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“COLHEITA” DE ENERGIA

Circuitos “recolhem” energia do ambiente ao


seu redor para alimentar sistemas eletrônicos
de energia renovável

Relés eletromecânicos versus relés de estado sólido


Quando escolher um ou outro dispositivo?

E mais:
Estudo projeta setor eletroeletrônico para 2020 *
Robô se move pela força do pensamento *
Metaltex fecha parceria com empresa alemã *
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ARTIGO TECNICO
Por Reinaldo Cozzo*

quanto às aplicações. Tipicamente são


usados com o objetivo de:
฀ ฀ ฀ ฀ ฀
quaisquer;
฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
pontos;
฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
chaveados entre dois pontos;
฀ ฀
Nesses casos, o mercado adota
diferentes nomes para os produtos usados
(relés de sinal ou telecomunicações,
relés automotivos, relés de usos gerais,
contatores ou chaves estáticas), os quais
dependem dos níveis de tensão e corrente
que estão sendo usados, conforme é
mostrado na Figura 1.

Figura 1 – Tipos de relés

Quanto aos princípios de funcionamento,


os relés eletromecânicos fazem a transmissão
de sinal por meio de um circuito magnético
com movimentação mecânica (bobina +
armadura), enquanto os relés de estado sólido
transmitem o sinal por meio de um circuito
ótico com acionamento de cargas em um

RelŽs eletromec‰nicos
semicondutor (Led + fototransistor), vide
Figura 2.

e de estado s—lido
Nos processos de automação em devem nortear esta decisão.
geral, há um uso disseminado de relés Este artigo tem por objetivo apresentar
de interfaceamento de diversos tipos as características construtivas e funcionais Figura 2 – Relés de estado sólido transmitem o
e características. Diversas vezes, o destes dois tipos de produtos, como essas sinal por meio de um circuito ótico

profissional responsável pela especificação especificidades afetam a sua funcionalidade Ainda encarando sob o ponto de vista
destes sistemas defronta-se com e quais parâmetros devem ser observados da aplicação, a principal diferença entre o
situações em que ele deve optar por relés na escolha de um ou de outro produto. comportamento de um relé eletromecânico
eletromecânicos ou relés de estado sólido Os relés eletromecânicos e relés e o comportamento de um relé de estado
e nem sempre são claros os limites que de estado sólido possuem similaridades sólido está em sua saída, então vamos detalhar
as características de saída de cada um dos 77
dispositivos.

RelŽs eletromec‰nicos
Pelo fato de o acionamento e de o
“desacionamento” do relé estar associado
a um contato mecânico, temos inicialmente
uma vantagem natural já que a resistência Figura 4 – Correntes de inrush típicas

do contato, uma vez estabelecido, varia de 5


mOhms a 50 mOhms e, uma vez aberto, não
há correntes de fuga fluindo pelos contatos.
Isso faz com que, já tendo sido fechados
ou abertos, os contatos do relé têm um
comportamento muito próximo do ideal, sob
o ponto de vista elétrico. O problema surge
no momento de fechamento e de abertura
destes contatos.

Figura 5 – Características do fechamento de


contatos de um relé

Figura 3 – Exemplo de construção de um relé


eletromecânico para aplicações industriais

Todas as vezes que abrimos ou fechamos


contatos mecânicos energizados, criamos Figura 6 – Bouncing do contato no momento
condições para o surgimento de arcos voltaicos inrush
(faíscas). No caso do fechamento de um relé
eletromecânico, essas faíscas são benéficas até No caso da abertura de um contato
certo nível, visto que são responsáveis pela mecânico, não temos o efeito do inrush,
limpeza de óxidos e outras impurezas que se mas ainda assim forma-se um arco voltaico
formam nos contatos, melhorando assim a proporcional à tensão presente na carga e
conexão elétrica. O problema surge quando transferida aos contatos no momento da
estes arcos voltaicos chegam a danificar o abertura. Este arco é extinto pelo aumento
material que compõe os contatos. Nessas da distância entre contatos e/ou pela
condições, a vida útil do relé pode ser reduzida passagem pelo zero da tensão (tratando-se
em um fator de 10 ou até 100 vezes. de tensão alternada) e, enquanto estiver
Inicialmente, analisando o fechamento de presente, este arco pode gerar fluxo de
um relé, identificamos que a principal causa material de um contato para o outro.
de arcos voltaicos é a corrente de inrush da Em cargas submetidas a tensões
carga associada ao efeito bouncing do relé. alternadas, o fato de a corrente circular
No momento do ligamento, muitas cargas ora em um sentido, ora em outro, o efeito
podem apresentar picos de corrente que de transferência de material é minimizado,
podem chegar a 1.600 vezes sua corrente pois não há acúmulo de material em
nominal (vide Figura 4). O relé, porém, ao nenhum dos dois contatos.
fechar, tem um efeito mecânico chamado Além disso, o tempo de duração do
bouncing que implica sucessivas aberturas e arco é reduzido pela passagem da tensão
fechamentos de contato até que a mecânica pelo zero. Esta situação reflete-se no fato
se estabilize (Figura 5). A junção dos dois de que a capacidade de desligamento dos
fatores é apresentada na Figura 6 e seu efeito contatos de um relé, quando opera cargas
pode efetivamente colar os contatos de um AC, é constante ao longo de toda a faixa de
relé eletromecânico inutilizando-o. tensão suportada (Figura 7).
78 ARTIGO TECNICO
Outra característica dos relés
RelŽs de estado s—lido
eletromecânicos refere-se ao desgaste
Um relé de estado sólido é composto
mecânico dos contatos. Como qualquer
pelos seguintes conjuntos:
material, os contatos de um relé sofrem um
Circuito de entrada, responsável por
stress mecânico inerente à sua movimentação.
adequar o sinal de entrada do relé ás condições
Normalmente, esses componentes podem ter
de funcionamento do optoacoplador.
um limite mecânico de chaveamento que varia
Normalmente contém:
de 1 milhão de ciclos (para contatores) até
Figura 7 – Capacidade de chaveamento de um relé ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
eletromecânico para cargas AC 20 milhões de ciclos (para relés de pequeno
฀ ฀ ฀
porte). Este limite não sofre grandes variações
No entanto, este efeito é crítico em cargas ฀ ฀ ฀ ฀฀ ฀ ฀
se o relé estiver chaveando uma carga muito
submetidas a tensões contínuas, pois, neste caso, ฀ ฀ ฀ ฀
inferior à sua capacidade de chaveamento,
além de a extinção do arco depender apenas da ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
mas ele decai de dez vezes para cargas de
abertura dos contatos (não há passagem pelo caso a entrada seja AC.
médio porte e até 100 vezes se o relé estiver
zero), o efeito de migração de material ocorre Optoacoplador: é o responsável pela
operando cargas no limite de sua capacidade.
sempre em um mesmo sentido. Isto pode ser isolação galvânica entre entrada e saída.
Para se ter uma noção do que isso
observado na especificação de relés que, a Circuito de saída: adéqua o sinal de saída
significa, imagine um relé com uma vida
partir de certa tensão, tem sua capacidade de do optoacoplador às condições da carga
mecânica de dez milhões de ciclos. Se ele
desligamento abruptamente reduzida. que se pretende chavear. Normalmente
estiver operando em uma máquina 16 horas
contém:
por dia (dois turnos), cinco dias por semana
฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
e se for submetido a uma condição de 1
a capacidade de potência do optoacoplador.
chaveamento a cada dez segundos, ele atingirá
Este pode ser via transsitor (para saída DC)
seu limite mecânico em 6,5 anos. Este mesmo
ou triac (para saída AC);
tempo será necessário para danificá-lo se ele
฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
estiver operando uma carga elétrica muito
evitar que picos de força contra-eletromotriz
menor que sua capacidade.
da carga danifiquem o circuito de saída),
Figura 8 – Capacidade de chaveamento de um relé
Este mesmo relé, operando uma carga
normalmente, é um varistor ou um RC;
eletromecânico para cargas DC de média capacidade (considerando seus
฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀ ฀
limites elétricos), poderá chavear, no máximo,
para saída AC): garante que a carga será
Atente que esta situação fica ainda pior 1 milhão de ciclos, o que limitará sua vida
chaveada apenas na passagem da senóide
quando se utiliza cargas indutivas, pois, nesse caso, útil a oito meses. Operando uma carga no
pelo zero, reduzindo assim picos na rede
o desligamento da carga leva a mesma a gerar limite de sua capacidade, ele funcionará,
AC e aumentando a vida útil do relé e da
uma força contra-eletromotriz que se reflete nessas condições, por menos que um mês
própria carga.
como uma tensão adicional nos contatos do relé (equivalente a 100 mil ciclos).
(tudo de passa como se a curva da Figura 8 se
deslocasse para a esquerda).A forma de reduzir o
efeito de cargas indutivas é inserir um diodo em
anti-paralelo com a carga, de modo que o mesmo
anule os efeitos da força contra-eletromotriz
gerada por esta carga.
De qualquer modo, o arco voltaico resultante
desta migração contínua de material leva ao dano
do relé como mostrado na Figura 9.

Figura
Figu
gura 10 – Co
gu Comp
Comparação
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idad seu limite

Figura 9 – Contato danificado por


migração de material Figura 10 – Comparação do funcionamento do relé em média capacidade e no seu limite
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operação que varia tipicamente de 10 Hz a 300 Outro aspecto relevante é o fato de que
Hz (alguns podem operar a 100 KHz). todo relé de estado sólido apresenta uma
Entretanto, o relé de estado sólido também dissipação de potência muito mais alta que a de
tem suas limitações e elas são evidentes um relé eletromecânico. Por tratar-se de uma
quando em operação contínua. Por se tratar pastilha de semicondutor, a queda de tensão
de uma pastilha de semicondutor, a parte de sobre ele varia de 0,5 V a 2 V. Considerando-se
potência do circuito de saída é muito sensível o chaveamento de correntes na ordem de 10
a aumentos de temperatura. Isto significa que, A ou maiores, temos potências de 10 W a
para mantermos acionada, com segurança, 20 W que devem ser dissipadas, implicando
Figura 11 – Blocos funcionais do relé de estado certa carga, ou garantimos que a temperatura novamente necessidade de dissipadores e
sólido dos componentes de saída não atinjam níveis cuidados com a temperatura.
críticos (o que é conseguido por meio de Por fim, deve-se considerar o fato de
dissipadores grandes e custosos e/ou por meio que, construtivamente, os relés de estado
Pelo fato de não gerar arcos voltaicos
de climatização do ambiente) ou temos de sólido são menos flexíveis que os relés
no ligamento e desligamento e pelo fato de
superdimensionar o relé de estado sólido. eletromecânicos quanto a diferentes tensões
conseguir ligar a carga na passagem pelo zero
Esta característica é descrita, comumente, de saída. Ao se construir o relé de estado
(quando se trata de cargas AC), o relé de estado
como “curva de decaimento” ou usa-se o termo sólido, define-se se seu circuito de saída
sólido tem um comportamento próximo
em inglês “derating”. será baseado em transistor ou tiristor, o que
do ideal nos momentos de acionamento e
naturalmente limita sua aplicação a cargas DC
desacionamento das cargas, além de reduzir a
ou AC, respectivamente. Além disso, quando se
geração de picos de energia na rede elétrica.
determina o nível máximo de tensão DC que
Também por não dispor de partes mecânicas,
será chaveado, há a necessidade de cumprir um
não sofre o stress inerente ao movimento dessas
compromisso com a corrente máxima, isto é,
partes e não sofre desgastes, o que permite um
chaveamento de maiores tensões DC tende a
número virtualmente ilimitado de chaveamentos
Figura 12 – Exemplo de curva de decaimento culminar em menores correntes de saída.
(tipicamente 100 milhões) e uma frequência de
80 ARTIGO TECNICO
considerar apenas um sentido de rotação
RelŽs eletromec‰nicos
dos motores, ou seja, a mesma explanação
versus relŽs de estado
ale na inversão de duas fases que possibilita
s—lido
a inversão do sentido de rotação (vide
Em um comparativo, pode-se dizer que
Figura 14).
os relés eletromecânicos são mais flexíveis
quanto aos tipos de cargas que podem ser
chaveadas (AC ou DC) e, uma vez acionados,
são mais eficientes quanto à dissipação de
energia.
No entanto, os relés de estado
sólido são mais eficientes no momento
de acionamento e no momento de
“desacionamento”. Isto os torna mais
duráveis quanto ao número de ligações, Figura 15 – Os dois contatos do relé fecham a fase L3 e
mais aptos a aplicações que exijam os contatos de K1 ligados às fases L1 e L2 são fechados

maiores frequências de chaveamento e 3. Após outro teste de corrente, os triacs V1


incomparavelmente melhores quando há a e V2 são acionados nas fases L1 e L2, fechando
necessidade de chaveamento de cargas DC. o circuito. Atente que sendo dispositivos de
estado sólido eles suportam perfeitamente a
RelŽs ou contatores Figura 14 – Inversão do sentido de rotação ligação do motor por um número infindável de
h’bridos vezes. Além disso, neste momento, os relés K1
O estado atual do desenvolvimento Se o módulo é ativado em uma direção e K2 já haviam sido fechados o que impede que
eletrônico já permite que, em algumas de rotação, uma série de testes internos os mesmos sofram qualquer desgaste adicional.
aplicações, tenhamos a junção das vantagens é executada a fim de assegurar que existe
das duas tecnologias de relés (eletromecânica segurança para inverter (ou ligar) as fases
e de estado sólido). Isto é feito utilizando-se do motor. Se um erro é detectado neste
um circuito híbrido composto por relés com processo, o modulo permanece na condição
semicondutores controlados em paralelo. segura (desligado). Entretanto, se todos os
Esta solução é aplicada hoje no acionamento testes ocorrem sem problemas, o módulo irá
de motores trifásicos com reversão. colocar em operação os seguintes passos:
Estes módulos contêm um diagrama 1. Os dois contatos do relé K2 irão fechar
híbrido patenteado na Europa por uma a fase L3 (vide Figura 15). Isto ocorre sem
empresa alemã. A ideia básica por trás da que passe qualquer corrente pelos contatos,
palavra chave “híbrido” é uma combinação já que neste momento os contatos de K1 e
inteligente entre chaves de estado sólido K3 estão abertos, ou seja, os contatos são
livres de desgaste e relés com contatos preservados.
que oferecem baixíssima dissipação, tudo 2. Após um teste interno confirmando a Figura 16 – Os Triacs V1 e V2 são acionados às fases
comandado por um microcontrolador. Dessa ausência de corrente, o microcontrolador L1 e L2
forma, como mencionado, as vantagens das fechará os contatos de K1 ligados às fases L1 4. As chaves de estado sólido em operação
duas tecnologias são aproveitadas. e L2 (Figura 15). Ainda não há corrente no permanente dissipam certa potência.
A fim de simplificar a explanação, vamos motor já que o contato K3 está aberto. Normalmente, como mencionado
anteriormente, esta potência demandaria o uso
de dissipadores, entretanto, neste caso, temos
o relé K3 que fecha efetuando um bypass nos
tiristores V1 e V2. Atente que os contatos de
K3 tiveram de eliminar apenas a tensão residual
que havia sobre V1 e V2 (cerca de 1,5 V), ou seja,
não há desgaste elétrico também nos contatos
de K3.
5. Uma vez que os tiristores V1 e V2 são
colocados em bypass por K3, eles são colocados

Figura 13 – Vantagens e desvantagens dos dois produtos


em um tipo de “modo de espera”, o que elimina
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completamente a dissipação de potência que eles poderiam gerar (Figura
17). Dessa maneira, pode-se chavear correntes grandes com dissipação
desprezível e, portanto, sem a necessidade de grandes espaços para
encapsulamento.

Figura 17 – Tiristores V1 e V2 em “modo de espera”

O desligamento ocorre de modo reverso, ou seja,V1 e V2 são retirados


do “modo de espera” e K3 é aberto. O motor continua rodando por meio
de V1 e V2. Em seguida, o controle desativa os tiristores na próxima passagem
pelo zero,“desernegizando” o motor. Finalmente, os contatos de K1 e K2 são
abertos (já sem a passagem de corrente) e o sistema volta à condição inicial.
Outra vantagem deste método de acionamento é que, quando há
um conjunto de contatos eletromecânicos entre a alimentação e o motor,
desernegizado, o motor não permite nenhuma possibilidade de uma corrente de
fuga estar presente na saída do módulo, ou seja, o sistema fornece total segurança.
Visto que o microcontrolador monitora continuamente as correntes das
três fases do motor, ele também substitui as funções de relé térmico, ou seja, a
partir deste processo, pode-se dispor, em um espaço extremamente pequeno,
de uma solução completa equivalente a contatores de reversão, contatores
principais e relé térmico (Figura 18).

Figura 18 - Comparativo entre sistema híbrido e sistema tradicional

Reinaldo Cozzo é engenheiro eletricista pela Poli/USP e


gerente de produto da linha interface da Phoenix Contact.

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