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Estudo de Caso
Galper, Baldwin, and Presburger
Problemas encontrados.............................................................................................................. 10
Em contraste, os comportamentos fechados são aqueles que não são visíveis a olho nu. São os
comportamentos invisíveis, como por exemplo a raiva, ciúme, pena, bondade, felicidade,
tristeza, sendo aqueles comportamentos que não se consegue distinguir rapidamente, a menos
que se seja bom. Estes também podem ser mensuráveis, mas requerem um processo mais difícil.
Como a maioria das organizações são Empresas, Pierre Lauzel1, autor para nós desconhecido,
define assim de uma forma geral e mais de acordo com o senso comum a denominação Empresa
“É um agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos, materiais e
financeiros para extrair, transformar, transportar, e distribuir produtos ou prestar serviços e que,
atendendo a objectivos definidos por uma direcção, faz intervir nos diversos escalões
hierárquicos as motivações do lucro e da utilidade social (satisfação das necessidades da
comunidade) (maximização do lucro).”
1
http://www.malhatlantica.pt/lmn/ definicao_empresa.htm. Professor no Instituto de Administração de Empresas da
Universidade de Paris.
Estudo de caso Bartolomeu Castro e Francisco Oliveira Página 3
Assim e desta forma estão reunidos os conceitos chave para compreendermos a forma como o
Psicólogo pode efectivamente actuar nas organizações.
Agora que introduzimos alguns conceitos para nos localizarmos neste estudo de caso, passemos
à acção, começando por dar a conhecer a empresa de Arquitectura Paisagista “Galper, Baldwin,
and Presburger”, para depois mais à frente nos pronunciarmos sobre os problemas encontrados
procurando dar-lhes uma solução justa, enquadrada nas teorias do comportamento
organizacional.
A empresa Galper, Baldwin, and Presburger, é uma firma de arquitectos que recentemente
obteve grande êxito, estando localizada em Century City, Califórnia, numa comunidade de
prestigiados e dispendiosos edifícios de escritórios a oeste de Los Angles e de Beverly Hills.
A firma iniciou-se na Califórnia quando Sid Galper estava a finalizar os seus estudos em
Agricultura. Depois de se mudar com a família e com o seu pequeno escritório de arquitecto
paisagista para Los Angeles, a firma passou a denominar-se Sid Galper e Associados.
Em 1957 o estado da Califórnia aprova uma lei segundo a qual, todos os que se denominavam
arquitectos paisagistas necessitavam de uma licença para exercer a sua actividade mas, apesar de
Sid Galper não possuir habilitação académica, foi-lhe atribuída uma licença, devido à sua larga
experiência, sem ter de prestar um exame de conhecimentos.
Com o decorrer dos anos, a empresa de Sid dividiu-se em duas empresas separadas, uma
relacionada com a arquitectura paisagista e outra com o “contracting”, tendo este necessidade de
recorrer, no início da década de 60, aos serviços de um designer paisagista, acabando por
contratar Cleo Baldwin.
Tal como Cleo Baldwin, em 1971 Roger torna-se sócio e a firma passou a denominar-se Galper,
Baldwin, and Presburger. Devido ao crescimento da empresa houve necessidade de mudança de
local tendo mudado os seus escritórios da periferia, para umas instalações mais elegantes em
Century City.
O financiamento aos clientes para estes projectos, atinge valores que vão desde os 12.000$US
até aos 36.000$US.
Sid é o responsável pela venda do pacote de produtos aos clientes e recebe reconhecimento e
publicidade na imprensa local, enquanto Cleo é a designer residencial.
O estilo do design de projectos residenciais pertence a Cleo sendo reconhecida por todos, como a
única a saber reproduzi-lo.
Uma vez o contacto estabelecido e o projecto adjudicado, Roger trabalha com um desenhador
júnior na preparação do plano base que é reproduzido mostrando as condições reais existentes.
Estes planos são utilizados como base para planos posteriores. Depois de produzir propostas de
design, Roger designa o desenhador que finaliza os planos de trabalho sendo posteriormente
apresentados ao cliente por Roger e Sid.
Os projectos públicos eram pouco frequentes para esta empresa em 1971, sendo estes lucrativos
e publicitados projectos geralmente ganhos por outras empresas mais prestigiadas.
Este tipo de organização permite o máximo de flexibilidade, já que quando alguém tem um
trabalho para terminar, procura um desenhador que não esteja ocupado ou que esteja a terminar
um projecto e adjudica-lhe o trabalho.
A grande maioria dos projectos é geralmente pequeno, ocupando os residenciais dois ou três
dias, havendo quase sempre pessoas disponíveis.
O nível mais baixo da organização (os empregados) têm o seu próprio sistema de estratificação
informal, não sendo baseado na hierarquia mas em factores como a experiência, educação,
antiguidade, experiência profissional, etc… (quanto mais competente e experiente um
funcionário for, maior será a consideração dos seus pares).
O prestígio é medido pela proximidade do local do trabalho com o exterior ou melhor das janelas
do 17º andar onde se localizam as instalações, uma vez que os proprietários ocupam os melhores
escritórios, logo seguidos pelos 4 Designer/Desenhadores mais antigos (sénior).
Apresentada que está a empresa e a sua organização, cumpre-nos agora revelar os problemas
encontrados, após várias reuniões entre os seus proprietários, procurando de seguida, propor uma
solução baseando-nos nas teorias do comportamento organizacional.
Depois de lidas as actas das várias reuniões entre os proprietários e ouvido a maioria dos
funcionários, encontramos os seguintes problemas:
De início existia uma boa relação entre os colaboradores, mas actualmente existe
um clima de stress entre eles.
Barreira profissional
A empresa não permite qualquer meio de progressão aos seus colaboradores e é
bastante claro para estes que a mobilidade vertical é muito limitada. A
preocupação da chefia sobre este assunto é baixa.
Existe uma elevada taxa de Turnover2, com funcionários a não “assentar”
integrando os quadros da empresa saindo ao fim de 1 a 2 anos para outras
empresas à procura de melhores oportunidades.
São contratados recém-licenciados e sem experiência profissional (1 ou 2 anos),
procurando deste modo obter “ideias” novas sem grandes despesas.
2
Turnover – ou Rotatividade em Recursos Humanos, refere-se a relação entre admissões e demissões ou taxa de substituição de trabalhadores
antigos por novos de uma organização. Normalmente é expressa em termos percentuais.
Para Taylor (1911) o principal objectivo da Organização Científica do Trabalho era tornar mais
eficiente o trabalho dos seres humanos nas organizações, atribuindo-lhe tarefas simples que
permitisse aumentar a rapidez de execução.
Enquanto Taylor propunha uma racionalização do trabalho nas empresas, através de mudanças
ao nível das tarefas individuais, a Teoria Administrativa de Fayol (1918), propunha que essa
racionalização se fizesse a partir do topo da Chefia. Para esta teoria, todo o funcionamento de
uma empresa era definido e controlado pela sua administração, por meio de regras e princípios
formulados à partida.
No entanto a Burocracia através de Max Weber (1964), foi o primeiro grande modelo teórico a
apresentar uma perspectiva estrutural da organização e a explicar o seu funcionamento a um
nível macro de análise sendo usado para descrever os aspectos formais de uma organização e a
relação entre elas. O conceito de burocracia foi muito mais além da análise dos aspectos
específicos da organização e das sugestões práticas sobre a melhor forma de aumentar a
eficiência das empresas dadas por Taylor e Fayol, vindo a introduzir a ideia de estrutura
organizacional e com ela a visão das organizações como um sistema formal de relações.
A teoria dos dois factores de Herzberg (1968) afirma que a motivação resulta da natureza do
trabalho em si, e não de recompensas externas ou das condições de trabalho. As necessidades
humanas no trabalho estão divididas em duas categorias - as derivadas da natureza animal dos
seres humanos, como as necessidades físicas, e as que são relacionadas a um nível mais elevado,
habilidade única dos humanos para o crescimento psicológico.
Ao nível organizacional, esta teoria propõe que o trabalho seja enriquecido, pois, somente desta
forma, se pode promover o crescimento pessoal e a realização profissional dos indivíduos e,
consequentemente, a motivação e a satisfação no trabalho. Alguns princípios relativos ao
enriquecimento do trabalho sugeridos por Herzberg são a remoção dos mecanismos de controlo
existentes no trabalho, o aumento da responsabilidade dos indivíduos no seu próprio trabalho, a
atribuição a cada indivíduo de uma unidade completa de trabalho, a concessão de autoridade
adicional ao indivíduo na sua actividade, maior autonomia e liberdade no trabalho e a introdução
de novas tarefas mais complexas e desafiantes.
A burocracia (Max Weber) é uma organização que estabelece os cargos segundo o princípio da
hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob o controle e supervisão de um posto superior.
Nenhum cargo fica sem controlo ou supervisão. Daí a necessidade da hierarquia da autoridade
para fixar as chefias nos diversos escalões de autoridade. Esses escalões proporcionarão a
estrutura hierárquica da organização. A hierarquia é a ordem e subordinação, a graduação de
autoridade corresponde às diversas categorias de participantes, funcionários, classes etc. Todos
As pessoas que possuem tarefas enriquecidas percepcionam uma importante relação entre fazer
bem o trabalho e um sentimento de desenvolvimento pessoal, auto consideração e competências.
A nível da tarefa preconiza-se que a mesma possua variedade e exigência e permita aprender
algo, possibilite alguma autonomia ao seu executor, favoreça a ajuda mútua, represente um
contributo com significado e utilidade social e propicie um futuro desejável. Pretende-se que o
conteúdo do trabalho valorize e dignifique socialmente a tarefa e o seu executante. Ao mesmo
tempo, pretende-se que o conteúdo do trabalho proporcione interligação, rotação e proximidade
física entre todos os elementos de um mesmo grupo, possibilite a definição de metas e de
feedback sobre os resultados e percepção das tarefas inseridas num todo maior e com utilidade
social.
Criar um supervisor, por área, que responda perante a chefia (Continuum de liderança –
1958, de Tannenbaum e Shmidt)
Ao nível organizacional o contributo desta teoria está no facto dos gestores se preocuparem com
a identificação do nível de satisfação das necessidades dos seus subordinados para, desta forma,
conseguirem encontrar soluções de como motivar os seus trabalhadores. Para os gestores, a
hierarquia das necessidades de Maslow chama a atenção para os motivos de natureza social e de
realização, como forças energéticas do desempenho do indivíduo no posto de trabalho. Outra
implicação refere-se ao facto de revelar que a diversidade do grau hierárquico de uma
necessidade existente nas pessoas varia consoante as situações, o que faz com que os
desempenhos sejam diferentes de pessoa para pessoa.
Outra explicação das motivações do comportamento humano foi proposta por McClelland.
Contrariamente ao preconizado por Maslow, para McClelland, cada indivíduo possui a sua
hierarquia de necessidades específica, focando-se em três necessidades: realização, poder e
afiliação - que representam três impulsos básicos, capazes de diferenciar as pessoas e o que as
motivam para o desempenho:
1 A necessidade de realização foi definida como o desejo de querer ser excelente e bem
sucedido em situações de competição.
2 A necessidade de poder consiste no forte desejo de influenciar e controlar o
comportamento de outros, motivando mais o estatuto, o prestigio e o ganhar
influência sobre os outros do que o desempenho eficaz.
A partir deste modelo conceptual, McClelland propõe que, a nível organizacional, os líderes de
topo deviam ter uma elevada necessidade de poder e de auto-controlo ao mesmo tempo que a
necessidade de afiliação devia ser reduzida. Os possuidores destas características seriam aqueles
que se assumiam como capazes de criar um elevado sentido de responsabilidade nos seus
subordinados, um maior espírito de equipa e um bom clima de trabalho.
Não sendo esta uma teoria “oriunda” da psicologia organizacional, achamos por bem propô-la,
uma vez que sendo o presente estudo de caso sobre uma empresa de Arquitectura Paisagista, a
criatividade está sempre presente. A Open Space Tchnology ou Tecnologia do Espaço Aberto
começou com Harrison Owen, antropólogo americano e consultor de empresas, em meados dos
anos 80, sendo a forma mais antiga de reunião em círculo. Esta metodologia de resolução de
problemas surgiu a partir da constatação de que, nas conferências, durante os “intervalos para
café”, era onde as pessoas mais gostavam de discutir sobre os mais diversos assuntos. Os
encontros em Espaço Aberto têm-se mostrado muito adequados na resolução de questões
complexas, em que não existe uma solução inequívoca e que envolvem uma diversidade grande
de grupos de interesse e pontos de vista.
Constituição de três Departamentos (um por cada área de projecto), separando assim a área
de Direcção (Política) das áreas Operacionais, que ficariam a cargo do Designer/Desenhador
mais antigo, proporcionando assim, locais de chefia intermédia. Sid, Cleo e Roger teriam
mais tempo para se dedicar à Gestão da empresa agindo, ao mesmo tempo, dada a sua
cotação no mercado, como Relações Públicas em eventos que participem.
Constituição de um Departamento Administrativo/Financeiro separando a área comercial da
operacional
Constituição de uma Célula de Marketing que se ocuparia de publicitar e recolher dividendos
no Mercado.
A área de Produção seria única para os 3 Departamentos (Residencial, Comercial e Público)
uma vez que não se justifica, pelo nº de projectos em cada área.
Constituição de um Gabinete de Planeamento, onde serão efectuadas as reuniões Open
Space, criando assim a possibilidade de todos contribuírem, com ideias, para o projecto.