Sei sulla pagina 1di 17

P

PRO
OJJETO MO
OAT
TIZ
ZEE -- MO
OÇA
AMBIIQUE
E

P
PRRO
OGGR
RAAM
MAAD
DEEF
FOOR
RMMA
AÇÇÃ
ÃOOP
PRRO
OFFIIS
SSSIIO
ONNA
ALL

O
OPPEERRAAÇÇÃÃO
ODDEE U
USSIIN
NAAD
DEE B
BEEN
NEEFFIIC
CIIA
AMMN
NTTO
ODDE
ECCA
ARRV
VÃÃO
OPPA
ARRA
A

M
MEEC
CÂÂN
NIIC
COOD
DEEM
MAAN
NUUT
TEEN
NÇÇÃ
ÃOO IIN
NDDU
USST
TRRIIA
ALL

P
PAAR
RCCE
ER
E RIIA
A
A

V
VA E/
ALLE
A E /S
SEEN
NAAII D
DNN/
/SSE
ENNA
AII--M
MGG

1
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petronio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcantara

2
SUMÁRIO

1 ORIGEM DO CARVÃO............................................................................... 4

1.1 O QUE É CARVÃO MINERAL ..................................................................... 4


1.2 TIPOS DE CARVÃO MINERAL ..................................................................... 6

2 INFORMAÇÕES GEOLÓGICAS ................................................................ 8

2.1 IDADE GEOLÓGICA DO CARVÃO................................................................ 8


2.2 RESERVAS MUNDIAIS .............................................................................. 8
2.3 PRODUÇÃO MUNDIAL .............................................................................. 9

3 BENEFICIAMENTO .................................................................................. 10

3.1 PROCESSOS DE BENEFICIAMENTO DO CARVÃO ....................................... 10


3.1.1 Jigues ......................................................................................... 11
3.1.2 Ciclone de meio denso ............................................................... 12
3.1.3 Lavador TESKA .......................................................................... 13
3.1.4 Células de flotação ..................................................................... 13
3.2 RESULTADO DO BENEFICIAMENTO .......................................................... 14

4 CARVÃO TÉRMICO E REDUTOR ........................................................... 15

4.1 CARVÃO TÉRMICO ................................................................................. 15


4.2 CARVÃO REDUTOR ................................................................................ 15
4.3 CARVÃO PARA SEMI -COQUE ................................................................... 16

5 LAVRA...................................................................................................... 17

3
1 Origem do carvão

A madeira é constituída principalmente por carbono, oxigênio e hidrogênio. Quando


soterrada, a madeira elimina CO2, CH4 e H2O no processo de fossilização.

O carvão mineral ou carvão natural é um produto da fossilização da madeira depois


de decorridos milhões de anos.

Matérias orgânicas Materiais minerais (inorgânicos) presentes no


presentes no carvão: carvão:
- C (carbono) - argilas (ver calcários)
- H (hidrogênio) - piritas (o rejeito piritoso é utilizado como
- O (oxigênio) matéria prima para
- N (nitrogênio) fabricação de ácido sulfúrico e o ácido
- S (enxofre presente na fosfórico, empregado na indústria de
matéria carbonosa). fertilizantes).
- calcários (o rejeito calcário e argiloso é
empregado para a conservação das
estradas).
- óxidos: silício, alumínio,...

1.1 O que é Carvão Mineral

O carvão inicia como turfa, a qual consiste de camadas fracamente consolidadas de


varias misturas de plantas e matéria mineral. A turfa se acumula em terras úmidas
(wetlands) denominadas de “pântanos de turfa”. Os pântanos formadores da turfa
precisam ter condições apropriadas para o acúmulo de turfa, tais como umidade
abundante, um estável e lento afundamento da superfície e proteção contra forças
de erosão rápidas tais como a ação de rios e de ondas do mar. Com o passar de
milhões de anos, o soterramento, a compressão por sedimentos inorgânicos
sobrejacentes e os efeitos do aquecimento (devido à profundidade da terra ou
proximidade de fontes vulcânicas) transformam a turfa em carvão.

4
O carvão resultante é uma rocha sedimentar extremamente complexa,
predominantemente orgânica e geralmente bem estratificada. Para ser classificada
como carvão, a rocha precisa conter menos de 50% de matéria mineral (cinzas). Se
a rocha tem teores entre 30-50% de matéria mineral, ela é classificada como um
carvão impuro. (fonte: U.S.Geological Survey - Circular 1143-2003).

Quase sempre em um fragmento de carvão, podem ser observados vestígios de


impressões vegetais (fósseis de formação celulósica da madeira). É quando
observamos esse fato, que comprovamos sua origem e podemos imaginar a incrível
história da formação do carvão mineral.

No Brasil, essa história inicia há cerca de 230 milhões de anos, na época em que a
atividade vulcânica na crosta da terra era forte com terremotos e vulcões ativos,
resultantes dos movimentos da deriva de placas continentais (teoria da tectônica de
placas). Esses movimentos provocaram lentos ou violentos cisalhamentos
responsáveis pelo soerguimento de nossas montanhas e definição dos limites
costeiros atuais, separados dos da África, pelo Oceano Atlântico.

Naquelas épocas geológicas, árvores gigantes e toda sorte de vegetação, cresciam,


formando grandes e espessas florestas, favorecidas pela atmosfera muito rica em
CO2, permitindo a intensificação da função clorofiliana e o crescimento dos vegetais
de forma extraordinária em um clima particularmente quente e úmido.

O carvão é então a parte celulósica da vegetação, transformada pelo tempo,


pressão, bactérias e outros agentes anaeróbicos, em uma massa carbonosa. É fácil
imaginar as centenas de carvões que foram assim formadas. Sucessivas formações
de florestas e sucessivos afundamentos podem ter ocorrido ao longo de milhares de
anos em uma mesma região, e então, camadas e camadas de carvões diferentes
serão encontradas.

5
A matéria vegetal flutuante pode ainda ter sido transportada pelos rios e acumuladas
no fundo dos lagos ou pântanos mais, ou menos isolados, e, assim, bactérias
carboníferas limitadas serão encontradas separadas umas das outras, a
profundidades diferentes.

Em outra parte do mesmo território, a fermentação bacteriana encontrou as


condições ideais de desenvolvimento em uma floresta soterrada a pouca
profundidade, e então, serão encontrados carvões altamente carbonizados,
aflorando a céu aberto.

Em outras palavras: o processo químico de carbonização reduz-se a uma


maceração dos vegetais sob a água das selvas pantanosas, seguida de uma
fermentação anaeróbica em meio hídrico, dos hidratos de carbono, do qual são
formados hidrogênio, metano e anidrido carbônico.

Estas substâncias são gasosas e, com a compressão, escapam através dos estratos
que soterram os vegetais, enriquecendo a massa carbonosa em carbono sólido,
restando pouca matéria volátil. A pureza do carvão em relação a matérias estranhas
depende muito de como a massa original foi composta, misturada, transformada,
transportada e depositada.

O processo de fermentação anaeróbica chega a um ponto em que é detido pela


formação de ácidos, que são dejetos das bactérias anaeróbicas e que criam um
meio anti-séptico. O grau de carbonização, portanto, não depende da idade de
soterramento dos vegetais e sim do tempo de aparecimento dessa fase anti-séptica
inibidora do processo de enriquecimento de carbono, da massa carbonosa.

1.2 Tipos de carvão mineral

O carvão mineral, dependendo do tempo decorrido do processo de fossilização,


pode ser:

6
- do tipo turfa ........................... com aprox. 60% de carbono.
- do tipo linhito ......................... com aprox. 70% de carbono.
- do tipo hulha ......................... com aprox. 80 a 85% de carbono.
- do tipo antracito .................... com aprox. 90% de carbono.

Turfa:
- carbono .......... 60,0%
- hidrogênio ....... 5,5 %
- oxigênio ......... 32,0 %

Linhito:
- carbono ......... 65,0 a 75,0 %
- hidrogênio ..... 5,0 %
- oxigênio ........ 16,0 a 25,0 %

Hulha:
- carbono ......... 80,0 a 85,0 %
- hidrogênio .....4,5 a 5,5 %
- oxigênio .......12,0 a 21,0 % (no carvão sub-betuminoso) e 5,0 a 20,0 % (no carvão
betuminoso).

Antracito:
- carbono .......... 90,0 %
- hidrogênio ......3,0 a 4,0 %
- oxigênio ......... 4,0 a 5,0 %

7
2 Informações geológicas

2.1 Idade Geológica do Carvão

A idade geológica do carvão brasileiro oscila entre 230 e 280 milhões de anos, que
segundo estudiosos do assunto, vem da era paleozóica – período carbonífero, que
ainda pode ser dividido em duas classes: Mississipiana e Pensilvaniana. Como a
diferença entre os períodos é irrelevante, considerando que a terra tem quatro e
meio bilhões de anos, desde a sua origem, pouco importa.

O quadro abaixo mostra como ocorre a evolução da composição elementar, desde


vegetais até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase
carbono puro:

Tipo %O2 %H2 %C


Celulose 49.4 6.2 44.4
Turfa 40.0 6.0 54 a 60
Linhito 25.0 5.0 65 a 75
Hulha 15.0 4.5 75 a 85
Antracito 3.0 2.0 95.0

2.2 Reservas Mundiais

Praticamente 90% das reservas de carvão mineral, assim como das reservas de
petróleo, encontram-se localizadas no hemisfério norte, onde atualmente quatro
países detêm as maiores reservas:

• Rússia 56.5%
• Estados Unidos 19.5%
• Ásia China 9.5%
• Canadá 7.8%
8
• Europa 5.0%
• África 1.3%
• Outros 0.4%

As reservas prováveis estão calculadas em 10.750 bilhões de toneladas


equivalentes a carvão, sendo que uma tonelada equivalente a carvão, se refere de
7.000 kcal/kg de PCS.

2.3 Produção Mundial

O carvão, o mais abundante combustível fóssil do mundo, vem sendo usado pelo
menos há 2.000 anos. Os chineses queimavam carvão e há indícios de que os
romanos da época clássica também o fizeram. Mas com o advento do petróleo e sua
intensa exploração, até 1973, os preços de combustível eram tão baixos que, em
muitos casos, minas de carvão ainda produtivas foram abandonadas, pois não valia
a pena realizar exploração em grandes profundidades, devido aos altos custos
dessas operações. A partir de 1973, porém, com os sucessivos aumentos nos
preços do petróleo, o carvão voltou a ser bastante utilizado, tendo muitos países
voltado a explorar minas já desativadas.

O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de
solução para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia
faltassem, o carvão sozinho daria para assegurar 150 anos de consumo, isso pelos
métodos até então conhecidos.

Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de
petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porem se não surgirem outras soluções
será o carvão o combustível fóssil disponível, por isso engenheiros que só sabem
lidar com o petróleo, estarão desempregados.

9
3 Beneficiamento

O beneficiamento consiste em processos que visam à redução da matéria inorgânica


existente no carvão, melhorando desta forma a qualidade.

O Carvão ROM (Run of Mine) é o minério bruto, obtido diretamente da mina, sem
sofrer nenhum tipo de beneficiamento e é retirado através de correia transportadora
ou vagonetes.

3.1 Processos de Beneficiamento do Carvão

O beneficiamento do carvão, também chamado de lavagem é o procedimento


tecnológico que visa à separação das frações mais ricas em matéria carbonosa das
frações mais pobres. Resultam desse beneficiamento três frações chamadas
genericamente de carvão beneficiado ou lavado, constituída da fração mais rica em
matéria carbonosa, carvão intermediário constituída de uma mistura e o rejeito onde
predomina a matéria mineral.

O grau maior ou menor de disseminação entre matéria mineral e carbonosa


determina a maior ou menor dificuldade de beneficiamento. Existem comercialmente
diversos processos de beneficiamento do carvão, os quais na sua grande maioria
utilizam a diferença de densidade entre matéria mineral e a carbonosa, para a
separação das frações mais ricas em carbono.

Carvões que possuem pequena disseminação apresentam acentuada diferença


entre as densidades das frações constituintes, sendo, portanto, de fácil
beneficiamento por boa lavabilidade. Por outro lado, carvões que possuam alta
disseminação apresentam pequena diferença de densidade entre as frações, sendo
de difícil beneficiamento ou difícil lavabilidade.

10
Para realização do beneficiamento de carvões de fácil lavabilidade são utilizadas
equipamentos de construção e operação mais simplificada, tais como jigues a água,
tipo Baum, mesas concentradoras, etc., e para carvões de difícil lavabilidade são
mais adequados sistemas de meio denso cuja eficiência na separação das frações e
muito grande.

Estão disponíveis, industrialmente, diversos tipos de equipamentos para beneficiar o


carvão, sendo de maior utilização os seguintes: jigues tipo Baum, mesas
concentradoras, equipamentos de meio denso como ciclones e tambores tipo
TESKA, células de flotação, etc.

3.1.1 Jigues

O Jigue é um equipamento constituído essencialmente de um tanque retangular


contendo água que é impulsionada, por meio de ar comprimido, de baixo para cima
em um ritmo constante e controlado. O tanque apresenta um fundo falso chamado
de leito, a pouca profundidade da borda, constituído de chapa de ferro com furos
pelos lados quais passam os impulsos da água.

O carvão passa em granulométrica graúda, aproximadamente 15 a 50mm, é


introduzida em um lado do tanque e, enquanto vai atravessando o leito, recebe os
impulsos de água que vai deslocando para a parte superior da camada de carvão
material mais rico em matéria carbonosa. O efeito de beneficiamento é devido a um
aumento aparente na densidade da água, criando pelo impulso. Ao final do leito a
camada de carvão flutuado, menos rico em matéria mineral e denso em matéria
carbonosa e a inferior, o afundado, portanto mais denso e rico em matéria mineral.
Para lavar carvões de menos granulometria, o leito é revestido de material granulado
com diâmetro maior que os furos da chapa, sendo em geral utilizado o feldspato.

Jique é um equipamento apropriado para beneficiamento de carvão com


características de fácil lavabilidade, e em granulometria avantajada, apresentando
uma capacidade especifica de lavagem muito grande.

11
Existem vários tipos de jigues que foram desenvolvidos, principalmente, na Europa e
também nos Estados Unidos. Hoje em dia seu usa difundiu-se pelo mundo inteiro,
incluindo o Brasil, principalmente nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do
Sul.

3.1.2 Ciclone de meio denso

É um equipamento constituído essencialmente de um ciclone, constituído de ferro


fundido resistente à abrasão, que opera com um meio denso liquido. Esse meio
denso é uma suspensão de magnetita ou ferro-silicio, finalmente pulverizado em
água.

O carvão em uma granulometria fina, de 1 a 25mm ou excepcionalmente até 50mm,


é injetado e misturado com o meio denso por ação da gravidade ou de bombas
tangencialmente à parede do ciclone, em uma altura intermediaria.

Por ação conjunta de densidade do meio fluido e das forças centrifugas e centrípeta
criada pela rotação do fluido dentro do ciclone, o carvão bruto é separado em duas
frações, uma mais leve e rica em material carbonoso, o flutuado que é descarregado
pela parte superior do ciclo, e uma fração mais densa, portanto mais rica em matéria
mineral, o afundado que é descarregado pela parte inferior. O meio mais denso,
após sua separação do carão é recuperado magneticamente.

Os ciclos de meio denso foram desenvolvidos na Europa, especialmente na


Holanda. Possuem grande capacidade especifica, mas sempre menos que os jigues.
São especialmente apropriadas para beneficiar carvões de difícil lavabilidade. Seu
uso difundiu-se de maneira impressionante, no mundo todo, incluindo naturalmente
o Brasil nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

12
3.1.3 Lavador TESKA

Consta de um tanque contendo meio denso á base de magnetita ou ferro-silício em


suspensão n’água, e de um tambor rotativo de chapa perfurada que gira dentro
desse tanque com a finalidade de retirar o carvão afundado.

O carvão é introduzido no tanque e a fração mais leve flutua, sendo retirada na


saída, em sua parte superior constituído o carvão mais rico ou flutuado. A fração
mais pesada, portanto mais rica em material mineral, afunda e é retirada pelo tambor
rotativo.

O meio denso é recuperado, em geral, por gravidade. O lavador TESKA possui


grandes capacidades especificas. Apresenta boa eficiência de separação e é
adequado a carvão de difícil lavabilidade e com granulometria avantajada. Seu uso é
muito difundido na Europa.

3.1.4 Células de flotação

O processo de flotação consiste no beneficiamento de carvão, sempre em


granulometria muito fina, em tanques de água sob agitação intensa que arrasta ar
para dentro do meio liquido, onde são introduzidos continuamente substâncias
liquidas orgânicas e finos de carvão a ser beneficiado. As partículas de liquido
orgânico aderem seletivamente às partículas de matéria carbonosa e ao mesmo
tempo as microbolhas de ar. O conjunto de partículas liquido orgânico, matéria
carbonosa e bolha de ar, assim constituído, flutuado por ação dessas bolhas, arrasta
para a superfície a matéria carbonosa mais pura que é removida e recuperada por
filtração. A matéria mineral umectada pela água permanece em suspensão nessa.

O processo de flotação é de custo operacional elevado e só se justifica,


economicamente, quando associado a outros levados de carvão, visando a
recuperação de uma fração de carvão nobre a partir dos finos originados nas
diversas etapas do beneficiamento anterior. Sua eficiência de separação é
relativamente baixa.

13
3.2 Resultado do Beneficiamento

Os carvões rio-grandenses vêm sendo submetidos, com sucesso, a dois processos


de beneficiamento, em jigues e em ciclones de meio denso. Os carvões de boa
lavabilidade vem sendo beneficiados em jigues e dos de ma lavabilidade em
ciclones de meio denso.

O rendimento mínimo de recuperação em carvão lavado deve situar-se em torno de


30, de modo a permitir uma boa operação dos equipamentos e, conseqüentemente,
resultando em custo de benefício compatíveis com a visada utilização industrial do
carvão.

A fração intermediaria obtida no beneficiamento deverá ter seu teor de cinzas


ajustado ás especificações de um carvão térmico, adequado às finalidades de
mercado local. Seu aproveitamento é indisponível para a viabilidade econômica de
produção de lavado.

O rejeitado de beneficiamento é constituído de uma fração rica em argilas, 75 a 85%,


com aplicação na fabricação de cimento Pozolâmico ou produtos cerâmicos.

Com base de ensaio em escala industrial, pode-se afirmar como sendo de 17% de
cinzas em base seca o menor teor de cinzas atingíveis por beneficiamento, em
ciclones de maio denso, dos melhores carvões gaúchos, atualmente em exploração,
em condições técnicas e econômicas viáveis.

O teor de cinzas, em torno de 35%, é praticado pelo beneficiamento da Aços Finos


Piratini S.A., para obter seu carvão redutor e poder ser considerado como ideal
levando-se em consideração rendimento e economia do lavador.
Pode-se, portanto, recomendar o uso de carvão para a gaseificação em uma faixa
entre 20 a 35% de cinzas em base seca.

14
4 Carvão térmico e redutor

4.1 Carvão térmico

O carvão térmico é também chamado de carvão vapor, termoelétrico e mais


recentemente carvão energético.

Suas finalidades industriais são:

- Utilização por queima em grandes fornalhas, para produção de eletricidade através


de turbinas movidas por vapor de alta pressão e temperatura.
Os carvões mais adequados tem sido os de má lavabilidade que são utilizados sem
beneficiamento, ou seja, in natura, com teor de cinzas em torno de 55% em base
seca e reduzidos a uma granulometria finíssima, em geral 85% abaixo de 47µ.

- Utilização por queima de carvão granulado em pequenas fornalhas de grelha, para


produção de vapor de baixa e média pressão ou ar quente, destinado ao
aquecimento industrial. O teor de cinzas recomendado para o carvão nesse caso
será em torno de 45% em base seca. O tipo de carvão com 45% de cinzas pode ser
obtido por simples escolha manual dos carvões gaúchos de melhor qualidade.

4.2 Carvão redutor

Destinado ao processo de redução direta de minério de ferro, pela utilização de


carvão fóssil, diretamente em fornos rotativos tipo LURGI e KRUPP, com vistas à
produção de ferro esponja.

O teor de cinzas que vem sendo utilizado é que é perfeitamente viável, técnica e
economicamente é de 35% em base seca.

15
4.3 Carvão para semicoque

Como foi visto anteriormente, o menor teor de cinzas que atualmente pode ser
atingido por beneficiamento de carvão gaúcho é de 17%, o que não se recomenda
para a preparação de semicoque. A possibilidade de fabricação de semicoque fica
condicionada à solução de dois pontos básicos:

- possibilidade técnica-econômica de reduzir o teor de cinzas abaixo de 17% ou


comprovação, por meio de ensaios em escala de laboratório e piloto de
possibilidades de uso desse mesmo carvão.

16
5 Lavra

É o processo de extração do carvão. Pode ser lavra a céu aberto ou lavra


subterrânea.

A lavra a céu aberto é possível quando a camada de carvão está aflorando à


superfície. A lavra consiste na remoção da camada estéril (superior), deixando a
camada de carvão ao tempo, onde então, extrai-se o carvão mineral.

A lavra subterrânea (mais profunda) é feita através de galerias. Esta extração pode
ser manual, semimecanizada ou mecanizada.

17

Potrebbero piacerti anche