º) Se cada uma dessas retas cortar o gráfico em um só ponto, então a função é bijetora.

Exemplo 7)
f: R  R b) f: R  R
f(x) = 2x f(x) = x3

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2.3 FUNÇÃO INVERSA

Seja uma função f bijetora, isto é, injetora e sobrejetora simultaneamente. A sua inversa
denotada por existe se o ponto (a , b) estiver no gráfico de f e o ponto (b , a) estiver no gráfico
de . Os ponto (a , b) e (b , a) são simétricos em relação à bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja,
os gráficos de f e são simétricos em relação à reta bissetriz y = x, e então o domínio de f torna-
se a imagem de e a imagem de f torna-se o domínio de .

MODO PRÁTICO: Para obtermos a inversa procedemos da seguinte forma:

a) trocamos x por yna função f ;

b) isolamos y.

IMPORTANTE: Função inversa não é inverso da função, isto é: .

Exemplo 8) Determinar a função inversa de f(x) = senh(x).

y  arc senh ( x )  x  senh ( y )

e y  e y e y  e y
x  senhy   x
2 2

2x = ey – e-y => 2x – ey + e-y = 0 ( ey)

2 x  (2 x) 2  4.1.(1)
2y y
e – 2xe –1 = 0 => e 
y

ey  x  x2 1

ey  x  x2 1 => ln e y  ln ( x  x 2  1)

y  ln ( x  x 2  1)  f 1 ( x)

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Exemplo 9) Seja y = 2x + 3. Determine a sua inversa, se existir.

x = 2y + 3 f y=x

x3
y 1 
2
f -1
x3
logo f 1 ( x) 
2

Gráficos de outras inversas

y = x3

y3 x y = 10x

y = log(x)

Funções Trigonométricas Inversas

y = sen(x) f -1(x) = arcsen(x)

     
D   ,  e im = [-1 , 1] im   ,  e D = [-1 , 1]
 2 2  2 2

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-1
y = sen(x) f (x) = arcsen(x)

  
D   ,  e im = [-1 , 1] im = R e D = [-1 , 1]
 2 2

y = tg(x) f -1(x) = arctg(x)

       
D    ,  e im = ]- , [ D = ]- , [ e im    , 
 2 2  2 2

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FUNÇÕES HIPERBÓLICAS INVERSAS

Função Arg Seno Hiperbólico: é definida por y = argsenh(x) = ln ( x  x 2  1) ,

onde o D = R e a Im = R.

Função Arg Cosseno Hiperbólico: é definida por y = argcosh(x) = ln ( x  x 2  1) ,

onde o D = [1, [ ea Im = [0, [.

 1 x 
Função Arg Tangente Hiperbólica: é definida por y = argtgh(x) = ln  ,

 1  x 

onde o D = ]-1, 1[ e a Im = R.

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 x 1 
Função Arg Cotangente Hiperbólica: é definida por y = argcotgh(x) = ln  ,

 x  1 

onde D = ]-, -1[ ou ]1, [ e a Im = R-{0}

1 1 x2 
Função Arg secante Hiperbólica: é definida por y = argsech(x) = ln ,
 x 
 

onde D = ]0, 1[ ea Im = R

1 1 x2 
Função Arg cossecante Hiperbólica: é definida por y = argcossech(x) = ln ,
 |x| 
 

onde D = R* e a Im = R*

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2.4 FUNÇÃO COMPOSTA

Existem muitas situações em que uma função depende de uma variável que, por sua vez,
depende de outra, e assim por diante. Podemos dizer, por exemplo, que a concentração de
monóxido de carbono na atmosfera, de uma determinada cidade, depende da quantidade de carros
que trafega por ela, porém a quantidade de carros varia com o tempo. Consequentemente, a
concentração de monóxido de carbono varia com o tempo.

Na linguagem de função dizemos que: a concentração de monóxido de carbono na atmosfera é uma


função da quantidade de carros, a quantidade de carros é uma função do tempo e, portanto, a
concentração de monóxido de carbono na atmosfera é uma função do tempo.

Dessa maneira, a concentração de monóxido de carbono na atmosfera, como função do tempo, é


uma função composta.

Nessas situações, compondo-se as funções de modo apropriado, podemos expressar a quantidade


original como função da última variável.

Definição: Sejam g: A  B e f: Im(g)  C. Definimos a composta de f com g e denotamos


por f  g , à função dada por
 f  g  ( x)  f  g ( x)  . A função h( x)  f  g ( x)  é, então,
denominada função composta de f com g, aplicada em x .

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Exemplo 1) Se vaza óleo de um navio tanque, a área da superfície do óleo aumenta com o tempo.
Supondo que o óleo se espalha formando sempre um círculo perfeito, a área de superfície do óleo é
função de seu raio r.

A = π r2 = f(r)

Como o raio aumenta à medida que mais óleo vaza, o raio também é uma função do tempo t.
Vamos então supor que que o raio seja dado pela função:

r = t + 2 = g(t)

Então, a área de superfície do óleo pode ser escrita como função do tempo pela substituição de r = t
+ 2 na expressão da área A = π r2.

A = f(t + 2) = π (t + 2)2

Neste caso estamos pensando em A como uma “função composta” ou uma “função de uma função”
que é escrito como:

A  f  g(t)     g (t)     t  2 
2 2

A(t )    t  2 
2

IMPORTANTE: A variável independente é dita argumento da função, assim, uma função apenas
da variável independente não pode der dita função composta.

f ( x)  x não é função composta

f (x) = cos(x) não é função composta

Exemplo 2) Sejam f ( x)  x e g(x) = x2 – 1, determine:

a) h(x) = f(g(x))

h( x )  f  x 2  1  x 2  1 => D = [1 , +∞[

b) h(x) = g(f(x))

 x   x
2
h( x )  g 1
=> D = [0 , +∞[
h( x )  x  1

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Exemplo 3) Vamos supor que certo organismo tenha forma esférica. Seu volume V pode ser obtido
4
a partir de seu raio r (em mm), isto é V  V ( r )   r 3 mm3. Suponhamos, ainda, que o raio varie
3
com o tempo (em s) e que a relação entre r e t seja dada por r = r(t) = 0,02t2. Então o volume V é
função de t, mediante
4 4
V  V( t )  (0,02 t 2 ) 3  0,000008 t 6
3 3

Exemplo 4) Imaginemos que uma mancha de óleo sobre uma superfície de água tenha a forma de
um disco de raio r (em cm). Então, sua área A (em cm2) é função do raio, sendo dada por:

A =A(r) =r2cm2

Por outro lado, considere que o raio cresça em função do tempo t (em min), obedecendo à seguinte
relação r = r(t) = 15t + 0,5cm.

Sem dificuldades, usando a noção de função composta, pode-se determinar a área ocupada
pela mancha em função do tempo. De fato, quando t varia a partir do instante inicial (t = 0), o raio
passa a crescer a partir de ro = 0,5cm. Como A = A(r) está definida para todos os valores de r  0,
podemos calcular a função composta:

A(t) = (15t + 0,5)2cm2

Exemplo 5) Dadas as funções f(x) = 4x – a e g(x) = 3x + 4. Calcule o valor de a para que f(g(x)) =
g(f(x)).

Solução: para que f(g(x)) = g(f(x))

4(3x + 4) – a = 3(4x – a) + 4 => a = -6

Exemplo 6) Seja f(x) = 3x + 2 e g(x) = 2x – 5. Calcule f -1(g(x)).

Solução: Neste caso, devemos fazer a composta e depois a inversa

f(g(x)) = 3(2x – 5) + 2 => f(g(x)) = 6x – 13

x  13
f 1 ( g ( x)) 
6

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EXERCÍCIOS: Achar o domínio e imagem das funções e esboçar o gráfico:

x2  9
1) y = 2x + 1 2) y 
x3

 3 se x  1
3) y   1 se 1  x  2 4) y  x  3
 4 se 2  x

5) y  x 2  9 6) y   2 x  x 2

3x  2 se x  1
7) y   2 8) y = x2 – 3x + 2
 x se 1  x

x2
9) y  10) y = 2x + 1
x 52

11) y  x  2 12) y = 3cos(x) – 1 p/ 0 < x < 2

1
13) x2 + y2 = 4 14) y 
x2

15) y = x3 + 2 16) y  3  x

1
17) y  18) y  x 2  x  6
x

2x  4
19) y  20) y = ln(x – 1)
x2

EXERCÍCIOS GERAIS

1) Ache a equação da reta que passa pelos pontos (3,4) e (-5,2)

2) Ache o ponto de intersecção das retas representadas pelas equações 3x – 4y + 6 = 0 e


x – 2y – 3 = 0

3) Calcular f -1(x), de y = 2x –1 e representá-las graficamente no mesmo plano cartesiano.

4) Uma panela, contendo uma barra de gelo a –400C, é colocada sobre a chama de um fogão. Nestas
condições, o gráfico abaixo nos mostra a evolução da temperatura da água em função do tempo.
Pergunta-se:

a) Qual é a lei que descreve essa evolução nos dois primeiros minutos? E nos oito minutos
seguintes? E nos dez minutos que se seguem?

b) O que significam as diferentes inclinações dos três segmentos que compõem o gráfico?
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5) Os cabos de um lado de uma ponte com cargas uniformemente distribuídas tomam a forma de
uma parábola. As torres de suporte dos cabos têm 60 m de altura e o intervalo entre as torres é de
600 m. O ponto mais baixo fica a 18 m do nível da ponte (conforme figura). Determine a função
que descreve o comprimento (L) dos fios e determine o comprimento de um dos fios de sustentação
situado a 100 m do centro da ponte. L = 22,67m

6) Na fabricação de um determinado artigo, verificou-se que o custo total foi obtido através de uma
taxa fixa de R$ 4.000,00, adicionada ao custo de produção, que é de R$ 50,00 por unidade.
Determinar:

a) a função que representa o custo total em relação à quantidade produzida;

b) o gráfico dessa produção;

c) o custo de fabricação de 15 unidades;

d) quantas unidades devem ser produzidas para que o custo total seja de R$ 5.250,00.

7) Um vendedor de carros recebe um ordenado fixo calculado em 5 salários mínimos mais uma
comissão de 2 salários para cada carro vendido.

a) Num dado mês qual foi seu ordenado total bruto?

b) No mês de abril ele recebeu 13 salários mínimos. Quantos carros ele vendeu neste mês?

8) João Carvoeiro e sua família trabalham para uma fábrica de carvão. O patrão paga R$ 0,20 por
saco de carvão produzido. Toda a comida da família é comprada no armazém do patrão, e dá um
total de 120,00 u.m. por mês. Quantos sacos de carvão a família terá de produzir para pagar a conta
do armazém?

9) O custo C de produção de x litros de uma certa substância é dado por uma função de x, com x 0,
cujo gráfico está representado abaixo:

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8
C(x)
7

6
520
5
400
4

0
1 2 3 4 5 6 78 8 9
x (litros)

Nessas condições, o custo de R$ 700,00 corresponde à produção de quantos litros?

10) Um homem deposita R$ 5000,00 a juros de 6% a.a. Em quanto tempo ele terá um montante de
R$ 8954,24.

a) se o juro é pagável anualmente; t  10 anos

b) se o juro é pagável trimestralmente? t  9 anos e 9 meses

Solução

a) M = 5000(1 + 0,06)t  8954,24 = 5000(1,06)t logo t  10 anos

b) M = 5000(1+ 0,06/4)4t  8954,24 = 5000(1 + 0,015)4t logo t  9 anos e 9 meses

11) Uma determinada população de bactérias no instante t é dado por P(t) = 3031095 t, sendo t o
tempo dado em minutos. Em quanto tempo esta população chegará a 11100 bactérias? t  0,29 s

12) Nível sonoro (N) de um som é o quociente entre suas intensidades i e i0, onde i0 é a menor
i
intensidade do som detectável pelo ouvido humano dado por N = 10 log   . A unidade do nível
 i0 
sonoro é o decibel (dB), sendo i (W/m2) a intensidade sonora. Submetido a níveis sonoros
superiores a 80 dB, o ouvido humano pode perder irrecuperavelmente a sensibilidade auditiva. No
interior de um consultório dentário, os motores funcionam de forma inadequada e o nível sonoro é
de 100dB. Considerando que a mínima intensidade sonora audível é i0 = 10-12 W/m2, determinar, a
intensidade sonora (i). logo, i = 10-2W/m2

13) Há dois sistemas comum para medir temperatura, Celsius e Fahrenheit. A água congela a 0 ºC e
a 32 ºF, e ferve a 100 ºC e 212 ºF.

a) Sendo as temperaturas Celsius (Tc) e Fahrenheit (Tf) expressas como uma função linear, encontre
5 x  160
Tc em função de Tf. TC 
9

b) Qual é a temperatura na qual a leitura em Celsius e Fahrenheit é a mesma? -40º

c) A temperatura normal do corpo humano é 98,6 ºF. Quanto é em ºC? TC = 37 ºC

d) Esboce o gráfico de Tc versus Tf e determine o domínio e a imagem.

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14) Conforme mostra a figura em anexo, uma câmera é montada em um ponto a 900 da base de um
foguete. Quando lançado, o foguete sobe verticalmente e o ângulo de elevação da câmera é
constantemente ajustado para seguir a base dele.

a) Expresse a altura como uma função do ângulo de elevação. x = 900tg()

b) Determine o domínio e a imagem da função.

c) Calcule a altura do foguete quando seu ângulo de elevação for  /3.


x = 1558,84m

15) O centro de gravidade de um golfinho saltador descreve uma parábola conforme o desenho.
Sendo assim, determine a altura máxima atingida pelo mesmo. 3,2 m

16) Um foguete experimental é disparado do topo de uma colina, toca a extremidade superior de
uma árvore, sem mudar sua trajetória e atinge o solo, conforme a figura anexa. Determine a altura
máxima atingida.

17) Segundo dados de uma pesquisa, a população de certa região do país vem decrescendo em
relação ao tempo t, contado em anos, aproximadamente, segundo a relação: P(t )  P(0)  4 0, 25t .
Sendo P(0) uma constante que representa a população inicial dessa região e P(t) a população t anos
após, determine quantos anos se passarão para que essa população fique reduzida à metade.
R: 2 anos

18) O lucro de uma empresa é expresso pela função L(x) = 100(10 – x)(x – 2), em que x é a
quantidade vendida num mês qualquer. Determine a quantidade vendida para maximizar o lucro,
diga qual é o lucro máximo obtido e faça um esboço completo do gráfico. R: 1600,00

19) Uma escada está encostada numa parede vertical formando com ela um ângulo de 60°. Sabendo
que o pé da escada está a uma distância de 5m da parede. Calcule o comprimento da escada.
R: 5,77m

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1
20) Combine cada função com seu gráfico correspondente: a) 5
x; b) y = 2x5 ; c) y   ;
x8
1
d) y = 8x; e) y  4 x  2 ; f) y 
8x

21) Sejam as funções f(x) = x² + 3 e g(x) = x . Determine f(g(x)) e g(f(x)).

22) Sejam as funções f(x) = ln(x), g(x) = x e h(x) = sen(x² + 1). Determine f(g(x)) e g(f(h(x))).

x
23) Seja f ( x)  ( x  1) . Verifique se f(x + 1) = f(x) + x.
2

24) Seja f(x) = ln(x), verifique se:

a) f(x) + f(y) = f(xy)

u v
b) f    f    2 f (u )  2 f (v)
v u

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3. LIMITE

Limite é um tema que está relacionado com todos os aspectos da nossa vida. Nós temos
limites tanto físicos quanto psicológicos, emocionais, etc.

Matematicamente o estudo de limite de uma função é muito importante, pois, possibilita a


análise de uma serie de informações sobre o comportamento do gráfico desta função, na
“vizinhança” de um ponto, por exemplo.

Na vida prática tem muita relevância. Por exemplo: considere o custo (y) de uma conta de
energia elétrica, sendo R$ 0,40 por kw/h o custo num determinado mês. Suponha que, no mês de
março, deseja-se ter uma conta de R$ 40,00 com uma tolerância de R$ 5,00 para mais ou para
menos. Qual a faixa de consumo x de energia elétrica em kw para que a conta fique dentro da
tolerância do custo estabelecido?

Solução: x = consumo de energia em kw; y = custo final da conta de energia

A função custo é: y = 0,4x com 35 < y < 45 e a < x < b

f(a) = 35 => 0,4a = 35 => a = 87,5


x  [87,5 ; 112,5]
f(b) = 45 => 0,4b = 45 => b = 112,5

Conta (y) 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

Consumo (x) 87,5 90 92,5 95 97,5 ? 102,5 105 107,5 110 112,5

Pode-se observar que há uma relação direta entre a tolerância do valor da conta de energia () com a
tolerância do consumo de energia elétrica (). Sendo assim, podemos escrever: seja uma tolerância
 > 0 (na conta y), é possível determinar uma tolerância  > 0 (consumo de energia) tal que:

| y – 40 | <  sempre que | x – 100 | < 

Nota-se que à medida que x se aproxima de 100, y se aproxima de 40, ou seja, quando x tende
para 100 (x 100), y tende para 40 (y 40). Simbolicamente escreve-se:

lim 0,4 x  40
x  100

Vemos que é possível fazer o valor de f(x) tão próximo de 40 quanto desejarmos, tornando x
suficientemente próximo de 100, isto é, podemos tornar o valor absoluto da diferença entre f(x) e 40
tão pequeno quanto desejarmos, tornando o valor absoluto da diferença entre x e 100
suficientemente pequeno.

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DEFINIÇÃO: Seja f(x) uma função definida num intervalo aberto I, contendo a, exceto
possivelmente no próprio a. Dizemos que o limite de f(x) quando x aproxima-se de a é L e
escrevemos,

lim f ( x)  L
xa

se para todo  > 0, existe um  > 0, tal que f ( x)  L   sempre que x  a   .

Exemplo 1) Provar que lim(3x  1)  2


x 1

(3x  1)  2   sempre que 0  x  1  

3x  3  

3 ( x  1)  

 
x 1    
3 3

então, (3x  1)  2   sempre que 0  x  1   .

Exemplo 2) Provar que lim(3x  1)  7


x 2

x2  9
Exemplo 3) Provar que lim 6
x3 x3
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3.1 LIMITES LATERAIS

Seja f uma função definida em um intervalo aberto I (a, c). Dizemos que um número real L é o
limite à direita da função f quando x tende para "a" pela direita, e escrevemos:

lim f ( x)  L isto é, todos os valores de x são sempre maiores do que "a".


x  a

Seja f uma função definida em um intervalo aberto I (a, c). Dizemos que um número real L é o
limite à esquerda da função f quando x tende para "a" pela esquerda, e escrevemos:

lim f ( x)  L isto é, todos os valores de x são sempre menores do que "a".


x  a

TEOREMA: Seja f uma função definida em um intervalo aberto I contendo a, exceto


possivelmente no ponto a, então:

lim f ( x)  L se e somente se: lim f ( x)  lim f ( x)  L


xa xa  xa

Lê-se: limite de f de x, quando x tende a a é L

Exemplos 4) Verifique se existe o limite da função f(x) = x² + 1, quando x tende a 1.

Solução: lim x 2  1 = (1)² + 1 = 2


x1

lim x 2  1 = (1)² + 1 = 2
x1

Como lim f ( x)  lim f ( x)  2 , logo, lim x 2  1  2


x 1 x 1 x 1

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 x  1, se x  1
Exemplo 5) Verifique se existe o limite de f ( x)   , em x = 1.
2  x , se x  1

Solução:

lim x  1 = 1 + 1 = 2
x 1

lim 2  x = 2 – 1 = 1
x 1

Como lim f ( x)  lim f ( x) , Logo, lim f ( x )  não existe


x 1 x 1 x 1

3.2 LIMITES NO INFINITO

Uma função f(x) tem limite b quando x tende ao infinito positivamente, se para qualquer
número  positivo por pequeno que seja, é possível indicar um M positivo, tal que, para todo x que
satisfaz x > M se verifica | f(x) – b | < . Isto é,

lim f ( x)  b     0,  M  0 tal que | f ( x)  b |   se x  M


x  

Geometricamente:

Uma função f(x) tem limite b quando x tende ao infinito negativamente, se para qualquer
número  positivo por pequeno que seja, é possível indicar um N negativo, tal que, para todo x que
satisfaz x < N se verifica | f(x) – b | < . Isto é,

lim f ( x)  b     0,  N  0 tal que | f ( x)  b |   se x  N


x  

Geometricamente:

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x
Exemplo 6) Considere a função f ( x )  . Pelo gráfico de f(x) podemos notar que o limite é
x 1
aproximadamente igual a 1. Este fato é escrito da seguinte forma

 x 
lim    1
 x 1
x  

Solução:   > 0,  N < 0 tal que | f(x) – 1 | <  se x < N.

1
x | x 1| 
1   se xN 
x 1
1
 Por propriedade de módulo :
x 1
1
 1 1
| x 1| x 1    x  1 
 

1
Como x < N, logo, N  1 

Se,  = 0,01 => N = -101

DEFINIÇÃO: Seja f: B  R uma função, B um conjunto que não é limitado superiormente


(inferiormente) e L  R. Dizemos que

lim f ( x)  lim f ( x)  L
x   x  

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3.3 LIMITES INFINITOS

Uma função y = f(x) torna-se infinitamente grande positivamente quando x  a se o valor de


f(x) se torna e permanece maior do que qualquer número positivo M devidamente escolhido, por
maior que seja. Isto é,

lim f ( x)     M  0,    0 tal que f ( x)  M sempre que | x  a |  


xa

Geometricamente:

Uma função y = f(x) torna-se infinitamente grande negativamente quando x  a se o valor de


f(x) se torna e permanece menor do que qualquer número negativo N devidamente escolhido, por
maior que seja. Isto é,

lim f ( x)     N  0,    0 tal que f ( x)  N sempre que | x  a |  


xa

Geometricamente:

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 2 
Exemplo 7) Determine lim  
x  1  x  1

Solução:

lim f ( x)     M  0,    0 tal que f ( x)  M sempre que | x  a |  


xa

2
M sempre que | x 1|  
x 1

2 2
| x 1|  
M M

se  = 0,01 => M = 200

2 2 2
lim    
x 1 x 1 11 0

Propriedades dos Limites

P1) lim c  c
xa

P2) lim x  a
xa

P3) lim c  f ( x)  c  lim f ( x)


xa xa

P4) lim
xa
 f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x)
xa xa

P5) lim  f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x)


xa xa xa

f ( x) lim f ( x)
xa
P6) lim 
xa g ( x) lim g ( x)
xa

n
P7) lim  f ( x)   lim f ( x)
n
xa  x  a 

P8) lim n f ( x)  n lim f ( x)


xa xa

P9) lim log b f ( x)  log b lim f ( x) com f(x) > 0


xa xa

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3.4 CÁLCULO DE LIMITES: LIMITES INDETERMINADOS

No estudo do limite de uma função é considerada uma indeterminação quando ocorrer uma
das seguintes situações:

0 
0, ,  , 1 ,    ,  0 e 00.
0 

Para evitarmos (ou sairmos de) uma indeterminação de limite devemos simplificar a função.

x 2  8 x  16
Exemplo 8) Calcule o limite de lim .
x  4 x4

(4) 2  8(4)  16 0
Solução: lim  indeterminação.
x  4 44 0

x 2  8 x  16 ( x  4) 2
lim  lim  lim x  4   4  4  0
x  4 x4 x  4 x4 x  4

x2
Exemplo 9) Calcule lim .
x4 x4

Solução:

42 0
lim  indeterminação.
x4 44 0

x2 x 2 x4 1 1 1
lim   lim  lim  
x4 x4 x 2 x4
( x  4)( x  2) x4
x 2 22 4

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3
x 1
Exemplo 10) Calcule lim
x 1
x 1

3
x 1 0
Solução: lim  indeterminação
x 1
x 1 0

Definindo x = t6. Se x  1, então, t  1, assim:

3
t 6 1t 2 1 t 1 2
lim  lim 3  lim 2 
t 1 t 1 t  1 t 1 t  t  1 3
t 1
6

 2x 2  5
Exemplo 11) Calcule lim
x   5 x 2  3x

 2x 2  5 
Solução: lim  indeterminação
x   5 x  3x
2

Colocando x² em evidência, obtemos:

5
2
x2 2
lim  
x 3 5
5
x

x 1  2
Exemplo 12) Calcule lim
x 3 x3

x 1  2 0
Solução: lim  indeterminação
x 3 x3 0

Multiplicando numerador e denominador pelo conjugado, obtemos:

x 1  2 x 1  2 x3 1
lim   lim 
x 3 x3 x 1  2 x 3
( x  3) ( x  1  2 ) 2 2

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EXERCÍCIOS

1) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:

a) lim f ( x ) = b) lim f ( x ) = c) lim f ( x) =


x3 x3 x 3

d) f(3) = e) lim f ( x) = f) lim f ( x) =


x   x  

2) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:

a) lim f ( x ) = b) lim f ( x ) = c) lim f ( x) =


x0 x0 x0

d) f(0) = e) lim f ( x) = f) lim f ( x) =


x   x  

3) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:

a) lim f ( x ) = b) lim f ( x ) = c) lim f ( x) =


x0 x0 x0

d) f(0) = e) lim f ( x) = f) lim f ( x) =


x   x  

4) Para a função cujo gráfico está na figura em anexo determine:

a) lim  f ( x ) = b) lim  f ( x) = c) lim f ( x) =


x  4 x  4 x  4

d) f(-4) = e) lim f ( x) = f) lim f ( x) =


x   x  

 x 2  1, se x  1

5) f ( x)   x lim f ( x) resp: ñ existe
 , se x  1
x 1
2

2 x  1, se x  0
6) f ( x)   lim f ( x) resp: ñ existe
 0 , se x  0 x0

x2  4
7) lim resp: 4
x2 x  2

1 x2
8) lim resp: 2
x 1 1  x

 x  2 , se x  2
9) f ( x)   2 lim f ( x) resp: 4
 x , se x  2 x2

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x 2  2x
10) lim resp: -2
x 2 x  2

x3  x
11) lim resp: -1
x 0 x2  x

x 3  2 x 2  5x  6
12) lim rep: 15
x 2 x2

2 x 4  x 3  5x 2  2 x
13) lim resp: 3
x 1 x2  x

14) lim  2 x 4  3x 2  x  8 resp: -8


x 1

2x 2  x  1
15) lim resp: 4/7
x 1 2x  5

x2  x  6
16) lim resp: 5/4
x 2 x2  4

17) lim 2 x 2  1  x 2  1 resp: 


x 

x3  1
18) lim resp: 3
x 1 x  1

x2  4
19) lim 3 resp: 1/3
x 2 x  8

x2  4  2
20) lim resp: 0
x 0 x 2  3x

2x  1
21) lim resp: 
x 4 ( x  4) 6

2x3  4x 2  1
22) lim resp: 2
x  x 3  x 2  x  1

x2  x  3
23) lim resp: ½ e -½
x  2x  1

3
x3  x 1
24) lim resp: 1
x  x3

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x3
25) lim resp: 1/2
x  
x  x3 x
2

26) lim arctg ( x ) resp: /2


x 

1 3
27) lim  resp: 
x1 x 1 1 x

3
x 1
28) lim 4 resp: 4/3
x 1
x 1

3
x2  23 x 1
29) lim resp: 1/9
x 1 ( x  1) 2

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3.5 LIMITES NOTÁVEIS OU FUNDAMENTAIS

0 
Os limites fundamentais auxiliam no cálculo de limites indeterminados do tipo , 1 e 0.
0

 sen( x) 
I) Proposição lim    1
x0  x 

TEOREMA DO CONFRONTO OU SANDUÍCHE: Suponhamos que g(x) < f(x) < h(x) para
qualquer x em um intervalo aberto contendo c, exceto possivelmente em x = c. Suponha também
que:

lim g ( x)  lim h( x)  L , então, lim f ( x)  L


xc xc xc


Para mostrarmos que a proposição I é verdadeira vamos considerar 0  x  , com x = .
2

Área OAP < área do setor OAP < área OAT


y

Pode-se expressar as áreas em termos de  da seguinte maneira: 1


T
1 1 1 P
Área OAP = b  h  (1 ) sen( )  sen( )
2 2 2 tg()
1 sen()
1 1 1
Área do setor OAP = r 2   (1 )  
2 2 2  cos() x
0 Q A(1,0)
1 1 1
Área OAT = bh  ( 1 ) tg ( )  tg ( )
2 2 2

1 1 1
Logo, sen( )    tg ( )
2 2 2

multiplicando por 2, obtém-se:

sen( )
sen() <  < tg() => sen( )   
cos( )
 1
dividindo por sen(), obtemos: 1 
sen( ) cos( )

sen( )
invertendo as frações, temos: 1   cos( )

Aplicando o limite, obtemos: lim 1  lim cos( )  1


 0  0

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 sen( ) 
Conclusão: lim    1
 0   

 sen ( f ( x)) 
De modo geral pode-se escrever: lim    1
f ( x)  0
 f ( x) 

 1  cos ( f ( x)) 
II) Proposição lim    0
f ( x)  0
 f ( x) 

1  cos( x )
Caso Particular: lim  0
x0 x

 x
Substituindo-se 1 – cos(x) = 2 sen 2  
2

x  x  x
2 sen 2   sen 2   sen 
1  cos( x)  2   lim 2  2   sen x 
lim  lim  lim  
x0 x x0 x x0 x x0 x 2
2 2

 x
sen 
 lim  2   lim sen x   1  0  0
 
x0 x x0
2
2

1  cos( x )
Finalmente: lim  0
x0 x

III) Proposição lim


x0
1  x   e
1
x

x
 1
IV) Proposição lim 1    e
x  x

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a f ( x)  1
V) Proposição lim  ln(a)
f ( x)  0 f ( x)

a x 1
Caso Particular: lim  ln(a)
x0 x

Substituindo u = ax – 1 => ax = u + 1

ln(u  1)
ln(ax) = ln(u + 1) => x ln(a) = ln(u + 1) => x
ln(a)

se x  0, u  0, assim:

u u ln(a) ln(a) ln(a) lim ln(a)


u 0
lim      ln(a )
u  0 ln(u  1) ln(u  1) ln(u  1) 1 1

ln(u  1) u
lim ln(u  1) u
ln(a) u u 0

a x 1
Finalmente: lim  ln(a)
x0 x

3.6 CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO

Continuidade de uma função num ponto

Ponto interior: Uma função y = f(x) é contínua em um ponto interior c do seu domínio quando:

( I )  f (c )
( II )  lim f ( x)
xc

( III ) lim f ( x)  f (c)


xc

Continuidade num intervalo: Uma função y = f(x) é contínua à direita em x = a ou é contínua à


esquerda em x = b, então a função é contínua no intervalo fechado x  [a , b].

lim f ( x )  f ( a ) ou lim f ( x )  f (b)


x  a x  b

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TEOREMA: Se a função f(x) não é definida para x = a e se o lim f ( x)  L , então, a função f(x)
xa

será contínua em x = a se o valor L for atribuído à f(x) para x = a. Isto é:

 f ( x) , se x  a
f ( x)  
 L, se x  a

x2 1
Exemplos 16) Analise a continuidade da função f ( x) 
x 1

Solução: D = R – {1}. Não é definida em x = 1.

 x 2 1 ( x  1) ( x  1)
lim   
 lim  lim x  1  2
x 1
 x 1  x 1 x 1 x 1

lim f ( x)  f (1) , portanto, a função dada tem descontínua removível em x = 1.


x 1

 x2 1
 , se x  1
Redefinindo a função, obtemos: f ( x)   x  1
 2 , se x  1

 x3 , se x  1
Exemplo 17) Analise a continuidade da função: f ( x)  
 x  1 , se x  1

Solução: Seja a  R.

se a > -1, temos f(a) = a + 3

lim x  3  a  3
xa

se a < -1, temos f(a) = -a + 1

lim  x  1   a  1
xa

se a = -1, temos f(-1) = -1 + 3 = 2

lim x  3  2 , lim  x  1  2 , logo, lim f ( x )  2


x  1 x  1 x  1

A função dada é contínua em todos os pontos do seu domínio.

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 1
 , se x   2
Exemplo 18) Analise a continuidade da função: g ( x)   x  2
 3 , se x  2

Solução: D = R – {-2}

1
lim  
x  2 x2

portanto, a função dada tem uma descontínua essencial em x = -2.

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EXERCÍCIOS

1) Analise as seguintes funções, verificando a continuidade.

 x 2  1 , se x  1
a) f ( x)  
4  x , se x  1

 x  3 , se x   2
b) f ( x)  
 2 , se x   2

3
c) f ( x) 
x2  x  6

x 1
d) f ( x)  2
x x2

e) f ( x)  x  4

2x
f) y 
x 1

x 1
g) y 
x

2) Calcule os seguintes limites:

sen(5 x)
a) lim resp: 5
x0 x

b) lim x. cos ec( x) resp: 1


x0

6
c) lim x sen  resp: 0
x 0  x

 x  3
d) lim sen  resp: 
x 
 2  3x  2

sen(9 x) 3
e) lim resp:
x0 sen(15 x) 5

sen(8 x)
f) lim resp: 4
x0 sen(2 x)

sen( x)
g) lim resp: 0
x 0 7 x

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 2 x  3 2
h) lim 3 cos  resp:
x
 8x  2  2

 3 x 
i) lim 2 cos  resp: 0
x
 1  2x 

 x 
j) lim 2sen  1 resp: 1,19
1 x
2
x

tg ( x )  sen ( x )
k) lim resp: ½
x0 x3

l) lim ln( x  1)  ln( x)  resp: 0


x

sen ( x )  sen ( 2)
m) lim resp: cos(2)
x2 x2

x  1  e2x
n) lim resp: 3/2
x0 2x

1  2 cos( x)  cos( 2 x)
o) lim resp: -1
x0 x2

e sen( x )  1
p) lim resp: ½
x0 sen(2 x)

1  tg ( x)
q) lim resp: 2
x
 cos( x)  sen( x)
4

e 2 x2  1
r) lim resp: 2/5
x 1 e 5 x 5  1

x 2  3sen( x)
s) lim resp: -3
x0 x

ln( x )  ln(3)
t) lim resp: 1/3
x3 x3

u) lim 1  3 tg 2 ( x) 
cot 2 ( x )
resp: e3
x0

v) lim  x  x  x  resp: ½
x  

2x  5x 2
x) lim resp: ln 
x0 sen(2 x)  sen( x) 5
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4  3x  4  5x 3
z) lim resp: 4 ln 
x0 sen( x) 5

16  3 x  16
aa) lim resp: 16 ln(3)
x 0 ex 1

3 x2  9
bb) lim resp: 9 ln(3)
x 0 ln( x  1)

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4. DERIVADA

Introdução: A reta tangente

Seja f uma função contínua e P(x, f(x)) um ponto sobre


a curva y = f(x). Analisaremos agora, o cálculo da
inclinação (coeficiente angular) da reta tangente à curva
traçada por f no ponto P. Para analisarmos esta questão,
escolhemos um número pequeno x = x – xo, diferente de
zero. Sobre o gráfico, marcamos o ponto Q(x+x,
f(x+x)). Traçamos uma reta secante que passa pelos
pontos P e Q. A inclinação desta reta é dada por:

f ( x  x )  f ( x )
m PQ  (quociente de Newton)
x

Vamos fixar o ponto P, e Q ao longo da curva, aproximando-se de P. Logo, x  0 (dizemos


que x tende a 0). Note que a reta secante PQ se aproxima a uma posição limite. Desejamos que
essa posição limite seja a reta tangente. Assim, caso a reta tangente à curva de f no ponto P exista,
f ( x  x )  f ( x )
m PQ também se aproxima do coeficiente angular desta reta: m  lim .
x  0 x

Derivada de uma função y = f(x) num ponto em que x = x0

Considere a figura acima, que representa o gráfico de uma função y = f(x), definida num
intervalo de números reais.

A operação para encontrarmos a derivada de uma função chama-se diferenciação. Calculamos


a derivada utilizando o conceito de limites: aplicando a fórmula:

f ( x  x )  f ( x )
f ' ( x )  lim
x  0 x

lê-se: derivada de f em relação a x.

xo = valor inicial no eixo x; f(xo) = valor inicial no eixo y

x = valor final no eixo x; f(x) = valor final no eixo y

x = x - xo; y = f(x) - f(xo) variações de x e y

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4.1 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA E GERAL DA DERIVADA

* Genericamente, a Derivada de uma função y = f(x) num ponto x = xo pode ser entendida
como a taxa instantânea da variação de y em relação a x no ponto (xo ; yo).

* Geometricamente, a derivada de uma função f num ponto xo é o coeficiente angular da


reta tangente ao gráfico de f no ponto de abscissa xo.

Notações para a derivada de uma função y = f(x):

dy
f'(x), fx(x), Dxf(x), y’ e
dx

Se a função é diferenciável em xo, então a equação da reta tangente ao gráfico da função f no


ponto (xo , f(xo)) é:

y = f’(xo)(x – xo) + f(xo)

Exemplo 1) Determinar a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = 3x2 – 12 no ponto (1 , -9).

f ( x  x )  f ( x )
Solução: f ' ( x)  lim
x  0 x

3( x  x) 2  12  (3 x 2  12) 3 x 2  6 xx  (x) 2  12  3 x 2  12


f ' ( x)  lim  lim
x  0 x x  0 x

6 xx  (x) 2 (6 x  x) x


 lim  lim  lim (6 x  x)
x  0 x x  0 x x  0

f ' ( x)  6 x

f’(1) = 6(1) = 6

y = f’(xo)(x – xo) + f(xo)

y = 6(x – 1) – 9

y = 6x - 15

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INTERPRETAÇÃO MECÂNICA DA DERIVADA

Velocidade Aceleração
Velocidade média Aceleração média
instantânea instantânea
S S ds v v dv
v v  lim  a  a  lim 
t t  0  t dt t t  0 t dt

4.2 REGRAS DE DIFERENCIAÇÃO

Derivada da Função Constante

k k
y=k => y’ = 0 y '  lim  0
x  0 x

Derivada da Função Identidade

x  x  x
y=x => y’ = 1 y '  lim  1
x  0 x

Derivada da Função Potência

( x  x) n  x n
y = xn => y’ = n xn – 1 y '  lim
x  0 x

Pelo binômio de Newton tem  se que :


n(n  1) n 2
( x  x) n  x n  n x n 1x  x (x) 2  ...  n x (x) n 1  (x) n
2

n(n  1) n 2
x n  n x n 1x  x (x) 2  ...  n x (x) n 1  (x) n  x n
y '  lim 2
x  0 x

n(n  1) n  2
n x n 1x  x (x) 2  ...  n x (x) n 1  (x) n
y '  lim 2
x  0 x

n(n  1) n  2
y '  lim n x n 1  x (x)  ...  n x (x) n  2  (x) n 1  n x n 1
x  0 2

( x  x) n  x n
Finalmente: y '  lim  n x n 1
x  0 x

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Derivada do produto de uma constante por uma função

Seja g(x) = k f(x) => g’(x) = k f’(x)

k f ( x  x )  k f ( x ) f ( x  x )  f ( x ) f ( x  x )  f ( x )
g ' ( x )  lim  lim k  k lim
x  0 x x  0 x x  0 x

g ' ( x)  k f ' ( x)

Derivada da soma e diferença de funções

Seja h(x) = f(x)  g(x) => h’(x) = f’(x)  g’(x)

h' ( x )  lim
f ( x  x )  g ( x  x )   f ( x)  g ( x) 
 lim
f ( x  x )  f ( x )  g ( x  x )  g ( x )
x  0 x x  0 x

f ( x  x )  f ( x ) g ( x  x )  g ( x )
h' ( x )  lim  lim
x  0 x x  0 x

Finalmente: h’(x) = f’(x)  g’(x)

Derivada do Produto de funções

Seja f(x) = u(x)v(x) => f’(x) = u’v + u v’

u ( x  x) v( x  x)  u ( x) v( x)
f ' ( x)  lim
x  0 x
somando e subtraindo, no numerador , o termo u ( x) v( x  x) tem  se que :

u ( x  x) v( x  x)  u ( x) v( x)  u ( x) v( x  x)  u ( x) v( x  x)


f ' ( x)  lim
x  0 x

u ( x  x) v( x  x)  u ( x) v( x  x)  u ( x) v( x  x)  u ( x) v( x)


f ' ( x)  lim
x  0 x

v( x  x)  u ( x  x)  u ( x) u ( x) v( x  x)  v( x)


f ' ( x)  lim  lim
x  0 x x  0 x

Finalmente: f’(x) = u’(x) v(x) + u(x) v’(x)

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Derivada do Quociente de funções

u ( x) u ' v  u v'
Seja f ( x)  => f ' ( x) 
v( x) v2

u ( x  x) u ( x) u ( x  x) v( x)  u ( x) v( x  x)



v( x  x) v( x) v( x  x) v( x)
f ' ( x)  lim  lim
x  0 x x  0 x

u ( x  x) v( x)  u ( x) v( x  x)
f ' ( x)  lim
x  0 v( x  x) v( x) x
somando e subtraindo, no numerador , o termo u ( x) v( x) tem  se que :

u ( x  x) v( x)  u ( x) v( x  x)  u ( x) v( x)  u ( x) v( x)
f ' ( x)  lim
x  0 v( x  x) v( x) x

v( x) u ( x  x)  u ( x)  u ( x) v( x  x)  v( x)


f ' ( x)  lim
x  0 v( x  x) v( x) x

f ' ( x)  lim
v( x)  u ( x  x)  u ( x)  lim u ( x) v( x  x)  v( x)
x  0 v( x  x) v( x) x x  0 v( x  x) v( x) x

u ' v  u v'
Finalmente: f ' ( x) 
v2

Derivada da Função Exponencial

Seja y = ax => y’ = ax ln(a)

dy a x  x  a x a x (a x  1) a x  1
 lim  lim  a x lim
dx x  0 x x  0 x x  0 x

dy
Finalmente:  a x ln(a )
dx

No caso particular de:

y = ex => y’ = ex

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Derivada da Função Logarítmica

dy 1
Seja y = loga x =>  log a x
dx x

 x  x 
log a  
dy log a ( x  x )  log a x  x  1  x  x 
 lim  lim  lim log a  
dx x  0 x x  0 x x  0 x  x 

1
  x  x x 1
 lim log a 1   substituin do  , x  0 , u 
x  0
 x  x u

1
u u
 1 x 1  1
= lim log a 1    lim log a 1   por limite notável
u 
 u u  x
 u

dy 1
Finalmente:  log a e
dx x

No caso particular de:

1
y = ln(x) => y' 
x

Derivada da Função Seno

Seja y = sen(x) => y’ = cos(x)

dy sen ( x  x )  sen( x) sen( x ) cos( x )  sen ( x ) cos( x)  sen ( x )


 lim  lim
dx x  0 x x  0 x

sen ( x ) cos( x )  1  sen( x) cos( x)


 lim
x  0 x

sen( x ) cos( x)  1 sen (x ) cos( x )


= lim  lim por limite notável
x  0 x  x  0 x

dy
Finalmente:  cos(x )
dx

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Derivada da Função Cosseno

Seja y = cos(x) => y’ = -sen(x)

dy cos( x  x)  cos( x) cos( x) cos(x)  sen( x) sen(x)  cos( x)


 lim  lim
dx x  0 x x  0 x

cos( x) cos(x)  1  sen( x) sen(x)


 lim
x  0 x

cos( x) cos(x)  1 sen( x) sen(x)


 lim  lim , por lim ite notável :
x  0 x x  0 x

dy
Finalmente:   sen(x )
dx

Derivada da função tangente

Seja y = tg(x) => y’ = sec²(x)

sen( x)
A função tangente é escrita como uma razão y  tg ( x)  , logo sua derivada pode ser
cos( x)
dy u ' v  u v'
encontrada pela regra do quociente, assim,  .
dx v2

dy cos( x) cos( x)  sen( x) sen( x) 1


 2

dx cos ( x) cos 2 ( x)

dy
Finalmente:  sec 2 ( x )
dx

 A derivada das demais funções trigonométricas pode ser obtida, com facilidade, a partir
das regras de derivadas já demonstradas.

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EXERCÍCIOS

1) Uma partícula percorre uma curva obedecendo à equação horária S = 3t2 (SI).
Determine a sua velocidade no instante t = 5 s. R: v(5) = 30 m/s

2) Um ponto material descreve uma curva tendo para equação horária S  t (SI).
Determinar a sua velocidade no instante t = 1,5s. R: v(1,5) = 0,42 m/s²

3) Um ponto em movimento tem equação da velocidade v  t  t 2 (SI). Encontrar sua aceleração


no instante t = 1s. R: a(1) = 2,5 m/s²

4) Encontrar a aceleração no instante t = 8s de um ponto que tem velocidade variável segundo a


expressão v  t  3 t (SI). R: a(8) = 1,08 m/s²

5) Determinar a equação da reta normal ao gráfico de f ( x)  x  2 no ponto em que x = 3.


R: y = -2x + 7

6) Encontrar a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = 2sen(x) + x que é paralela à y – x = -1.
R: y = x + 2

7) Encontrar o coeficiente angular e a reta tangente ao gráfico de f ( x)  x  ln( x)  2 no ponto


3x 5
em que x = 1. R: y  
2 2

x
8) Determine a equação da reta normal à f(x) = x2 + e3x no ponto (0 , 1). R: y   1
3

9) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y = x³ – 3x + 4, no ponto (2 , 6).


R: y = 9x – 12

10) Seja f(x) = x² – ln(x + 1) uma curva. Caso exista, determine a equação da reta tangente a esta
curva, tal que seja normal a reta r: 3y + 3x = 6. R: y = x – 0,75

x3
11) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y  , no ponto (4 , 8).
8
R: y = 6x - 16

12) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y = x4 – 4x, no ponto (0 , 0).
R: y = -4x

13) Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função y = 2cos(x) + 1, no ponto em que x = 0.
R: y = 3

14) Determine a equação da reta tangente à função y = ex + 1 que seja paralela à reta y = x – 2.
R: y = x + 2

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4.3 DERIVADA DA FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA)

As regras de derivação já estudadas são aplicadas a funções simples, porém para derivar uma
função composta f(g(x)) ou ( f  g )' ( x ) não há regra que possa ser aplicada diretamente. Por
exemplo, para derivar funções como y  u e u = x² + 1, então y  x 2  1 é necessário usar
outra forma de derivada que é chamada Regra da Cadeia.

dy du
DEFINIÇÃO: Se y = f(u), u = g(x), e as derivadas e existem, ambas, então a função
du dx
composta definida por y = f(g(x)) tem derivada dada por:

dy dy du
   f ' (u ) g ' ( x)  f ' ( g ( x )) g ' ( x)
dx du dx

Formaremos, separadamente, o quociente de Newton em ambas as funções, assim:

y f (u  u )  f (u )
y = f(u + u) – f(u) =>  (i)
u u

u g ( x  x )  g ( x )
u = g(x + x) –g(x) =>  (ii)
x x

Note que, os primeiros membros de (i) e (ii), nos dão uma razão entre o acréscimo de cada função e
o acréscimo da correspondente variável. Os segundos membros de (i) e (ii), nos dão as mesmas
razões de outra forma. Escolhemos os primeiros membros por ser uma notação mais conveniente e
façamos o produto, assim:

y y u
 
x u x

Fazendo x  0, então, u  0, pois, u(x) é variável e, portanto, contínua logo, podemos escrever:

y y u
lim  lim  lim
x  0 x u  0 u x  0 x

dy dy du dy
  ou  f ' ( g ( x)) g ' ( x )
dx du dx dx

dy
É importante observar que é a derivada em relação a u quando y é considerado como
du
du
função de u e que é a derivada em relação a x quando y é considerado uma função (composta)
dx
de x.

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dy
Exemplo 2) Determinar se y  x 2  1
dx

1 dy dy du
Solução: u = x² + 1, y u u 2, a derivada é:  
dx du dx

dy 1 du
 e  2x
du 2 u dx

dy 1 dy x dy x
portanto,   2x   => 
dx 2 u dx u dx x2 1

A solução também poderia ser obtida de forma mais simplificada, como:

1 1 2 1
y  ( x 2  1) 2  y'  ( x  1) 2  2 x
2

1
y '  x ( x 2  1) 2

dy
Exemplo 3) Achar se y = sen(cos(x))+ 3xex² + 1
dx

Solução: Usando a regra da cadeia, obtemos:

y' = -cos(cos(x)) sen(x) + 3ex² + 1 + 6x² ex² + 1

Exemplo 4) Achar a derivada de y = (2x3 – 5x2 +4)10

y' = 10(2x3 – 5x2 + 4)9(6x2 – 10x)

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x2
Exemplo 5) Determine a derivada de y 
3
( x 2  1)  2

Solução: reescrevendo a função, obtemos:

y  x 2 3 ( x 2  1) 2  x 2 ( x 2  1) 3

2 1
2 2 
y '  2 x ( x 2  1) 3  x 2 ( x  1) 3 2 x
3

2 1
4x3 2 
y '  2 x ( x 2  1) 3  ( x  1) 3
3

Derivada da composta da função logaritmo natural

u'
D x ln | u ( x ) | 
u

Derivada da função exponencial composta

a) Seja y = eu(x) => y’ = eu u’

b) Seja y = u(x)v(x) => y’ = u’v uv – 1 + uv ln(u) v’


v
y  e ln(u )
=> y = ev ln(u)

 u' 
y '  e v ln( u )  v ' ln(u )  v   e v ln( u ) (v ' ln(u )  v u ' u 1 )
 u

v
y '  e ln(u ) (v' ln(u )  v u ' u 1 )  u v (v ' ln(u )  v u ' u 1 )

y' = u’ v uv – 1 + uv ln(u) v’

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TABELA DE DERIVADAS

Função Derivada Função Derivada


f(x) = k f'(x) = 0 f(x) = sen(u(x)) f'(x) = cos(u) u'
f(x) = u(x)n f'(x) = nun-1 u’ f(x) = cos(u(x)) f'(x) = - sen(u) u'
f(x) = ku(x)n f'(x) = knun-1 u’ f(x) = tg(u(x)) f'(x) = sec2(u) u'
f(x) = u(x) ± v(x) f'(x) = u' ± v' f(x) = cotg(u(x)) f'(x) = -cosec2(u) u'
f(x) = u(x)v(x) f'(x) = u' v + uv' f(x) = sec(u(x)) f'(x) = sec(u)tg(u) u'
u ( x) u '  v  u  v'
f ( x)  f ' ( x)  f(x) = cosec(u(x)) f'(x)=-cosec(u)cotg(u)u'
v( x) v2

u' 1
f(x) = ln|u(x)| f ' ( x)  f(x) = arcsen(u(x)) f ' ( x)  u'
2
u 1 u
u' 1
f(x) = loga u(x) f ' ( x)  f(x) = arccos(u(x)) f ' ( x)  u'
u ln | a | 1 u2
1
f(x) = eu(x) f'(x) = eu  u' f(x) = arc tg(u(x)) f ' ( x)  u'
1 u2
f(x) = au(x) f'(x) = au ln|a| u’ f(x) = u(v(x)) f'(x) = u' v'

IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS

sen( x)
1) sen2(x) + cos2(x) = 1 2) tg ( x) 
cos( x)

cos( x) 1
3) cot g ( x)  4) sec( x) 
sen( x) cos( x)

1
5) cos sec( x)  6) sec2(x) = 1 + tg2(x)
sen( x)

1  cos( 2 x )
7) cosec2(x) = 1 + cotg2(x) 8) sen 2 ( x ) 
2

1  cos( 2 x )
9) cos 2 ( x )  10) sen2(x) = 2sen(x).cos(x)
2

11) cos(2x) = cos2(x) – sen2(x) 12) cos(2x) = 1 - 2 sen2(x)

13) cos(a + b) = cos(a).cos(b) – sen(a).sen(b) 14) sen(a – b) = sen(a).cos(b) – sen(b).cos(a)

15) sen(a + b) = sen(a).cos(b) + sen(b).cos(a)

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DERIVADA DAS FUNÇÕES HIPERBÓLICAS

Seja y  senh( x) 
2

1 x
e  ex  => y' 
1 x
2

e  e  x  cosh( x) 
Logo, y = senh(x) => y’ = cosh(x)

Seja y  cosh( x) 
2

1 x
e  e x  => y  
1 x
2
e  e  x   senh ( x)

Logo, y = cosh(x) => y’ = senh(x)

e x  ex 4
Seja y  tgh( x)  => y' 
e x  ex e x
 ex 
2

Logo, y = tgh(x) => y’ = sech²(x)

e x  ex 4
Seja y  cot gh( x)  x => y'  
e  ex e x
 e x 
2

Logo, y = cotgh(x) => y’ = - cossech²(x)

Seja y = sech(x) => y’ = - sech(x) tgh(x)

Seja y = cossech(x) => y’ = - cossech(x) cotgh(x)

 As demonstrações da derivada das funções hiperbólicas ficam como exercício.

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EXERCÍCIOS

1) Calcule a derivada de cada uma das seguintes funções:

a) f(x) = 7x – 5 f’(x) = 7

b) g(x) = 1 – 2x – x² g’(x) = -2 – 2x

c) f(x) = x³ - 3x² + 5x – 2 f’(x) = 3x² - 6x + 5

1 8
d) y  x  x4 y’ = x7 – 4x³
8

1 4 1 2
e) f (t )  t  t f’(t) = t3 – t
4 2

4 2
f) V (r )   r 3  tg e x  4
3
  V’(r) = 4 r² + 2x ex² + 4 sec²(ex² + 4)

1
g) f ( x )  x 2  3 x  f’(x) = 2x + 3 – 2/x³
x2

1
h) g ( x )  4 x 4  g’(x) = 16x3 + 1/x5
4x 4

1 2
ln  sen ( 3 x )  
i) f ( x)  e 3
f ' ( x)  cos(3x) sen (3 x) 3

3 5
j) g ( x)  2
 4 g’(x) = -6/x3 – 20/x5
x x


k) f ( x)  sen 3x 2  1  f ' ( x) 
3x
3x  1
2

cos 3x 2  1 
l) f(x) = (2x4 – 1)(5x3 + 6x) f’(x) = 8x³(5x³ + 6x) + (2x4 – 1)(15x² + 6)

x 1
m) f ( x )  f ' ( x) 
x 1 ( x  1) 2

x 2  2x  1 4(1  x 2 )
n) h( x)  h' ( x ) 
x 2  2x  1 ( x 2  2 x  1) 2

5t 5  10t 2
o) f (t )  f ' (t ) 
1  2t 2 (1  2t 2 ) 2

y3  8 48 y 2
p) h( y )  h' ( y ) 
y3  8 ( y 3  8) 2

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x
e
 ex 1  ex  ex 1 e2x
q) p ( x )  ln   p ' ( x)  ln x   2 x
 ex 1  2  e 1 e 1
 

2  13 1  3 4
r) q ( x)  3 x 2  4 x q ' ( x)  x  x
3 4

1 3  1 32 4
s) p ( x)  3  x4 p' ( x)  x  x 3  4x3
x x 2

t) f(x) = x² ln  
x  3 + e2x – 5x f’(x) = x ln(x + 3) +
x2
2x  6
+ 2e2x – 5

 
u) y = 3 ln sen( x 2 ) + e-3x – x3 + 10 y '  3x cot( x 2 )  3e 3 x  3x 2

3 3 1
v) y = 2xe-x³ + ln(5x) – 2x³ y '  2e  x  6 x 3 e  x   6x 2
x

x) y = 2x + 1 – x³ + sen(3x²) y’ = 2x + 1 ln(2) – 3x² + 6xcos(3x²)

2 2x
y) f(x) = 5x² – ln(x² + 1) y '  2 x ln(5) 5 x 
x 12

z) y = 32x + tg(2x) – cossec(x²) y’ = 2ln(3) 32x + 2sec²(2x) + 2xcossec(x²)cot(x²)

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4.4 DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA

Função Implícita:

Dada a função y = 2x2 – 3 costumamos dizer que y é uma função explícita de x, pois,
podemos escrever: y = f(x), com f(x) = 2x2 –3.

A equação y – 2x² = -3 define a mesma função f, pois, resolvendo em relação à y, temos:


y = 2x2 – 3.

Para o caso y – 2x² + 3 = 0, dizemos que y (ou f) é uma função implícita de x, ou que f é
definida implicitamente.

Substituindo y por f(x) em y – 2x² = -3, obtemos:

f(x) – 2x² = -3 => 2x2 – 3 – 2x² = -3

A última equação é uma identidade, pois é válida,  x do domínio de f. Esta é uma


característica de toda função f definida implicitamente por uma equação em x e y; isto é, f é
implícita se e somente se a substituição de y por f(x) conduz a uma identidade. Como (x , f(x)) é um
ponto do gráfico de f, a última afirmação implica que o gráfico da função implícita coincide com
uma parte do (ou todo o) o gráfico da função.

Derivada implícita

A derivada de uma função implícita é feita pelo método da diferenciação implícita, segundo
o qual derivamos cada termo da equação em relação a x.

Ao aplicar a diferenciação implícita, é muitas vezes necessário considerar Dx(yn) para alguma
função desconhecida y de x, digamos y = f(x). Pela regra da potência podemos escrever Dx(yn) em
qualquer uma das seguintes formas:

dy
Dx(yn) = n yn-1 Dx(y) = n yn-1y’ = ny n 1 
dx

Como a variável dependente y representa a expressão f(x), é essencial multiplicar n yn-1 pela
derivada y’ ao diferenciarmos y em relação a x. Assim, Dx(yn)  n yn-1, a menos que y = x.

Exemplo 6) Encontre a derivada implícita da função implícita: y – 2x² = -3.

Solução:

Dx (y – 2x²) = Dx (-3)

y’ – 4x = 0 => y’ = 4x

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4 3
Exemplo 7) Encontre a derivada implícita da função implícita: y + 3y – 4x = 5x + 1.

Solução:

Dx (y4 + 3y – 4x3) = Dx (5x + 1)

4y3y’ + 3y’ – 12x2 = 5


12 x 2  5
Agora isolamos y’, obtendo: 3
y' (4y + 3) = 12x + 5 2
=> y' 
4y3  3

Exemplo 8) Determine, se existir, a equação de uma reta normal à curva C: x² + xy + y² = 3 no


ponto que x = 1.

Solução: a reta normal tem coef. Angular inverso oposto da reta tangente. Derivando
implicitamente.

dy 2x  y
2x + y + xy’ + 2yy’ = 0 => 
dx 2y  x

Se x = 1 => y² + y – 2 = 0

y1 = 1 e y2 = -2

dy
No ponto (1 , 1) =>  1
dx x 1

dy
No ponto (1 , -2) =>  0, não é inverso oposto ao da tangente.
dx x 1

A equação da reta tangente em (1 , 1) é: yn = -x + 2

A equação da reta normal em (1 , 1) é: yn = x

4.5 DERIVADA DA FUNÇÃO INVERSA

Sejam as funções y = f(x) e sua inversa y = f -1(x) suponha que ambas as funções são
diferenciáveis.

A função inversa pode ser escrita como

x = f (y) (1)

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diferenciando (1) em relação a y, obtém-se:

dx
 f ' ( y) (2)
dy

e diferenciando (1) implicitamente em relação a x, obtém-se:

d d dy
( x)   f ( y)  1  f ' ( y)
dx dx dx

dy 1

dx f ' ( y)

Assim, podemos relacionar a derivada da função original com a derivada da sua inversa por:

d
dx

f 1 ( x) 
dx
dy
  1
f ' ( x)
=>
dy
dx
 f ´(x ) 
1
dx
dy

DERIVADA DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

Derivada da função y = arcsen(x)

Se f(x) = arcsen(x) => x = sen(y)

1
f ' ( x)  => x’(y) = cos(y)
x' ( y )

1
f ' ( x)  => cos( y )  1  sen 2 ( y )
cos( y)

1
Finalmente: f ' ( x) 
1 x2

Derivada da função y = arccos(x)

Se f(x) = arccos(x) => x = cos(y)

1
f ' ( x)  => x’(y) =-sen(y)
x' ( y )
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1
f ' ( x)  => sen ( y )  1  cos 2 ( y )
sen( y )

1
Finalmente: f ' ( x) 
1 x2

Derivada da função y = arctg(x)

Se f(x) = arctg(x) => x = tg(y)

1
f ' ( x)  => x’(y) = sec²(y)
x' ( y )

1
f ' ( x)  => sec²(y) = 1 + tg²(y)
sec 2 ( y )

1
Finalmente: f ' ( x) 
1 x2

 As demais derivadas das trigonométricas inversas seguem a mesma idéia de raciocínio.

1
y  arc cot g (u )  y'   u'
1 u2

1
y  arc sec(u )  y'  u'
|u | 1  u 2

1
y  arccos sec(u )  y'   u'
| u | 1 u2

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DERIVADA DAS FUNÇÕES HIERBÓLICAS INVERSAS


Seja y  arg senh( x)  ln x  x 2  1  => y' 
1
x2 1

 1 x  1
Seja y  arg tgh( x)  ln 
 => y'  para | x | < 1
 1  x  1 x2

 x 1  1
Seja y  arg cot gh( x)  ln 
 => y'  para | x | > 1
 x  1  1 x2

1 1 x2  1
Seja y  arg sec h( x)  ln  => y'   para 0 < x < 1
 x  x 1 x2
 

1 1 x2  1
Seja y  arg cos sec h( x)  ln  => y'   para x ≠ 0
 x  | x | 1 x2
 

4.6 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NA FORMA PARAMÉTRICA

Função na forma paramétrica

Uma função y = f(x) escrita na forma paramétrica tem a forma:

 x  x(t )
 , com t  [a , b] (3)
 y  x(t )

Para cada valor do parâmetro t, obtém-se um ponto (x , y).

Por exemplo, considere a equação da curva

x² + y² = a² (4)

Na forma paramétrica, pode-se escrever:

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 x  a cos(t )
 , com t  [0 , 2] (5)
 y  b sen(t )

Se as funções x = x(t) e y = y(t) são contínuas, quando t varia de a até b, o ponto P(x(t) ; y(t))
descreve uma curva no plano xy. As equações (5) são chamadas equações paramétricas da curva (4)
e t é chamado parâmetro.

Derivada de uma Função Paramétrica

Seja y uma função de x, definida pelas equações paramétricas (3). Suponhamos que as funções
y = y(t), x = x (t) e sua inversa t = t(x) são deriváveis. A função y = y(x), através das equações (3),
pode ser vista como função composta

y = y (t(x)) (6)

Aplicando a regra da cadeia na equação (6), obtém-se:

dy dy dt
 (7)
dx dt dx

Como x = x(t) e t = t(x) são deriváveis, pela derivada da função inversa, tem-se que:

dt 1 1
  t ' ( x) 
dx dx x' (t )
dt

Logo,

dy 1 dy y ' (t )
 y ' (t ) => 
dx x' (t ) dx x' (t )

 x(t )  2 cos 3 (t )
Exemplo 9) Considere a função representada parametricamente por  .
 y (t )  2 sen 3 (t )

Determine as equações das retas tangente e normal ao gráfico da função para t  .
4

Solução: As retas tangente e normal têm coef. angular inverso oposto, então:

dy y' (t ) dy 3 2 sen 2 (t ) cos(t )


 =>  
dx x' (t ) dx 3 2 cos 2 (t ) sen(t )

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dy sen(t )
    tg (t )
dx cos(t )

 dy
Para t  ,  1 coef. angular da reta tg.
4 dx t

4

   1
 x 4   2
   
E ainda para t  => 
4  y     1
  4  2

1 1
A equação da reta tg em  ,  é: yt = -x + 1
2 2

1 1
A equação da reta normal em  ,  é: yn = x
2 2

4.7 DERIVADAS DE ORDERM SUPERIOR OU SUCESSIVAS - f(n): Derivada de ordem n.

exemplos:

1) f(x) = 5x3; f'(x) = 15x2; f'' (x) = 30x; f'''(x) = 30; fiv(x) = 0.

2) y = sen(3x); y’ = 3cos(3x); y” = -9sen(3x); y”’ = -27cos(3x).

3) y = e-2x; y’ = -2e-2x; y” = 4e-2x; y”’ = -8e-2x; yiv = 16e-2x.

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EXERCÍCIOS
1) Calcular a segunda derivada de:

a) f(x) = sen(x) + cos(x)

b) f(x) = arctg(x)

c) f(x) = ln|x| - ex

d) f(x) = - 4x2 + 1

e) y = e2x + sen(3x) – x³

f) y  2 x  1

EXERCÍCIOS: Determine, y’ em cada caso.


x
1) x² + y² = 16 y'  
y

2
8x e x  1
x² 2
2) 4e – 9y = x y' 
18 y

2x  7 y
3) x² + y² = 7xy y' 
7x  2 y

8 y 2  3x 2 y
4) x³ + ln( y³) = 8xy y' 
3  8 xy

1 1 y2
5)  1 y'  
x y x2

 x  2t 3  1 dy 2t
6)  
 y  t 4  3 dx 3

3 3 3 y 2  2x2 y 2
7)   2x y' 
x y 3x 2


8) y = tgh(e3x) + ln 3 x 2  1)  y '  3 e 3 x sec h 2 (e 3 x ) 
2x
3( x 2  1)

1  cos( x  y )
9) x = sen(x + y) y' 
cos( x  y )

x(1  y 2 )
10) x²y² = x² + y² y' 
y ( x 2  1)

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2 x( 2 x 2  y 3 )
11) x²y³ = x4 – y4 y' 
y 2 (3x 2  4 y )

y
12) x y 4 y'  
x

sen( x  y )
13) y = cos(x – y) y' 
sen( x  y )  1


14) y  arcsen ln( x 2  1)  y' 
2x
( x 2  1) 1  ln 2 ( x 2  1)

a  xa  2a 3
15) y  arctg    ln 
 y' 
 x  xa x4  a4

 x x 1
16) y  1  x 2  arcsen  y'  
2 1 x 2
4  x2

17) y = 2senh(e3x) + esenh(x) y’ = 6e3x cosh(e3x) + cosh(x) esenh(x)

18) y =4 x cosh(x²) – 3senh(x²) y’ = 4cosh(x²) + 8x² senh(x²) – 6x cosh(x²)

y  y 2e x y
19) ln(y) – exy = x y' 
1  xy e x y

20) Se existir escreva a equação da reta normal a curva (x² + 4) y = 4x – x³ e que passe na origem
do sistema cartesiano. R: yn = x

21) Determine a equação da reta normal à curva C: xy² + y³ = 2x – 2y + 2 no ponto em que abcissa
e ordenada tem o mesmo valor.

 x  sec(t )   
22) Verifique se a função definida parametricamente por  para todo t   , 
 y  ln(cos(t ))  2 2
2
d y dy
satisfaz a equação 2
 ey  0.
dx dx

 x  a sen(t ) dy   x 
23)   3 tg (t )   3 tg  arcsen  
 y  3a cos(t ) dx   a 

 x  a (t  sen(t )) dy sen(t )
24)  
 y  a (1  cos(t )) dx 1  cos(t )

 x  2 e 3t dy e 2t 1  x
25)    3t  ln 
 y  2e 2t dx 3e 3 2

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 x  e 2t dy
26)    sen (e 2t )  sen ( x )
 y  cos(e 2t ) dx

27) Considere a função g(x) = cos(x) [f(x)]², onde f : R  R é duas vezes diferenciável (derivável),
f(0) = -1, f’(0) = f"(0) = 2. Calcule g”(0).

 3
28) Determine f’(0) sabendo que f  sen( x)    f 3x     3x  
2 
 

29) Sejam f: R  R uma função diferenciável até 2ª ordem e g: R  R definida por


g(x) = f(x + 2cos(3x)). Determine:

a) g”(x)

b) Supondo f’(2) = 1 e f”(2) = 8, calcule g”(0).

30) Verifique se a função y = x e-x é solução da equação x y’ = (1 – x) y.

1
31) Verifique se a função y  é solução da equação x y’ = y (y ln(x) – 1).
1  x  ln( x)

32) Verifique se a função y = 3e2x é solução da y’ – y = e2x.

x
33) Verifique se a função y ( x )  2e e é solução da equação y’ = y ex.

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4.8 DIFERENCIAIS E INCREMENTOS

Incremento

Seja y = f(x) uma função. Sempre é possível considerar uma variação da variável
independente x. Se x varia de x0 a x1, definimos o incremento ou acréscimo de x, denotado por x,
como

x = x1 – x0 => x1 = x0 + x

Se y = f(x) e se x varia de x0 a x1, então há uma correspondente variação no valor de y que vai
de y0 = f(x0) até y1 = f(x1), ou seja, o incremento x em x produz um incremento y em y, onde

y = y1 – y0 = f(x1) – f(x0)

Com esta notação pode-se escrever:

y = f(x0 + x) – f(x0)

Em um ponto qualquer, omitindo-se os subscritos, tem-se que:

y = f(x + x) – f(x)

Diferencial

Os símbolos dy e dx que aparecem na derivada são chamados de diferenciais, e o nosso


objetivo é definir estes símbolos de tal forma que se possa tratar dy / dx como uma razão. Com essa
finalidade, vamos considerar x como fixo e definir dx como uma variável independente, para a qual
possa ser atribuído um valor arbitrário. Se f for diferenciável em x, então definimos dy pela fórmula

dy = f’(x0) dx

Se dx ≠ 0, podemos dividir esta expressão por dx. Assim,

dy
 f ' ( x)
dx

Como a inclinação da reta tangente a y = f(x) em x é mt = f’(x), os diferenciais dy e dx podemos ser


vistas como o avanço (dx) e a elevação (dy) correspondentes dessa reta tangente.
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Para ver a diferença entre o incremento y e o diferencial dy, vamos atribuir às variáveis dx e x o
mesmo valor (dx = x). Dessa forma tem-se que:

a) y representa a variação ao longo da curva y = f(x) quando são percorridas x unidades na


direção de x.
b) dy representa a variação ao longo da reta tangente, quando são percorridas dx unidades na
direção de x.

Quanto menor for o valor de dx, menor será a diferença entre y e dy (y – dy)  0. Ambos
tendem a igualdade no ponto de tangência.

 Outra forma de entender diferencial e incremento é pela análise da área de um quadrado,


como segue:

Considere um quadrado de lado x unidades, tendo um acréscimo dx em cada lado x, como mostra a
figura anexa.
dx
A(x) = x²

A(x + dx) = (x + dx)² = x² + 2x dx + dx² x

A área achurrada é o diferencial da área original, isto é,


x
dx dx
uma estimativa da variação da área.
dx
dA = x dx + x dx = 2x dx

Pela definição de diferencial: dA = A’(x) dx => dA = 2x dx

A variação exata da área é:

A = A(x + dx) – A(x) => A = x² + 2x dx + dx² – x²

A = 2x dx + dx²

Portanto, | A – dA | = 2x dx + dx² – 2x dx = dx² que é desprezível quando dx for


próximo de zero.

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Exemplo 10) Deseja-se construir uma caixa d´agua cúbica com capacidade interna de 8 m³ de
água. Determine, aproximadamente, a quantidade de concreto necessária para construí-la com 10
cm de espessura em todos os lados.

Solução: se x = 2 m => V(x) = x³ volume interno

dx = 0,1 + ,01 = 0,2 m

dV = 3x² dx => dV = 2,4 m³ de concreto aproximadamente

V = V(2 + 0,2) – V(2) V = 2,648 m³ de concreto exatamente

4.9 TAXAS RELACIONADAS

Um problema envolvendo taxas de variação de variáveis relacionadas é chamado de problema


de Taxas Relacionadas. Começaremos nossa discussão com um exemplo que descreve uma
situação real.

Exemplo 11) Uma escada com 25m de comprimento está apoiada numa parede vertical. Se o pé da
escada for puxado horizontalmente, afastando-se da parede a 3m/s, qual a velocidade com que a
escada está deslizando, quando seu pé está a 15m de comprimento da parede?

Solução:

t = tempo em (s) decorrido desde que a escada começou a deslizar pela parede;
25 y
y = distância do chão ao topo da escada em t(s), y = f(t);
parede
x = distância do pé da escada até a parede em t(s), x = f(t);
x
dx
= velocidade ou taxa de variação em que a escada está sendo puxada horizontalmente;
dt

dy
= velocidade ou taxa de variação em que a escada desliza pela parede, verticalmente.
dt

dx
Como o pé da escada está sendo puxado horizontalmente da parede a 3m/s, x '   3m / s .
dt
dy
Queremos encontrar y '  quando x = 15m. Pelo teorema de Pitágoras, obtemos:
dt

y² + x² = 25²

y² + x² = 625 (1)

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Como x e y são funções de t, derivamos x e y em relação a t, então:

dy x dx
2 y y '  2 x x'  0 => 
dt y dt

Da equação (1), quando x = 15, obtemos: y² + 15² = 625 => y = 20

dy dx
Portanto, para achar , quando y = 20 e  3 , temos que:
dt dt

dy 15
   3 => y’ = - 2,25m/s é a velocidade com que a escada está deslizando pela
dt 20
parede, quando x = 15m longe da parede. O sinal negativo significa que y é decrescente quando t
cresce.

Exemplo 12) Suponhamos que um óleo derramado através da ruptura de um tanque se espalha no
mar em forma circular cujo raio cresce em uma taxa constante de ½ m/s. Com que velocidade a área
do derramamento de óleo está crescendo quando o raio dele for 20m?

Solução: Sejam t : tempo (s); r : raio (m): A : área do círculo (m²);

dA dr
Determinar ? para r = 20, sendo  0,5 m / s
dt r  20 dt

Como o óleo está derramando em forma circular, a área do derramamento é:

A(r) =  r²

Como r está variando com o tempo, pela regra da cadeia temos que:

dA dA dr dA dr
 =>  2 r
dt dr dt dt dt

dA
Finalmente:  20  m 2 / s
dt r  20

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Exemplo 13) Acumula-se areia em monte com a forma de um cone cuja altura é igual ao raio da
base. Se o volume da areia cresce a uma taxa de 10 m³/h, a que razão aumenta à área da base
quando a altura do monte é de 4 m.

Solução: h : altura: r : raio da base: A : área da base: V : volume do cone

dV dA
 10 m ³ / h . Determinar ? para h = 4m.
dt dt

dA dA dr dA dr
A  r 2 =>  =>  2 r
dt dr dt dt dt

dr
Como r = h, devemos usar a fórmula do volume para encontrar , assim:
dt

1 1 dV dV dr
V   r 2h   r 3 => 
3 3 dt dr dt

dV dr dr 10
  r2 => 
dt dt dt  r 2

dA
Portanto,  5 m2 / h
dt

RESUMO: Para resolver problemas envolvendo taxas relacionadas deve-se:

1 – Faça uma figura, se possível.

2 – Defina as variáveis. Em geral defina primeiro t, pois as outras variáveis usualmente dependem
de t.

3 – Escreva todos os fatos numéricos conhecidos sobre as variáveis e suas derivadas em relação a t.

4 – Obtenha uma equação envolvendo as variáveis dependentes de t.

5 – Derive em relação a t ambos os lados da equação encontrada na etapa 4.

6 – Substitua os valores de quantidades conhecidas na equação da etapa 5 e resolva em termos da


quantidade desejada.

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EXERCÍCIOS

1) Uma esfera aumenta de modo que seu raio cresce a razão de 12,5 cm/s. Qual a variação do
volume no instante em que o raio é de 15,2 cm?

2) Um ponto se move sobre a parte superior da parábola semicúbica y² = x3 de tal maneira que sua
abscissa cresce a razão de 5 unidades por segundo. Quando x = 4, com que rapidez varia a
ordenada?

3) Um corpo é lançado no espaço formando com a horizontal um ângulo , descreve no ar, por ação
da gravidade uma curva cujas equações são x = v0 t cos() e y = v0 t sen() – ½ g t2. Sabendo que
 = 60º e v0 = 50 m/s, determine a direção do movimento quando t = 2s?

4) Dois carros, um dirigindo-se para leste com velocidade de 77 km/h, o outro se dirigindo para o
sul com velocidade de 57 km/h, estão viajando em direção ao encontro das duas rodovias. A que
velocidade os carros se aproximam um do outro, no momento em que o primeiro carro estiver à 477
m e o segundo carro estiver à 277 m da intersecção das rodovias?

5) Um tanque de forma cônica invertido tem altura de 8 m, raio da base 2 m. O mesmo está sendo
cheio de água à razão de 7 m³/min. Com que velocidade sobe o nível da água quando este se
encontra a 4 m de profundidade?

6) Considerando um bloco de madeira de forma cúbica, se é tirada uma placa de 0,47 cm de


espessura de cada lado do bloco, e se o bloco tinha originalmente 1,7 cm de comprimento do lado,
qual a razão de variação do volume por causa desse processo?

7) Uma piscina tem 18 m de largura, 28 m de comprimento, 2 m de profundidade em um extremo e


8 m no outro, o fundo tem forma de um plano inclinado. Se a água está sendo bombeada para a
piscina à razão de 0,8 m³/min, com que velocidade se eleva o nível da água no instante em que ele é
de 1,8 m na extremidade mais profunda?

8) Um triângulo retângulo inscrito no círculo x² + y² = 25, tem as extremidades da hipotenusa


situadas nos pontos A(5; 0) e B (-5; 0), enquanto que, o terceiro vértice, situado no ponto P(x; y), se
move sobre a circunferência com uma velocidade dx/dt = ½ m/s. Calcule a velocidade com que a
área deste triângulo está variando quando x = 4 m.

9) Em que pontos da parábola y² – 18x = 0 a ordenada y cresce duas vezes mais depressa que a
abscissa x?

10) Uma pipa está a 80 m de altura sobre o nível do solo. Horizontalmente, se a criança que a
segura se move a 4 m=s, com que velocidade a criança está soltando a corda quando esta corda
medir 100 m.

1
11) Um ponto se move ao longo do gráfico de y  de tal modo que a sua abscissa varia a
x 1 2

uma velocidade constante de 5 m/s. Qual a velocidade da ordenada no instante em que x = 10 m.

12) Uma piscina tem 10m de largura, 20m de comprimento, 1m de profundidade nas extremidades e
3 m no meio, de modo que o fundo seja formado de dois planos inclinados. A água é bombeada
para a piscina à razão de 0,3 m³/min. Seja h a altura da água na parte mais profunda, com que
velocidade estará variando h no instante em que h = 1m?

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13) Um tanque tem a forma de um cilindro circular reto de 5m de raio da base a 10m de altura. No
tempo t = 0 s, a água começa a fluir no tanque à razão de 25 m³/h. Então:

a) com que velocidade sobe o nível da água?

b) quanto tempo levará para o tanque ficar cheio?

14) Um balão está subindo verticalmente acima de uma estrada a uma velocidade constante de 1/3
m/s. Quando ele está a 17m acima do solo, uma bicicleta que se desloca a uma velocidade constante
de 5 m/s passa por baixo dele. A que taxa a distância entre a bicicleta e o balão aumentará 3s
depois?

15) Uma cidade A é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores de saúde calculam que o
número de pessoas atingidas pela moléstia depois de uma tempo x, medido em dias a partir do
x3
primeiro dia da epidemia, é aproximadamente dado por f ( x)  64 x  .
3

a) Qual a razão de expansão da epidemia no tempo x = 4 dias?

b) Quantas pessoas serão atingidas pela epidemia no quinto dia?

16) A água escoa a uma taxa de 6 m³/min de um reservatório hemisférico com raio de 13m (figura
anexo). Responda às questões a seguir, sendo que o volume de água em um recipiente hemisférico

de raio r é dado por V  y 2 (3r  y ) , quando a água tem y metros de profundidade abaixo.
3

a) Qual será o raio r na superfície da água quando a água tiver y metros de profundidade?

b) A que taxa o nível da água variará quando a água tiver 8m de profundidade?

c) A que taxa o raio r variará quando a água tiver 8m de profundidade?

17) Uma lâmpada colocada num poste está a 4m de altura. Se uma criança de 90cm de altura
caminha afastando-se do poste à razão de 5m=s, com que rapidez se alonga sua sombra?

18) Às 13:00 h o navio A está a 100 km ao norte do navio B. O navio A está navegando rumo ao sul
a 20 km/h enquanto o navio B estiver navegando rumo ao leste a 15 km/h. Qual a velocidade de
afastamento dos navios às 19:00 hs?

19) Um bote é puxado por uma corda presa à proa e que passa por uma argola na cais a 2m acima
da proa. A corda é puxada com uma taxa de 0,6 m/s.

a) A que velocidade o bote se aproxima do cais quando 3m de corda foram puxados?

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b) A que taxa o ângulo  varia neste momento?

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4.10 APLICAÇÕES DA DERIVADA: TEOREMAS SOBRE FUNÇÕES DERIVÁVEIS
4.10.1 REGRAS DE L’HSOPITAL

0 
As regras de L'Hospital, são para calcular limites indeterminados, da forma
ou , usando
0 
derivadas. Estaremos também examinando gráficos de funções envolvendo exponenciação.

f ( x) 0
Diremos que o limite lim tem a forma indeterminada , se f(x) e g(x) são contínuas e
x  a g ( x) 0
deriváveis para x  a e lim f ( x)  lim g ( x)  0 .
xa xa

f ( x) 
Diremos que o limite lim tema forma indeterminada , se f(x) e g(x) são contínuas e
g ( x)
xa 
deriváveis para x  a lim f ( x)  lim g ( x)    .
xa xa

Os mesmos conceitos se aplicam se tivermos x a+ ou x a-.

0
São duas as chamadas regras de L'Hospital. Uma para formas indeterminadas e outra para
0

formas indeterminadas . No entanto, ambas podem ser enunciadas conjuntamente em um único

teorema (que não demonstraremos).

f ( x) 0 
TEOREMA (Regras de L'Hospital): Se lim tem uma forma indeterminada ou ,
xa g ( x) 0 
então:

f ( x) f ' ( x)
lim  lim
xa g ( x) x  a g ' ( x)

f ' ( x)
caso o limite lim exista (sendo finito ou infinito). O mesmo vale se a é substituído por a+ ou
xa g ' ( x)
a-, ou se a =  .

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x2  x  2
Exemplo 14) Calcular lim
x2 3x 2  5 x  2

0
Solução: Um cálculo direto nos dá a forma indeterminada . Pelo método tradicional, usando
0
fatoração, fazemos:

x2  x  2 ( x  2)( x  1) x 1 3
lim  lim  lim 
x2 3x 2  5 x  2 x2 ( x  2)(3x  1) x2 3x  1 7

Aplicando L’Hopital, temos que:

x2  x  2 2x  1 3
lim 2  lim 
x  2 3x  5 x  2 x  2 6x  5 7

Mas às vezes, as regras de L'Hospital são o único recurso no cálculo de um limite:

x  sen( x)
Exemplo 15) Calcular lim .
x0 x3

x  sen( x) 0
Solução: lim 3
 . Aplicando L'Hospital, temos:
x0 x 0

x  sen( x ) 1  cos( x ) 0
lim  lim 
x0 x3 x0 3x 2
0

x  sen( x ) 1  cos( x ) 1 sen  x  1


lim  lim  lim 
x0 x3 x0 3x 2 x0 6 x 6

e2x
Exemplo 16) Calcular lim 3
x x

 e2x
 xlim 0
e2x   x3
Solução: lim  
x x3  lim e2x 

 x    x3 

Aplicando L’Hospital, temos que:

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e2x 2 e2x 
lim  lim 
x   x3 x   3x 2

e2x 2 e2x 4 e2x 8 e2x


lim  lim  lim  lim  +
x   x3 x   3x 2 x   6x x   6

Forma indeterminada: 0

No cálculo de limites sabemos também que 0 representa uma indeterminação. Neste caso,
também podemos usar as regras de L’Hospital, após uma conveniente representação das funções no
limite.

Suponhamos que lim f ( x)  g ( x)  0   , isto é, lim f ( x)  0 e lim g ( x)   .


xa xa xa

Neste caso, primeiramente fazemos:

f ( x) 0 f ' ( x)
lim  , então utilizando L’Hospital calculamos: lim .
xa  g ( x)  1
0 x  a
g ( x) 1
'
 

Exemplo 17) Calcular lim x ln( x)


x0

Solução: lim x ln( x)  0  ()


x  0

ln( x) 1 1
lim  lim x
 lim (  x 2 )  lim  x  0
x0 x 1 x0 x 2 x0 x x0

cos( x)  2 x  1
Exemplo 18) Calcule o seguinte limite lim .
x0 3x

cos( x )  2 x  1 0
Solução: lim  , Aplicando L´Hospital, obteremos:
x0 3x 0

cos( x )  2 x  1  sen( x )  2 2
lim  lim =
x0 3x x0 3 3

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e x  ex  2
Exemplo 19) Calcule o limite lim
x0 1  cos(2 x)

e x  ex  2 0
Solução: lim 
x0 1  cos(2 x) 0

e x  ex  2 e x  ex e x  ex 2 1


lim  lim  lim  =
x  0 1  cos(2 x ) x  0 2 sen(2 x ) x  0 4 cos(2 x ) 4 2

Forma indeterminada:  – 

Se f(x) = g(x) – h(x) e o lim f ( x)     , então, através de operações elementares entre as


xa

0
funções g(x) e h(x) é sempre possível transformar o lim f ( x) numa das formas indeterminadas
xa 0

ou .

Exemplo 20) Calcule lim tg ( x )  sec( x )



x
2

Solução: lim tg ( x)  sec( x)     indeterminação



x
2

sen( x) 1 sen( x)  1
lim   lim , Aplicando L’Hospital
x
 cos( x) cos( x) x
 cos( x)
2 2

cos( x)
lim  = 0
x
 sen( x)
2

Formas indeterminadas do tipo: 1, 00 e 0

Se f(x) = [g(x)]h(x) e lim g ( x )h ( x ) assume uma das três formas indeterminadas 1, 00 e 0,
xa

então, para qualquer uma das três indeterminações, define-se:

lim g ( x )
h( x)
 L
xa

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Aplicando-se o logaritmo neperiano à função dada, temos que:

xa

lim ln g ( x )
h( x)
 ln L 

Assim, o limite passa a ter a forma indeterminada 0, que se resolve por L’Hospital. Para
determinar a solução final deve-se aplicar a função exponencial (pois é a função inversa do
logaritmo) no limite encontrado.

 x
tg  
Exemplo 21) Calcule lim (2  x)  2 
x 1

 x
tg  
Solução: lim (2  x)  2 
 1 aplicando o logaritmo neperiano, obtemos:
x 1

 
 x
tg 
 x 
lim ln (2  x)  2    lnL 
  lim tg   ln(2  x) 
x 1   x 1
 2 
 

ln(2  x) 
lim , Aplicando L' Hospital
x 1  x 
cot g  
 2 

1

2 x 2
lim 
x 1   x  
 cos sec 
2  2 

2
2
ln L   => L  e

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EXERCÍCIOS

1) Calcule os seguintes limites, se existirem.

x 1  2 1
a) lim R:
x 5 x 2  25 40

x 3  3x  2
b) lim R: 0
x 1 x 2  2x  1


c) lim x 2  1 e  x
x
 2
R: 0

sen( x)  x 1
d) lim R: 
x0 tg ( x)  x 2

e) lim x e x  1
x0
 1
 R: indefinida

x 1 ex 1
f) lim R: 
x0 x2 2

g) lim tg ( x ) ln(sen( x )) R: 0
x
 
2 

 x2 x2 
h) lim    R: 2
x
 x  1 x  1

1  sen( x)
i) lim R: 
x 2 cos 2 ( x)

x4
j) lim R: 12
x4 3
x4 2

2  sec( x) 1
k) lim  R:
x 2
3 tg ( x) 3

x2
l) lim R: 
x ln( x)

e x  e  x  2 sen( x)
m) lim R: 0
x0 x sen( x)

2 e x  3x  e  x
n) lim R: 
x0 x2

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ln( x  1)
o) lim R: 1
x2 x2

ln(2  e x )
p) lim R: 1/3
x 3x

q) lim x ln( x ) R: 0
x0

ln( x)
r) lim R: 0
x
x

e x  e  x  2x
s) lim R: 2
x0 x  sen( x)

t) lim cot g ( x ) sen ( x ) R: 1


x0

2 1
u) lim  R: ½
x0 sen ( x) 1  cos( x)
2

v) lim e x  x  x
1
R: e²
x0

1 1
x) lim  R: -½
x 1 x  1 ln( x)

 x
tg   2
 x  2a 
z) lim  2   R: e 
xa
 a

aa) lim   2 x tg ( x ) R: 2



x
2

bb) lim 1  sen ( x ) cot g  x  R: e


x0

e x  sen( x)  1
cc) lim R: 0
x0 ln( x  1)

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4.10.2 TEOREMA DE ROLLE

O teorema afirma que se o gráfico de uma função diferenciável cruza o eixo xem dois pontos,
ae b, então entre eles deve existir ao menos um ponto conde a reta tangente é horizontal. Isto
significa que no intervalo [a , b] a função tem pelo menos um ponto extremo, como na figura.

No exemplo acima ilustrado, em cada um dos pontos cujas abscissas são c1 e c2 o coeficiente
angular da reta tangente à curva é zero. Portanto, f’(c) = 0.

TEOREMA DE ROLLE

Seja f uma função tal que:

i) f é contínua em [a , b] ;

ii) f derivável em (a , b);

iii) f (a) = f (b)

Então, existe pelo menos um c  (a , b) tal que f’(c) = 0.

Demonstração: Consideremos dois casos.

1º Caso: Se f(x) = k,  x  [a , b].

Então f’(x) = 0,  x  (a; b).

Logo, qualquer número entre a e b pode ser escolhido como c.

2º Caso: Se f(x) ≠ f (a) = f (b), para algum x  (a , b).

Como f é contínua em [a , b], pela proposição 2, f atinge seu máximo e seu mínimo em [a , b].
Sendo f(x) ≠ f (a) = f (b) existe pelo menos um valor extremo em algum c  (a , b).

E ainda, como f é derivável, pela proposição 1, conclui-se que f’(c) = 0.

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Exemplo 22) A função f(x) = x - x³  x  [-1 , 1] verifica o teorema de Rolle?

Solução:

I) Como f é uma função polinomial, logo é contínua em [-1 , 1]


II) f também é derivável em (-1 , 1)
III) f(-1) = f(1) = 0

3
f’(x) = 1 – 3x² => 1 – 3c² = 0 => c
3

Logo, a função verifica o teorema de Rolle em [-1 , 1], isto é, existem dois pontos extremos na
função neste intervalo.

Exemplo 23) A função f(x) =


3
( x  2) 2  x  [0 , 4] verifica o teorema de Rolle?

Solução:

I) f é contínua em [0 , 4]
II) f é derivável em (0 , 4)?

2
f’(x) = => f não é derivável em x = 2, logo, não verifica o
3 x2 3

Teorema de Rolle neste intervalo.

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4.10.3 TEOREMA DO VALOR MÉDIO (OU DE LAGRANGE)

Seja f uma função tal que

I) f é contínua em [a , b];

II) f é derivável em (a , b);

f (b)  f ( a )
f ' (c ) 
Então, existe pelo menos um a < c < b tal que ba .

Demonstração: A equação da reta que passa pelos pontos A(a, f(a)) e B(b , f(b)) é:

f (b)  f ( a )
y  f (a)  ( x  a)
ba

f (b )  f ( a )
Se y = h (x), então: h( x)  ( x  a )  f (a)
ba

Observe que h(x) é uma função polinomial. Sendo assim, h é uma função contínua e diferenciável
para todo x.

Fazendo a função g(x) = f(x) – h(x). Assim,

f (b )  f ( a )
g ( x)  f ( x)  ( x  a)  f (a)
ba

Esta função representa a distância vertical entre um ponto do gráfico e o ponto correspondente da
reta secante.

Note que:

i) g(a) = g(b) = 0;

ii) g é uma função contínua em [a , b];

iii) g é derivável em (a , b);

Portanto, como a função g satisfaz as condições do Teorema de Rolle,  c  (a , b) tal que:

f (b)  f (a )
g ' (c )  0  f ' (c ) 
ba

Isto significa que a função tem uma reta tangente em x = c e que é paralela a reta secante que passa
por (a, f(a)) e (b , f(b)).

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Exemplo 24) Em que ponto da curva f(x) = ln(x) a reta tg é paralela a corda que passa pelos pontos
A(1 , 0) e B(e , 1).

Solução: Neste caso a solução é pelo TVM no intervalo 1 < x < e.

I) f é contínua em [1 , e]
II) f é derivável em (1 , e)

1 1 1 0
f ' ( x)  =>  => c  e 1
x c e 1

Portanto, o ponto da curva em que a reta tg é paralela a reta secante é (e – 1 , ln(e – 1)).

Exemplo 25) Verifique se a função f(x) = x – x³ verifica o Teorema do Valor Médio em x  [-2 , 1].

Solução: Verificando as hipóteses do teorema do valor médio

i) f é definida e contínua em [-2; 1];

ii. f’(x) = 1 – 3x² é contínua para todo x  (-2 , 1);

Logo, satisfaz as condições do teorema. Assim, temos que  c  (-2; 1) tal que
f (b)  f ( a )
f ' (c ) 
ba

1 – 3c² = -2 => 3c² = 3 => c  1

Observe que, apenas -1  (-2 , 1), portanto, apenas c = -1 verifica as condições do TVM .

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4.11 EXTREMOS DE FUNÇÕES: MÁXIMOS E MÍNIMOS

As derivadas de uma função y = f(x) fornecem informações importantes acerca do


comportamento do gráfico de f(x) no que se refere ao seu crescimento ou decrescimento e também
sobre os valores extremos (máximos e mínimos).

Definição: Seja f uma função contínua em um intervalo [a , b] e diferenciável em (a, b).

a) Crescimento:

f(x) é crescente no intervalo [a, b] se:

 x1 , x2  [a, b] tal que x1  x 2  f ( x1 )  f ( x 2 )

Se a f(x) for diferenciável em [a, b], não constante, tem-se que:

f'(x) > 0, a partir de, f'(x) = 0

b) Decrescimento:

f(x) é decrescente no intervalo [a, b] se:

 x1 , x2  [a, b] tal que x1  x2  f ( x1 )  f ( x2 )

Se a f(x) for diferenciável em [a, b], não constante, tem-se que:

f'(x) < 0, a partir de, f'(x) = 0

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Exemplo 26) Determinar os intervalos em que é crescente e os intervalos em que é decrescente a
função f(x) = x3 + x2 – 5x – 5.

Exemplo 27) Determinar os intervalos em que é crescente e os intervalos em que é decrescente a


função f(x) = -x3 + 6x2 - 9x + 5.

c) Valores extremos (Teste da Primeira Derivada):

Seja f(x) uma função definida em [a, b] tal que xo  [a, b], tem-se:

c.1) Ponto de mínimo local (ponto crítico):

Se xo é um ponto de mínimo local então, f’(x) = 0 ou não existe e, numa vizinhança de xo, tem-
se que:

 x  x0  f ' ( x)  0  f ( x) é decrescente

 x  x0  f ' ( x)  0  f ( x) é crescente

Exemplo 28) f(x) = x2 – 2x – 4

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c.2) Ponto de máximo local (ponto crítico):

Se xo é um ponto de máximo local então, f’(x) = 0 ou não existe e, numa vizinhança de xo,
tem-se que:

 x  x0  f ' ( x)  0  f ( x) é crescente

 x  x0  f ' ( x)  0  f ( x) é decrescente

Exemplo 29) f(x) = -x2 + 2x + 4

Quadro Resumo:

Ponto Crítico (xo) x < xo x > xo Conclusão

f’(xo) = 0 f’(x) > 0 (crescente) f’(x) < 0 (decrescente) xo é ponto de máx. local

f’(xo) = 0 f’(x) < 0 (decrescente) f’(x) > 0 (crescente) xo é ponto de min. local

RESUMO: Para determinar os extremos locais de uma função f(x).

I) Achar f’(x).

II) Achar os pontos críticos de f, isto é, os valores de x para os quais f’(x) = 0, ou


para os quais f’(x) não existe.

III) Substituir os pontos críticos em f(x) e verificar os máximos e mínimos.

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d) Teste da Derivada Segunda

A segunda derivada de uma função y = f(x), geralmente, facilita a verificação dos pontos
extremos locais em relação à primeira derivada. Baseia-se na observação geométrica de que, num
máximo local, a função f(x) é côncava para baixo num intervalo aberto I, contendo o ponto crítico xo
de f(x), enquanto que, num mínimo local, ela é côncava para cima.

TEOREMA 1: Suponha que uma função f seja diferenciável duas vezes em um ponto (xo ; yo)
então:

Se f’(xo) = 0 e f”(xo) > 0, então f tem em xo um mínimo local.

Se f’(xo) = 0 e f”(xo) < 0, então f tem em xo um máximo local .

Se f’(xo) = 0 e f”(xo) = 0, então o teste é inconclusivo, isto é, a função pode ter um máximo ou um
mínimo local ou nenhum dos dois em xo.

Ponto de inflexão: Se uma função f é contínua num intervalo aberto I contendo o ponto (x1 ; y1) e
se a função muda a direção da concavidade neste ponto, então, f tem um ponto de inflexão em
(x1;y1).

TEOREMA 2: Seja uma função f diferenciável até segunda ordem em um intervalo aberto I
contendo o ponto x1.

Se f”(x) > 0 em I, então a função tem concavidade para cima, ou seja, é côncava em I.

Se f”(x) < 0 em I, então a função tem concavidade para baixo, ou seja, é convexa em I.

Exemplo 30) Seja f(x) = x³ – 3x² + 1. Ache os pontos de máximo e mínimo e o intervalo em que a
função tem concavidade para cima e para baixo.

Solução:

f’(x) = 3x² – 6x => 3x(x – 2) = 0 => x1 = 0 e x2 = 2 pontos críticos

f”(x) = 6x – 6 => f ”(0) = -6 < 0 => f”(2) = 6 > 0

f(0) = 1 e f(2) = -3

Logo, a função tem um ponto de máximo local em x = 0 e um ponto de mínimo local em x = 2.

f”(x) = 6(x – 1) => x = 1 é ponto de inflexão.

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Se x < 1, f”(x) < 0. A função é convexa.

Se x > 1, f”(x) > 0. A função é côncava.

OBSERVAÇÃO: Os pontos de inflexão marcam os lugares no gráfico de y = f(x) nos quais a


taxa de variação de y em relação a x muda de crescente para decrescente ou vice-versa. Isto é,
mudam as inclinações das retas tangentes, ou seja, passa de crescente para decrescente ou vice-
versa. É também neste ponto que a função y = f(x) cresce mais rapidamente.

O exemplo físico a seguir nos ajuda a clarear as idéias: suponha que água seja acrescentada ao
frasco da figura abaixo, de tal forma que o volume aumenta a uma taxa constante e vamos examinar
a taxa, segundo a qual se eleva o nível y da água, ele irá crescer até atingir o ponto mais estreito no
gargalo do frasco. A partir deste ponto em diante, a taxa segundo a qual o nível da água se eleva irá
decrescer, à medida que o diâmetro aumenta. Desta forma, o ponto onde o frasco fica mais estreito é
aquele onde a taxa de variação de y em relação a t muda de crescente para decrescente.

y (nível da água)

Concavidade para baixo.


Ponto de inflexão ocorre
quando o nível da água
está no ponto mais
estreito do frasco
Concavidade
Para cima

t (tempo)

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4.12 ASSÍNTOTAS

Assíntota Vertical

A reta x = a é dita assíntota vertical do gráfico de uma função f se:

lim f ( x)   
xa

Assíntota Oblíqua

A reta y = kx + b é dita assíntota oblíqua do gráfico de uma função f se:

f ( x)
k  lim ; b  lim f ( x)  kx
x x x

 Se k = 0 e b ≠ 0, a reta y = b é dita assíntota horizontal do gráfico de uma função f se:

3x 2  5
Exemplo 31) Identifique as assíntotas, se existirem, de y  .
6x  8

Solução: A. V. se existir, está na restrição de domínio.

3x 2  5 4
lim  , logo x  é assíntota vertical.
x
4 6x  8 3
3

A. O. y = kx + b

3x 2  5
k  lim  k 0
x   (6 x  8) x

 3
 se x    ,
3x  5
2
3|x|  6
b  lim  lim  
x 6x  8 x 6x se x    ,  3
 6

3 3
As assíntotas horizontais são: y e y
6 6

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x 2  2x  1
Exemplo 32) Identifique as assíntotas, se existirem, de f ( x) 
x 1

Solução: x–10 => x1

D = R – {1}

x 2  2x  1
lim  
x 1 x 1
A função tem uma A.V. em x = 1.
x 2  2x  1
lim  
x 1 x 1

x 2  2x  1
k  lim  1
x 1 ( x  1) x
A função tem uma A.O. y = x + 3.
x 2  2x  1
b  lim x  3
x x 1

x2
Exemplo 33) Seja f ( x)  . Faça um esboço completo do gráfico desta função.
x 1

Solução: D = R – {1}

2 x( x  1)  x 2 x 2  2x
f ' ( x)  
( x  1) 2 ( x  1) 2

x 2  2x
0  x1  0 e x 2  2 P.C.
( x  1) 2

Pelo teste da 1ª derivada:

Se x < 0, f’(x) > 0 e se 0 < x < 2, f’(x) < 0, logo, f(x) tem um máx. em x = 0.

Se x > 2, f’(x) > 0 f(x) tem min. em x = 2.

2
f ' ' ( x)  => não existe f’’(x) = 0.
( x  1) 3

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Se x < 1, f’’(x) < 0 a função é convexa

Se x > 1, f’’(x) > 0 a função é côncava

x2
lim   a função tem uma A. V. em x = 1.
x 1 x 1

A. O. y = kx + b

x2 1
k  lim 1  k 1
x  x  1 x

x2
b  lim x  1  b 1
x  x 1

a função tem A. O. y = x + 1.

4.13 PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO

Exemplo 34) Ache as dimensões de um retângulo com perímetro de 100 m, cuja área é a maior
possível.

Solução: x
y
x = comprimento y = largura A = área

A = xy (1)

O perímetro é 100 m, então:

2x + 2y = 100 => y = 50 – x (2)

Substituindo (2) em (1), obtém-se:

A = x(50 – x) => A = 50x – x² (3)

Como x representa o comprimento, este não pode ser negativo e o perímetro não pode ultrapassar
100 m, então: 0  x  50.

A área representada por (3) será máxima quando encontrarmos um valor x que dê a maior área. Para
isso, usaremos a derivada.
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dA dA
 50  2 x => Para  0 , obtemos:
dx dx

50 – 2x = 0 => x = 25

Portanto, o valor máximo da área deve estar em [0 , 50] incluindo x = 25.

A = 500 – 0² => A = 0 m²

A = 5025 – 25² => A = 625 m² é área máxima

A = 5050 – 50² => A=0

P/S: Em qualquer figura retangular com perímetro constante, a área máxima será sempre um
quadrado.

Exemplo 35) Uma caixa aberta deve ser feita de uma folha de papelão medindo 16 cm por 30 cm,
destacando-se quadrados iguais dos quatro cantos e dobrando-se os lados. Qual é o tamanho dos
quadrados para se obter uma caixa com o maior volume?

Solução:

x = comprimento dos lados dos quadrados cortados

V = volume (em cm³) da caixa resultante

Como estamos cortando quadrados de lados x de cada canto, a caixa resultante terá dimensões x,
16 – 2x e 30 – 2x. O volume desta caixa é o mesmo de um paralelepípedo, portanto:

V(x) = x(16 – 2x)(30 – 2x) => V(x) = 480x – 92x² + 4x³

Sendo x o comprimento dos quadrados dos cantos, não pode ser negativo e a largura menor da caixa
não pode ultrapassar 16 cm, portanto, x tem restrições, logo: 0  x  8 ou x  [0 , 8].

dV
 480  184 x  12 x 2
dx

Para encontrarmos os pontos críticos, fazemos V’(x) = 0.

10
12x² – 184x + 480 = 0 => x1  e x2 = 12 são os pontos críticos
3

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10
Como x = 12 está fora do intervalo, então o ponto crítico que nos interessa é x1  .
3

V(0) = V(8) = 0, pois 0 e 8 são raízes da equação do volume.

 10 
V    726 cm 3 é o volume máximo.
3

10
Portanto, o valor procurado é x  cm .
3

Exemplo 36) Suponha que a disseminação de um vírus de gripe em um determinado campus


1000
universitário é modelada pela função y (t )  , em que y(t) é o número de pessoas
1  999e 0,9t
infectadas no instante t (em dias, começando em t = 0). Estime o dia em que o vírus se espalha mais
rapidamente.

Solução:

y(t) é o número de pessoas infectadas t é o nº de dias, começando em t = 0

899100 e 0,9t 1616761620 e 1,8t 809190 e 0,9t


y' (t )  ; y" (t )  
(1  999 e 0,9t ) 2 (1  999 e 0,9t ) 3 (1  999 e 0,9t ) 2

1616761620 e 1,8t 809190 e 0,9t


 0
(1  999 e 0,9t ) 3 (1  999 e 0,9t ) 2

1616761620e-1,8 t – 809190e-0,9 t (1 + 999e-0,9 t) = 0

1616761620e-1,8 t – 809190e-0,9 t – 808380810e-1,8 t = 0

808380810e-1,8 t - 809190e-0,9 t = 0

e-1,8 t = 0,001e-0,9 t => e-1,8 t e0,9 t = 0,001

e-0,9 t = 0,001 => -0,9t = -6,908


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t = 7,67  8 é ponto de inflexão

Como y’(t) é a taxa de variação de y em relação a t, temos que: y’(8)  220.

Resposta: No oitavo dia ocorrerá o maior nº de pessoas infectadas, 220 pessoas.

Exemplo 37) Deve-se construir um tanque, para armazenamento de um gás propano, em forma de
um cilindro circular reto com dois hemisférios esféricos nas extremidades. O custo do metro
quadrado dos hemisférios é o dobro do custo da parte cilíndrica. Se a capacidade do tanque deve ser
de 12 m³, que dimensões minimizam o custo da construção?

Solução: Sejam

C: função custo;

r: raio do hemisfério = raio do cilindro;

h: altura do cilindro.

Objetivo: Determinar as dimensões r e h que minimizam o custo na construção do tanque. Como o


custo está associado com a área total do tanque, temos que:

C = 2 [área de uma esfera = área de 2 hemisférios)] + (área lateral do cilindro)

C = 2 (4r²) + 2 rh = 8r² + 2rh com r > 0 e h > 0.

Precisamos encontrar uma relação entre r e h. Para isso, usaremos o volume do tanque

V = volume da esfera + volume do cilindro

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4 r 3 12 4r
V    r 2 h  12  h 
3 r2 3

 12 4r  16 r 2 24
C (r )  8 r 2  2 r  2    C (r )  
r 3 3 r

32 r 24
C ' (r )   2  C ' (r )  0
3 r

32 r 24 9
 2 0  r3
3 r 4

Pelo teste da 2ª derivada, temos que:

32 48  9
C " (r )   3  C "  3   0
3 r  4

9
Logo, r  3  1,31 m minimiza o custo da construção do tanque. Assim, a altura do tanque é
4
6
h   5,24 m.
3
3
2

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EXERCÍCIOS

1) Determinar o ponto crítico e dizer se é máximo ou mínimo local da função f(x) = x2 - 5x + 7.

2) Determinar o ponto crítico e dizer se é máximo ou mínimo local da função f(x) = -x³ + 2x - 13

3) Considere o gráfico da função abaixo e faça uma análise gráfica de f, observando, se existir(em),
assíntota(s) vertical(is), assíntota(s) horizontal(is), os intervalos em que f’(x) > 0 e f’(x) < 0 , os
intervalos em que f’’ (x) > 0 e f’’ (x) < 0 , pontos de máximo(s) e/ ou mínimo(s) relativos e o(s)
ponto(s) de inflexão.

4) Uma indústria química vende ácido sulfúrico a granel a R$ 100,00 por unidade. Se o custo de
produção total diário em reais para x unidades for: C(x) = 100000 + 50x + 0,0025x² e se a
capacidade de produção diária for de, no máximo, 7000 unidades. Responda:

a) Quantas unidades de ácido sulfúrico devem ser fabricadas e vendidas diariamente para
maximizar o lucro?

b) Beneficiaria ao industrial expandir a capacidade de produção diária?

5) Num certo processo de fabricação química, o peso diário y de produção defeituosa depende do
peso x de toda a produção, de acordo com a fórmula empírica y = 0,01x + 0,00003x², onde x e y
estão em libras. Se o lucro for de R$ 100,00 por libra do produto químico sem defeito e a perda for
de R$ 20,00 por libra de produto químico defeituoso produzido, quantas libras do produto devem
ser produzidas diariamente para maximizar o lucro diário total?

6) Uma lata cilíndrica fechada pode conter 1litro (1000 cm³) de líquido. Como poderíamos escolher
a altura e o raio para minimizar o material usado na confecção da lata?

7) Ache os pontos máximos e mínimos locais e os pontos de inflexão da função


f ( x)  x 4  43 x 3  4 x 2 , aplicando o teste da segunda derivada.

8) Ache os máximos e mínimos locais da função f(x) = sen(x) + cos(x), aplicando o teste da
segunda derivada.

9) Em cada item seguinte faça um esboço completo dos gráficos das funções.

a) f(x) = -4x³ + 3x² + 18x

b) h(x) = ( x  1) 3

c) f(z) = (4 – z)4

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x 2  2x  1
d) k(x) =
x

e) f(x) = 2cos(x) + 3

f) f(x) = e-xsen(x) + x

g) f(x) = x + ln(x)

h) f ( x)  2 x  x

10) Uma caixa retangular de base quadrada com tampa deve ser construída de forma que, cheia,
tenha V = 3 m³ de água. Encontre as medidas dos lados (em cm) que minimiza a área total A do
material usado na sua confecção.

11) Se uma lata fechada com volume de 16 cm³ deve ter a forma de um cilindro circular reto, ache
a altura e o raio, se um mínimo de material deve ser usado em sua fabricação.

12) Para se construir uma caixa d´agua retangular de base quadrada, com capacidade para 2000
litros. O material da tampa e da base custa R$ 3,00 por m² e o material para os lados custa R$ 1,50
por m². Encontre as dimensões da caixa cujo custo total do material seja mínimo.

20
13) Estima-se que, daqui a t anos, a população de um certo país será de p(t )  milhões.
2  3e 0,06 t

a) Qual é a população atual?

b) Qual será a população daqui a 50 anos?

c) Esboce o gráfico de p(t).

d) O que acontecerá com a população a longo prazo?

14) Esboce o gráfico da função que satisfaz as seguintes condições:

a) f(0) = 1; b) y = 1 é A.H. da função c) f não possui A.V.

d) f’(x) > 0  x  (- , -1)  (1 , +) e) f’(x) < 0  x  (-1 , 1)

f) f’’(x) > 0  x  (- , - 3 )  (0 , 3) g) f’’(x) < 0  x  (- 3 ,0)  ( 3 , )

15) Esboce o gráfico da função que satisfaz as seguintes condições:

a) D = {x  R / x ≠  1}; b) f’(x) > 0  x (- ,  3 )  ( 3 , +)

c) f’(x) < 0  x (  3 , -1)  (-1 , 1)  (1 , 3)

d) f’’(x) > 0  x  (- , -3)  (-1 , 0)  (1 , 3)

e) f’’(x) < 0  x  (-3 , 1)  (0 , 1)  (3 , +)


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f) f(0) = 0; f(-3) = -3/2; f(3) = 3/2

g) lim f ( x)   , lim f ( x)   , lim f ( x)   e lim f ( x)  


x  1 x 1 x   x  

16) Esboce o gráfico da função que satisfaz as seguintes condições:

a) D = R+ b) f’(x) > 0 x  D

c) f’’(x) > 0  x (0 ; 2,44) d) f’’(x) < 0  x (2,44 ; +)

e) f(0) = 1; f(2,44) = 5 e lim f ( x)  10


x  

17) Uma estação de rádio fez um levantamento dos hábitos dos ouvintes das 17hs à meia-noite. A
pesquisa mostra que a porcentagem de adultos sintonizados na estação x horas a partir das 17hs é
modelada por f ( x)   2 x 3  27 x 2  108 x  240  . Responda:
1
8

a) Em que instantes, entre 17hs e meia-noite, existem mais e menos ouvintes sintonizados na
estação? mais ouvintes = 17h e menos ouvintes = 20h

b) Qual é a porcentagem de ouvintes nestes momentos? 30% e 13%

18) Tem-se um terreno retangular de 4328 m² de área. Pretende-se murá-lo e sabe-se que o vizinho
de um dos lados paga a metade do muro que faz limite com sua propriedade. Para tanto, quais
devem ser as dimensões deste terreno para que se gaste o mínimo possível ao murá-lo?

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5. ANTIDERIVADA OU INTEGRAL INDEFINIDA

Até aqui estudamos essencialmente o problema: dada uma função, achar a sua derivada.
Muitas aplicações importantes do Cálculo envolvem o problema inverso: dada a derivada de uma
função, achar a função. Esta operação, que consiste em determinar a função original a partir de sua
derivada, é a operação inversa da diferenciação. É chamada antidiferenciação ou integração.

Diferenciação

F F’ = f(x)

Antidiferenciação

Como estas operações são inversas uma da outra, algumas aplicações da integração são
imediatas. Por exemplo, a integração de uma função aceleração gera uma função velocidade. A
integração pode ser utilizada para achar a área de uma região, o valor médio de uma função e o
volume de um sólido, etc.

Definição de Antiderivada: Uma função F(x) é uma antiderivada de uma função f(x) se, para
todo x no domínio de f, temos F’(x) = f(x).

Exemplo Seja f(x) = 2x, encontre a antiderivada F(x).

Solução:

Se F1(x) = x² => F’(x) = f(x) = 2x

Se F2(x) = x² + 1 => F’(x) = f(x) = 2x

Se F3(x) = x² – 5 => F’(x) = f(x) = 2x

Conclusão: As funções F1(x), F2(x) e F3(x) são antiderivadas de f(x) = 2x. Isto significa que se F(x)
é uma antiderivada de f(x), então também o é F(x) + C, onde C é uma constante arbitrária. Assim, o
processo de antidiferenciação não define uma única função, e sim uma família de funções, que
diferem entre si por uma constante.

Notação de Integral para Antiderivadas:

Sinal de integral Diferencial

 f(x) dx  F(x)  C
Integrando Antiderivada

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Em que f(x) é o integrando e C é a constante de integração. A diferencial dx na integral indefinida
identifica a variável de integração. Ou seja, o símbolo  f(x) dx denota a “integral de f em relação a
dy
x”, da mesma forma que o símbolo a “derivada de y em relação a x”.
dx

5.1 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA INTEGRAL INDEFINIDA

A integral indefinida de uma função f é representada geometricamente por uma família de


curvas que em pontos de mesma abscissa possuem retas tangentes paralelas.

Exemplo 1) Verifique que F1(x) = (x – 1)², F2(x) = x2 – 2x e F3(x) = x² – 2x – 1 são


antiderivadas de f(x) = 2x – 2. Faça o gráfico de F1, F2 e F3 no mesmo plano cartesiano. Como se
relacionam estes gráficos? O que podemos dizer sobre o gráfico de qualquer outra antiderivada de
f?

F1(x) = x² – 2x + 2 y = 2x – 2
F2(x) = x² – 2x y = 2x – 4
F3(x) = x² – 2x – 2 y = 2x – 6

F’1(x) = 2x – 2
F’2(x) = 2x – 2
F’3(x) = 2x – 2

Propriedades da Integral Indefinida:

P1) Uma constante pode se mover através do sinal de integração: isto é,

 c f ( x) dx  c  f ( x) dx
P2) A integral de uma soma é a soma das integrais, isto é,

  f ( x)  g ( x) dx   f ( x) dx   g ( x) dx

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Algumas Regras de Integração Direta

 dx  xC  k dx  kx  C

1
e dx  e x  C  x dx  ln | x |  C
x

x n 1
 x dx   C, para n  1  sen( x) dx   cos( x )  C
n

n 1

 cos( x) dx  sen( x )  C  sec ( x ) dx  tg ( x )  C


2

1
a dx  ax  C  cos sec
x 2
( x ) dx   cot g ( x )  C
ln | a |

 sec( x) tg ( x) dx  sec( x )  C  cos sec( x) cot g ( x) dx   cos sec( x)  C

 sec ( x ) dx  tg ( x )  C
2

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EXERCÍCIOS
Calcule as seguintes integrais indefinidas e verifique o resultado por diferenciação.

1
1)  6 dx 2)  du 3)  4x 2
dx

4 t2  2
 3t dt  (2x  3x - 1)dx  t 2 dt
2
4) 5) 3
6)

e   (x - 1)(6x - 5) dx
t 3
7) dt 8) x 2 dx 9)

 5x  (x  2) dx y
-3 3 2
10) dx 11) 12) y dy

3 2 3x 5  2 x  5
13)  x dx 14)  3x
dx 15)  x2 dx

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5.2 INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL

Esta técnica utiliza a Regra da Cadeia para a antidiferenciação. Considere a integral indefinida

 f (g(x)) g' (x) dx

Fazendo u = g(x) e, consequentemente, du = g’(x) dx, fazemos as substituições e obtemos:

du
 f (g(x)) g' (x) dx   f(u) g' (x) g' (x)
 f (u) du  F(u)  C  F(g(x))  C
Esta técnica só é possível se o integrando for do tipo f(g(x)) g’(x), ou seja, deve conter uma função
composta e a derivada da função interna da composta. Pode ser necessária a introdução de
constantes no integrando a fim de ajustá-lo para que esteja na forma f(g(x))g’(x). Quando fazemos
uma substituição, o objetivo é obter um integrando f(u) que é facilmente integrado através das
regras básicas de integração.

OBS: Consulte um livro de Cálculo e veja a demonstração que verifica a técnica de


Integração por Substituição e a sua relação com a Regra da Cadeia.

Diretrizes para a Integração por Substituição:

I) Observar o integrando e escrever a função u = g(x), dependendo de x, convenientemente.

II) Derivar a função u em relação a x e destacar o diferencial du.

III) Fazer os ajustes necessários no integrando para proceder a substituição.

IV) Escrever todo o integrando em função da variável u e procurar adaptá-la a uma ou mais
regras básicas de integração. Se nenhuma se ajustar, tentar outra substituição.

V) Após efetuar a integração, escrever a antiderivada como função de x.

Exemplo 2) Calcular a integral indefinida x x 2  1 dx

Solução: Consideremos a substituição u = x² – 1. Assim, du = 2x dx.

Para que 2xdx faça parte do integrando, sem alterá-lo, multiplicamos e dividimos por 2, então:

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x x 2  1 dx  Multiplicando e dividindo por 2.


1 1

2
 (x 2
 1) 2
2x dx Substituindo x e dx.
1 1
Aplicando a regra da potência.
  u 2 du
2

Simplificando e substituindo u para retornar a variável x.

3
1u 2 1 2 3
 C  (x  1) 2  C.
2 3 3
2

 9( x
2
Exemplo 3) Resolva a integral:  3x  5) 8 (2 x  3) dx

Solução: O 2º fator é a derivada do 1º fator. Usando uma substituição u, temos que:

du
u = x² + 3x + 5 => du = (2x + 3)dx =>  dx
2x  3

du
 9u  9u
8 8
( 2 x  3)  du  u 9  C
2x  3

substituindo u = x² + 3x + 5, obtemos a solução final:

 9( x
2
 3 x  5) 8 (2 x  3) dx  ( x 2  3 x  5) 9  C

3 x 4 2
Exemplo 4) Resolva a integral x e dx

du
Solução: Usando a substituição u = x4 + 2, du = 4x³ dx =>  dx , então:
4x3

du 1 1 u
x 4e
3 u u
e 3
 du  e C
4x 4

3 x4 2 1 x4  2
x e dx 
4
e C

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3x
Exemplo 5) Resolva a integral  2
dx
x 5

du
Solução: Fazemos u = x² + 5; du = 2x dx  dx
2x

1
3x du 3 1 3u 2
 u 2x
  2 u 2 du  2 12  C

3x
 dx  3 x 2  4  C
1
3u 2 C =>
2
x 5

Algumas Integrais por substituição:

1 1
 sen(k u) du  
k
cos(k u )  C  cos(k u) du 
k
sen(k u )  C

1 ku
e du  e C  cot g ( x) dx  ln sen( x) C
ku

 tg ( x) dx   ln cos( x)  C  ln sec( x)

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EXERCÍCIOS

Lista 1) Resolva as seguintes integrais usando substituição ou mudança de variável.

2 2
1)  (t - 9) 2
dt  -
t-9
 C

e 3x 1
2)  1  e 3x dx  
3
ln( 1  e 3 x )  C

1 3x2
 2x
2
3) e 3x dx  e  C
3

2
4)  1  x dx  1  x 3 2  C
3

1 5x
5)  e 5x dx  e C
5

ln t 1 2
6)  dt  ln (t )  C
t 2

12x  2
7)  3x
2
x
dx   
2 ln 3x 2  x  C

8) 
1
t 1
dt    
2 t  1  2 ln t  1  C
x2 1 1
9)  2 x  1 2  1 2 x  1 2  3 2 x  1 2  C
5 3 1
dx 
2x 1 20 6 4
3
10)  t 3 t  1 dt t  1 3  3 t  14 3  C
7

7 4

6x  2x
11)  x
dx  6x  2 2x  C

2
12)  ( x  1) 2  x dx 2  x  2  2 2  x  2  C
5 3

5 3

2
13)  x x  3 dx x  3 2  2x  3 2  C
5 3

5
x2 1
14)  ( x  1) 2 dx  x
x 1
 2 ln( x  1)  C

t
15)  dt   1 t2  C
1- t 2
2
16)  x 2 1  x dx 1  x  2  4 1  x  2  2 1  x  2  C
7 5 3
 
7 5 3

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Lista 2)

5 4
a)  (5 x 3  2 cos( x)) dx  x  2 sen( x)  C
4
1
b)  dt  sec(t )  C
cos(t ) cot g (t )
7
c)  cos ec( x) dx   cos( x)  C

sec(t )
d)  cos(t ) dt  tg (t )  C

tg ( z )
e)  cos( z ) dz  sec( z )  C

sen(2 x)
f)  cos( x)
dx   2 cos( x)  C

g )  (3 sec( x) tg ( x)  5 cos ec 2 ( x)) dx  3 sec( x)  5 cot g ( x)  C


2 cot g ( x)  3 sen 2 ( x)
h)  sen( x)
dx   2 cos ec( x)  3 cos( x)  C

 tg ( x)  cot g 2 ( x)  4 dx   tg ( x)  cot g ( x)  2 x  C


2
i)

 4 cos ec( x) cot g ( x)  2 sec ( x ) dx   4 cos ec( x)  2tg ( x)  C


2
j)
3 tg ( )  4 cos 2 ( )
k)  cos( )
d  3 sec( )  4 sen( )  C

 3 cos ec (t )  5 sec(t ) tg (t ) dt   3 cot g (t )  5 sec(t )  C


2
l)
sec(t ) sen(t )
m)  cos(t )
dt  sec(t )  C

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5.3 INTEGRAL POR PARTES

Não é possível resolver algumas integrais pelos métodos vistos até agora como substituição de
variável (por exemplo). A técnica de integração que veremos agora consiste em interpretar uma
função como sendo o produto de uma função pela diferencial de outra função.

Se u = f(x) e v = g(x) são funções diferenciáveis, então, pela regra do produto, temos que:

d
 f ( x)  g ( x)  d u  v  u '  v  u  v'
dx dx

Integrando ambos os lados, obtemos:

 d u  vdx   du  v dx   u  dv dx

u v  C   du  v dx   u  dv dx

 u  dv dx  u v   du  v dx  C

Na prática, escrevemos: u = f(x), du = f’(x) dx; v = g(x), dv = g’(x) dx

Portanto podemos escrever:  u  dv  u v   v  du

 xe
x
Exemplo 6) Resolva a integral dx

Solução:

fazendo u=x e dv = ex dx

du = dx e v =  e x dx => v = ex

Portanto,  xe
x
dx  x e x  e
x
dx  C  xex  ex  C

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x
2
Exemplo 7) Resolva a integral ln( x) dx

Solução: Fazendo, u = ln(x) e dv = x²

1 x3
 x dx 
2
du  dx e v=
x 3

x3 x3 1 x3 1
x ln( x) dx  ln( x)   3 x dx  ln( x)   x 2 dx
2

3 3 3

x3 x3
 x ln( x) dx  ln( x)  C
2

3 9

x
2
Exemplo 8) Resolva a integral cos( x) dx

Solução: Fazendo, u = x² e dv = cos(x)

du = 2x dx e v =  cos( x ) dx => v = sen(x)

 x 2 sen( x )   sen( x) 2 x dx u = 2x e dv = sen(x)

du = 2 dx e v = -cos(x)


 x 2 sen( x )   2 x cos( x )    cos( x ) 2 dx  = x² sen(x) + 2x cos(x) – 2 sen(x)

Resumindo:

 Se a integral for do tipo:  potência * seno ou cos seno dx

u = função potência e dv = função seno ou cosseno

 Se a integral for do tipo:  potência * exp onencial dx


u = função potência e dv = função exponencial

 Se a integral for do tipo:  potência * log aritmo dx

u = função logaritmo e dv = função potência


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5.4 INTEGRAÇÃO DAS DERIVADAS DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS

A integração das funções resultantes de trigonométricas inversas é expressa em forma de


teorema em que a demonstração é feita partindo da derivada da integral.

1 1 u
 1 u2
du  arcsen(u )  C  a2  u2
du  arcsen   C
a
1 1 1 u
 1  u 2 du  arctg (u )  C  a 2  u 2 du  a arctg  a   C
1 1 u 1 1 1 ua
1 u 2
du  ln
2 u 1
C a 2
u 2
du  ln
2a u  a
C

1 1 u 1 1 1 ua
u 2
1
du  ln
2 u 1
C u 2
a 2
du  ln
2a u  a
C

1 1 1 u
u u 12
du  arc sec(u )  C u u a
2 2
du 
a
arc sec   C
a

1
Exemplos 9) Resolva a integral:  3x 2  2 x  5 dx
Solução: Vamos fatorar o denominador para obtermos um quadrado perfeito, então:

dx dx dx dx
 3( x 2
 23 x )  5
  3( x 2
 23 x  19 )  5  13
  3x   1 2
 143
  3x  
1 2
 149 
3 3

1 1 1 1  x  13  1  1 (3 x  1) 
 C arctg  3 C
3  x  13 2  149
dx  arctg 
3 314  1 14  14  
 3 14 
1
3 

14  3x  1 
 arctg  C
14  14 

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2x  7
Exemplo 10) Resolva a integral  x 2  2 x  5 dx
Solução: Como d(x² + 2x + 5) = (2x + 2)dx, então:

2x  2  5 2x  2 5
 x 2  2x  5 dx   x 2  2x  5 dx   x 2  2x  5 dx
 
I II

(I ) u = x² + 2x + 5; du = (2x + 2)dx

2 x  2 du 1
 u 2x  2
  u du  ln | u |  ln | x 2  2 x  5 |

dx 1 5  x  1
(II ) 5 2
 5 2
dx  arctg  C
x  2x  1  4 ( x  1)  4 2  2 

Somando (I ) + (II ), obtemos:

2x  2 5 5  x  1
 x 2  2 x  5 dx   x 2  2 x  5 dx = ln x 2  2 x  5  arctg  C
2  2 
 
I II

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EXERCÍCIOS

1) Calcule as seguintes integrais:

dx 1  3x 
a)  4  9x 2

3
arcsen   C
 2
dt 1 t
b)  2  arctg    C
t  25 5  5
dx 1  x
c)  4x x  16
2

16
arc sec   C
 4
dx 2  2x  1
d) x 2
x2

7
arctg 
 7 
  C

dx 5  10 
e)  2  5x 2

5
arcsen  x   C
 2 
f)
dx
 (1  x) x
 2 arctg  x  C

2 x
g )  2 x dx  C
 ln | 2 |
2
1 4x
h)  x 4  x2
dx   C
2 ln | 4 |
x 1
i)  sec( x 2
)
dx 
2
sen( x 2 )  C

secln | x |tg ln | x |


j)  dx  secln | x |  C
x
dx 1 x 
k)  2  arctg   1
x  4x  8 2 2 

2) Resolva as seguintes integrais:

x 2x 1 2x
 xe  e  e C
2x
a) dx
2 4

 x sec  x tg ( x)  ln | cos( x) |  C
2
b) ( x) dx

x 2 2x x 2x 1 2x
 x e dx  e  e  e C
2 2x
c)
2 2 4

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1 x
d) e
x
cos( x ) dx  e sen( x)  cos( x )  C
2

1 x
e)  x cos(5 x) dx 
25
cos(5 x) + sen(5 x)  C
5

x2 1 x
 x sen(4 x) dx   cos(4 x) + sen(4 x)  C
2
f) cos(4 x) +
4 32 8

2 32 4 3
g)  x ln( x ) dx 
3
x ln | x |  x 2  C
9

x 1
 x cos ec   cotg (3 x) + ln | sen(3 x) |  C
2
h) (3 x ) dx
3 9

2x3 2x3
 x ln( x ) dx  ln(x)   C
2 2
i)
3 9

x 2 -x 2 1 -x 2
 x e dx
2
3 x
j)   e  e  C
2 2

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5.5 SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA EM INTEGRANDOS TRIGONOMÉTRICOS

Uma forma diferente de substituição ocorre quando se deseja operar com funções
trigonométricas elevadas a certas potências. Nesse caso as seguintes regras podem ser utilizadas:

Separar sen( x )
m ímpar Transformar os senos restantes em co-senos
u  cos( x )
Separar cos( x )
 sen ( x) cos ( x)dx
m n
n ímpar Transformar os co-senos restantes em senos
u  sen( x )

1  cos( 2 x ) 1  cos(2 x)
m, n pares Usar sen 2 ( x )  e cos 2 ( x) 
2 2
Separar tg ( x ) sec( x )
m ímpar Transformar as tangentes restantes em secantes
u  sec( x )

 tg ( x) sec ( x).dx
m n
Separar sec 2 ( x )
n par Transformar as secantes restantes em tangentes
 cot g ( x) cos sec ( x) dx
m n
u  tg (x )

m par e n ímpar Não há método padrão. Tentar integração por partes.

 sen
5
Exemplo 11) ( x) cos 4 ( x)dx

Solução:

 sen ( x)  cos 4 ( x) sen( x) dx   1  cos ( x)  cos 4 ( x) sen( x) dx


2 2
 sen ( x) cos 4 ( x) dx 
5 2 2

 1  2 cos ( x)  cos 4 ( x) cos 4 ( x) sen( x) dx   cos ( x)  2 cos 6 ( x)  cos 8 ( x)  sen( x) dx


2 4

u = cos(x) -du = sen(x)dx

u 5 2u 7 u 9
  (u  2u  u ) du  
4 6

8
 C
5 7 9

1 2 1
 sen ( x ) cos 4 ( x) dx   cos 5 ( x)  cos 7 ( x )  cos 9 ( x )  C
5

5 7 9

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 tg
6
Exemplo 12) ( x ) sec 4 ( x ) dx

 tg ( x) sec 4 ( x) dx   tg
6 6
( x) sec 2 ( x) sec 2 ( x) dx
Solução:

 tg
6
 
( x) 1  tg 2 ( x) sec 2 ( x) dx   tg
6

( x)  tg 8 ( x) sec 2 ( x) dx

u = tg(x) du = sec²(x)dx

 
u7 u9
u  u du 
6
 C
8

7 9

1 7 1
 tg ( x ) sec 4 ( x ) dx  tg ( x )  tg 9 ( x )  C
6

7 9

Integrais com integrando do tipo a2  x2 , a2  x2 e x2  a2 .

Se u > 0 Se u < 0

a2  u2

2

u
a

a -
2
u

a2  u2

Se u > 0 Se u < 0
 a
2

u
a u2 2
a2  u2
u

-
a 2

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Se u > a Se u < -a

a
2

u u2  a2
u u2  a2
-
 
a 2

Assim, as substituições normalmente utilizadas nestes casos são:

Expressão Substituição identidade


a2  x2 x  a sen  para 

 
 1  sen 2    cos 2  
2 2
a2  x2 x  a tg   para 

 
 1  tg 2    sec 2  
2 2
x2  a2 x  a sec  para 0   
 sec 2    1  tg 2  
2

9  x2
Exemplo 13) Calcular a integral  x2
dx

 
Solução: seja x  3sen  , onde    . Então, dx  3 cos   d e
2 2

9  x2 9  9sen 2   
9 1  sen 2    3 cos( ) d
 x2
dx   9 sen 2 ( x)
3 cos( ) d   sen 2 ( )

9 cos 2   9 cos 2  
 3 cos( ) d   9 sen( ) d   cot g ( ) d
2

9 sen( )

 (cos sec ( x)  1) d   cot g ( )    C


2

. 3 x  3sen 

Porém, deve-se voltar à variável original x , então do triângulo


3 cos   9  x 2

3 cos   9  x2
obtém-se, cot    
3sen   x

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x  x
e de x  3sen   sen      arcsen  , tem-se:
3 3

9  x2 9  x2  x
 x 2
dx  
x
 arcsen   C
3

1
Exemplo 14) Calcular a integral x 2
x2  4
dx

 
Solução: seja x  2tg   , onde    . Então, dx  2 sec 2   d e
2 2

Aplicando a substituição trigonométrica, tem-se que:

dx 2 sec 2   1 sec 2  
x   4 tg   d 
2  tg 2   4 tg 2 ( )  1
d
2
x2  4 2
4 tg 2 ( )  4  

1 sec2 ( ) 1 sec( ) 1 1 cos   1 cos( )


2


4 tg ( )sec( )
2
d  
4 tg ( )
2
d  
4 cos   sen  
2
d  
4 sen 2 ( )
d

u  sen( ) 1 1 1 1 1 cos sec  


du  cos( ) d )
= 
4 u 2
du      
4 u 4sen  
 
4
C

Porém, deve voltar-se à variável original x , então do triângulo

x2  4
x2  4 x  2tg  
obtém-se, cos sec   
x

dx x2  4 2
x 2
x2  4
 
x
C

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x
Exemplo 15) Calcular a integral  x 42
dx

 
Solução: seja x  2 tg   , onde    . Então, dx  2 sec 2   d
2 2

 
x 2  4  4 tan 2    1  2 tan 2    1  2 sec 2    2 sec    2 sec   .

2 tg   2 sec 2  
 2 sec   d  2 tg  sec   d  2 sec( )  C

Voltando à variável original x: x2  4


x  2tg  

2 4  x2
2 sec( )   2  4  x2
cos   2 2

x
Finalmente:  x 4
2
dx  x2  4  C

5.6 INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES SENO E COSSENO DE ARCOS DIFERENTES

Nestes casos, deve-se usar uma das identidades a seguir para reduzir os integrandos a integrais
mais simples de resolver.

sen(ax) cos(bx)  12 [ sen(a  b) x   sen(a  b) x ]

sen(ax) sen(bx)  12 [cos(a  b) x   cos(a  b) x ]

cos(ax) cos(bx)  12 [cos(a  b) x   cos(a  b) x ]

Exemplo 16)  sen(2 x) cos(4 x) dx


Solução: sen(ax) cos(bx)  12 [ sen(a  b) x   sen(a  b) x ]

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1 1 1 1 
 sen(2 x) cos(4 x) dx   2 sen(6 x)  sen(2 x) dx    cos(6 x)  cos(2 x)   C
2 6 2 

1 1
 sen(2 x) cos(4 x) dx 
4
cos( 2 x )  cos(6 x )  C
12

Exemplo 17)  cos(3x) cos( 4 x) dx


Solução: cos(ax) cos(bx)  12 [cos(a  b) x   cos(a  b) x ]

1 11 
 cos(3x) cos(4 x) dx   2 cos(7 x)  cos( x) dx   sen(7 x)  sen( x)   C
27 

1 1
 cos(3x) cos(4 x) dx 
14
sen(7 x )  sen( x )  C
2

5.7 INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR MEIO DE FUNÇÕES PARCIAIS

Toda função racional pode ser escrita na forma de uma fração racional, isto é, como a razão de
dois polinômios da forma:

p( x) a n x n  a n 1 x n 1  a n  2 x n  2  ....  a 0
f ( x)  
q ( x) bm x m  bm 1 x m 1  bm  2 x m  2  ...  b0

Se o grau do polinômio do numerador for menor que o grau do polinômio do denominador a


fração é dita própria, do contrário é dita imprópria.

No caso das impróprias, ao dividir o numerador pelo denominador, segundo divisão de


polinômios, pode-se representar a fração dada como a soma de um polinômio e de uma fração
própria. Assim:

p ( x) R( x)
f ( x)   Q( x) 
q( x) q( x)

R( x)
Em que Q(x) é um polinômio e é uma fração própria.
q ( x)

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R( x)
Como Q(x) é um polinômio, integrá-lo, é simples. Vejamos o caso em que , que é uma
q( x)
fração própria, conforme o método a ser apresentado.

Método dos Coeficientes Indeterminados

p( x)
Neste método é útil escrever f ( x)  como uma soma de frações parciais. Os
q( x)
denominadores destas frações são obtidos fatorando-se o polinômio q(x) em um produto de fatores
lineares e ou quadráticos. Às vezes isto pode não ser fácil, porém há um teorema que nos diz que:

“Qualquer polinômio com coeficientes reais pode ser expresso como um produto de fatores
lineares e ou quadráticos, de tal forma que cada um dos fatores tenha coeficientes reais.”

Depois de feita a fatoração, o método para determinar as frações parciais depende da natureza
desses fatores. Vamos considerar vários casos, para tanto, tomemos o polinômio q(x) de grau n cujo
coeficiente de termo xn é 1, caso contrário, seremos obrigados a dividir tanto o numerador quanto o
denominador por este coeficiente.

1º Caso: As raízes de q(x) são todas reais e distintas.

Neste caso, podemos escrever q(x) da forma:

q( x)  ( x  x0 )( x  x1 ) ... ( x  xi )

onde os xi, com i = 1; 2; ... ; n são as raízes reais de q(x).

p( x)
A função racional f ( x)  pode ser decomposta em frações mais simples, da forma:
q( x)

p( x) A0 A1 A2 Ai
f ( x)      ... 
q ( x) x  x0 x  x1 x  x 2 x  xi

Onde os Ai, com i = 1; 2; ... ; n são constantes a serem determinadas.

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x  2
Exemplo 18) x 2
x2
dx ,

x  2 A B A  x  2  B x  1 A  B x  2 A  B
Solução:    
x  1x  2 x 1 x  2 x  1x  2 x2  x  2

 1
A  B  1  A  1 B A  1 B A   3

     4  
  2A B  2  2 1  B   B  2 
B
3 B
4
 3

x  2dx 1 1 4 1 1 4
dx   ln  x  1  ln x  2   C
x 2
x2
 
3 x 1
dx  
3 x2 3 3

x  2 4 1
Finalmente: x 2
x2
dx 
3
ln( x  2)  ln( x  1)  C
3

2º Caso: Os fatores de q (x) são todos lineares e alguns se repetem.

Admitindo que (x – x1) seja um fator que se repete r vezes, correspondente a este fator, existe
a soma de r frações parciais do tipo:

p( x) A0 A1 A2 Ai
f ( x)     r 1
 ... 
q( x) x  x0 ( x  x1 ) r
( x  x1 ) ( x  x1 )

onde os Ai, com i = 1; 2; ... ; n são constantes a serem determinadas.

Neste caso dizemos que as frações parciais possuem denominadores com raízes reais
múltiplas.

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x5  x4  8
Exemplo 19)  x 3  4 x 2 dx
Solução: Como o polinômio do numerador é maior que o do denominador é necessário efetuar
a divisão de polinômios, assim:

x5  x4  8 80 x 2  8
 x 3  4 x 2 dx   x  5 x  20 
2
dx
x3  4x 2

x 3 5x 2 80 x 2  8
   20 x   3 dx
3 2 x  4x 2

80 x 2  8 A B C A( x  4)  B x( x  4)  Cx 2
 2   
x 2 ( x  4) x x x4 x 2 ( x  4)

80x² – 8 = A(x – 4) + Bx(x – 4) + Cx²

159
Se x = 4 => 16C = 1272 => C
2

Se x = 0 => -4A =- 8 => A=2

1
Se x = 1 => -3A – 3B + C = 72 => B
2

x 3 5x 2  2 1 1 159 1 
   20 x    2    dx
3 2 x 2x 2 x 4

x5  x4  8 x 3 5x 2 2 1 159
Finalmente:  x3  4x 2 dx 
3

2
 20 x   ln( x) 
x 2 2
ln( x  4)  C

3º Caso: q(x) tem raízes complexas que podem ser repetidas.

A fração parcial correspondente a cada fator quadrático ax2 + bx + c no denominador é da


forma:

Ax  B
ax  bx  c
2

Sendo que o fator quadrático não pode ser decomposto num produto e fatores lineares. Do contrário
teríamos os casos anteriores.

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1
Exemplo 20) e x
(e 2x
 1)(e x  1)
dx

ex
Solução: reescrevendo o integrando, temos que:  (e 2x
 1)(e x  1)
dx

ex 1
u = ex du = ex dx  (e 2x
 1)(e x  1)
dx   (u 2
 1)(u  1)
du

1 Au  B C ( A u  B)(u  1)  C (u 2  1)
  
(u 2  1)(u  1) u2 1 u 1 (u 2  1)(u  1)

1  ( A u  B )(u  1)  C (u 2  1)  ( A  C ) u 2  ( A  B ) u  B  C

 1
A   2
A  C  0 
  1
 A  B  0  B  
 B  C  1  2
  1
C  2

ex 1 Au  B C
 (e 2x
 1)(e x  1)
dx   (u 2
 1)(u  1)
du   
u 1 u 1
2
du

 1 u 1 1 1  1 u 1 1 1 1
    2 u
2
  du    2
1 2 u 1 2 u 1
du   2
2 u 1
du  
2 u 1
du

1 1 1
  ln(u 2  1)  arctg (u )  ln(u  1)  C
4 2 2

dx   ln(e 2 x  1)  arctg e x   ln e x  1  C
ex 1 1 1
Finalmente:  (e 2x
 1)(e  1)
x
4 2 2

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EXERCÍCIOS

Resolva as seguintes integrais

1)  sen 2 ( x) cos 5 ( x) dx

e2x  1
2)  e 2 x  1 dx
3)  sen(2 x) cos(3x) dx
x2  4
4)  x
dx

5)  tg 3 ( x) sec 4 ( x) dx

cos( x)
6)  sen 2
( x)  6sen( x)  12
dx

1
7)  dx
6  x 
3
2 2

1
8)  dx
1  x 
3
2

1
9) x 2
x2  4
dx

x2  x  2
10)  x 2  1 dx
ln( x)
11)  x  4 x ln 2
( x)
dx

2x  1
12)  (x 2
 2 x) x 2  2 x
dx

x2
13)  x3
dx

x7  3 x
14)  6 4
x
dx

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x
e 1
15)  x

xe x
dx

3e 2 x  2e  x  2
16)  e 3 x  1 dx
2e x  1
17)  x 5
dx
e 2 x
e

18)  tg 2 ( x ) sec 3 ( x ) dx

3  3x 3
19)  ( x 2  1)( x 2  4) dx

x 5  9x 3  1
20)  x 3  9 x dx
x
21)  1 x  4 1 x
dx

3
x 4
22)  x2 3
x2 1  dx
1
23)  dx
x 2
 9
3

1
24) dx
4  x 1

ln 2 ( x)  2 ln( x)  10
25)  x
dx

26)  3sen(5 x) sen(3 x) dx

27)  5 cos(10 x ) cos( 4 x ) dx

28)  sen ( 2 x ) cos(8 x ) dx

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6. INTEGRAL DEFINIDA

O Problema da Área:
Calcule a área da figura pintada definida pelo gráfico a seguir:
y=x
Solução:

bh 22
a) A   A  2 ua
2 2

Somatórios: Utilizaremos agora uma nova notação para fazermos, de forma compacta, longas
somas. Esta idéia será muito útil na definição de integral definida, que veremos posteriormente.

Valor final de k
n
Símbolo de Somatório  f (k ) Fórmula de soma
k m
valor inicial de k

Lê-se: Somatório de f (k), para k variando de m até n.

Exemplos:

8 5
a) k3 b)  2k
k 1 k 1

5 6
c)  (2i  1) d)  (1) x (2 x  1)
i 0 x 0

7 5
e) 2 f)  2i
k 3 i 0

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Propriedades dos Somatórios
n n
( P 1)  c a k  c a k
k 1 k 1

n n n
( P 2)  (ak  bk )   ak   bk
k 1 k 1 k 1

n n n
( P 3)  (ak  bk )   ak   bk
k 1 k 1 k 1

Algumas Fórmulas em Somatórios

Teorema:

n
a) 1  1  1  1  1  ...  1  n
k 1

n
n(n  1)
a) k
k 1
 1  2  3  4  ...  n 
2

n
n(n  1)(2n  1)
b) 
k 1
k 2  12  2 2  3 2  ...  n 2 
6

n
n 2 (n  1) 2
c) 
k 1
k 3  13  2 3  33  ...  n 3 
4

Exemplos: Calcule as seguintes somas:

30 30 30 30
n(n  1)(2n  1) n(n  1)
a)  k (k  1)   (k 2  k )   k2   k 
6

2
k 1 k 1 k 1 k 1

30(30  1)( 2  30  1) 30(30  1)


   5(31)(61)  15(31)  9920
6 2

n n n n n
b)  (3  k ) 2   (9  6k  k 2 )   9  6 k   k2
k 1 k 1 k 1 k 1 k 1

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n(n  1) n(n  1)(2n  1) 2n 3  n 2  2n 2  n
 9n  6   9n  3n 2  3n 
2 6 6

54n  18n 2  18n  2n 3  n 2  2n 2  n 1 3 7 2 73


  n  n  n
6 3 2 6

b) Outra alternativa é dividirmos a figura em retângulos, como:

x x

Figura (a) Figura (b)

Na figura (a), os retângulos têm base x e altura igual ao valor da função nos extremos direitos.

Na figura (b), os retângulos têm base x e altura igual ao valor da função nos extremos esquerdos.

Consideremos uma região R no plano, limitada pelo eixo x, as retas x = a e x = b, e a curva


definida pela função y = f(x), como mostra a figura a seguir.

Estimando o valor da área A(R): Sabemos como calcular a área de um retângulo, certo? A área de
um retângulo de largura l e altura h é dada por A = l h.

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6.1 SOMA DE REIMANN

SOMA SUPERIOR: Aqui, temos a função y = x sen(x) com a = 0 e b = 2 e dividimos o intervalo


[0 , 2] em 15 subintervalos de largura x. Denotamos os extremos destes subintervalos por xi, onde
0  i  2. Então a soma superior das áreas dos 15 retângulos será:

15
ba 20 2
S15   f ( xi ) x ; x   
i 1 n 15 15

S15  f ( x1 )x  f ( x 2 )x  f ( x3 )x  f ( x 4 )x  ...  f ( x15 )x

S15   f ( x1 )  f ( x 2 )  f ( x3 )  f ( x 4 )  ...  f ( x15 )  x

 2 4 6 8  10   2


S15   f  f  f  f  f    ...  f 2 
  15   15   15   15   15   15

 0,018  0,07  0,156  0,271  0,412  0,574  0,75  0,934  1,118  1,296  1,459  
S15    0,133
1,599  1,710  1,785  1,818 

S15 = (13,97) 0,133  1,858 ua

Geometricamente, aumentando o número de pontos da partição, uniformemente distribuídos, a


soma superior se aproxima da área sob o gráfico de f(x) = x sen(x) no intervalo [0, 2]. Então, a soma
superior das áreas dos n retângulos será:

n
S n   f ( xi ) x
i 1

Algebricamente, S(n) se aproxima de A(R) (área da região R). Desta forma, podemos dizer
que:

n
lim S (n)  lim
n  n 
 f ( xi ) x  A( R)
i 1

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Esta soma é chamada soma de Riemann (matemático alemão Bernhard Riemann, 1826-1866).

SOMA INFERIOR: Para a mesma função y = x sen(x) com a = 0 e b = 2 e dividimos o intervalo


[0 , 2] em 15 subintervalos de largura x. Denotamos os extremos destes subintervalos por xi, onde
0  i  2. Então a soma inferior das áreas dos 15 retângulos será:

14
ba 20 2
S15   f ( xi ) x ; x   
i 0 n 15 15

S15   f ( x0 )  f ( x1 )  f ( x2 )  f ( x3 )  f ( x4 )  ...  f ( x14 ) x

 2 4 6 8  10   28   2


S15   f (0)  f    f    f    f    f    ...  f   
  15   15   15   15   15   15   15

 0  0,018  0,07  0,156  0,271  0,412  0,574  0,75  0,934  1,118  1,296  1,459  
S15    0,133
1,599  1,710  1,785 

S15 = (13,97) 0,133  1,616 ua

OBS: O valor preciso da área, por integração, é de: A = 1,741 ua

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Geometricamente, aumentando o número de pontos da partição, uniformemente distribuidos, a
soma inferior se aproxima da área sob o gráfico de f(x) = x sen(x) no intervalo [0, 2]. Então, a soma
inferior das áreas dos n retângulos será:

n 1
S n   f ( xi ) x
i 0

Algebricamente, S(n) se aproxima de A(R) (área da região R). Desta forma, podemos dizer
que:

n 1
lim S (n)  lim
n  n 
 f ( x ) x
i 0
i  A( R)

DEFINIÇÃO: Se f for uma função, positiva, definida no intervalo [a , b], então a integral definida
b
de f de a até b, denotada por  f ( x) dx , representa a soma das áreas de retângulos de f, dada por:
a
n b
A  lim  f ( x i ) x   f ( x) dx
n
i 1 a

Exemplo 1) Encontre a área sob o gráfico da função y = x² + x e acima do eixo x, com x  [0 , 3].

Solução: Utilizando a soma superior temos que:

3 n
ba 3
A   ( x 2  x) dx  lim
n
 f ( x ) x ,
i 1
i x 
n
, x 
n
0

x0 = 0,

x1 = x,

x2 = 2x,

x3 = 3x,

.............

xi = ix => f(xi) = (ix)² + ix

 (ix)  ix x  i (x) 2  ix x  lim


n n n
A  lim
n
i 1
2
 lim
n
i 1
2
n
i
i 1
2
(x) 3  i (x) 2

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 n n
  3  3  n(n  1)(2n  1)   3   n(n  1)  
2

A  lim (x)  i  (x)  i   lim   


3 2 2
     
 i 1   n   6   n   2  
n n
i 1

 33 n 3 1  1n 2  1
 9  n 2 1  1
   9  1  1  9  1 
A  lim  3  2 
  nlim 1   2    1  
n n

6  2   2
n n
 n     n  n  2  n 

9 27
A9  ua
2 2

6.2 TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO

Seja f uma função contínua em [a , b] e, se F for uma antiderivada de f em [a , b], então:

 f ( x) dx  F (b)  F (a)
a

em que a é o intervalo inferior e b é o intervalo superior.

Outra notação para a integral definida é:

 f ( x) dx  F ( x) ba  F (b)  F (a)


a

OBS: Se a área procurada estiver abaixo do eixo x, então, tem-se que:

b
A( x)    f ( x) dx   ( F (b)  F (a ))
a

Exemplos 2) Calcular a área definida pelas funções y = 2, x = 1 e x = 4 e y = 0.

Solução:

 2 dx  2 x1
4
 2(4)  2(1)  6
1

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Exemplo 3) Calcular a área limitada por y = x + 2, x = -1 e x = 2 e eixo x.

Solução:

2 2
x2  22  (1) 2 
A   ( x  2) dx   2 x   2(2)    2(1) 
1
2  1 2  2 

3 15
A  24  A ua
2 2

Exemplo 4) Determine a área da região limitada pelas funções y = x² e y = 2x.

Solução: Neste caso, os intervalos de integração são os pontos de intersecção das funções em
x. Para a integração, faz-se a diferença entre a função “superior” e a “inferior”. Também
poderíamos inverter os intervalos de integração de x para y. Então, temos duas opções de solução.

a) x² = 2x => x² – 2x = 0

x1 = 0 e x2 = 2

2 2
x3  23
A   (2 x  x ) dx  x    2 2 
2 2
0
0
3 0 3

8 4
A  4  A  ua
3 3

y
b) y = x² => x y; y = 2x => x
2

4 4 4
 y  12 y  2 32 y 2  2 3 42
A    y  dy   y   dy  y    4  0
0
2 0
2  3 4  0
3 4

2 8 16 4
A 4  4  A ua
3 3 3

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Exemplo 5) Encontre o valor da área delimitada pelas curvas y = x², y = 2 – x² e y = 2x + 8.

Solução: Neste caso precisamos identificar a região limitada pelas curvas pelos gráficos e
então determinarmos os intervalos de integração para o cálculo da área solicitada.

Intersecções: x² = 2x + 8

x² – 2x – 8 = 0 x1 = -2 e x2 = 4

x² = 2 – x² => 2x² = 2

x² = 1 => x1 = -1 e x2 = 1

1 1 4
At   (2 x  8)  ( x 2 ) dx   (2 x  8)  (2  x ) dx 
2
 (2 x  8)  ( x
2
) dx
2 1 1

1 1 4
At   2 x  8  x 2 dx   2 x  6  x dx 
2
 2x  8  x
2
dx
2 1 1

1 1 4
x3 x3 x3
At  x  8 x 
2
 x  6x 
2
 x  8x 
2

3 2
3 1
3 1

100
At  ua
3

Exemplo 6) Determine a área da região limitada pelas funções y² = 2x – 2 e y = x – 5.

Solução: o intervalo de integração é a intersecção das funções, assim:

2x – 2 = (x – 5)²

2x – 2 = x² – 10x + 25

x² – 12x + 27 = 0 => x1 = 3 e x2 = 9

Se o intervalo de integração for em x, deve-se dividir em duas áreas, então:

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At  A1  A2
3 9
At  2 2 x  2 dx   2 x  2  ( x  5) dx  18 ua
1 3

Mas se o intervalo de integração for em y, a mesma área é obtida de forma mais simples:

4
4
 y2  4
 y2  y2 y3
A   y  5    1 dy  2 2  4  dy 
 y    4y  18 ua
2  2  2 6 2

6.3 COMPRIMENTO DE ARCO

Embora as fórmulas para comprimento de arcos circulares apareçam nos primeiros dados
históricos conhecidos, muito pouco se sabia sobre os comprimentos de curvas mais gerais até a
metade do século XVII. Nesta época, foram descobertas fórmulas para o comprimento de arco para
algumas curvas específicas, tais como a ciclóide. No entanto, problemas básicos como os de
encontrar o comprimento de uma elipse desafiaram os matemáticos daquele período e quase
nenhum progresso foi feito no problema genérico de encontrar o comprimento de uma curva até o
advento do cálculo no século seguinte.

Para chegar a uma fórmula conveniente, empregaremos um processo análogo ao que poderia
ser usado para aproximar o comprimento de um arame encurvado. Imaginemos o arame dividido
em muitas partes pequenas por meio de pontos Qo, Q1, Q2, ..., Qn, conforme a figura abaixo.
Podemos obter uma aproximação do comprimento de pedaço entre Qk-1 e Qk (para cada k) medindo
a distância d(Qk-1, Qk).

A soma de todas as distâncias é uma aproximação do comprimento total do arame. O processo


que utilizaremos para o gráfico de uma função é semelhante; apenas aqui determinaremos o
comprimento exato tomando um limite de somas de comprimento de segmentos retilíneos. Este
processo conduz a uma integral definida. Para garantir a existência da integral, devemos impor
restrições à função como se indica a seguir.

y
xk
Qk
Qn = B
Qk -1

Q1 Q2

a = xo x1 x2 xk -1 xk xn = b x

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TEOREMA DO VALOR MÉDIO: Se f é uma função contínua em um intervalo fechado [a, b] e
diferenciável no intervalo aberto (a , b), então, existe um número c tal que

f (b )  f ( a )
f ' (c )  ou equivalente f(b) – f(a) = f’(c)(b – a).
ba

Unindo cada ponto Qk-1 a Qk por um segmento de comprimento d(Qk-1, Qk), o comprimento L
da linha resultante é:

n
L   d (Qk 1 , Qk )
k 1

A distância entre os pontos Qk-1 e Qk é dada por:

d (Qk 1 , Qk )  ( xk  xk 1 ) 2   f (k k )  f ( xk 1 ) 2

Pelo teorema do valor médio, temos que:

f(xk) – f(xk -1) = f’(wk)(xk – xk -1)

Para algum nº wk no intervalo aberto (xk, xk -1). Substituindo f(xk) – f(xk -1) e xk = xk – xk -1 na
fórmula da distância, obtemos:

d (Qk  1 , Qk )  ( x k ) 2   f ' ( w k )  x k  2  (  x k ) 2   f ' ( wk )  2 (  x k ) 2

d (Qk  1 , Qk )  1   f ' (w ) ( x


k
2
k )2  1   f ' (w )    x
k
2
k

Conseqüentemente,

 1   f ' (w )    x
n
L  k
2
k
k 1

Esta é uma soma de Riemann, sendo que o limite desta soma nos remete a uma integral definida,
portanto:

1   f ' (w )    x 1   f ' (w )  dx
n b
L  lim
n
 k
2
k   k
2

k 1 a

DEFINIÇÃO: Seja y = f(x) uma função contínua e suave, isto é, f’ é contínua em x  [a, b]. O
comprimento do arco do gráfico de f de A(a , f(a)) até B(b , f(b)) é dado por:

b
L   1   f ' ( x) 2 dx
a

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Se x = f(y), em que f’(y) seja contínua em [c, d], então, o comprimento (L) do arco da função é
definido por:

d
L   1   f ' ( y ) 2 dy
c

3
Exemplo 7) Ache o comprimento de arco da curva y  x 2 , de (1, 1) até (2, 2 2 ).

b
3 12
Solução: L   1   f ' ( x)2 dx ; y'  x
a
2

2 2 2
3 1  9
L   1   x 2  dx
2 
  1
4
x dx
1 1

9 9 4
u 1  x, du  dx, du  dx
4 4 9

2
9  2
2 2 3
1 4 4 2 32  8 
L  u 2
9
du 
93
u  
1
1  x  
27  4  
1 1

8  9  2   8  11  2  13  2 
3 3 3 3
2
 9 1  2
L = 2,09 uc
L  1    1          
27  4   4   27  2   4  
 

Se utilizarmos os limites de integração em y com y  [1, 2 2 ], precisamos fazer x = f(y), logo:

d
2 1
1   f ' ( y ) dy
3 2

2
yx 2
 x y 3
; f ' ( y)  y 3 , L 
3 c

8 8

 
8 1 8
1 u y 3 du 1 1 2 32  1 3
2 

  u   9y 3  4 
1 2
2
du u
18 3  1
1
3 1 y3 6 18 1
27 1

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8 2 8
2 1  4
L  
1
1   y  3  dy
3 
 
1
1 2
9y 3
dy

8 2
9y 3  4 1
8
9 y 2
3
4  dy
 
1
2
9y 3
dy 
3 
1 y
1
3

1
 13 y 3 du
u  9 y  4, du  6 y  dx
2
3
dx,
6

1 
3 3 
 2
  1  1 
9  2  4  2  (9  4) 2   (22) 2  (13) 2 
2 2 2 3 3 3 3
L   9 8 3  4   9 (1) 3
   
4
27      27   27  
 

L = 2,09 uc

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EXERCÍCIOS

1) Ache a área da região limitada pela curva y = x² – 4x, pelo eixo-x e pelas retas x = 1 e x = 3.

A 22
3
 7,33 ua

2) Determine a área da região limitada pela curva y = x³ – 2x² – 5x + 6, eixo-x e pelas retas x = -1 e
x = 2. A  157
12
 13,08 ua

3) Ache a área da região limitada pelas curvas y = x² e y = -x² + 4x.

A  83  2,67 ua

4) Determine a área da região limitada pelas funções y² = 2x – 2 e y = x – 5.

A = 18 ua

5) Calcule a área da região limitada por: y = 9 – x², y = 0, x = 0 e x = 3.

A = 18 ua

 x
6) Calcule a área da região limitada por: y  3 cos , y  0, x   2 e x  2 .
2

A  6 2  8,48 ua

7) Ache a área da região limitada por: y  2 x  1, y  0, x  5 e x  17 .

A 224
3
 74,67 ua

8) Calcule a área da região limitada pelas curvas y = ex e y = 8x, com x  [0,144 ; 3,26].

A = 17,53 ua

9) Calcule as integrais definidas nos seguintes itens:

2
3
a) 
1
(t 3  3t ) dt  
4
5
1
b) 
1 2y 1
dy  2

3
12 x 5
c) 
2 ( x 2  1) 2
dx 
4

6
sen( 2 )
d) 
0 cos 2 ( )
d  0,29

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7
x2 652
e) 
1 x2
dx 
15

2
y
f) 
1 5 y
dy  0,81

3
116
g) x 1  x dx 
15
0
4
679
h)  ( x 3  6 x 2  9 x  1) dx 
1 64
2

4
3
 3 cos ec
2
i) (2 x) dx 
 2
8

 x
j )  cos  dx  2
0 2

10) Ache o comprimento exato do arco de curva no intervalo dado:

a) y = x3/2 – 1, x = 0 até x = 1 => L = 1,44 uc

b) x 
3

1 2
y 2 3
2
, y = 0 até y = 1 => L = 4/3 uc

c) y = x2/3, x = 1 até x = 8 => L = 7,63 uc

( x 6  8)
d) y  , x = 2 até x = 3 => L = 4,12 uc
16 x 2

1 x
e) y  (e  e  x ) , x = 0 até x = 3 => L = 10,0 uc
2

1 4 1 2
f) x  y  y , y = 1 até y = 4 => L = 32,1 uc
8 4

g) y  5  x 3 , x = 1 até x = 8 => L = 22,8 uc

h) y  6 3 x 2  1 , x = 0 até x = 5 => L = 18,32 uc

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6.4 VOLUME DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO

Um sólido de revolução é obtido fazendo-se girar uma superfície plana em torno de um eixo,
chamado de eixo de revolução. Esferas, cones, bolas de futebol e pneus são sólidos de revolução.
Nesta seção, usando integrais definidas, vamos calcular o volume de qualquer sólido de revolução.

Método do Disco ou da Arruela

O volume do sólido formado pela revolução, em torno do eixo x, da região delimitada pelo
gráfico de f e pelo eixo x (a  x  b), é dado por:

Dividindo o intervalo [a, b] numa partição de n subintervalos de comprimentos x e r = f(x), o


volume de um disco será:

V1 =  [f(x)]² x

O volume total V do sólido será: V = V1 + V2 + V3 + ... + Vn

n
V     f ( x) x
2
Então, podemos escrever:
i 1

n b
Finalmente: V  lim
n
   f ( x) x
i 1
2
    f ( x) dx
2

   f ( x)
2
Portanto: V  dx
a

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Exemplo 8) Considere a região limitada por f(x) = (2 – x)³ + 2, pelo eixo x e pelas retas x = 1 e
x=3, ver figura abaixo, e a partir do método do disco vamos encontrar o volume do sólido:

3
V     f ( x) 2 dx
1

   
3 3
2
V    (2  x)  2 3
dx  V    (2  x) 6  4 (2  x) 3  4 dx
1 1

u=2–x du = -dx -du = dx

3 3 3
V    u du  4  u du    4 dx
6 3

1 1 1

3 3
 4 4   
V  u7  u  4 x  V  (2  x) 7   (2  x) 4  4 x 
7 4 1 7 1

   
V  (2  3) 7   (2  3) 4  4  3    (2  1) 7   (2  1) 4  4  1
7  7 

  2
V     12     4  V   8
7 7 7

58 
V  uv
7

IMPORTANTE: Se o eixo de rotação for o y, então precisamos escrever x como função de y, isto é,
x = f(y) e o intervalo de integração será obtido no eixo y. Segue-se que:

   f ( y )
2
V  dy
c

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Exemplo 9) Calcular o volume do sólido formado quando a região limitada por y = x², x = 0 e x = 2
for girada em torno do eixo y.

Solução: Neste caso, fazemos: y = x² => x = y½

4
 y2 
4 
4 4
2

V     y 2  dy
1
  y dy V = 8 uv
2
     02 =>
0
  0
2 0 2

6.5 ÁREA DE UM SÓLIDO DE REVOLUÇÃO

Vamos considerar uma curva suave que esteja acima do eixo x. A rotação desta curva ao redor
do eixo x gera uma superfície de revolução. Veja o gráfico abaixo que mostra a superfície obtida
1
pela rotação da curva y  2 em torno do eixo x, para x variando no intervalo [1 , 3].
x

De um modo geral, uma superfície de revolução é a superfície obtida fazendo-se um arco de


curva girar em torno de uma reta situada no mesmo plano que ele. Nosso problema é o de calcular a
área de tal superfície. Podemos obter uma aproximação para esta área, considerando a superfície
gerada pela revolução, em torno do eixo x, de uma das poligonais usadas para aproximar o
comprimento do arco descrito pela curva geratriz da superfície original. Em cada um dos
subintervalos considerados esta rotação gerará um tronco de cone, conforme figura a seguir:

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Desse modo, se conhecermos a área lateral de um tronco de cone poderemos calcular a área da
superfície de revolução de um modo razoavelmente simples. A área lateral S de um tronco de cone
r r
com raio médio rm  1 2 , onde r1 e r2 são, respectivamente, os raios da base menor e da base
2
maior do tronco, e geratriz (altura inclinada) L é dada pela fórmula A = 2 rm L. Assim, podemos
calcular uma aproximação para a área da superfície de revolução gerada pela rotação, em torno do
eixo x, do arco suave y = f(x), com x variando no intervalo [a , b], dividindo o intervalo [a , b] em n
subintervalos iguais de comprimento x e, tal como no estudo que fizemos para o comprimento do
arco, aproximar o arco subtendido pelos pontos Pi = (xi , f(xi)) e Pi – 1 = (xi – 1 , f(xi – 1)), pelo
comprimento do segmento retilíneo que une estes dois pontos, ou seja, Pi 1 Pi  1   f ' (ci )  x ,
2

para algum ponto ci no i-ésimo subintervalo [xi – 1 , xi] da partição considerada. Repare que o tronco
de cone obtido pela revolução deste segmento de reta em torno do eixo x , tem geratriz Li = |Pi – 1 Pi|
f ( xi  1 )  f ( xi )
e raio médio rmi  . Como a função f é contínua e rmi está entre dois valores desta
2
função f(xi – 1) e f(xi) o Teorema do Valor Intermediário para funções contínuas garante que existe
um ponto di no intervalo [xi – 1 , xi], tal que rmi  f (d i ) . Pela fórmula estabelecida para a área de
troncos de cones, temos que a área deste tronco de cone é dada por
Ai  2  mi Li  2  f (d i ) 1   f ' (ci )  2 x . Somando-se as áreas desses cones obtemos a área
da superfície aproximadora.

n
A   2  f (d i ) 1   f ' (ci )  2 x
i 1

Se ci e di fossem o mesmo ponto do intervalo [xi – 1 , xi], então esta soma seria a soma de Riemann
para a integral

 2 f ( x) 1   f ' ( x)  dx
a

Intuitivamente, é claro que embora os números ci e di não sejam iguais, quando x tende a zero a
diferença entre ci e di também tende para zero e, portanto, a soma aproximadora tende para a
integral acima quando x tende a zero.

Tendo em vista o exposto acima, define-se a área A da superfície gerada pela revolução, em torno
do eixo x, do arco suave y = f(x), para x em [ a , b ], pela fórmula:

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n b
A  lim
n
 2  f (d i ) 1   f ' (ci ) 2 x 
i 1
 2 f ( x) 1   f ' ( x)  2 dx
a

desde que o limite acima exista. Ou equivalente:

b
A  2   f ( x) 1   f ' ( x)  2 dx
a

Sabendo que y = f(x) e fazendo ds  1   f ' ( x)  2 dx podemos abreviar a fórmula acima por:

b
A  2   f ( x) ds
a

e esta fórmula é fácil de guardar se pensarmos em 2 f(x)ds como a área de um tronco de cone
estreito, obtido pela revolução do pequeno arco ds em torno do eixo x . Nesse caso, y = f(x) é o raio
médio desse tronco estreito.

Uma fórmula semelhante pode ser obtida:

Se girarmos a curva y = f(x) em torno do eixo y.

b
A  2  x 1   f ' ( x)  2 dx
a

Se girarmos a curva x = g(y) em torno do eixo x.

d
A  2   y 1   g ' ( y )  2 dy
c

Se girarmos a curva x = g(y) em torno do eixo y.

d
A  2   g ( y ) 1   g ' ( y )  2 dy
c

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Exemplo 10) Um parabolóide de revolução é a superfície obtida ao girarmos um ramo de parábola
em torno de seu eixo. Ache a área do parabolóide de revolução obtido pela rotação do arco da
 
parábola y = x², para x  0 , 2 , em torno do eixo y.

plot3d([x*sin(t),x*cos(t),x^2],x=0..sqrt(2),t=0..2*Pi,orientation=[50,70],style=patch,axes=nor
mal);

b
Solução: A  2  x 1   f ' ( x)  2 dx
a

2 2
A  2  x 1  2 x  dx  2  x
2
1  4 x 2 dx
0 0

du
u = 1+ 4x² =>  x dx
8

9

9 1
du
A  2  u 2  u3
1
8 6 1

13
A ua
3

Exemplo 11) Calcule a área do sólido de revolução formado pela rotação do círculo
x² + (y – 1)² = 1 em torno do eixo x.

Solução: graficamente temos que:

Neste caso, devemos fazer: (y – 1)² = 1 – x² => y  1 1 x2

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b
A =  2 f ( x) 1  [ f ' ( x) ] 2 dx
a

 2 1    2 1  
2 2
1
 x  1
 x 
A= 1 x 2
1    dx 
 1 x 2
1    dx

 1 x  1 x
2 2
1  1 

  1  1 x x   1  1 x x
1 2 1 2
A = 2  1  1  x 2 2
dx  2  1  1  x 2 2
dx
1 1

1  
1 1
1 2
A = 2  1  x 2  1  1  x 2 dx  2  dx
1 1 x2 1 1 x2

1
1
A = 4  dx fazendo substituição trigonométrica, temos que:
1 1 x2

x = sen() => dx = cos() d

 
1 2 2
1 1
A = 4  dx  4  cos( ) d  4  d
1 1 x2 
1  sen 2 ( ) 
2 2


A = 4  2
 => A = 4² u.a.

2

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6.6 INTEGRAIS IMPRÓPRIAS

Até agora estudamos integrais definidas com limites de integração determinados, neste
momento introduziremos os casos em que os limites de integração são indefinidos, mais
específicamente quando estes limites tendem a infinitos ou valores nulos que geram infinitos na
função a ser integrada. Embora grande parte das funções tenham valores indefinidos quando
integrados com limites infinitos, uma boa parte fornece valores definidos nestas situações, agora
definimos a Integral imprópria como seque:

 b

  f ( x) dx  F ( x)
b
a) f ( x) dx  F ( x) a
b) 
a 

 
 
c)  f ( x) dx  F ( x)


d)  f ( x) dx  F ( x)
0
0

 f ( x) dx  F ( x)
0
e) 


No caso em que os limites de integração se estendem a valores infinitos e que existe o limite da
função para estes valores dizemos que a integral converge e que quando a função não apresenta
definição para o limite dizemos que esta diverge, ou seja chamamos as integrais impróprias de
convergentes ou divergentes de acordo com a possibilidade ou não da definição do limite que
permite calcular o referido valor da integral.

Para esta abordagem podemos verificar que, se F(x) é a integral indefinida de f(x), podemos
determinar o limite da integral:

 b
a.1) 
a
f ( x) dx  lim
b    f ( x) dx
a

b b
b.1) 

f ( x) dx  lim
a    f ( x) dx
a

 0 b
c.1) 

f ( x) dx  lim
a 
a
f ( x) dx  lim
b  f ( x) dx
0

 b
d.1) 
0
f ( x) dx  lim
b    f ( x) dx
0

0 0
e.1) 

f ( x) dx  lim
a    f ( x) dx
a

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
2
Exemplo 12) Determinar, se existir, o valor de 
0 x 1
2
dx .

Solução: graficamente temos que:

 b
2 2
0 x 1
2
dx  lim
b x
0
2
1
dx

lim 2 arctg (b)  arctg (0)   


b
lim 2 arctg ( x) 0

b b

3
Exemplo 13) Determinar, se existir, o valor de  ln( x) dx .
0

Solução: graficamente podemos ver que o integrando é


descontínuo em x = 0 assim, a solução deve ser feita por integral
imprópria.

3 1 3 1 3

 ln( x) dx    ln( x) dx 
0 0
 ln( x) dx  lim  ln( x) dx   ln( x) dx
1
a0
a 1

1
  lim x ln( x)  x  x ln( x)  x 3
1
a0 a

= lim  ln(1)  1  a ln(a )  a   0    3 ln(3)  2 


a0

Separando os limites e aplicando L’Hospital, temos que:

1
ln(a) a
1 + lim 1  1  lim  1  lim  a  1
a 0 a a  0 1 2 a 0
a

Finalmente: 1 + 3ln(3) – 2 = 3ln(3) – 1.

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EXERCÍCIOS

1) Calcule o volume do sólido formado em cada caso indicado:

a) y  3  x , com x  [-1 , 3] em torno do eixo x. V = 8 uv

38
b) y = x, y = 2 - x², x = 0 e y > 0 em torno do eixo x. V   uv
15

13
c) y = 3 - 2x , y = 2, x = 0 e y = 0 em trono do eixo y. V  uv
6

9
d) y = 1/x, y = 2 e x = 2 em torno do eixo x. V   uv
2

32
e) y = x², y = 0, x = 0 e x = 2 em torno do eixo x. V   uv
5

9
f) y = -x² + 3, y = 0, x = 0 e x > 0 em torno do eixo y. V  uv
2

19
g) y = x + 1, x = 1 e x = 2 em torno do eixo x. V   uv
3

h) y = x² + 2 e y = -x² + 5 em torno do eixo x. V  14 6 uv

i) y = ln(x), y = 2 e y = 0 em torno do eixo y. V = 84,19 uv

64
j) y² = x e y = x/2 em torno do eixo y. V  uv
15

45
k) y = -2x + 3, y = x² e x = 0 em torno do eixo y. V uv
2

2) Encontre, se existir, o valor de cada uma das integrais:

1
 1 
a)   x  x  3  dx
0 x

e
x
b) dx


4
x
c) 
0 4  x2
dx



 xe
x
d) dx
0

Apostila de CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Prof. Lucas S. Ribeiro


UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Medianeira 176
1
1
e) 
1 x4
dx


f)  tg ( x) dx
0


1
g)

 x 4
2
dx

4
1
h) 
0
x2
dx

3) Determinar área lateral do sólido de revolução gerado pela rotação em torno do eixo x da função
f(x) = 2x com x no intervalo [0 , 4]. A = 32 5  u.a.

Apostila de CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Prof. Lucas S. Ribeiro

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