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ÍNDICE
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3
Dialectos Portugueses.............................................................................................................................8
Os Dialectos Brasileiros.........................................................................................................................9
CONCLUSÃO.....................................................................................................................................12
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................13
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INTRODUÇÃO
Este trabalho de Língua Portuguesa I, retrata da História da Língua Portuguesa, desde a sua
origem (as línguas românicas e a influencia do latim sobre a língua portuguesa); a língua
como um constructo social; o fenómeno linguístico; a língua português ano mundo e a
diversidade linguística.
o Indo-Europeu era uma língua muitíssimo antiga, que espalhou os seus ramos pelas
vastas regiões da Asia e por quase toda a Europa, dando origem a outras línguas como
o hitita, o arménio, o grego, o albanês, o eslavo, o germânico, o céltico e o itálico (que
por sua vez deu origem ao latim, osco, imbrico e venetico) (p. 75).
Assim o latim foi inicialmente falado numa pequena região chamada Lácio, e sua capital
Roma, e com a conquista do grande Imperio Romano, que se estendia até a Península Ibérica
no século III, a. C, o latim passa a ser também falado pelos povos vencidos (Pinto, Lopes &
Neves, 2001).
Pela estratificação social (vencedores e vencidos), o latim conheceu duas (2) variações: o
latim erudito e o latim culto.
O latim erudito era não só falado como escrito pela camada culta daquela sociedade, e por
esta razão os seus falantes tinham uma tendência conservadora na sua manifestação, pelo que
era pouco provável a ocorrência de variações.
Segundo Pinto, Lopes e Neves (2001), por que nas terras conquistadas era frequente notar-se
a presença de soldados, comerciantes e servidores públicos (classe menos instruídas), foi com
esta classe que surge o chamado latim vulgar. È neste latim d cunho popular que nascem as
varias línguas locais entre elas, o Português.
As Línguas Românicas
Português (Portugal);
Espanhol/ castelhano (Espanha);
Catalão (Catalunha, parte da Espanha);
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Francês (França);
Provençal (Provença, outrora parte da França);
Italiano (Itália);
Romeno (Roménia); entre outras de menos importância.
O período que vai do século XVI a século XX, foi caracterizado por grandes mudanças na
forma de utilização da Língua Portuguesa, muito influenciada pelo Renascimento e Camões, e
mais tarde pelo Romantismo e Realismo (correntes literárias), a Língua vive o seu segundo
período (Português Clássico), e com o reinventar de palavras pela via erudita ou até mesmo
buscando palavras directamente do latim clássico (empréstimos).
Assim esse empréstimo de palavras do latim para o português chamou-se de Cultismo, o que
por se só requeria um certo cuidado técnico, e isso cabia apenas a classes privilegiadas ou
artistas de letras, sendo por isso que o seu impacto não é notório a escala da via popular
(Pinto, Lopes & Neves, 2001).
Assim língua ou idioma é o sistema de símbolos vocais arbitrários com que um grupo social
se entende, podendo ser instrumento particular de um único povo (como è o caso do Chinês e
Romeno, que são faladas apenas nos respectivos países) ou comum de mais de uma nação (tal
é o caso da Língua Portuguesa que è falada tanto em Portugal, como nas colónias ultramarinas
e da América do Sul) (Bechara, 1999).
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Esta definição equipara-se a de Pinto (2007), quando se refere a Língua como sendo a
consistência de um sistema de signos articulados, utilizados pelos membros de uma
comunidade para comunicarem-se entre si, permitindo-lhes realizarem a linguagem verbal
(palavra falada ou escrita).
Neste raciocínio, a língua encontra também uma outra variante na sua definição, segundo a
qual a língua “é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indivíduos, expressão de
consciência de uma colectividade, concebendo o mundo a cerca e sobre o qual ele age, onde a
utilização social faculdade da linguagem, num ciclo permanente de mudança paralela a do
organismo qua a criou” (2006, p. 1).
Nesta lógica, a língua encontra o fundamento da sua manifestação na imersão cultural criada
pelo homem na convivência social, apesar de tanto a língua e como a cultura serem ambas
criação do homem, a velocidade de sua evolução difere, sendo a cultura mais veloz do que a
língua.
Muito pelo facto da Língua Portuguesa ter alcançado os confins do mundo, quer através da
colonização iniciadas no século XVI, mais tarde com os movimentos migratórios e a sucessão
cultural dentro das sociedades, era de se esperar inevitavelmente a ocorrência de variações a
todos os níveis da língua escrita e falada (léxico, fonética, fonologia, morfologia e sintáctica).
Para Pinto (2007). Cunha e Cintra (2006), a língua apresenta pelo menos três (3) tipos de
diferenças internas, que podem ser como não profundas, entre elas destacam-se:
A medida em que a língua atravessa barreiras da sua origem, vai naturalmente adquirindo
novas características, assim se deu com o Latim nascido de Lácio onde se encontrava a Roma,
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e assim foi com o Português de Portugal, ainda hoje Português Brasileiro ou Português de
África. Quer dentro de Portugal, Brasil ou África, encontramos também variedades próprias.
Os estratos sociais dos falantes (sexo, idade, grupo socioprofissional, estatuto de residência),
podem influenciar profundamente na maneira como se comunicam pela fala ou pela escrita.
Em função do tempo, a Língua Portuguesa passou por fases, desde a forma como se escrevia,
se pronunciava ou se interpretavam os sentidos, sendo que algumas sofreram mudanças,
outras permaneceram e algumas surgiram como novas.
Estas variações a que sujeita-se a Língua Portuguesa, a semelhança das demais, não deixa de
ter uma referência, tida como padrão pelos seus falantes (a língua corrente), e ao mesmo
tempo àquela que fiscaliza todas tendências superiores ou inferiores da sua utilização. A este
respeito Cunha e Cintra (2006), referem-se da Língua Portuguesa enquanto aquela falada
pelos povos dos cinco continentes, estar susceptível a dicotomia da inovação em contra
partida a outra tendência que busca a conservação que garanta a superior unidade deste
idioma.
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O Casamento do Português e as línguas locais de Cabo Verde e Guine Bissau, deram origem a
uma variedade de crioulos.
Esta dispersão é vista por Cunha e Cintra (2006), como sendo a origem das variedades que
divergem de maneira mais ou menos acentuada (gramática, vocábulo e pronuncia), o que
como nos referimos antes, não coloca em causa a unidade da língua. Assim esta situação não
se pode generalizar, aos crioulos, que se afirmam com alguma autonomia em relação ao
Português.
Importa inda referir da possível diversidade que se assiste internamente na Língua Portuguesa,
sendo que, necessária se torna a visão possível de uma ordenação apesar disto por ora, não
implicar nas perturbações de comunicação entre os falantes de continentes dos diferentes
continentes, isto é, apesar dessas discrepâncias, cada falante desta língua pode falar ou
escrever do mundo para o mundo sem interferências de compreensão pelos seus pares
espalhados pelos continentes.
Dialectos Portugueses
As variações atrás descritas (diatópicas, diastráticas, diafásicas e adiacrónicas), propiciam a
ocorrência de dialectos ou falas particulares em cada região alcançada pela língua e pelas
particularidades socioculturais de cada lugar.
Segundo Cunha e Cintra (2006), um conjunto de dialectos podem ser encontrados na faixa
ocidental da Península Ibérica: dialectos galegos, dialectos setentrionais e dialectos centro-
meridionais.
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Com base nesta classificação que reflecte traços de afinidades entre os falantes, pode-se
referir que o português padrão europeu (conjunto de usos linguísticos de classe culta),
podemos encontrar na região Lisboa-Coimbra, distinguindo-se claramente dos da região Sul,
Norte, ou até mesmo da Galiza.
a) Dialectos galegos
Aqui não existem as sibilantes sonoras /z/ nem [z]: onde a palavra rosa articula-se com a
mesma sibilante [s] (surda) do passo; fazer, com a mesma sibilante [Ө] ou [s] surda de caça.
Não existe também a fricativa palatal [Ȝ], grafada em português j ou g (antes do i ou e);
havendo apenas fricativa, [ʃ] surda do português enxada.
b) Dialectos setentrionais
Só aparecem as sibilantes pré-dorso-dentais que caracterizam a língua padrão: a surda [s] (em
seis e passo assim como em cinco e caça) e a sonora [z], tanto em rosa como em fazer.
De acordo com Cintra e Cunha (2006), as fronteiras entre as três zonas mencionadas
atravessam a faixa galego-portuguesa de oeste a leste, precisamente nas fronteiras entre os
dialectos portuguese-setentrionais e centro-meridionais, de noroeste a sudeste.
Os Dialectos Brasileiros
A imensidão territorial descrita pela geografia linguística do Brasil aliado ao facto de não
existirem estudos rigorosos cientificamente falando (a nível lexical, morfológico, sintáctico e
fonético), que distinguem as variedades da Língua Portuguesa, não permitem classifica-las
nos termos em que foram classificados os dialectos portugueses (Cunha & Cintra, 2006).
Mesmo que algum trabalho científico rigoroso tivesse sido realizado neste sentido, as
particularidades socioculturais do Brasil (características linguísticas dos índios, dos africanos
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vindos na condição de escravos nas plantações), podiam concorrer para um modelo diferente
de estratificação dos dialectos, que estão latentes na actual discrepância dos fales nordestino,
sulista e/ou até centrista.
Mesmo que de forma particularizada algum esforço tem vindo a ser feito no Brasil, com os
notabilizados trabalhos (Atlas do Estado da Bahia e o de Minas Gerais, o Atlas dos falares de
Sergipe, assim como monografias dialectais). Um destaque nesse sentido pode ser dado a
classificação conjunta de Antenor Nascentes, baseada a semelhança do modelo português a
nível da pronúncia, que distingue dois grupos dialectais (Norte e Sul), levando em
consideração (Cunha & Cintra, 2006).
Em cada um dos dois grupos, Antenor Nascentes, destaca subfalares assim distribuídos: Sul
(Baiano, Fluminense, Mineiro e Sulista) e Norte (Amazónico e Nordestino). Apesar da baixa
variação da dialectização do Português Brasileiro, esses grupos revelam alguma instabilidade
em comparação com situação europeia.
Apesar das diversificações assistidas nas línguas não-crioulas e crioulas, podemos constatar
semelhanças paralelas a nível morfológico e morfossintáctico. Assim, essas diversificações
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Segundo Cunha e Cintra (2006), os crioulos de maior vitalidade são os de origem africana,
distribuídos da seguinte maneira:
Nas variedades não-crioulas podemos identificar nos Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa (Moçambique, Angola, Cabo – Verde, São-Tomé e Príncipe e Guine Bissau), na
Asia (Goa, Damão, Diu e Macau) e Oceânia (Timor Leste), que não deixam de ser uma
continuidade da variedade europeia, mas com um toque especial a nível gramatical e
fonológico dado pelas particularidades das línguas locais onde ela se manifesta.
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CONCLUSÃO
A Língua Portuguesa actualmente falada por mais de 200 milhões de falantes espalhadas em
cinco continentes, tem a semelhanças de outras línguas chamadas de novilatinas, vem do
latim (principalmente do latim vulgar, falado por grupos sociais de baixo estatuto social,
soldados romanos, comerciantes, servidores públicos e o povo), através do itálico e da linga
mãe indo-europeu.
O português é língua nacional de Portugal (Europa) e Brasil (América do Sul), e língua oficial
dos países africanos (Moçambique, Cabo Verde, Angola, São – Tomé e Príncipe e Guine -
Bissau); Asia (Macau e Timor Leste), levando consigo uma série de dialectos portugueses
(setentrional, meridional e central), brasileiros (sulista, nordestino e fluminense), e crioulos e
não-crioulos no mundo.
Apesar dos crioulos serem considerados variedades da língua portuguesa, devem ser vistos
como línguas autónomas derivadas do português e até nalguns casos gozando estatuto de
língua nacional (tal é o caso do crioulo de Cabo Verde). Os não-crioulos, estas sim, são as
variedades do português nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Bechara, E. (1999). Moderna gramática portuguesa. São Paulo: Companhia Editora
Nacional.
2. Cunha, C. & Cintra, L. (1989). Breve gramática do português contemporâneo (2ª ed.).
Lisboa: João Sá da Costa.
3. Pinto, J. M. C. (2007). Gramática de português. Lisboa: Plátano Editora, S.A.
4. Pinto, J. M. C, Neves, M. & Lopes, M. C. V. (2001). Gramática do português
moderno (8ª ed.). Lisboa: Plátano Editora, S.A.