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Competências socioemocionais: qual a importância e como desenvolvê-las nas

crianças?

O desenvolvimento de competências socioemocionais nas crianças é um tema que vem sendo debatido nas
escolas e em outros ambientes de ensino. Afinal, com a implementação das novas diretrizes da BNCC (Base
Nacional Comum Curricular), as instituições de ensino tornaram-se responsáveis por investir no fortalecimento
das habilidades socioemocionais com seus alunos. Acontece que, ainda que a escola tenha um papel importante
no ensino e aprendizagem da consciência, gestão de emoção e autocontrole, assim como outras competências,
esse processo não elimina as responsabilidades dos pais de oferecer o fortalecimento dessas habilidades para um
bom desenvolvimento dos filhos.

Dessa maneira, os processos pedagógicos dos quais os educadores fazem uso na relação ensino-aprendizagem
consideram os indivíduos a partir de um conjunto diverso de valores. Por isso, é essencial aplicar as competências
socioemocionais na Base Nacional Comum Curricular tanto nas propostas pedagógicas, como no cotidiano
escolar.

O que são as competências socioemocionais?

As habilidades socioemocionais podem ser entendidas como um conjunto de aptidões que possibilitam ao
indivíduo uma melhor maneira de lidar com suas emoções, relacionando-se adequadamente com as pessoas de
seu convívio. Habilidades como empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro) e resiliência (aptidão para
se adaptar a situações adversas) são alguns dos principais exemplos de competências socioemocionais. Essas
características possibilitam que o indivíduo descubra quem realmente é, considerando seus pontos fortes e fracos
e descobrindo como trabalhá-los da melhor maneira.

Nesse sentido, os pequenos que desenvolvem melhor as suas competências socioemocionais sabem controlar
suas emoções com mais eficiência, tomam decisões responsáveis para alcançar seus objetivos e mantêm relações
sociais positivas.

Esses conjuntos de habilidades podem ser interpessoais, quando envolvem interação com outros indivíduos, ou
intrapessoais, quando se baseiam em uma relação consigo mesmo. Além disso, é possível dividir essas
competências em três tipos: emocionais, sociais e éticas.

Essa abordagem evidencia a importância de entender o processo educacional de forma ampla e integral, e não
simplesmente como a transmissão de conteúdos regulares. No entanto, esse ponto de vista requer mudanças
culturais e de compreensão relacionadas aos pais e educadores, pois eles são os responsáveis pela alteração
dessa metodologia.

A importância de trabalhar as competências socioemocionais:

Ansiedade, estresse, insegurança, dificuldade de concentração e falta de inteligência emocional são conceitos que
não combinam com aprendizagem. No entanto, eles estão presentes entre a maioria dos estudantes brasileiros.
Inevitavelmente, essas emoções interferem negativamente nas práticas pedagógicas e prejudicam o
desenvolvimento intelectual dos jovens (crianças).

É para reverter esse quadro que as competências socioemocionais ganharam destaque nas discussões sobre
educação básica. Afinal, é preciso ensinar crianças e adolescentes a selecionarem informações, processá-las com
senso crítico, tomar decisões, resolver problemas de maneira criativa, lidar com as emoções e trabalhar em
equipe harmoniosamente.

Imagine que o seu coração está acelerado, suas mãos suando e a tensão correndo pelo seu corpo como se fosse
tomar conta de todas as suas atitudes a partir de agora. A cada instante, sua insegurança aumenta e a
preocupação com o que os outros estão pensando cresce de maneira desproporcional e incontrolada. É assim que
muitas pessoas se sentem diante de situações desafiadoras. Isso acontece quando elas não conseguem gerenciar
as emoções.

Contudo, quando é feita uma boa gestão da emoção, esses sintomas de estresse podem trazer consequências
positivas. Isso porque uma dose controlada de ansiedade é capaz de colocar o nosso corpo em movimento sem
prejudicar a nossa saúde mental e física. Infelizmente, esta não é a realidade de muitas pessoas, inclusive, de
crianças.

Muitos estudantes vivem em um ambiente escolar que oferece riscos à saúde mental.

Por isso, é esperado encontrar alunos que não se sentem confortáveis ao irem para a escola ou, ainda, se
deparam com muitos desafios ao tentarem desenvolver suas competências socioemocionais.

Com esse cenário em mente, diversos professores e pedagogos trouxeram à tona a importância do
fortalecimento dessas habilidades para que os alunos pudessem não só experimentar um período escolar
saudável, como também se tornar autônomos e responsáveis pelo seu desenvolvimento, garantindo uma vida
adulta com maior bem-estar.

Mas, então, o que isso tem a ver com a responsabilidade familiar?

A resposta é muito simples: não há como trabalhar as competências socioemocionais com as crianças sem
envolver os pais durante todo esse processo de aprendizagem. É no contexto familiar que o pequeno aprende
como lidar com suas emoções, quais valores seguir e como se comportar em situações desconfortáveis e
frustrantes.

Os hábitos desenvolvidos na primeira infância e os acontecimentos durante esse período interferem diretamente
nas escolhas ao longo da vida adulta. Isso porque nos primeiros seis anos de vida ocorre um acelerado e
constante desenvolvimento cerebral, proporcionando o amadurecimento emocional da criança.

Crianças com inteligência emocional desenvolvem uma elevada autoestima e melhoram seus relacionamentos
interpessoais, o que aprimora o rendimento pessoal, social e escolar.

Nesse sentido, com os esforços da família e da escola alinhados, a criança conquista um aprendizado de muita
qualidade, garantindo o conhecimento de todas as competências socioemocionais que precisam ser
desenvolvidas por meio de uma linguagem acessível e totalmente aplicável no seu dia a dia.

Consequentemente, os pequenos conseguem:

- expressar seus sentimentos, bem como respeitar as emoções dos outros por meio da sua autonomia emocional;

- trabalhar em grupo e procurar construir novas relações saudáveis, isto é, com respeito à diversidade;

- conhecer as regras de convívio social e respeitá-las, desenvolvendo habilidades sociais para conversar e resolver
problemas em conjunto com outros colegas.

As competências socioemocionais e suas habilidades

A seguir, listamos todas as competências e habilidades para que você as conheça e entenda como trabalhá-las de
maneira consciente e acessível para as crianças.

1. Consciência crítica

Começamos com uma das mais importantes e que fornece uma base sólida para o estímulo de todas as outras
competências: a consciência crítica. O desenvolvimento do pensamento simbólico é iniciado logo nos primeiros
anos de vida, quando a criança começa a interagir com outras pessoas e descobre que existe um mundo além de
sua família. Assim, com o passar do tempo e seu amadurecimento, ela se torna capaz de compreender que cada
sujeito apresenta sua própria personalidade, identificando os padrões e diferenças que tornam cada ser único.
Além disso, os pequenos fortalecem o seu pensamento lógico e operacional, conseguindo resolver os seus
problemas de maneira autônoma.
Essa fase de desenvolvimento apresenta um grande trabalho para as famílias e professores, já que a criança
começa a questionar tudo e todos ao seu redor.

O impulso questionador demonstra que ela está aberta para conhecer as diversidades que o mundo apresenta.
Quando essa diversidade é mostrada de maneira saudável, a criança consegue desenvolver uma série de
habilidades, como:

- fazer autocrítica positiva;

- ter senso de autonomia;

- identificar os padrões comportamentais dos outros;

- conhecer suas limitações e potencialidades;

- saber quando precisa de ajuda;

- fortalecer sua autoestima;

- assumir a responsabilidade que surge a cada ato que ela toma.

2. Gestão da emoção

Saber gerir nossas emoções não é tarefa fácil. Quantas vezes agimos por impulso e depois sentimos uma grande
onda de arrependimento tomar conta dos nossos pensamentos? Pois é, muitas vezes, essas emoções se tornam
tão intensas que afetam não só nossa saúde mental, como também o funcionamento de todo o organismo,
ocasionando doenças somáticas.

O processo de ensino e aprendizagem sobre a gestão da emoção não diz respeito ao controle dos sentimentos
das crianças. Muito pelo contrário: é importante ensiná-los que é natural sentir confusão, ansiedade, raiva e
tristeza, buscando alternativas saudáveis que possam ajudá-los a lidar com esse turbilhão de sensações muitas
vezes irreconhecíveis.

Assim, a criança consegue nomear cada sentimento e identificá-los nas outras pessoas, ações que contribuem
para o desenvolvimento do autocontrole, confiabilidade, estabilidade de humor, gerenciamento saudável do
estresse e da ansiedade, assim como da autoestima e da autoconfiança, evitando a construção de crenças
disfuncionais que colocam sua saúde mental em risco.

3. Comunicação assertiva

A comunicação é um dos principais pilares que sustentam o nosso bem-estar. A cada instante estamos nos
comunicando com os outros, sobretudo no contexto virtual e globalizado que compõe a nossa realidade atual.
Isso faz com que as habilidades de diálogo sejam essenciais para regular uma boa qualidade de vida.

Nesse sentido, a competência da comunicação assertiva ganha uma extrema relevância no repertório de
habilidades da criança. Ao aprender as melhores técnicas de comunicação não-violenta, ele consegue gerenciar os
conflitos que aparecem no seu cotidiano, aprendendo a negociar de maneira racional e empática sem perder a
abertura para o diálogo.

Indo mais além, ele torna-se capaz de debater ideias com respeito e compreensão, além de apresentar discursos
claros e coesos. Isso permite a construção e a manutenção de vínculos positivos com as outras pessoas, além de
fortalecer suas habilidades de trabalho em equipe e liderança.

4. Criatividade e resolução de problemas

A criatividade e a resolução de problemas caminham juntas. Afinal, é fundamental ter criatividade para conseguir
superar os desafios que aparecem nas nossas histórias, não é mesmo? Assim, a lógica é muito simples: quando as
desenvolvemos durante a infância, conquistamos uma vida adulta mais saudável.
Todas essas habilidades tiram a criança de sua zona de conforto, fazendo-o pensar, refletir e criar iniciativas que
melhoram a sua qualidade de vida com base no que ele sabe sobre ele mesmo e, é claro, sobre os outros.
Consequentemente, ele aprende a tomar decisões de maneira responsável e consciente, levando em
consideração todas as variáveis que envolvem sua escolha.

5. Proatividade

Em diversas situações nos deparamos com a facilidade com que os pequenos têm acesso à informação ou com a
forma como as experiências são limitadas pela ação protetiva dos pais, o que torna as crianças pouco proativas.
Nesse sentido, desenvolver a habilidade de agir e dar o primeiro passo sem que ninguém lhe peça é muito
importante para as crianças.

O desenvolvimento e o reforço constante da proatividade são cruciais para que as crianças entendam que têm
autonomia e liberdade para iniciar qualquer projeto. Por isso, implementar algo efetivamente pode ser muito
mais esclarecedor e recompensador do que apenas pensar em fazê-lo.

6. Autocontrole

Assim como a consciência crítica, o autocontrole é outro pilar que sustenta o nosso bem-estar. Como você já deve
imaginar, diversas pessoas têm dificuldades em implementar essa habilidade no seu cotidiano, agindo de maneira
impulsiva e trazendo consequências que, muitas vezes, diminuem a sua qualidade de vida.

Quando desenvolvido desde criança, o autocontrole permite a responsabilização de suas atitudes sem trazer à
tona o sentimento de culpa pelo erro cometido. Em outras palavras, o pequeno entende que fez algo errado e
responsabiliza-se pelas consequências desse ato, mas evita a sensação de culpa constante.

E qual é o resultado desse conhecimento? A criança fortalece a autoconfiança e sente-se muito mais seguro em
tomar riscos calculados, já que conhece as consequências e sabe que precisa responsabilizar-se por elas caso
aconteçam.

7. Autoconhecimento

O entendimento de sua própria essência e o domínio de si mesmo, de seus desejos, frustrações, pensamentos,
crenças e esperanças talvez seja a forma mais eficaz de comandar a própria vida e as ações que fazem parte dela.

Desenvolver esse conceito nas crianças permite que elas tracem um mapa pessoal que lhes possibilita interpretar
o que são e, acima de tudo, aonde querem chegar.

8. Gostar de aprender

Os nossos gostos são aprendidos por meio das experiências que temos ao longo de nossa vida. É por isso que é
possível ensinar crianças a criarem um grande apreço pela aprendizagem, desde que respeitando suas
preferências já constituídas por meio de suas vivências familiares e de amizade.

Afinal, o que isso quer dizer? Respeitar os gostos que as crianças já apresentam nada mais é do que associá-los ao
processo de aprendizagem, vinculando o conteúdo ensinado com os seus tópicos favoritos. Nesse sentido, a
aprendizagem lúdica ganha um excelente espaço no processo de ensino de competências socioemocionais.

O resultado desse incentivo por parte dos pais e também das escolas é o fortalecimento de uma série de
habilidades, como:

- sentir prazer ao conhecer algo novo;

- entender-se como aprendiz na vida;

- estimular sua criatividade, imaginação e curiosidade;

- ter humildade para aprender com outras pessoas;

- saber como procurar informações relevantes e coerentes com a realidade;


- ter senso crítico para aplicar o seu conhecimento;

- correlacionar conteúdos e experiências;

- ter foco e concentração.

9. Empatia

A empatia é um sentimento muito discutido atualmente. Afinal, no mundo plural onde vivemos não é raro
encontrar pessoas que apresentam dificuldades em conviver com as diferenças. Quando ensinamos a arte da
empatia para as crianças mostramos um bom exemplo do que é o senso de cuidado e apoio ao outro.

Você já deve imaginar quais são as consequências dessa atitude, não é verdade? Aos poucos, as crianças
entendem a importância de respeitar a diversidade, assim como desenvolvem a própria responsabilidade em
relação às questões sociais, aprendendo a ouvir outras opiniões e criar a diálogos saudáveis com pessoas que
pensam diferente deles.

Para isso, a criança precisa entrar em contato com as próprias emoções e ter a capacidade de se colocar no lugar
do outro, aprendendo a respeitar seus sentimentos, emoções e pensamentos.

10. Resiliência

É muito importante aprender com os erros a partir do autocontrole. Pois o domínio dessa competência faz com
que a criança consiga aprimorar a sua resiliência, aprendendo a lidar com as adversidades que a vida apresenta ao
mesmo tempo que reconhece a importância de saber como e quando recomeçar.

Dessa maneira, a flexibilidade em relação às perdas e frustrações, assim como a resistência em lidar com
situações desafiadoras são aprimoradas, fazendo com que ele consiga reformular, reorganizar e adaptar a sua
rotina e hábitos a fim de promover uma vida mais saudável.

Vale ressaltar que a resiliência também potencializa a habilidade da paciência e do planejamento, auxiliando a
criança a compreender a importância da organização e da perseverança. Assim, quando seus sonhos são
estimulados, ele identifica com facilidade o que é preciso fazer para torná-los bons objetivos e prepara um plano
que o auxilia a realizar algo maior.

11. Consumo consciente

Não há como negar: o consumo faz parte da nossa realidade. Ter consciência do que trazemos para dentro das
nossas casas é uma das melhores formas de atingir bem-estar, já que com isso aprendemos a importância de uma
boa gestão financeira e dos efeitos que a publicidade acarreta no nosso dia a dia.

É por isso que ensinar às crianças sobre o que é o consumo e como realizá-lo de maneira saudável fortalece a sua
autoestima e autoconfiança, ao mesmo tempo que permite a conscientização sobre diversos temas, como os
aspectos socioambientais, a formação dos hábitos de consumo, as técnicas de persuasão e como isso impacta no
ato de comprar.

A criança deve aprender desde cedo a importância de cuidar do seu dinheiro e de ter autocontrole para fazer
compras que realmente corroboram com aquilo que ele precisa. Assim, é mais fácil gerir as emoções de
frustração e lidar com a falta de um bem material.

12. Cidadania e ética

Para concluir, a última competência socioemocional que deve ser ensinada às crianças se relaciona com o
conhecimento sobre cidadania e ética. Em uma sociedade plural, precisamos conhecer quais são os nossos
direitos e deveres enquanto cidadãos a fim de respeitá-los e cumpri-los no nosso dia a dia.

Portanto, ensinar as noções de liberdade, solidariedade, igualdade e comunidade é uma atitude imprescindível
entre os pais e a escola. Isso faz com que as crianças entendam quais são as regras sociais, aprendendo a respeitá-
las ou até mesmo investir em um diálogo que permita a sua transformação a fim de melhorar a sociedade em que
vive. Além disso, ele aprenderá sobre noções de justiça social e bem-estar geral, bem como sobre temas que se
relacionam com a vida socioambiental. Assim, as ações colaborativas e o trabalho em equipe se tornam
habilidades comuns de sua realidade, e sua capacidade de empatia e respeito é aprimorada.

Sugestão de livros para trabalhar emoções:

Sugestão de filme:

Referência: BNCC (Base Nacional Comum Curricular)

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