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O documento discute o livro "Como Chegar ao Sim" de William Ury e Bruce Patton. Ele descreve duas abordagens tradicionais para negociação - suave e dura - e propõe uma abordagem baseada em princípios que busca soluções benéficas para ambas as partes. Também enfatiza a importância de entender as emoções e perspectivas do outro lado para alcançar um acordo satisfatório.
Descrizione originale:
Titolo originale
Fichamento/Resumo livro "Como chegar ao sim"
O documento discute o livro "Como Chegar ao Sim" de William Ury e Bruce Patton. Ele descreve duas abordagens tradicionais para negociação - suave e dura - e propõe uma abordagem baseada em princípios que busca soluções benéficas para ambas as partes. Também enfatiza a importância de entender as emoções e perspectivas do outro lado para alcançar um acordo satisfatório.
O documento discute o livro "Como Chegar ao Sim" de William Ury e Bruce Patton. Ele descreve duas abordagens tradicionais para negociação - suave e dura - e propõe uma abordagem baseada em princípios que busca soluções benéficas para ambas as partes. Também enfatiza a importância de entender as emoções e perspectivas do outro lado para alcançar um acordo satisfatório.
FICHAMENTO “COMO CHEGAR AO SIM”, DE WILLIAM URY E BRUCE PATTON
Por João Pedro Evangelista
Uma negociação conta com dois componentes fundamentais: o primeiro é o que
você busca ou o que se refere o conteúdo da negociação e o segundo é como você negocia. A negociação tradicional tem duas pessoas com objetivos um tanto diferentes que juntos chegam a um consenso, com um preço ou resultado comum a ambos os lados. Esse processo pode seguir por dois vieses, o primeiro é a negociação suave e o segundo é a negociação dura. Numa negociação suave o consenso é construído de forma mais amigável, quando uma das partes acaba por ceder mais e aceitar a proposta da outra, o que pode fazer com que, mais a frente, uma parte se sinta explorada pelo prejuízo na negociação. Já na negociação dura ambas as partes se conflitam e apresentam propostas divergentes, desistindo primeiro aquele que tem menos capacidade de resistir a pressão. Além disso, essa abordagem dificulta o relacionamento entre as pessoas e acaba sendo mais desgastante para as partes. O processo de negociação não é perfeito. Ao entrar em um processo de negociação, ambos os lados saem de uma posição inicial e, ao longo da negociação não é possível voltar a posição inicial. Cada vez que você muda sua posição, você não pode voltar a posição anterior. Esse processo é ineficiente e faz a negociação se estender. Para resolver esses problemas surge o método da negociação baseada em princípios. Nessa modalidade, cada lado toma decisões lógicas e busca decisões que beneficiem a todos. Ao invés de assumir posições opostas, os participantes tentam seguir um conjunto de instruções que o guiam em um processo eficiente, buscando um acordo lógico no qual o relacionamento entre as partes é melhorado ou, pelo menos, não piorado no final. Geralmente a negociação tradicional tem tem início com “o quê?”, mas infelizmente o como sempre vem à mesa e acaba desenrolando o conflito. É importante lembrar que as negociações são feitas e conduzidas por pessoas, que possuem emoções, memórias, preconceitos e sentimentos envolvidos no processo. “Quando se examinam realmente os interesses motivacionais por trás das posições opostas, frequentemente se descobre uma posição alternativa que atende não apenas aos interesses de uma das partes, como também da outra.”
Em muitas vezes o ponto de vista inicial é afetado pela emoção do momento. A
chave para isso é tentar reconhecer as emoções do momento e dos envolvidos. A sugestão é que ambas as partes deixem seus sentimentos claros. O negociador está lidando com outro ser humano, por isso é preciso explorar essa relação com exemplos de como aquela questão afeta a vida das pessoas ou exemplos seus enquanto negociador ou mediador. Nesse sentido, é fundamental esse exercício para termos em mente como a outra pessoa se sente e neutralizamos a nossa própria atuação que, às vezes, ocorre de forma emotiva. Tente entender seu oponente e você mesmo. Ao entendermos as emoções do oponente, podemos prever ações e movimentos. Ao nos entender, podemos entender como reagiríamos a situação e como podemos nos trabalhar para ter uma posição mais interessante visando a negociação. É natural fazermos suposições durante a negociação, mas isso também faz com que a gente ignore os interesses e preocupações dos outros e que foquemos apenas nos nossos. Suposições devem ser feitas com muito cuidado nas negociações;. O mais indicado para impedir isso é sendo sempre sincero e direto , deixando que a outra pessoa saiba que você está escutando e entendendo o problema dela. Com isso você parece ser uma pessoa razoável e inteligente. Isso faz com que a outra parte aja da mesma forma. Nesses casos, o recomendado é que falemos como nos sentimos, não como o outro está se portando. Essa postura evita frases que pareçam ataques e deixa o diálogo mais honesto sobre como você se sente. Caso se sinta pressionado ou atacado, evite questionamentos e pergunte porque a pessoa se sente daquela maneira. Bons negociadores conseguem entender o que é bom para todas as partes. Transforme seu oponente e seu aliado, visando resolver o mesmo problema que é enfrentado por ambas as pessoas do problema. O que nós muitas vezes fazemos diante de uma negociação com outras pessoas é confundir as emoções com o problema central da negociação. É preciso separar a substância (objeto da negociação), do próprio processo de negociação. E todos os participantes têm a expectativa de que a negociação se desenvolva bem em ambos os planos: tanto no plano da relação quanto no plano do objeto que está sendo discutido. Quando a outra pessoa revela emoções negativas durante o processo, o autor sugere que você a deixe desabafar. Não reaja aos sentimentos negativos dela: simplesmente deixe-a desabafar. Isso fará com que ela perceba que você está atento aos problemas dela, o que facilita a comunicação e, consequentemente, aumenta as chances de desenvolver um acordo que seja bom e sensato para ambas as partes.
"Os interesses motivam as pessoas; são os motores
silenciosos por trás do burburinho das posições"
A postura também é um ponto justo de ser destacado. Ao negociar, sente-se ao lado
da pessoa, não de frente, isso mostra respeito. Defina o objetivo positivo em comum ou crie uma estrutura de acordo onde os termos são preenchidos por pouco enquanto a negociação avança. Esse processo de construção de acordo deve ser elaborado em conjunto, para que a outra parte não sinta que ficou de fora da construção da proposta.
“Os interesses comuns estão latentes em toda a negociação. Mas podem
não ser imediatamente evidentes. Pergunte a si mesmo: será que temos um interesse comum em preservar nosso relacionamento? Quais são as oportunidades de cooperação e benefício mútuo mais adiante? Qual seria o